Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Beinha Cristóvão</p><p>Fernando Tuaibo</p><p>Júlia Manuel Abudo</p><p>Lázaro Ngalambe</p><p>Marlen Luciano Benessone</p><p>Metodos, tecnicas, instrumento e medidas psicologicas de recolha de dados em estudos e pesquisas educacionais: construcao, aplicacao e avaliação dos resultados obtidos.</p><p>(Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em orietanção vocacional)</p><p>Universidade Rovuma</p><p>Extensão de Niassa</p><p>2024</p><p>Beinha Cristóvão</p><p>Fernando Tuaibo</p><p>Júlia Manuel Abudo</p><p>Lázaro Ngalambe</p><p>Marlen Luciano Benessone</p><p>Metodos, tecnicas, instrumento e medidas psicologicas de recolha de dados em estudos e pesquisas educacionais: construcao, aplicacao e avaliação dos resultados obtidos.</p><p>O presente trabelho da cadeira Psicológia Experimental e Aplicada, a ser entregue no departamento de psicologia com fins avaliativos, sob orientação do docente: Arminda Antônio.</p><p>Universidade Rovuma</p><p>Extensão de Niassa</p><p>2024</p><p>Método, originário do grego "methodos," significa o caminho utilizado para alcançar um objetivo. Pode se referir a métodos de classificação científica ou ao método científico, que é o conjunto de passos que busca obter conhecimentos válidos e objetivos, eliminando a subjetividade do pesquisador. O método científico é um processo sistemático para obter respostas assertivas e comprovar teses, essencial na elaboração de teorias científicas e artigos. Francis Bacon destaca etapas como observação, indução, hipótese, experimentação e conclusão. Outros métodos incluem o hipotético dedutivo, experimental, racional, estatístico e empírico, cada um com abordagens específicas para estudar a realidade e verificar suposições.</p><p>O método é o caminho que o pesquisador segue para construir um conhecimento racional e sistemático sobre um objeto de estudo. Ele resulta de um processo histórico e reflete as relações entre pessoas em contextos específicos. O método evolui com o desenvolvimento e as mudanças ao longo da história. Nesta aula, serão explorados os diferentes tipos de métodos desenvolvidos ao longo do tempo, com foco na relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Elabore as atividades sugeridas, aprofundando o conhecimento sobre métodos científicos apresentados na aula. Amplie seu entendimento por meio de leituras recomendadas e realize sua autoavaliação utilizando o espaço disponível.</p><p>Tipos de métodos e sua aplicação</p><p>O Método Indutivo</p><p>Galileu foi o precursor do método indutivo, que permite ao pesquisador chegar a leis gerais a partir da observação de casos particulares. Nesse método, o conhecimento avança dos casos específicos para as generalizações, baseando-se em observações e experiências. Francis Bacon sistematizou o Método Indutivo, que já existia desde Sócrates e Platão.</p><p>O exercício do método indutivo requer que o pesquisador siga alguns procedimentos, como:</p><p>· Observação sistemática dos fenômenos;</p><p>· Elaboração de classificações a partir da descoberta de relação entre os fenômenos observados;</p><p>· Construção de hipóteses (verdades provisórias) a partir das relações observadas;</p><p>· Verificação das hipóteses por meios de experimentações e testes;</p><p>· Construção de generalizações, a partir dos resultados experimentados e testados,</p><p>· Servindo como explicação para outros estudos que apresentem casos similares;</p><p>· Confirmação das hipóteses para se estabelecer as leis gerais sobre os fenômenos investigados.</p><p>Conforme Ferreira (1998), o método indutivo define suas regras e etapas a partir de dois pressupostos que se sustentam na idéia da existência de um determinismo nas leis observadas na natureza, são eles:</p><p>· Determinadas causas produzem sempre os mesmos efeitos, sob as mesmas circunstâncias e determinações;</p><p>· A verdade observada em situações investigadas, torna-se verdade para todo situação universal correspondente.</p><p>O Método Dedutivo</p><p>O conhecimento científico busca entender fenômenos usando a razão para alcançar certezas sobre a verdade do fenômeno investigado. René Descartes, em "O Discurso do Método", estabeleceu a dedução como método para alcançar conhecimento. O método dedutivo começa com teorias e leis gerais para explicar fenômenos específicos, formulando premissas e regras de conclusão para chegar a novas conclusões, um processo chamado demonstração.</p><p>Veja-se o exercício metódico da dedução, com o exemplo clássico (LAKATOS, MARCONI, op. cit, p. 63):</p><p>“Todo mamífero tem um coração.</p><p>Ora, todos os cães são mamíferos.</p><p>Logo, todos os cães têm um coração.”</p><p>Para que a conclusão no método dedutivo seja verdadeira, todas as premissas devem ser verdadeiras e a conclusão deve estar implícita nessas premissas. Por exemplo, se as premissas "todo mamífero tem um coração" e "todos os cães são mamíferos" forem verdadeiras, a conclusão também será. A função do método dedutivo é explicar o conteúdo das premissas universais.</p><p>O Método Hipotético – Dedutivo</p><p>O método hipotético-dedutivo surge de uma crítica profunda ao indutivismo metodológico. Esse método pressupõe o uso de inferências dedutivas como teste de hipóteses. Karl Popper (apud FERREIRA, 1998) propõe como caminho para essa trajetória metodológica o cumprimento das seguintes etapas:</p><p>· Expectativas e teorias existentes;</p><p>· Formulação de problemas em torno de questões teóricas e empíricas;</p><p>· Solução proposta, consistindo numa conjectura; dedução das conseqüências na forma de proposições passíveis de teste sobre os fenômenos investigados;</p><p>· Teste de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e experimentação das hipóteses criadas sobre o(s) problema(s) investigado(s).</p><p>o método hipotético-dedutivo, o raciocínio metodológico orienta a pesquisa ao explorar a relação entre pesquisador e objeto do conhecimento, equilibrando razão e experimentação. Hipóteses são formuladas como "supostas verdades" sobre fenômenos, que são testadas por experimentação. Esse método pressupõe bases teóricas que podem ser confirmadas ou refutadas por fenômenos específicos e contribui para a criação de novos pressupostos teóricos na pesquisa científica.</p><p>Esse método pode ser operacionalizado, conforme Souza (apud LAKATOS; MARCONI, op. cit, p. 80):</p><p>a) formulação das hipóteses, a partir de um fato-problema; b) inferência das conseqüências preditivas, das hipóteses; c) teste das conseqüências preditivas, através da experimentação, a fim de confirmar ou refutar as hipóteses.</p><p>O Método Dialético</p><p>O método dialético explora a realidade social como uma totalidade, analisando os fenômenos através de suas contradições e mudanças. Karl Marx adaptou a dialética hegeliana, enfatizando que o movimento dos contrários ocorre nas condições reais de existência humana, onde a vida A dialética marxista propõe apresentar como se constitui o empírico, o concreto,</p><p>· Partindo de alguns pressupostos dados, conforme Lakatos; Marconi (2000, p. 83)</p><p>· Ação recíproca, unidade polar ou tudo se relaciona;</p><p>· Mudança dialética, negação da negação ou tudo se transforma;</p><p>· Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa;</p><p>· Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contráriosmaterial e social do homem influencia sua reflexão e pensamento sobre o mundo.</p><p>O mundo é visto como um conjunto de processos em constante movimento e interconexão. Na dialética, a realidade é composta de laços necessários e recíprocos, onde as coisas se transformam através de contradições e negações. A mudança dialética envolve a transformação qualitativa e quantitativa, exemplificada pelo desenvolvimento da sociedade capitalista industrial. Assim, "reconhecer que toda realidade é movimento e que todo movimento é realidade, e que o movimento sendo universal assume as formas quantitativa e qualitativa interligadas entre si e que se transformam uma na outra é um princípio da dialética marxista" (Lakatos; Marconi).</p><p>Técnicas de pesquisa</p><p>Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou nonnas, a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos.</p><p>DOCUMENTAÇÃO</p><p>INDlRETA</p><p>Toda pesquisa envolve o levantamento de dados de várias fontes, essenciais para fornecer conhecimento de base, evitar duplicações e sugerir novas hipóteses e problemas. Esse levantamento, a fase inicial da pesquisa, tem como objetivo reunir informações preliminares sobre o campo de interesse. Os dados são coletados principalmente através de duas formas: pesquisa documental (fontes primárias) e pesquisa bibliográfica (fontes secundárias).</p><p>Pesquisa Documental</p><p>A pesquisa documental se caracteriza pelo uso exclusivo de documentos como fontes de dados, que podem ser escritos ou não, e classificados como fontes primárias ou secundárias. As fontes primárias são criadas no momento em que o fato ocorre, enquanto as secundárias são registros interpretativos, como livros e artigos. É importante diferenciar essas categorias, especialmente em casos onde a distinção não é clara. Pesquisadores devem ter cuidado ao lidar com documentos, principalmente em sociedades letradas com abundância de registros, garantindo a precisão e a confiabilidade das informações coletadas. A definição clara dos objetivos de pesquisa é essencial para selecionar a documentação adequada e evitar erros ou distorções.</p><p>Pesquisa Bibliográfica</p><p>A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda a bibliografia já disponível publicamente sobre um tema, incluindo publicações como boletins, jornais, revistas, livros, monografias, teses, material cartográfico, bem como meios de comunicação orais e audiovisuais, como rádio, filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi produzido sobre o assunto, incluindo conferências e debates que tenham sido transcritos ou gravados.</p><p>Segundo Manzo (1971), a bibliografia pertinente "oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente" (p. 32). Além disso, Trujillo (1974) destaca que a pesquisa bibliográfica tem como objetivo permitir ao cientista "o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações" (p. 230). Portanto, a pesquisa bibliográfica não se resume a repetir o que já foi dito, mas possibilita o exame de um tema sob novas perspectivas, levando a conclusões inovadoras.</p><p>TIPOS E FONTES BmLIOGRÁFIcAS</p><p>Da mesma fonna que as fontes de documentos, as bibliográficas variam, fornecendo ao pesquisador diversos dados e exigindo manipulação e procedimentos diferentes.</p><p>A) Imprensa escrita - em forma de jornais e revistas, para sua utilização necessita de análise dos seguintes aspectos:</p><p>• independência - nos países totalitários, com raras exceções, toda imprensa está submetida às diretrizes do partido no poder, portanto a margem de independência das fontes é praticamente nula. Por sua vez, o pressuposto teórico dos países democráticos é a independência dos órgãos de infonnação, pois o princípio da liberdade de imprensa é considerado corolário da liberdade de expressão assegurada pelo regime.</p><p>Entretanto, existe uma distinção entre o princípio político e a realidade: o capital necessário para a manutenção da independência do órgão de- pende de uma série de fatores, sendo o principal a fonte de publicidade, que pode efetivamente controlar as diretrizes do órgão; da mesma forma, os modos de regulamentação e a censura exercem efeitos de maior ou menor influência;</p><p>• conteúdo e orientação - vários tipos de investigação podem ser levados a cabo sob este aspecto: tendências e espaço dedicados à política nacional e internacional, fatos diversos, notícias locais, esporte, acontecimentos policiais, publicidade etc., como se trata de questões relativas à população, como educação, saúde etc., tom da mensagem, pessimismo, otimismo, sentimentalismo etc.;</p><p>• difusão e influência - pode-se verificar a zona geográfica de distribuição e o tipo de população que é influenciada; a correlação entre posições do órgão e os resultados eleitorais; o prestígio do editorialista e utros profissionais que assinam suas matérias; o que as pessoas mais lêem e a influência que sobre elas exercem as opiniões expressas e as informações;</p><p>• grupos de interesses - na chamada imprensa alternativa e a específica de categorias profissionais pode-se verificar como estes grupos sociais apresentam as idéias dos dirigentes sobre seus objetivos, a atuação dos poderes públicos, os interesses regionais, nacionais e até internacionais etc.</p><p>Os meios audiovisuais (como rádio, filmes e televisão) compartilham algumas características com a imprensa escrita, mas têm particularidades que exigem uma análise específica do conteúdo da comunicação. Segundo Berelson, a análise do conteúdo pode ter diversos objetivos:</p><p>Conteúdo:</p><p>· Descrever tendências e o desenvolvimento do conteúdo.</p><p>· Revelar diferenças internacionais e comparar níveis de comunicação.</p><p>· Examinar a correspondência entre o conteúdo e seus objetivos, além de construir padrões de comunicação.</p><p>· Expor técnicas de propaganda e medir a legibilidade e características estilísticas.</p><p>Criadores:</p><p>· Identificar intenções dos transmissores e verificar estados psicológicos de indivíduos ou grupos. Detectar propaganda e obter informações políticas ou militares.</p><p>Audiência e Efeitos:</p><p>· Refletir atitudes, interesses e valores culturais dos grupos. Identificar focos de atenção e descrever as respostas comportamentais e atitudinais às comunicações.</p><p>O material cartográfico é utilizado na pesquisa de acordo com o tipo de investigação e inclui diferentes tipos de mapas e gráficos, cada um fornecendo informações específicas. Entre os materiais mais importantes estão:</p><p>Mapas:</p><p>· Político-administrativo</p><p>· Hidrográfico</p><p>· De relevo</p><p>· Climatológico</p><p>· Ecológico</p><p>· Etnográfico</p><p>· De densidade populacional</p><p>· De rede de comunicação</p><p>· De cultivos e uso do solo</p><p>Gráficos:</p><p>· Pirâmide da população</p><p>· Importações e exportações</p><p>· Produto Interno Bruto (PIB)</p><p>DOCUMENTAÇÁO DlRETA</p><p>A documentação direta constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem. Esses dados podem ser obtidos de duas maneiras: através da pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratório.</p><p>Pesquisa de Campo</p><p>A pesquisa de campo busca obter informações sobre um problema, testar uma hipótese ou descobrir novos fenômenos e suas relações. Ela envolve a observação de fatos como ocorre naturalmente, coleta de dados e registro de variáveis relevantes para análise. A pesquisa de campo vai além da simples coleta de dados, exigindo controles adequados e objetivos claros.</p><p>As etapas incluem:</p><p>Pesquisa bibliográfica: Primeiro passo para entender o estado atual do problema, trabalhos já realizados e opiniões existentes. Isso ajuda a criar um modelo teórico e determinar variáveis e o plano geral da pesquisa.</p><p>Determinação de técnicas e amostra: Escolher as técnicas de coleta de dados e assegurar que a amostra seja representativa e suficiente para apoiar as conclusões.</p><p>Estabelecimento de técnicas de registro e análise: Antes da coleta de dados, definir como os dados serão registrados e analisados.</p><p>Para pesquisas que envolvem experimentos, é necessário:</p><p>· Selecionar e enunciar um problema,</p><p>· Apresentar objetivos,</p><p>· Estabelecer uma amostra adequada,</p><p>· Definir grupos experimentais e de controle,</p><p>· Introduzir estímulos,</p><p>· Controlar e medir os efeitos.</p><p>TIPOS DE PESQUISA DE CAMPO</p><p>Para Tripodi et al. (1975:42-71), as pesquisas de campo dividem-se em três grandes grupos: quantitativo-descritivos, exploratórios e experimentais, com as respectivas subdivisões.</p><p>Os estudos quantitativo-descritivos são investigações empíricas que se concentram em delinear ou analisar características de fatos ou fenômenos, avaliar programas ou isolar variáveis-chave. Eles utilizam métodos formais e quantitativos para a coleta sistemática de dados e podem se subdividir em:</p><p>Estudos de verificação de hipótese: Testam hipóteses derivadas de teorias, focando em associações entre variáveis sem necessariamente estabelecer relações causais.</p><p>Estudos de avaliação de programa: Avaliam os efeitos e resultados</p><p>de programas ou métodos específicos, como na educação e saúde. As hipóteses podem ser derivadas dos objetivos do programa.</p><p>Estudos de descrição de população: Descrevem características quantitativas de populações ou organizações. Podem utilizar técnicas de amostragem e quantificação de aspectos qualitativos, como atitudes e opiniões.</p><p>Pesquisa de Laboratório</p><p>A pesquisa de laboratório é um método de investigação que, embora seja mais desafiador, oferece maior precisão. Ela se concentra na análise de situações controladas, exigindo instrumentos específicos e ambientes adequados. Os objetivos da pesquisa devem ser definidos previamente e alinhados com a ciência ou campo de estudo em questão.</p><p>As experiências podem ocorrer tanto em ambientes fechados quanto ao ar livre, variando conforme a ciência envolvida. A pesquisa de laboratório envolve a observação de objetos como pessoas, animais, vegetais ou minerais em ambientes controlados, onde o pesquisador não interfere pessoalmente. Embora o laboratório permita medições precisas, nem todos os aspectos da conduta humana podem ser observados em condições artificiais, o que às vezes requer observação em circunstâncias mais naturais. Esse tipo de pesquisa é especialmente relevante na Psicologia Social e Sociologia.</p><p>OBSERVAÇÃO DlRETA INTENSIVA</p><p>A observação direta intensiva é realizada através de duas técnicas: observação e entrevista.</p><p>Observação</p><p>A observação é uma técnica de coleta de dados que utiliza os sentidos para captar aspectos da realidade, indo além de ver e ouvir, examinando fatos ou fenômenos de interesse. Essencial na pesquisa de campo e na Antropologia, a observação permite ao pesquisador identificar e obter evidências de elementos que orientam o comportamento, mesmo que os indivíduos não tenham consciência deles. Ela exige contato direto com a realidade e é o ponto de partida da investigação social. Para Selltiz (1965), a observação se torna científica quando é sistematicamente planejada, registrada metodicamente, relacionada a proposições gerais, e sujeita a verificações e controles de validade.</p><p>Na investigação científica, a observação pode ser classificada em várias modalidades, conforme Ander-Egg (1978):</p><p>Segundo os meios utilizados:</p><p>· Observação não estruturada (Assistemática): Sem planejamento ou controle prévio.</p><p>· Observação estruturada (Sistemática): Planejada e com métodos definidos.</p><p>Segundo a participação do observador:</p><p>· Observação não participante: O observador não se envolve nas atividades dos participantes.</p><p>· Observação participante: O observador participa das atividades enquanto as observa.</p><p>Segundo o número de observações:</p><p>· Observação individual: Realizada por um único observador.</p><p>· Observação em equipe: Realizada por um grupo de observadores.</p><p>Segundo o lugar onde se realiza:</p><p>· Observação na vida real (trabalho de campo): Em ambientes naturais.</p><p>· Observação em laboratório: Em ambientes controlados e artificiais.</p><p>Entrevista</p><p>entrevista é um encontro profissional entre duas pessoas, onde uma busca obter informações sobre um determinado assunto por meio de conversação. É uma técnica amplamente utilizada na investigação social para coletar dados, diagnosticar ou tratar problemas sociais. Segundo Goode e Hatt (1969), a entrevista visa à precisão, focalização, fidedignidade e validade na coleta de informações. É uma conversa metódica e face a face que fornece ao entrevistado a oportunidade de compartilhar informações verbalmente.</p><p>Considerada por alguns autores como um dos melhores métodos de obtenção de dados, a entrevista é um instrumento crucial em várias áreas, incluindo Sociologia, Antropologia, Psicologia Social, Política, Serviço Social, Jornalismo, Relações Públicas e Pesquisa de Mercado.</p><p>OBSERVAÇÃO DIRETA EXTENSIVA</p><p>A observação diteta extensiva realiza-se através do questionário, do formulário, de medidas de opinião e atitudes e de técnicas mercadológicas.</p><p>Questionário</p><p>Um questionário é um instrumento de coleta de dados composto por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do entrevistador. O pesquisador envia o questionário ao informante, que o preenche e devolve pelo correio ou por um portador.</p><p>Para garantir uma boa taxa de resposta, é comum incluir uma nota ou carta explicando a pesquisa, sua importância e solicitando a devolução do questionário dentro de um prazo. A taxa média de devolução é cerca de 25%. Fatores que influenciam a taxa de retorno incluem o patrocinador, a apresentação do questionário, a extensão, a carta de acompanhamento, a facilidade de preenchimento e devolução, e o perfil do destinatário (Selltiz, 1965:281).</p><p>Instrumento(s) de Pesquisa</p><p>Ainda indicando como a pesquisa será realizada, devem-se anexar ao projeto os instrumentos referentes às técnicas selecionadas para a coleta de dados. Desde os tópicos da entrevista, passando pelo questionário e formulário, até os testes ou escalas de medida de opiniões e atitudes, a apresentação dos instrumentos de pesquisa deve ser feita, dispensando-se tal quesito apenas no caso em que a técnica escolhida for a de observação.</p><p>Referências</p><p>Almeida, C., Massarani, L., & Moreira, I. de C. (2005). Cordel e ciência: A ciência em versos populares. FIOCRUZ.</p><p>Alves, R. (1994). Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e suas regras (20ª ed.). Brasiliense.</p><p>Alves, R. (2000). Entre a ciência e a sapiência: O dilema da educação (4ª ed.). Loyola.</p><p>Barros, M. de. (2004). Gramática expositiva do chão (5ª ed.). Record.</p><p>Bervian, P. A., & Cervo, A. L. (1996). Metodologia científica (4ª ed.). MAKRON Books.</p><p>Ferreira, R. A. (1998). A pesquisa científica nas ciências sociais: Caracterização e procedimentos. UFPE.</p><p>Lakatos, E. M., & Marconi, M. de A. (2000). Metodologia científica (3ª ed., rev. e ampl.). Atlas.</p><p>ANDER-EGG, E. (1978). Introducción a las técnicas de investigación social: para trabajadores sociales (7ª ed.). Humanitas. Parte III.</p><p>AUGRAS, M. (1974). Opinião pública: teoria e pesquisa (2ª ed.). Vozes. Parte II.</p><p>BEST, J. W. (1972). Como investigar en educación (2ª ed.). Morata. Capítulo 7.</p><p>BOYD JÚNIOR, H. W., & WESTFALL, R. (1978). Pesquisas mercadológicas: textos e casos (3ª ed.). Getúlio Vargas. Capítulo 1.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina