Prévia do material em texto
<p>O uso dos espaços na História do Brasil</p><p>História</p><p>3o bimestre – Aula 5 a 8</p><p>Ensino Médio</p><p>1a</p><p>SÉRIE</p><p>2024_EM_V1</p><p>Você já parou para pensar como poderia ser sua cidade, seu bairro e sua escola em um mundo diferente?</p><p>Você consegue imaginar esses espaços no futuro? Como será o mundo daqui a 100 anos?</p><p>Conhece filmes e animações que tratam desse tema? Quais?</p><p>Ao lado, vemos um desenho de uma família em uma realidade futurista.</p><p>The Jetsons (em português, Os Jetsons) é uma série animada de televisão produzida pelo estúdio de animação Hanna-Barbera, exibida originalmente na ABC entre 1962 e 1963. Imagem divulgação.</p><p>3 MINUTOS</p><p>VIREM E CONVERSEM</p><p>Para começar</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Os Jetsons. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Jetsons#/media/Ficheiro:Jetsons.jpg. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Os Jetsons foi uma série animada de televisão que marcou época. Originalmente exibida pela ABC entre 1962 e 1963, no Brasil ela foi transmitida pela TV Excelsior. Os Jetsons apresentaram ao público uma visão imaginativa do futuro da humanidade – revelando muito sobre seu próprio tempo, a década de 1960 –, repleto de carros voadores, cidades suspensas, trabalho automatizado e uma variedade de aparelhos eletrodomésticos e de entretenimento.</p><p>Os robôs, que desempenham na animação o papel de “facilitadores” do dia a dia humano, adicionam um toque de fascínio tecnológico à série, capturando a imaginação de espectadores de todas as idades e estabelecendo um legado duradouro na cultura pop.</p><p>Quais são seus desejos para o lugar onde você mora?</p><p>60 anos dos Jetsons. TV Bandeirantes Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oRRpy-41Or8&t=8s</p><p>Acesso em: 10 jun. 2024.</p><p>Assista!</p><p>Se você pudesse criar uma cidade inovadora, como ela seria?</p><p>Sabia que muitas coisas imaginadas pelos Jetsons hoje já existem?</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Vídeo:</p><p>TV Bandeirantes. 60 anos dos Jetsons. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oRRpy-41Or8&t=8s Acesso em: 10 jun. 2024.</p><p>Assim como os criadores da animação Os Jetsons imaginavam uma sociedade que até então não existia, nós podemos imaginar lugares que só existem em nossa imaginação. Isso seria uma utopia. Essa palavra foi criada na Grécia, mas popularizada pelo filósofo Thomas More em seu romance filosófico intitulado assim, Utopia. Era uma crítica à sociedade inglesa do século XVI. Na sociedade ideal de More, as pessoas viveriam em perfeita harmonia, justiça, igualdade e paz.</p><p>Utopia: um “não lugar”</p><p>Trabalhar todos para trabalhar menos</p><p>O problema: É possível tornar mais justo o sistema produtivo? Sob que condições o trabalho poderia tornar-se uma atividade gratificante? É preferível a formação integral do homem ou a especialização profissional?</p><p>A tese: Na ilha de Utopia não existem diferenças de patrimônio. Todos os cidadãos são iguais entre si, todos se revezam nos trabalhos de agricultura e artesanato, e o trabalho é dividido de tal forma que impede o surgimento de diferenças sociais. Além disso, trabalha-se pouco, porque em uma sociedade em que todos trabalham resta um amplo espaço para o lazer, o entretenimento e as atividades recreativas. (NICOLA, 2005.)</p><p>Sir Thomas More (1478 – 1535), por Hans Holbein, obra de 1527.</p><p>“</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Sir Thomas More. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hans_Holbein,_the_Younger_-_Sir_Thomas_More_-_Google_Art_Project.jpg#/media/File:Hans_Holbein,_the_Younger_-_Sir_Thomas_More_-_Google_Art_Project.jpg/2 Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Referência:</p><p>NICOLA, U. Antologia ilustrada de Filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005. p. 200 e 203.</p><p>O termo "utopia" significa literalmente "não lugar", ou seja, um lugar que não existe. Nessa obra, More inspira-se no modelo da República de Platão e descreve detalhadamente uma ilha fictícia descoberta por um viajante chamado Rafael Hitlodeu.</p><p>Por meio dessa descrição, o autor faz uma comparação minuciosa entre os costumes dos habitantes de Utopia e os dos ingleses.</p><p>Graças ao título dessa obra bem-sucedida, o termo "utopia" passou a ser parte do vocabulário comum, referindo-se a qualquer ideal social, político ou religioso que seja difícil ou impossível de alcançar.</p><p>Mapa da Ilha da Utopia de uma edição de 1518 da obra de Sir Thomas More, publicada pela primeira vez em 1516. Xilogravura de Ambrosius Holbein (c. 1494-c. 1519).</p><p>CONTINUA</p><p>(NICOLA, 2005, Adaptado.)</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Mapa da Ilha da Utopia de uma edição de 1518 de Sir Thomas More (1478-1535), publicado pela primeira vez em 1516. Xilogravura de Ambrosius Holbein (c. 1494-c. 1519). Disponível em: https://www.meisterdrucke.pt/kunstwerke/1000px/Ambrosius_Holbein_-_Map_of_the_New_Island_of_Utopia_from_a_1518_edition_of_Utopia_by_Sir_Thomas_More_-_%28MeisterDrucke-673528%29.jpg Acesso em: 16 jun. 2024.</p><p>Referência:</p><p>NICOLA, U. Antologia ilustrada de Filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005. p. 200 e 203. (Adaptado).</p><p>Se por um lado temos a utopia como uma sociedade perfeita, temos a distopia como uma sociedade imaginada, mas indesejável, opressiva e distorcida.</p><p>Nas distopias, um governo autoritário e repressivo controla e oprime a população, restringindo as liberdades individuais, promovendo desigualdades sociais e sujeitando os cidadãos a vigilância constante e controle rigoroso.</p><p>A distopia</p><p>Fanart do filme Blade Runner, produzido em 1982 e dirigido por Ridley Scott. O filme de ficção científica explora questões de identidade, humanidade e ética em um ambiente urbano decadente e desigual, marcado por exploração tecnológica.</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Fanart Blade Runner. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Blade-runner-fanart-wallpaper.jpg. Acesso em: 6 maio 2024.</p><p>As distopias são comuns em obras de arte, tanto em filmes como na literatura. São características delas:</p><p>Crítica social sobre a sociedade;</p><p>Exploram tendências políticas com efeitos catastróficos;</p><p>Desafiam noções de progresso;</p><p>Incentivam a reflexão para evitar futuro distópico.</p><p>A imagem representa a cidade de Metrópolis do filme homônimo, considerado um clássico do cinema expressionista alemão, baseado na obra de Thea Von Harbou e sob direção do cineasta Fritz Lang (1927). O filme mostra uma cidade futurista de 2026. As distopias costumam revelar os medos, as angústias e os anseios da sociedade que os produziu. A imagem e seu cenário fazem referência à Torre de Babel (Bíblia), agora moderna, dominada pela tecnologia da indústria. A sociedade é disciplinar, representada processos de industrialização do início do século XX. O filme tem, em sua centralidade temática, a relação Homem-Máquina – nos arranha-céus (cidade alta) vivem os industriais que controlam Metrópolis e, nos subterrâneos (a cidade baixa), vivem os trabalhadores que operam as máquinas, fornecendo energia à cidade.</p><p>Cidade ficcional de Metrópolis. Filme mudo, homônimo, dirigido pelo cineasta austríaco Fritz Lang, com roteiro de Thea von Harbou. UFA - Alemanha, 1927.</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Cidade ficcional de Metrópolis. Filme mudo, homônimo, dirigido pelo cineasta austríaco Fritz Lang, com roteiro de Thea von Harbou. UFA - Alemanha, 1927. Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Metropolis_(1927_film)#/media/File:Metropolis-new-tower-of-babel.png Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Os conceitos de distopia e utopia são contrastados como narrativas opostas.</p><p>Enquanto a distopia descreve um mundo caótico e indesejável, a utopia representa um mundo idealizado e perfeito.</p><p>Essa distinção fundamental está na perspectiva narrativa adotada: o narrador de uma distopia expõe seus medos e críticas sobre a sociedade, enquanto, na utopia, ele idealiza um mundo perfeito. Um ponto crucial da distopia, que a diferencia da utopia, é evidenciar os mecanismos de controle e imposição de uma suposta vida perfeita.</p><p>Nas distopias políticas, por exemplo, os personagens frequentemente discordam dessa vida perfeita, revelando como sua</p><p>imposição ocorre por meio de mecanismos de controle violentos. Essa relatividade evidencia como as percepções de distopias e utopias são moldadas pelas experiências e pelas perspectivas individuais.</p><p>Utopia versus distopia</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Referência:</p><p>GUIZZO, Antonio Rediver. Utopia versus distopia e o debate rumo à literatura de fim de mundo. UNILA Notícias, 21 jan. 2022. Disponível em: https://portal.unila.edu.br/noticias/utopia-versus-distopia-e-o-debate-rumo-a-literatura-de-fim-de-mundo Acesso em: 5 abr. 2024.</p><p>Utopia</p><p>Mundo perfeito com sociedade idealizada.</p><p>Distopia</p><p>Mundo caótico e indesejável. Autores abordam problemas sociais.</p><p>O ponto principal da distopia, que a difere da utopia, é mostrar como funcionam os mecanismos de controle, de imposição de uma suposta vida perfeita. Porque todo mundo distópico, principalmente quando se trata de distopias políticas, é apresentado por um personagem que não concorda com aquela vida perfeita que ali tentaram construir. E ele vai mostrando como a imposição dessa vida perfeita só é possível através de vários mecanismos de controle violentos.”</p><p>Utopia versus distopia</p><p>“</p><p>GUIZZO, 2022</p><p>Ilustração capa da obra Utopia de T. More, 1517 e cena do filme Duna/Divulgação Warner Bros.</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Referência:</p><p>GUIZZO, Antonio Rediver. Utopia versus distopia e o debate rumo à literatura de fim de mundo. UNILA Notícias, publicado em 21/001/2022. Disponível em: https://portal.unila.edu.br/noticias/utopia-versus-distopia-e-o-debate-rumo-a-literatura-de-fim-de-mundo Acesso em: 5 abr. 2024.</p><p>Imagens:</p><p>Ilustração da primeira edição de Utopia, Thomas More, 1517. Disponível em: https://www.canalcurtahistoria.com/post/sonhoseutopiasnamodernidade Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Foto de divulgação Filme Duna/Warner Bros. Canal TechTudo. Disponível em: https://s2-techtudo.glbimg.com/y9BJRBnQTCm8pzCih56BPbaRKOM=/0x0:800x450/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2022/a/L/sBAl6mR7mEfCjuOnB24Q/dune.jpg Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>A Vila de Piratininga, antigo nome da cidade de São Paulo, está ligada aos diversos rios que a atravessam, como o Tamanduateí, conhecido pelos Tupis como “rio dos tamanduás-bandeira”.</p><p>Durante as chuvas, o rio transbordava, inundando uma vasta área e deixando muitos peixes presos e, posteriormente, mortos pela seca durante sua baixa.</p><p>O fenômeno atraía formigas que, por sua vez, são o alimento dos tamanduás. Essa relação entre o rio e a vida selvagem local contribuiu para sua nomeação.</p><p>Vila de Piratininga</p><p>Várzea do Carmo e rio Tamanduateí, de José Wasth Rodrigues (1858), retrata lavadeiras ao Tamanduateí, casas e o convento do Carmo.</p><p>Acervo: Museu do Ipiranga/Paulista USP.</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Várzea do Carmo e rio Tamanduateí, de José Wasth Rodrigues (1858), retrata lavadeiras ao Tamanduateí, casas e o convento do Carmo. Acervo: Museu do Ipiranga/Paulista USP. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ladeira_do_Col%C3%A9gio,_1860#/media/Ficheiro:Benedito_Calixto_de_Jesus_-_Ladeira_do_Col%C3%A9gio,_1860_(Ladeira_do_Pal%C3%A1cio,_Ladeira_Jo%C3%A3o_Alfredo,_Ladeira_General_Carneiro),_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg Acesso em: 10 jun. 2024.</p><p>Conhecida como um eixo que reúne um dos maiores centros comerciais da América Latina, movimentando bilhões</p><p>de reais por ano, a Rua 25 de Março tem seus usos atrelados aos processos de colonização e urbanização da capital paulista.</p><p>Em meio a todos os seus edifícios comerciais, talvez seja difícil hoje reconhecer que a rua nasceu na várzea do rio Tamanduateí. Em meados do século XIX, o rio foi retificado e começou o processo de urbanização da chamada “cidade baixa”.</p><p>A rua 25 de Março</p><p>Várzea do Mercado e o Mercado Caipira, 1890. São Paulo, rua 25 de Março, SP, Brasil.</p><p>Fotografia de Guilherme Gaensly. Acervo: Instituto Moreira Salles.</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Várzea do Mercado e o Mercado Caipira, 1890. São Paulo, rua 25 de Março, SP, Brasil. Fotografia de Guilherme Gaensly. Acervo: Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/2128 Acesso em: 10 jun. 2024.</p><p>Foi quando passou a se chamar rua Baixa de São Bento, pois ficava localizada abaixo do Mosteiro de São Bento.</p><p>A rua teve, ao longo do tempo, diferentes denominações: rua Várzea do Glicério, rua das Sete Voltas, rua de Baixo, rua Baixa de São Bento e, a partir de 1865, passou a ser chamada de rua 25 de Março.</p><p>O nome foi proposto como uma homenagem à primeira Constituição brasileira, que fora assinada no dia 25 de março de 1824, por Dom Pedro I.</p><p>A região era alagadiça, fato que implicou a redução dos preços dos loteamentos e atraiu imigrantes que construíram neles lojas e residências. Inicialmente, as mercadorias chegavam por meio fluvial, pelo Porto Geral (que hoje dá nome à ladeira do Porto Geral); posteriormente, passariam a chegar de trem, pela estrada de ferro Santos – Jundiaí e dali eram distribuídas e vendidas no interior do estado.</p><p>CONTINUA</p><p>São Paulo, Rio Tamanduateí, na região do atual bairro do Glicério. Fotografia: Vincenzo Pastore, cerca de 1910. Acervo: Instituto Moreira Salles.</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>São Paulo, Rio Tamanduateí, na região do atual bairro do Glicério. Fotografia: Vincenzo Pastore, cerca de 1910. Acervo: Instituto Moreira Salles. Disponível em: Rio Tamanduateí, antes da retificação (bn.gov.br) Acesso em: 10 jun. 2024.</p><p>A Várzea do Carmo passou a ser intensamente combatida em fins do século XIX e início do XX, sendo apresentados planos de reurbanização do espaço.</p><p>A região de comércio representava a sobrevivência para a população pobre da cidade, principalmente com o início da industrialização, já que negros e pardos não conseguiam trabalho facilmente.</p><p>Após o inchaço da cidade, com a fuga de imigrantes das fazendas cafeeiras, essa situação tornou-se ainda mais problemática.</p><p>A exclusão social de negros e mulatos e a falta de empregos na indústria obrigaram imigrantes e nacionais pobres a sobreviverem de pequenos expedientes.</p><p>CONTINUA</p><p>Fotografia de Vincenzo Pastore. Mulher de costas conversa com homem no Mercado dos Caipiras, na rua 25 de Março. São Paulo/SP. Brasil, 1910. Fotografia de Vincenzo Pastore. Acervo IMS.</p><p>Na prática</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Mulher de costas conversa com homem no Mercado dos Caipiras, na rua 25 de Março. São Paulo/SP. Brasil, 1910. Fotografia de Vincenzo Pastore. Acervo IMS. Disponível em: https://acervos.ims.com.br/portals/#/detailpage/6467 Acesso em: 11 jun. 2024.</p><p>Quando pensamos na cidade carioca, quais imagens nos vêm à cabeça?</p><p>Quais adjetivos estamos acostumados a ouvir sobre a cidade do Rio de Janeiro?</p><p>A cidade do Rio de Janeiro</p><p>A intitulada Cidade Maravilhosa, uma vista aérea da cidade do Rio de Janeiro.</p><p>Foto: Rafael Rabello de Barros, 2011.</p><p>VIREM E CONVERSEM</p><p>5 MINUTOS</p><p>Para começar</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>A intitulada Cidade Maravilhosa, uma vista aérea da cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro#/media/Ficheiro:Cidade_Maravilhosa.jpg. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>Quem olha para o Rio de Janeiro e observa a sua encantadora paisagem pensa que a cidade sempre foi, naturalmente, turística. Mas nem sempre foi assim.</p><p>Não há como negar que, desde a sua fundação, a beleza natural surpreendia as pessoas que lá chegavam. No entanto, apenas isso não é suficiente para que um local possa ser considerado turístico.</p><p>Para tal, é necessário que haja uma infraestrutura adequada, oferecimento de serviços para os possíveis visitantes, além de uma estética atraente, de forma a provocar a vontade de querer conhecer aquele determinado lugar.</p><p>A vocação turística deve ser compreendida como uma construção, que não é fixa, nem imutável.”</p><p>“</p><p>Vista aérea da Baía de Guanabara</p><p>Pexels, 2021.</p><p>CONTINUA</p><p>CASTRO, 2001, p.119.</p><p>Na prática</p><p>2024_EM_V1</p><p>Referência:</p><p>CASTRO, C. A natureza turística do Rio de Janeiro. In:</p><p>BANDUCCI JÚNIOR, Á.; BARRETO, M. (org.). Turismo e identidade local: uma visão antropológica. Campinas: Papirus, 2001. Apud: NUNES, L. J. O turismo em construção: o processo de transformação do Rio de Janeiro em destino turístico. Revista Transversos. Dossiê Por uma História do Turismo: Atividade e fenômeno turístico em perspectiva histórica, Rio de Janeiro, n. 28, p. 11-28, 2023. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/transversos/article/view/76734/47592. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>Imagem.</p><p>Vista aérea da baía de Guanabara. Pexels, 2021. Disponível em: https://www.pexels.com/photo/aerial-photography-of-sugarloaf-mountain-in-guanabara-bay-rio-de-janeiro-rj-brazil-8530451/. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>O Rio de Janeiro desfrutou de uma posição central na história do Brasil, servindo como capital do Império desde 1763, continuando como a capital da nova República até a transferência para Brasília em 1960.</p><p>Durante o século XIX, a cidade testemunhou um rápido crescimento populacional e econômico, impulsionado pela indústria cafeeira e outras commodities agrícolas.</p><p>No século XX, consolidou sua reputação como um centro cultural e turístico internacional, destacando-se pelos carnavais e praias.</p><p>No entanto, o Rio também enfrenta desafios persistentes relacionados à pobreza, à desigualdade social, a violência e o crime organizado.</p><p>Rio de Janeiro em 1920</p><p>Disponível em: https://youtu.be/MEQ-DudhsDE. Acesso em: 9 maio 2024.</p><p>CONTINUA</p><p>Assista!</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Vídeo:</p><p>Rio de janeiro em 1920. Disponível em: https://youtu.be/MEQ-DudhsDE. Acesso em: 9 maio 2024.</p><p>Com as mudanças urbanísticas em andamento no final do século XIX, os hábitos e os costumes dos habitantes do Rio de Janeiro também se transformavam. Se antes estavam carentes de opções de entretenimento, agora os cafés e os teatros preenchiam esse papel.</p><p>Os espaços públicos tornaram-se locais para encontros informais ao ar livre, enquanto os museus e suas exposições enriqueciam culturalmente a população.</p><p>Essa combinação de elementos refletia o desejo da elite brasileira, especialmente durante o reinado de d. Pedro II, de modernizar o país.</p><p>A atração de imigrantes europeus foi um marco significativo nesse processo. Enquanto as campanhas abolicionistas ganhavam força em todo o mundo, o Brasil ainda dependia fortemente do trabalho escravizado em sua atividade produtiva.</p><p>Além do Rio de Janeiro, a cidade de São Paulo foi e é um espaço de intensa migração de pessoas. Conheça o Museu da Imigração, seus acervos, pesquisas e publicações.</p><p>Museu da Imigração</p><p>Disponível em: https://museudaimigracao.org.br/acervo-e-pesquisa/e-book. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>Na prática</p><p>2024_EM_V1</p><p>Com a abolição da escravidão, seguida da proclamação da República, em 1889, o processo de modernização do Rio de Janeiro foi definitivamente impulsionado.</p><p>Após a consolidação do novo regime político, os governos federais do início do século XX concentraram seus esforços na cidade-capital, objetivando transformá-la na vitrine do país para o mundo.</p><p>Para a elite econômica da época, a República representava o início de uma era de “modernidade”, “civilidade” e “progresso”.</p><p>Lei áurea, 1888</p><p>Fonte: Arquivo Nacional</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Lei áurea. Arquivo Nacional, 1888. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_%C3%81urea#/media/Ficheiro:Lei_%C3%81urea_(Golden_Law).tif. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>A população do país era próxima de 10 milhões de pessoas, com cerca de 15% de escravizados (aproximadamente 1,4 milhão) e apenas 4% de imigrantes (cerca de 330 mil), predominantemente portugueses, alemães e italianos.</p><p>*É importante salientar que, embora a maioria da população fosse de africanos ou afro-brasileiros no período, o censo não considerou os indígenas em seus cálculos.</p><p>Uma família acompanhada de trabalhadoras escravizadas no Brasil, 1860. Fotografia (Estereoscópio) de Revert Henry Klumb (c.1825-c.1886).</p><p>Acervo Instituto Moreira Salles</p><p>Censo de 1872</p><p>Revert Henrique Klumb (c. 1826-c. 1886), foi um dos primeiros fotógrafos estrangeiros a se estabelecer no Brasil. O francês foi o fotógrafo preferido da família imperial brasileira, tendo sido agraciado com o título de “Fotógrafo da Casa Imperial”, em 1861.</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Uma família acompanhada de trabalhadoras escravizadas no Brasil, 1860. Fotografia (Estereoscópio) de Revert Henry Klumb (c.1825-c.1886). Fonte: Wikipedia/Acervo Instituto Moreira Salles. Disponível em:</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Family_and_slave_house_servants_by_Klumb_1860.jpg Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>A abolição da escravidão no Brasil aconteceu por pressões internas e externas, somadas ao desejo de consolidar a imagem de uma sociedade moderna, espelhada em países europeus que já não mais utilizavam esse modo de trabalho em seus territórios.</p><p>No entanto, à medida que a libertação dos escravizados avançava gradualmente, surgia a necessidade de encontrar uma alternativa para preencher os postos de trabalho, uma vez que não se desejava empregar os ex-escravizados.</p><p>A partir de 1880, os cafeicultores do oeste paulista, em colaboração com o regime imperial, promoveram campanhas para fomentar a migração de trabalhadores do continente europeu.</p><p>Além de ocupar o lugar da mão de obra escravizada, objetivava-se realizar um processo de embranquecimento da população brasileira, uma vez que os habitantes do Brasil, majoritariamente, eram de origem africana, resultado do intenso e mais duradouro processo de escravização do mundo.</p><p>O desejo por um país moderno e a contradição da escravidão</p><p>Na prática</p><p>2024_EM_V1</p><p>As imagens fazem parte do patrimônio histórico brasileiro e datam do século XVIII.</p><p>Você sabe dizer a razão da permanência do conjunto arquitetônico ao longo do tempo e a que fase da História do Brasil ele pertence?</p><p>Tente imaginar que cidades são essas e qual a importância delas no contexto econômico e cultural da sociedade brasileira.</p><p>Observe, atentamente, as imagens:</p><p>VIREM E CONVERSEM</p><p>Conjunto arquitetônico e urbanístico (2014) Fonte: Wikipedia/Raquel Mendes Silva</p><p>Igreja de São Francisco de Assis (2015)</p><p>Fonte: Wikipedia/Elvécio Fernandes</p><p>5 MINUTOS</p><p>Para começar</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagens:</p><p>Conjunto arquitetônico e urbanístico (2014). Ouro Preto, Minas Gerais. Fonte: Wikipedia/Raquel Mendes Silva. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Conjunto_arquitet%C3%B4nico_e_urban%C3%ADstico_de_Ouro_Preto.JPG. Acesso em: 14 maio 2024.</p><p>Igreja de São Francisco de Assis (2015). Diamantina, Minas Gerais. Fonte: Wikipedia/Elvécio Fernandes. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Impon%C3%AAncia_da_Igreja_de_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis.jpg. Acesso em: 14 maio 2024.</p><p>Durante o século XVIII, a província de Minas Gerais passou por várias transformações urbanas que incluem a fundação de cidades, que, hoje, além de serem patrimônio nacional, também são consideradas pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.</p><p>Contudo, é importante destacar que, no momento em que foram criadas, elas tinham um importante papel para a economia do país por conta da riqueza gerada na extração de ouro e pedras preciosas. Essas cidades são: Ouro Preto, Diamantina, Mariana e Tiradentes.</p><p>As cidades históricas de Minas Gerais</p><p>As cidades históricas de Minas Gerais são um importante patrimônio cultural e turístico do Brasil e tiveram um papel central na economia a partir da extração do ouro, que teve lugar entre os séculos XVII e XVIII. Durante esse período, a região se transformou, passando de um local pouco habitado e pouco desenvolvido, para uma das mais importantes áreas econômicas do país (SIMONSEN, 2005).</p><p>“</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>2024_EM_V1</p><p>Referência:</p><p>SIMONSEN, R. C. História econômica do Brasil: 1500-1820. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2005. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1111/749413.pdf. Acesso em: 14 maio 2024.</p><p>As cidades históricas de Minas Gerais foram palco de eventos históricos muito significativos, que contribuíram</p><p>para moldar a História do Brasil.</p><p>Inconfidência Mineira (1789): movimento político e social que visava a independência do Brasil, por causa do descontentamento da elite local, formada por mineradores, comerciantes e intelectuais, com a alta carga tributária imposta pela Coroa Portuguesa.</p><p>Guerra dos Emboabas (1706 e 1709): disputa pelo controle das minas de ouro e pelo direito de sua exploração entre os bandeirantes, que se consideravam os legítimos descobridores e exploradores das minas, e os emboabas, forasteiros vindos de outras regiões.</p><p>No final do século XVIII, a região enfrentou uma crise e muitas das cidades históricas de Minas Gerais foram abandonadas e negligenciadas.</p><p>“Os inconfidentes”, obra na qual participantes da Inconfidência Mineira discutem sobre uma bandeira que inspirou a atual bandeira de Minas Gerais.</p><p>A Bandeira dos Inconfidentes</p><p>Obra de Carlos Oswald, c.1939</p><p>Acervo/Gabinete do Cmt. do DI da PMMG</p><p>CONTINUA</p><p>Foco no conteúdo</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>A bandeira dos inconfidentes, de Carlos Oswald, c.1939. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bandeira_da_Inconfid%C3%AAncia_1789_Os_Inconfidentes.jpg. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>As cidades históricas possuem enorme importância arquitetônica, graças a suas construções, que vão de igrejas a palácios, passando por residências, construídas nos estilos barroco e rococó.</p><p>Detalhe da portada esculpida</p><p>Fachada da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, MG</p><p>CONTINUA</p><p>Na prática</p><p>2024_EM_V1</p><p>Imagem:</p><p>Fachada da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, MG. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis_(Ouro_Preto)#/media/Ficheiro:SFrancisOuroPreto-CCBY.jpg. Acesso em: 13 maio 2024.</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image20.png</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.png</p><p>image17.svg</p><p>image18.png</p><p>image19.svg</p><p>image20.jpeg</p><p>image22.png</p><p>image21.jpeg</p><p>image24.png</p><p>image23.png</p><p>image26.png</p><p>image25.png</p><p>image27.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image28.jpeg</p><p>image29.jpeg</p><p>image31.png</p><p>image34.png</p><p>image32.png</p><p>image36.png</p><p>image33.png</p><p>image38.png</p><p>image35.png</p><p>image40.png</p><p>image37.png</p><p>image39.png</p><p>image41.png</p><p>image42.jpg</p><p>image8.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image43.jpg</p><p>image46.png</p><p>image44.png</p><p>image45.png</p><p>image49.png</p><p>image47.png</p><p>image46.jpg</p><p>image50.png</p><p>image48.png</p><p>image52.png</p><p>image53.png</p><p>image55.svg</p><p>image49.jpeg</p><p>image50.jpeg</p><p>image51.png</p><p>image52.svg</p><p>image54.png</p><p>image60.png</p><p>image56.jpeg</p><p>image62.png</p><p>image57.jpg</p><p>image58.jpeg</p><p>image1.png</p>