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<p>24/03/2023</p><p>1</p><p>CEPROAL</p><p>CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS</p><p>CURSO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM</p><p>ASSISTÊNCIA A CLIENTES/PACIENTES EM ESTADO GRAVE</p><p>ENTENDENDO A ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO</p><p>Enf. Ademir Ferreira Júnior</p><p>COREN-AL-682.131-ENF</p><p>Especialista em Docência do Ensino Superior</p><p>Pós-graduando em Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica</p><p>Pós-graduando em Enfermagem do Trabalho</p><p>você sabe como iniciou a assistência</p><p>de saúde ao paciente crítico?</p><p>1</p><p>2</p><p>24/03/2023</p><p>2</p><p>ENFERMEIRA</p><p>FLORENCE</p><p>NIGHTINGALE</p><p>CRIOU UM AMBIENTE COM</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES</p><p>BREVE HISTÓRICO</p><p>Na década de 1920, nos Estados Unidos, a literatura registra a primeira Unidade de Tratamento</p><p>Intensivo, de cuidados pós-operatórios neurocirúrgicos.</p><p>Nos anos de 1950, as cirurgias cardíacas, determinaram a instalação de unidades de cuidados</p><p>pós-cirúrgicos cardíacos, com novas tecnologias de monitorização.</p><p>Ainda na década de 50, com a epidemia de poliomielite veio a necessidade de assistência</p><p>ventilatória e a incorporação de ambientes especiais nos hospitais, com recursos humanos</p><p>especializados.</p><p>Surgiu ainda, em 1960, as entidades clínica especializadas, trauma, cardiologia, neurologia entre</p><p>outras.</p><p>No Brasil, apenas em 1970 foram implantadas as Unidades de Terapia intensiva.</p><p>3</p><p>4</p><p>24/03/2023</p><p>3</p><p>O QUE É UM</p><p>PACIENTE CRÍTICO?</p><p>Art 2° § 1º Paciente crítico/grave é</p><p>aquele que se encontra em risco</p><p>iminente de perder a vida ou</p><p>função de órgão/sistema do corpo</p><p>humano, bem como aquele em</p><p>frágil condição clínica decorrente</p><p>de trauma ou outras condições</p><p>relacionadas a processos que</p><p>requeiram cuidado imediato</p><p>clínico, cirúrgico, gineco-obstétrico</p><p>ou em saúde mental.</p><p>PORTARIA MS/GM Nº 2.338, DE 3 DE OUTUBRO DE 2011</p><p>SITUAÇÕES GRAVES</p><p>Parada cardiorrespiratória: não-responsivo, ausência de pulso, ausência de respiração,</p><p>dados vitais ausentes/instáveis.</p><p>Trauma: lesão grave, trauma craniano, queimadura extensa, comprometimento da coluna</p><p>vertebral, ferimento extenso, amputação, fratura com deformidade, fratura exposta, fratura com</p><p>sangramento, fratura de bacia, relato de perda da consciência.</p><p>Alteração mental: agitação, letargia, confusão, paralisia, sonolência, febre, história de uso de</p><p>drogas.</p><p>Coma/convulsão: irresponsividade, convulsão em atividade ou pós crise.</p><p>5</p><p>6</p><p>24/03/2023</p><p>4</p><p>SITUAÇÕES GRAVES</p><p>Insuficiência respiratória: fala interrompida, fadiga muscular, uso de musculatura acessória,</p><p>obstrução de via aérea, tosse intensa.</p><p>Dor torácica: em peso, opressão, queimação, aperto, facada ou desconforto; associada a</p><p>sudorese, náusea, falta de ar; irradiando para pescoço, mandíbula, braço, dorso; diabético;</p><p>história de infarto;</p><p>Intoxicação exógena ou tentativa de suicídio: ingestão de substâncias;</p><p>Reação alérgica: falta de ar, edema de glote, alteração mental, convulsão, tosse, vômito, dor</p><p>abdominal intensa.</p><p>SITUAÇÕES GRAVES</p><p>Paralisia: alteração neurológica</p><p>Sinais de infecção grave: alteração mental, febre, hipotensão.</p><p>Cefaleia: intensa, súbita, rigidez na nuca, náusea ou vômito, alteração mental, paresia ou</p><p>afasia.</p><p>Queimadura: extensa, na face, profunda ou queimadura elétrica.</p><p>7</p><p>8</p><p>24/03/2023</p><p>5</p><p>SITUAÇÕES GRAVES</p><p>Dor abdominal: intensa, com alteração dos sinais vitais; com náusea, vômito ou sudorese;</p><p>com sangramento vaginal.</p><p>Hemorragia: hematêmese, melena, hemoptise, epistaxe.</p><p>Doenças psiquiátricas: grave alteração comportamental, risco imediato para si ou para</p><p>outrem, agitação extrema, necessidade de contenção, paciente inconsciente; abstinência de</p><p>álcool ou outras drogas.</p><p>História de diabetes: perda da consciência, confusão mental, convulsão, cefaleia intensa,</p><p>náusea/êmese, sudorese</p><p>URGÊNCIA X EMERGÊNCIA</p><p> Ocorrência imprevista de agravo a saúde</p><p>com ou sem risco potencial a vida, cujo</p><p>portador necessita de assistência médica</p><p>imediata.</p><p> Constatação médica de condições de</p><p>agravo a saúde que impliquem</p><p>sofrimento intenso ou risco iminente</p><p>de morte, exigindo portanto, tratamento</p><p>médico imediato.</p><p>9</p><p>10</p><p>24/03/2023</p><p>6</p><p>URGÊNCIA</p><p>Dor torácica sem complicações respiratórias.</p><p>Alguns tipos de queimadura.</p><p>Fraturas sem sinais de choques ou outras lesões</p><p>mais sérias.</p><p>Vômito e diarreia.</p><p>Sangramentos e ferimentos leves e moderados.</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>Parada cardiorrespiratória (PCR).</p><p>Dor torácica acompanhada de desconforto respiratório.</p><p>Politraumatismo em geral.</p><p>Hemorragias de alta intensidade.</p><p>Queimaduras extensas.</p><p>Perda do nível de consciência.</p><p>Intoxicações em geral.</p><p>Ferimento por arma de fogo (FAF).</p><p>Ferimento por arma branca (FAB).</p><p>Estados de choque.</p><p>Estado febril com temperatura corporal superior a 40 °C.</p><p>Gestações em curso com complicações.</p><p>DIRETRIZES</p><p>11</p><p>12</p><p>24/03/2023</p><p>7</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE RISCO</p><p> A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que</p><p>necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou</p><p>grau de sofrimento, corresponde a priorização do atendimento em serviços e situações de</p><p>urgência/emergência como um processo complexo, que demanda competência técnica e</p><p>científica em sua execução.</p><p> É uma atividade PRIVATIVA DO ENFERMEIRO!</p><p>13</p><p>14</p><p>24/03/2023</p><p>8</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES (PROTOCOLO DE</p><p>MANCHESTER)</p><p>Classificação Vermelho (EMERGÊNCIA)</p><p>• Atendimento nas salas de emergência, bloco de emergência, sala vermelha;</p><p>• São pacientes com risco iminente de morte necessitando de atendimento médico imediato;</p><p>• Tempo de atendimento alvo: imediato;</p><p>• Exemplo: parada cardiorrespiratória.</p><p>Classificação Laranja (MUITO URGENTE)</p><p>• Atendimento em consultório médico se condições e/ou sala de emergência, se necessário;</p><p>• São pacientes com potencial risco de agravo necessitando de atendimento médico e</p><p>assistência de enfermagem contínua;</p><p>• Tempo de atendimento alvo: 10 minutos;</p><p>• Exemplo: alteração do estado de consciência; Precordialgia.</p><p>Classificação Amarelo (URGENTE)</p><p>• São pacientes que necessitam de atendimento médico mediato podendo ser _________</p><p>atendidos nos consultórios médicos do pronto atendimento por ordem de chegada;</p><p>• Tempo de atendimento alvo: 60 minutos;</p><p>• Exemplo: cefaleia intensa.</p><p>Classificação Verde (POUCO URGENTE)</p><p>• Por definição, são pacientes com baixo risco de agravo e serão atendidos por ordem de</p><p>chegada ou serem encaminhados para outras unidades;</p><p>• Tempo de atendimento alvo: 120 minutos;</p><p>• Exemplo: êmese ou diarreia sem sinais de desidratação.</p><p>Classificação Azul (NÃO URGENTE)</p><p>• Sem risco imediato de agravo à saúde.</p><p>• Tempo de atendimento alvo: 240 minutos;</p><p>• Exemplo: troca de curativo, escoriações.</p><p>15</p><p>16</p><p>24/03/2023</p><p>9</p><p>Em quais estabelecimentos de saúde</p><p>atuamos em urgência e emergência?</p><p>REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS</p><p>17</p><p>18</p><p>24/03/2023</p><p>10</p><p>PACIENTE CRÍTICO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR</p><p> O conhecimento pré-hospitalar bem aplicado em um paciente diminui</p><p>a mortalidade – desde sua extração, identificação rápida e</p><p>tratamento de lesões com risco de vida, como a perda de vias aéreas</p><p>até procedimentos de transporte seguro – o que poderia ser</p><p>considerado como uma continuidade de melhores práticas de</p><p>cuidado contínuo.</p><p>XABCDE</p><p> Pacientes que sangram ou respiram inadequadamente têm um tempo limitado antes que sua condição</p><p>resulte em incapacidade grave ou se torne fatal.</p><p> Os prestadores de cuidados pré-hospitalares devem possuir e aplicar habilidades de pensamento crítico para</p><p>tomar decisões que melhorem a sobrevida da pessoa traumatizada.</p><p> O "X" colocado antes do tradicional "ABCDE" descreve a necessidade de atender imediatamente ao</p><p>sangramento após estabelecer a segurança no local e antes de embarcar nas vias aéreas.</p><p> O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define</p><p>prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida</p><p>e fácil de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma.</p><p> Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário atentar-se a itens</p><p>essenciais</p><p>para salvaguardar a vida da equipe, como: uso de EPI’s, avaliação da segurança da cena</p><p>segura, sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).</p><p>19</p><p>20</p><p>24/03/2023</p><p>11</p><p>AVALIAÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Hemorragia</p><p>exsanguinan</p><p>te (controle</p><p>de</p><p>hemorragias</p><p>graves)</p><p>Manter as</p><p>vias aéreas</p><p>pérvias e a</p><p>estabilização</p><p>da coluna</p><p>cervical</p><p>Boa</p><p>respiração e</p><p>ventilação</p><p>Verificação</p><p>do pulso e</p><p>controle de</p><p>pequenas</p><p>hemorragias</p><p>Avaliação da</p><p>disfunção</p><p>neurológica</p><p>pela Escala</p><p>de Coma de</p><p>Glasgow,</p><p>A.V.D.I.</p><p>Exposição e</p><p>ambiente,</p><p>prevenção</p><p>de</p><p>hipotermia.</p><p>AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA</p><p>Sintomas?</p><p>Principal</p><p>queixa?</p><p>Tem</p><p>alergias?</p><p>Problema ou</p><p>doença</p><p>atual?</p><p>Medicament</p><p>os e/ou</p><p>tratamentos</p><p>em uso?</p><p>Passado</p><p>médico –</p><p>Problemas</p><p>de saúde ou</p><p>doença</p><p>atual?</p><p>Ingeriu</p><p>líquidos ou</p><p>alimentos?</p><p>Qual foi a</p><p>última</p><p>refeição?</p><p>Ambiente do</p><p>evento?</p><p>21</p><p>22</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3: enfermeira Florence Nightingale</p><p>Slide 4: Breve histórico</p><p>Slide 5: O que é um paciente crítico?</p><p>Slide 6: Situações graves</p><p>Slide 7: Situações graves</p><p>Slide 8: Situações graves</p><p>Slide 9: Situações graves</p><p>Slide 10: Urgência x emergência</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12: diretrizes</p><p>Slide 13: Classificação de risco</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15: CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES (protocolo de manchester)</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18: Rede de Atenção às Urgências e Emergências</p><p>Slide 19: Paciente crítico no atendimento pré-hospitalar</p><p>Slide 20: XABCDE</p><p>Slide 21: AVALIAÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Slide 22: AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA</p>