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<p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>1</p><p>Fluidoterapia</p><p>É utilizada com o intuito de corrigir a desidratação,</p><p>hidratação excessiva (uso de hipertônicas para tirar edema), corrigir</p><p>desequilíbrios hidroeletrolíticos. Ainda, pode ser utilizada com o</p><p>intuito de preservar a função renal de pacientes sub efeito de</p><p>anestesia.</p><p>Varias situações podem causar um desequilíbrio</p><p>hidroeletrolítico, sendo necessário, em muitos casos, a correção desse</p><p>desequilíbrio antes da realização de procedimentos cirúrgicos, ou da</p><p>quantinuidade do atendimento. Como exemplo, podemos citar casos</p><p>de cólica equina.</p><p>Nos animais adultos, 60% do peso corporal é composto por</p><p>líquidos e nos neonatos, 80% do peso. Esse liquido encontra-se em</p><p>constante movimento entre os compartimentos Intracelular e</p><p>extracelular (IC e EC, respectivamente). IC possui 40% do liquido,</p><p>enquanto EC 20%. No LEC, o liquido divide-se em plasmático (5%),</p><p>intersticial (14%) e transcelular (1%).</p><p>Ocorre constante movimento de água entre o LIC e o LEC,</p><p>a fim de manter o gradiente de concentração.</p><p>Desidratação corre quando as perdas diárias (urina, fezes,</p><p>metabolismo em geral) são maiores que a ingestão de líquidos. Isso</p><p>pode ocorrer por hipodipsia (menor consumo de água, seja pela falta</p><p>de disponibilidade ou pela incapacidade de ingestão), ou pelo</p><p>aumento das perdas. Isso pode ocorrer por poliúria, diarreia, febre,</p><p>sudorese...</p><p>A desidratação pode se classificar em:</p><p>• Hipotônica</p><p>Quando ocorrer maior perda de sais do que de água,</p><p>é a mais grave delas, o LEC irá migrar para o LIC,</p><p>gerando uma hemoconcentração, aumento do</p><p>hematócrito e de proteínas e sinais mais clássicos de</p><p>desidratação, causa hiponatremia. Ex.: peritonite,</p><p>pancreatite, diarreia, hemorragia.</p><p>• Isotônica</p><p>Perda de sal e de água são proporcionais, Ex.:</p><p>Sudorese, enterites, vomito, diarreia, hemorragia,</p><p>hipoadrenocorticismo</p><p>• Hipertônica</p><p>Maior perda de água, do que de sal, leva a</p><p>hipernatremia. Poucas alterações de Ht e ppt, pode</p><p>ocorrer hipernatremia (aumento de íons Na+). A água</p><p>vai do IC para o EC. Ex.: queimaduras em geral.</p><p>Tipos de fluido</p><p>Cristaloides => são soluções que contêm solutos eletrolíticos</p><p>e não eletrolíticos capazes de penetrar os compartimentos corporais</p><p>(Ringer com lactato, solução fisiológica 0,9%, glicose a 5%).</p><p>Coloides => são soluções com substâncias de alto peso</p><p>molecular que se mantêm no plasma. (plasma, dextran...)</p><p>Outros => usados em situações especiais, incluem sangue,</p><p>seus derivados e substitutos.</p><p>Alterações ácido-base</p><p>Acidose metabólica => ocorre quando há um aumento de</p><p>íons hidrogênio e perda de bicarbonato, isso gera uma acidificação no</p><p>pH. É resultante de falhas renais, diarreias severas e acumulo de ácido</p><p>láctico. Para compensar, num primeiro momento (a curto prazo)</p><p>ocorre hiperventilação e diminuição da pCO2 e a longo prazo, os rins</p><p>aumentam a absorção de bicarbonato e a sua excreção.</p><p>Alcalose metabólica => Ocorre quando há uma elevação do</p><p>pH devido a um aumento na concentração de bicarbonato. É muito</p><p>associada a administração excessiva de diuréticos, ou a pratica de</p><p>exercícios extenuantes. Como compensação, o animal irá apresentar</p><p>bradipneia (diminuindo a tx respiratória) e consequentemente irá</p><p>resultar num aumento da [CO2].</p><p>Vias de administração</p><p>Subcutânea => usada em ruminantes e pequenos animais.</p><p>Nesta via devem ser utilizados apenas fluidos não irritantes e</p><p>isotônicos, muito utilizada para abordagens continuas, reposição IV,</p><p>manutenção SC.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>2</p><p>Oral => usada para administração de soluções hipertônicas</p><p>e isotônicas (?). É de fácil administração e barato, porém o animal</p><p>não pode apresentar emese, e só pode ser utilizada em casos de baixa</p><p>desidratação.</p><p>Intravenosa => Utilizadas em casos de desidratação grave,</p><p>permite a rápida reposição de fluidos e a utilização de fluidos,</p><p>hipotônicos, hipertônicos ou isotônicos. É necessário a utilização de</p><p>cateter, antissepsia, tricotomia... Como desvantagens encontramos, o</p><p>alto custo, a necessidade de contenção do paciente, e o tempo.</p><p>Intraóssea => utilizadas em cães e equinos neonatos. É</p><p>muito dolorosa, utilizada apenas em casos de hipotensão e quando o</p><p>animal apresenta pequenos vasos. Locais utilizados crista do íleo e</p><p>tíbia.</p><p>Intraperitoneal => utilizada em ruminantes, apenas para</p><p>fluidos isotônicos, apresenta alto risco de desenvolver peritonite.</p><p>Plano de reposição eletrolítica</p><p>Movimento hídrico => representa o quanto de água o</p><p>animal precisa para suas funções normais. Ou seja, em casos em que</p><p>o animal está “bem” só não consegue ingerir água. Ex.: Cavalo na baia</p><p>tanque, cão com problema neurológio q impede de beber água.</p><p>𝐸𝑞𝑢𝑖𝑛𝑜𝑠 => 30 − 60 𝑚𝐿 𝑘𝑔⁄</p><p>𝑅𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 => 50 − 80 𝑚𝐿 𝑘𝑔⁄</p><p>𝑃𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜𝑠 => 40 − 60 𝑚𝐿 𝑘𝑔⁄</p><p>Em casos de animais atletas, devemos usar o valor mais alto.</p><p>Em caso de animais obesos, o valor mais baixo, uma vez que o tecido</p><p>adiposo tem baixo uso de água. Em filhotes com até 1 semana, usar o</p><p>dobro da quantidade para a espécie. Gestantes, usar o valor máximo</p><p>para a espécie.</p><p>Cuidado!!</p><p>Hidratar de mais pequenos;</p><p>hidratar “de menos” grande!!</p><p>Déficit existente => é calculado com base no nível de</p><p>desidratação do animal. Calculado em litros.</p><p>% 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑎çã𝑜 𝑥 𝑝𝑒𝑠𝑜 (𝑒𝑚 𝐾𝑔)</p><p>Perdas continuas => Quando o animal apresenta algum</p><p>sintoma que resulta na perda continua de líquidos.</p><p>Diarreia => 50mL/kg/dia</p><p>Vômito => 40mL/kg/dia</p><p>Ambos => 60mL/kg/dia</p><p>𝑉 𝑝/ 24ℎ = 𝑣 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑡 + 𝑣 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜</p><p>+ 𝑣 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠</p><p>Velocidade de administração</p><p>Sempre deve ser calculada para administração IV, é</p><p>necessário considerar as condições clinicas do paciente e qual o</p><p>objetivo da terapia em questão.</p><p>Fluxo gravitacional => usado para momentos em que a</p><p>velocidade calculada de fluido é maior que a possível pelo acesso.</p><p>É quando se “abre” todo equipo e eleva acima do acesso.</p><p>Fluxo forçado => por bombas de infusão ou por bombas</p><p>manuais.</p><p>O ideal é se fazer a primeira metade do volume de</p><p>reposição rapidamente e o restante da fluido, lento.</p><p>𝑃𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜𝑠 => 60 − 80 𝑚𝐿 𝑘𝑔⁄ 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎</p><p>𝐺𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠 => 15 − 30 𝑚𝐿 𝑘𝑔 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎⁄</p><p>Glicose a 5% em equinos => 2mL/kg/h</p><p>Hipertônica em equinos e bovinos => 4 a 6mL/kg/h</p><p>Soluções hipertônicas de NaCl à 7,5% podem ser</p><p>utilizadas em casos de choque eminente, com o intuito de causar</p><p>um aumento do volume circulatório, uma vez que irá atrair o</p><p>liquido intersticial para o interior dos vasos.</p><p>Transfusão sanguínea</p><p>Utilizada quando a necessidade de repor a capacidade de</p><p>transporte de oxigênio, deficiências de hemostasia, transferência de</p><p>imunidade passiva, hipoproteinemia, e casos de hipovolemia não</p><p>responsiva ao tratamento. Atualmente, se utilizam para transfusão</p><p>sanguínea componentes específicos do sangue e não a sua transfusão</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>3</p><p>total, a fim de oferecer para o paciente o que ele precisa, evitando o</p><p>risco de sobrecarga circulatória.</p><p>Tipos sanguíneos</p><p>As hemácias possuem seus próprios antígenos na sua</p><p>superfície, o que permite classifica-las em tipos sanguíneos. Como</p><p>consequência a presencia desses antígenos, pode ocorrer a formação</p><p>de anticorpos anti-hemacias, quando a transfusão não for feita com</p><p>um tipo sanguíneo compatível. Algumas espécies possuem esses</p><p>anticorpos de forma natural, e outras necessitam de uma primeira</p><p>exposição.</p><p>• Cães => AEC 1 (1.1, 1.2, 1.3), 3, 4, 5, 6, 7, 8 sendo</p><p>AEC 1.1, 1.2 e 7 os que apresentam mais o potencial</p><p>antigênico. Sendo importante nessa espécie que se faça o</p><p>teste de compatibilidade sanguínea.</p><p>• Gatos => Possuem três tipos sanguíneos (A, B e AB), porém</p><p>uma grande titulação de anticorpos naturais responsáveis</p><p>por reações transfusionais. A maioria dos animais é do tipo</p><p>A. indispensável o teste</p><p>de compatibilidade sanguínea.</p><p>• Equinos => Possuem 7 grupos sanguíneos, porém esses</p><p>possuem diversos subgrupos, o que pode totalizar em torno</p><p>de 400000 possibilidades, ou seja, raríssimos são os casos</p><p>de transfusões com 100% de compatibilidade, porém os</p><p>antígenos não são imunogênicos.</p><p>• Suínos: Existem 15 tipos sanguíneos, as raras reações estão</p><p>mais relacionadas a animas de tipo sanguíneo A.</p><p>• Ruminantes => São raras a ocorrência de reações nas</p><p>primeiras transfusões, para transfusões subsequentes é</p><p>indicado que se faça teste de compatibilidade.</p><p>o Bovinos: 13 tipos</p><p>o Ovinos: 7 tipos</p><p>o Caprinos: 5 tipos</p><p>Seleção do doador</p><p>Vacinação em dia, controle de ectoparasitas e endoparasitas</p><p>também, de preferência animais com bom comportamento.</p><p>• Cães => acima de 28kg, preferencialmente entre 2 e 8 anos</p><p>machos, fêmeas castradas ou nuliparas, negativos para</p><p>parasitas intracelulares, sorologias negativas para Babesia</p><p>sp., Leishmania sp., brucela canis e demais patógenos que</p><p>sejam de ocorrência na região em que animal vive. Ainda,</p><p>podem doar 450mL a cada 3 – 4 meses.</p><p>• Gatos => acima de 4kg, preferencialmente entre 2 e 5 anos,</p><p>não sendo obeso. 11 a 15 mL/kg. Negativos para FeLV e</p><p>FIV.</p><p>• Equinos => Acima de 450kg, macho castrado ou não,</p><p>negativos para anemia infecciosa equina, HT e PPT dentro</p><p>dos valores esperados para a espécie. Deve se dar referência</p><p>para animais da mesma raça/linhagem do receptor. Podem</p><p>doar em torno 2% do peso vivo a cada 30 dias (em torno de</p><p>6 a 8L).</p><p>• Ruminantes => não devem possuir doenças infecciosas,</p><p>bacterianas e hemoparasitarias, podendo doar 10 a</p><p>15ml/kg. A cada 4 semanas.</p><p>Teste de compatibilidade sanguínea</p><p>É um teste realizado com o intuito de identificar a</p><p>ocorrência de aglutinação das hemácias, o que indica a</p><p>incompatibilidade do doador com o receptor.</p><p>1ª etapa: mistura-se sangue do doador com soro do receptor.</p><p>O resultado positivo ocorre quando se observa a formação de grumos.</p><p>2º etapa: mistura-se uma pequena quantidade de sangue do</p><p>receptor com soro do doador. O resultado positivo ocorre quando se</p><p>observa a formação de grumos.</p><p>A ausência de reação em ambos os testes indica que pode</p><p>ser realizada a transfusão.</p><p>TÉCNICA RÁPIDA EM LÂMINA DE MICROSCOPIA</p><p>1) Colher 0,5 a 1mL de sangue do doador em dois frascos (um</p><p>com EDTA e outro sem anticoagulantes), identificar os tubos.</p><p>2) Colher 0,5 a 1mL de sangue do receptor em dois frascos (um</p><p>com EDTA e outro sem anticoagulantes), identificar os tubos.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>4</p><p>3) Centrifugar o sangue do doador e do receptor a 1000-1500g por</p><p>5-10 min para separar os eritrócitos do plasma e do soro.</p><p>4) Separar o plasma e as células do doador e do receptor sempre</p><p>utilizando pipetas diferentes.</p><p>5) Preparar uma solução a 4% do receptor e uma do doador</p><p>(concentrado de eritrócitos 0,2mL + solução salina 4,8mL).</p><p>I. Obs.: Esta diluição em solução salina retarda a</p><p>formação de rouleaux e facilita a observação</p><p>microscópica, mas resulta em uma aglutinação menos</p><p>intensa.</p><p>6) Identificar 4 lâminas de microscopia:</p><p>I. Controle Doador (eritrócitos do doador + soro/</p><p>plasma do doador)</p><p>II. PROVA MAIOR - Doador x Receptor (eritrócitos</p><p>do doador + soro/ plasma do receptor)</p><p>III. PROVA MENOR - Receptor x Doador</p><p>(eritrócitos do receptor + soro/ plasma doador)</p><p>IV. Controle Receptor (eritrócitos do receptor +</p><p>soro/ plasma do receptor).</p><p>7) Em cada uma das lâminas, mistura uma gota do soro/ plasma e</p><p>uma gota da suspensão de eritrócitos ou duas gotas do soro/</p><p>plasma e uma gota do concentrado de eritrócitos.</p><p>8) Misturar com uma espátula/ pipeta ou outro material disponível.</p><p>9) Misturar por inclinação da lâmina e observar se ocorre</p><p>aglutinação macroscópica dentro de 2 minutos.</p><p>10) Colocar uma lâmina sobre a mistura e observar se ocorre</p><p>aglutinação microscópica (objetivas 40x a 100x) dentro de 5</p><p>minutos.</p><p>11) Verificar se há aglutinação, se ocorrer é positivo (incompatível)</p><p>Calculo do volume a ser transfundido</p><p>Vol. (mL) = Fator X peso receptor X</p><p>Ht pretendido−Ht atual</p><p>HT doador</p><p>Cada espécie possui um fator especifico.</p><p>➢ Cães = 90</p><p>➢ Gatos = 70</p><p>➢ Equinos e ruminantes = 80</p><p>➢ Potros neonatos= 150</p><p>Para valores de ht do doador entre 40% a 45%, podemos</p><p>utilizar a seguinte formula:</p><p>Vol. (mL) = Peso paciente X (HT pretendido – HT atual) X 2,2</p><p>Velocidade de administração</p><p>Em Cães e gatos, a velocidade inicial de administração deve</p><p>ser feita de forma lenta, 0,25 a 0,5mL/kg nos primeiros 30min,</p><p>inicialmente, se não apresentar reações, pode-se aumentar para 4 a</p><p>5ml/kg. Em casos de hemorragias sérias, pode-se utilizar a velocidade</p><p>de 22mL/kg.</p><p>Em animais de grande porte, a recomendação inicial é de</p><p>0,1mL/Kg, pelos primeiros 10 a 15min. Depois pode-se elevar a taxa</p><p>para 20mL/kg/h.</p><p>Indicação para uso de sangue total / papa de hemácias</p><p>Principal objetivo é a recuperação da capacidade de</p><p>transporte do O2 e da volemia (em casos de anemias graves,</p><p>decorrentes da perda aguda de sangue).</p><p>A papa de hemácias é sempre preferida, principalmente em</p><p>animais cardiopatas, doentes renais, filhotes, que não toleram a</p><p>sobrecarga circulatória causada pela transfusão de sangue total.</p><p>Porém em casos em que ocorreu apenas a baixa das hemácias, sem</p><p>grandes alterações de volemia.</p><p>Em equinos, os casos de hemorragia aguda intensa( Ht</p><p>menos que 20%), representam um esgotamento das reservas de</p><p>hemácias indicando a necessidade de transfusão. Porém, como em</p><p>animais de grande porte com quadros de hemorragia aguda grave a</p><p>morte é em decorrência de choque hipovolêmico, sendo indicado o</p><p>uso de soluções hipertônicas. Em casos de hemorragias menos agudas,</p><p>o valor de HT% será menor, 7 a 12%, indicando a necessidade de</p><p>transfusão de sangue total.</p><p>NÃO FALADO EM AULA</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>5</p><p>Indicação para uso de plasma</p><p>Como o plasma contem fatores de coagulação, seu uso é indicado</p><p>quando se deseja prevenir ou tratar sangramentos causados pela</p><p>falta de fatores de coagulação. Ainda, utilizado em casos em que</p><p>ocorreu falha na passagem de imunidade passiva, ou que se objetiva</p><p>a passagem de imunidade especifica. Também é utilizado em casos</p><p>de hipoproteinemia (baixa de proteínas).</p><p>Sistema Respiratório</p><p>O sistema respiratório está intimamente relacionado com o</p><p>sistema cardiovascular, muitas vezes, se o sistema respiratório está</p><p>debilitado irá apresentar consequências no sistema cardíaco, e o</p><p>mesmo é verídico também. Se o coração não está “bombeando”</p><p>corretamente, irá ter uma compensação no sistema respiratório.</p><p>Nem todas as espécies apresentam reflexo de tosse tão</p><p>característicos.</p><p>A função primordial do sistema respiratório é a realização</p><p>de trocas gasosa, além é claro de outras funções, como por exemplo,</p><p>proteção contra antígenos inalados, equilíbrio acidobásico,</p><p>termorregulação.</p><p>Alcalose respiratória ou acidose respiratória.</p><p>Aumento de CO2 => Acidose</p><p>Aumento de Bicarbonato => alcalose</p><p>A tosse e o espirro são considerados reflexos protetores, tem</p><p>função de eliminar antígenos do sistema respiratório, sendo</p><p>considerada um mecanismo de defesa desse organismo.</p><p>A localização da sintomatologia, irá auxiliar a entender</p><p>qual a porção do trato respiratório está afetada. Exemplo: se é apenas</p><p>secreção nasal unilateral provavelmente é uma patologia localizada.</p><p>Os exames de imagem são ótimos auxiliares na avaliação do sistema</p><p>respiratório.</p><p>Condução => das fossas nasais até a entrada da traqueia</p><p>Transição vai da entrada da traqueia até a entrada dos</p><p>bronquíolos.</p><p>Trocas nos alvéolos</p><p>Tipos de fármacos</p><p>Para a escolha do fármaco, é importantíssimo, identificar e</p><p>tratar a etiologia do problema. A ordem de tratamento deve</p><p>considerar a clínica SEMPRE!!!!!</p><p>1. Estabilizar o paciente, se for necessário, entrar com O2. Tirar</p><p>da crise</p><p>2. Identificar e tratar</p><p>a etiologia</p><p>Filhotes => pensar em trauma, infecções respiratórias por</p><p>vírus.</p><p>Cães => tosse dos canis, cinomose</p><p>Gatos=> se a evolução for aguda, pensar em asma felina.</p><p>Equinos=> traumas, doença brônquica aguda (?) (doença</p><p>alérgica dos equinos</p><p>Paciente x=> aumento de volume nasal, sem se alimentar</p><p>bem, baixo CCC, gato, crônico, evoluindo a muitos meses =></p><p>enfermidade fúngica</p><p>Existem bactérias comensais que colonizam o sistema</p><p>respiratório, essas bactérias mudam de acordo com o ambiente onde</p><p>esses animais se encontram, nem sempre uma cultura bacteriana</p><p>positiva significa uma infecção. Sempre avaliar a clínica do paciente!!</p><p>Antibióticos => Bactérias gram +, que predominam no</p><p>sistema respiratório, as penicilinas são boas escolha, tanto naturais</p><p>quanto aminopenicilinas, as quinolonas, e também as tetraciclinas</p><p>(mycoplasma, bartoela, pacientes que não apresentam boa resposta</p><p>aos tratamentos ANTERIORES)</p><p>Antiparasitários => se está com suspeita de que há um</p><p>parasita no sistema respiratório, o ideal é se fazer um exame de fezes,</p><p>para ver a contaminação, se está com alguma espécie que tem</p><p>migração, utilizar o antiparasitário. Ou por meio de um lavado</p><p>traqueobrônquico.</p><p>Vírus => para pequenos animais existe a disponibilidade, já</p><p>para grandes animais, o intuito é estimular o sistema imune, uma vez,</p><p>que os antivirais são muito caros.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>6</p><p>Fúngico => uso de antifúngicos.</p><p>Anti-inflamatórios => muito usados em caso de crise alérgica,</p><p>os esteroidais => dexametasona (casos agudos), prednisolona (caos</p><p>crônicos, mantem com predinisolona, tira da crise com dexa.).</p><p>3. Desobstrução bronco pulmonar</p><p>Uso de expectorantes e descongestionantes</p><p>Expectorantes reflexos => atuam estimulando, via vagal, os</p><p>receptores presentes no trato respiratório superiores, aumentando a</p><p>produção de liquido nesse local, facilitando a eliminação do muco,</p><p>uma vez que esse fica mais “úmido” e mais fluido.</p><p>• Iodeto K => consegue dobrar o volume dessa secreção, é um</p><p>expectorante salino, pode ser utilizado em todas as espécies.</p><p>Cuidado !! seu uso prolongado pode trazer alterações de</p><p>tireoide, devem ser evitados nos animais que já apresentam</p><p>problemas nesse órgão. Como efeitos adversos, podem ter</p><p>náusea e vômito</p><p>• Ipeca => mais utilizado por humanos, sem apresentação</p><p>veterinária, usado apenas em cães, induz vômito</p><p>• Guaifenesina => VICK mais utilizado por humanos, sem</p><p>apresentação veterinária, usado apenas em cães</p><p>Expectorantes mucolíticos => fazem a lise/quebra das</p><p>partículas da secreção, deixando-as menores, e facilitando a sua</p><p>excreção. Atuam nas pontes dissulfidicas do catarro, quebrando</p><p>essas pontes, diminuindo a viscosidade, facilitando sua eliminação</p><p>• Acetilcisteina => pode ser utilizada em todas as espécies,</p><p>mais utilizada.</p><p>Antidoto para a ingestão acidental de paracetamol em</p><p>gatos. Dose mg/kg, associada a vitamina C. Lavagem com</p><p>acetilcisteina em bolsa gutural, em trepanação em casos de</p><p>sinusite.</p><p>Carbocisteina => semelhante a acetilcisteina</p><p>• Bromexina => auxiliam na broncodilatação e na eliminação</p><p>de muco. Funciona estimulando a ação das enzimas</p><p>lisossômicas, que irão atuar quebrando as fibras do muco,</p><p>tornando ele mais liquido, ou seja, menos viscoso. Leve</p><p>estimulação de IgA na mucosa.</p><p>• Dembrexina => muito utilizados em neonatos, com o</p><p>intuito de estimular a produção de surfactantes em</p><p>pacientes prematuros. Tem se relado, aumento na</p><p>concentração de antibióticos nas secreções pulmonares com</p><p>o uso desse surfactante. Leve estimulação de IgA na mucosa.</p><p>Expectorantes inalantes => Fazem uma vaporização da</p><p>secreção, tornando ela mais “liquida”. Dificuldade é a aplicação, até</p><p>realizar treinamento do animal para a aceitação. Em pacientes muito</p><p>pequenos, pode dificultar a absorção, se o paciente for muito</p><p>pequeno, talvez a partícula formada seja grande e não “chegue” até</p><p>os brônquios desse animal. Pode ser feito apenas com solução</p><p>fisiológica ou podem se associar outras substancias.</p><p>Descongestionantes => Uso tópico, dificuldade de aplicação</p><p>clínica.</p><p>• Soro fisiológico => aplicado na cavidade nasal (sorinan,</p><p>sorine) => causam efeito refratário, perdem o efeito,</p><p>causam efeito rebote. Quanto mais usa, mais é necessário</p><p>usar. Causa uma constrição da musculatura,</p><p>aumentando a luz, Vicio DO SORINAN, Efedrina =></p><p>RINOTAN</p><p>Como suspeitar de intoxicação por</p><p>paracetamol em gatos??</p><p>Cianose e dificuldade respiratória.</p><p>O gato tem dificuldade de metabolização de</p><p>fármacos que precisam ser metabolizados</p><p>pela via XXXX. Ocorrendo uma acumulação</p><p>desse fármaco, ainda, as pessoas dão uma</p><p>super. dose desse medicamento (1 comp. de</p><p>mg). O paracetamol faz a oxidação de</p><p>hemoglobinas, o que faz com que ela seja</p><p>incapaz de transportar o2. A acetilcisteina, irá</p><p>se “oferecer” para ser oxidada no lugar das</p><p>hemoglobinas. Após isso o paracetamol, irá</p><p>fazer lesão hepática.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>7</p><p>Oximetazolina => AFRIN</p><p>Anti-histamínicos => fármacos muito utilizados em condições</p><p>alérgicas, com o intuito de barrar a resposta alérgica nos tecidos, tem</p><p>o intuito de diminuir, por exemplo, a congestão nasal. Bloqueiam o</p><p>funcionamento da histamina nesses tecidos, fazendo um bloqueio do</p><p>edema de mucosa. Diminuem a produção de secreções.</p><p>Prometazina (fenergan)</p><p>Loratadina</p><p>4. Controle da tosse</p><p>Na dúvida entre usar ou não um antitussígeno, pergunte:</p><p>Após a tosse ele se engasga? Sufoca? Deglute? Vomita?</p><p>Se a resposta for sim para algum desses problemas, nesse</p><p>caso, a tosse é produtiva, há secreção. NÃO DEVEMOS PRESCREVER</p><p>ANTITUSSIGENOS, pois nesses casos, a tosse é um sistema de defesa</p><p>do organismo.</p><p>A tosse é um sinal do sistema respiratório pro sistema nervoso</p><p>de que algo está incomodando. O estimulo dos receptores mecânicos</p><p>levam o sinal por via aferente até o sistema nervoso, no centro da</p><p>tosse, e esse dá a ordem para os músculos tossirem.</p><p>Os fármacos antitussígenos podem ser centrais ou periféricos</p><p>Antitussígenos periféricos => todos os outros antitussígenos,</p><p>inclusive fitoterápicos. Sua função é parar os receptores mecânicos,</p><p>tirar o que está estimulando eles.</p><p>Dropropizina</p><p>Levodropizina</p><p>Antitussígenos centrais => são narcóticos, e necessitam de</p><p>receita controlada. Afetam o sistema nervoso, atuam no centro da</p><p>tosse, exemplo:</p><p>Codeína => narcótico, potente analgésico</p><p>Butorfanol => narcótico, potente analgésico, muito usado</p><p>para indução em MPA</p><p>Dextrometorfano => atua no centro da tosse, mas não é um</p><p>narcótico, possui menos efeito adverso.</p><p>Antitussígenos misto => mais indicação para uso humano,</p><p>mas já usado na medicina veterinária. É a Cloperastina</p><p>5. Broncodiladores</p><p>Maioria são de uso humano.</p><p>São utilizados quando há intensão de diminuir a resistência</p><p>a passagem de ar, dilata os brônquios, facilitando a chegada do ar aos</p><p>alvéolos. Mais utilizados em casos de asma e bronquite, porem podem</p><p>ser utilizados em casos alérgicos. Os aerossóis têm menos efeitos</p><p>colaterais</p><p>Lembrar como levam a relaxamento de musculatura lisa,</p><p>evitar uso em pacientes gestantes, uma vez que podem relaxar a</p><p>musculatura uterina, resultando em aborto ou em parto prematuro.</p><p>Existem 3 grandes grupos de fármacos broncodiladores, os</p><p>beta-adrenérgicos, anticolinérgicos e as metilxantinas.</p><p>As metilxantinas e os b-adrenérgicos tem o mecanismo de</p><p>ação semelhante. Atuam em receptores diferentes, mas o caminho é o</p><p>mesmo.</p><p>Beta adrenérgicos => podem ser seletivos (beta2) ou não</p><p>seletivos. Mesmo os seletivos, se usados com dose muito alta, ou</p><p>aplicação muito rápida, perderam sua seletividade. OS</p><p>broncodiladores, se ligam nos receptores beta 2, ativando a adenilato</p><p>ciclase, isso irá sinalizar para a a célula transformar o ATP em</p><p>AMPciclico, isso irá diminuir a GMPciclica e o fluxo de cálcio, dessas</p><p>células, gerando um relaxamento das células, que causam</p><p>a bronco</p><p>constrição (gera sinais que diminuem a enzima responsável pela</p><p>contração actina-miosina, aumenta o movimento mucociliar, isso</p><p>ocorre ao mesmo tempo). Os receptores beta2 estão principalmente</p><p>no sistema respiratório, mas também encontrados no fígado e na</p><p>musculatura uterina.</p><p>B2-adrenergicos</p><p>Salbutamol => Aerolin, por exemplo. Apenas apresentação</p><p>humana</p><p>Terbutalina => apresenta apresentações veterinárias, mais</p><p>usados em pequenos animais</p><p>Clembuterol => apresenta apresentações veterinárias, é o</p><p>mais utilizados em grandes animais.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>8</p><p>As xantinas funcionam da mesma forma, porém os</p><p>receptores em que se ligam são os adrenérgicos e receptores de</p><p>Adenosina. A cascata irá ocorrer da mesma forma, sinalizam a</p><p>transformação de ATP em AMPciclico. Apresentam apresentações</p><p>comerciais para grandes animais, podendo ser utilizados 1x ao dia.</p><p>As xantinas têm um índice terapêutico restrito, sua dose toxica é</p><p>próxima a dose terapêutica, Algumas vezes são usadas em</p><p>emergências respiratórias, pois aumenta a força de contração do</p><p>musculo respiratório.</p><p>Teofilina => apresentação comercial para grandes animais</p><p>Aminofilina => teofilina + etilenidiamina</p><p>Anticolinérgicos</p><p>Atropina => não utilizado como bronco dilatador, pois</p><p>apresenta muitos efeitos adversos, muitas vezes utilizadas em</p><p>protocolos anestésicos. Só utilizadas em emergências que geram</p><p>bronco constrição por intoxicação por organofosforados.</p><p>Ipratrópio => ATUAM EM RECEPTORES</p><p>MUSCARINICOS, sendo mais seguros para pacientes asmáticos e</p><p>cardiopatas, muito utilizados em equinos. Estudos indicam seu uso</p><p>para a doença “Doença pulmonar obstrutiva dos equinos” .</p><p>Atuam em receptores muscarínicos, mais seguros para ´pacientes</p><p>asmáticos e cardiopatas.</p><p>Glicopirrolato => Anticolinérgico. Inibe a ação do sist..</p><p>nervoso parassimpáticos, sendo um antiespasmódico com ação no</p><p>musculo liso inibindo os receptores muscarínicos. Muito utilizados</p><p>em equinos.</p><p>EMERGENCIA RESPIRATÓRIA</p><p>Primeiramente, não estressar o paciente e colocá-lo em</p><p>oxigenioterapia.</p><p>Uso de b2 adrenérgico e/ou xantina.</p><p>Dexametasona</p><p>B2 - adrenérgico NÃO seletivo ADRENALINA</p><p>6 – estimulo da respiração</p><p>OXIGENIOTERAPIA</p><p>EMERGENCIA => Hipóxia, dispneia, insuficiência respiratória</p><p>aguda, desacordados (intubação endotraqueal), cateter nasal.</p><p>O2 90 – 100%</p><p>Equinos 10 – 15L / min</p><p>Gatos 3 – 5 L/ min</p><p>Quando é uso continuo não se usa em 100%. Se usa</p><p>oxigênio entre 30 - 40% e umidificação entre 40 – 60%.</p><p>Mesmo sem a mascara adequada, a oxigenioterapia</p><p>auxilia o paciente.</p><p>PROGRESSÃO PARA PARADA RESPIRATÓRIA</p><p>PARADA CARDIORESPIRAT´RORIA => AUSCUTAÇÃO</p><p>+ PULSO. Se tem pulsação não faz massagem cardíaca. Apenas</p><p>estimulo respiratório, pois ainda está pulsando. Se não resolver a</p><p>parada RESPIRATÓRIA rapidamente, irá progredir para PCR.</p><p>Doxapran => estimula o bulbo respiratório, por meio da</p><p>ativação dos quimiorreceptores da aorta e da carótida, deixando-os</p><p>mais sensíveis ao CO2</p><p>Adrenalina => estimula tanto respiratório quanto cardíaco</p><p>TEM QUE TER SEMPRE\</p><p>Aminofilina => aumenta a força de contração do musculo</p><p>respiratório.</p><p>Solução fisiológica + furosemida (artigos)</p><p>VASOPRESSINA => em PCR aumenta o fluxo sanguíneo</p><p>Dexametasona => aumenta o ATP nas células do</p><p>miocárdio.</p><p>Estímulos por pontos de acupuntura => comissura labial</p><p>do cão (ver slide e por foto aqui), da estimulo direto ao centro</p><p>respiratório do cão.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>9</p><p>]Digestório de equinos</p><p>Considerando os hábitos alimentares dos equinos (pequena</p><p>ingestão, em vários momentos), o estomago do equinos é pequeno em</p><p>relação as outras porções do trato gastrointestinal. Ainda, os equinos</p><p>possuem um centro do vomito não desenvolvido e uma forte</p><p>musculatura no cárdia, o que não permite que esses animais realizem</p><p>o reflexo do vomito. Sendo assim, quando há presença de refluxo, esse</p><p>ficara contido no estomago do animal, causando a sua expansão,</p><p>também, em casos de fermentação gástrica, o processo de eructação</p><p>não ocorre devido as peculiaridades anatômicas, fazendo também</p><p>que esse gás fique “preso” no estomago. Esses fatores causam uma</p><p>dilatação estomacal, podendo levar a ruptura do órgão. Sendo assim,</p><p>nesses casos é necessário realizar a sondagem nasogástrica.</p><p>Anatomia do estomago equino</p><p>Obstrução esofágica</p><p>Comum em animais velhos, com problemas dentais, além</p><p>disso, pela idade podem ter menos movimentos peristálticos.</p><p>Ulceras gástricas</p><p>Normalmente são achados de necropsia, seu diagnóstico é</p><p>difícil, como sinais clínicos apresenta bruxismo, perda de peso,</p><p>erosões na mucosa oral. Presentes na região margo plicata, sua</p><p>localização pode indicar a causa: Região aglandular => produção</p><p>excessiva de ácidos; Região glandular => baixa produção de</p><p>protetores gástricos.</p><p>As principais causas são:</p><p>• Stress</p><p>• Uso de AINES não seletivos</p><p>Terapêutica da gastrite</p><p>Primeiro, a abordagem para gastrite consiste na diminuição do</p><p>stress e retirada ou troca dos AINEs.</p><p> Fármacos citoprotetores</p><p>o Antiácidos: usados com o intuito de neutralizar o</p><p>HCl presente no lumem gástrico. São os sais, de</p><p>alumínio, magnésio ou cálcio.</p><p>o Sucralfato: é um dissacarídeo, usados com intuito</p><p>de cicatrização de ulceras já existentes.</p><p>CUIDADO com o uso em pacientes com trânsito</p><p>intestinal reduzido, pois um de seus efeitos</p><p>colaterais é a constipação.</p><p> Inibidores da secreção gástrica</p><p>o Anti-histamínicos: bloqueadores de H2, geram</p><p>um aumento do pH do estomago.</p><p>▪ RANITIDINA: uso IV, rápido início de</p><p>ação.</p><p> Bloqueadores da bomba de prótons</p><p>o Demora no início da ação, 24h a 48h para o</p><p>omeprazol. É possível se usar a ranitidina e</p><p>depois passar para omeprazol .</p><p>Síndrome Cólica</p><p>Desconforto abdominal, podendo ter diversas origens,</p><p>sendo extremamente importe a identificação da causa:</p><p>Mecânica => torção ou intuscepção</p><p>Espasmótica => Aumento da motilidade</p><p>Gasosa</p><p>Obstrutiva => impactação, enterólitos</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>10</p><p>Os sinais clínicos da síndrome cólica são: escavar o chão,</p><p>rolar, olhar o flanco, taquicardia, taquipneia, sudorese intensa,</p><p>aumento da FC. A principal complicação e a endotoxemia. Ainda,</p><p>quadros de síndrome cólica, sempre geram um grau de desidratação,</p><p>uma vez que o liquido do Sist. Circulatório irá para o local de</p><p>alteração do TGI.</p><p>Terapia de suporte</p><p>Sondagem nasogástrica => o procedimento irá realizar a</p><p>descompressão abdominal, se a causa da cólica for gasosa, por meio</p><p>da sondagem ocorrerá a expulsão de desse gás e o animal irá</p><p>apresentar melhora do quadro clinico. Ainda, se for refluxo</p><p>intestinal, ocorrerá a eliminação espontânea desse. Em alguns casos</p><p>é necessário realizar a lavagem estomacal, por meio da colocação de</p><p>água com pressão, via sonda. A sondagem nasogástrica ainda pode</p><p>ser utilizada para administração de algumas medicações, e</p><p>hidratação.</p><p>Analgesia</p><p>Importante entender o tempo de duração e o efeito da</p><p>analgesia escolhida. Medicamentos como o Flunexim possuem uma</p><p>boa analgesia, com período de duração de em torno de 10 a 12h.</p><p>Dipirona + hioscina (buscofin) tem um efeito mais curto (6h a 12h),</p><p>apresentam bom efeito analgésico, e ainda, nessa associação, a</p><p>hioscina funciona como um antiespasmódico, auxiliando a regular a</p><p>motilidade intestinal. A Dipirona isolada, possui uma menor</p><p>potência e efeito um pouco mais curto, de 6h a 12h. Fármacos como a</p><p>Xilazina e a Detomidina, possuem um efeito muito potente, uma vez</p><p>que sua ação é no sistema nervoso central. Ainda, pode ser utilizado</p><p>o Butorfanol, porém esse fármaco é um opioide, sua ação será</p><p>prolongada e mais potente.</p><p>• Neonatos</p><p>o Dipirona</p><p>o Flunixin meglumine</p><p>o Dipirona + Hioscina</p><p>o Xilazina</p><p>o Diazepan</p><p>• Adultos</p><p>o Dipirona</p><p>o Flunixin meglumine</p><p>o Dipirona + Hioscina</p><p>o Xilazina</p><p>o DEtominidina</p><p>o Butorfanol</p><p>o Morfina</p><p>Fluidoterapia</p><p>Ringer lactato => fluxo gravitacional continuo</p><p>Terapia especifica</p><p>Óleo mineral, vaselina ou glicerina => usados com o intuito</p><p>de lubrificar e facilitar o trânsito intestinal do conteúdo. O óleo</p><p>mineral pode ser aplicado via sonda, uma vez que não causa irritação</p><p>da mucosa, ainda, em equinos, não causa aumento do peristaltismo,</p><p>podendo ser usado com o intuito de proteção das mucosas, até em</p><p>casos de diarreia.</p><p>Pró-cinéticos => Contra indicado em casos de obstruções ou</p><p>corpos estranhos. Frequentemente usados em pacientes em pós</p><p>operatório, que estão retornando ao peristaltismo.</p><p>• Metoclopramida => libera acetilcolina, irá aumentar a</p><p>motilidade no estomago, duodeno e jejuno (intestino</p><p>delgado),muito usado em pacientes com refluxo, afim de</p><p>estimular o funcionamento do ID, aumentando o fluxo</p><p>daquela região (que em casos de refluxo está parado).</p><p>CUIDADO: DEVE SEMPRE SER UTILIZADO EM INFUSÃO</p><p>CONTINUA, OU SC. Seu uso em equinos, gera um</p><p>hiperexcitação como efeito colateral, sendo necessária</p><p>aplicação LENTA.</p><p>• Neostigmine => liberador da colinesterase, aumenta a</p><p>disponibilidade de acetilcolina, seu efeito se dá na região de</p><p>colón maior, aumentando a motilidade.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>11</p><p>• Cisaprida => libera acetilcolina, atua tanto em ID quanto</p><p>em colón maior. Sua principal desvantagem peque é mais</p><p>facilmente encontrada VO, sendo esse tipo de aplicação</p><p>complicado, uma vez que o animal pode estar apresentando</p><p>refluxo, o que impossibilitaria sua absorção</p><p>• Lidocaína => é um modulador do peristaltismo intestinal,</p><p>por meio do estimulo direto do musculo liso. Sua ação se dá</p><p>por meio do seu efeito anti-inflamatório e analgésico.</p><p>Usado em infusão continua, IMPORTANTE, se fazer a</p><p>aplicação rápida de um bolus inicial, a fim de atingir o pico</p><p>de concentração necessário, aí a infusão continua irá</p><p>apenas manter esse valor. Evitando assim, que ocorra a</p><p>ataxia.</p><p>Laxativos => uso em casos de cólicas por impactações e redução do</p><p>peristaltismo, associado ao óleo mineral.</p><p>• Hidróxido de magnésio => catártico osmótico, irritante da</p><p>mucosa</p><p>• Hidróxido de alumino => catártico osmótico</p><p>• Sulfato de magnésio => catártico osmótico</p><p>• SULFOSUCCINATO DE SÓDIO => administrar via solda, junto</p><p>com água. Ele irá diminuir a tensão superficial das líquidos,</p><p>facilitando a sua “entrada” no conteúdo compactado. DOCTIL</p><p>• Humectol => associado ao DSS, é um laxante purgativo, estimula</p><p>o peristaltismo da região do cólon.</p><p>Antifiséticos => Utilizados em quadros de cólica gasoso,</p><p>• Sorbitol => IV< efeito laxativo e antifisético</p><p>• Dimeticona = VO</p><p>• Acetil butileno + metilcelulose => mais comum na clínica de</p><p>bovinos, utilizado para timpanismo bovino, mas também pode</p><p>ser usado em equinos.</p><p>Retenção de mecônio => o colostro tem capacidade laxativa e</p><p>prove a microbiota para o NN. Casos de retenção de mecônio são casos onde</p><p>o potro leva mais de 3h para fazer a eliminação. Usa-se ENEMA a base de</p><p>fosfato de sódio, esses irão lubrificar a região e estimular a liberação do</p><p>mecônio.</p><p>Diarreia em potros</p><p>Pode ter causa bacteriana, viral, parasitária ou por</p><p>alteração da flora comensal.</p><p>Diarreia do cio do potro => NÃO tem relação nenhuma com</p><p>a égua, e sim com a idade do potrinho, é quando o potro começa a ter</p><p>a sua própria flora intestinal. Até os 2 meses, a flora do potrinho é em</p><p>trono de 95% igual à da mãe.</p><p>Como terapêutica é feito:</p><p>• Fluidoterapia: ringer lactato, glicose 5%, ainda, em casos de</p><p>hipoproteinemia, pode ser necessário a reposição</p><p>plasmática, por meio da transferência de plasma.</p><p>• Protetores de mucosa: Em potros principalmente o carvão</p><p>ativado</p><p>• Recomposição de flora: Lembrar que a recomposição da</p><p>flora só deve ser feita após o termino do tratamento com</p><p>antibioticoterapia.</p><p>Diarreia em adultos</p><p>Pode ter origem viral, bacteriana e parasitária. A</p><p>terapêutica consiste da fluidoterapia, protetores de mucosa</p><p>(Caolim+pectina, salicilato de bismuto e carvão ativado) e reposição</p><p>de flora. Essa pode ser realizada por meio de probióticos, iogurtes e</p><p>transfaunação.</p><p>Transfaunação: coletar fezes de um equino</p><p>saudável, colocar em um balde com água morna, deixar 12h</p><p>com uma camada de óleo mineral por cima. Após passadas</p><p>12h, fazer a filtração e administrar o liquido via sonda.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>12</p><p>Digestório de pequenos animais</p><p>Tem como base principal o tratamento de suporte (feito por</p><p>meio da hidratação), sintomatológico, especifico e dietético.</p><p>Vomito=> é um mecanismo de defesa do organismo, o</p><p>reflexo do vomito é mediado pelo centro do vomito, esse por sua vez</p><p>recebe estímulos de três locais diferentes:</p><p>• Zona quimiorreceptora deflagradora ou paradora (ZQD):</p><p>conhecida também como zona de gatilho, é sensível a</p><p>estímulos químicos e é local de ação de algumas</p><p>medicações, pode ainda receber estímulos do sistema</p><p>vestibular.</p><p>• TGI: estimula o centro do vomito via vagal e aferente</p><p>simpático, estímulos oriundos de irritações e distensão</p><p>gástrica.</p><p>• Sistema vestibular: estímulos via colinérgica e</p><p>histaminérgica oriundos de labirintite, otites e movimento</p><p>• Cérebro: estimulo via cerebral por questões relacionadas a</p><p>stress, dor, aumento da pressão intracraniana, medos e</p><p>fobias.</p><p>Eméticos</p><p>Fármacos que estimulam o vomito, seu principal uso é feito</p><p>em casos de intoxicações por venenos não corrosivos., expulsão de</p><p>corpos estranhos digeridos a pouco tempo, indução anestésica. Não</p><p>são indicados em casos em que o animal apresente alteração de</p><p>consciência, ingestão de corrosivos e dor abdominal aguda.</p><p>• Eméticos de ação periférica</p><p>o Funcionam por meio da irritação do nervo</p><p>glossofaríngeo.</p><p>o NaCl</p><p>o H2O2 3%</p><p>o Xarope de ipeca;</p><p>o Sulfato de zinco ou de cobre</p><p>• Eméticos de ação centra</p><p>o Age nos receptores dopaminérgicos</p><p>o Morfina: Usado em cães</p><p>o Apomorfina => não usado no brasil</p><p>o Xilazina: Usado em gatos.</p><p>Antieméticos</p><p>Utilizados com o intuito de dar conforto ao paciente,</p><p>indicados em quadros de desidratação, perda de eletrólitos, doença</p><p>renal, tumores do TGI, gestantes, pacientes que enjoam facilmente.</p><p>LEMBRAR => vomito ≠ regurgitação</p><p>Regurgitação o alimento não chegou no</p><p>estomago, não está digerido, não apresenta</p><p>mimica do vomito.</p><p>Ainda, algumas patologias podem necessitar de um</p><p>controle multifocal da Emese, ou seja, tanto de ação central, como de</p><p>ação periférica. A exemplo temos a parvovirose.</p><p>• Antieméticos de ação periférica</p><p>o Oferecem um alivio na mucosa irritada.</p><p>o Água gelada, gelo</p><p>• Antiemeticos de ação central</p><p>• Bloqueio dos receptores dopaminérgicos (D2).</p><p>o Metoclopramida (plasil): ativa o esvaziamento</p><p>gástrico, aumento do peristaltismo, barato.</p><p>▪ Apresenta efeito de galactogenese</p><p>(favorece a lactação pós partos em</p><p>cadelas).</p><p>▪ Gato é mais sensível, podendo sofrer de</p><p>excitação, pelo efeito extrapiramidal.</p><p>• Bloqueio histaminérgico</p><p>o Agem nos receptores histamínicos, por</p><p>competição. Diminuem a excitabilidade dos</p><p>núcleos vestibulares, causam sono, sedação. Tem</p><p>um funcionamento melhor como prevenção,</p><p>antes do movimento.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>13</p><p>o Dimenidrinato (DRAMIN)</p><p>o Prometazina</p><p>o Difenidramina</p><p>• Bloqueio de serotonérgicos (5HT3)</p><p>o Ondansetrona: atuam bloqueando o ZQD e os</p><p>estímulos de nervo vago. Muito utilizados para</p><p>quimioterapias e gastroenterites virais.</p><p>• Bloquei de neurocirina - 1</p><p>o Maroptante: mais atual, atua bloqueando os</p><p>receptores de neurocirina-1. Custo elevado</p><p>• Bloqueio dos receptores muscarínicos (ach)</p><p>o Escopolamina: trata cinetose (enjoo de</p><p>movimento) e vomito causado por substancias</p><p>irritantes no estomago. Não utilizado em gatos.</p><p>Fármacos que afetam a motilidade</p><p>Terapêutica da diarreia</p><p>Os fármacos depressores de motilidade são cada vez menos</p><p>utilizados, anteriormente eram</p><p>utilizados para tratamento de</p><p>diarreias. Hoje em dia, sabe-se que a maioria das diarreias são</p><p>causadas por quadros de hipomotilidade, sendo o uso dos</p><p>depressores pode piorar o quadro em questão. Seu funcionamento é</p><p>com base na inibição de acetilcolina, que irá aumentar o tônus</p><p>muscular dos esfíncter, diarreias inflamatórias e por processos</p><p>tóxicos precisam ser eliminadas. (atropina, escopolamina)</p><p>• Hidratar: cuidar para não fazer sobrecarga de fluido.</p><p>• Identificar o agente etiológico</p><p>o Por meio do exame de fezes. Realizar 3x de forma</p><p>intermitente, a fim de pegar parasitas de</p><p>eliminação intermitente.</p><p>o Lembrar que vermífugos não são eficientes</p><p>contra coccídeos.</p><p>o Filhotes sem vacinação podem apresentar causa</p><p>viral, nesses casos, apenas tratar sintomatologia.</p><p>o Trocas alimentares, para alimentos mais</p><p>gordurosos também podem gerar.</p><p>• Controle da infecção</p><p>o Aminopenicilinas => ampicilina é segura e tem</p><p>boa destruição.</p><p>o Metronidazol => pega alguns coccídeos, mas sua</p><p>dose terapêutica é próxima a dose toxica.</p><p>o Dieta => no caso de diarreias crônicas o uso de</p><p>alimentos hipoalérgicos.</p><p>Estimulantes da motilidade</p><p>Para o uso é necessário que se tenha certeza que não há</p><p>obstruções, intussuscepção ou corpos estranhos.</p><p>• Laxativos => funcionamento lento, aproximado do</p><p>fisiológico. Usados em pacientes constipados.</p><p>• Purgativos => causa contrações da musculatura lisa, rápido</p><p>esvaziamento gástrico, causa cólicas., esvaziamento rápido</p><p>• Catárticos=> Usados apenas em cães, atraem H2O para o</p><p>TGI, hidratando o bolo fecal, facilitando a sua eliminação.</p><p>o Hidróxido de magnésio: Estimula que ocorra um</p><p>aumento do peristaltismo.</p><p>o Óleos: são os mais “irritantes’ e emolientes, porem</p><p>seu uso por muito tempo prejudica a absorção e</p><p>produção de vitaminas.</p><p>• Procinéticos: usados após o diagnóstico de certeza, como</p><p>dilatadores do TGI,</p><p>Antiácidos</p><p>O uso de antiácidos em pequenos animais é muito</p><p>prejudicial, gerando diversos efeitos colaterais, alterando a</p><p>microbiota dos animais. A bomba de K+ H+ age por meio da</p><p>estimulação da gastrina, a medida que o alimento chega no estomago.</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>14</p><p>Inibidores da bomba H+ => agem apenas nos receptores de</p><p>H+. Ranitidina e cimetdina, não muito utilizados na clínica de</p><p>pequenos</p><p>Inibidores da bomba K+=> param a bomba por completo.</p><p>Omeprazol</p><p>Tituladores => agem neutralizando o ácido, gerando H2O e</p><p>sal.</p><p>Protetores de mucosa => São indicados para casos de</p><p>gastrites e ulceras.</p><p>Antifiséticos</p><p>Simeticona => , diminuindo a tensão superficial dos</p><p>fluidos digestivos, rompendo ou dificultando a formação de bolhas</p><p>gasosas que retêm os gases e que provocam flatulência e dores</p><p>abdominais.</p><p>Estimuladores de apetite</p><p>Diazepan => usado IV, muitos efeitos colaterais</p><p>para uso a longo prazo, é necessário entender porque esse</p><p>paciente não está se alimentando.</p><p>Sondagem nasogástrica => também pode ser</p><p>utilizada para a passagem de alimento.</p><p>Sistema cardíaco</p><p>Diuréticos de alça</p><p>Furosemida e piratenidas</p><p>Atuam na alça de Henley, inibindo o transportador de</p><p>membrana responsável pela reabsorção de Na+ K+/ 2 Cl- . Com isso,</p><p>esses íons ficam na luz tubular. Logo, tais fármacos têm como função</p><p>impedir a reabsorção de Na+, gerando um diminuição no volume</p><p>plasmático, ainda, ocorre perda de K+ na urina. Sua indicação é</p><p>edema (edema pulmonar agudo), ICC, ascite, hipercalcemia,</p><p>hipercalemia.</p><p>Benzotiazidicos (hidroclorotiazida)</p><p>Atuam no túbulo distal, mais seguros, perdem menos</p><p>potássio. Os AINEs reduzem seu efeito. Bloqueiam a reabsorção de</p><p>Na+ agindo no transportador Na+ e Cl-</p><p>Diuréticos poupadores de K+</p><p>Antagonistas dos receptores de aldosterona. Inibem os</p><p>canais de sódio renal, agem no túbulo coletor, fazendo bloqueio direto</p><p>da absorção de Na+. Ex.: Espironolactona</p><p>Inibidores do ECA</p><p>A Angiotensina II é um mediador que promove a</p><p>sinalização nos receptores presentes nos vasos sanguíneos (α1,) e</p><p>pode desencadear uma vasoconstrição, o que pode desencadear um</p><p>aumento na PA (característico da hipertensão). Os receptores α1</p><p>podem gerar um aumento na secreção de aldosterona. A aldosterona,</p><p>irá diminuir a secreção de na+ e de água na circulação, fazendo com</p><p>que a pressão tenda a aumentar ainda mais. Os inibidores do ECA</p><p>irão atuar impedindo a conversão da angiotensina I em angiotensina</p><p>II. Sem a angiotensina II, não haverá a sinalização dos receptores α1</p><p>impedindo a vasoconstrição e a liberação da Aldosterona, e</p><p>consequentemente impedindo o aumento da PA.</p><p>Glicosídeos Digitálicos</p><p>Usados para ICC.</p><p>ICC => debito cardíaco inadequado para oferecer O2 e</p><p>nutrientes para o organismo.</p><p>Quando o organismo detecta essa falha no DC, ele irá tentar</p><p>aumenta-lo por meio de mecanismos compensatórios, como o</p><p>aumento do tônus cardíaco e pelo sistema</p><p>ReninaAngiotensinaAldosterona que ira fazer uma vasoconstrição,</p><p>em tentativa de aumentar a PA. Com isso, o coração terá que fazer</p><p>uma força de contratilidade muito maior, gerando hipertrofia. Os</p><p>problemas da ICC estão na pré-carga elevada, aumento da força de</p><p>contração do coração, pós carga elevada, e alongo prazo, o coração</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>15</p><p>perde a capacidade de contração (pela exaustão). Os fármacos</p><p>inibidores do ECA, irão atuar nesses mecanismos.</p><p>Digitálicos – digoxina</p><p>O mecanismo de ação da digoxina é por meio da inibição</p><p>bomba de Na+/K+ nas fibras cardíacas, com intuito de aumentar a</p><p>contração cardíaca.</p><p>Piomobendan</p><p>Inotrópico + (?)</p><p>Vasodilatador</p><p>Utilizado em ICC secundaria a endocardites e</p><p>cardiomiopatias.</p><p>Seu mecanismo de ação é pela sensibilização da miofibrila</p><p>ao Ca2+</p><p>Reduz a pós carga, deve ser usado em associações</p><p>Fármacos simpatomiméticos</p><p>SNA Simpático:</p><p>Fibra pré-ganglionar e fibra pós-ganglionar. OS fármacos</p><p>simpatomiméticos atuam principalmente na sinapse efetora, junção</p><p>do neurônio pós ganglionar e órgão efetor. O principal</p><p>neurotransmissor simpático é a noradrenalina, atuando nos</p><p>receptores adrenérgicos (α1, α2, β1, β2, β3). A adrenalina é um</p><p>hormônio, uma catecolamina endógena, distribuída pela corrente</p><p>sanguínea produzida nas células.</p><p>Fármacos α1, seletivos => principal efeito vasoconstrição.</p><p>Nos vasos, o principal receptor do SNA é o α1. Quando ocorre</p><p>vasoconstrição, teremos um aumento da resistência vascular</p><p>periférica, e consequentemente um aumento da PA. Usado em casos</p><p>de:</p><p>• Hipotensão;</p><p>• Coque hipovolêmico;</p><p>Fármacos α2 seletivos => Os fármacos agem no SNC</p><p>ativando os receptores (α2 que são receptores inibitórios, e com isso,</p><p>irão diminuir a resposta simpática, gerando uma diminuição da PA.</p><p>Ex.: Clonidina</p><p>Fármacos β1 seletivos => Os receptores β1 estão presentes</p><p>apenas no coração, sendo assim, tais fármacos irão aumentar a</p><p>frequência de disparo do nodo sinoatrial, aumento com isso a força</p><p>de contração. Ex.: Dobutamina</p><p>Fármacos β2 seletivos => Os receptores β2 estão presentes</p><p>em diversos lugares do organismo, na maior parte dos tecidos.</p><p>• Vasos do musculo esquelético</p><p>o Vasodilatação, diminuição da</p><p>resistência periférica arterial,</p><p>diminuição da PA, gerando taquicardia</p><p>reflexa.</p><p>• Bronquíolos</p><p>o Broncodilatação => asma brônquica</p><p>• Útero</p><p>o Aumentam tônus do útero não</p><p>gravídico</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>16</p><p>Alergopatias e alterações tegumentares</p><p>Imagem 1: escala de avaliação do prurido ZOETIS</p><p>A terapêutica para pacientes alérgicos é individualizada,</p><p>cada paciente apresenta um tipo de resposta diferente.</p><p>Uma das maiores dificuldades em dermatologia é fazer o</p><p>tutor entendes que o tratamento é para toda vida, considerando que</p><p>muitas vezes são condições alérgicas que o paciente enfrenta, não</p><p>existido cura para tais.</p><p>Sinais clínicos de Alergopatias => eritemas (manchas</p><p>avermelhadas</p><p>na pele), alopecia, prurido, lambedura de patas. Em</p><p>gatos se roçar nas coisas, lambedura excessivas.</p><p>As zonas mais atingidas variam de acordo com a espécie. E</p><p>as causas também, em equinos e bovinos, as alergias mais relatadas</p><p>são aquelas relacionadas a alimentação e a picada de insetos.</p><p>Padrão de avaliação de prurido=> avaliado de 0 a 10, sendo</p><p>necessário reavaliar a cada consulta, e acompanhamento, ou pelo</p><p>próprio tutor. (Imagem 1).</p><p>O diagnóstico das alergopatias é feito por meio de exclusão</p><p>de outras causas.</p><p>Terapêutica das alergopatias</p><p>A terapêutica das alergopatias é composta por uma</p><p>abordagem combinada, realizando o controle da exposição do animal</p><p>aos alérgenos, o uso de coleiras repelentes, controle de ecto e</p><p>endoparasitas, controle da alimentação., e controle da</p><p>sintomatologia.</p><p>Hipersensibilizarão do agente => Tem como intuito</p><p>identificar quais são os componentes que geram resposta alérgica no</p><p>paciente, e após isso formular uma “vacina”, que irá conter baixas</p><p>dosagens desse alérgeno, para fazer a aplicação em diversas doses,</p><p>com intervalos de tempo, a cada dose a quantidade de alérgenos é</p><p>aumentada aos poucos. Nem sempre funciona, apresenta um alto</p><p>custo, tanto do teste, quanto as aplicações.</p><p>Abordagem terapêutica associada</p><p>• Anti-histaminas</p><p>• Anti-inflamatórios esteroidais</p><p>• Antimicrobianos</p><p>• Antifúngicos</p><p>• Alimentação</p><p>• Controle do ambiente</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>17</p><p>• Anticorpos monoclonais =></p><p>• Cyclavance =></p><p>Anti-histamínicos => utilizados para o controle de prurido.</p><p>Seu mecanismo de ação ocorre por meio da competição com os</p><p>receptores de histamina, pois possuem uma estrutura química</p><p>semelhante à da histamina, com uma molécula central formada por</p><p>etilamina. Cortam apenas a ação das histaminas. Deve ser utilizado</p><p>em processos iniciais. Em caso de prurido exacerbado e lesões abertas</p><p>NÃO deve ser utilizado (dando preferencia para os Glicocorticoides</p><p>nesses casos).</p><p>Preferenciais para pele:</p><p>Grupo 1 => causam sonolência</p><p>• Dramin => controle do prurido e boa noite de</p><p>sono (pro tutor e pro paciente)</p><p>• Alergovet</p><p>Grupos mais modernos => não causam sonolência</p><p>• Fenergan</p><p>• Loratadina e terfenadina => menos afeitos</p><p>adversos, mais seguras</p><p>AINES=> não tem efeito para controle do prurido, reações</p><p>alérgicas, usar só quando o paciente tem dor.</p><p>Corticosteroides => Fármacos mais prescritos para controle</p><p>do prurido, super funcionais, grande eficácia. Usar com a menor dose</p><p>possível que faça o controle. Uso da dose de indução, passar para a</p><p>dose de manutenção antes de parar com a medicação, e a terapia de</p><p>dias alternados, antes de retirar. Uso de corticoides de ação media.</p><p>Dose inicial => 0,5 a 1 mg/kg, se não funcionar 2mg/kg.</p><p>• Prednisona</p><p>• Prednisolona</p><p>• Corti-dural em gatos, uso IM</p><p>• Cortavance => corticoide de uso tópico, com molécula</p><p>grande, que não passa a barreira da pele, não sendo</p><p>absorvido pelo sistema. Pomada ou spray.</p><p>• Deflazacorte => Derivado de corticoide tentativa de</p><p>substituição dos corticoides clássicos, com menos efeitos</p><p>adversos. No momento apenas manipulado, alguns</p><p>pacientes não respondem bem ao tratamento.</p><p>Ácidos Graxos essências => Não possuem efeitos adversos</p><p>importantes, porém, leva grande tempo para fazer efeito, e seu custo</p><p>é elevado. Ômega-3 e Ômega-6. Muita atenção a concentração desses</p><p>componentes dentro dos poli vitamínicos, algumas vezes a</p><p>concentração é muito baixa. Presente em algumas marcas de ração.</p><p>Seu funcionamento é por meio da modificação do padrão de resposta</p><p>inflamatórias, modificando as prostaglandinas a fim de que causem</p><p>menos resposta pruriginosa. Leva em torno de 3meses para fazer</p><p>efeito, uso continuo.</p><p>Rações hipoalérgenicas => sua proteína é hidrolisada, sendo tão</p><p>pequenas, que não induz resposta imune, sendo assim, não causa a</p><p>reação alérgica em si.</p><p>Antibioticoterapia especifica => Usar apenas quando a clinica do</p><p>paciente necessitar, ATENÇÃO citológico positivo não indica</p><p>obrigatoriedade do uso de antibióticos. Uso prolongado, em torno de</p><p>14-21 dias para infecções superficiais, 30-60d para infecções crônicas.</p><p>Os mais indicados são:</p><p>• Amoxicilina + clavulanato;</p><p>• Cefalexina;</p><p>• Sulfa+trimetropin;</p><p>• Clindamicina;</p><p>• Enrofloxacina.</p><p>Antibioticoterapia inespecífica => Antibióticos de uso tópico por</p><p>meio de shampoo, são mais eficientes e mais indicadas.</p><p>Terapia tópica => shampoos, hidratantes, emulientes... Usado</p><p>com o intuito de reconstruir a barreira cutânea. => temperatura de</p><p>morna a gelada = menos estimulação da inflamação => Crises muitos</p><p>banhos!!</p><p>Exemplos de terapia tópica:</p><p>• Medicamentosa</p><p>o Shampoo a base de clorexidina</p><p>Thais Feijó Gomes - 2022</p><p>18</p><p>o Shampoo a base de enxofre</p><p>(descamação e oleosidade excessiva)</p><p>• Alivio da prurido</p><p>o Episioothe Virbac</p><p>• Reconstrução de barreira cutânea (hidratação)</p><p>o Allermin glico (shampoo Virbac)</p><p>o Soft Care</p><p>o Allerderm (pipeta virbac)</p><p>o Dermocalm (ibasa)</p><p>Controle ectoparasitas</p><p>Cyclavance => É uma ciclosporina, são fármacos citotóxicos, age</p><p>diminuindo a formação de linfócitos T helper. O que</p><p>consequentemente vai diminuir a produção de histamina, e</p><p>consequentemente o processo de prurido. Apresenta vários efeitos</p><p>adversos, porem é melhor que o isso continuo de corticosteroides.</p><p>Oclacitinib / Apoquel => Neutraliza as enzimas do grupo</p><p>JAK 1, diminuindo a ativação das interleucinas (IL-31)do prurido,</p><p>fazendo com que o paciente não coce. VER VIDEOZINHO</p><p>Cytopoint => funciona se ligando diretamente na</p><p>interleucina IL-31. Sendo o mais seguro dentre eles. ATIRADOR DE</p><p>ELITE.</p><p>Tratamento sistêmico do atópico</p><p>Controle prurido Barreira cutânea Cura?</p><p>Corticosteroides Banhos</p><p>Imunoterapia</p><p>Trata infecção 2º Sprays</p><p>Ciclosporina</p><p>(ciclavance)</p><p>Ácidos graxos</p><p>Oclatinib (apoquel) Dietas</p><p>Cytopoint Associações</p>