Medicina Da família da comunidade (MFC)- Cenários específicos

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<p>Medicina Da família da comunidade (MFC)- Cenários específicos</p><p>Contexto prévio: A primeira parte desse documento é um manual de estudo para a pesquisa</p><p>que eu fiz porque para entender sobre os cenários específicos é necessário dominar esses</p><p>tópicos primeiro, desse modo essa primeira parte não vai para o slide porque é algo que outro</p><p>colega já está pesquisando, observe que os tópicos que eu considero cruciais estão em azul e</p><p>os em vermelho são explicações para conduzir no estudo, mas não devem serem incluídos no</p><p>slide</p><p>● Definição de MFC: Especialidade médica que se destina a oferecer uma assistência de</p><p>caráter integral, contínuo e personalizado para indivíduos, famílias e organizações</p><p>comunitárias.</p><p>●</p><p>Histórico: A Medicina Geral Comunitária surge em 1976 com a implantação no Brasil dos</p><p>dois primeiros Programas de Residência Médica destinados à formação de médicos</p><p>generalistas.</p><p>Em 1981, passou a ser especialidade chamada de Medicina Geral Comunitária por</p><p>meio de Resolução da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM);</p><p>Em 2001, recebeu a denominação de Medicina de Família e Comunidade,</p><p>reconhecida pela CNRM e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Resoluções CFM</p><p>1232/86 e 1634/2002.</p><p>Referência: Brasil, Resolução CNRM Nº 9, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2020,</p><p>Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Medicina de</p><p>Família e Comunidade no Brasil. Diário Oficial da União. 24 set. 2001</p><p>● Princípios (todos são importantíssimos!)</p><p>● integralidade;</p><p>● longitudinalidade;</p><p>● universalidade;</p><p>● acessibilidade;</p><p>● coordenação do cuidado;</p><p>● equidade;</p><p>● humanização do serviço</p><p>● Diretrizes</p><p>● Garantir acesso fácil, integral e amplo à saúde a todos</p><p>● Primeiro contato</p><p>● Atuação em diferentes cenários.</p><p>● Abordagem centrada na pessoa</p><p>● Cuidado longitudinal</p><p>● Abordagem familiar e comunitária</p><p>● Gestão eficiente dos recursos de saúde</p><p>● Noções de epidemiologia</p><p>● Manejo de problemas agudos e crônicos</p><p>● Prevenção e promoção da saúde</p><p>A partir daqui vem a pesquisa para ser colocada no slide exceto o que estiver em</p><p>vermelho, que é só a explicação</p><p>Cenários específicos</p><p>Uma das principais habilidades que necessitam serem treinadas por um médico de</p><p>família e comunidade são:</p><p>● Adaptação à situação do paciente: empatia no sentido de colocar o dever de trazer</p><p>a saúde àquela pessoa apesar de preconceitos sobre sua origem e ações questionáveis.</p><p>● O uso da racionalidade: Tomar decisões baseadas nas melhores evidências</p><p>disponíveis, ou seja, tomar a origem da pessoa como um determinante de sua</p><p>condição.</p><p>● Consciência política e social: ser capaz de julgar as melhores formas para o</p><p>aperfeiçoamento próprio e do sistema único de saúde, além de possuir diligência</p><p>(zelo) pelos seus pacientes.</p><p>OBS: “além de possuir diligência (zelo) pelos seus pacientes”- eu quero dizer que os</p><p>médicos dessa especialidade precisam ser contra procedimentos ruins para os pacientes que</p><p>eles ou outro médico que ele vê estão fazendo, como exemplo assistam esse vídeo: Shantal</p><p>Verdelho - reportagem do FANTÁSTICO sobre Violência Obstétrica - YouTube, ele fala</p><p>exatamente do que deve ser evitado.Pesquisa para ser colocada no slide</p><p>Com o que a imagem ao lado pode ser relacionada? uma discriminação ou rede de apoio ao</p><p>diferente? Seria interessante utilizá-la para gerar um debate com a própria turma sobre o que</p><p>envolve as ações necessárias para um MFC: não julgar previamente, independentemente do</p><p>contexto, e cumprir com a função médica de melhorar a condição de saúde do paciente.</p><p>Olhem esse vídeo: https://youtu.be/FwyEmtwW7J0?feature=shared</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=SWRYZs0S_mU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=SWRYZs0S_mU</p><p>Cenários específicos</p><p>Aqui é necessário explicar sobre a relação entre alguns princípios da MFC a os tipos de</p><p>locais destacados nas imagens abaixo. Analisem a imagem e encontrem detalhes que lhe</p><p>despertem necessidade de ser citado.</p><p>Aglomerados subnormais ou favelas: a demanda por acesso à saúde exige o atendimento</p><p>sem preconceito contra o paciente apesar de qualquer circunstância colocando o princípio de</p><p>universalidade em foco. (pacientes de classe baixa, criminosos e qualquer paciente que é alvo</p><p>dos meus próprios preconceitos).</p><p>A área rural: a demanda pela coordenação do cuidado e humanização do serviço são</p><p>necessárias visto que nessas regiões prevalecem pessoas com menor acesso à educação de</p><p>qualidade e, normalmente, maior proximidade com a centralização das crenças populares nos</p><p>tratamentos de doenças. (necessidade de adaptar o jargão para a fala coloquial, orientação no</p><p>uso de medicamentos feita pelo paciente sejam estes naturais ou não (automedicação)).</p><p>Desabrigamento: Demanda a integralidade e equidade no acesso à saúde. Vários setores</p><p>podem ser fonte de ajuda na melhora das condições dessas pessoas, ex: ONGs, CRAS,</p><p>CREAS…. Aqui também vale citar o conceito de</p><p>Invisibilidade social: Fenômeno em que os indivíduos possuem suas fraquezas escancaradas,</p><p>diferencia-se que o termo refere-se à ocupação dessa anomalia no espaço do normal, portanto</p><p>é diferente do termo rebaixamento moral.</p><p>Medicina suplementar: é o conjunto de redes de saúde privadas. Pode ser relacionado ao</p><p>contexto do SUS como um canal de acesso para determinados serviços nesses locais.</p><p>(contratação pelo governo municipal ou estadual de colegiados para serviços não disponíveis</p><p>na rede pública).</p><p>Aglomerados Subnormais Área rural</p><p>Desabrigados Medicina suplementar</p><p>Saúde da família</p><p>● É uma estratégia de acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em</p><p>uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção,</p><p>recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes.</p><p>Equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde: médico, enfermeiro, auxiliares</p><p>de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório</p><p>dentário ou técnico de higiene dental.</p><p>Saúde da família- princípios em prática</p><p>● A análise do ambiente de convívio, de moradia e trabalho, além do cadastramento e</p><p>monitoramento são essenciais para evitar agravos na saúde, pois quanto mais baixa a posição</p><p>econômica maior a incidência de morbidades (Eachus et al, 1996).</p><p>Segundo esse autor, quanto menor for a disponibilidade de recursos maior será o</p><p>agravamento do estado de saúde dessa pessoa. Fazer perguntas ao paciente ajuda a avaliar</p><p>probabilidades do diagnóstico, ex: indivíduos que moram em casas de pau-a-pique são mais</p><p>expostos à doença de chagas. Casas com grande aglomeração geram maior chances de</p><p>transmissão de doenças infecciosas, ex: gripe e tuberculose. Vale a pena ler o texto que</p><p>está nas referências.</p><p>● A relação médico-paciente não é o único determinante para a adesão ao tratamento é</p><p>importante também o desenvolvimento de diálogo entre todos os agentes intermediários.</p><p>Entre esses agentes vão estar a família e a equipe do posto ou hospital. Desse modo, é</p><p>importante que os profissionais de saúde contribuam não só com o tratamento, mas também</p><p>com facilitação do acesso ao paciente e sua família ao seu diagnóstico, a fatores que possam</p><p>ter gerado o quadro e como as pessoas próximas do paciente podem se prevenir de adquirir a</p><p>doença, além disso a família e o próprio paciente devem tornar-se cientes a partir dessas</p><p>orientações ganhando um papel ativo na melhora da saúde do seu ambiente como um todo e</p><p>evitando a sobrecarga da equipe de saúde.</p><p>● É imprescindível a adaptação do profissional às situações mais rotineiras que abrangem a</p><p>comunidade em que este atua, com o fim de evitar a necessidade de encaminhamento.</p><p>Como os MFC são profissionais qualificados, eles precisam ter amplo conhecimento sobre as</p><p>principais doenças que atingem os brasileiros, mais ainda das que são prevalentes na</p><p>população que atende. Vale a pena frisar a importância do conhecimento sobre as</p><p>DCNTs(doenças crônicas não transmissíveis) que são os principais agravantes de quadros</p><p>clínicos, como a diabetes mellitus, obesidade, cardiopatias, câncer e síndromes respiratórias.</p><p>O foco no paciente, a vinculação entre este e o profissional</p><p>e o processo de humanização do</p><p>tratamento gera maior adesão ao tratamento (Silveira e Ribeiro, 2005).</p><p>Estudos comprovam que a criação de vínculo entre médico e paciente ajuda no enfrentamento</p><p>de incertezas por este e aumentam sua adesão ao tratamento (Um desses estudos:</p><p>https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000500002) . É necessário situações frequentes que</p><p>coloquem equipe de saúde e paciente em uma relação direta, e que estimulem o compromisso</p><p>e a implicação de ambos na busca de soluções para os problemas de saúde. Vale frisar que</p><p>esse aumento de adesão é mais frequente a pacientes com DCNTs que possuem um médico</p><p>ao qual estam vinculados, já que há um acompanhamento ao longo do tempo (longitudinal)</p><p>de uma condição contínua pela mesma pessoa</p><p>https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000500002</p><p>Referências</p><p>SILVEIRA, L. M. C.; RIBEIRO, V. M. B. Compliance with treatment groups: a teaching and</p><p>learning arena for healthcare professionals and patients, Interface - Comunic., Saúde, Educ.,</p><p>v.9, n.16, p.91-104, set.2004/fev.2005.</p><p>Eachus J, Williams M, Chan P, Smith GD, Grainge M, Donovan J, Frankel S. Deprivation</p><p>and cause specific morbidity: evidence from the Somerset and Avon survey of health. BMJ.</p><p>1996 Feb 3;312(7026):287-92. doi: 10.1136/bmj.312.7026.287. PMID: 8611787; PMCID:</p><p>PMC2349904.</p><p>Fundação Oswaldo Cruz (2010). Saúde da família. PenseSUS. Disponível em:</p><p>https://pensesus.fiocruz.br/saude-da-familia</p>