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<p>A ideologia</p><p>colonialista e o mito da</p><p>democracia racial.</p><p>Rafael Carlos</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>A ideia de democracia racial remete a uma sociedade sem discriminação ou sem barreiras legais e culturais para a igualdade entre grupos étnicos.</p><p>Gilberto Freyre considera que a miscigenação racial e o assimilacionismo cultural gerou o adocicamento das relações raciais no Brasil.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>Gilberto Freyre (1900-1987), autor da obra Casa-Grande e Senzala, analisa a formação da sociedade brasileira a partir das relações entre senhor e escravo.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>A noção de uma escravidão menos segregadora que a estadunidense e a suavização das práticas violentas adotadas pelos senhores contra os escravos fazem com que o livro de Gilberto Freyre seja alvo de diversas e duras críticas.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>Afirmar que existe democracia racial requer, portanto, pensar em uma sociedade em que todas as pessoas, independentemente de sua origem étnico-racial e da cor de suas peles, sejam livres e tenham direitos iguais.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>EXISTE DEMOCRACIA RACIAL NO BRASIL?</p><p>A resposta imediata à pergunta iniciada no tópico é “não”.</p><p>Não existe democracia racial no Brasil, como provavelmente não existe democracia racial em qualquer lugar do mundo.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>EXISTE DEMOCRACIA RACIAL NO BRASIL?</p><p>Existe, no máximo, um mito de uma democracia racial pelo fato de o racismo aqui não ser tão evidente quanto é nos Estados Unidos, na Europa ou na África do Sul.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>Desde a abolição da escravatura no Brasil, nunca houve lei restritiva que segregasse oficialmente a população negra da população branca.</p><p>No entanto, há uma ideologia racista que perdura até hoje e, sobretudo, há um racismo velado, estrutural, que mantém a população negra à parte da plenitude de seus direitos em nosso país.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>A TEORIA DE KABENGELE MUNANGA</p><p>O racismo estrutural brasileiro é um impedimento para que haja ascensão social dos negros, e, enquanto houver distinção de classes sociais marcada também pela cor da pele, é impossível falar-se em uma democracia racial.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>A TEORIA DE KABENGELE MUNANGA</p><p>O racismo estrutural só é perceptível por um olhar apurado que veja a discrepância de renda, de empregabilidade e de marginalização da população negra em relação à população branca.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>O QUE É O “MITO DA DEMOCRACIA RACIAL”?</p><p>Mito é algo irreal, inexistente, uma narrativa fantasiosa. Falar em “mito da democracia racial” leva-nos a interpretar que a democracia racial não existe.</p><p>Boa parte do senso comum afirma que no Brasil não há racismo, porém tal ideal não se concretiza nas relações sociais cotidianas.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>1) (ENEM) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva.</p><p>O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL</p><p>Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).</p><p>image1.jpg</p><p>image2.jpg</p>