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COMPETENCIA 01 2

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Questões resolvidas

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<p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 1 -</p><p>1) Enem 2011 - Questão 29</p><p>2) Enem 2011 - Questão 31</p><p>3) Enem 2012 - Questão 01</p><p>Foto de Militão, São Paulo, 1879.</p><p>ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil.</p><p>Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.</p><p>LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F.</p><p>Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.</p><p>Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.</p><p>Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc.</p><p>XIX pode ser identificado a partir da análise do</p><p>vestuário do casal retratado acima?</p><p>A O uso de trajes simples indica a rápida incor-</p><p>poração dos ex-escravos ao mundo do trabalho</p><p>urbano.</p><p>B A presença de acessórios como chapéu e som-</p><p>brinha aponta para a manutenção de elementos</p><p>culturais de origem africana.</p><p>C O uso de sapatos é um importante elemento de</p><p>diferenciação social entre negros libertos ou em</p><p>melhores condições na ordem escravocrata.</p><p>D A utilização do paletó e do vestido demonstra</p><p>a tentativa de assimilação de um estilo euro-</p><p>peu como forma de distinção em relação aos</p><p>brasileiros.</p><p>E A adoção de roupas próprias para o trabalho do-</p><p>méstico tinha como finalidade demarcar as fron-</p><p>teiras da exclusão social naquele contexto.</p><p>Em geral, os nossos tupinambás ficam bem ad-</p><p>mirados ao ver os franceses e os outros dos países</p><p>longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu</p><p>arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião</p><p>da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes</p><p>vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses),</p><p>buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não</p><p>tendes madeira em vossa terra?”</p><p>O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) repro-</p><p>duz um diálogo travado, em 1557, com um ancião</p><p>tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a</p><p>sociedade europeia e a indígena no sentido</p><p>A do destino dado ao produto do trabalho nos seus</p><p>sistemas culturais.</p><p>B da preocupação com a preservação dos recursos</p><p>ambientais.</p><p>C do interesse de ambas em uma exploração co-</p><p>mercial mais lucrativa do pau-brasil.</p><p>D da curiosidade, reverência e abertura cultural</p><p>recíprocas.</p><p>E da preocupação com o armazenamento de ma-</p><p>deira para os períodos de inverno.</p><p>Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada</p><p>por um conjunto de estratégias que visavam sedi-</p><p>mentar uma determinada noção de soberania. Neste</p><p>sentido, a charge apresentada demonstra</p><p>A a humanidade do rei, pois retrata um homem co-</p><p>mum, sem os adornos próprios à vestimenta real.</p><p>B a unidade entre o público e o privado, pois a fi-</p><p>gura do rei com a vestimenta real representa o</p><p>público e sem a vestimenta real, o privado.</p><p>C o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao</p><p>conhecimento do público a figura de um rei des-</p><p>pretensioso e distante do poder político.</p><p>D o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a</p><p>elegância dos trajes reais em relação aos de ou-</p><p>tros membros da corte.</p><p>E a importância da vestimenta para a constituição</p><p>simbólica do rei, pois o corpo político adornado</p><p>esconde os defeitos do corpo pessoal.</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 2 -</p><p>4) Enem 2012 - Questão 25</p><p>5) Enem 2013 - Questão 29</p><p>6) Enem 2013 - Questão 36</p><p>7) Enem 2014 - Questão 24</p><p>Para Platão, o que havia de verdadeiro em Par-</p><p>mênides era que o objeto de conhecimento é um ob-</p><p>jeto de razão e não de sensação, e era preciso es-</p><p>tabelecer uma relação entre objeto racional e objeto</p><p>sensível ou material que privilegiasse o primeiro em</p><p>detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente,</p><p>a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.</p><p>Seguiam-se vinte criados custosamente vesti-</p><p>dos e montados em soberbos cavalos; depois des-</p><p>tes, marchava o Embaixador do Rei do Congo mag-</p><p>nificamente ornado de seda azul para anunciar ao</p><p>Senado que a vinda do Rei estava destinada para o</p><p>dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas</p><p>do povo que concorreu alegre e admirado de tanta</p><p>grandeza.</p><p>Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação</p><p>do Rei do Congo evidencia um processo de</p><p>A exclusão social.</p><p>B imposição religiosa.</p><p>C acomodação política.</p><p>D supressão simbólica.</p><p>E ressignificação cultural.</p><p>O texto faz referência à relação entre razão e sensa-</p><p>ção, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de</p><p>Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto,</p><p>como Platão se situa diante dessa relação?</p><p>A Estabelecendo um abismo intransponível entre</p><p>as duas.</p><p>B Privilegiando os sentidos e subordinando o co-</p><p>nhecimento a eles.</p><p>C Atendo-se à posição de Parmênides de que ra-</p><p>zão e sensação são inseparáveis.</p><p>D Afirmando que a razão é capaz de gerar conheci-</p><p>mento, mas a sensação não.</p><p>E Rejeitando a posição de Parmênides de que a</p><p>sensação é superior à razão.</p><p>O trecho em questão é uma referência ao que</p><p>ficou conhecido como revolução copernicana na filo-</p><p>sofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas</p><p>que</p><p>A assumem pontos de vista opostos acerca da na-</p><p>tureza do conhecimento.</p><p>B defendem que o conhecimento é impossível, res-</p><p>tando-nos somente o ceticismo.</p><p>C revelam a relação de interdependência entre os</p><p>dados da experiência e a reflexão filosófica.</p><p>D apostam, no que diz respeito às tarefas da filo-</p><p>sofia, na primazia das ideias em relação aos</p><p>objetos.</p><p>E refutam-se mutuamente quanto à natureza do</p><p>nosso conhecimento e são ambas recusadas por</p><p>Kant.</p><p>Até hoje admitia-se que nosso conhecimen-</p><p>to se devia regular pelos objetos; porém, todas as</p><p>tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo</p><p>que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-</p><p>se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez,</p><p>ex- perimentar se não se resolverão melhor as</p><p>tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se</p><p>deveriam regular pelo nosso conhecimento.</p><p>Alguns dos desejos são naturais e necessários;</p><p>outros, naturais e não necessários; outros, nem na-</p><p>turais nem necessários, mas nascidos de vã opinião.</p><p>Os desejos que não nos trazem dor se não satisfei-</p><p>tos não são necessários, mas o seu impulso pode</p><p>ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua sa-</p><p>tisfação ou parecem geradores de dano.</p><p>No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem</p><p>tem como fim</p><p>A alcançar o prazer moderado e a felicidade.</p><p>B valorizar os deveres e as obrigações sociais.</p><p>C aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com</p><p>resignação.</p><p>D refletir sobre os valores e as normas dadas pela</p><p>divindade.</p><p>E defender a indiferença e a impossibilidade de se</p><p>atingir o saber.</p><p>ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia.</p><p>São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).</p><p>Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M;</p><p>Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR, R. Um olhar sobre as</p><p>festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado).</p><p>KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).</p><p>EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V F. Textos de</p><p>filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.</p><p>- 3 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>8) Enem 2014 - Questão 25</p><p>9) Enem 2015 - Questão 15</p><p>10) Enem 2015 - Questão 43</p><p>Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que</p><p>A os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.</p><p>B o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.</p><p>C as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.</p><p>D os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.</p><p>E as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.</p><p>No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhe-</p><p>cimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a</p><p>A suspensão do juízo como reveladora da verdade.</p><p>B realidade inteligível por meio do método dialético.</p><p>C salvação</p><p>racionais.</p><p>B O desejo de explicar, usando metáforas, a origem</p><p>dos seres e das coisas.</p><p>C A necessidade de buscar, de forma racional, a</p><p>causa primeira das coisas existentes</p><p>D A ambição de expor, de maneira metódica, as di-</p><p>ferenças entre as coisas.</p><p>E A tentativa de justificar, a partir de elementos em-</p><p>píricos, o que existe no real.</p><p>A filosofia grega parece começar com uma ideia</p><p>absurda, com a proposição: a água é a origem e a</p><p>matriz de todas as coisas. Será mesmo necessá-</p><p>rio deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três</p><p>razões: em primeiro lugar, porque essa proposição</p><p>enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo</p><p>lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, en-</p><p>fim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas</p><p>em estado de crisálida, está contido o pensamento:</p><p>Tudo é um.</p><p>Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova</p><p>O texto exprime uma construção alegórica, que</p><p>tra- duz um entendimento da doutrina niilista,</p><p>uma vez que</p><p>A reforça a liberdade do cidadão.</p><p>B desvela os valores do cotidiano.</p><p>C exorta as relações de produção.</p><p>D destaca a decadência da cultura.</p><p>E amplifica o sentimento de ansiedade.</p><p>O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteri-</p><p>za-se por:</p><p>A Desprezar quaisquer convenções e obrigações</p><p>da sociedade.</p><p>B Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o</p><p>fim da vida feliz.</p><p>C Defender a indiferença e a impossibilidade de ob-</p><p>ter alguma certeza.</p><p>D Aceitar o determinismo e ocupar-se com a espe-</p><p>rança transcendente.</p><p>E Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer</p><p>o homem bom e belo.</p><p>Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonho-</p><p>so, justo ou injusto; e que, da mesma maneira,</p><p>nada existe do ponto de vista da verdade; que os</p><p>homens agem apenas segundo a lei e o costume,</p><p>nada sen- do mais isto do que aquilo. Ele levou</p><p>uma vida de acordo com esta doutrina, nada</p><p>procurando evitar e não se desviando do que quer</p><p>que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo,</p><p>precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos</p><p>sentidos.</p><p>Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza.</p><p>Os melhores cansaram-se das suas obras. Procla-</p><p>mou-se uma doutrina e com ela circulou uma</p><p>crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O</p><p>nosso traba- lho foi inútil; o nosso vinho tornou-</p><p>se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os</p><p>campos e os corações. Secamos de todo, e se</p><p>caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas</p><p>voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo.</p><p>Todas as fontes secaram para nós, e o mar</p><p>retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas</p><p>os abismos não nos querem tragar!Cultural, 1999.</p><p>NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro. Ediouro, 1977.</p><p>LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília:</p><p>Editora UnB, 1988.</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 4 -</p><p>11) Enem PPL 2016 - Questão 34</p><p>10) Enem PPL 2016 - Questão 18</p><p>13) Enem 2017 - Questão 49</p><p>12) Enem PPL 2016 - Questão 44</p><p>As convicções religiosas dos escravos eram</p><p>entretanto colocadas a duras provas quando de sua</p><p>chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obri-</p><p>gatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam</p><p>curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres.</p><p>Iemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sin-</p><p>cretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã</p><p>Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi</p><p>comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.</p><p>Os andróginos tentaram escalar o céu para</p><p>combater os deuses. No entanto, os deuses em um</p><p>primeiro momento pensam em matá-los de forma su-</p><p>mária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel:</p><p>dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pe-</p><p>gássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividís-</p><p>semos ao meio. Desta forma, até hoje as metades</p><p>separadas buscam reunir-se. Cada um com sauda-</p><p>de de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela,</p><p>abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando</p><p>formar um único ser.</p><p>No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por</p><p>meio de uma alegoria, o</p><p>A bem supremo como fim do homem.</p><p>B prazer perene como fundamento da felicidade.</p><p>C ideal inteligível como transcendência desejada.</p><p>D amor como falta constituinte do ser humano.</p><p>E autoconhecimento como caminho da verdade.</p><p>O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma es-</p><p>tratégia utilizada pelos negros escravizados para</p><p>A compreender o papel do sagrado para a cultura</p><p>europeia.</p><p>B garantir a aceitação pelas comunidades dos</p><p>convertidos.</p><p>C preservar as crenças e a sua relação com o</p><p>sagrado.</p><p>D integrar as distintas culturas no Novo Mundo.</p><p>E possibilitar a adoração de santos católicos.</p><p>Na imagem, o autor procura representar as</p><p>diferen- tes gerações de uma família associada a</p><p>uma noção consagrada pelas elites intelectuais da</p><p>época, que era a de</p><p>A defesa da democracia racial.</p><p>B idealização do universo rural.</p><p>C crise dos valores republicanos.</p><p>D constatação do atraso sertanejo.</p><p>E embranquecimento da população.</p><p>Correlacionando temporalidades históricas, o</p><p>texto apresenta uma concepção de pensamento</p><p>que tem como uma de suas bases a</p><p>A modernização da educação escolar.</p><p>B atualização da disciplina moral cristã.</p><p>C divulgação de costumes aristocráticos.</p><p>D socialização do conhecimento científico.</p><p>E universalização do princípio da igualdade civil.</p><p>Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do</p><p>homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789,</p><p>precisamente — que uma Assembleia Constituinte</p><p>produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Di-</p><p>reitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se</p><p>impôs como necessária para um grupo de revolucio-</p><p>nários, por ter sido preparada por uma mudança no</p><p>plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo.</p><p>PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.</p><p>VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo:</p><p>Corrupio, 1981.</p><p>FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos.</p><p>São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).</p><p>BROCOS, R. A redenção de Cam, 1895. Disponível em: http://mnba.gov.br.</p><p>Acesso em: 13 jan. 2013.</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 5 -</p><p>14) Enem 2017 - Questão 65</p><p>15) Enem PPL 2017 - Questão 55</p><p>17) Enem 2018 - Questão 64</p><p>16) Enem PPL 2017 - Questão 75</p><p>A definição de Aristóteles para enigma é total-</p><p>mente desligada de qualquer fundo religioso:</p><p>dizer coisas reais associando coisas impossíveis.</p><p>Visto que, para Aristóteles, associar coisas</p><p>impossíveis significa formular uma contradição,</p><p>sua definição quer dizer que o enigma é uma</p><p>contradição que de- signa algo real, em vez de</p><p>não indicar nada, como é de regra.</p><p>A representação de Demócrito é semelhante à</p><p>de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente</p><p>múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos</p><p>princípios fundamentais aparece de maneira tal que</p><p>contém aquilo que para o que foi formado não é, ab-</p><p>solutamente, o aspecto simples para si. Por exem-</p><p>plo, partículas de carne e de ouro seriam princípios</p><p>que, através de sua concentração, formam aquilo</p><p>que aparece como figura.</p><p>Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pen-</p><p>sar sobre o enigma, ao argumentar que</p><p>A a contradição que caracteriza o enigma é despro-</p><p>vida de relevância filosófica.</p><p>B os enigmas religiosos são contraditórios porque</p><p>indicam algo religiosamente real.</p><p>C o enigma é uma contradição que diz algo de real</p><p>e algo de impossível ao mesmo tempo.</p><p>D as coisas impossíveis são enigmáticas e devem</p><p>ser explicadas em vista de sua origem religiosa.</p><p>E a contradição enuncia coisas impossíveis e ir-</p><p>reais, porque ela é desligada de seu fundo</p><p>religioso.</p><p>O texto faz uma apresentação crítica acerca do pen-</p><p>samento de Demócrito, segundo o qual o “princípio</p><p>constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)</p><p>A número, que fundamenta a criação dos deuses.</p><p>B devir, que simboliza o constante movimento dos</p><p>objetos.</p><p>C água, que expressa a causa material da origem</p><p>do universo.</p><p>D imobilidade, que sustenta a existência do ser</p><p>atemporal.</p><p>E átomo, que explica o surgimento dos entes.</p><p>No processo de transição para a modernidade, o uso</p><p>do objeto descrito relaciona-se à</p><p>A construção de hábitos sociais.</p><p>B introdução de medidas sanitárias.</p><p>C ampliação das refeições familiares.</p><p>D valorização da cultura renascentista.</p><p>E incorporação do comportamento laico.</p><p>A prática histórico-cultural de matriz africana descrita</p><p>no texto representava um(a)</p><p>A expressão do valor das festividades da popula-</p><p>ção pobre.</p><p>B ferramenta para submeter os cativos ao trabalho</p><p>forçado.</p><p>C estratégia de subversão do poder da monarquia</p><p>portuguesa.</p><p>D elemento de conversão dos escravos ao catolicis-</p><p>mo romano.</p><p>E instrumento para minimizar o sentimento de de-</p><p>samparo social.</p><p>Outra importante manifestação das crenças e</p><p>tradições africanas na Colônia eram os objetos</p><p>co- nhecidos como “bolsas de mandinga”. A</p><p>insegurança tanto física como espiritual gerava</p><p>uma necessidade generalizada de proteção: das</p><p>catástrofes da natu- reza, das doenças, da má</p><p>sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos</p><p>roubos, das brigas, dos ma- lefícios de feiticeiros</p><p>etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até</p><p>atrair mulheres, o costume era cor- rente nas</p><p>primeiras décadas do século XVIII, envol- vendo</p><p>não apenas escravos, mas também homens</p><p>brancos.</p><p>O garfo muito grande, com dois dentes, que era</p><p>usado para servir as carnes aos convidados, é an-</p><p>tigo, mas não o garfo individual. Este data mais ou</p><p>menos do século XVI e difundiu-se a partir de Vene-</p><p>za e da Itália em geral, mas com lentidão. O uso só</p><p>se generalizaria por volta de 1750.</p><p>COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).</p><p>HEGEL, G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socráticos:</p><p>vida e obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).</p><p>CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil</p><p>para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).</p><p>BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII;</p><p>as estruturas do cotidiano. São Paulo: Martins Fontes, 1977 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 6 -</p><p>19) Enem 2019 - Questão 73</p><p>18) Enem PPL 2018 - Questão 48 20) Enem 2019 - Questão 74</p><p>21) Enem PPL 2019 - Questão 50</p><p>Com o objetivo de se fortalecer, a instituição</p><p>men- cionada no texto adotou as práticas</p><p>descritas, que consistem em:</p><p>A promoção de atos ecumênicos.</p><p>B fomento de orientação bíblicas.</p><p>C apropriação de cerimônias seculares.</p><p>D retomada de ensinamentos apostólicos.</p><p>E ressignificação de rituais fundamentalistas.</p><p>O uso da culinária popular brasileira, no contexto</p><p>apresentado, colaborou para</p><p>A enfraquecer as elites agrárias.</p><p>B romper os laços coloniais.</p><p>C reforçar a religião católica.</p><p>D construir a identidade nacional.</p><p>E humanizar o regime escravocrata.</p><p>O ponto de partida para o nascimento de uma</p><p>cozinha brasileira foi o livro de receitas</p><p>Cozinheiro Imperial, de 1840. Estimulava a</p><p>nobreza e os ricos a acrescentarem ingredientes</p><p>e pratos locais em suas festas. A princesa Isabel</p><p>comemorou as bodas de prata com um banquete</p><p>no qual foram servidos bolo de mandioca e canja</p><p>à brasileira.</p><p>O cristianismo incorporou antigas práticas rela-</p><p>tivas ao fogo para criar uma festa sincrética. A</p><p>igreja retomou a distância de seis meses entre os</p><p>nasci- mentos de Jesus Cristo e João Batista e</p><p>instituiu a data de comemoração a este último de</p><p>tal manei- ra que as festas do solstício de verão</p><p>europeu com suas tradicionais fogueiras se</p><p>tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e</p><p>da luz no entanto não foi imediatamente associada</p><p>a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas</p><p>práticas tradicionais da festa (como banhos, danças</p><p>e cantos) foram perse- guidas por monges e bispos.</p><p>A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja</p><p>resolveu adotar celebra- ções em torno do fogo e</p><p>associá-las à doutrina cristã.</p><p>O texto aponta que a subjetivação se efetiva</p><p>numa dimensão:</p><p>A legal, pautada em preceitos jurídicos.</p><p>B racional, baseada em pressupostos lógicos.</p><p>C contingencial, processada em interações sociais.</p><p>D transcendental, efetivada em princípiosreligiosos.</p><p>E essencial, fundamentada em parâmetros</p><p>substancialistas.</p><p>A partir do século XVII, a história da casa, que foi</p><p>se modificando para atender aos novos hábitos</p><p>dos indivíduos, provocou o(a)</p><p>A ampliação dos recintos.</p><p>B iluminação dos corredores.</p><p>C desvalorização da cozinha.</p><p>D embelezamento dos jardins.</p><p>E especialização dos aposentos.</p><p>Uma privatização do espaço maior do que aque-</p><p>la proporcionada pelo quarto evidencia-se cada</p><p>vez mais nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles</p><p>[es- paço entre a cama e a parede], as alcovas são</p><p>es- paços além do leito, longe da porta que dá</p><p>acesso à sala (ou à antecâmara, nas casas da elite).</p><p>Thomas Jefferson, tecnólogo do estilo século XVIII,</p><p>mandou construir uma parede em torno de sua</p><p>cama a fim de fechar completamente o pequeno</p><p>cômodo além do leito — cômodo no qual só ele</p><p>podia entrar, descen- do da cama do lado da</p><p>ruelle.</p><p>Penso que não há um sujeito soberano, funda-</p><p>dor, uma forma universal de sujeito que</p><p>poderíamos encontrar em todos os lugares. Penso,</p><p>pelo contrá- rio, que o sujeito se constitui através</p><p>das práticas de sujeição ou, de maneira mais</p><p>autônoma, através de práticas de liberação, de</p><p>liberdade, como na Antigui- dade – a partir,</p><p>obviamente, de um certo número de regras, de</p><p>estilos, que podemos encontrar no meio cultural.</p><p>CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e</p><p>santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).</p><p>RIBEIRO, M. Fome imperial: Dom Pedro II não era um gourmet, mas ajudou</p><p>a dar forma à gastronomia brasileira. Aventuras na História, mar. 2014</p><p>(adaptado). FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro:</p><p>Forense Universitária, 2004.</p><p>RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.). História da</p><p>vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Cia. das Letras,</p><p>2009 (adaptado).</p><p>- 7 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>22) Enem 2020 - Questão 66</p><p>23) Enem 2020 - Questão 72</p><p>24) Enem PPL 2020 - Questão 51</p><p>25) Enem PPL 2020 - Questão 73</p><p>O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a)</p><p>A confissão, que relata experiências de transformação.</p><p>B ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.</p><p>C carta, que comunica informações para um conhecido.</p><p>D meditação, que propõe preparações para o conhecimento.</p><p>E diálogo, que discute assuntos com diferentes interlocutores.</p><p>A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a</p><p>A burocratização do processo de difusão.</p><p>B valorização da representação abstrata.</p><p>C padronização das técnicas de composição.</p><p>D sofisticação dos equipamentos disponíveis.</p><p>E ampliação dos campos de experimentação.</p><p>No trecho, caracteriza-se o seguinte tema fundamental do pensamento filosófico</p><p>contemporâneo: A Crise do sujeito.</p><p>B Relativismo ético.</p><p>C Virada linguística.</p><p>D Teoria da referência.</p><p>E Crítica à tecnociência.</p><p>A característica apresentada dessa manifestação popular resulta do seguinte processo socio-histórico:</p><p>Massificação da arte erudita.</p><p>Rejeição de hábitos elitistas.</p><p>Laicização dos rituais religiosos.</p><p>Restauração dos costumes antigos.</p><p>Apropriação de práticas estrangeiras.</p><p>Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu</p><p>papel é anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu</p><p>origem, por exemplo, ao saruê (soirée — reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no</p><p>centro do salão), anarriê (en arrière — para trás) e anavã (en avant — para frente).</p><p>A humanidade, a humanidade do homem, ainda é um conceito completamente novo para o filósofo que</p><p>não cochila em pé. A velha questão do próprio homem continua por ser inteiramente reelaborada, não apenas</p><p>em relação às ciências do vivo, não apenas em relação ao que se nomeia com essa palavra geral, homo-</p><p>gênea e confusa, o animal, mas em relação a todos os traços que a metafísica</p><p>reservou ao homem e que</p><p>nenhum deles resiste à análise.</p><p>Montaigne deu o nome para um novo gênero literário; foi dos primeiros a instituir na literatura moderna</p><p>um espaço privado, o espaço do “eu”, do texto íntimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica, no</p><p>qual hesitações, autocríticas, correções entram no próprio texto.</p><p>Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é</p><p>recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compas-</p><p>sos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.</p><p>COELHO, M. Montaigne. São Paulo: Publifolha, 2001 (adaptado).</p><p>Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 6 jul. 2015.</p><p>DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.</p><p>ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 8 -</p><p>26) Enem PPL 2020 - Questão 87</p><p>27) Enem Digital 2020 - Questão 64</p><p>29) Enem 2021 - Questão 87</p><p>28) Enem Digital 2020 - Questão 70</p><p>Considerando o argumento apresentado, a discrimi-</p><p>nação racial no Brasil tem como origem</p><p>A identidades regionais.</p><p>B segregação oficial.</p><p>C vínculos matrimoniais.</p><p>D traços fenotípicos.</p><p>E status ocupacional.</p><p>Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece</p><p>as condições para o ser humano</p><p>A internalizar os princípios morais, objetivando a</p><p>satisfação da vontade individual.</p><p>B aderir à organização política, almejando o esta-</p><p>belecimento do despotismo.</p><p>C aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o</p><p>fortalecimento da Igreja.</p><p>D assegurar o exercício do poder, com o resgate da</p><p>sua autonomia.</p><p>E obter a situação de paz, com a garantia legal do</p><p>seu bem-estar.</p><p>O fim último, causa final e desígnio dos homens,</p><p>ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a</p><p>qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com</p><p>sua própria conservação e com uma vida mais sa-</p><p>tisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera con-</p><p>dição de guerra que é a consequência necessária</p><p>das paixões naturais dos homens, como o orgulho,</p><p>a vingança e coisas semelhantes. É necessário um</p><p>poder visível capaz de mantê-los em respeito, for-</p><p>çando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de</p><p>seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias</p><p>a nossas paixões naturais.</p><p>Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato</p><p>já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é</p><p>um pouco mais clara, já passa a incorporar a comu-</p><p>nidade branca. A forma desse racismo no Brasil de-</p><p>corre de uma situação em que a mestiçagem não é</p><p>punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-ra-</p><p>ciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado.</p><p>Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns</p><p>poucos brancos com multidões de mulheres índias</p><p>e negras.</p><p>A situação descrita no texto alterou-se durante o</p><p>re- gime do Estado Novo, porque o meio de</p><p>comunica- ção foi instrumentalizado para</p><p>A exportar as manifestações folclóricas nacionais.</p><p>B ampliar o alcance da propaganda</p><p>político-ideológica.</p><p>C substituir as comemorações cívicas espontâneas.</p><p>D atender às demandas das elites oligárquicas.</p><p>E favorecer o espaço de mobilização social.</p><p>Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em</p><p>uma crítica à tradição cristã que</p><p>A combate as práticas sociais de cunho afetivo.</p><p>B impede o avanço científico no contexto moderno.</p><p>C associa os cultos pagãos à sacralização da</p><p>natureza.</p><p>D condena os modelos filosóficos da Antiguidade</p><p>Clássica.</p><p>E consagra a realização humana ao campo</p><p>transcendental.</p><p>Mesmo com a instalação da quarta emissora no</p><p>Rio de Janeiro, a Rádio Educadora, em janeiro de</p><p>1927, a música popular ainda não desfrutava desse</p><p>meio de comunicação para se tornar mais conheci-</p><p>da. Renato Murce, um dos maiores radialistas de to-</p><p>dos os tempos, registrou, no seu livro Nos bastidores</p><p>do rádio, que as emissoras veiculavam apenas “um</p><p>certo tipo de cultura, com uma programação quase</p><p>só da chamada música erudita, conferências maçan-</p><p>tes e palestras destituídas de interesse”. E acres-</p><p>centou: “Nada de música popular. Em samba, então,</p><p>nem era bom falar”.</p><p>Minha fórmula para o que há de grande no indi-</p><p>víduo é amor fati: nada desejar além daquilo que</p><p>é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos</p><p>séculos dos séculos. Não se contentar em</p><p>suportar o inelutá- vel, e ainda menos dissimulá-</p><p>lo, mas amá-lo.</p><p>HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).</p><p>RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia.</p><p>das Letras, 2004 (adaptado).</p><p>CABRAL, S. A MPB na Era do Rádio. São Paulo: Moderna, 1996.</p><p>NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver filosofia para os novos tempos.</p><p>Rio de Janeiro Objetiva, 2010 (adaptado).</p><p>- 9 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>30) Enem PPL 2021 - Questão 78</p><p>31) Enem PPL 2021 - Questão 89</p><p>As diferentes significações atribuídas à África, citadas no texto, são consequências do(a)</p><p>A identidade folclórica da população.</p><p>B desenvolvimento científico da região.</p><p>C multiplicidade linguística do território.</p><p>D desconhecimento histórico do continente.</p><p>E invisibilidade antropológica da comunidade.</p><p>No contexto da filosofia platônica, o texto expressa uma perspectiva aristocrática acerca do exercício do po-</p><p>der, uma vez que este é legitimado pelo(a)</p><p>A prática da virtude.</p><p>B consenso da elite.</p><p>C decisão da maioria.</p><p>D riqueza do indivíduo.</p><p>E pertencimento de sangue.</p><p>Os verdadeiros filósofos, tornados senhores da cidade, sejam eles muitos ou um só, desprezam as hon-</p><p>ras como as de hoje, por julgá-las indignas de um homem livre e sem valor algum, mas, ao contrário, têm em</p><p>alta conta a retidão e as honras que dela decorrem e, julgando a justiça como algo muito importante e neces-</p><p>sário, pondo-se a serviço dela e fazendo-a crescer, administram sua cidade.</p><p>A “África” tem sido incessantemente recriada e desconstruída. A “África” tem sido um ícone contestado,</p><p>tem sido usada e abusada, tanto pela intelectualidade quanto pela cultura de massas; tanto pelo discurso</p><p>da elite quanto pelo discurso popular sobre a nação e os povos que, supostamente, criaram e se</p><p>misturaram no Novo Mundo; e, por último, tanto pela política conservadora como pela progressista.</p><p>PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (adaptado).</p><p>SANSONE, L. Da África ao afro: uso e abuso da África entre os intelectuais e na cultura popular brasileira durante o século XX. Afro-Ásia, v. 27, 2002.</p><p>- 10 -</p><p>Gabarito</p><p>01. D</p><p>11. C</p><p>21. E</p><p>31. A</p><p>02. B</p><p>12. E</p><p>22. E</p><p>03. A</p><p>13. E</p><p>23. B</p><p>04. D</p><p>14. E</p><p>24. C</p><p>05. D</p><p>15. C</p><p>25. A</p><p>06. B</p><p>16. A</p><p>26. D</p><p>07. C</p><p>17. E</p><p>27. E</p><p>08. C</p><p>18. D</p><p>28. B</p><p>09. D</p><p>19. C</p><p>29. E</p><p>10. D</p><p>20. C</p><p>30. D</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>- 1 -</p><p>2) Enem 2011 - Questão 22 B</p><p>1) Enem 2011 - Questão 21</p><p>Texto I</p><p>Texto II</p><p>3) Enem 2012 - Questão 28</p><p>Texto I</p><p>Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o ele-</p><p>mento originário de tudo o que existe, existiu e</p><p>exis- tirá, e que outras coisas provêm de sua</p><p>descendên- cia. Quando o ar se dilata, transforma-</p><p>se em fogo, ao passo que os ventos são ar</p><p>condensado. As nuvens formam-se a partir do ar</p><p>por feltragem e, ainda mais condensadas,</p><p>transformam-se em água. A água, quando mais</p><p>condensada, transforma-se em terra, e quando</p><p>condensada ao máximo possível, transfor- mase</p><p>em pedras.</p><p>Texto II</p><p>É necessário que haja liberdade de expressão,</p><p>fiscalização sobre órgãos governamentais e acesso</p><p>por parte da população às informações trazidas a pú-</p><p>blico pela imprensa.</p><p>Para a caracterização do processo político duran-</p><p>te a Primeira República, utiliza-se com frequência</p><p>a expressão Política do Café com Leite. No entan-</p><p>to, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua</p><p>utilização:</p><p>A ação democrática consiste em todos tomarem parte</p><p>do processo decisório sobre aquilo que terá</p><p>consequência na vida de toda coletividade.</p><p>Partindo da perspectiva de democracia apresentada</p><p>no Texto I, os meios de comunicação, de acordo com</p><p>o Texto II, assumem um papel relevante na socieda-</p><p>de por</p><p>A orientarem os cidadãos na compra dos bens ne-</p><p>cessários à sua sobrevivência e bem-estar.</p><p>B fornecerem informações que fomentam o debate</p><p>político na esfera pública.</p><p>C apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos</p><p>fatos.</p><p>D propiciarem o entretenimento, aspecto relevante</p><p>para conscientização política.</p><p>E promoverem a unidade cultural, por meio das</p><p>transmissões esportivas.</p><p>A imagem de um bem-sucedido acordo café</p><p>com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de al-</p><p>ternância de presidência entre os dois estados, não</p><p>passa de uma idealização de um processo muito mais</p><p>caótico e cheio de conflitos. Profundas diver- gências</p><p>políticas colocavam-nos em confronto por causa de</p><p>diferentes graus de envolvimento no co- mércio</p><p>exterior.</p><p>Até que ponto, a partir de posturas e interesses</p><p>diversos, as oligarquias paulista e mineira domina-</p><p>ram a cena política nacional na Primeira República?</p><p>A união de ambas foi um traço fundamental, mas</p><p>que não conta toda a história do período. A união foi</p><p>feita com a preponderância de uma ou de outra das</p><p>duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões</p><p>e um grande desacerto final.</p><p>Filósofos dos diversos tempos históricos desenvol-</p><p>veram teses para explicar a origem do universo, a</p><p>partir de uma explicação racional. As teses de Ana-</p><p>xímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo</p><p>medieval, têm em comum na sua fundamentação</p><p>teorias que</p><p>A eram baseadas nas ciências da natureza.</p><p>B refutavam as teorias de filósofos da religião.</p><p>C tinham origem nos mitos das civilizações antigas.</p><p>D postulavam um princípio originário para o mundo.</p><p>E defendiam que Deus é o princípio de todas as</p><p>coisas.</p><p>A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia pau-</p><p>lista a prerrogativa de indicar os candidatos à pre-</p><p>sidência, sem necessidade de alianças.</p><p>As divisões políticas internas de cada estado</p><p>da federação invalidavam o uso do conceito de</p><p>aliança entre estados para este período.</p><p>As disputas políticas do período contradiziam a</p><p>suposta estabilidade da aliança entre mineiros e</p><p>paulistas.</p><p>A centralização do poder no executivo federal im-</p><p>pedia a formação de uma aliança duradoura entre</p><p>as oligarquias.</p><p>A diversificação da produção e a preocupação com</p><p>o mercado interno unificavam os interesses das</p><p>oligarquias.</p><p>Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu:</p><p>“Deus, como criador de todas as coisas, está no prin-</p><p>cípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de con-</p><p>teúdo se nos apresentam, em face desta concepção,</p><p>as especulações contraditórias dos filósofos, para os</p><p>quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro</p><p>elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos,</p><p>como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão</p><p>de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”</p><p>GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).</p><p>TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a</p><p>1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).</p><p>GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia.</p><p>Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).</p><p>Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br.</p><p>Acesso em: 24 abr. 2010.</p><p>BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006</p><p>(adaptado).</p><p>(adaptado).</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>- 2 -</p><p>4) Enem 2012 - Questão 30</p><p>Texto I</p><p>Texto II</p><p>5) Enem 2013 - Questão 04</p><p>TEXTO I</p><p>Há já algum tempo eu me apercebi de que, des- de</p><p>meus primeiros anos, recebera muitas falsas opi-</p><p>niões como verdadeiras, e de que aquilo que depois</p><p>eu fundei em princípios tão mal assegurados não po-</p><p>dia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário</p><p>tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-</p><p>-me de todas as opiniões a que até então dera crédi-</p><p>to, e começar tudo novamente a fim de estabelecer</p><p>um saber firme e inabalável.</p><p>TEXTO II</p><p>É o caráter radical do que se procura que exi-</p><p>6) Enem 2013 - Questão 40</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Experimentei algumas vezes que os sentidos</p><p>eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar in-</p><p>teiramente em quem já nos enganou uma vez.</p><p>Nos textos, ambos os autores se posicionam so-</p><p>bre a natureza do conhecimento humano. A compa-</p><p>ração dos excertos permite assumir que Descartes</p><p>e Hume</p><p>A defendem os sentidos como critério originário</p><p>para considerar um conhecimento legítimo.</p><p>B entendem que é desnecessário suspeitar do</p><p>significado de uma ideia na reflexão filosófica e</p><p>crítica.</p><p>C são legítimos representantes do criticismo quanto</p><p>à gênese do conhecimento.</p><p>D concordam que conhecimento humano é impos-</p><p>sível em relação às ideias e aos sentidos.</p><p>E atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos</p><p>no processo de obtenção do conhecimento.</p><p>Sempre que alimentarmos alguma suspeita de</p><p>que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum</p><p>significado, precisaremos apenas indagar: de que</p><p>impressão deriva esta suposta ideia? E se for impos-</p><p>sível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso</p><p>servirá para confirmar nossa suspeita.</p><p>ge a radicalização do próprio processo de busca. Se</p><p>todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer</p><p>certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma</p><p>forma gerada pela própria dúvida, e não será segura-</p><p>mente nenhuma daquelas que foram anteriormente</p><p>varridas por essa mesma dúvida.</p><p>A exposição e a análise do projeto cartesiano indi-</p><p>cam que, para viabilizar a reconstrução radical do</p><p>conhecimento, deve-se</p><p>A retomar o método da tradição para edificar a ciên-</p><p>cia com legitimidade.</p><p>B questionar de forma ampla e profunda as antigas</p><p>ideias e concepções.</p><p>C investigar os conteúdos da consciência dos ho-</p><p>mens menos esclarecidos.</p><p>D buscar uma via para eliminar da memória sabe-</p><p>res antigos e ultrapassados.</p><p>E encontrar ideias e pensamentos evidentes que</p><p>dispensam ser questionados.</p><p>A representação social do feminino comum aos dois</p><p>textos é o(a)</p><p>A submissão de gênero, apoiada pela concepção</p><p>patriarcal de família.</p><p>B acesso aos produtos de beleza, decorrência da</p><p>abertura dos portos.</p><p>C ampliação do espaço de entretenimento, voltado</p><p>às distintas classes sociais.</p><p>D proteção da honra, mediada pela disputa mascu-</p><p>lina em relação às damas da corte.</p><p>E valorização do casamento cristão, respaldado pe-</p><p>los interesses vinculados à herança.</p><p>As janelas e portas gradeadas com treliças não eram</p><p>cadeias confessas, positivas; mas eram, pelo aspecto</p><p>e pelo seu destino, grandes gaiolas, onde os pais e</p><p>maridos zelavam, sonegadas à sociedade, as filhas e</p><p>as esposas.</p><p>Ela acorda tarde depois de ter ido ao teatro e à</p><p>dança; ela lê romances, além de desperdiçar o tempo</p><p>a olhar para a rua da sua janela ou da sua varanda;</p><p>passa horas no toucador a arrumar o seu complicado</p><p>penteado; um número igual de horas praticando pia-</p><p>no e mais outras na sua aula de francês ou de dança.</p><p>DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.</p><p>SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna,</p><p>2001 (adaptado).</p><p>DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo:</p><p>Abril Cultural, 1973 (adaptado).</p><p>HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento.</p><p>São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).</p><p>MACEDO, J. M. Memórias da Rua do Ouvidor [1878]. Disponível em: www.</p><p>dominiopublico.gov.br. Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).</p><p>Comentário do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes femininos [1839]</p><p>apud SILVA, T. V. Z. Mulheres, cultura e literatura brasileira. Ipotesi — Revista</p><p>de Estudos Literários, Juiz de Fora, v. 2. n. 2, 1998.</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>- 3 -</p><p>7) Enem 2014 - Questão 04</p><p>8) Enem 2014 - Questão 19</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>10) Enem 2016 - Questão 06</p><p>9) Enem 2015 - Questão 22</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Apesar de questionar</p><p>os conceitos da tradição, a dú-</p><p>vida radical da filosofia cartesiana tem caráter positi-</p><p>vo por contribuir para o(a)</p><p>A dissolução do saber científico.</p><p>B recuperação dos antigos juízos.</p><p>C exaltação do pensamento clássico.</p><p>D surgimento do conhecimento inabalável.</p><p>E fortalecimento dos preconceitos religiosos.</p><p>Olhamos o homem alheio às atividades públicas</p><p>não como alguém que cuida apenas de seus pró-</p><p>prios interesses, mas como um inútil; nós,</p><p>cidadãos atenienses, decidimos as questões</p><p>públicas por nós mesmos na crença de que não é o</p><p>debate que é em- pecilho à ação, e sim o fato de</p><p>não se estar escla- recido pelo debate antes de</p><p>chegar a hora da ação.</p><p>Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no</p><p>século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV</p><p>a.C.), a cidadania era definida pelo(a)</p><p>A prestígio social.</p><p>B acúmulo de riqueza.</p><p>C participação política.</p><p>D local de nascimento.</p><p>E grupo de parentesco.</p><p>Um cidadão integral pode ser definido por nada</p><p>mais nada menos que pelo direito de administrar</p><p>justiça e exercer funções públicas; algumas destas,</p><p>todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercí-</p><p>cio, de tal modo que não podem de forma alguma</p><p>ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou</p><p>somente podem sê-lo depois de certos intervalos de</p><p>tempo prefixados.</p><p>É o caráter radical do que se procura que exi-</p><p>ge a radicalização do próprio processo de busca. Se</p><p>todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer</p><p>certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma</p><p>forma gerada pela própria dúvida, e não será segura-</p><p>mente nenhuma daquelas que foram anteriormente</p><p>varridas por essa mesma dúvida.</p><p>Este solilóquio pode ser considerado um precursor</p><p>do existencialismo ao enfatizar a tensão entre</p><p>A consciência de si e angústia humana.</p><p>B inevitabilidade do destino e incerteza moral.</p><p>C tragicidade da personagem e ordem do mundo.</p><p>D racionalidade argumentativa e loucura iminente.</p><p>E dependência paterna e impossibilidade de ação.</p><p>Ser ou não ser — eis a questão.</p><p>Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí</p><p>está o obstáculo!</p><p>Os sonhos que hão de vir no sono da morte</p><p>Quando tivermos escapado ao tumulto vital</p><p>Nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão</p><p>Que dá à desventura uma vida tão longa.</p><p>Canudos não se rendeu. Exemplo único em</p><p>toda a história, resistiu até o esgotamento completo.</p><p>Vencido palmo a palmo, na precisão integral do ter-</p><p>mo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os</p><p>seus últimos defensores, que todos morreram. Eram</p><p>quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma</p><p>criança, na frente dos quais rugiam raivosamente</p><p>cinco mil soldados.</p><p>Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fa-</p><p>zem uso de representações que se perpetuariam na</p><p>memória construída sobre o conflito. Nesse sentido,</p><p>cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos,</p><p>res- pectivamente, como fruto da</p><p>A manipulação e incompetência.</p><p>B ignorância e solidariedade.</p><p>C hesitação e obstinação.</p><p>D esperança e valentia.</p><p>E bravura e loucura.</p><p>Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam</p><p>quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era</p><p>um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da</p><p>Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um pre-</p><p>to alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados</p><p>para deporem as armas, investiram com enorme fú-</p><p>ria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica</p><p>a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo</p><p>traziam acesa por longos meses, naquele recanto do</p><p>território nacional.</p><p>ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.</p><p>SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade.</p><p>São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).</p><p>TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso.</p><p>Brasília: UnB, 1987 (adaptado).</p><p>CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.</p><p>SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.</p><p>SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007.</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>- 4 -</p><p>11) Enem 2016 - Questão 07</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Metade da nova equipe da Nasa é composta</p><p>por mulheres</p><p>12) Enem PPL 2016 - Questão 05</p><p>Tradução: “As mulheres do futuro farão da Lua um</p><p>lugar mais limpo para se viver”.</p><p>A comparação entre o anúncio publicitário de 1968 e</p><p>a repercussão da notícia de 2016 mostra a</p><p>A elitização da carreira científica.</p><p>B qualificação da atividade doméstica.</p><p>C ambição de indústrias patrocinadoras.</p><p>D manutenção de estereótipos de gênero.</p><p>E equiparação de papéis nas relações familiares.</p><p>Até hoje, cerca de 350 astronautas americanos</p><p>já estiveram no espaço, enquanto as mulheres não</p><p>chegam a ser um terço desse número. Após o anún-</p><p>cio da turma composta 50% por mulheres, alguns</p><p>internautas escreveram comentários machistas e</p><p>desrespeitosos sobre a escolha nas redes sociais.</p><p>No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira re-</p><p>correu ao simbolismo de determinadas figuras e</p><p>alegorias.</p><p>A análise da imagem e do texto revela que o objeti-</p><p>vo de tal estratégia era exaltar o modelo absolu-</p><p>tista e despótico.</p><p>B valorizar a mestiçagem africana e nativa.</p><p>C reduzir a participação democrática e popular.</p><p>D mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.</p><p>E obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.</p><p>Xilogravura, 1869. O indígena, representando o</p><p>Império, coroa com louros o monarca.</p><p>Com seu manto real em verde e amarelo, as co-</p><p>res da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que</p><p>lembravam também os tons da natureza do “Novo</p><p>Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cru-</p><p>zeiro do Sul e, finalmente,com o cabeção de penas</p><p>de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II</p><p>foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais</p><p>foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e taba-</p><p>co, coroado como um César em meio a coqueiros e</p><p>paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da</p><p>nacionalidade.</p><p>Disponível em: www.propagandashistoricas.com.br. Acesso em: 16 out. 2015.</p><p>Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 10 mar. 2016.</p><p>SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos</p><p>trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).</p><p>- 5 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>13) Enem 2017 - Questão 79</p><p>14) Enem 2017 - Questão 90</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Figura 1</p><p>Recorte fotográfico de Maria</p><p>Bonita, década de 1930.</p><p>Figura 2</p><p>Traje de coleção de</p><p>Zuzu Angel.</p><p>Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 revela aspectos de uma trajetória e obra dedicadas à</p><p>A valorização de uma representação tradicional da mulher.</p><p>B descaracterização de referências do folclore nordestino.</p><p>C fusão de elementos brasileiros à moda da Europa.</p><p>D massificação do consumo de uma arte local.</p><p>E criação de uma estética de resistência.</p><p>O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas indicadas nos textos consiste na ideia de que a</p><p>A discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia.</p><p>B invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias.</p><p>C formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades.</p><p>D definição de princípios morais encerrou os conflitos de interesses.</p><p>E criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de tratamento.</p><p>Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo</p><p>depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a</p><p>exigência de redistribuição de terras e o cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela</p><p>oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de pequenas concessões.</p><p>A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais do direito romano, uma das principais</p><p>heranças romanas que chegaram até nós. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante, pois</p><p>o conhecimento das “regras do jogo” da vida em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e</p><p>potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos.</p><p>ABRAÃO, B. Disponível em: www.brasilcult.pro.br.</p><p>Acesso em: 18 maio 2013.</p><p>Disponível em: www.zuzuangel.com.br.</p><p>Acesso</p><p>em: 18 maio 2013.</p><p>FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).</p><p>FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).</p><p>- 6 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>16) Enem 2018 - Questão 52</p><p>17) Enem 2018 - Questão 54</p><p>15) Enem PPL 2017 - Questão 54</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja natural-</p><p>TEXTO II</p><p>Ressaltando os seus aspectos simbólicos, a abordagem apresentada associa o Carnaval ao(à)</p><p>A inversão de regras e rotinas estabelecidas.</p><p>B reprodução das hierarquias de poder existentes.</p><p>C submissão das classes populares ao poder das elites.</p><p>D proibição da expressão coletiva dos anseios de cada grupo.</p><p>E consagração dos aspectos autoritários da sociedade brasileira.</p><p>As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à</p><p>A utilização do trabalho escravo.</p><p>B implantação de polos urbanos.</p><p>C devastação de áreas naturais.</p><p>D ocupação de terras indígenas.</p><p>E expropriação de riquezas locais.</p><p>Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o</p><p>qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma</p><p>A predisposição ao conhecimento.</p><p>B submissão ao transcendente.</p><p>C tradição epistemológica.</p><p>D condição original.</p><p>E vocação política.</p><p>E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam,</p><p>tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram</p><p>de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal,</p><p>porque tudo querem para lá.</p><p>Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido</p><p>também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser</p><p>oferecida por sua própria força e invenção.</p><p>Penso, pois, que o Carnaval põe o Brasil de ponta-cabeça. Num país onde a liberdade é privilégio de uns</p><p>poucos e é sempre lida por seu lado legal e cívico, a festa abre nossa vida a uma liberdade sensual, nisso</p><p>que o mundo burguês chama de libertinagem. Dando livre passagem ao corpo, o Carnaval destitui posicio-</p><p>namentos sociais fixos e rígidos, permitindo a “fantasia”, que inventa novas identidades e dá uma enorme</p><p>elasticidade a todos os papéis sociais reguladores.</p><p>mente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa</p><p>conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o</p><p>mais conveniente ao gênero humano.</p><p>E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo</p><p>Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob</p><p>pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que</p><p>dela.</p><p>SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.</p><p>ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).</p><p>BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.</p><p>HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.</p><p>DAMATTA, R. O que o Carnaval diz do Brasil. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 29 fev. 2012.</p><p>- 7 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>19) Enem 2019 - Questão 78</p><p>18) Enem PPL 2018 - Questão 49</p><p>20) Enem PPL 2019 - Questão 51</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>TEXTO II</p><p>Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim.</p><p>A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano: A</p><p>Possibilidade da liberdade e obrigação da ação.</p><p>B Aprioridade do juízo e importância da natureza.</p><p>C Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica.</p><p>D Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão.</p><p>E Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo.</p><p>As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da história das sociedades pré-colombia-</p><p>nas porque</p><p>A sintetizam os ensinamentos da catequese.</p><p>B enfatizam os esforços de colonização.</p><p>C tipificam os sítios arqueológicos.</p><p>D relativizam os registros oficiais.</p><p>E substituem as narrativas orais.</p><p>Os pesquisadores que trabalham com sociedades indígenas centram sua atenção em documentos do tipo</p><p>jurídico-administrativo (visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes e têm deixado em segundo</p><p>plano as crônicas. Quando as utilizam, dão maior importância àquelas que foram escritas primeiro e que têm ca-</p><p>ráter menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer informações menos deformadas.</p><p>Contrariamos esse posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes etnográficas, independentemente</p><p>de serem contemporâneas ao momento da conquista ou de terem sido redigidas em período posterior. O fato de</p><p>seus autores serem verdadeiros humanistas ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.</p><p>PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.</p><p>Nesses textos do século X, percebem-se visões distintas sobre os livros e as bibliotecas em uma sociedade</p><p>marcada pela</p><p>A difusão da cultura favorecida pelas atividades urbanas.</p><p>B laicização do saber, que era facilitada pela educação nobre.</p><p>C ampliação da escolaridade realizada pelas corporações de ofício.</p><p>D evolução da ciência que era provocada pelos intelectuais bizantinos.</p><p>E publicização das escrituras, que era promovida pelos sábios religiosos.</p><p>Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata esse livro; mas, como a gente tem que se acomodar às</p><p>exigências da boa sociedade de Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas minhas prateleiras tenho um buraco</p><p>exatamente do tamanho desse livro e como vejo que tem uma letra e encadernação muito bonitas, gostei dele</p><p>e quis comprá-lo. Por outro lado, nem reparei no preço. Graças a Deus sobra-me dinheiro para essas coisas.</p><p>AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A Península Ibérica entre o Oriente e o Ocidente: cristãos, judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002.</p><p>Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim</p><p>e a lei moral em mim.</p><p>É da maior utilidade saber falar de modo a persuadir e conter o arrebatamento dos espíritos desviados pela</p><p>doçura da sua eloquência. Foi com este fim que me apliquei a formar uma biblioteca. Desde há muito tempo</p><p>em Roma, em toda a Itália, na Germânia e na Bélgica, gastei muito dinheiro para pagar a copistas e livros,</p><p>ajudado em cada província pela boa vontade e solicitude dos meus amigos.</p><p>KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado).</p><p>FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo: Hedra, 2015.</p><p>GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.</p><p>- 8 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>22) Enem 2020 - Questão 74</p><p>21) Enem PPL 2019 - Questão 53</p><p>23) Enem PPL 2020 - Questão 81</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>TEXTO II</p><p>Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma ex-</p><p>Os meus pensamentos são todos sensações.</p><p>Penso com os olhos e com os ouvidos</p><p>E com as mãos e os pés</p><p>E com o nariz e a boca.</p><p>De acordo com esse entendimento, a civilização é uma construção cultural que se baseia na</p><p>A atemporalidade dos valores</p><p>universais.</p><p>B globalização do mundo contemporâneo.</p><p>C fragmentação das ações políticas.</p><p>D centralização do poder estatal.</p><p>E identidade dos grupos sociais.</p><p>Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência</p><p>lógico-racional, focada na objetividade, clareza e imparcialidade.</p><p>místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e espiritualidade.</p><p>sociopolítica, constituída por integração, solidariedade e organização.</p><p>naturalista-científica, marcada pela experimentação, análise e explicação.</p><p>estético-romântica, caracterizada por sinceridade, vitalidade e impulsividade.</p><p>periência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.</p><p>Eu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade</p><p>de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoa-</p><p>douro em nossa vida.</p><p>Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não</p><p>sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrifi-</p><p>car-lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre</p><p>verdadeiro em todas as ocasiões.</p><p>Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que</p><p>ampara a</p><p>A anterioridade da razão no domínio cognitivo.</p><p>B confirmação da existência de saberes inatos.</p><p>C valorização do corpo na apreensão da realidade.</p><p>D verificabilidade de proposições no campo da lógica.</p><p>E possibilidade de contemplação de verdades atemporais.</p><p>Uma civilização é a entidade cultural mais ampla. As aldeias, as regiões, as etnias, as nacionalidades, os</p><p>segmentos religiosos, todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura</p><p>de um vilarejo no sul da Itália pode ser diferente da de um vilarejo no norte da Itália, mas ambos compartilha-</p><p>ram uma cultura italiana comum que os distingue de vilarejos alemães. As comunidades europeias, por sua</p><p>vez, compartilharão aspectos culturais que as distinguem das comunidades chinesas ou hindus.</p><p>HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações. Rio de Janeiro: Objetiva,1997.</p><p>TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.</p><p>PESSOA, F. O guardador de rebanhos – IX. In: GALHOZ, M. A. (Org.). Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999 (fragmento).</p><p>ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.</p><p>MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo:</p><p>Martins Fontes, 1999 (adaptado).</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>- 9 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>24) Enem Digital 2020 - Questão 60</p><p>TEXTO I</p><p>C = M + D − R. A equação, desenvolvida pelo economista Robert Klitgaard, descreve a corrupção. Tradu-</p><p>zindo-a em palavras, temos que a corrupção (C) é dada pelo grau de monopólio (M) existente no serviço pú-</p><p>blico, mais o poder discricionário (D) que as autoridades têm para tomar decisões, menos a responsabilização</p><p>(R), que é basicamente a existência de mecanismos de controle. Outras versões da fórmula acrescentam ao</p><p>R uma dimensão moral, que também funcionaria como barreira contra a cultura da corrupção.</p><p>TEXTO II</p><p>Corrupção significa transação ou troca entre quem corrompe e quem se deixa corromper. Trata-se nor-</p><p>25) Enem 2021 - Questão 77</p><p>Por que o Brasil continuou um só enquanto a América espanhola se dividiu em vários paises?</p><p>Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao</p><p>A papel desempenhado pelas instituições de ensino na criação das múltiplas identidades.</p><p>B controle exercido pelos grupos de imprensa na centralização das esferas administrativas.</p><p>C abandono sofrido pelas comunidades de docentes na concepção de coletividades políticas.</p><p>D lugar ocupado pelas associações de acadêmicos no fortalecimento das agremiações estudantis.</p><p>E protagonismo assumido pelos meios de comunicação no desenvolvimento das nações alfabetizadas.</p><p>malmente de uma promessa de recompensa em troca de um comportamento que favoreça os interesses do</p><p>corruptor. A corrupção não está ligada apenas ao grau de institucionalização, à amplitude do setor público e ao</p><p>ritmo das mudanças sociais; está também relacionada com a cultura das elites e das massas. Depende da</p><p>percepção que tende a variar no tempo e no espaço.</p><p>O segundo texto complementa a compreensão do fenômeno da corrupção tal como abordado no primeiro</p><p>texto, na medida em que</p><p>A comprova a limitação do sistema normativo pátrio.</p><p>B evidencia a atuação de agentes externos ao Estado.</p><p>C elucida o padrão de idoneidade do setor empresarial.</p><p>D minimiza a capacidade de mobilização da sociedade civil.</p><p>E demonstra a influência dos atores vinculados ao Judiciário.</p><p>Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho no Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa</p><p>ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso se deveu à tradição burocrática portugue-</p><p>sa. "Portugal nunca permitiu a criação de universidades em sua colônia". Por outro lado, na Ámerica espanho-</p><p>la, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano</p><p>Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América espanhola eram, em sua maioria, reacionárias. Nesse</p><p>sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulação de impressos (jornais, livros e panfletos)</p><p>na América espanhola, que não era permitida na América portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808),</p><p>teve função muito mais importante na construção de regionalismos do que propriamente as universidades.</p><p>BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 2009 (adaptado).</p><p>BARRUCHO, L. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em 8 set. 2019 (adaptado).</p><p>SCHWARTSMAN, H. Fórmula da corrupção.</p><p>Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 abr. 2015 (adaptado).</p><p>- 10 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 04</p><p>Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura</p><p>26) Enem 2021 - Questão 90</p><p>TEXTO I</p><p>27) Enem PPL 2021 - Questão 90</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente des-</p><p>TEXTO II</p><p>KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000</p><p>DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017.</p><p>Os textos apontam a centralidade da circulação imagética na sociedade contemporânea, uma vez que real-</p><p>çam a</p><p>A fragilização de vínculos afetivos.</p><p>B fetichização da experiência vivida</p><p>C monopolização do mercado estético.</p><p>D diferenciação dos modelos corporais.</p><p>E personalização das dimensões íntimas.</p><p>EIGENHEER, E. M. Lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: Gráfica Palloti, 2009.</p><p>ROXBY, P. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 9 dez. 2018.</p><p>Nunca se soube tanto da vida e aparência dos outros, graças à postagem e ao compartilhamento de</p><p>imagens. Uma comissão parlamentar britânica constatou que meninas de até cinco anos de idade já se preo-</p><p>cupam com peso e aparência. Outro sintoma do problema, segundo um relatório da comissão, foi o aumento</p><p>das taxas de cirurgia plástica no país, de cerca de 20% desde 2008.</p><p>Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma</p><p>imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação.</p><p>A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil</p><p>nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela</p><p>A valorização do trabalho braçal.</p><p>B reiteração das hierarquias sociais.</p><p>C sacralização das atividades laborais.</p><p>D superação das exclusões econômicas.</p><p>E ressignificação das heranças religiosas.</p><p>tinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os</p><p>escravos conhecidos</p><p>popularmente como "tigres" levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a</p><p>cabeça pelas ruas do Rio.</p><p>- 11 -</p><p>Gabarito</p><p>01. B</p><p>11. D</p><p>21. E</p><p>02. C</p><p>12 E</p><p>22. C</p><p>03. D</p><p>13. E</p><p>23. E</p><p>04. E</p><p>14. E</p><p>24. B</p><p>05. B</p><p>15. A</p><p>25. A</p><p>06. A</p><p>16. D</p><p>26. B</p><p>07. D</p><p>17. E</p><p>27. B</p><p>08. C</p><p>18. A</p><p>09. E</p><p>19. E</p><p>10. A</p><p>20. D</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>- 1 -</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>3) Enem 2013 - Questão 031) Enem 2011 - Questão 38</p><p>2) Enem 2012 - Questão 44</p><p>4) Enem 2013 - Questão 38</p><p>O texto apresenta um espírito de época que afetou</p><p>também a produção artística, marcada pela constan-</p><p>te relação entre</p><p>A fé e misticismo.</p><p>B ciência e arte.</p><p>C cultura e comércio.</p><p>D política e economia.</p><p>E astronomia e religião.</p><p>Acompanhando a intenção da burguesia renas-</p><p>centista de ampliar seu domínio sobre a natureza e</p><p>sobre o espaço geográfico, através da pesquisa</p><p>científica e da invenção tecnológica, os cientistas</p><p>também iriam se atirar nessa aventura, tentando</p><p>conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a</p><p>cor e mesmo a expressão e o sentimento.</p><p>O viajante francês, ao descrever suas impressões</p><p>sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717,</p><p>demonstra dificuldade em entendê-la, porque,</p><p>como outras manifestações religiosas do período</p><p>colonial, ela</p><p>A seguia os preceitos advindos da hierarquia cató-</p><p>lica romana.</p><p>B demarcava a submissão do povo à autoridade</p><p>constituída.</p><p>C definia o pertencimento dos padres às camadas</p><p>populares.</p><p>D afirmava um sentido comunitário de partilha da</p><p>devoção.</p><p>E harmonizava as relações sociais entre escravos</p><p>e senhores.</p><p>Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos</p><p>deparamos com uma impressionante multidão que</p><p>dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o</p><p>Vice- Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pu-</p><p>lar, exercício violento e pouco apropriado tanto para</p><p>sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que</p><p>entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou</p><p>de ser interessante ver numa igreja padres, mulhe-</p><p>res, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular</p><p>misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São</p><p>Gonçalo do Amarante”.</p><p>Com base no texto, a análise de manifestações cul-</p><p>turais de origem africana, como a capoeira ou o can-</p><p>domblé, deve considerar que elas</p><p>A permanecem como reprodução dos valores e</p><p>costumes africanos.</p><p>B perderam a relação com o seu passado histórico.</p><p>C derivam da interação entre valores africanos e a</p><p>experiência histórica brasileira.</p><p>D contribuem para o distanciamento cultural entre</p><p>negros e brancos no Brasil atual.</p><p>E demonstram a maior complexidade cultural dos</p><p>africanos em relação aos europeus.</p><p>O reconhecimento da paisagem em questão como</p><p>patrimônio mundial deriva da</p><p>A presença do corpo artístico local.</p><p>B imagem internacional da metrópole.</p><p>C herança de prédios da ex-capital do país.</p><p>D diversidade de culturas presente na cidade.</p><p>E relação sociedade-natureza de caráter singular.</p><p>No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de</p><p>Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o</p><p>título da Unesco de Patrimônio Mundial como Pai-</p><p>sagem Cultural. A candidatura, apresentada pelo</p><p>Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional</p><p>(Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Co-</p><p>mitê do Patrimônio Mundial. O presidente do Iphan</p><p>explicou que “a paisagem carioca é a imagem mais</p><p>explícita do que podemos chamar de civilização bra-</p><p>sileira, com sua originalidade, desafios, contradições</p><p>e possibilidades”. A partir de agora, os locais da ci-</p><p>dade valorizados com o título da Unesco serão alvo</p><p>de ações integradas visando a preservação da sua</p><p>paisagem cultural.</p><p>A recuperação da herança cultural africana deve levar</p><p>em conta o que é próprio do processo cultural: seu</p><p>movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata,</p><p>portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu</p><p>cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio</p><p>rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu</p><p>movimento para melhor compreendê-lo</p><p>historicamente.</p><p>SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.</p><p>Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J.</p><p>R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).</p><p>Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado).</p><p>MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais.</p><p>Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.</p><p>- 2 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>5) Enem 2014 - Questão 02</p><p>6) Enem 2014 - Questão 16</p><p>Queijo de Minas vira</p><p>patrimônio cultural brasileiro</p><p>Mosteiro de São Bento (RJ)</p><p>Sou uma pobre e velha mulher,</p><p>Muito ignorante, que nem sabe ler.</p><p>Mostraram-me na igreja da minha terra</p><p>Um Paraíso com harpas pintado</p><p>E o Inferno onde fervem almas danadas,</p><p>Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.</p><p>Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o</p><p>que pertence à mesma categoria citada no texto está</p><p>representado em:</p><p>Os versos do poeta francês François Villon fazem</p><p>referência às imagens presentes nos templos cató-</p><p>licos medievais. Nesse contexto, as imagens eram</p><p>usadas com o objetivo de</p><p>A refinar o gosto dos cristãos.</p><p>B incorporar ideais heréticos.</p><p>C educar os fiéis através do olhar.</p><p>D divulgar a genialidade dos artistas católicos.</p><p>E valorizar esteticamente os templos religiosos.</p><p>O modo artesanal da fabricação do queijo em</p><p>Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15)</p><p>como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo</p><p>Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio His-</p><p>tórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi</p><p>dado em reunião do conselho realizada no Museu de</p><p>Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente do</p><p>Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabri-</p><p>cação artesanal do queijo está “inserida na cultura</p><p>do que é ser mineiro”.</p><p>Tiradentes esquartejado (1893),</p><p>de Pedro Américo</p><p>Ofício das paneleiras de Goiabeiras (ES)</p><p>Sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do</p><p>Campeche (SC)</p><p>Conjunto arquitetônico e urbanístico da cida-</p><p>de de Ouro Preto (MG)</p><p>Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.</p><p>VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999.</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>- 3 -</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>9) Enem 2016 - Questão 267) Enem 2015 - Questão 44</p><p>8) Enem 2016 - Questão 11</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Os santos tornaram-se grandes aliados da Igre-</p><p>O tipo de atentado descrito no texto tem como con-</p><p>sequência para as populações de países como o Ira-</p><p>que a desestruturação do(a)</p><p>A homogeneidade cultural.</p><p>B patrimônio histórico.</p><p>C controle ocidental.</p><p>D unidade étnica.</p><p>E religião oficial.</p><p>O texto chama a atenção para a importância da pro-</p><p>teção de bens que, como aquele apresentado na</p><p>imagem, se identificam como:</p><p>A Artefatos sagrados.</p><p>B Heranças materiais.</p><p>C Objetos arqueológicos.</p><p>D Peças comercializáveis.</p><p>E Conhecimentos tradicionais.</p><p>A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas</p><p>formas de se conceber a condição do patrimônio cul-</p><p>tural nacional, também permite que diferentes gru-</p><p>pos sociais, utilizando as leis do Estado e o apoio de</p><p>especialistas, revejam as imagens e alegorias do seu</p><p>passado, do que querem guardar e definir como</p><p>próprio e identitário.</p><p>A Unesco condenou a destruição da antiga ca-</p><p>pital assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Is-</p><p>lâmico, com a agência da ONU considerando o ato</p><p>como um crime de guerra. O grupo iniciou um pro-</p><p>cesso de demolição em vários sítios arqueológicos</p><p>em uma área reconhecida como um dos berços da</p><p>civilização.</p><p>Posteriormente ressignificados no interior de certas</p><p>irmandades e no contato com outra matriz religiosa,</p><p>o ícone e a prática mencionada no texto estiveram</p><p>desde o século XVII relacionados a um esforço da</p><p>Igreja Católica para</p><p>A reduzir o poder</p><p>das confrarias.</p><p>B cristianizar a população afro-brasileira.</p><p>C espoliar recursos materiais dos cativos.</p><p>D recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.</p><p>E atender a demanda popular por padroeiros locais.</p><p>ja para atrair novos devotos, pois eram obedientes a</p><p>Deus e ao poder clerical. Contando e estimulan- do</p><p>o conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja</p><p>transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava</p><p>cor- retos e que deviam ser imitados por escravos</p><p>que, em geral, traziam outras crenças de suas terras</p><p>de origem, muito diferentes das que preconizava a</p><p>fé católica.</p><p>Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 6 abr. 2016.</p><p>ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras</p><p>do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização</p><p>Brasileira, 2007.</p><p>Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo</p><p>Estado Islâmico. Disponível em: http://oglobo.globo.com.</p><p>Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado).</p><p>Imagem de São Benedito. Disponível em: http://acervo.bndigital.bn.br. Acesso</p><p>em: 6 jan. 2016 (adaptado).</p><p>OLIVEIRA, A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca Nacional,</p><p>n. 20, maio 2007 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>- 4 -</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>10) Enem PPL 2016 - Questão 09</p><p>11) Enem PPL 2016 - Questão 12</p><p>Aquarela do Brasil</p><p>13) Enem 2017 - Questão 46</p><p>12) Enem PPL 2016 - Questão 39</p><p>Brasil!</p><p>Meu Brasil brasileiro</p><p>Meu mulato inzoneiro</p><p>Vou cantar-te nos meus versos</p><p>O Brasil, samba que dá</p><p>Bamboleio que faz gingar</p><p>O Brasil do meu amor</p><p>Terra de Nosso Senhor</p><p>Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!</p><p>Ah! Abre a cortina do passado</p><p>Tira a mãe preta do Cerrado</p><p>Bota o rei congo no congado</p><p>Brasil! Pra mim!</p><p>Deixa cantar de novo o trovador</p><p>A merencória luz da lua</p><p>Toda canção do meu amor</p><p>Quero ver a sá dona caminhando</p><p>Pelos salões arrastando</p><p>O seu vestido rendado</p><p>Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!</p><p>Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composi-</p><p>ção de Ary Barroso é um exemplo típico de</p><p>A música de sátira.</p><p>B samba exaltação.</p><p>C hino revolucionário.</p><p>D propaganda eleitoral.</p><p>E marchinha de protesto.</p><p>Ações de educação patrimonial são realizadas</p><p>em diferentes contextos e localidades e têm mos-</p><p>trado resultados surpreendentes ao trazer à tona a</p><p>autoestima das comunidades. Em alguns casos, pro-</p><p>movem o desenvolvimento local e indicam soluções</p><p>inovadoras de reconhecimento e salvaguarda do pa-</p><p>trimônio cultural para muitas populações.</p><p>A valorização dos bens mencionados encontra-se cor-</p><p>relacionada a ações educativas que promovem a(s)</p><p>A evolução de atividades artesanais herdadas do</p><p>passado.</p><p>B representações sociais formadoras de identida-</p><p>des coletivas.</p><p>C mobilizações políticas criadoras de tradições cul-</p><p>turais urbanas.</p><p>D hierarquização de festas folclóricas praticadas</p><p>por grupos locais.</p><p>E formação escolar dos jovens para o trabalho rea-</p><p>lizado nas comunidades.</p><p>O processo de formação identitária descrito no texto</p><p>está associado à</p><p>A imposição de rituais sagrados.</p><p>B assimilação de tradições culturais.</p><p>C tipificação de hábitos comunitários.</p><p>D hierarquização de conhecimentos tribais.</p><p>E superação de diferenças etnorraciais.</p><p>Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e</p><p>sua importância histórica no período mencionado</p><p>era o(a)</p><p>A isolamento geográfico do Saara ocidental.</p><p>B exploração intensiva de recursos naturais.</p><p>C posição relativa nas redes de circulação.</p><p>D tráfico transatlântico de mão de obra servil.</p><p>E competição econômica dos reinos da região.</p><p>Simples, saborosa e, acima de tudo, exótica.</p><p>Se a culinária brasileira tem o tempero do estranha-</p><p>mento, esta verdade decorre de dois elementos: a</p><p>dimensão do território e a infinidade de ingredientes.</p><p>Percebe-se que o segredo da cozinha brasileira é a</p><p>mistura com ingredientes e técnicas indígenas. É esse</p><p>o elemento que a torna autêntica.</p><p>No império africano do Mali, no século XIV, Tom-</p><p>buctu foi centro de um comércio internacional onde</p><p>tudo era negociado — sal, escravos, marfim etc.</p><p>Havia também um grande comércio de livros de his-</p><p>tória, medicina, astronomia e matemática, além de</p><p>grande concentração de estudantes. A importância</p><p>cultural de Tombuctu pode ser percebida por meio</p><p>de um velho provérbio: “O sal vem do norte, o ouro</p><p>vem do sul, mas as palavras de Deus e os tesouros</p><p>da sabedoria vêm de Tombuctu”.</p><p>ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento).</p><p>PELEGRINI, S. C. A.; PINHEIRO, A. P. (Orgs.). Tempo, memória e patrimônio</p><p>cultural. Piauí: Edupi, 2010.</p><p>POMBO, N. Cardápio Brasil. Nossa História, n. 29, mar. 2006 (adaptado).</p><p>ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R.</p><p>(Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS, 2008</p><p>(adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>- 5 -</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>15) Enem 2018 - Questão 50</p><p>Figura 1</p><p>Figura 2</p><p>14) Enem PPL 2017 - Questão 85</p><p>16) Enem PPL 2018 - Questão 85</p><p>Considerando o contexto mencionado, a criação</p><p>dessa política patrimonial objetivou a</p><p>A consolidação da historiografia oficial.</p><p>B definição do mercado cultural.</p><p>C afirmação da identidade nacional.</p><p>D divulgação de sítios arqueológicos.</p><p>E universalização de saberes museológicos.</p><p>As primeiras ações acerca do patrimônio his-</p><p>tórico no Brasil datam da década de 1930, com a</p><p>criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artís-</p><p>tico Nacional (SPHAN), em 1937. Nesse período, o</p><p>conceito que norteou a política de patrimônio limitou-</p><p>-se aos monumentos arquitetônicos relacionados ao</p><p>passado brasileiro e vinculava-se aos ideais moder-</p><p>nistas de conhecer, compreender e recriar o Brasil</p><p>por meio da valorização da tradição.</p><p>O texto relaciona-se a uma prática do Nordeste oito-</p><p>centista que está evidenciada em:</p><p>A Produção familiar de bens para festejar as datas</p><p>religiosas.</p><p>B Fabricação escrava de alimentos para manter o</p><p>domínio das elites.</p><p>C Circulação regional de produtos para garantir as</p><p>trocas metropolitanas.</p><p>D Criação artesanal de iguarias para assegurar as</p><p>redes de sociabilidade.</p><p>E Comercialização ambulante de quitutes para re-</p><p>produzir a tradição portuguesa.</p><p>Esse ônibus relaciona-se ao ato praticado, em 1955,</p><p>por Rosa Parks, apresentada em fotografia ao lado de</p><p>Martin Luther King. O veículo alcançou o estatuto de</p><p>obra museológica por simbolizar o(a)</p><p>A impacto do medo da corrida armamentista.</p><p>B democratização do acesso à escola pública.</p><p>C preconceito de gênero no transporte coletivo.</p><p>D deflagração do movimento por igualdade civil.</p><p>E eclosão da rebeldia no comportamento juvenil.</p><p>Os próprios senhores de engenho eram uns gu-</p><p>losos de doce e de comidas adocicadas. Houve en-</p><p>genho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel</p><p>Tomé de Jesus, no seu Engenho de Noruega, antigo</p><p>dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de</p><p>Santo Antão; vivia a receber presentes de doces de</p><p>seus compadres. Os bolos feitos em casa pelas ne-</p><p>gras não chegavam para o gasto. O velho capitão-</p><p>-mor era mesmo que menino por alfenim e cocada.</p><p>E como estava sempre hospedando frades e padres</p><p>no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de con-</p><p>servar em casa uma opulência de doces finos.</p><p>Disponível em: www.thehenryford.org. Acesso em: 3 maio 2018.</p><p>Disponível em: www.abc.net.au. Acesso em: 3 maio 2018.</p><p>SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo entre</p><p>educação histórica e educação patrimonial no ensino médio. EntreVer, n. 2,</p><p>jan.-jun. 2012.</p><p>FREYRE, G. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e</p><p>a paisagem do Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985</p><p>(adaptado).</p><p>- 6 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>17) Enem 2019 - Questão 77</p><p>18) Enem 2019 - Questão 85</p><p>“Nossa cultura não cabe nos seus museus”.</p><p>A manifestação artística expressa na imagem e apresentada no texto integra um movimento contemporâneo</p><p>de</p><p>A regulação das relações sociais.</p><p>B apropriação dos espaços públicos.</p><p>C padronização das culturas urbanas.</p><p>D valorização dos formalismos estéticos.</p><p>E revitalização dos patrimônios históricos.</p><p>Produzida no Chile, no final da década de 1970, a imagem expressa um conflito entre culturas e sua presença</p><p>em museus decorrente da</p><p>A valorização do mercado das obras de arte.</p><p>B definição dos critérios de criação de acervos.</p><p>C ampliação da rede de instituições de memória.</p><p>D burocratização do acesso dos espaços expositivos.</p><p>E fragmentação dos territórios das comunidades representadas.</p><p>Fala-se aqui de uma arte criada nas ruas e para as ruas, marcadas antes de tudo pela vida cotidiana,</p><p>seus conflitos e suas possibilidades, que poderiam envolver técnicas, agentes e temas que não fossem en-</p><p>contrados nas instituições mais tradicionais e formais.</p><p>TOLENTINO, A. B. Patrimônio cultural e discursos museológicos. Midas, n. 6, 2016.</p><p>VALVERDE, R. R. H. F. Os limites da inversão: a heterotopia do Beco do Batman. Boletim Goiano de Geografia (Online). Goiânia, v. 37, n. 2, maio/ago. 2017</p><p>(adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>- 7 -</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>19) Enem PPL 2019 - Questão 54</p><p>20) Enem PPL 2019 - Questão 55</p><p>21) Enem 2020 - Questão 54</p><p>22) Enem PPL 2020 - Questão 50</p><p>A característica da manifestação cultural descrita que</p><p>justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da</p><p>Humanidade é a</p><p>A conversão dos festejos em produto da elite.</p><p>B expressão de sentidos construídos coletivamente.</p><p>C dominação ideológica de um grupo étnico sobre</p><p>outros.</p><p>D disseminação turística internacional dos eventos</p><p>festivos.</p><p>E identificação de simbologias presentes nos mo-</p><p>numentos artísticos.</p><p>O estranhamento do autor diante da cerimônia</p><p>relaciona-se ao encontro de temporalidades que</p><p>questionam ritos católicos.</p><p>evidenciam práticas ecumênicas.</p><p>elitizam manifestações populares.</p><p>valorizam conhecimentos escolares.</p><p>revelam permanências culturais.</p><p>O frevo é uma forma de expressão musical, co-</p><p>reográfica e poética, enraizada no Recife e em Olin-</p><p>da, no estado de Pernambuco. O frevo é formado</p><p>pela grande mescla de gêneros musicais, danças,</p><p>capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expres-</p><p>sões da inventividade e capacidade de realização</p><p>popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de</p><p>promover a criatividade humana e também o respei-</p><p>to à diversidade cultural. No ano de 2012, a Unes-</p><p>co proclamou o frevo como Patrimônio Imaterial da</p><p>Humanidade.</p><p>Lembro, a propósito, uma cerimônia religiosa a</p><p>que assisti na noite de Santo Antônio de 1975 quan-</p><p>do presente a uma festa em honra do padroeiro. Ia a</p><p>coisa assim bonita e simples, até que, recitadas as</p><p>cinco dezenas de ave-marias e os seus padre-nos-</p><p>sos, chegou a hora do remate com o canto da salve- -</p><p>rainha. O capelão começou a entoar nesse instante</p><p>hino à Virgem, em latim “Salve Regina, mater miseri-</p><p>cordiae”, e, o que eu estranhei, foi seguido de pron- to</p><p>sem qualquer hesitação pelos presentes. Depois veio</p><p>o espantoso para mim: a reza, também entoada, de</p><p>toda a extensa ladainha de Nossa Senhora igual-</p><p>mente em latim. Eu olhava e não acabava de crer:</p><p>aqueles caboclos que eu via mourejando de serven-</p><p>tes nas obras do bairro estavam agora ali acaipiran- do</p><p>lindamente a poesia medieval do responso.</p><p>Para o autor, a característica que define o ser huma-</p><p>no é o lógos, que consiste na</p><p>A evolução espiritual da alma.</p><p>B apreensão gradual da verdade.</p><p>C segurança material do indivíduo.</p><p>D capacidade racional de discernir.</p><p>E possibilidade eventual de transcender.</p><p>A arte pré-histórica africana foi incontestavel-</p><p>mente um veículo de mensagens pedagógicas e</p><p>sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais</p><p>próximo da realidade das representações rupestres,</p><p>afirmam que seus antepassados lhes explicaram sua</p><p>visão do mundo a partir desse gigantesco livro de</p><p>imagens que são as galerias. A educação dos povos</p><p>que desconhecem a escrita está baseada sobretudo</p><p>na imagem e no som, no audiovisual.</p><p>Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem</p><p>a dor e o prazer; também a encontramos nos animais</p><p>em geral; sua natureza lhes permite somente sentir</p><p>a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o</p><p>lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é</p><p>o caráter distintivo do homem face a todos os outros</p><p>animais: só ele percebe o bem e o mal, o justo e o in-</p><p>justo, e os outros valores; é a posse comum desses</p><p>valores que faz a família e a cidade.</p><p>De acordo com o texto, a arte mencionada é impor-</p><p>tante para os povos que a cultivam por colaborar</p><p>para o(a)</p><p>A transmissão dos saberes acumulados.</p><p>B expansão da propriedade individual.</p><p>C ruptura da disciplina hierárquica.</p><p>D surgimento dos laços familiares.</p><p>E rejeição de práticas exógenas.</p><p>BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.</p><p>PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 10 fev. 2013.</p><p>ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado).</p><p>KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org.) História</p><p>geral da África, I: metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010.</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>- 8 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>25) Enem 2021 - Questão 53</p><p>23) Enem Digital 2020 - Questão 52</p><p>24) Enem Digital 2020 - Questão 84</p><p>A cidade apresentada foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade porque</p><p>A mescla populações e sotaques ilustrativos da diversidade étnica brasileira.</p><p>B preserva princípios arquitetônicos e urbanísticos originados no Modernismo.</p><p>C sintetiza valores cívicos e políticos definidores do patriotismo político nacional.</p><p>D promove serviços turísticos e produtos artesanais representativos das tradições locais.</p><p>E protege acervos documentais e imagéticos reveladores da trajetória institucional do país.</p><p>Esse movimento cultural, inserido no processo de transição da modernidade europeia, caracterizou-se pela</p><p>A validação da teoria geocêntrica.</p><p>B valorização da integração religiosa.</p><p>C afirmação dos princípios humanistas.</p><p>D legitimação das tradições aristocráticas.</p><p>E incorporação das representações góticas.</p><p>Ao destacar expressões e vivências populares do cotidiano, o texto mobiliza os seguintes aspectos da diver-</p><p>sidade regional:</p><p>A Alianças afetivas conectadas ao ritual matrimonial.</p><p>B Práticas místicas associadas ao patrimônio cultural.</p><p>C Manifestações teatrais atreladas ao imaginário político.</p><p>D Narrativas filmicas relacionadas às intempéries climáticas.</p><p>E Argumentações literárias interligadas às catástrofes ambientais.</p><p>Brasília é a primeira cidade moderna inscrita na lista do Patrimônio Mundial. O plano da cidade, idea-</p><p>lizado por Lúcio Costa, segue os princípios básicos da Carta de Atenas, de 1933. Uma cidade estruturada</p><p>em áreas, cada qual com uma função específica (área monumental, onde se concentram os prédios da ad-</p><p>ministração, área residencial, área agrária e área de lazer), separadas por vastos espaços naturais que se</p><p>comunicam pelo traçado das grandes vias.</p><p>Famoso por ser o encantador de viúvas da cidade de Cabaceiras, na Paraíba, Zé de Sila é um contador</p><p>de histórias parecido com o personagem Chicó, do Auto da Compadecida. Ele defende veementemente que</p><p>a oração da avó sustentava mais a chuva. "Quando era pequeno e chovia por aqui, ajudava minha avó co-</p><p>locando os pratos emborcados no terreiro para diminuir o vento. Ela fazia isso e rezava para a chuva durar</p><p>mais", diz Zé de Sila.</p><p>Sempre que se evoca o tema do Renascimento, a imagem que imediatamente nos vem à mente é a dos</p><p>grandes artistas plásticos e de suas obras mais famosas, amplamente reproduzidas e difundidas até os</p><p>nossos dias, como a Monalisa e a Última ceia, de Leonardo da Vinci, o Juízo final,</p><p>da condição mortal pelo poder de Deus.</p><p>D essência das coisas sensíveis no intelecto divino.</p><p>E ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.</p><p>Ilustrando uma proposição básica da sociologia do conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende</p><p>que o(a)</p><p>A conhecimento sobre a realidade é condicionado socialmente.</p><p>B submissão ao grupo manipula o conhecimento do mundo.</p><p>C divergência é um privilégio de indivíduos excepcionais.</p><p>D educação formal determina o conhecimento do idioma.</p><p>E domínio das línguas universaliza o conhecimento.</p><p>Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar</p><p>ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha</p><p>de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Po-</p><p>demos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios</p><p>sentimento, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.</p><p>Só num sentido muito restrito, o indivíduo cria com seus próprios recursos o modo de falar e de pensar que lhe</p><p>são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa à maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição apenas</p><p>determinadas palavras e significados. Estas não só determinam, em grau considerável, as vias de acesso</p><p>mental ao mundo circundante, mas também mostram, ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que contexto</p><p>de atividade os objetos foram até agora perceptíveis ao grupo ou ao indivíduo.</p><p>No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o</p><p>conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a:</p><p>MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. Porto Alegre: Globo 1950 (adaptado)</p><p>HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.</p><p>SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas. Disponível em: http://fil.cfh.ufsc.br. Acesso em: 20 mar. 2013.</p><p>- 4 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>11) Enem 2016 - Questão 20</p><p>12) Enem 2016 - Questão 32</p><p>13) Enem PPL 2016 - Questão 04</p><p>O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)</p><p>A condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto</p><p>B legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio.</p><p>C busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.</p><p>D caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens.</p><p>E impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.</p><p>O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na</p><p>A vinculação com a filosofia como saber unificado.</p><p>B reunião de percepções intuitivas para demonstração.</p><p>C formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.</p><p>D adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais.</p><p>E incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político.</p><p>Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da</p><p>A investigação de natureza empírica.</p><p>B retomada da tradição intelectual.</p><p>C imposição de valores ortodoxos.</p><p>D autonomia do sujeito pensante.</p><p>E liberdade do agente moral.</p><p>[...] O SERVIDOR — Diziam ser filho do rei... ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança? O SERVIDOR —</p><p>Foi ela, Senhor. ÉDIPO — Com que intenção? O SERVIDOR — Para que eu a matasse. ÉDIPO — Uma mãe!</p><p>Mulher desgraçada! O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses. ÉDIPO — O que ele</p><p>anunciava? O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai. ÉDIPO— Mas por que tu a entregaste</p><p>a este homem? O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha.</p><p>Ele te sal-</p><p>vou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado</p><p>pela infelicidade.</p><p>ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última</p><p>vez, já que hoe me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de</p><p>quem não deveria matar!</p><p>A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez de assumir</p><p>a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generali-</p><p>dades em que todas as questões são levantadas sem que nenhuma seja expressamente tratada. Não é com</p><p>exames sumários e por meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão</p><p>complexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de nenhum</p><p>tipo de prova.</p><p>Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demons-</p><p>trações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos</p><p>tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo</p><p>sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.</p><p>DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.</p><p>DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.</p><p>SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 5 -</p><p>15) Enem 2017 - Questão 63</p><p>14) Enem PPL 2016 - Questão 22 16) Enem 2017 - Questão 88</p><p>E venham, então, os alegres incendiários de de-</p><p>dos carbonizados! Vamos! Ateiem fogo às estantes</p><p>das bibliotecas! Desviem o curso dos canais, para</p><p>inundar os museus! Empunhem as picaretas, os ma-</p><p>chados, os martelos e deitem abaixo sem piedade as</p><p>cidades veneradas!</p><p>Que princípio marcante do Futurismo e comum a vá-</p><p>rias correntes artísticas e culturais das primeiras três</p><p>décadas do século XX está destacado no texto?</p><p>A A tradição é uma força incontornável.</p><p>B A arte é expressão da memória coletiva.</p><p>C A modernidade é a superação decisiva da história.</p><p>D A realidade cultural é determinada</p><p>economicamente.</p><p>E A memória é um elemento crucial da identidade</p><p>cultural.</p><p>O problema descrito no texto tem como consequên-</p><p>cia a</p><p>A universabilidade do conjunto das proposições de</p><p>observação.</p><p>B normatividade das teorias científicas que se va-</p><p>lem da experiência.</p><p>C dificuldade de se fundamentar as leis científicas</p><p>em bases empíricas.</p><p>D inviabilidade de se considerar a experiência na</p><p>construção da ciência.</p><p>E correspondência entre afirmações singulares e</p><p>afirmações universais.</p><p>Pode-se admitir que a experiência passada dá</p><p>somente uma informação direta e segura sobre de-</p><p>terminados objetos em determinados períodos do</p><p>tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é</p><p>esta a principal questão sobre a qual gostaria de in-</p><p>sistir: por que esta experiência tem de ser estendida</p><p>a tempos futuros e a outros objetos que, pelo que</p><p>sabemos, unicamente são similares em aparência. O</p><p>pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo</p><p>dotado de tais qualidades sensíveis estava, a este</p><p>tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. Mas,</p><p>segue-se daí que este outro pão deve tam- bém</p><p>alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que</p><p>qualidades sensíveis semelhantes devem sempre</p><p>ser acompanhadas de poderes ocultos semelhan-</p><p>tes? A consequência não parece de nenhum modo</p><p>necessária.</p><p>Se, pois, para as coisas que fazemos existe um</p><p>fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é</p><p>desejado no interesse desse fim; evidentemente tal</p><p>fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá</p><p>o conhecimento, porventura, grande influência sobre</p><p>essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determi-</p><p>nar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja</p><p>ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o</p><p>objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo per-</p><p>tença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeira-</p><p>mente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política</p><p>a Pietá e o Moisés, de</p><p>Michelangelo, assim como as inúmeras e suaves Madonas, de Rafael, que permanecem ainda como modelo</p><p>mais frequente de representação da mãe de Cristo. Como veremos, de fato, as artes plásticas acabaram se</p><p>convertendo num centro de convergência de todas as principais tendências da cultura renascentista.</p><p>GALDINO, V. BARBOSA, R. C. Artistas por um dia? João Pessoa: Editora Universitána, 2009</p><p>SILVA, F. F. As cidades brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade. São Paulo: Peirópolis, 2003.</p><p>SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Atual, 1988 (adaptado).</p><p>- 9 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 05</p><p>Identificar as manifestações ou representações da diversidade do</p><p>patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades</p><p>26) Enem 2021 - Questão 83</p><p>27) Enem 2021 - Questão 84</p><p>28) Enem PPL 2021 - Questão 66</p><p>O movimento estético-cultural no texto constitui-se historicamente em uma resposta às</p><p>A contestações aos domínios espiritual e terreno exercidos pelo papado.</p><p>B oposições ao absolutismo monárquico como base do poder político.</p><p>C divisões da nobreza fortalecida pelas expansões marítima e comercial.</p><p>D críticas ao heliocentrismo como modelo de funcionamento do cosmos.</p><p>E revoltas do campesinato oprimido pela multiplicidade de seitas religiosas.</p><p>Para o povo Woyo, os artefatos culturais mencionados no texto cumprem a função de uma</p><p>A Pedagogia dos costumes sociais.</p><p>B Imposição das formas de comunicação.</p><p>C Desvalorização dos comportamentos da juventude.</p><p>D Destituição dos valores do matrimônio.</p><p>E Etnografia das celebrações religiosas.</p><p>O ritual mencionado no texto atribui à manifestação cultural de grupos indígenas do Nordeste brasileiro a</p><p>função de</p><p>A celebrar a história oficial.</p><p>B estimular a coesão social.</p><p>C superar a atividade artesanal.</p><p>D manipular a memória individual.</p><p>E modernizar o comércio tradicional.</p><p>No selo de diversos povos africanos, nomeadamente no antigo Reino do Congo, existem testemunhos</p><p>gráficos de que a escrita tomava várias formas. Exemplo disso são as tampas de panela esculpidas em bai- xo-</p><p>relevo do povo s Woyo (região de Cabinda), com cenas e provérbios do cotidiano, desenhos na terra ou areia,</p><p>imagens gravadas ou inscritas nos bastões de chefe ou em pedras sagradas, mas, sobretudo, movi- mentos do</p><p>corpo humano inscritos num gestual familiar. Entre os Woyo existia o costume de os pais oferece- rem aos</p><p>filhos testos ou tampas de e panelas entalhados, transmitindo uma espécie de recado, com signos codificados</p><p>que traduziam orientações para conseguir uma boa relação conjugal, ter sensatez na escolha do cônjuge e estar</p><p>alerta para as dificuldades do casamento.</p><p>O torém dependia de organização familiar, sendo Brincado por pessoas com vínculos de parentesco</p><p>afinidade que viviam no local. Era visto como uma brincadeira, um entretenimento feito para os próprios par-</p><p>ticipantes e seus conhecidos. O tempo do caju era o pretexto para sua realização, sendo chamadas várias</p><p>pessoas da região a fim de tomar mocororó, bebida fermentada do caju.</p><p>O Barroco foi o estilo das formas dramáticas, grandiosas e opulentas, voltado ao intenso decorativismo e</p><p>caracterizado pela exuberância dos dourados nas volutas e espirais. O Barroco exprimiu as incertezas de uma</p><p>época — a Idade Moderna — que oscilava entre velhos e novos valores. Foi largamente utilizado pela Igreja da</p><p>Contrarreforma como elemento de propaganda, destinado a atrair as criaturas pela pompa e magnificência.</p><p>Através do Barroco, a Igreja compeliu Deus a vestir as mais suntuosas roupagens humanas, reproduzindo o</p><p>Céu em toda a sua magnificência, grandeza e esplendor, extasiando e arrebatando os fiéis que frequentavam</p><p>os templos.</p><p>LOPEZ, L. R. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Novo Século, 2001.</p><p>RODRIGUES, M. R. A. M.; TAVARES, A. C. P. Singularidades museológicas de uma tábua com esculturas em diálogo: do alambamentoao casamento em Cabinda</p><p>(Angola). Anais do Museu Paulista, n. 2, maio-ago. 2017 (adaptado).</p><p>VALLE, C, G. O. Torém/Toré: tradições e invenção no quadro de multiplicidade étnica do Ceará contemporâneo, In: GRÜNEWALD, R. A. (Org.), Tori: ragima</p><p>encantado dos índios do Nordeste. Recife: Fundaj-Massangana, 2005.</p><p>- 10 -</p><p>Gabarito</p><p>01. B</p><p>11. B</p><p>21. A</p><p>02. D</p><p>12. B</p><p>22. D</p><p>03. E</p><p>13. C</p><p>23. B</p><p>04. C</p><p>14. C</p><p>24. C</p><p>05. C</p><p>15. D</p><p>25. A</p><p>06. C</p><p>16. D</p><p>26. A</p><p>07. B</p><p>17. B</p><p>27. B</p><p>08. E</p><p>18. B</p><p>28. A</p><p>09. B</p><p>19. E</p><p>10. B</p><p>20. B</p><p>mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina</p><p>quais as ciências que devem ser estudadas num Es-</p><p>tado, quais são as que cada cidadão deve aprender,</p><p>e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas</p><p>em maior apreço, como a estratégia, a economia e a</p><p>retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política uti-</p><p>liza as demais ciências e, por outro lado, legisla so-</p><p>bre o que devemos e o que não devemos fazer, a fi-</p><p>nalidade dessa ciência deve abranger as das outras,</p><p>de modo que essa finalidade será o bem humano.</p><p>ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensado-</p><p>res. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado).</p><p>Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a or-</p><p>ganização da pólis pressupõe que</p><p>A o bem dos indivíduos consiste em cada um per-</p><p>seguir seus interesses.</p><p>B o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são</p><p>os portadores da verdade.</p><p>C a política é a ciência que precede todas as de-</p><p>mais na organização da cidade.</p><p>D a educação visa formar a consciência de cada</p><p>pessoa para agir corretamente.</p><p>E a democracia protege as atividades políticas ne-</p><p>cessárias para o bem comum.</p><p>HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano.</p><p>São Paulo: Abril Cultural, 1995.</p><p>MARINETTI, F. T. Manifesto futurista.</p><p>Disponível em: www.sibila.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 6 -</p><p>17) Enem PPL 2017 - Questão 61</p><p>18) Enem PPL 2017 - Questão 63</p><p>19) Enem 2018 - Questão 49</p><p>20) Enem 2018 - Questão 83</p><p>A característica do estoicismo presente nessa cita-</p><p>ção do filósofo grego Epicteto é</p><p>A explicar o mundo com números.</p><p>B identificar a felicidade com o prazer.</p><p>C aceitar os sofrimentos com serenidade.</p><p>D questionar o saber científico com veemência.</p><p>E considerar as convenções sociais com desprezo.</p><p>Os princípios, base da epistemologia aristotélica,</p><p>pertencem ao domínio do(a)</p><p>A opinião, pois fazem parte da formação da pessoa.</p><p>B cálculo, pois são demonstrados por argumentos.</p><p>C conhecimento científico, pois admitem provas</p><p>empíricas.</p><p>D intuição, pois ela é mais exata que o conhecimen-</p><p>to científico.</p><p>E prática de hábitos racionais, pois com ela se cap-</p><p>ta a verdade.</p><p>Dado que, dos hábitos racionais com os quais</p><p>captamos a verdade, alguns são sempre verdadei-</p><p>ros, enquanto outros admitem o falso, como a opi-</p><p>nião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico</p><p>e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que</p><p>nenhum outro gênero de conhecimento é mais exa-</p><p>to que o conhecimento científico, exceto a intuição,</p><p>e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos</p><p>que as demonstrações, e dado que todo conheci-</p><p>mento científico constitui-se de maneira argumen-</p><p>tativa, não pode haver conhecimento científico dos</p><p>princípios, e dado que não pode haver nada mais</p><p>verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a</p><p>intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios.</p><p>ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga.</p><p>XI. Jamais, a respeito de coisa alguma, digas:</p><p>“Eu a perdi”, mas sim: “Eu a restituí”. O filho mor-</p><p>reu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi</p><p>restituída. “A propriedade me foi subtraída”, então</p><p>também foi restituída. “Mas quem a subtraiu é</p><p>mau”. O que te importa por meio de quem aquele</p><p>que te dá a pede de volta? Na medida em que ele</p><p>der, faz uso do mes- mo modo de quem cuida das</p><p>coisas de outrem. Do mesmo modo como fazem os</p><p>que se instalam em uma hospedaria.</p><p>A questão da eternidade, tal como abordada pelo au-</p><p>tor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)</p><p>A essência da ética cristã.</p><p>B natureza universal da tradição.</p><p>C certezas inabaláveis da experiência.</p><p>D abrangência da compreensão humana.</p><p>E interpretações da realidade circundante.</p><p>O texto apresenta um entendimento acerca dos ele-</p><p>mentos constitutivos da atividade do filósofo, que se</p><p>caracteriza por</p><p>A reunir os antagonismos das opiniões ao método</p><p>dialético.</p><p>B ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo</p><p>das ideias.</p><p>C associar a certeza do intelecto à imutabilidade da</p><p>verdade.</p><p>D conciliar o rigor da investigação à inquietude do</p><p>questionamento.</p><p>E compatibilizar as estruturas do pensamento aos</p><p>princípios fundamentais.</p><p>O filósofo reconhece-se pela posse inseparável</p><p>do gosto da evidência e do sentido da ambiguida-</p><p>de. Quando se limita a suportar a ambiguidade,</p><p>esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que,</p><p>mes- mo aqueles que pretenderam construir uma</p><p>filosofia absolutamente positiva, só conseguiram</p><p>ser filósofos na medida em que, simultaneamente,</p><p>se recusaram o direito de se instalar no saber</p><p>absoluto. O que ca- racteriza o filósofo é o</p><p>movimento que leva inces- santemente do saber à</p><p>ignorância, da ignorância ao saber, e um certo</p><p>repouso neste movimento.</p><p>MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).</p><p>Não é verdade que estão ainda cheios de ve-</p><p>lhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia</p><p>Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocio-</p><p>so e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou</p><p>sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-</p><p>se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus</p><p>um novo movimento, uma vontade nova para dar o</p><p>ser a criaturas que nunca antes criara, como pode</p><p>haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma</p><p>vonta- de que antes não existia?”</p><p>São Paulo: Loyola, 1994.</p><p>EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto.</p><p>São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado).</p><p>AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 7 -</p><p>TEXTO II</p><p>22) Enem 2019 - Questão 65</p><p>23) Enem 2019 - Questão 67</p><p>TEXTO I</p><p>21) Enem PPL 2018 - Questão 46</p><p>24) Enem PPL 2019 - Questão 46</p><p>25) Enem PPL 2019 - Questão 56</p><p>A Demócrito atribui-se a origem do conceito de</p><p>A porção mínima da matéria, o átomo.</p><p>B princípio móvel do universo, a arché.</p><p>C qualidade única dos seres, a essência.</p><p>D quantidade variante da massa, o corpus.</p><p>E substrato constitutivo dos elementos, a physis.</p><p>O texto aponta uma inovação na teoria política na</p><p>época moderna expressa na distinção entre</p><p>A idealidade e efetividade da moral.</p><p>B nulidade e preservabilidade da liberdade.</p><p>C ilegalidade e legitimidade do governante.</p><p>D verificabilidade e possibilidade da verdade.</p><p>E objetividade e subjetividade do conhecimento.</p><p>Para Maquiavel, quando um homem decide di-</p><p>zer a verdade pondo em risco a própria integridade</p><p>física, tal resolução diz respeito apenas a sua pes-</p><p>soa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Es-</p><p>tado, os critérios pessoais não são mais adequados</p><p>para decidir sobre ações cujas consequências se tor-</p><p>nam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas</p><p>individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as</p><p>circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se</p><p>decidir que o melhor para o bem comum seja mentir.</p><p>Considero apropriado deter-me algum tempo na</p><p>contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar</p><p>totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,</p><p>considerar, admirar e adorar a incomparável beleza</p><p>dessa imensa luz.</p><p>Demócrito julga que a natureza das coisas eter-</p><p>nas são pequenas substâncias infinitas, em grande</p><p>número. E julga que as substâncias são tão peque-</p><p>nas que fogem às nossas percepções. E lhes são</p><p>inerentes formas de toda espécie, figuras de toda</p><p>espécie e diferenças em grandeza. Destas, então,</p><p>engendram-se e combinam-se todos os volumes vi-</p><p>síveis e perceptíveis.</p><p>Qual será a forma mais razoável de entender como</p><p>é o mundo? Existirá alguma boa razão para</p><p>acreditar que o mundo foi criado por uma</p><p>divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que</p><p>a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.</p><p>Os textos abordam um questionamento da constru-</p><p>ção da modernidade que defende um modelo</p><p>A centrado na razão humana.</p><p>B baseado na explicação mitológica.</p><p>C fundamentado na ordenação imanentista.</p><p>D focado na legitimação contratualista.</p><p>E configurado na percepção etnocêntrica.</p><p>Nesse contexto, a ciência encontra seu novo funda-</p><p>mento na</p><p>A utilização da</p><p>prova para confirmação empírica.</p><p>B apropriação do senso comum como inspiração.</p><p>C reintrodução dos princípios da metafísica clássica.</p><p>D construção do método em separado dos</p><p>fenômenos.</p><p>E consolidação da independência entre conheci-</p><p>mento e prática.</p><p>A ciência ativa rompe com a separação antiga</p><p>entre a ciência (episteme), o saber teórico, e a téc-</p><p>nica (techne), o saber aplicado, integrando ciência e</p><p>técnica. Do ponto de vista da ideia de ciência, a</p><p>valorização da observação e do método experimen-</p><p>tal opõe a ciência ativa à ciência contemplativa dos</p><p>antigos; assim também, a utilização da matemática</p><p>como linguagem da física, proposta por Galileu sob</p><p>inspiração platônica e pitagórica, e contrária à con-</p><p>cepção aristotélica.</p><p>O trecho contém uma formulação da doutrina niet-</p><p>zscheana do eterno retorno, que apresenta critérios</p><p>radicais de avaliação da</p><p>A qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.</p><p>B conveniência do cuidado da saúde física e</p><p>espiritual.</p><p>C legitimidade da doutrina pagã da transmigração</p><p>da alma.</p><p>D veracidade do postulado cosmológico da pereni-</p><p>dade do mundo.</p><p>E validade de padrões habituais de ação humana</p><p>ao longo da história.</p><p>Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de</p><p>forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois,</p><p>em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes</p><p>de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obede-</p><p>ça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência,</p><p>e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade</p><p>que está em jogo!”.</p><p>RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.</p><p>DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.</p><p>ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006</p><p>(adaptado).</p><p>SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova</p><p>Cultural, 1996 (adaptado).</p><p>NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.</p><p>Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).</p><p>MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a</p><p>Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 8 -</p><p>26) Enem 2020 - Questão 55</p><p>27) Enem 2020 - Questão 89</p><p>28) Enem PPL 2020 - Questão 54</p><p>29) Enem PPL 2020 - Questão 57</p><p>Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento</p><p>humano?</p><p>A A potência inata da mente.</p><p>B A revelação da inspiração divina.</p><p>C O estudo das tradições filosóficas.</p><p>D A vivência dos fenômenos do mundo.</p><p>E O desenvolvimento do raciocínio abstrato.</p><p>O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica</p><p>contemporânea conhecida como:</p><p>A Personalismo, que vincula a realidade circundan-</p><p>te aos domínios do pessoal.</p><p>B Falsificacionismo, que estabelece ciclos de pro-</p><p>blemas para refutar uma conjectura.</p><p>C Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para</p><p>sustentar uma crença inequívoca.</p><p>D Idealismo, que nega a existência de objetos inde-</p><p>pendentemente do trabalho cognoscente.</p><p>E Solipsismo, que reconhece limitações cog-</p><p>nitivas para compreender uma experiência</p><p>compartilhada.</p><p>Adão, ainda que supuséssemos que suas facul-</p><p>dades racionais fossem inteiramente perfeitas desde</p><p>o início, não poderia ter inferido da fluidez e transpa-</p><p>rência da água que ela o sufocaria, nem da lumino-</p><p>sidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo.</p><p>Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que</p><p>aparecem aos sentidos, nem as causas que o produ-</p><p>ziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco</p><p>nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da ex-</p><p>periência, qualquer conclusão referente à existência</p><p>efetiva de coisas ou questões de fato.</p><p>Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se,</p><p>de fato, todas elas existissem apenas na sua mente</p><p>— se tudo o que você julgasse ser o mundo externo</p><p>real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante,</p><p>de que você jamais fosse despertar? Se assim fos-</p><p>se, então é claro que você nunca poderia despertar,</p><p>como faz quando sonha, pois significaria que não há</p><p>mundo “real” no qual despertar. Logo, não seria exa-</p><p>tamente igual a um sonho ou alucinação normal.</p><p>Aquilo que é quente necessita de umidade para</p><p>viver, e o que é morto seca, e todos os germes são</p><p>úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natu-</p><p>ral que cada coisa se nutra daquilo de que provém.</p><p>O instrumento intelectual empregado por Descartes</p><p>para analisar os seus próprios pensamentos tem</p><p>como objetivo</p><p>A identificar um ponto de partida para a consolida-</p><p>ção de um conhecimento seguro.</p><p>B observar os eventos particulares para a formação</p><p>de um entendimento universal.</p><p>C analisar as necessidades humanas para a cons-</p><p>trução de um saber empírico.</p><p>D estabelecer uma base cognitiva para assegurar a</p><p>valorização da memória.</p><p>E investigar totalidades estruturadas para dotá-las</p><p>de significação.</p><p>Na primeira meditação, eu exponho as razões</p><p>pelas quais nós podemos duvidar de todas as coisas</p><p>e, particularmente das coisas materiais, pelo me-</p><p>nos enquanto não tivermos outros fundamentos nas</p><p>ciências além dos que tivemos até o presente. Na</p><p>segunda meditação, o espírito reconhece entretanto</p><p>que é absolutamente impossível que ele mesmo, o</p><p>espírito, não exista.</p><p>O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é</p><p>característico do pensamento pré-socrático ao apre-</p><p>sentar uma</p><p>A abordagem epistemológica sobre o lógos e a fun-</p><p>damentação da metafísica.</p><p>B teoria crítica sobre a essência e o método do co-</p><p>nhecimento científico.</p><p>C justificação religiosa sobre a existência e as con-</p><p>tradições humanas.</p><p>D elaboração poética sobre os mitos e as narrativas</p><p>cosmogônicas.</p><p>E explicação racional sobre a origem e a transfor-</p><p>mação da physis.</p><p>NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.</p><p>HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo:</p><p>Unesp, 2003.</p><p>SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo:</p><p>Cultrix, 1993.</p><p>DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1973</p><p>(adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>- 9 -</p><p>30) Enem Digital 2020 - Questão 51</p><p>31) Enem Digital 2020 - Questão 76</p><p>32) Enem 2021 - Questão 82</p><p>33) Enem 2021 - Questão 85</p><p>Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia</p><p>socrática narrada por Xenofonte, o texto indica que</p><p>a vida virtuosa está associada à</p><p>A aceitação do sofrimento como gênese da felicida-</p><p>de suprema.</p><p>B moderação dos prazeres com vistas à serenidade</p><p>da alma.</p><p>C contemplação da physis como fonte de</p><p>conhecimento.</p><p>D satisfação dos desejos com o objetivo de evitar a</p><p>melancolia.</p><p>E persecução da verdade como forma de agir</p><p>corretamente.</p><p>O texto apresenta uma característica dos sofistas,</p><p>mestres da oratória que defendiam a(o)</p><p>A ideia do bem, demonstrado na mente com base</p><p>na teoria da reminiscência.</p><p>B relativismo, evidenciado na convencionalidade</p><p>das instituições políticas.</p><p>C ética, aprimorada pela educação de cada indiví-</p><p>duo com base na virtude.</p><p>D ciência, comprovada empiricamente por meio de</p><p>conceitos universais.</p><p>E religião, revelada pelos mandamentos das leis</p><p>divinas.</p><p>Os sofistas inventam a educação em ambiente</p><p>artificial, o que se tornará uma das características de</p><p>nossa civilização. Eles são os profissionais do en-</p><p>sino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja ne-</p><p>cessário reconhecer a notável originalidade de um</p><p>Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por</p><p>exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alu-</p><p>nos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvin-</p><p>tes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o</p><p>contra, conforme o entendimento de cada um.</p><p>Há um tempo, belas e boas são todas as ações</p><p>justas e virtuosas. Os que as conhecem nada podem</p><p>preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somen-</p><p>te não podem praticá-las como, se o tentam, só co-</p><p>metem erros. Assim praticam os sábios atos belos</p><p>e bons, enquanto os que não o são só podem des-</p><p>cambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom</p><p>que não pela virtude, claro é que na sabedoria se</p><p>resumem a justiça e</p><p>todas as mais virtudes.</p><p>No anúncio publicado na segunda metade do sé-</p><p>culo XIX, qual a estratégia de resistência escrava</p><p>apresentada?</p><p>A Criação de relações de trabalho.</p><p>B Fundação de territórios quilombolas.</p><p>C Suavização da aplicação de normas.</p><p>D Regularização das funções remuneradas.</p><p>E Constituição de economia de subsistência.</p><p>A atitude apresentada na interlocução do filósofo</p><p>com Mênon é um exemplo da utilização do(a)</p><p>A escrita epistolar.</p><p>B método dialético.</p><p>C linguagem trágica.</p><p>D explicação fisicalista.</p><p>E suspensão judicativa.</p><p>Sócrates: "Quem não sabe o que uma coisa é,</p><p>como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou</p><p>te parece ser possível alguém que não conhece ab-</p><p>solutamente quem é Mênon, esse alguém saber se</p><p>ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te</p><p>ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas</p><p>ser a virtude?"</p><p>HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).</p><p>XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G.</p><p>Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.</p><p>Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:</p><p>http://bndigital.bn.goh.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado)</p><p>PLATÃO, Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio:</p><p>São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).</p><p>- 10 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 01</p><p>Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.</p><p>34) Enem 2021 - Questão 86</p><p>35) Enem PPL 2021 - Questão 86</p><p>36) Enem PPL 2021 - Questão 87</p><p>Juiz — Entre, Edmund, falei com o seu senhor</p><p>Edmund — Não com o meu senhor, Vossa Excelência, espero ser o meu próprio senhor.</p><p>Juiz — Bem, com o seu empregador, o Sr. E..., o fabricante de roupas. Serve a palavra empregador?</p><p>Edmund — Sim, sim, Vossa Excelência, qualquer coisa que não seja senhor.</p><p>Qual alteração nas relações sociais na Inglaterra é registrada no diálogo extraído da obra escrita em 1724?</p><p>A Melhoria das condições laborais no ambiente fabril.</p><p>B Superação do caráter servil nas relações trabalhistas.</p><p>C Extinção dos conflitos hierárquicos no contexto industrial.</p><p>D Abrandamento dos ideais burgueses nos centros urbanos.</p><p>E Desaparecimento das distinções sociais no ordenamento jurídico.</p><p>Essa construção alegórica de Descartes, acerca da condição epistemológica da filosofia, tem como objetivo</p><p>A sustentar a unidade essencial do conhecimento.</p><p>B refutar o elemento fundamental das crenças.</p><p>C impulsionar o pensamento especulativo.</p><p>D recepcionar o método experimental.</p><p>E incentivar a suspensão dos juízos.</p><p>O texto aristotélico, ao recorrer à cosmogonia dos pré-socráticos, salienta a preocupação desses filósofos</p><p>com a</p><p>A mutação ontológica dos entes.</p><p>B alteração estética das condutas.</p><p>C transformação progressiva da ascese.</p><p>D sistematização crítica do conhecimento.</p><p>E modificação imediata da espiritualidade.</p><p>A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da</p><p>natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que</p><p>por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se</p><p>engendram, mas continuando ela mesma.</p><p>A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica; o tronco, a física, e os ramos que saem do</p><p>tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral, en-</p><p>tendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências,</p><p>e é o último grau da sabedoria.</p><p>DESCARTES, R. Princípios da filosofia. Lisboa: Edições 70, 1997 (adaptado).</p><p>DEFOE, D. apud THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.</p><p>ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 1973.</p><p>- 11 -</p><p>Gabarito</p><p>01. C</p><p>11. D</p><p>21. A</p><p>31. E</p><p>02. A</p><p>12. D</p><p>22. A</p><p>32. B</p><p>03. E</p><p>13. E</p><p>23. A</p><p>33. A</p><p>04. D</p><p>14. C</p><p>24. A</p><p>34. A</p><p>05. E</p><p>15. C</p><p>25. A</p><p>35. B</p><p>06. A</p><p>16. C</p><p>26. E</p><p>36. A</p><p>07. A</p><p>17. D</p><p>27. D</p><p>08. B</p><p>18. C</p><p>28. E</p><p>09. A</p><p>19. D</p><p>29. A</p><p>10. A</p><p>20. D</p><p>30. B</p><p>- 1 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>1) Enem 2011 - Questão 25</p><p>2) Enem 2012 - Questão 13</p><p>GOMES, A. et al. A República no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.</p><p>ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad,</p><p>1999 (adaptado).</p><p>A análise da tabela permite identificar um intervalo de tempo no qual uma alteração na proporção de eleitores</p><p>inscritos resultou de uma luta histórica de setores da sociedade brasileira. O intervalo de tempo e a conquista</p><p>estão associados, respectivamente, em</p><p>A 1940-1950 – direito de voto para os ex-escravos.</p><p>B 1950-1960 – fim do voto secreto.</p><p>C 1960-1970 – direito de voto para as mulheres.</p><p>D 1970-1980 – fim do voto obrigatório.</p><p>E 1980-1996 – direito de voto para os analfabetos.</p><p>A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por</p><p>ideias como as descritas no texto, que visavam</p><p>A submeter a memória e o patrimônio nacional ao controle dos órgãos públicos, de acordo com a tendência</p><p>autoritária do Estado Novo.</p><p>B transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de preservação do patrimônio nacional, por meio de</p><p>leis de incentivo fiscal.</p><p>C definir os fatos e personagens históricos a serem cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o</p><p>interesse público.</p><p>D resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional, por meio de políticas públicas</p><p>preservacionistas.</p><p>E determinar as responsabilidades pela destruição do patrimônio nacional, de acordo com a legislação</p><p>brasileira.</p><p>O que o projeto governamental tem em vista é poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e da</p><p>evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos</p><p>bens de maior interesse histórico, de que a coletividade brasileira era depositária, têm desaparecido ou se</p><p>arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e as relíquias da história de cada país não constituem o</p><p>seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos os povos.</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>- 2 -</p><p>FERREZ, M. D. Pedro II.</p><p>MOREAUX, F. R. Proclamação da</p><p>Independência.</p><p>3) Enem 2012 - Questão 18</p><p>4) Enem 2013 - Questão 18</p><p>5) Enem 2013 - Questão 33</p><p>No texto, é apresentada uma forma de integração da</p><p>paisagem geográfica com a vida social. Nesse senti-</p><p>do, a paisagem, além de existir como forma concre-</p><p>ta, apresenta uma dimensão</p><p>A política de apropriação efetiva do espaço.</p><p>B econômica de uso de recursos do espaço.</p><p>C privada de limitação sobre a utilização do espaço.</p><p>D natural de composição por elementos físicos do</p><p>espaço.</p><p>E simbólica de relação subjetiva do indivíduo com</p><p>o espaço.</p><p>A produção cinematográfica referida no texto con-</p><p>tribui para a constituição de uma memória sobre a</p><p>África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e</p><p>negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos</p><p>do continente africano:</p><p>A A história e a natureza.</p><p>B O exotismo e as culturas.</p><p>C A sociedade e a economia.</p><p>D O comércio e o ambiente.</p><p>E A diversidade e a política.</p><p>Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir</p><p>os sentimentos de pertencimento; ela cria uma</p><p>atmosfera que convém aos momentos fortes da vida,</p><p>às festas, às comemorações.</p><p>A África também já serviu como ponto de partida</p><p>para comédias bem vulgares, mas de muito suces-</p><p>so, como Um príncipe em Nova York e Ace Ventu- ra:</p><p>um maluco na África; em ambas, a África parece um</p><p>lugar cheio de tribos doidas e rituais de dese- nho</p><p>animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais</p><p>bem-sucedido filme americano ambientado na</p><p>África, não chegava a contar com elenco de seres</p><p>humanos.</p><p>As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II,</p><p>procuram transmitir determinadas representações</p><p>políticas acerca dos dois monarcas e seus contex-</p><p>tos de atuação. A ideia que cada</p><p>imagem evoca é,</p><p>respectivamente:</p><p>A Habilidade militar — riqueza pessoal.</p><p>B Liderança popular — estabilidade política.</p><p>C Instabilidade econômica — herança europeia.</p><p>D Isolamento político — centralização do poder.</p><p>E Nacionalismo exacerbado — inovação</p><p>administrativa.</p><p>LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê. Disponível</p><p>em: http://notícias.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010.</p><p>CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo:</p><p>Contexto, 2010 (adaptado).</p><p>Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em: 14 jun. 2010.</p><p>SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos</p><p>trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.</p><p>- 3 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>6) Enem 2014 - Questão 31</p><p>7) Enem 2015 - Questão 10</p><p>8) Enem 2015 - Questão 36</p><p>A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a)</p><p>A lugar da memória na história nacional.</p><p>B caráter espontâneo das festas populares.</p><p>C lembrança da antiguidade da cultura local.</p><p>D triunfo da nação sobre os países africanos.</p><p>E declínio do regime de monarquia absolutista.</p><p>A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a cons-</p><p>trução de uma memória que</p><p>A afirmava a centralidade de um estado na política do país.</p><p>B resgatava a importância da resistência escrava na história brasileira.</p><p>C evidenciava a importância da produção artística no contexto regional.</p><p>D valorizava a saga histórica do povo na afirmação de uma memória social.</p><p>E destacava a presença do indígena no desbravamento do território colonial.</p><p>Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma década após o</p><p>Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os elementos simbólicos</p><p>destacados, essas imagens representavam um</p><p>A jovem maduro que agiria de forma irresponsável.</p><p>B imperador adulto que governaria segundo as leis.</p><p>C líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.</p><p>D soberano religioso que acataria a autoridade papal.</p><p>E monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.</p><p>Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Mu-</p><p>seu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que comandara a destruição</p><p>do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada por verba estadual, foi simultânea à emergência de</p><p>uma interpretação histórica que apontava o fenômeno do sertanismo paulista como o elo decisivo entre a tra-</p><p>jetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que se consolidaria entre os historiadores ligados</p><p>ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do século XX.</p><p>A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763,</p><p>tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monu-</p><p>mentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados</p><p>dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836,</p><p>instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real.</p><p>SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).</p><p>NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. 2012.</p><p>MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição da retratística monárquica européia. Revista do LEB, n. 44, tev. 2007.</p><p>- 4 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>TEXTO II</p><p>9) Enem 2016 - Questão 05</p><p>TEXTO I</p><p>10) Enem PPL 2016 - Questão 25</p><p>Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas Como “os brasis” ou</p><p>“gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências</p><p>ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “ín-</p><p>dios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.</p><p>Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela</p><p>diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas,</p><p>espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão</p><p>dispares quanto os tupinambas e os astecas.</p><p>A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma</p><p>indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça física. Concebida para a felicidade humana, a submissão</p><p>da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora se estende à própria natureza do homem, conduziu ao</p><p>maior desafio já posto ao ser humano pela sua própria ação. O novo continente da práxis coletiva que adentra-</p><p>mos com a alta tecnologia ainda constitui, para a teoria ética, uma terra de ninguém.</p><p>Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período</p><p>analisado, são reveladoras da</p><p>A concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.</p><p>B percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.</p><p>C compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.</p><p>D transposição direta das Categorias originadas no imaginário medieval.</p><p>E visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.</p><p>As implicações éticas da articulação apresentada no texto impulsionam a necessidade de construção de um</p><p>novo padrão de comportamento, cujo objetivo consiste em garantir o(a)</p><p>A pragmatismo da escolha individual.</p><p>B sobrevivência de gerações futuras.</p><p>C fortalecimento de políticas liberais.</p><p>D valorização de múltiplas etnias.</p><p>E promoção da inclusão social.</p><p>JONAS, H. O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).</p><p>SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil a Construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.) Viagem incompleta a experiência</p><p>brasileira (1500-2000). São Paulo Senac, 2000 (adaptado)</p><p>SILVA, K. W.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos,</p><p>São Paulo: Contexto, 2005</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>- 5 -</p><p>Fotografia de Augusto Gomes Leal e da ama</p><p>de leite Mônica, cartão de visita de 1860.</p><p>11) Enem 2017 - Questão 51 12) Enem 2017 - Questão 82</p><p>13) Enem PPL 2017 - Questão 81</p><p>KOUTSOUKOS, S. S. M. Amas mercenárias: o discurso dos doutores em</p><p>medicina e os retratos de amas – Brasil, segunda metade do século XIX.</p><p>História, Ciência, Saúde-Manguinhos, 2009. Disponível em: http://dx.doi.org.</p><p>Acesso em: 8 maio 2013.</p><p>ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892.</p><p>No processo de transição para a República, a nar-</p><p>rativa machadiana sobre a Inconfidência Mineira</p><p>associa</p><p>A redenção cristã e cultura cívica.</p><p>B veneração aos santos e radicalismo militar.</p><p>C apologia aos protestantes e culto ufanista.</p><p>D tradição messiânica e tendência regionalista.</p><p>BERGER, P. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis:</p><p>Vozes, 1986 (adaptado).</p><p>A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura</p><p>escravista no Brasil, ao expressar a</p><p>A ambiguidade do trabalho doméstico exercido</p><p>pela ama de leite, desenvolvendo uma relação</p><p>de proximidade e subordinação em relação aos</p><p>senhores.</p><p>B integração dos escravos aos valores das classes</p><p>médias, cultivando a família como pilar da socie-</p><p>dade imperial.</p><p>C melhoria das condições de vida dos escravos ob-</p><p>servada pela roupa luxuosa, associando o traba-</p><p>lho doméstico a privilégios para os cativos.</p><p>D esfera da vida privada, centralizando a figura fe-</p><p>minina para afirmar o trabalho da mulher na edu-</p><p>cação letrada dos infantes.</p><p>E distinção étnica entre senhores e escravos, de-</p><p>marcando a convivência entre estratos sociais</p><p>como meio para superar a mestiçagem.</p><p>O casamento, conforme</p><p>é tratado no texto, possui</p><p>como característica o(a)</p><p>A consolidação da igualdade sexual.</p><p>B ordenamento das relações sociais.</p><p>C conservação dos direitos naturais.</p><p>D superação das tradições culturais.</p><p>E questionamento dos valores cristãos.</p><p>E representação eclesiástica e dogmatismo</p><p>ideológico.</p><p>O rapaz que pretende se casar não nasceu com</p><p>esse imperativo. Ele foi insuflado pela sociedade, re-</p><p>forçado pelas incontáveis pressões de histórias de</p><p>família, educação, moral, religião, dos meios de co-</p><p>municação e da publicidade. Em outras palavras, o</p><p>casamento não é um instinto, e sim uma instituição.</p><p>O instituto popular, de acordo com o exame da</p><p>razão, fez da figura do alferes Xavier o principal dos</p><p>inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia</p><p>ração de glória. Merecem, decerto, a nossa estima</p><p>aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofe-</p><p>receu a carregar com os pecadores de Israel, o que</p><p>chorou de alegria quando viu comutada a pena de</p><p>morte dos seus companheiros, pena que só ia ser</p><p>executada nele, o enforcado, o esquartejado, o de-</p><p>capitado, esse tem de receber o prêmio na propor-</p><p>ção do martírio, e ganhar por todos, visto que pagou</p><p>por todos.</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>- 6 -</p><p>14) Enem 2018 - Questão 51</p><p>15) Enem 2018 - Questão 80</p><p>16) Enem PPL 2018 - Questão 83</p><p>17) Enem PPL 2018 - Questão 90</p><p>Em uma leitura que extrapola a esfera econômica, o</p><p>autor associa o acirramento da pobreza à</p><p>A afirmação das origens ancestrais.</p><p>B fragilização das redes de sociabilidade.</p><p>C padronização das políticas educacionais.</p><p>D fragmentação das propriedades agrícolas.</p><p>E globalização das tecnologias de comunicação.</p><p>Desde que tenhamos compreendido o signifi-</p><p>cado da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que</p><p>Deus existe. Com efeito, essa palavra designa uma</p><p>coisa de tal ordem que não podemos conceber nada</p><p>que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e</p><p>no pensamento é maior do que o que existe apenas</p><p>no pensamento. Donde se segue que o objeto de-</p><p>signado pela palavra “Deus”, que existe no pensa-</p><p>mento, desde que se entenda essa palavra, também</p><p>existe na realidade. Por conseguinte, a existência de</p><p>Deus é evidente.</p><p>O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás</p><p>de Aquino caracterizada por</p><p>A reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.</p><p>B sustentar racionalmente doutrina alicerçada na</p><p>fé.</p><p>C explicar as virtudes teologais pela demonstração.</p><p>D flexibilizar a interpretação oficial dos textos</p><p>sagrados.</p><p>E justificar pragmaticamente crença livre de</p><p>dogmas.</p><p>Em algumas línguas de Moçambique não existe</p><p>a palavra “pobre”. O indivíduo é pobre quando não</p><p>tem parentes. A pobreza é a solidão, a ruptura das</p><p>relações familiares que, na sociedade rural, servem</p><p>de apoio à sobrevivência. Os consultores internacio-</p><p>nais, especialistas em elaborar relatórios sobre a mi-</p><p>séria, talvez não tenham em conta o impacto dramá-</p><p>tico da destruição dos laços familiares e das relações</p><p>de entreajuda. Nações inteiras estão tornando-se</p><p>“órfãs”, e a mendicidade parece ser a única via de</p><p>uma agonizante sobrevivência.</p><p>O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição</p><p>humana e a elaboração de um mecanismo distintivo</p><p>entre homens e animais, marcado pelo(a)</p><p>A racionalidade científica.</p><p>B determinismo biológico.</p><p>C degradação da natureza.</p><p>D domínio da contingência.</p><p>E consciência da existência.</p><p>Depreende-se deste excerto da obra de Hume</p><p>que o conhecimento tem a sua gênese na</p><p>A convicção inata.</p><p>B dimensão apriorística.</p><p>C elaboração do intelecto.</p><p>D percepção dos sentidos.</p><p>E realidade trascendental.</p><p>Jamais deixou de haver sangue, martírio e sa-</p><p>crifício, quando o homem sentiu a necessidade de</p><p>criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifí-</p><p>cios e penhores, as mais repugnantes mutilações</p><p>(as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais,</p><p>tudo isto tem origem naquele instinto que divisou</p><p>na dor o mais poderoso auxiliar da memória.</p><p>Quando analisamos nossos pensamentos ou</p><p>ideias, por mais complexos e sublimes que sejam,</p><p>sempre descobrimos que se resolvem em ideias sim-</p><p>ples que são cópias de uma sensação ou sentimento</p><p>anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, pa-</p><p>recem mais afastadas dessa origem mostram, a um</p><p>exame mais atento, ser derivadas dela.</p><p>TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.</p><p>COUTO, M. E se Obama fosse africano? & outras intervenções. Portugal:</p><p>Caminho, 2009 (adaptado).</p><p>NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.</p><p>HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril</p><p>Cultural, 1973.</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>- 7 -</p><p>18) Enem 2019 - Questão 82</p><p>19) Enem PPL 2019 - Questão 47</p><p>20) Enem PPL 2019 - Questão 48</p><p>21) Enem PPL 2019 - Questão 49</p><p>O texto destaca o entendimento segundo o qual</p><p>a linguagem, como elemento do processo de sociali-</p><p>zação, constitui-se a partir de uma</p><p>A necessidade de ligação com o transcendente.</p><p>B relação de interdependência com a cultura.</p><p>C estruturação da racionalidade científica.</p><p>D imposição de caráter econômico.</p><p>E herança de natureza biológica.</p><p>No texto, a narrativa produzida sobre a construção</p><p>de Brasília articula os elementos políticos e socioe-</p><p>conômicos indicados, respectivamente, em:</p><p>A Apelo simbólico e migração inter-regional.</p><p>B Organização sindical e expansão do capital.</p><p>C Segurança territorial e estabilidade financeira.</p><p>D Consenso partidário e modernização rodoviária.</p><p>E Perspectiva democrática e eficácia dos</p><p>transportes.</p><p>A linguagem é uma grande força de socializa-</p><p>ção, provavelmente a maior que existe. Com isso não</p><p>queremos dizer apenas o fato mais ou menos óbvio de</p><p>que a interação social dotada de significado é pra-</p><p>ticamente impossível sem a linguagem, mas que o</p><p>mero fato de haver uma fala comum serve como um</p><p>símbolo peculiarmente poderoso da solidariedade</p><p>social entre aqueles que falam aquela língua.</p><p>Tratava-se agora de construir um ritmo novo.</p><p>Para tanto, era necessário convocar todas as forças</p><p>vivas da Nação, todos os homens que, com vontade</p><p>de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer,</p><p>num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande con-</p><p>vocação que conclamava o povo para a gigantesca</p><p>tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da</p><p>imensa pátria os trabalhadores: os homens simples</p><p>e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos</p><p>de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lom-</p><p>bo de burro, em paus-de-arara, por todas as formas</p><p>possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de</p><p>esperança, muitas vezes deixando para trás mulhe-</p><p>res e filhos a aguardar suas promessas de melhores</p><p>dias; foram chegando de tantos povoados, tantas ci-</p><p>dades cujos nomes pareciam cantar saudades aos</p><p>seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa</p><p>pátria... Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil!</p><p>Brasília!</p><p>De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pe-</p><p>dro II, o referido instituto objetivava</p><p>A construir uma narrativa de nação.</p><p>B debater as desigualdades sociais.</p><p>C combater as injustiças coloniais.</p><p>D defender a retórica do abolicionismo.</p><p>E evidenciar uma diversidade étnica.</p><p>Para dar conta do movimento histórico do pro-</p><p>cesso de inserção dos povos indígenas em contextos</p><p>urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujei-</p><p>tos, foi necessário construir um método de investiga-</p><p>ção, baseado na História Oral, que desvelasse essas</p><p>vivências ainda não estudadas pela historiografia,</p><p>bem como as conflitivas relações de fronteira daí</p><p>decorrentes. A partir da história oral foi possível en-</p><p>tender a dinâmica de deslocamento e inserção dos</p><p>índios urbanos no contexto da sociedade nacional,</p><p>bem como perceber os entrelugares construídos por</p><p>estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no</p><p>enfrentamento da sua condição de invisibilidade.</p><p>O uso desse método para compreender as condi-</p><p>ções dos povos indígenas nas áreas urbanas brasi-</p><p>leiras justifica-se por</p><p>A focalizar a empregabilidade de indivíduos caren-</p><p>tes de especialização técnica.</p><p>B permitir o recenseamento de cidadãos ausentes</p><p>das estatísticas oficiais.</p><p>C neutralizar as ideologias de observadores imbuí-</p><p>dos de viés acadêmico.</p><p>D promover o retorno de grupos apartados de suas</p><p>nações de origem.</p><p>E registrar as trajetórias de sujeitos distantes das</p><p>práticas de escrita.</p><p>O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro</p><p>(IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas,</p><p>administradores públicos e políticos em torno da in-</p><p>vestigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo</p><p>sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos</p><p>como projeto, reproduzia o modelo centralizador</p><p>imperial. Assim, enquanto na Corte localizava-se a</p><p>sede, nas províncias deveria haver os respectivos</p><p>institutos regionais. Estes, por sua vez, enviariam</p><p>documentos e relatos regionais para a capital.</p><p>SAPIR, E. A linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1980.</p><p>MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada dos</p><p>candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 14 ago.</p><p>2012 (adaptado).</p><p>MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos</p><p>entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.</p><p>DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo:</p><p>Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>- 8 -</p><p>22) Enem 2020 - Questão 60</p><p>23) Enem 2020 - Questão 68</p><p>24) Enem PPL 2020 - Questão 89</p><p>25) Enem Digital 2020 - Questão 47</p><p>26) Enem Digital 2020 - Questão 74</p><p>Menino de engenho</p><p>De acordo com o texto, novos estudos têm valori-</p><p>zado a história do indivíduo por se constituir como</p><p>possibilidade de</p><p>A adesão ao método positivista.</p><p>B expressão do papel das elites.</p><p>C resgate das narrativas heroicas.</p><p>D acesso ao cotidiano das comunidades.</p><p>E interpretação das manifestações do divino.</p><p>O texto descreve a experiência do personagem de</p><p>Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nos-</p><p>sas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tra-</p><p>dição filosófica</p><p>A marxista, no contexto do materialismo histórico.</p><p>B logicista, no propósito de entendimento dos fatos.</p><p>C utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.</p><p>D pós-modernista, na discussão da fluidez das</p><p>relações.</p><p>E existencialista, na questão do reconhecimento de</p><p>si.</p><p>Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse</p><p>nossas paixões a falarem a linguagem apurada,</p><p>nossos costumes eram rústicos. Não era melhor, mas</p><p>os homens encontravam sua segurança na facilidade</p><p>para se reconhecerem reciprocamente, e essa</p><p>vantagem, de cujo valor não temos mais a noção,</p><p>poupava-lhes muitos vícios.</p><p>Em A morte de Ivan Ilitch, Tolstoi descreve com</p><p>detalhes repulsivos o terror de encarar a morte imi-</p><p>nente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente</p><p>e logo compreende que se encaminha para o fim de</p><p>modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu</p><p>coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se</p><p>acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e</p><p>não conseguia compreendê-la”.</p><p>A reabilitação da biografi a histórica integrou as</p><p>aquisições da história social e cultural, oferecendo</p><p>aos diferentes atores históricos uma importância di-</p><p>ferenciada, distinta, individual. Mas não se tratava</p><p>mais de fazer, simplesmente, a história dos grandes</p><p>nomes, em formato hagiográfi co — quase uma vida</p><p>de santo —, sem problemas, nem máculas. Mas</p><p>de examinar os atores (ou o ator) célebres ou não,</p><p>como testemunhas, como refl exos, como revelado-</p><p>res de uma época.</p><p>Essa discussão, proposta pelo filósofo Agostinho de</p><p>Hipona (354-430), indica que a liberdade humana</p><p>apresenta uma</p><p>A natureza condicionada.</p><p>B competência absoluta.</p><p>C aplicação subsidiária.</p><p>D utilização facultativa.</p><p>E autonomia irrestrita.</p><p>O conceito geográfico que define a relação descrita</p><p>no texto entre indivíduo e espaço é:</p><p>A Rede, pois permite o fluxo de informações.</p><p>B Escala, pois dimensiona a área de utilização.</p><p>C Lugar, pois oferece uma noção de afetividade.</p><p>D Território, pois caracteriza um exercício de poder.</p><p>E Região, pois delimita conjuntos por</p><p>homogeneidades.</p><p>No presente excerto, o filósofo Jean-Jacques Rous-</p><p>seau (1712-1778) exalta uma condição que teria sido</p><p>vivenciada pelo homem em qual situação?</p><p>A No sistema monástico, pela valorização da</p><p>religião.</p><p>B Na existência em comunidade, pela comunhão</p><p>de valores.</p><p>C No modelo de autogestão, pela emancipação do</p><p>sujeito.</p><p>D No estado de natureza, pelo exercício da</p><p>liberdade.</p><p>E Na vida em sociedade, pela abundância de bens.</p><p>A minha mãe sempre me falava do engenho</p><p>como de um recanto do céu. E uma negra que ela</p><p>trouxera para criada contava histórias de lá, das</p><p>moagens, dos banhos de rio, das frutas e dos brin-</p><p>quedos, que me acostumei a imaginar o engenho</p><p>como qualquer coisa de um conto de fadas, de um</p><p>reino fabuloso.</p><p>Sem negar que Deus prevê todos os aconteci-</p><p>mentos futuros, entretanto, nós queremos livremente</p><p>aquilo que queremos. Porque, se o objeto da pres-</p><p>ciência divina é a nossa vontade, é essa mesma von-</p><p>tade assim prevista que se realizará. Haverá, pois, um</p><p>ato de vontade livre, já que Deus vê esse ato livre com</p><p>antecedência.</p><p>DEL PRIORE, M. Biografi a: quando o indivíduo encontra a história. Topoi, n.</p><p>19, jul.-dez. 2009.</p><p>KAZEZ, J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta</p><p>Negra, 2004.</p><p>ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo:</p><p>Abril Cultural, 1983 (adaptado).</p><p>SANTO AGOSTINHO. O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995 (adaptado).</p><p>REGO, J. L. Menino de engenho. In: Ficção completa. Rio de Janeiro: Nova</p><p>Aguilar, 1986.</p><p>- 9 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>28) Enem 2021 - Questão 74</p><p>29) Enem PPL 2021 - Questão 51</p><p>27) Enem Digital 2020 - Questão 75</p><p>A condição atribuída ao complexo arquitetônico da cidade, conforme mencionada no texto, proporcionou a</p><p>A harmonização de espaços sociais.</p><p>B valorização de reservas ecológicas.</p><p>C ampliação de conjuntos residenciais.</p><p>D manutenção de comunidades de pescadores.</p><p>E preservação de artefatos de memória.</p><p>A transformação de um número cada vez mais expressivo de museus latino-americanos em espaços destina-</p><p>dos a atividades lúdicas e reflexivas está associada ao rompimento com o(a)</p><p>A ideal de educação tradicional.</p><p>B utilização de novas tecnologias.</p><p>C modelo de atrações segmentadas.</p><p>D participação do setor empresarial.</p><p>E resgate de sentimentos nacionalistas.</p><p>A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, apresentava um tratamento</p><p>da identidade cultural pautado em</p><p>A converter grupos infiéis à religião oficial.</p><p>B suprimir formas divergentes de interação social.</p><p>C evitar envolvimento estrangeiro na economia local.</p><p>D reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.</p><p>E controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.</p><p>Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para essa cidade vá-</p><p>rios ciganos homens, mulheres e crianças devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram</p><p>ordem de seguir em diversos navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da</p><p>sua lingua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que</p><p>ensinem dita lingua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça.</p><p>Foi no século XVIII, nas terras de uma fazenda, que surgiu a Vila Distinta e Real de Sobral. O desenvol-</p><p>vimento da localidade se deu por estar próxima ao Rio Acaraú, que ligava os estados de Pernambuco, Piauí</p><p>e Maranhão. O tombamento de Sobral trouxe, ainda, como peculiaridade no Ceará o envolvimento dos mo-</p><p>radores. Quem passa pela cidade pode ver construções que trazem os estilos coloniais, ecléticos, art déco e</p><p>vernaculares.</p><p>Na maior parte da América Latina, os museus surgiram no século passado, fundados com a intenção de</p><p>"civilizar", ou seja, de trazer para o Novo Mundo os padrões científicos e culturais das nações colonizadoras.</p><p>Os museus seriam, dessa forma, instituições transplantadas, criadas dentro dos ideais positivistas de pro-</p><p>gresso. Não por acaso, ficaram, em sua maior parte,</p><p>sujeitos aos moldes clássicos, a partir da valorização de</p><p>aspectos da cultura erudita, fortemente associados à elite. Era necessário, pois, assumir uma função social</p><p>de maior alcance e ocupar um espaço relevante, capaz de atrair grande quantidade de público.</p><p>BARRETO, M. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2002 (adaptado).</p><p>TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil;.Recife: Núcleo de Estudos Ciganos, 2008.</p><p>No interior do Ceará, município de Sobral guarda a arte colonial brasileira. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 14 jul. 2015 (adaptado).</p><p>- 10 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 02</p><p>Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas</p><p>Gabarito</p><p>01. E</p><p>11. A</p><p>21. E</p><p>02. D</p><p>12. A</p><p>22. E</p><p>03. E</p><p>13. B</p><p>23. D</p><p>04. B</p><p>14. B</p><p>24. D</p><p>05. B</p><p>15. B</p><p>25. A</p><p>06. A</p><p>16. E</p><p>26. C</p><p>07. A</p><p>17. D</p><p>27. A</p><p>08. B</p><p>18. A</p><p>28. B</p><p>09. C</p><p>19. B</p><p>29. E</p><p>10. B</p><p>20. A</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 1 -</p><p>1) Enem 2011 - Questão 36 2) Enem 2012 - Questão 04</p><p>SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007</p><p>(adaptado).</p><p>Uma explicação de caráter histórico para o percen-</p><p>tual da religião com maior número de adeptos decla-</p><p>rados no Brasil foi a existência, no passado colonial</p><p>e monárquico, da</p><p>A incapacidade do cristianismo de incorporar as-</p><p>Disponível em: http://quadro-a-quadro.blog.br. Acesso em: 27 jan. 2012.</p><p>Com sua entrada no universo dos gibis, o Capi-</p><p>COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.</p><p>revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).</p><p>pectos de outras religiões.</p><p>B incorporação da ideia de liberdade religiosa na</p><p>esfera pública.</p><p>C permissão para o funcionamento de igrejas não</p><p>cristãs.</p><p>D relação de integração entre Estado e Igreja.</p><p>E influência das religiões de origem africana.</p><p>tão chegaria para apaziguar a agonia, o</p><p>autoritarismo militar e combater a tirania. Claro</p><p>que, em tempos de guerra, um gibi de um herói</p><p>com uma bandeira ame- ricana no peito aplicando</p><p>um sopapo no Fürer só po- deria ganhar destaque,</p><p>e o sucesso não demoraria muito a chegar.</p><p>A capa da primeira edição norte-americana da</p><p>revista do Capitão América demonstra sua</p><p>associação com a participação dos Estados Unidos</p><p>na luta contra</p><p>A a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.</p><p>B os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.</p><p>C o poder soviético, durante a Guerra Fria.</p><p>D o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.</p><p>E o terrorismo internacional, após 11 de setembro</p><p>de 2001.</p><p>- 2 -</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>3) Enem 2012 - Questão 05</p><p>4) Enem 2013 - Questão 12</p><p>5) Enem 2014 - Questão 08</p><p>A situação descrita é um exemplo de como os costumes resultam da</p><p>A assimilação de valores de povos exóticos.</p><p>B experimentação de hábitos sociais variados.</p><p>C recuperação de heranças da Antiguidade Clássica.</p><p>D fusão de elementos de tradições culturais diferentes.</p><p>E valorização de comportamento de grupos privilegiados.</p><p>Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da es-</p><p>cravidão no Brasil tornou possível a</p><p>A formação de uma identidade cultural afro-brasileira.</p><p>B superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.</p><p>C reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.</p><p>D manutenção das características culturais específicas de cada etnia.</p><p>E resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.</p><p>Manifestações culturais como o carnaval também têm sua própria história, sendo constantemente</p><p>reinventa- das ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, descrita no texto, mostra que o</p><p>carnaval repre- sentava um momento em que as</p><p>A distinções sociais eram deixadas de lado em nome da celebração</p><p>B aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização da festa fora dos clubes.</p><p>C liberdades individuais eram extintas pelas regras das autoridades públicas.</p><p>D tradições populares se transformavam em matéria de disputas sociais.</p><p>E perseguições policiais tinham caráter xenófobo por repudiarem tradições estrangeiras.</p><p>O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo,</p><p>mas modificado na Europa Setentrional antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas</p><p>de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia. No restaurante, toda uma série de elementos</p><p>tomada de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventada na China. A faca é</p><p>de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado na Itália medieval; a colher vem de</p><p>um original romano. Lê notícias do dia impressas em caracteres inventados pelos antigos semitas, em</p><p>material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha.</p><p>Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios afri-</p><p>canos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-</p><p>se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos,</p><p>quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos</p><p>culturais mais profundos.</p><p>No final do século XIX, as Grandes Sociedades carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre os</p><p>foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso objetivo em relação à comemoração carnavales-</p><p>ca em si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas principais ruas da cidade, pretendiam abolir o</p><p>entrudo (brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e outras práticas difundidas entre a população</p><p>desde os tempos coloniais, substituindo-os por formas de diversão que consideravam mais civilizadas, ins-</p><p>piradas nos carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas diversões para</p><p>assistir ao carnaval das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados praticantes, poderia coexistir</p><p>perfeitamente com os desfiles.</p><p>LINTON. R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins. 1959 (adaptado).</p><p>SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).</p><p>PEREIRA, C.S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M.C.P.</p><p>Carnavais e outras festas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado).</p><p>Competência 1 - Habilidade 03</p><p>Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos</p><p>- 3 -</p><p>6) Enem 2015 - Questão 14</p><p>7) Enem 2015 - Questão 34</p><p>8) Enem 2016 - Questão 28</p><p>9) Enem 2016 - Questão 37</p><p>Um traço formador da vida pública brasileira expres-</p><p>sa-se, segundo a análise do historiador, na</p><p>A rigidez das normas jurídicas.</p><p>B prevalência dos interesses privados.</p><p>C solidez da organização institucional.</p><p>D legitimidade das ações burocráticas.</p><p>E estabilidade das estruturas políticas.</p><p>Em sociedade de origens tão nitidamente perso-</p><p>nalistas como a nossa, é compreensível que os sim-</p><p>ples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e</p><p>até exclusivos de qualquer tendência para a coopera-</p><p>ção autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase</p><p>sempre os mais decisivos. As agregações e relações</p><p>pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro</p><p>lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre re-</p><p>gionalismos, faziam dela um todo incoerente e amor-</p><p>fo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido por</p><p>essa época, uma acentuação singularmente enérgica</p><p>do afetivo, do irracional, do passional e uma estagna-</p><p>ção ou antes uma atrofia correspondente das quali-</p><p>dades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.</p><p>HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995.</p><p>O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgi-</p><p>mento do pensamento entre os gregos?</p><p>A O impulso para transformar, mediante justifi-</p><p>cativas, os elementos sensíveis em verdades</p>

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