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<p>GERENCIAL I</p><p>DA ASSISTÊNCIA</p><p>TÉCNICA E GERENCIAL</p><p>©2021. FATECNA - Faculdade CNA a Distância</p><p>Todos os direitos reservados.</p><p>A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,</p><p>constitui violação dos direitos autorais (Lei Nº 9.610).</p><p>Fotos</p><p>Banco de imagens do SENAR</p><p>Getty Images</p><p>Shutterstock</p><p>Informações e Contato</p><p>SBN – Quadra 1, Bloco F. Edifício Palácio da Agricultura – 1º e 2º andar</p><p>Asa Norte - Brasília – CEP 70.040-908</p><p>Telefone: (061) 3878-9500</p><p>Site: www.faculdadecna.com.br/ead/</p><p>Presidente do Conselho Deliberativo</p><p>João Martins da Silva Júnior</p><p>Entidades integrantes do Conselho Deliberativo</p><p>Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA</p><p>Confederação dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego - MTE</p><p>Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA</p><p>Ministério da Educação - MEC</p><p>Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB</p><p>Agroindústrias / indicação da Confederação Nacional da Indústria - CNI</p><p>Diretor Geral</p><p>Daniel Klüppel Carrara</p><p>Coordenação de Assistência Técnica e Gerencial</p><p>Matheus Ferreira Pinto da Silva</p><p>Gerencial I da Assistência</p><p>Técnica e Gerencial</p><p>Módulo 2</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 4</p><p>Sumário</p><p>Introdução do módulo ............................................................................................................... 6</p><p>Tema 1: O agronegócio ............................................................................................................10</p><p>Introdução ..............................................................................................................................10</p><p>Tópico 1: Introdução ao agronegócio................................................................................12</p><p>Tópico 2: Cadeias produtivas ..............................................................................................20</p><p>Tópico 3: Teoria geral de custos .........................................................................................31</p><p>Tópico 4: Economia de escala .............................................................................................41</p><p>Tópico 5: Elasticidade de preços ........................................................................................48</p><p>Encerramento do tema ........................................................................................................54</p><p>Atividade de Passagem ........................................................................................................56</p><p>Tema 2: Introdução ao gerenciamento ...............................................................................57</p><p>Introdução ..............................................................................................................................57</p><p>Tópico 1: Conceitos administrativos ..................................................................................59</p><p>Tópico 2: Gestão e gerenciamento da propriedade rural ..............................................67</p><p>Tópico 3: Características peculiares em uma empresa rural .........................................74</p><p>Tópico 4: Fatores que interferem na gestão de uma empresa rural ............................82</p><p>Tópico 5: Aplicação do gerenciamento em uma empresa rural....................................89</p><p>Encerramento do tema ........................................................................................................96</p><p>Atividade de Passagem ........................................................................................................98</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 5</p><p>Tema 3: Renda bruta da atividade ........................................................................................99</p><p>Introdução ..............................................................................................................................99</p><p>Tópico 1: Componentes da renda ....................................................................................101</p><p>Tópico 2: Critérios de definição de custos entre as atividades ...................................109</p><p>Tópico 3: Cálculo da renda bruta ......................................................................................115</p><p>Tópico 4: Peculiaridades no cálculo da renda bruta ......................................................121</p><p>Tópico 5: Aplicação do cálculo da renda bruta ..............................................................127</p><p>Encerramento do tema ......................................................................................................135</p><p>Atividade de Passagem ......................................................................................................137</p><p>Encerramento do módulo .................................................................................................... 138</p><p>Final de etapa ......................................................................................................................... 140</p><p>Gabarito das questões ......................................................................................................... 143</p><p>Referências .............................................................................................................................. 146</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 6</p><p>Introdução do módulo</p><p>Bem-vindo! Você está iniciando o módulo Assistência técnica e as propriedades</p><p>rurais. Observe no infográfico a sua posição no curso e atente-se ao seu</p><p>progresso!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da</p><p>Assistência</p><p>Técnica e</p><p>Gerencial</p><p>Reconhecer os</p><p>conceitos gerenciais</p><p>da Metodologia de</p><p>Assistência Técnica</p><p>e Gerencial.</p><p>Você está aqui!</p><p>Início da</p><p>jornada Final da</p><p>jornada</p><p>Módulo 1</p><p>Metodologia da</p><p>Assistência Técnica</p><p>e Gerencial</p><p>Aprimorar conhecimentos</p><p>metodológicos para o</p><p>desempenho necessário</p><p>de ações de assistência</p><p>técnica, destacando as</p><p>competências requeridas</p><p>ao exercício da atividade.</p><p>Módulo 4</p><p>Gerencial III</p><p>da Assistência</p><p>Técnica e</p><p>Gerencial</p><p>Calcular e</p><p>interpretar</p><p>indicadores técnicos</p><p>e econômicos nas</p><p>principais cadeias</p><p>produtivas da</p><p>pecuária ou da</p><p>agricultura.Módulo 3</p><p>Gerencial II</p><p>da Assistência</p><p>Técnica e</p><p>Gerencial</p><p>Contextualizar os</p><p>conceitos gerenciais</p><p>da Metodologia de</p><p>Assistência Técnica</p><p>e Gerencial.</p><p>Módulo 5</p><p>Planejamento</p><p>da Propriedade</p><p>Rural</p><p>Definir em</p><p>que consiste o</p><p>planejamento</p><p>estratégico da</p><p>propriedade rural</p><p>assistida pela</p><p>Metodologia de</p><p>ATeG, facilitando</p><p>sua compreensão e</p><p>aplicabilidade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 7</p><p>Na prática, este módulo tem o objetivo de apresentar a você, os conceitos</p><p>gerenciais da Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial, deixando</p><p>claro o diferencial da metodologia, que focaliza o trabalho e não fica apenas</p><p>na transferência de conhecimentos técnicos, mas também traz informações</p><p>administrativas e gerenciais.</p><p>Para isso, o módulo foi dividido em três temas:</p><p>Tema 1</p><p>O Agronegócio</p><p>Tema 2</p><p>Introdução ao</p><p>Gerenciamento</p><p>Tema 3</p><p>Renda Bruta</p><p>da Atividade</p><p>Nossa expectativa é que, ao final do módulo, você entenda os conceitos</p><p>referentes à teoria geral de custos e aos efeitos da economia de escala</p><p>no custo unitário de um produto, as dinâmicas de mercado e o reflexo</p><p>das demandas e ofertas sobre o preço de um produto. Esperamos também</p><p>que você fique familiarizado com conceitos importantes para o entendimento do</p><p>gerenciamento do meio rural e sua correlação com a gestão de uma empresa</p><p>rural, identificando suas peculiaridades.</p><p>Tudo isso para que você possa se tornar um autêntico educador agente de</p><p>transformações no campo, capaz de:</p><p>• identificar os fatores de produção em uma propriedade rural que compõem a</p><p>renda da atividade,</p><p>• definir a alocação de custos da atividade de acordo com os critérios indicados</p><p>na metodologia de ATeG,</p><p>• calcular a renda bruta identificando os cenários de normalidade e de subatividade,</p><p>• identificar o momento de usar a variação de inventário para correção de eventuais</p><p>anomalias</p><p>• ajustar o presente,</p><p>• projetar o futuro,</p><p>• equacionar os ambientes internos e</p><p>externos do negócio.</p><p>Nesse sentido, é fundamental identificar:</p><p>• as potencialidades e os limites da</p><p>infraestrutura local,</p><p>• os agentes com ação de interferência</p><p>na produção agropecuária e como</p><p>eles agem,</p><p>• a tendência de evolução da região</p><p>onde a propriedade está situada.</p><p>Para que o produtor acompanhe as mudanças frequentes na economia mundial, a</p><p>eficiência tecnológica e a gestão das atividades agrícolas são fundamentais.</p><p>É preciso que ele:</p><p>Produza com base em</p><p>modelos de produção</p><p>economicamente viáveis,</p><p>ambientalmente corretos</p><p>e socialmente justos.</p><p>Conheça os ambientes</p><p>internos e externos da</p><p>propriedade e o “antes” e</p><p>o “depois” da produção.</p><p>Gestão e Planejamento</p><p>A agricultura e a pecuária são influenciadas por diversos fatores, internos</p><p>e externos. Acompanhar constantemente as oportunidades e as ameaças do</p><p>meio externo é um fator-chave para a definição das melhores estratégias.</p><p>Dessa forma, é criado um planejamento correto para o controle das forças</p><p>e fraquezas da empresa, sendo definidas as melhores estratégias.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 62</p><p>A gestão de propriedades rurais tem por objetivo permitir que o produtor dirija</p><p>sua propriedade otimizando o uso dos recursos físicos, naturais e econômicos</p><p>e adote medidas e decisões assertivas com base na sua realidade.</p><p>O processo de gestão das propriedades</p><p>rurais implica em:</p><p>• Planejamento.</p><p>• Construção de metas.</p><p>• Administração dos processos produtivos com</p><p>base no conhecimento do ambiente externo,</p><p>inclusive antes e depois da produção.</p><p>A gestão não se refere somente à ação, mas também à tomada de decisões</p><p>corretas compreendendo todos os elementos relevantes para que ela seja</p><p>a melhor possível naquele contexto. Dessa forma, o processo de gestão da</p><p>propriedade rural se torna mais eficiente, com decisões assertivas sobre</p><p>o que, quando e como produzir, além da avaliação dos resultados obtidos.</p><p>Pare para pensar</p><p>Considerando o que foi visto até aqui, pense: você acredita</p><p>que é necessária uma mudança de comportamento e de</p><p>postura do produtor em relação à administração de sua</p><p>propriedade durante a transição de “propriedade rural”</p><p>para “empresa rural”?</p><p>Escreva sua opinião aqui e a reveja, depois de obter mais</p><p>informações sobre esse assunto!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 63</p><p>Gerenciamento</p><p>O gerenciamento é a execução da administração na rotina de um negócio.</p><p>O gerente atua de forma setorizada em nível operacional, conduzindo a interação</p><p>entre as pessoas, os processos e os ambientes internos e externos ao negócio.</p><p>Também é possível dizer que:</p><p>O gerenciamento consiste na utilização das técnicas de gestão</p><p>direcionadas ao uso do tempo e às atividades adequadas a uma</p><p>administração assertiva.</p><p>O processo de gerenciamento é cíclico: inicia com a coleta de dados transformados</p><p>em indicadores que medem o esforço e os resultados. Posteriormente, os</p><p>indicadores devem ser analisados e interpretados, pois serão a base para a</p><p>tomada de decisões mais assertivas. Observe o ciclo!</p><p>Coleta de dados</p><p>Indicadores de</p><p>esforço e resultado</p><p>Desisões assertivas</p><p>Análise e</p><p>interpretação</p><p>2</p><p>3</p><p>1</p><p>4</p><p>Todas as decisões tomadas na empresa devem ser monitoradas, o que dá início</p><p>a um novo ciclo do gerenciamento.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 64</p><p>Podemos dizer que esse processo é contínuo, pois ao longo do tempo o</p><p>ambiente em que a empresa está inserida muda e as próprias características</p><p>peculiares do meio rural fazem com que cada ciclo de produção seja único.</p><p>Entenda melhor com o exemplo a seguir!</p><p>Na prática</p><p>Um produtor de mamão possui um manejo refinado,</p><p>com um excelente controle fitossanitário. Mesmo assim,</p><p>recentemente, teve sua propriedade atacada por uma</p><p>nova praga.</p><p>O ataque da praga agrícola provocou a perda de 100% da</p><p>plantação. O produtor já tinha visto notícias sobre essa</p><p>nova praga pela televisão e ouvido relatos em propriedades</p><p>vizinhas, porém não acreditou que isso chegaria até ele.</p><p>Logo, é possível concluir que o que deu certo em anos</p><p>anteriores não necessariamente dará certo neste ano.</p><p>Sistemas de produção</p><p>O sistema de produção é composto por um conjunto de atividades e operações</p><p>relacionadas a produção. Ou seja, é um conjunto de elementos interligados,</p><p>que trabalham juntos em direção a um propósito comum, e é essa integração</p><p>que vai determinar o resultado de todo o sistema:</p><p>Os sistemas podem ser classificados de acordo com o nível de tecnologia</p><p>utilizada:</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 65</p><p>Sistema de produção com baixo nível</p><p>tecnológico (primitivo)</p><p>Baseado em práticas agrícolas que refletem</p><p>um baixo nível técnico-cultural. Praticamente</p><p>não há aplicação de capital para manejo,</p><p>melhoramento e conservação das condições</p><p>e dos fatores de produção.</p><p>As práticas agrícolas dependem fundamentalmente do trabalho braçal, podendo</p><p>ser utilizada alguma tração animal com implementos agrícolas simples.</p><p>Sistema de produção com médio nível</p><p>tecnológico (pouco desenvolvido)</p><p>Baseado em práticas agrícolas que refletem um</p><p>nível tecnológico médio. É caracterizada pela</p><p>aplicação modesta de capital e de resultados de</p><p>pesquisa para o aperfeiçoamento e a conservação</p><p>dos fatores de produção.</p><p>As práticas agrícolas neste nível tecnológico são observadas quando o produtor</p><p>utiliza, por exemplo, calagem, adubações com NPK, tratamentos fitossanitários</p><p>simples e mecanização com base na tração animal ou motorizada.</p><p>Sistema de produção com alto nível</p><p>tecnológico (desenvolvido)</p><p>Baseado em práticas agrícolas que refletem um alto</p><p>nível tecnológico. É caracterizado pela aplicação e</p><p>pelo uso intensivo de capital e de resultados de</p><p>pesquisa para manejo, melhoramento, conservação</p><p>e aprimoramento das técnicas de produção. É</p><p>possível observar os melhoramentos tecnológicos</p><p>em diferentes modalidades.</p><p>A agricultura de precisão aliada ao sistema de plantio direto consolidado e</p><p>ao uso de outras tecnologias de produção, como a irrigação, são fatores que</p><p>caracterizam o alto nível tecnológico empregado. Entre eles, a motomecanização</p><p>está presente nas diversas fases de operação agrícola.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 66</p><p>Assistência Técnica e Gerencial no meio rural</p><p>Antes de finalizar o tópico, vale destacar a importância da Assistência Técnica</p><p>e Gerencial no meio rural. Ela auxilia os produtores rurais:</p><p>• na identificação e na solução de problemas na gestão e na produção agropecuária;</p><p>• na definição de tecnologias para aperfeiçoar a utilização de recursos, aumentar</p><p>a produtividade e contribuir para a melhoria da qualidade de vida do homem</p><p>do campo.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste primeiro tópico, você:</p><p>Entendeu que a</p><p>origem do conceito</p><p>de gestão ocorreu no</p><p>decorrer do processo</p><p>de industrialização</p><p>econômica.</p><p>Conheceu os sistemas</p><p>de produção e a sua</p><p>relevância para o melhor</p><p>gerenciamento da</p><p>propriedade rural.</p><p>Conheceu as</p><p>funções do gestor</p><p>e a importancia do</p><p>planejamento neste</p><p>processo.</p><p>Compreendeu</p><p>o conceito de</p><p>gerenciamento e o</p><p>que o diferencia da</p><p>gestão.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 67</p><p>Tópico 2: Gestão e gerenciamento</p><p>da propriedade rural</p><p>Como unir os conceitos de gestão e gerenciamento em</p><p>uma propriedade rural?</p><p>Neste tópico, você verá como gerir a propriedade rural de forma</p><p>alinhada ao seu gerenciamento, conhecendo os recursos envolvidos,</p><p>identificando e resolvendo os maiores problemas.</p><p>Atualmente, a competitividade do mercado, por causa da globalização do setor,</p><p>da modernização tecnológica e das exigências do mercado consumidor, está</p><p>forçando o produtor a repensar suas estratégias, modernizar o processo</p><p>de produção e implantar o gerenciamento eficiente da propriedade rural.</p><p>Só dessa forma ele se manterá na atividade em médio e longo prazo.</p><p>Propriedades rurais tecnificadas e bem geridas, a</p><p>cada dia estão se especializando,</p><p>produzindo em grande escala e diluindo os custos, principalmente os fixos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 68</p><p>Você sabia?</p><p>Não são apenas os custos fixos que são diluídos com o</p><p>aumento da escala de produção — alguns custos variáveis</p><p>também.</p><p>Por exemplo: um funcionário (COE) é operador de</p><p>máquinas em uma propriedade que cultiva 40 hectares de</p><p>milho com uma produtividade de 120 sacas por hectare.</p><p>Porém, com a realização de análise de solo, correção e</p><p>fertilização seguindo as recomendações, passou a produzir</p><p>150 sacas por hectare.</p><p>Os custos desse e de outros componentes do COE sofrem</p><p>diluição.</p><p>Isso resulta em uma agropecuária competitiva no mercado nacional</p><p>e mundial. Determina que todo o setor agropecuário e agroindustrial</p><p>caminhe para a inserção competitiva nos mercados, com amplo uso de</p><p>tecnologias e modelos de gestão eficientes.</p><p>O tradicionalismo no meio rural causou reflexos diretos em sua estrutura</p><p>organizacional, que durante muitos anos foi caracterizada como uma gestão</p><p>patronal.</p><p>Isso significava pouca ou nenhuma</p><p>tecnologia, tornando os resultados</p><p>incertos e ainda mais dependentes</p><p>de variações climáticas, como</p><p>precipitação e umidade.</p><p>Essa gestão precária somada a</p><p>fatores culturais fez com que muitos</p><p>produtores, ao longo do tempo,</p><p>tivessem resultados econômicos</p><p>insuficientes, desestimulando a</p><p>atividade e comprometendo a</p><p>sucessão familiar.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 69</p><p>Junto com o gerenciamento rural, também surgiu a utilização sistemática das</p><p>ferramentas administrativas na rotina de uma atividade agropecuária. No</p><p>meio rural, o gestor/gerente/sócio/administrador, que muitas vezes é a mesma</p><p>pessoa, passou a se preparar para organizar os recursos e processos</p><p>produtivos, e a dispor de capacidade gerencial para encontrar alternativas</p><p>diante das alterações de mercado.</p><p>Qualquer tipo de empresa rural, familiar ou não, é composta por um conjunto</p><p>de recursos, conhecido como fatores de produção.</p><p>Agora, acesse o Ambiente de Estudos e assista ao</p><p>vídeo sobre as categorias dos fatores de produção.</p><p>Confira todo o processo para continuar seus estudos!</p><p>O processo de gestão da propriedade requer muita “habilidade com caneta</p><p>e calculadora” e demanda diversas anotações e análises para que se tome</p><p>decisões assertivas, que promovam a eficiência econômica do negócio.</p><p>Etapas da gestão</p><p>A gestão pode ser dividida em etapas, todas essenciais para o processo.</p><p>Conheça cada uma delas a seguir:</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>O primeiro passo é fazer registros sistemáticos para definir os controles a serem</p><p>realizados. Na implementação da gestão, é interessante que se comece pelo que é</p><p>básico, e que o refinamento dos controles aconteça com a maturidade do gestor.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 70</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>As informações registradas, técnicas e econômicas, permitem ao gestor produzir</p><p>indicadores para serem analisados. Ou seja, medidas que mostram se o negócio</p><p>segue no rumo previsto.</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>A definição e a avaliação dos indicadores permitem ao gestor identificar problemas</p><p>no seu negócio, como um desvio nos indicadores – resultados não esperados para</p><p>determinada medição.</p><p>Veja mais alguns exemplos de problemas mostrados pelos indicadores:</p><p>?</p><p>Pela tecnologia</p><p>aplicada, esperava-</p><p>se um rendimento no</p><p>milho de 150 sacos/</p><p>hectare plantado, mas a</p><p>produção obtida foi de</p><p>120 sacos/hectare.</p><p>O gestor planejou</p><p>comprometer até 35%</p><p>de seu faturamento com</p><p>fertilizantes, mas o real</p><p>foi de 52%.</p><p>O gestor esperava</p><p>um ganho de peso do</p><p>rebanho de corte de 600</p><p>g/dia, mas o resultado</p><p>obtido foi de 345 g/dia.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 71</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>Em uma propriedade rural, com todos os seus setores funcionando ao mesmo tempo,</p><p>diversos desvios de indicadores podem acontecer. Então, o que corrigir primeiro?</p><p>O fato é que, por limitação de recursos (financeiros, mão de obra, terra etc.), não se</p><p>consegue corrigir tudo de uma vez. Dessa forma, é necessário analisar os problemas</p><p>e priorizar as ações. De maneira geral, devemos nos preocupar primeiro com o que</p><p>mais impacta economicamente o negócio.</p><p>“Administrar nada mais é do que atender a necessidades ilimitadas com recursos escassos.”</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>Definidos o problema e a sua causa, o gestor monta um plano de ação para resolver</p><p>o desvio do indicador. Ou seja, organiza:</p><p>• o que precisa ser feito,</p><p>• quem é o responsável pela execução,</p><p>• como deve ser feita a correção,</p><p>• quanto deve ser investido nessa correção,</p><p>• quando deve ser feita a intervenção</p><p>• com qual frequência deve ser realizada essa intervenção.</p><p>O gestor deve sempre designar a equipe para a implementação do plano de ação</p><p>e selecionar as pessoas mais compatíveis com a proposta.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 72</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>O monitoramento é um ponto crítico do processo de gerenciamento nas empresas</p><p>rurais.</p><p>O gestor, ao tomar determinada decisão, não deve supor que o problema está</p><p>resolvido. Muitas vezes, o desafio está apenas começando. Dessa forma, o gestor</p><p>deve, periodicamente, voltar aos indicadores e identificar se eles seguem dentro</p><p>do esperado.</p><p>Cada atividade possui sua frequência de monitoramento, pois os ciclos produtivos são</p><p>muito diferentes. Por isso, é muito importante que o gestor tenha bem estruturado</p><p>seu programa de monitoramento e a frequência de análise muito bem definida.</p><p>Análise</p><p>das</p><p>informações</p><p>Registros</p><p>Plano</p><p>de ação</p><p>e execução</p><p>Monitoramento</p><p>Ação</p><p>corretiva e</p><p>padronização</p><p>de</p><p>problemas</p><p>Análise</p><p>dos</p><p>problemas</p><p>Como os desafios e os desvios estão sempre presentes, sempre será necessário um</p><p>novo ciclo de análise para correções mais assertivas.</p><p>Porém, quando a intervenção realizada no problema é dada como assertiva, ou seja,</p><p>a correção do indicador ocorreu efetivamente, é preciso padronizar essa intervenção.</p><p>A ação corretiva deve fazer parte dos processos de produção da empresa.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 73</p><p>Essas etapas serão mais aprofundadas nos demais módulos do curso.</p><p>Continue firme nos estudos para ver esses conceitos aplicados na</p><p>prática.</p><p>O processo cíclico do gerenciamento</p><p>O gerenciamento é um processo contínuo, mas o que deu certo no ciclo</p><p>produtivo ou safra anteriores pode não dar certo no atual! Isso ocorre porque</p><p>na agropecuária existem algumas características peculiares e efeitos adversos</p><p>que tornam cada ciclo produtivo único.</p><p>É sempre importante que o gestor monitore não apenas os resultados, mas</p><p>também todos os processos empregados no ciclo produtivo para que, ao final,</p><p>o resultado não decepcione.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste segundo tópico, você:</p><p>Conheceu a importância</p><p>da gestão e do</p><p>gerenciamento para</p><p>uma agropecuária</p><p>competitiva.</p><p>Entendeu quais são as</p><p>categorias dos fatores</p><p>de produção.</p><p>Compreendeu o processo</p><p>da gestão e suas etapas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 74</p><p>Tópico 3: Características peculiares</p><p>em uma empresa rural</p><p>Você sabe quantos</p><p>aspectos relativos ao seu negócio</p><p>devem ser observados durante uma gestão?</p><p>A partir de agora, você conhecerá vários fatores que podem</p><p>influenciar o seu gerenciamento e a sua gestão na propriedade</p><p>rural, além dos tipos de produção, riscos envolvidos e produtos</p><p>resultantes.</p><p>A gestão do agronegócio exige que o gestor esteja preparado para as</p><p>imprevisibilidades que fazem parte da realidade do setor. É preciso aprender</p><p>a reconhecer fatores que podem fazer toda a diferença para sua gestão</p><p>e gerenciamento. Veja quais fatores podem ser previstos e entendidos!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 75</p><p>Dependência do clima</p><p>É a característica peculiar mais citada pelos pesquisadores e muitas outras</p><p>dependem dela. O clima condiciona a maior parte das explorações agropecuárias</p><p>e influencia as decisões sobre a época de plantio, os tratos culturais, as</p><p>colheitas e a escolha de variedades e espécies vegetais e animais.</p><p>As condições climáticas interferem em:</p><p>Catástrofes naturais,</p><p>como geadas,</p><p>alagamentos, chuvas de</p><p>granizo ou ventos fortes.</p><p>Lixiviação do</p><p>solo (extração ou</p><p>solubilização dos</p><p>nutrientes do solo, que</p><p>são carreados pela</p><p>água para camadas</p><p>mais profundas do solo,</p><p>via infiltração, ou para</p><p>cursos de água).</p><p>Desempenho das plantas, pois as condições</p><p>podem afetar o consumo de alimentos, a</p><p>reprodução e outros aspectos.</p><p>Disponibilidade de água.</p><p>Questões sanitárias,</p><p>tanto na agricultura</p><p>quanto na pecuária,</p><p>pois condições</p><p>de excesso de</p><p>umidade favorecem</p><p>o aparecimento de</p><p>doenças fúngicas e</p><p>bacterianas – frio e</p><p>seca podem favorecer</p><p>doenças virais.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 76</p><p>Dependência de condições biológicas</p><p>Por mais que sejam aplicadas tecnologias</p><p>para a melhoria do desempenho dos animais</p><p>e vegetais, as condições biológicas estão</p><p>sempre presentes e são limitantes para o</p><p>processo produtivo agropecuário.</p><p>Mesmo em condições climáticas adequadas,</p><p>as pragas e doenças são uma constante na</p><p>produção agropecuária.</p><p>Na prática</p><p>Imagine uma situação em que os preços dos insumos,</p><p>comparados ao preço pago a uma caixa de tomate,</p><p>inviabilizem a atividade.</p><p>Não será possível “desligar” as plantas até que a atividade</p><p>volte a ser rentável, certo? As plantas precisam dos</p><p>insumos para sobreviver e produzir seus frutos.</p><p>Da mesma forma, sem os insumos necessários, as</p><p>condições fisiológicas farão com que se produzam menos</p><p>tomates por planta. Assim, não haverá como suplantar o</p><p>preço dos insumos com o da produção de tomate.</p><p>A terra como fator da produção</p><p>Na agropecuária, a terra é fator de produção. Por isso, é importante conhecer</p><p>bem a sua, pois em diversas situações o fator terra pode ser um limitante na</p><p>produção.</p><p>Analise as condições</p><p>químicas, físicas, biológicas</p><p>e topográficas.</p><p>Tome decisões racionais</p><p>para sua adequada</p><p>utilização.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 77</p><p>Veja um exemplo da importância da terra para a produção.</p><p>Na prática</p><p>Variedades de milho de alta tecnologia têm dificuldades de</p><p>expressar sua produtividade quando a condição de fertilidade</p><p>e estrutura do solo é limitada. Isso pode comprometer muito</p><p>o desempenho e a produtividade das plantas.</p><p>Dessa forma, é preciso primeiro conhecer a área (a terra)</p><p>para, só então, definir a melhor variedade a ser utilizada,</p><p>pois todo o processo se inicia pela análise de solo.</p><p>Tempo de produção maior do que o tempo</p><p>de trabalho</p><p>O processo produtivo agropecuário se desenvolve, em algumas de suas fases,</p><p>independentemente da existência do trabalho. Em outros setores da economia,</p><p>como na indústria, por exemplo, somente o trabalho modifica a produção.</p><p>É possível concluir que, na produção agropecuária, o tempo de produção não</p><p>é igual ao tempo de trabalho consumido para a obtenção do produto final:</p><p>Pense no exemplo na produção de soja:</p><p>...o</p><p>desenvolvimento</p><p>da semente</p><p>ocorre durante a</p><p>fase reprodutiva</p><p>da planta.</p><p>Independentemente</p><p>da presença de mão de</p><p>obra, do proprietário,</p><p>gerente ou operário na</p><p>propriedade…</p><p>...assim como a</p><p>planta continua</p><p>seu</p><p>desenvolvimento</p><p>vegetativo.</p><p>...as plantas</p><p>demandarão</p><p>luminosidade,</p><p>nutrientes e água</p><p>para viver e se</p><p>desenvolver.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 78</p><p>Trabalho disperso e ao ar livre</p><p>No setor agropecuário, normalmente não existe fluxo contínuo de produção</p><p>e uma tarefa pode também não depender de outra, como ocorre na</p><p>indústria.</p><p>As atividades estão dispersas por toda a empresa e podem ocorrer em locais</p><p>distantes uns dos outros, dependendo do ambiente natural da propriedade.</p><p>Não há relação, por exemplo, entre o trabalho executado por uma equipe que</p><p>reforma as cercas da propriedade e o de “limpeza” das pastagens.</p><p>Outra característica que se apresenta no setor rural é o trabalho ao</p><p>ar livre. Positiva sob certos aspectos (sem existência de poluição, por</p><p>exemplo), essa característica se reveste de aspectos negativos, como a</p><p>sujeição ao frio, ao calor e às chuvas.</p><p>Incidência de risco</p><p>Toda e qualquer atividade econômica está sujeita a riscos. Na agropecuária,</p><p>os riscos assumem proporções ainda maiores, pois as explorações podem</p><p>ser afetadas por problemas causados por:</p><p>Clima</p><p>(seca, geada, granizo)</p><p>Ataque de pragas</p><p>e moléstias</p><p>Grandes flutuações de</p><p>preços que caracterizam</p><p>o setor</p><p>Sistema de competição econômica</p><p>A agropecuária está sujeita a um forte sistema de competição que tem as</p><p>seguintes características:</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 79</p><p>A união desses fatores</p><p>significa que o empresário</p><p>rural não consegue controlar</p><p>os preços de seus produtos,</p><p>ditados pelo mercado, que</p><p>podem até ser inferiores aos</p><p>custos de produção.</p><p>Produtos</p><p>Normalmente apresentam</p><p>pouca diferenciação entre si</p><p>Entrada e saída de</p><p>produtores no negócio</p><p>Por maior que seja a</p><p>produção de uma</p><p>propriedade, ela pouco</p><p>significa na oferta global do</p><p>produto.</p><p>Grande número de</p><p>produtores e consumidores</p><p>Isso faz da agropecuária um</p><p>mercado próximo à</p><p>concorrência perfeita.</p><p>A realidade do campo</p><p>Ao trabalhar em uma propriedade rural, você</p><p>pode se deparar com a questão dos produtos</p><p>não uniformes.</p><p>Na agropecuária, ao contrário da indústria, existem</p><p>dificuldades em se obter produtos uniformes quanto</p><p>à forma, ao tamanho e à qualidade. Esse fato é</p><p>decorrente das condições biológicas.</p><p>Para o empresário rural, isso acarreta custos</p><p>adicionais com classificação e padronização, além</p><p>de receitas mais baixas, devido ao menor valor dos</p><p>produtos que apresentarem pior qualidade.</p><p>Alto custo de saída e/ou entrada</p><p>No negócio agropecuário, algumas explorações exigem altos investimentos</p><p>em benfeitorias, máquinas e, consequentemente, enfrentam condições</p><p>adversas de preço e mercado. Estas devem ser suportadas a curto prazo, pois</p><p>o prejuízo, ao abandonar a exploração, poderá ser maior. Entenda!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 80</p><p>A cultura de café</p><p>pode ser considerada exploração</p><p>de alto custo de entrada.</p><p>As culturas anuais de milho</p><p>e soja são explorações de menor</p><p>custo de saída.</p><p>O empresário rural deve levar em consideração tudo o que foi apresentado e,</p><p>dessa forma, assumir ações administrativas eficazes para atenuar e modificar</p><p>os efeitos prejudiciais dessas características.</p><p>Vale reforçar que as teorias da administração, ao serem transferidas ao setor</p><p>rural, devem ser adaptadas a condições específicas.</p><p>Pense e decida</p><p>Imagine a seguinte situação em uma propriedade com produção de</p><p>morango:</p><p>O preço dos insumos, comparado ao preço pago por kg da fruta, está</p><p>inviabilizando a atividade.</p><p>Não é possível “desligar” as plantas até que a atividade volte a ser rentável,</p><p>então elas precisam dos insumos para sobreviverem e produzirem seus</p><p>frutos.</p><p>Sem os insumos necessários, as condições fisiológicas das plantas</p><p>farão com que cada planta produza poucos frutos por dia. Assim, não</p><p>será possível suplantar o preço dos insumos com o da</p><p>produção de</p><p>moranguinhos.</p><p>Diante deste cenário, o que deve ser feito?</p><p>Diminuir o ciclo Continuar o ciclo</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 81</p><p>Justifique aqui a sua escolha!</p><p>Feedback</p><p>Atente-se ao cenário com calma e planejamento! Diminuir o ritmo, enxugar o</p><p>ciclo e cortar despesas, muitas vezes agrava o problema, afetando a produção</p><p>de forma grave. É muito importante compreender que uma cadeia produtiva</p><p>precisa, independentemente do comportamento do mercado, concluir o seu</p><p>ciclo. Ações para controlar a situação podem ser feitas, como eliminar plantas</p><p>com pouca produção e que demandam exigência nutricional, manter aquelas</p><p>mais produtivas e reduzir despesas extras.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste terceiro tópico, você:</p><p>Conheceu os fatores</p><p>que influenciam</p><p>a gestão e o</p><p>gerenciamento da</p><p>propriedade.</p><p>Entendeu como funciona</p><p>o sistema de competição</p><p>econômica e suas</p><p>características.</p><p>Compreendeu a</p><p>relevância do alto</p><p>custo de saída e</p><p>de entrada para a</p><p>eficiencia econômica</p><p>da propriedade rural.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 82</p><p>Tópico 4: Fatores que interferem na</p><p>gestão de uma empresa rural</p><p>Os vários fatores que afetam a gestão de um</p><p>empreendimento agropecuário podem ser de natureza</p><p>externa ou interna. Você já parou para pensar quantos</p><p>deles podem influenciar o seu planejamento?</p><p>No decorrer deste tópico, você vai acompanhar mais de perto as</p><p>características que podem comprometer a gestão e o gerenciamento</p><p>da propriedade, conhecendo os sistemas de produção.</p><p>Todo gestor precisa entender e dominar as questões e os fatores que envolvem</p><p>o ambiente externo. Isso porque, mesmo sem poder controlar, é possível</p><p>organizar a tomada de decisões internas para obter melhores resultados.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 83</p><p>Ambiente externo (da porteira para fora)</p><p>Existem diversos fatores, da porteira para fora, que influenciam a tomada de</p><p>decisões e os resultados do negócio agropecuário. Conheça os principais!</p><p>Variações cambiais</p><p>A alta no dólar aumenta a atratividade das exportações e pode elevar os preços.</p><p>O valor do dólar influencia tanto o preço dos insumos quanto o dos produtos</p><p>exportados.</p><p>Entenda acompanhando o exemplo do valor do saco de milho e a variação</p><p>do dólar!</p><p>Saco de milho US$ 12,00</p><p>Dólar × R$ 4,00</p><p>Saco de milho em reais = R$ 48,00</p><p>Saco de milho US$ 12,00</p><p>Dólar × R$ 5,00</p><p>Saco de milho em reais = R$ 60,00</p><p>Cenário com a</p><p>alta do dólar</p><p>Este cenário favorece o produtor de milho, mesmo que a moeda desvalorizada (o real) faça com que os</p><p>preços dos insumos importados aumentem.</p><p>Safra/entressafra e variações climáticas</p><p>A sazonalidade da produção faz com que, nos períodos de colheita, os preços</p><p>dos produtos agrícolas caiam devido à alta oferta. Esse é um comportamento</p><p>do mercado conhecido por todos.</p><p>Sazonalidade é a situação em que a produção se dá, ou então é menor ou maior em determinados</p><p>períodos do ano, relativamente rígidos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 84</p><p>Se o produtor se organizar e se estruturar, ele pode armazenar sua produção</p><p>nesse período e vender no período de escassez/entressafra, quando os preços</p><p>são mais altos. Assim, na prática, o produtor:</p><p>se organiza e</p><p>se estrutura</p><p>compra e</p><p>estoca grãos</p><p>no período</p><p>de safra</p><p>nesse período</p><p>os preços são</p><p>mais baixos</p><p>consegue</p><p>melhor resultado</p><p>financeiro</p><p>Além disso, o empresário rural deve saber lidar com o fator clima, pois com</p><p>o uso de previsões e do histórico do comportamento climático, ele pode tomar</p><p>as melhores decisões de plantio, colheita, estoque e comercialização.</p><p>Políticas agrícolas, legislação e aspectos culturais</p><p>O empresário rural não cria as políticas, mas deve compreender as que existem</p><p>para melhorar os resultados da propriedade rural. Entre outras ações do</p><p>governo, há políticas de:</p><p>• crédito subsidiado,</p><p>• assistência técnica,</p><p>• incentivos fiscais.</p><p>É importante estar ciente de que mudanças legais podem influenciar a utilização</p><p>da terra (restrições ambientais) e a exigência de qualidade dos produtos</p><p>(legislação sanitária), havendo ainda outras implicações.</p><p>Além disso, o empresário rural deve considerar os aspectos culturais, que</p><p>podem ultrapassar os limites econômicos e científicos. Muitas decisões de</p><p>produção são tomadas com base na tradição, e não na busca pelo melhor</p><p>resultado econômico.</p><p>Na prática</p><p>Um bom exemplo na agricultura é o fato</p><p>de que algumas pessoas ainda tomam</p><p>decisões de plantio, colheita, entre outras</p><p>ações, com base nas fases da lua.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 85</p><p>Vale destacar mais alguns fatores da porteira para fora. São eles:</p><p>Economia</p><p>do país Tecnologia Disponibilidade</p><p>de fornecedores</p><p>Situações de crise</p><p>ou de crescimento</p><p>econômico podem</p><p>promover diversas</p><p>alterações no</p><p>consumo dos produtos</p><p>agropecuários, afetando</p><p>a disponibilidade de mão</p><p>de obra no meio rural,</p><p>entre outros rearranjos</p><p>nas forças do mercado.</p><p>Acompanhar o avanço</p><p>da tecnologia também é</p><p>muito importante para</p><p>a sustentabilidade de</p><p>qualquer negócio, pois</p><p>utilizar tecnologias</p><p>adequadas à sua</p><p>realidade pode</p><p>resultar em redução</p><p>do custo de produção</p><p>e, consequentemente,</p><p>melhorar os resultados</p><p>econômicos do negócio.</p><p>Ficar na dependência de</p><p>poucos fornecedores,</p><p>ou até mesmo de um</p><p>só, certamente reduz</p><p>a competitividade do</p><p>produtor rural, já que o</p><p>preço dos insumos será</p><p>ditado pelo fornecedor.</p><p>Para evitar isso, o</p><p>produtor pode buscar</p><p>novos fornecedores</p><p>no mercado ou, em caso</p><p>de pequenos produtores,</p><p>se organizar em</p><p>associações, cooperativas</p><p>e clubes de compra para</p><p>reduzir seus custos.</p><p>Ambiente interno</p><p>O ambiente interno é o nível de ambiente da empresa rural ou de outro setor,</p><p>contido internamente que, normalmente, tem implicação imediata e específica</p><p>na administração.</p><p>Também representa o conjunto de recursos de produção que estão sob</p><p>a tomada de decisão do gestor. Ou seja, é o que ele constantemente vai</p><p>monitorar, agir e corrigir para que a empresa alcance seus objetivos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 86</p><p>Alguns aspectos fazem parte do ambiente interno e devem ser monitorados.</p><p>Aspectos organizacionais: rede de</p><p>comunicação; estrutura da</p><p>organização; registro dos sucessos;</p><p>hierarquia de objetivos; política,</p><p>procedimentos e regras; habilidade</p><p>da equipe administrativa.</p><p>Aspectos de produção: layout e</p><p>disposição das instalações da</p><p>propriedade; uso de tecnologia;</p><p>aquisição de insumos; controle de</p><p>custos; controle de estoques; uso de</p><p>subcontratação.</p><p>Aspectos financeiros: liquidez;</p><p>lucratividade; atividades;</p><p>oportunidades de investimento,</p><p>remuneração do capital, ponto de</p><p>equilíbrio.</p><p>Aspectos pessoais: relações</p><p>trabalhistas; práticas de</p><p>recrutamento; programas de</p><p>treinamento; sistema de avaliação de</p><p>desempenho; sistema de incentivos;</p><p>rotatividade e absenteísmo.</p><p>Aspectos de marketing e</p><p>comercialização: compradores</p><p>existentes; estratégias do produto,</p><p>de preço, de negociação e de</p><p>distribuição.</p><p>Muitas vezes, os gestores acreditam que o ambiente interno da empresa se</p><p>encontra limitado à área de produção, porém ele engloba muito mais do</p><p>que isso. Um diagnóstico detalhado e setorizado dos aspectos acima citados</p><p>é fundamental para a boa gestão da empresa rural.</p><p>No diagnóstico e análise do ambiente interno são elencados os pontos</p><p>fortes e fracos daqueles aspectos citados. Isso deve ser realizado de</p><p>forma setorizada, pois permitirá uma análise profunda sobre cada setor.</p><p>Com base nesse diagnóstico, o gestor poderá elaborar um plano de ação que</p><p>alinhe os recursos aos objetivos da empresa.</p><p>Análise dos ambientes e tomada de decisão</p><p>Para obter sucesso na gestão de um negócio, é necessário que o gestor</p><p>acompanhe as mudanças nos ambientes externo e interno de forma contínua,</p><p>observando todos os aspectos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 87</p><p>Essa análise contínua permite ao gestor:</p><p>Explorar</p><p>oportunidades de</p><p>melhores negócios</p><p>de compra e venda</p><p>Minimizar riscos</p><p>Dimensionar</p><p>a produção</p><p>de acordo com</p><p>os períodos mais</p><p>atrativos para o</p><p>negócio</p><p>Na prática</p><p>Uma propriedade produtora de trigo tinha, historicamente,</p><p>altos gastos com fertilizantes químicos. Para resolver esse</p><p>problema, a propriedade contratou um consultor.</p><p>Identificaram que a grande</p><p>utilização de fertilizante ocorria</p><p>por causa da baixa disponibilidade</p><p>de nutrientes no solo.</p><p>Identificaram a possibilidade de</p><p>captar um financiamento de custeio</p><p>a juros baixos para comprar, no</p><p>período de entressafra (quando os</p><p>preços estão mais baixos), grande</p><p>parte do fertilizante destinado à</p><p>produção de trigo.</p><p>Criaram um planejamento</p><p>estratégico para melhorar as</p><p>condições de fertilidade do solo</p><p>da propriedade, principalmente</p><p>por meio do uso de corretivos</p><p>e cobertura vegetal, a fim de</p><p>reduzir o volume de fertilizante</p><p>químico utilizado.</p><p>Viram a oportunidade</p><p>de estocá-lo utilizando</p><p>o mesmo fertilizante</p><p>por mais de uma safra.</p><p>Essa estratégia permitiu</p><p>forte redução no uso de</p><p>fertilizante químico e no</p><p>custo de produção de trigo.</p><p>INTERNO EXTERNO</p><p>Junto com o proprietário, o consultor fez uma análise</p><p>dos ambientes interno e externo.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 88</p><p>É importante ter em mente que o produtor não consegue mudar os preços de</p><p>mercado dos produtos, porém, conhecendo bem o mercado, ele pode escolher</p><p>a melhor época para comprar ou vender.</p><p>Fazer a análise pode demandar experiência, por isso você, técnico, deverá</p><p>fazê-la junto com o produtor. O Senar em Campo tem um vídeo mostrando</p><p>como essa parceria no momento da análise é essencial para o gerenciamento</p><p>e a melhoria da propriedade rural.</p><p>Acesse o Ambiente de Estudos e assista ao vídeo do</p><p>Senar em Campo sobre a história de sucesso em uma</p><p>propriedade produtora de cacau (BA).</p><p>Você também pode acessar o link a seguir:</p><p>https://www.cnabrasil.org.br/videos/senar-em-</p><p>campo-hist%C3%B3rias-de-sucesso-cacau-</p><p>ibirapitanga-ba</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quarto tópico, você:</p><p>Entendeu que os fatores</p><p>internos e externos são</p><p>os principais agentes de</p><p>interferência em uma</p><p>empresa rural.</p><p>Compreendeu a</p><p>importância da análise</p><p>desses ambientes para</p><p>uma gestão eficiente.</p><p>Conheceu os fatores</p><p>relacionados ao ambiente</p><p>externo, também</p><p>conhecido como “da</p><p>porteira para fora”.</p><p>Conheceu os fatores</p><p>relativos ao ambiente</p><p>interno de uma</p><p>propriedade rural,</p><p>também conhecido como</p><p>“da porteira para dentro”.</p><p>https://www.cnabrasil.org.br/videos/senar-em-campo-hist%C3%B3rias-de-sucesso-cacau-ibirapitanga-ba</p><p>https://www.cnabrasil.org.br/videos/senar-em-campo-hist%C3%B3rias-de-sucesso-cacau-ibirapitanga-ba</p><p>https://www.cnabrasil.org.br/videos/senar-em-campo-hist%C3%B3rias-de-sucesso-cacau-ibirapitanga-ba</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 89</p><p>Tópico 5: Aplicação do</p><p>gerenciamento em uma</p><p>empresa rural</p><p>E como funciona essa análise em uma propriedade rural?</p><p>Neste tópico, você conhecerá alguns dados importantes da Fazenda</p><p>Santa Felicidade, que vão basear a análise da propriedade, com</p><p>cálculos de custos e o levantamento de fatores internos e externos</p><p>para um gerenciamento completo.</p><p>Vale dizer que a Fazenda Santa Felicidade é uma propriedade produtora</p><p>de alface. Embora essa cadeia seja a escolhida, todos os conceitos</p><p>estudados neste curso podem ser aplicados em qualquer cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 90</p><p>Fazenda Santa Felicidade</p><p>Visto o contexto da fazenda, agora conheça os números!</p><p>A produção de alface na propriedade, destinada à venda para atacado e</p><p>varejo, teve uma pequena variação nos últimos 12 meses. Então, o produtor</p><p>comprometeu-se com seus clientes a produzir as quantidades listadas, conforme</p><p>a tabela a seguir.</p><p>Produto Mês</p><p>1</p><p>Mês</p><p>2</p><p>Mês</p><p>3</p><p>Mês</p><p>4</p><p>Mês</p><p>5</p><p>Mês</p><p>6</p><p>Mês</p><p>7</p><p>Mês</p><p>8</p><p>Mês</p><p>9</p><p>Mês</p><p>10</p><p>Mês</p><p>11</p><p>Mês</p><p>12</p><p>Venda no</p><p>atacado 28.000 27.800 27.900 27.950 28.000 28.000 27.950 28.000 28.000 28.150 28.100 28.050</p><p>Venda a</p><p>varejo 2.000 2.200 2.100 2.050 2.000 2.000 2.050 2.000 2.000 1.850 1.900 1.950</p><p>Total 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000</p><p>Observe, agora, os preços de mercado praticados para a venda de alface no</p><p>atacado e a varejo a cada mês.</p><p>Produto Mês</p><p>1</p><p>Mês</p><p>2</p><p>Mês</p><p>3</p><p>Mês</p><p>4</p><p>Mês</p><p>5</p><p>Mês</p><p>6</p><p>Mês</p><p>7</p><p>Mês</p><p>8</p><p>Mês</p><p>9</p><p>Mês</p><p>10</p><p>Mês</p><p>11</p><p>Mês</p><p>12</p><p>Preço no</p><p>atacado</p><p>(R$)</p><p>0,70 0,65 0,68 0,75 0,73 0,70 0,71 0,68 0,67 0,72 0,75 0,70</p><p>Preço a</p><p>varejo</p><p>(R$)</p><p>1,20 1,18 1,15 1,16 1,14 1,25 1,20 1,25 1,15 1,20 1,25 1,25</p><p>Esta tabela mostra o consumo de alface pela família a cada mês.</p><p>Produto Mês</p><p>1</p><p>Mês</p><p>2</p><p>Mês</p><p>3</p><p>Mês</p><p>4</p><p>Mês</p><p>5</p><p>Mês</p><p>6</p><p>Mês</p><p>7</p><p>Mês</p><p>8</p><p>Mês</p><p>9</p><p>Mês</p><p>10</p><p>Mês</p><p>11</p><p>Mês</p><p>12</p><p>Consumo 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31</p><p>Diante desses números, é possível observar algumas informações financeiras</p><p>importantes.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 91</p><p>Resíduos</p><p>Os resíduos orgânicos gerados pela produção de alface são</p><p>utilizados para a produção de composto.</p><p>No último ano, foram produzidas 1.200 sacas de 50 kg de</p><p>composto, das quais o produtor comercializou 500 sacas a</p><p>R$ 32,00 cada, o que totaliza R$ 16.000,00.</p><p>O restante do composto está na propriedade em diferentes fases</p><p>de processamento.</p><p>Custos</p><p>Para a produção de composto, alguns insumos foram adquiridos,</p><p>sendo lançados no custo operacional efetivo da atividade.</p><p>Mão de Obra</p><p>A mão de obra nessa propriedade é familiar, com contratação de</p><p>serviços temporários esporadicamente. Nos últimos 12 meses,</p><p>foram contratadas 30 diárias do Joaquim, um diarista da região.</p><p>O serviço realizado pelo senhor Ariovaldo e família, se fosse</p><p>contratado, foi avaliado em R$ 1.600,00/mês na média.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 92</p><p>Inventário de benfeitorias</p><p>Observe na tabela todas as benfeitorias que ocorreram na propriedade.</p><p>Item Quantidade</p><p>Utilização na</p><p>atividade de</p><p>horticultura</p><p>Valor</p><p>unitário</p><p>novo (R$)</p><p>Valor total</p><p>(R$)</p><p>Vida útil</p><p>(anos)</p><p>Idade</p><p>(anos)</p><p>Galpão de 96</p><p>m² de madeira</p><p>(depósito)</p><p>1 100% 30.000,00 30.000,00 20 10</p><p>Galpão de 80</p><p>m² de madeira</p><p>(máquinas)*</p><p>1 80% 20.000,00 16.000,00 20 23</p><p>Banheiros 1 100% 1.000,00 1.000,00 20 10</p><p>Estufa de 40 m x</p><p>50 m 4 100% 15.000,00 60.000,00 15 5</p><p>Estufa de</p><p>produção de</p><p>mudas 10 m x</p><p>20 m</p><p>1 100% 1.500,00 1.500,00 15 16</p><p>Poço artesiano** 1 80% 7.000,00 5.600,00 20 22</p><p>Unidade de</p><p>lavagem de</p><p>hortaliças</p><p>1 100% 1.800,00 1.800,00 20 5</p><p>Unidade de</p><p>produção de</p><p>compostagem***</p><p>1 50% 1.000,00 500,00 20 5</p><p>TOTAL 116.400,00</p><p>*O galpão de máquinas possui 80% de uso, pois o espaço é dividido com equipamentos</p><p>utilizados na atividade de silvicultura.</p><p>**O poço artesiano também é utilizado para o uso doméstico da família.</p><p>***A unidade de produção de compostagem não é somente utilizada para a produção de</p><p>composto, mas também para armazenamento de outros resíduos. Apenas 30% do composto</p><p>é comercializado.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 93</p><p>Inventário de máquinas e equipamentos</p><p>Agora, observe o inventário das máquinas e equipamentos da Santa Felicidade.</p><p>Item Quantidade</p><p>Utilização</p><p>na</p><p>produção</p><p>de alface</p><p>Valor</p><p>unitário</p><p>novo (R$)</p><p>Valor total</p><p>(R$)</p><p>Vida útil</p><p>(anos)</p><p>Idade</p><p>(anos)</p><p>Caminhão-baú</p><p>– Câmara fria 1 100% 80.000,00 80.000,00 15 5</p><p>Pulverizador</p><p>costal 3 100% 100,00 300,00 10 5</p><p>Carrinho de</p><p>mão 3 100% 200,00 600,00 5 1</p><p>Ferramentas</p><p>diversas* 1 80% 2.300,00 1.840,00 10 12</p><p>Sistema de</p><p>irrigação 1 100% 10.000,00 10.000,00 15 16</p><p>Trator 65 CV* 1 80% 50.000,00 40.000,00 15 16</p><p>Enxada</p><p>rotativa</p><p>encanteiradora</p><p>1 100% 1.000,00 1.000,00 15 5</p><p>Semeadora</p><p>de hortaliças</p><p>manual</p><p>1 100% 400,00 400,00 15 5</p><p>Computador</p><p>com</p><p>impressora*</p><p>1 80% 2.500,00 2.000,00 5 7</p><p>Equipamento</p><p>para lavagem</p><p>de hortaliças</p><p>1 100% 1.200,00 1.200,00 5 2</p><p>Bebedouro</p><p>tipo gelágua 1 100% 300,00 300,00 5 2</p><p>TOTAL 137.640,00</p><p>*As ferramentas diversas, o trator e</p><p>o computador também auxiliam na atividade de silvicultura,</p><p>por isso não foram destinados em 100% para a produção de alface.</p><p>Inventário de móveis, utensílios e outros bens</p><p>Você também pode acompanhar os números do inventário móveis, utensílios</p><p>e outros bens importantes para a propriedade. Observe!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 94</p><p>Item Quantidade</p><p>Utilização</p><p>na produção</p><p>de alface</p><p>Valor</p><p>unitário</p><p>novo (R$)</p><p>Valor total</p><p>(R$)</p><p>Vida útil</p><p>(anos)</p><p>Idade</p><p>(anos)</p><p>Mesa de escritório 1 100% 250,00 250,00 10 5</p><p>Armário com</p><p>fichário* 1 80% 350,00 280,00 10 12</p><p>Mesa para</p><p>computador e</p><p>impressora</p><p>1 100% 200,00 200,00 10 11</p><p>Bandeja para</p><p>produção de</p><p>mudas (com 200</p><p>células)**</p><p>500 100% 9,00 4.500,00 5 2</p><p>Equipamento</p><p>de proteção</p><p>individual (EPI)</p><p>1 100% 80,00 80,00 5 2</p><p>Caixas de PVC*** 300 100% 20,00 6.000,00 5 2</p><p>TOTAL 11.310,00</p><p>*O armário com fichário é utilizado também para o gerenciamento da atividade de silvicultura,</p><p>por isso não é destinado seu uso em 100% para a produção de alface.</p><p>**A quantidade de bandejas é necessária pela produção de muda ser realizada em escala, e</p><p>por isso haverá bandejas ocupadas em todo o ciclo.</p><p>***A quantidade de caixas de PVC é necessária para atender às demandas de colheita e de</p><p>comercialização da alface.</p><p>Inventário dos serviços preliminares</p><p>Veja agora o levantamento dos serviços preliminares da Santa Felicidade.</p><p>Itens Quantidade Valor unitário Valor total</p><p>Elaboração de projeto 1 R$ 800,00 R$ 800,00</p><p>Análise da água 1 R$ 100,00 R$ 100,00</p><p>Legalização sanitária 1 R$ 500,00 R$ 500,00</p><p>Análise de solo 2 R$ 40,00 R$ 80,00</p><p>Aração e gradagem</p><p>(terceirizado) (hora-máquina) 20 R$ 80,00 R$ 1.600,00</p><p>Programa de capacitação 1 - -</p><p>TOTAL R$ 3.080,00</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 95</p><p>Na tabela a seguir você pode observar os gastos realizados nas operações da</p><p>fazenda e as despesas com a família nos últimos 12 meses.</p><p>Despesas de custeio (Custo Operacional Efetivo) Valor anual (R$)</p><p>Mão de obra temporária (diarista) 3.300,00</p><p>Técnico agrícola (assessoria) 2.400,00</p><p>Sementes 11.700,00</p><p>Fertilizantes químicos 6.000,00</p><p>Adubos orgânicos 1.170,00</p><p>Substrato 7.800,00</p><p>Gastos com alimentação da família 11.543,00</p><p>Fungicida 720,00</p><p>Inseticida 960,00</p><p>Despesas com vestuário da família 500,00</p><p>Energia 1.600,00</p><p>Combustível 2.280,00</p><p>Material escolar para filhos 1.000,00</p><p>Aquisição de resíduos orgânicos para compostagem 2.000,00</p><p>Embalagens 1.800,00</p><p>Impostos sobre vendas (% vendas) 2.401,20</p><p>INSS + impostos + contribuição sindical 4.350,00</p><p>Reparos de benfeitorias 5.000,00</p><p>Reparos de máquinas e equipamentos 3.500,00</p><p>Outros gastos de custeio 2.000,00</p><p>Total 72.024,20</p><p>O que em outras metodologias é chamado de despesas de custeio ou custos</p><p>variáveis, na metodologia de ATeG, chamamos de Custo Operacional Efetivo</p><p>(COE).</p><p>Todos esses dados da Fazenda Santa Felicidade se referem à realização do</p><p>resgate, por isso o levantamento de dados foi dos últimos 12 meses de produção</p><p>e foram apurados pelas notas fiscais de compra.</p><p>A análise do Custo Operacional Efetivo deverá ser feita tomando como</p><p>base o período de 12 meses, ou seja, trata-se de um indicador anual.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 96</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quinto tópico, você:</p><p>Conheceu dados</p><p>importantes da Fazenda</p><p>Santa Felicidade.</p><p>Entendeu como os</p><p>resultados podem ser</p><p>analisados na realidade</p><p>de uma empresa rural.</p><p>Compreendeu que os</p><p>conceitos de gestão</p><p>e gerenciamento</p><p>podem ser utilizados</p><p>em qualquer cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Encerramento do tema</p><p>Você chegou ao final do segundo tema e, durante os estudos, pôde conhecer as</p><p>características peculiares da empresa rural e os fatores que interferem</p><p>na gestão no meio rural, entendendo que os conceitos administrativos</p><p>são fundamentais para o gerenciamento. Agora, finalizada esta etapa,</p><p>será capaz de:</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 97</p><p>Destacar a origem do</p><p>agronegócio e como</p><p>essa extensa rede de</p><p>agentes econômicos</p><p>funciona, abrangendo</p><p>as etapas de “antes,</p><p>durante e depois da</p><p>produção”.</p><p>Reforçar a</p><p>importância da cadeia</p><p>produtiva e de cada</p><p>elo para o sucesso do</p><p>conjunto.</p><p>Abordar a noção</p><p>de custos gerais,</p><p>escala e elasticidade,</p><p>importantes para a</p><p>análise de tendências</p><p>de mercado e gestão</p><p>da propriedade rural.</p><p>Esta etapa, recheada de conceitos essenciais para a gestão no campo, está no</p><p>fim. Embora seja um conteúdo denso, é muito importante para o seu trabalho</p><p>na propriedade rural!</p><p>Agora, para finalizar o tema, acesse o Ambiente de</p><p>Estudos e assista ao vídeo para acompanhar o Marcelo</p><p>e o seu trabalho na Fazenda Santa Felicidade!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 98</p><p>Atividade de Passagem</p><p>Chegou a hora de colocar em prática o que aprendeu!</p><p>Você deve responder uma questão relacionada ao conteúdo</p><p>estudado até aqui para passar para o próximo tema, ok?</p><p>Atenção! Se você estiver com alguma dúvida quanto ao</p><p>assunto, retorne ao conteúdo do módulo ou, se preferir, entre</p><p>em contato com o tutor no seu Ambiente de Estudos.</p><p>Questão</p><p>Com base no que foi estudado neste tema, escolha a alternativa que apresenta</p><p>as afirmações corretas.</p><p>a. A gestão pode ser entendida como o senso de direção do negócio, ou seja,</p><p>coletar dados, analisá-los e tomar decisões que permitam alcançar os resultados</p><p>esperados.</p><p>b. Atualmente, a globalização do setor agrícola e a modernização tecnológica são</p><p>fatores que permitem que os produtores não se preocupem com a gestão do</p><p>negócio, uma vez que as atividades agropecuárias estão sendo muito lucrativas</p><p>para eles, não sendo necessário que se preocupem com os custos da atividade.</p><p>c. Gerenciar negócios no meio rural é mais fácil, pois as decisões do gestor é que</p><p>definem o resultado, não existindo influência de clima, solo, aspectos biológicos</p><p>ou econômicos.</p><p>d. A agropecuária está submetida a um sistema de competição no qual a entrada</p><p>ou saída de produtores pouco altera a oferta, devido ao seu grande número.</p><p>e. O ambiente externo influencia os resultados do negócio: flutuações cambiais,</p><p>variações na política agrícola, variações climáticas, mudanças legais e aspectos</p><p>culturais podem mudar a rota do gestor que busca um bom resultado para o</p><p>negócio.</p><p>1. A, B, C, D e E</p><p>2. B, C e E</p><p>3. A, D e E</p><p>4. B, C e D</p><p>5. B e D</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 99</p><p>Tema 3: Renda bruta da</p><p>atividade</p><p>Introdução</p><p>Você está iniciando o terceiro tema do módulo. O objetivo é que você conheça</p><p>os componentes da renda, entendendo os critérios para definição dos</p><p>custos nas atividades, as peculiaridades no cálculo da renda bruta na</p><p>bovinocultura de leite, e que também aprenda a realizar o cálculo da renda</p><p>bruta. São conhecimentos fundamentais para a realidade financeira de qualquer</p><p>propriedade rural.</p><p>Ao final deste tema, você será capaz de:</p><p>• compor de forma correta a renda de uma atividade;</p><p>• usar critérios para alocar os custos entre atividades e dentro de uma mesma</p><p>atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 100</p><p>Estrutura do tema</p><p>É muito comum, nas propriedades rurais, trabalhar com mais de uma atividade</p><p>agropecuária ou mesmo com atividades secundárias ao negócio principal da</p><p>propriedade. E, muitas vezes, a gestão do negócio fica comprometida, pois o</p><p>produtor não consegue separar o custo e a renda dessas atividades distintas.</p><p>Isso pode fazer com que uma atividade lucrativa esconda o prejuízo da outra e</p><p>a atividade mais onerosa esconda o lucro da atividade lucrativa. Compreender</p><p>esses aspectos financeiros é essencial para a renda da propriedade.</p><p>Dessa forma, para facilitar o entendimento do conteúdo, esse tema está dividido</p><p>em tópicos. Observe o tema junto aos cinco tópicos e conheça o objetivo</p><p>de cada um deles.</p><p>Tema 3</p><p>Tópico 1</p><p>Tópico 2Tópico 5</p><p>Tópico 4 Tópico 3</p><p>Tópico 1 - Componentes da renda</p><p>Conhecer os componentes da renda bruta das</p><p>atividades e os conceitos que os envolvem.</p><p>Critérios</p><p>para definição</p><p>dos custos nas atividades</p><p>Entender os critérios para</p><p>alocação dos custos entre</p><p>atividades diferentes e dentro</p><p>de uma mesma atividade.</p><p>Tópico 5 – Aplicação do</p><p>cálculo da renda bruta</p><p>Aplicar conceitos sobre</p><p>renda em um estudo de</p><p>caso da Fazenda Santa</p><p>Felicidade.</p><p>Peculiaridades no cálculo da renda</p><p>bruta na produção de alface</p><p>Reconhecer as peculiaridades que</p><p>envolvem o cálculo da renda bruta</p><p>na produção de alface, entendendo</p><p>o conceito, a função, a aplicação e</p><p>as vantagens do cálculo da variação</p><p>da produção de composto como</p><p>componente dessa renda.</p><p>Tópico 3 - Cálculo da renda bruta</p><p>Ampliar seus conhecimentos acerca</p><p>dos conceitos de renda bruta e ver a</p><p>sua aplicação em um estudo de caso.</p><p>Agora que você conhece o objetivo de cada um, siga em frente e ótimos estudos!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 101</p><p>Tópico 1: Componentes da renda</p><p>Afinal, o que é renda na realidade de uma propriedade rural?</p><p>No decorrer deste tópico, você aprenderá o que é a renda bruta, como</p><p>calcular essa renda e os fatores e produtos que fazem parte dela.</p><p>A primeira coisa a saber, para seguir em frente no módulo, é a fórmula para</p><p>obtenção da renda bruta. Observe!</p><p>Subprodutos</p><p>do sistema de</p><p>produção</p><p>(RSub)</p><p>Renda Bruta</p><p>Produção total</p><p>× Preço médio</p><p>ponderado</p><p>(PMP)</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 102</p><p>O preço médio ponderado – também conhecido como preço médio real</p><p>– ao ser apurado, não se baseia apenas nos preços diferentes recebidos no</p><p>período analisado (12 meses), mas leva em consideração as quantidades</p><p>comercializadas em cada preço recebido.</p><p>Entenda o cálculo, acompanhando um exemplo prático!</p><p>Na prática</p><p>PMP:</p><p>Resultado</p><p>((preço 1 × produção 1)</p><p>(preço 3 × produção 3))</p><p>(produção 1 + produção 2</p><p>+ produção 3)</p><p>+</p><p>+</p><p>(preço 2 × produção 2)</p><p>Resultado</p><p>((1,20 × 28.500)</p><p>(1,40 × 35.000)</p><p>(28.500 + 32.000 + 35.000)</p><p>+</p><p>+</p><p>(1,35 × 32.000)</p><p>Resultado</p><p>34.200</p><p>49.000</p><p>95.500</p><p>+</p><p>+</p><p>43.200</p><p>PMP = R$ 1,3235</p><p>126.400</p><p>95.500</p><p>três preços diferentes</p><p>12 meses</p><p>3 meses</p><p>Preço 1</p><p>Produção 1</p><p>28.500 unidades 32.000 unidades 35.000 unidades</p><p>Produção 2 Produção 3</p><p>R$ 1,20</p><p>TOTAL TOTAL TOTAL</p><p>4 meses</p><p>Preço 2</p><p>R$ 1,35</p><p>5 meses</p><p>Preço 3</p><p>R$ 1,40</p><p>Para calcular o preço médio ponderado, essas informações não são suficientes.</p><p>Então, seguem mais algumas.</p><p>Uma propriedade de</p><p>produção de alface</p><p>recebeu durante o</p><p>período analisado:</p><p>12 meses / Três</p><p>preços diferentes</p><p>Veja como ficou o preço médio ponderado, usando a fórmula:</p><p>Seguindo essa fórmula, é possível apurar com segurança o preço médio</p><p>ponderado.</p><p>Porém, a forma de cálculo usada normalmente lá no campo é a inversa:</p><p>apuramos o total recebido no ano e dividimos pela quantidade total</p><p>comercializada.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 103</p><p>Agora que sua matemática foi testada, você consegue dizer se identificou quais</p><p>são todos os itens que compõem uma renda bruta? Pode ter certeza de que</p><p>você se depara com eles quase todos os dias.</p><p>Então, conheça cada um deles melhor!</p><p>Produção</p><p>A produção é o somatório das unidades produzidas em uma atividade em</p><p>determinado período de tempo, ou seja, o total produzido na área destinada</p><p>para a atividade. Para a análise de rentabilidade, a produção é medida</p><p>anualmente, permitindo um comparativo entre as atividades de um mesmo</p><p>período.</p><p>Especialmente na agricultura, por exemplo, existem atividades com ciclos</p><p>produtivos superiores e inferiores a um ano. Nesses casos, a análise de</p><p>rentabilidade é feita para o ciclo produtivo e os indicadores são ajustados</p><p>para um ano, permitindo comparação com outras atividades.</p><p>Veja alguns exemplos:</p><p>Toneladas</p><p>de mandioca</p><p>por hectare</p><p>Quilos de</p><p>tomate por</p><p>planta</p><p>Metros</p><p>cúbicos de</p><p>madeira</p><p>Caixas de</p><p>laranja</p><p>Sacas de</p><p>milho por</p><p>área</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 104</p><p>Produtividade</p><p>A produtividade é um indicador medido em relação a um dos fatores de</p><p>produção em determinado período de tempo.</p><p>Por exemplo, o fator “terra” pode determinar alguns indicadores de produtividade</p><p>em relação a uma unidade de área (hectares ou metros quadrados).</p><p>Litros de vinho</p><p>por ha/ano</p><p>Quilogramas de</p><p>soja/ha/ano</p><p>Toneladas de</p><p>laranja/ha</p><p>Quilogramas de</p><p>morango/m²</p><p>Sacas de milho/ha</p><p>Unidade de</p><p>brócolis/ha/ano</p><p>Arrobas/ha/ano</p><p>Unidade de</p><p>repolho/m²</p><p>Caixas de tomate/ha</p><p>No gerenciamento das atividades agropecuárias, é sempre bom se atentar aos</p><p>fatores de produção que influenciam na produtividade e representam maior</p><p>estoque de capital ou maior custo operacional.</p><p>Os fatores de produção que representam maior estoque de capital nas</p><p>atividades agropecuárias normalmente são a terra ou as construções.</p><p>Dessa forma, os indicadores de produtividade da terra (hectares) ou</p><p>das construções (m²) são importantes insumos para a comparação de</p><p>eficiência das atividades na utilização da área de produção.</p><p>A mão de obra é outro importante componente do custo. Ela tem sua</p><p>produtividade medida quando dividimos a produção total pelo número de</p><p>colaboradores ou pela quantidade de outros fatores de produção que um</p><p>colaborador é capaz de cuidar.</p><p>Por exemplo:</p><p>Arrobas/dia/homem Plantas/dia/homem Quilos/dia/homem</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 105</p><p>Na agricultura, mede-se também a produtividade individual das plantas</p><p>para poder avaliar seu desempenho mediante sua genética e as condições de</p><p>produção.</p><p>Por exemplo:</p><p>Número de</p><p>sementes/planta de soja</p><p>Espigas de</p><p>milho/planta</p><p>Quilos de</p><p>pepino/planta</p><p>Produtos consumidos pela mão de obra</p><p>É importante destacar a necessidade de se contabilizar, na renda e nas</p><p>despesas, os produtos consumidos na propriedade, que muitas vezes</p><p>são desconsiderados pelo produtor.</p><p>Cada unidade produzida e consumida na propriedade teve um custo de produção,</p><p>que não pode ser desprezado.</p><p>Pare para pensar</p><p>Considere uma propriedade que possua produção diária de</p><p>200 kg de tomate e na qual a mão de obra consuma 1,5</p><p>kg por dia. Ao final de um ano, o tomate consumido (547,5</p><p>kg) representará a produção de 2,73 dias da propriedade.</p><p>Como contornar isso?</p><p>Escreva o que acredita ser uma medida para essa situação.</p><p>Depois de passar pelos tópicos, volte e reveja sua resposta!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 106</p><p>Na fruticultura e na horticultura, a produção destinada ao consumo da</p><p>família deve ser contabilizada como um componente de renda e de custo</p><p>da atividade, pois esses produtos deixam de ser comercializados e se tornam</p><p>um custo de produção das atividades.</p><p>Subprodutos</p><p>Os subprodutos são produtos gerados em consequência de uma atividade</p><p>principal e devem compor a renda e os custos da atividade, quando são</p><p>consumidos na propriedade. Observe!</p><p>Subproduto da</p><p>olericultura</p><p>Venda de composto</p><p>como adubo orgânico</p><p>na produção agrícola.</p><p>O composto é um</p><p>subproduto gerado a</p><p>partir dos resíduos da</p><p>olericultura.</p><p>Atividades secundárias</p><p>As atividades secundárias são as que interagem com a atividade principal</p><p>da propriedade, porém não se destinam ao mercado. A decisão da sua</p><p>existência está sob domínio do produtor.</p><p>As atividades secundárias não devem compor a renda, porém seus custos de</p><p>produção devem ser considerados como despesa da atividade principal.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 107</p><p>Observe um exemplo relativo à produção de café.</p><p>Na prática</p><p>O café processado é vendido</p><p>para restaurantes e lanchonetes.</p><p>Essa unidade processadora será</p><p>tratada como uma outra</p><p>atividade secundária, que possui</p><p>uma estrutura de custo própria,</p><p>na qual o café é um insumo.</p><p>Um produtor de café adquiriu</p><p>um torrador e um moedor.</p><p>Então, passou a processar</p><p>parte de sua produção.</p><p>Nesse cenário, o produtor</p><p>deve “vender” o café in</p><p>natura para a sua nova</p><p>unidade processadora a</p><p>preço de mercado.</p><p>Qual é a diferença entre subproduto e atividades secundárias?</p><p>O subproduto</p><p>não se desvincula</p><p>do produto</p><p>principal. Ou seja,</p><p>se a atividade</p><p>principal</p><p>existir,</p><p>o subproduto</p><p>também vai existir.</p><p>Se existe cana-de-açúcar -></p><p>existe açúcar mascavo</p><p>Subproduto</p><p>O nível de</p><p>exploração do</p><p>subproduto</p><p>depende da</p><p>capacidade e</p><p>do interesse do</p><p>produtor, mas sua</p><p>existência não.</p><p>A atividade secundária pode ter</p><p>ou não ter ligação com a atividade</p><p>principal, mas sua existência depende</p><p>do produtor.</p><p>Atividade Secundária</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 108</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste primeiro tópico, você:</p><p>Entendeu a importância</p><p>da renda bruta, a sua</p><p>fórmula e a forma de</p><p>realizar o cálculo.</p><p>Conheceu o Preço Médio</p><p>Ponderado (PMP) e como</p><p>realizar análises a partir</p><p>do seu cálculo.</p><p>Conheceu melhor os</p><p>componentes da renda</p><p>bruta e a importância</p><p>de cada um deles para</p><p>a propriedade rural.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 109</p><p>Tópico 2: Critérios de definição de</p><p>custos entre as atividades</p><p>Como saber quanto deve ser destinado para o custo do</p><p>produto e para o custo da produção?</p><p>Neste tópico, você vai entender como funciona o rateio de custos e</p><p>seu cálculo, assim como a melhor forma de alocação das receitas</p><p>da propriedade.</p><p>Dentro das diversas cadeias produtivas do agronegócio, a alocação de custos</p><p>se torna um desafio, já que, muitas vezes, é difícil separar os valores de</p><p>determinados itens com total isenção.</p><p>Na produção de pêssego e figo, por exemplo, quando se usa a depreciação</p><p>de um pulverizador, como saber quanto deve ser destinado para o custo</p><p>da produção de pêssego e quanto para o custo da produção de figo?</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 110</p><p>Para que se possa analisar com coerência os diversos tipos de sistemas dentro</p><p>de uma mesma atividade, a metodologia de ATeG utiliza a seguinte lógica:</p><p>Para determinar e dividir os</p><p>custos entre atividades:</p><p>rateio de custos com base na</p><p>participação de cada produto</p><p>na renda da propriedade</p><p>alocação de receitas e custos</p><p>Entenda melhor cada uma das formas apresentada!</p><p>Rateio de custos com base na participação de cada</p><p>produto na renda da propriedade</p><p>O método de rateio é indicado para análise de atividades que possuem um</p><p>produto principal e outros subprodutos, com uma separação dos centros de</p><p>custos complexa. Observe os exemplos.</p><p>Consorciação de culturas</p><p>Em uma propriedade na qual o milho-pipoca é o produto principal,</p><p>como contabilizar o custo com depreciação do sistema de irrigação</p><p>já que, na mesma área, há produção de melão e de abóbora?</p><p>Como essa separação é muito difícil por meio de critérios simples,</p><p>os custos de depreciação são rateados entre milho-pipoca, abóbora</p><p>e melão na proporção da renda gerada por esses produtos.</p><p>O mesmo pode ser pensado para a mão de obra, o combustível e</p><p>outras despesas da consorciação de culturas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 111</p><p>Produção de uva e ameixa</p><p>Na produção de uva e de ameixa, quanto do valor da depreciação</p><p>do trator deve ser contabilizado para a produção de uva e quanto</p><p>para a produção de ameixa?</p><p>A lógica é a mesma.</p><p>O rateio consiste em assumir que o custo de um produto é proporcional</p><p>à renda gerada por ele para toda a atividade. Isso pode ser expresso pela</p><p>fórmula a seguir:</p><p>Custo do produto Custo da atividade</p><p>Renda do produto</p><p>Renda da atividade</p><p>Entenda o conceito, acompanhando o exemplo!</p><p>Na prática</p><p>Uma propriedade, cuja produção é baseada na consorciação com espécies de</p><p>hortaliças, vende:</p><p>• Alface R$ 3.000,00</p><p>• Beterraba R$ 7.000,00</p><p>• Custo total = R$ 5.000,00</p><p>Como calcular o custo de produção da beterraba?</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 112</p><p>R$ 7.000,00</p><p>+</p><p>R$ 3.000,00</p><p>R$ 10.000,00</p><p>R$ 700,00</p><p>R$ 5.000,00</p><p>R$ 3.500,00</p><p>+R$ 7.000,00</p><p>R$ 5.000,00</p><p>R$ 10.000,00</p><p>R$ 700,00</p><p>+</p><p>Renda total</p><p>da consorciação</p><p>Custo da prodição</p><p>de beterraba</p><p>Custo da beterraba = R$ 3.500,00</p><p>(a beterraba representa 70% da renda)</p><p>A renda da atividade é a soma da renda da alface com a da beterraba.</p><p>Entenda o cálculo:</p><p>Muitos se questionam se esse método define com precisão os custos de cada</p><p>produto ou subproduto.</p><p>É importante ressaltar que esse critério não permite ao gestor definir</p><p>com precisão os custos inerentes a cada produto ou subproduto. Porém,</p><p>como a distribuição dos custos é feita de forma proporcional e a renda</p><p>gerada por produto é contabilizada efetivamente, o gestor pode inferir</p><p>na relação custo-benefício de cada atividade.</p><p>Alocação de receitas e custos</p><p>Essa metodologia de cálculo de custos consiste em registrar custos e receitas</p><p>para cada atividade, seja principal ou secundária. Em outras palavras, consiste</p><p>em separar o controle de cada atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 113</p><p>Entenda o gráfico a seguir!</p><p>● Produção diária: 300 kg</p><p>● Produção vendida para a indústria na</p><p>forma in natura: 200 kg</p><p>● Produção destinada à fabricação de ●</p><p>conservas: 100 kg</p><p>● Preço de venda do pepino:</p><p>R$ 1,00/kg</p><p>● Preço de venda da conserva:</p><p>R$ 6,00/unidade</p><p>● Sendo gastos 300 g de pepino para se</p><p>produzir uma unidade de conserva</p><p>● Custo total: R$ 0,80/kg</p><p>Considere uma propriedade</p><p>que produza pepino com os</p><p>seguintes dados:</p><p>Para calcular a renda da produção de</p><p>pepino, deve-se considerar:</p><p>Nesse caso, deve-se utilizar o preço de mercado do pepino,</p><p>ou seja, o pepino entra na produção de conservas com o</p><p>custo de R$ 1,00/kg, que é o componente do custo de</p><p>produção da produção de conservas.</p><p>vende o</p><p>produto</p><p>atividade principal</p><p>produção de</p><p>pepino</p><p>segunda atividade</p><p>produção de</p><p>conservas</p><p>A separação de valores permite que o produtor avalie as duas atividades de</p><p>forma independente, identificando situações críticas e tomando as decisões</p><p>mais assertivas.</p><p>Pense no exemplo do infográfico:</p><p>Se o custo de produção de pepino for</p><p>maior do que seu preço de mercado,</p><p>o produtor poderá tomar a decisão</p><p>de manter apenas a atividade de</p><p>produção de conservas e adquirir o</p><p>pepino de outro produtor.</p><p>Se o valor da conserva for menor</p><p>em relação ao custo com o seu</p><p>processamento, o produtor poderá</p><p>decidir entregar toda a sua produção</p><p>de pepino para a indústria</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 114</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste segundo tópico, você:</p><p>Conheceu os critérios</p><p>para definição de custos</p><p>entre as atividades e a sua</p><p>importância para a renda</p><p>da propriedade rural.</p><p>Entendeu como definir</p><p>e dividir os custos por</p><p>meio de rateio com base</p><p>na participação de cada</p><p>produto.</p><p>Entendeu como definir</p><p>e dividir os custos</p><p>alocando receitas e</p><p>custos, registrando e</p><p>separando o controle</p><p>de cada atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 115</p><p>Tópico 3: Cálculo da renda bruta</p><p>Você sabe como calcular a renda bruta?</p><p>A partir de agora, você conhecerá a melhor forma de calcular a</p><p>renda bruta, aplicando todo o conhecimento que construiu ao longo</p><p>deste curso.</p><p>A renda bruta de uma atividade corresponde ao somatório das riquezas</p><p>produzidas por ela, isto é, são os preços multiplicados pelas quantidades.</p><p>Algumas atividades agropecuárias possuem um produto principal e outros</p><p>secundários – nesses casos, a renda bruta é calculada conforme a fórmula</p><p>a seguir.</p><p>Renda Bruta</p><p>Quantidade</p><p>produzida do</p><p>produto</p><p>principal</p><p>X</p><p>Preço médio</p><p>ponderado</p><p>Somatório das</p><p>quantidades</p><p>produzidas</p><p>de subprodutos</p><p>X</p><p>Preço unitário dos</p><p>subprodutos</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 116</p><p>É comum ocorrerem vários eventos de venda de produtos agropecuários ao</p><p>longo do ano. Nesse caso, a renda bruta daquele ano é obtida pela soma da</p><p>renda em cada evento.</p><p>Estudo de caso: a produção de erva-mate da</p><p>Fazenda Santa Rita</p><p>Nos últimos anos, o Brasil alcançou excelentes índices de produção, tornando-</p><p>se uma boa opção de emprego e renda. Isso se deve, além de inúmeros outros</p><p>fatores, à qualidade do sistema produtivo nacional e à confiança crescente no</p><p>conceito de alimento saudável, especialmente pela produção de erva-</p><p>mate de qualidade.</p><p>Muitas propriedades</p><p>obtiveram resultados positivos por causa dos índices de</p><p>produção. Um exemplo é a Fazenda Santa Rita. Conheça!</p><p>Fazenda Santa Rita*</p><p>• É a propriedade do sr. José Maria.</p><p>• A atividade principal é a produção</p><p>de erva-mate.</p><p>• No ano passado, ela produziu</p><p>muito bem, e o sr. José Maria está</p><p>“só sorrisos”!</p><p>* Propriedade hipotética para</p><p>exemplificar os cálculos de renda</p><p>bruta da atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 117</p><p>O resultado de todo o esforço, uma grande produção, foi a venda da forma</p><p>que você verá na sequência. Mas antes, conheça uma informação curiosa e</p><p>importante!</p><p>Saiba Mais</p><p>O surgimento do termo e do símbolo “arroba” é</p><p>basicamente uma questão histórica e cultural. Na Idade</p><p>Média, os livros eram escritos à mão e, para simplificar</p><p>o trabalho, utilizavam-se símbolos de entrelaçamento</p><p>de duas letras, pois na época tinta e papel eram artigos</p><p>de grande valia.</p><p>Veio, então, a arroba, que é uma junção do termo</p><p>em latim ad. Após o surgimento de tecnologias que</p><p>facilitaram a escrita (máquina de escrever), os símbolos continuaram a ser</p><p>utilizados corriqueiramente.</p><p>A arroba era utilizada na época como forma de comercialização de vários</p><p>produtos. Então o símbolo @ passou a ser usado pelos espanhóis com a</p><p>definição que se conhece hoje.</p><p>Arroba veio do árabe ar-ruba, que significa a quarta parte, ou seja, uma arroba</p><p>(14,68 kg) correspondia a um quintar (outra medida árabe), equivalente a 58,75</p><p>kg. A medida árabe foi arredondada e, hoje, é utilizada na comercialização de</p><p>erva-mate.</p><p>No Brasil, uma arroba corresponde a 15 kg</p><p>Tabela de vendas da Fazenda Santa Rita</p><p>O sr. José Maria possui em sua propriedade cinco plantas matrizeiras, cujas</p><p>sementes são colhidas e vendidas a um viveirista especializado na produção</p><p>de mudas. Observe os resultados na tabela!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 118</p><p>Mês Venda de erva-</p><p>mate (@)</p><p>Venda de</p><p>sementes (kg)</p><p>Valor unitário</p><p>(R$) Valor total (R$)</p><p>Janeiro</p><p>Fevereiro 80 15,00 1.200,00</p><p>Março 686 12,00 8.232,00</p><p>Abril</p><p>Maio 114 14,00 1.596,00</p><p>Junho</p><p>Julho</p><p>Agosto 1.015 10,00 10.150,00</p><p>Setembro</p><p>Outubro 622 14,00 8.708,00</p><p>Novem-bro</p><p>Dezembro 563 15,00 8.445,00</p><p>Total 3.000 38.331,00</p><p>Ao analisar os dados apresentados, é possível ver que ainda não foi calculado</p><p>o preço médio, obtido pela divisão da renda bruta anual pela produção total</p><p>do ano.</p><p>Então, veja o passo a passo desse cálculo.</p><p>Primeiro, analise os dados:</p><p>Produção em arrobas = 3.000</p><p>Renda bruta total com venda das arrobas = R$ R$ 37.131,00</p><p>Preço médio/arroba</p><p>= R$ 37.131,00/3.000</p><p>= R$ 12,377/arroba</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 119</p><p>Para calcular a renda bruta da atividade:</p><p>Renda bruta do produto principal = Venda das arrobas no ano</p><p>= 3.000 x R$ 12,377</p><p>= R$ 37.131,00</p><p>Renda bruta do subproduto = produção de mudas no ano</p><p>= 80 x R$ 15,00</p><p>= R$ 1.200,00</p><p>A soma desses valores é a renda bruta da atividade:</p><p>= R$ 37.131,00 + R$ 1.200,00</p><p>= R$ 38.331,00</p><p>Caso parte da produção seja utilizada para o consumo da família, o valor desse</p><p>produto deverá compor a renda bruta da atividade, e, para calcular o valor,</p><p>toma-se como base o preço recebido no período.</p><p>Agora, para concluir esse conhecimento, reflita um pouco.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 120</p><p>Pare para pensar</p><p>Entendido como calcular a renda bruta quando o assunto</p><p>é erva-mate, você consegue dizer se esse mesmo tipo de</p><p>cálculo se aplica a outras culturas?</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste terceiro tópico, você:</p><p>Conheceu a Fazenda</p><p>Santa Rita e sua</p><p>atividade.</p><p>Viu o resultado das</p><p>vendas da propriedade</p><p>relativo à produção de</p><p>erva-mate.</p><p>Compreendeu o</p><p>passo a passo do</p><p>cálculo da renda</p><p>bruta da propriedade</p><p>considerando a sua</p><p>atividade principal.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 121</p><p>Tópico 4: Peculiaridades no cálculo</p><p>da renda bruta</p><p>Existem diferenças nas culturas que impactam na renda</p><p>bruta da atividade?</p><p>No decorrer deste tópico, você entenderá como as peculiaridades</p><p>da cultura da produção de alface impactam no cálculo da renda</p><p>bruta da atividade.</p><p>Participação da renda da alface na renda da</p><p>atividade da olericultura</p><p>O composto é um componente (insumo) no processo de produção de</p><p>alface. É produzido pelo uso de restos culturais da área de produção,</p><p>esterco e outros resíduos de origem animal ou vegetal.</p><p>Na renda da propriedade que somente produz alface, existe uma estabilidade</p><p>no faturamento anual, em que a receita vem da alface, porém também há a</p><p>possibilidade de auferir receita do composto excedente.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 122</p><p>Dessa forma, ela teria duas</p><p>atividades produtivas distintas de</p><p>finalidade econômica.</p><p>No caso de ter uma renda</p><p>constante e estabilizada</p><p>da produção do composto,</p><p>ela teria status de</p><p>“atividade produtiva de</p><p>finalidade econômica”.</p><p>Em alguns casos, devido a</p><p>uma necessidade</p><p>inesperada de recursos</p><p>financeiros, poderá haver</p><p>a venda de composto</p><p>acima do esperado.</p><p>Sobre essa</p><p>renda...</p><p>Assim, a receita do composto não</p><p>poderia ser classificada como</p><p>proveniente da atividade</p><p>de olericultura.</p><p>Então, será possível observar um</p><p>acréscimo repentino na</p><p>renda anual.</p><p>Outra questão importante, que pode ter interferência direta na renda</p><p>da produção da atividade, está no uso do espaçamento entre plantas,</p><p>que diretamente se refletirá na renda bruta total.</p><p>Aspectos da participação da renda da alface na</p><p>renda da atividade da olericultura</p><p>Agora, analise alguns possíveis cenários para entender melhor por que o</p><p>espaçamento influencia na participação da alface na renda da atividade.</p><p>Para começar, observe os três cenários apresentados:</p><p>Área de</p><p>produção</p><p>Espaçamento Número</p><p>de</p><p>plantas</p><p>Preço</p><p>de venda</p><p>(R$) /</p><p>planta</p><p>Receita do</p><p>alface</p><p>(R$)</p><p>% da</p><p>receita em</p><p>relação ao</p><p>menor</p><p>orçamento</p><p>Entre linhas</p><p>(m)</p><p>Entre plantas</p><p>(m)</p><p>100m²</p><p>0,15 0,15 4444 0,8 R$ 3.555,56 xxxxx</p><p>0,2 0,2 2500 0,8 R$ 2.000,00 -44%</p><p>0,3 0,3 1111 0,8 R$ 888,89 -75%</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 123</p><p>Entenda melhor cada cenário!</p><p>Neste cenário, observa-se que, com uma densidade de plantas maior, a área</p><p>produziu um maior número de plantas.</p><p>Porém, a renda da produção da alface está 44% menor do que o exemplo</p><p>de menor espaçamento.</p><p>Cenários B e C – Espaçamento de 0,2 m x 0,2 m</p><p>Neste cenário, normalmente a propriedade dispõe de solos com pouca</p><p>fertilidade e não utiliza mecanismos para melhorar sua qualidade. Assim, com</p><p>menor densidade de plantas por metro quadrado, a produção e a renda em</p><p>relação à venda de alface são comprometidas.</p><p>Neste cenário, a composição da renda da atividade reduziu em 75% a</p><p>capacidade de geração de renda.</p><p>Cenário A – Espaçamento 0,3 m x 0,3 m</p><p>A respeito da especialização na produção de alface, normalmente ocorre</p><p>pouco descarte da produção. Isso se deve a um trabalho mais qualificado, em</p><p>que o nível tecnológico é maior, e ao uso viável de um espaçamento menor,</p><p>aumentando a produção.</p><p>Na produção especializada, as plantas têm um desenvolvimento rápido, e</p><p>isso se deve à maximização dos recursos de produção. Em consequência</p><p>disso, há um aumento no custo variável, mas que é compensado pela</p><p>comercialização da alface ser bem maior.</p><p>Cenário D – Espaçamento de 0,15 m x 0,15 m</p><p>Observe um exemplo de resultado obtido em uma propriedade produtora de</p><p>alface que vendia ocasionalmente composto.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 124</p><p>Na prática</p><p>Veja os dados de uma propriedade produtora de alface:</p><p>• Área total de produção de alface: 100 m2</p><p>• Número de safras no ano: 6</p><p>• Preço de venda da alface:</p><p>- Safra 1: R$ 0,85/un.</p><p>- Safra 2: R$ 0,90/un.</p><p>- Safra 3: R$ 0,74/un.</p><p>- Safra 4: R$ 0,50/un.</p><p>- Safra 5: R$ 0,83/un.</p><p>- Safra 6: R$ 0,92/un.</p><p>• Espaçamento utilizado: 0,2 m x 0,2 m</p><p>• Na safra 4, ocorreu a venda de 3.000 kg</p><p>de composto excedente.</p><p>• Preço do composto: R$ 1,00/kg.</p><p>Calcule:</p><p>1. Receita bruta</p><p>total de alface</p><p>Considerando...</p><p>- Safra 1: R$ 0,85/un. x 2.500 plantas = R$ 2.125,00</p><p>- Safra 2: R$ 0,90/un. x 2.500 plantas = R$ 2.250,00</p><p>- Safra 3: R$ 0,74/un. x 2.500 plantas = R$ 1.850,00</p><p>- Safra 4: R$ 0,50/un. x 2.500 plantas = R$ 1.250,00</p><p>- Safra 5: R$ 0,83/un. x 2.500 plantas = R$ 2.075,00</p><p>- Safra 6: R$ 0,92/un. x 2.500 plantas = R$ 2.300,00</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 125</p><p>Receita total da alface = R$ 2.125,00 + R$ 2.250,00 + R$ 1.850,00 + R$ 1.250,00</p><p>+ R$ 2.075,00 + R$ 2.300,00</p><p>Receita total da alface = R$ 11.850,00</p><p>2. Receita da venda do composto</p><p>Receita do composto = 3.000 kg x R$ 1,00</p><p>Receita do composto = R$ 3.000,00</p><p>3. Receita da atividade da propriedade</p><p>Composição da receita total da propriedade</p><p>Item</p><p>Renda bruta</p><p>Total por safra</p><p>Alface Composto</p><p>Safra 1 R$ 2.125,00 R$ 2.125,00</p><p>Safra 2 R$ 2.250,00 R$ 2.250,00</p><p>Safra 3 R$ 1.850,00 R$ 1.850,00</p><p>Safra 4 R$ 1.250,00 R$ 3.000,00 R$ 4.250,00</p><p>Safra 5 R$ 2.075,00 R$ 2.075,00</p><p>Safra 6 R$ 2.300,00 R$ 2.300,00</p><p>Total no ano R$ 11.850,00 R$ 3.000,00 R$ 14.850,00</p><p>Na análise de rentabilidade da propriedade produtora de alface, percebe-se</p><p>que 20,2% da receita bruta total da propriedade, no ano estudado, foram</p><p>provenientes da venda, ocasional, do composto. Logo, será necessário um</p><p>olhar crítico na hora de analisar e comparar a rentabilidade da propriedade</p><p>com outras propriedades que desenvolvam a mesma atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 126</p><p>Acesse o Ambiente de Estudos e assista a um vídeo</p><p>que preparamos especialmente para você. Você vai</p><p>ampliar o entendimento sobre renda bruta, com a</p><p>explicação do Prof. Erno e um maior detalhamento</p><p>sobre esse conceito. Acompanhe!</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quarto tópico, você:</p><p>Conheceu a participação</p><p>da renda da alface na</p><p>renda da atividade da</p><p>olericultura.</p><p>Entendeu como realizar</p><p>análise de rentabilidade</p><p>da propriedade</p><p>produtora de alface.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 127</p><p>Tópico 5: Aplicação do cálculo da</p><p>renda bruta</p><p>Como compor a renda da propriedade incluindo esses</p><p>novos conceitos?</p><p>Neste tópico, você vai analisar os dados da Fazenda Santa Felicidade</p><p>para aplicar a metodologia de ATeG.</p><p>Agora, será preciso compreender como é a composição da renda dessa</p><p>propriedade.</p><p>Juntos, o Sr. Ariovaldo e o Técnico de Campo Marcelo fizeram seus cálculos, a</p><p>partir dos dados que você acabou de ver.</p><p>Para calcular a renda bruta de uma atividade, é preciso somar a renda</p><p>obtida por produto dessa atividade no intervalo de 12 meses a qualquer</p><p>outra renda gerada, por exemplo, a venda de sucatas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 128</p><p>a atividade olerícola, para calcular a renda, primeiramente devemos calcular</p><p>a produção. A produção é o resultado da soma dos componentes.</p><p>Alface vendida</p><p>no atacado</p><p>Alface vendida</p><p>a varejo</p><p>Alface usada</p><p>no consumoProdução</p><p>Uma vez definida a produção, encontramos a renda da alface multiplicando</p><p>os componentes.</p><p>Unidade</p><p>de alface</p><p>produzida</p><p>Preço médio</p><p>ponderado</p><p>da alface vendida</p><p>no período</p><p>Renda da</p><p>produção de</p><p>alface</p><p>Vale destacar que é preciso fazer a multiplicação da alface vendida, pois esse</p><p>número reflete a oportunidade de mercado para o restante da produção (alface</p><p>consumo, atacado e varejo).</p><p>Por fim, para definir a renda da atividade da olericultura, somamos a renda da</p><p>alface comercializada no atacado e a varejo com a renda da venda de composto.</p><p>Renda da</p><p>alface</p><p>Venda de</p><p>composto</p><p>Renda da</p><p>atividade</p><p>olerícola</p><p>Para facilitar o entendimento, as rendas de cada item serão obtidas separadamente</p><p>e depois somadas.</p><p>Renda da venda de alface no atacado</p><p>Esta renda é obtida somando as rendas mensais -> a renda mensal é obtida</p><p>multiplicando o volume vendido em cada mês pelo preço praticado naquele mês.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 129</p><p>Observe a tabela!</p><p>Mês Alface (unidade) Preço (R$) Renda mensal (R$)</p><p>1 28.000 x 0,70 = 19.600,00</p><p>2 27.800 x 0,65 = 18.070,00</p><p>3 27.900 x 0,68 = 18.972,00</p><p>4 27.950 x 0,75 = 20.962,50</p><p>5 28.000 x 0,73 = 20.440,00</p><p>6 28.000 x 0,70 = 19.600,00</p><p>7 27.950 x 0,71 = 19.844,50</p><p>8 28.000 x 0,68 = 19.040,00</p><p>9 28.000 x 0,67 = 18.760,00</p><p>10 28.150 x 0,72 = 20.268,00</p><p>11 28.100 x 0,75 = 21.075,00</p><p>12 28.050 x 0,70 = 19.635,00</p><p>Somatório das rendas mensais = R$ 236.267,00</p><p>Renda da venda de alface a varejo</p><p>Esta renda é calculada da mesma forma, multiplicando o volume pelo preço de</p><p>mercado, pois é considerado que o produtor vendeu a alface para ele mesmo.</p><p>Essa renda é calculada da mesma forma, multiplicando o volume pelo</p><p>preço de mercado, pois se considera que o produtor vendeu a alface</p><p>direto ao consumidor.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 130</p><p>Observe na tabela, o cálculo da renda da alface vendida a varejo.</p><p>Mês Alface (unidades) Preço (R$) Renda mensal (R$)</p><p>1 2.000 x 1,20 = 2.400,00</p><p>2 2.200 x 1,18 = 2.596,00</p><p>3 2.100 x 1,15 = 2.415,00</p><p>4 2.050 x 1,16 = 2.378,00</p><p>5 2.000 x 1,14 = 2.280,00</p><p>6 2.000 x 1,25 = 2.500,00</p><p>7 2.050 x 1,20 = 2.460,00</p><p>8 2.000 x 1,25 = 2.500,00</p><p>9 2.000 x 1,15 = 2.300,00</p><p>10 1.850 x 1,20 = 2.220,00</p><p>11 1.900 x 1,25 = 2.375,00</p><p>12 1.950 x 1,25 = 2.437,50</p><p>Somatório das rendas mensais = R$ 28.861,50</p><p>Renda da alface consumida pela família</p><p>Esta alface é contabilizada na renda para que se possa fazer o débito nos</p><p>custos que estamos calculando. O cálculo está baseado nos valores de venda</p><p>a varejo. Observe!</p><p>Mês Alface (unidade) Preço (R$) Renda mensal (R$)</p><p>1 31 x 1,20 = 37,20</p><p>2 28 x 1,18 = 33,04</p><p>3 31 x 1,15 = 35,65</p><p>4 30 x 1,16 = 34,80</p><p>5 31 x 1,14 = 35,34</p><p>6 30 x 1,25 = 37,50</p><p>7 31 x 1,20 = 37,20</p><p>8 31 x 1,25 = 38,75</p><p>9 31 x 1,15 = 35,65</p><p>10 30 x 1,20 = 36,00</p><p>11 31 x 1,25 = 38,75</p><p>12 30 x 1,25 = 37,50</p><p>Somatório das rendas mensais = R$ 437,38</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 131</p><p>Renda obtida da venda de composto</p><p>Consiste na soma dos valores obtidos em venda, multiplicando o preço pela</p><p>quantidade vendida em cada mês do ano. Acompanhe o que foi vendido!</p><p>Item Quantidade</p><p>(sacas) Preço (R$) Total (R$)</p><p>Composto 500 x 32,00 = 16.000,00</p><p>Renda total da venda de composto = R$ 16.000,00</p><p>Cálculo da participação da renda da alface na renda</p><p>da atividade</p><p>Agora, deve-se calcular, separadamente, a renda da alface e a renda da</p><p>atividade da olericultura.</p><p>Renda da alface</p><p>Renda Valor (R$)</p><p>Renda da alface do mês 1 22.037,20</p><p>Renda da alface do mês 2 20.699,04</p><p>Renda da alface do mês 3 21.422,65</p><p>Renda da alface do mês 4 23.375,30</p><p>Renda da alface do mês 5 22.755,34</p><p>Renda da alface do mês 6 22.137,50</p><p>Renda da alface do mês 7 22.341,70</p><p>Renda da alface do mês 8 21.578,75</p><p>Renda da alface do mês 9 21.095,65</p><p>Renda da alface do mês 10 22.524,00</p><p>Renda da alface do mês 11 23.488,75</p><p>Renda da alface do mês 12 22.110,00</p><p>Total 265.565,88</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 132</p><p>Renda da atividade</p><p>R$ 265.565,88</p><p>R$ 16.000,00</p><p>R$ 281.565,88</p><p>Renda da atividade =</p><p>Resultado</p><p>Renda da alface</p><p>Renda da atividade</p><p>R$ 265.565,88</p><p>R$ 281.565,88</p><p>= = 94,31%</p><p>Somatório das rendas ou riquezas produzidas pela</p><p>atividade da olericultura</p><p>Para finalizar os cálculos, ainda se devem considerar as riquezas que foram</p><p>produzidas pela atividade olerícola da Fazenda Santa Felicidade. Observe!</p><p>Produto Valor (R$)</p><p>Renda da alface no atacado 236.267,00</p><p>Renda da alface a varejo 28.861,50</p><p>Alface consumida pela família 437,38</p><p>Venda de composto 16.000,00</p><p>TOTAL 281.565,88</p><p>Análise resumida da composição da renda</p><p>A composição da renda foi apresentada de forma separada para cada item,</p><p>para ajudá-lo a desenvolver um raciocínio ponderado, porém essa composição</p><p>pode ser realizada de maneira mais simples.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 133</p><p>Em cada mês, é possível somar toda a alface produzida e multiplicar o resultado</p><p>obtido pelo preço (é variável de acordo com o mercado que o produto e</p><p>direcionado), gerando</p><p>matemáticas,</p><p>• aplicar o conceito de renda bruta na análise econômica de uma propriedade rural.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 8</p><p>Praticando…</p><p>Agora que você conhece os temas que serão trabalhados no módulo, o que</p><p>acha de ver esses conceitos de forma mais prática?</p><p>Acesse o Ambiente de Estudos e assista a um vídeo</p><p>que preparamos especialmente para você. Nele, você</p><p>vai entender como poderá praticar e refletir durante</p><p>todo o módulo, acompanhando a história do Técnico</p><p>Marcelo e da Fazenda Santa Felicidade.</p><p>Desafios da jornada</p><p>Vale lembrar que o conteúdo é todo interligado. Por isso, você precisa conhecer</p><p>o primeiro tema com todos os tópicos e realizar a Atividade de Passagem, para</p><p>depois iniciar o tema seguinte.</p><p>Observe os ícones a seguir e relembre os tipos de desafios que você encontrará</p><p>ao longo do módulo!</p><p>Pense e Decida</p><p>Situações práticas e objetivas em que você deve analisar o cenário</p><p>e tomar uma decisão. Não possui valor para a certificação.</p><p>Atividade de Passagem</p><p>Tem objetivo de verificar se você teve um bom aproveitamento</p><p>em relação ao conteúdo do tema correspondente e libera o acesso</p><p>ao tema seguinte.</p><p>Estudo de Caso</p><p>Obrigatório e de valor avaliativo, o Estudo de Caso consiste em</p><p>uma questão reflexiva, relacionada aos temas estudados.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 9</p><p>Simulado</p><p>Depois de passar por todos os temas do módulo e tiver completado</p><p>a última atividade, você deverá responder o Simulado.</p><p>Avaliação</p><p>A Avaliação é obrigatória e tem como objetivo verificar o seu</p><p>desempenho em cada módulo.</p><p>Fórum</p><p>O Fórum proporciona o debate e a troca de conhecimento entre</p><p>você e o tutor. Existe um Fórum por módulo, que fica aberto</p><p>durante todo o seu período de estudos nesta fase.</p><p>Ah, não se esqueça:</p><p>• Realize, no Ambiente de Estudos, a pesquisa de satisfação.</p><p>• A nota do módulo é composta por uma média simples.</p><p>• Para passar: Avaliação + Estudo de Caso / 2 = 6 ou mais.</p><p>Lembre-se de que é essencial voltar ao final de cada tema para realizar a sua</p><p>Atividade de passagem, combinado?</p><p>Tenha uma ótima jornada de conhecimento e crescimento. Bons estudos!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 10</p><p>Tema 1: O agronegócio</p><p>Introdução</p><p>Você está iniciando o primeiro tema do módulo. O objetivo é que você conheça</p><p>a evolução do agronegócio, entendendo sua importância hoje para obter a</p><p>melhor gestão da propriedade rural. Além disso, é essencial que você compreenda</p><p>os conceitos relativos à metodologia de ATeG, como o funcionamento das</p><p>cadeias produtivas, a teoria geral de custos, a economia em escala e a</p><p>elasticidade de preço – conhecimentos fundamentais para uma boa gestão.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 11</p><p>Ao final deste tema, você será capaz de:</p><p>• reconhecer o histórico e a evolução do agronegócio,</p><p>• analisar o setor rural brasileiro diante do contexto apresentado,</p><p>• reconhecer a composição e a importância das cadeias produtivas,</p><p>• identificar os conceitos da teoria geral de custos e os efeitos da economia de</p><p>escala no custo unitário de um produto,</p><p>• reconhecer o reflexo da demanda e da oferta em seu preço.</p><p>Estrutura do tema</p><p>Grandes são os desafios enfrentados pelos agentes da assistência técnica, por</p><p>isso é necessário que todos estejam preparados e munidos de informações</p><p>e conhecimentos. Para facilitar o entendimento deste conteúdo e garantir o</p><p>acesso, cada tema é dividido em tópicos.</p><p>Veja os cinco tópicos que compõem o tema e conheça o objetivo de cada</p><p>um dos tópicos.</p><p>Tema 1</p><p>Tópico 1</p><p>Tópico 2Tópico 5</p><p>Tópico 4 Tópico 3</p><p>Introdução ao agronegócio</p><p>Compreender a origem do agronegócio e</p><p>a partir de quando ele passou a ter essa</p><p>denominação.</p><p>Cadeias produtivas</p><p>Desenvolver a visão sistêmica</p><p>da cadeia produtiva.</p><p>Elasticidade de preços</p><p>Compreender as dinâmicas</p><p>de mercado, uma vez que</p><p>os produtores rurais, em</p><p>sua maioria, são tomadores</p><p>de preços, não formadores.</p><p>Economia de escala</p><p>Identificar corretamente os custos</p><p>de produção, especialmente os</p><p>de natureza fixa, associados às</p><p>quantidades produzidas.</p><p>Teoria geral de custos</p><p>Conhecer os conceitos sobre</p><p>custos de produção e a divisão</p><p>clássica dos custos, de acordo</p><p>com sua natureza.</p><p>Tópicos legais, não é mesmo? Entendido o que esperar de cada um, siga em</p><p>frente!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 12</p><p>Tópico 1: Introdução ao agronegócio</p><p>Afinal, o que é o agronegócio?</p><p>No decorrer deste tópico você vai conhecer a origem do conceito</p><p>de agronegócio, a sua história, abrangência e importância para a</p><p>movimentação econômica, em escala nacional e mundial.</p><p>Com a diversificação da base produtiva das criações de animais e do desenvolvimento</p><p>tecnológico, ocorreu a integração entre atividades agropecuárias, atividades</p><p>industriais e serviços.</p><p>Essa integração envolve atividades de produção agropecuária com indústrias</p><p>de suporte* para as demais atividades de apoio e é chamada de agronegócio.</p><p>Indústrias responsáveis pelo fornecimento de máquinas e equipamentos, insumos, processamento,</p><p>armazenamento e comércio de alimentos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 13</p><p>O começo</p><p>Até meados da década de 1950, o negócio rural era</p><p>entendido apenas como processos de transformação</p><p>que aconteciam dentro das propriedades rurais. Ou</p><p>seja, a produção de produtos primários que seriam</p><p>ofertados ao mercado consumidor.</p><p>Em 1957, os pesquisadores da Universidade de</p><p>Harvard John Davis e Ray Goldberg usaram o termo</p><p>“agribusiness”.</p><p>Derivado de “agricultura”, esse termo abrange um conjunto de operações</p><p>que envolve a produção, passa pela armazenagem e o processamento e</p><p>se estende à distribuição de produtos agrícolas e derivados.</p><p>Davis e Goldberg reconheceram que não era mais adequado analisar a</p><p>economia rural nos moldes tradicionais (com setores isolados que fabricavam</p><p>insumos, processavam os produtos e os comercializavam), mas sim como o</p><p>conjunto de operações de todos os segmentos que contribuem para</p><p>a produção rural.</p><p>1957</p><p>1980</p><p>Na década de 80,</p><p>essa nova visão</p><p>da agropecuária</p><p>começou a ser</p><p>usada no Brasil.</p><p>Nessa época surgiram a Associação</p><p>Brasileira de Agribusiness (Abag) e o</p><p>Programa de Estudos dos Negócios do</p><p>Sistema Agroindustrial da Universidade</p><p>de São Paulo (Pensa/USP).</p><p>O termo “agribusiness” se espalhou.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 14</p><p>Foi somente a partir da segunda metade da década de 1990 que o termo</p><p>“agronegócio” começou a ser aceito e adotado nos livros-textos e na mídia,</p><p>culminando com a criação dos cursos superiores de agronegócios em nível de</p><p>graduação universitária.</p><p>Pare para pensar</p><p>Imagine uma propriedade familiar que produz frangos</p><p>caipiras e hortaliças para vender nas feiras locais. Agora,</p><p>pense em uma fazenda de gado para venda em grande</p><p>escala a indústrias exportadoras. Em sua opinião, ambas</p><p>podem ser consideradas agronegócios?</p><p>Escreva aqui o que acha e revisite sua resposta depois</p><p>de finalizar este tema!</p><p>Hoje em dia</p><p>Atualmente, o termo “agronegócio” é estigmatizado em determinados segmentos</p><p>da sociedade, pois tem sua imagem vinculada diretamente a grandes áreas</p><p>de cultivo e a grandes empresas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 15</p><p>Indústria</p><p>Serviços</p><p>Cultivam a terra</p><p>Criam animais</p><p>Porém, o termo é abrangente e engloba todos aqueles que cultivam a terra e</p><p>criam animais, em qualquer escala, além de qualquer indústria e serviço</p><p>de apoio à produção de alimentos.</p><p>O agronegócio na economia brasileira</p><p>Para você entender melhor a importância do agronegócio dentro da economia</p><p>brasileira, veja os números do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma</p><p>dos valores monetários de todos os bens e serviços que um país produz em</p><p>determinado período.</p><p>No Brasil, uma parte significativa da economia vem do agronegócio, que</p><p>representa 21,46% do PIB nacional, conforme mostra o gráfico a seguir.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica</p><p>um valor parcial mensal da renda. Depois, soma a renda</p><p>dos 12 meses e adiciona a venda de composto.</p><p>Acompanhe nas tabelas!</p><p>Alface Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4</p><p>Total de unidades produzidas 30.031 30.028 30.031 30.030</p><p>Vendido no atacado (R$) 19.600,00 18.070,00 18.972,00 20.962,00</p><p>Vendido a varejo (R$) 2.400,00 2.596,00 2.415,00 2.378,00</p><p>Consumo (R$) 37,20 33,04 35,65 34,80</p><p>Renda em alface (R$) 22.037,20 20.699,04 21.422,65 23.374,80</p><p>Alface Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8</p><p>Total de unidades produzidas 30.031 30.030 30.031 30.031</p><p>Vendido no atacado (R$) 20.440,00 19.600,00 19.844,00 19.040,00</p><p>Vendido a varejo (R$) 2.280,00 2.500,00 2.460,00 2.500,00</p><p>Consumo (R$) 35,34 37,50 37,20 38,75</p><p>Renda em alface (R$) 22.755,34 22.137,50 22.341,70 21.578,75</p><p>Alface Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12</p><p>Total de unidades produzidas 30.031 30.030 30.031 30.030</p><p>Vendido no atacado (R$) 18.760,00 20.268,00 21.075,00 19.635,00</p><p>Vendido a varejo (R$) 2.300,00 2.220,00 2.375,00 2.437,50</p><p>Consumo (R$) 35,65 36,00 38,75 37,50</p><p>Renda em alface (R$) 21.095,65 22.524,00 23.488,75 22.110,38</p><p>Total de unidades de alface produzidas anualmente: 360.365.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 134</p><p>Renda Valor (R$)</p><p>Renda da alface do mês 1 22.037,20</p><p>Renda da alface do mês 2 20.699,04</p><p>Renda da alface do mês 3 21.422,65</p><p>Renda da alface do mês 4 23.374,80</p><p>Renda da alface do mês 5 22.755,34</p><p>Renda da alface do mês 6 22.137,50</p><p>Renda da alface do mês 7 22.341,70</p><p>Renda da alface do mês 8 21.578,75</p><p>Renda da alface do mês 9 21.095,65</p><p>Renda da alface do mês 10 22.524,00</p><p>Renda da alface do mês 11 23.488,75</p><p>Renda da alface do mês 12 22.110,00</p><p>Venda composto 16.000,00</p><p>Total (R$) 281.565,88</p><p>Dessa forma, podemos dizer que a renda da alface foi composta por toda a</p><p>produção, inclusive a destinada ao consumo e pela venda de composto.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quinto tópico, você:</p><p>Retornou aos dados</p><p>da Fazenda Sanata</p><p>Felicidade para</p><p>acompanhar o cálculo da</p><p>renda da propriedade.</p><p>Conheceu todas as</p><p>rendas relacionadas</p><p>à produção da</p><p>propriedade.</p><p>Entendeu como</p><p>realizar o passo a</p><p>passo desses cálculos,</p><p>analisando tabelas</p><p>essenciais.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 135</p><p>Encerramento do tema</p><p>Você chegou ao final do terceiro tema e, durante os estudos, pôde entender</p><p>como compor a renda de uma atividade, incluindo toda produção obtida,</p><p>mesmo a que foi doada, utilizada como insumo ou consumida por colaboradores.</p><p>Compreendeu que depois, cada um desses itens será contabilizado como custo,</p><p>possibilitando enxergar quanto da renda foi comprometido em descarte,</p><p>perda, consumo ou doação. Agora, finalizada essa etapa, você será capaz de:</p><p>Calcular a renda</p><p>bruta de uma</p><p>propriedade rural,</p><p>considerando os</p><p>componentes que</p><p>fazem parte dela e</p><p>as peculiaridades</p><p>de cada cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Identificar os</p><p>critérios para rateio</p><p>e alocação de custos</p><p>importantes para a</p><p>avaliação separada</p><p>de subprodutos</p><p>e atividades</p><p>secundárias.</p><p>Atribuir</p><p>corretamente o</p><p>que foi apurado de</p><p>renda bruta para</p><p>o negócio, sempre</p><p>considerando</p><p>os conceitos</p><p>preconizados pela</p><p>metodologia ATeG.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 136</p><p>Você está no final de mais uma etapa completa de informações importantes para</p><p>um gerenciamento financeiro eficiente. O conteúdo é intenso, mas essencial</p><p>para o seu trabalho na propriedade rural!</p><p>Acesse mais uma vez o Ambiente de Estudos e</p><p>assista a um vídeo sobre o Marcelo e o seu trabalho</p><p>na Fazenda Santa Felicidade. Confira cada etapa de</p><p>suas atividades!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 137</p><p>Atividade de Passagem</p><p>Chegou a hora de colocar em prática o que aprendeu!</p><p>Você deve responder uma questão relacionada ao conteúdo</p><p>estudado até aqui para passar para o próximo tema, ok?</p><p>Atenção! Se você estiver com alguma dúvida quanto ao</p><p>assunto, retorne ao conteúdo do módulo ou, se preferir, entre</p><p>em contato com o tutor no seu Ambiente de Estudos.</p><p>Questão</p><p>A renda de um negócio deve ser dimensionada corretamente, assim como</p><p>o rateio dos custos, para que possamos avaliar o resultado econômico de</p><p>um negócio. Com relação à renda bruta, analise as proposições e assinale a</p><p>alternativa que contém a sequência correta:</p><p>1. A renda de um negócio é o somatório das riquezas por ele produzida.</p><p>2. A renda obtida com a venda de subprodutos de um negócio é considerada um</p><p>dos componentes da renda dele.</p><p>3. As rendas obtidas de atividades secundárias, assim como seus custos, devem</p><p>ter uma contabilidade separada da atividade principal, para que se possa avaliar</p><p>a viabilidade nos diferentes negócios. Exemplo: separar renda e custo da alface</p><p>da renda e custo do composto.</p><p>4. Na atividade olerícola, a ampliação da produção de composto é feita pela própria</p><p>propriedade, o crescimento dessa produção NÃO deve ser considerado uma</p><p>riqueza do negócio no ano da avaliação.</p><p>5. Um subproduto não se desvincula do produto principal, ou seja, existindo a</p><p>atividade principal, haverá o subproduto. Explorá-lo ou não é uma decisão do</p><p>administrador (um exemplo disso é o esterco que pode ser descartado, usado</p><p>em lavouras ou vendido), ao passo que ter uma atividade secundária é outro</p><p>negócio, que parte integralmente da decisão do administrador.</p><p>1. A, B, C e E</p><p>2. B, C e D</p><p>3. A, C, D e E</p><p>4. C, D e E</p><p>5. A, B e C</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 138</p><p>Encerramento do módulo</p><p>Durante este módulo foram abordados conceitos importantes, que ajudam</p><p>a compreender o agronegócio sob uma visão holística, assim como o</p><p>gerenciamento da empresa rural. Dentro de cada tema, foram aprofundados</p><p>assuntos fundamentais. Relembre!</p><p>As mudanças ocorridas</p><p>na agropecuária</p><p>brasileira nas últimas</p><p>décadas, em um</p><p>cenário no qual foi</p><p>possível observar as</p><p>margens de lucro</p><p>se estreitando e</p><p>passando a exigir um</p><p>comportamento mais</p><p>profissional do produtor</p><p>rural habituado com</p><p>gestão e mão de obra</p><p>familiares.</p><p>A transformação do</p><p>agronegócio brasileiro</p><p>em uma extensa rede</p><p>de agentes econômicos,</p><p>antes, dentro e depois</p><p>da porteira, em um</p><p>processo intersetorial</p><p>chamado de “cadeia</p><p>produtiva”.</p><p>O entendimento</p><p>financeiro relativo</p><p>à renda bruta da</p><p>atividade, aspecto</p><p>essencial para a gestão</p><p>e o gerenciamento</p><p>de uma propriedade</p><p>rural, considerando as</p><p>diversas peculiaridades</p><p>existentes em cada</p><p>atividade da cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 139</p><p>O objetivo é que você seja capaz de atribuir corretamente o que foi apurado de</p><p>renda bruta para o seu negócio, sempre considerando os conceitos preconizados</p><p>pela metodologia de ATeG.</p><p>A partir de agora você está preparado para realizar um amplo</p><p>diagnóstico da cadeia produtiva onde atua, podendo encontrar de</p><p>maneira mais eficiente pontos de estrangulamentos antes, dentro ou</p><p>fora da porteira.</p><p>Antes de finalizar este módulo, acesse o Ambiente de</p><p>Estudos e assista ao vídeo de encerramento.</p><p>Siga em frente e acesse, no ambiente de Estudos, o Estudo de Caso, o Simulado</p><p>e a sua Avaliação.</p><p>Sucesso e até o próximo módulo!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 140</p><p>Final de etapa</p><p>Parabéns pelo seu percurso até aqui!</p><p>Este é mais um momento para você aplicar os seus conhecimentos! Então,</p><p>para finalizar o módulo, você deverá realizar três atividades. Veja nos ícones a</p><p>explicação sobre o que deve ser feito!</p><p>Estudo de Caso</p><p>Será apresentada para você uma situação-problema relacionada</p><p>aos temas estudados no módulo. Responda, fazendo uma análise</p><p>da situação. A partir deste módulo, você deverá responder ao</p><p>estudo de caso em forma de texto, ok? Essa atividade será</p><p>corrigida pelo tutor, que dará uma nota e um feedback.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 141</p><p>Simulado</p><p>São 17 questões objetivas sobre os três temas deste módulo.</p><p>Você pode realizar o Simulado três vezes, permitindo que você</p><p>se prepare bem para a Avaliação.</p><p>A realização dessa atividade é obrigatória, porém</p><p>não vale nota.</p><p>Ela é uma ótima oportunidade para verificar o seu conhecimento,</p><p>estudar e ter uma prévia de como será a Avaliação. Aproveite!</p><p>Avaliação</p><p>Depois de realizar o Simulado, você terá acesso à Avaliação.</p><p>Ela também é composta por 17 questões objetivas de múltipla</p><p>escolha e é composta por todo o conteúdo estudado no módulo.</p><p>Essa atividade é obrigatória e vale nota.</p><p>O seu desempenho nela será contabilizado na sua média. A</p><p>correção é automática, ou seja, é o LMS que fará a correção</p><p>da atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 142</p><p>Onde acessar?</p><p>Para acessar essas atividades, observe o menu do seu Ambiente de Estudos</p><p>e depois identifique-as na aba Minhas Avaliações.</p><p>Início | Ambientação | Conteúdo | Biblioteca | Minhas Avaliações | Turma | Comunicação |</p><p>Importante! A Avaliação estará disponível somente depois que você</p><p>passar pelo Simulado. Comece apenas quando tiver a segurança e</p><p>a confiança necessárias nos seus estudos, pois você terá somente</p><p>uma tentativa de acerto.</p><p>Ah! Caso falte energia durante a avaliação, não se preocupe, pois o sistema</p><p>de avaliações, incluindo o Simulado, são salvos automaticamente. Você não</p><p>perderá nada do que já respondeu!</p><p>Para obter informações mais detalhadas sobre o acesso ou se tiver</p><p>qualquer dúvida, por favor, entre em contato pelo Tira-Dúvidas ou pelo</p><p>e-mail faleconoscoead@faculdadecna.com.br ou ainda pelo telefone</p><p>0800 006 4849 de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h,</p><p>no horário de Brasília.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 143</p><p>Gabarito das questões</p><p>Tema 1</p><p>Alternativa correta: II. B, C e E</p><p>Item B: entende-se que, ao adotar uma visão sistêmica e holística, os gestores</p><p>devem compreender que todos os que atuam para o fornecimento de um produto</p><p>ou serviço fazem parte do agronegócio, mesmo os de menor escala, como é o</p><p>caso da agricultura familiar. Tal compreensão corrobora com a perenidade das</p><p>cadeias produtivas a longo prazo, tornando o negócio sustentável econômica,</p><p>social e ambientalmente.</p><p>Item C: os custos de produção podem ser divididos em custos variáveis e</p><p>custos fixos. Este último possui a característica de não se alterar em curto e</p><p>médio prazos, mantendo a mesma infraestrutura e tecnologias de produção,</p><p>mesmo isso que eleve ou reduza a produção.</p><p>Item E: no que tange ao mercado, os preços pagos pelos produtos sofrem</p><p>elevada influência, tanto pela demanda quanto pela oferta, de acordo com seus</p><p>deslocadores. É o que os especialistas chamam de “lei da oferta e da demanda”.</p><p>Tema 2</p><p>Alternativa correta: III. A, D e E</p><p>Item A: está correto. Ele contempla a definição do que é gestão.</p><p>Item B: está incorreto. A globalização e a modernização no setor vêm tornando</p><p>os produtores capazes de abastecer o mercado com um custo menor. Isso</p><p>aumenta o desafio gerencial para todos os produtores. Aqueles que não estão</p><p>se adequando acabam forçados a sair do mercado.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 144</p><p>Item C: também está incorreto. A tomada de decisões do gestor define os</p><p>rumos dos negócios. Isso não é diferente no meio rural, porém, no agronegócio</p><p>as previsões feitas pelos gestores podem não se realizar, pois nesse meio o</p><p>gestor está submetido a condições praticamente incontroláveis, como condições</p><p>biológicas (ex.: surgimento de uma nova doença) e condições climáticas (ex.:</p><p>geada ou chuva de granizo).</p><p>Item D: está correto. No mercado de commodities agrícolas existe um grande</p><p>número de produtores e a entrada ou saída de um produtor em nada afeta a</p><p>oferta do produto, independentemente do volume por ele produzido.</p><p>Item E: também está correto. O ambiente externo influencia muito nos resultados</p><p>da empresa rural. É necessário que o gestor esteja atento ao comportamento</p><p>de fornecedores e clientes, flutuações cambiais (estas influenciam muito nos</p><p>preços dos principais insumos), mudanças legais e outros fatores. Um exemplo</p><p>disso é que uma falha ambiental pode fechar um negócio rural</p><p>Tema 3</p><p>Alternativa correta: I. A, B, C e E</p><p>Item A: está correto, pois a renda de um negócio é exatamente a somatória</p><p>de toda a riqueza por ele produzida. O produto da multiplicação é produção x</p><p>preço de comercialização. É importante que se adicione à renda os resultados</p><p>obtidos com a venda dos subprodutos (também frutos da multiplicação produção</p><p>de subprodutos x preço) e a variação da produção de composto, ou seja,</p><p>quanto de riqueza foi produzida em composto, porém não comercializada, no</p><p>período em que está se contabilizando renda/custo. Lembrando que, segundo</p><p>a metodologia de ATeG, essa avaliação é feita anualmente.</p><p>Item B: está correto. Conforme citado anteriormente, a renda proveniente da</p><p>venda dos subprodutos é considerada no cálculo da renda total da atividade</p><p>principal. Isso se dá porque o subproduto é uma consequência da atividade</p><p>principal, na qual dificilmente conseguiríamos separar os custos. Por exemplo,</p><p>quanto do custo de produção da cana-de-açúcar foi destinado à produção do</p><p>melado. Outro exemplo: quanto do custo da adubação para uma planta de figo</p><p>foi destinado para produzir mais figos e quanto do custo da adubação é usado</p><p>a fim de que ela gere bons ramos para produção de mudas (subproduto).</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 145</p><p>Item C: está correto. As atividades secundárias em uma propriedade rural podem</p><p>ter seus custos contabilizados em separado. A existência delas independe da</p><p>atividade principal. Por exemplo, um produtor de conservas de pepino pode ir</p><p>ao mercado comprar o pepino e não precisará produzir. Outro exemplo seria que</p><p>o produtor de uva pode contratar a mão de obra para podar suas plantas; ele</p><p>não precisa obter o conhecimento para realizar a poda. Em todos os exemplos</p><p>citados, o produtor deve contabilizar em separado, para que uma atividade</p><p>não cubra a ineficiência da outra. Sabe-se que, no mercado, o produtor tem</p><p>a alternativa de buscar pelo outro produto.</p><p>Item D: está incorreto, pois a variação da produção de composto em um</p><p>determinado período deve ser contabilizada como renda. O custo necessário</p><p>para produzir esse composto estará contabilizado junto aos demais custos do</p><p>negócio, logo, essa riqueza também deve ser avaliada. Lembrando que, no</p><p>cálculo da variação da produção de composto, retiramos o valor das compras</p><p>realizadas no período, pois essa riqueza veio do caixa da empresa rural, e esse</p><p>produto não foi produzido com o custo da propriedade.</p><p>Item E: está correto. Na semelhança das explicações das alternativas B e</p><p>C é que se explica que essa alternativa também é verdadeira. O subproduto</p><p>também é resultado de uma atividade qualquer, obtido pelos mesmos custos</p><p>que ela precisa para ter o produto principal, mais os custos de explorá-lo. As</p><p>atividades secundárias não dependem da principal para existir, logo, podem e</p><p>devem ter sua contabilidade separada.</p><p>Até o próximo módulo!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 146</p><p>Referências</p><p>BAHIA, J. Veja a importância de um bom gerenciamento para a empresa.</p><p>Revista Gestão e Negócios. Disponível em: http://revistagestaoenegocios.</p><p>uol.com.br/artigos/veja-a-importancia-de-um-bom-gerenciamento-para-a-</p><p>empresa/3016/#. Acesso em: 11 jan. 2017.</p><p>BERNARDO, L. T., QUEIROZ, A. M. A elasticidade-preço da demanda e a</p><p>elasticidade-preço da oferta nas commodities agrícolas milho e soja no Brasil.</p><p>Revista Eletrônica de Economia da Universidade Estadual de Goiás,</p><p>Anápolis, v. 7, n. 2, p. 48-65, 2011. Disponível em: https://www.revista.ueg.</p><p>br/index.php/economia/article/view/8418. Acesso em: 13 out. 2016.</p><p>DALCIN, D.; OLIVEIRA, S. V.; TROIAN, A. Gestão rural e a tomada de decisão:</p><p>estudo de caso no setor olerícula. In: SOBER. 48ª Congresso SOBER - Sociedade</p><p>Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural: tecnologias,</p><p>desenvolvimento e integração social. Campo Grande, 25 a 28 jul. 2010.</p><p>Disponível em: https://docplayer.com.br/12322352-Gestao-rural-e-a-tomada-</p><p>de-decisao-estudo-de-caso-no-setor-olericula.html. Acesso em: 8 fev. 2021.</p><p>UECKER, G. L., BRAUN, M.; UECKER, A. D. A gestão dos pequenos empreendimentos</p><p>rurais num ambiente competitivo global e de grandes estratégias. In: XLIII</p><p>Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural – Anais... SOBER, 2005,</p><p>Ribeirão Preto-SP, 2005.</p><p>http://revistagestaoenegocios.uol.com.br/artigos/veja-a-importancia-de-um-bom-gerenciamento-para-a-empresa/3016/#</p><p>http://revistagestaoenegocios.uol.com.br/artigos/veja-a-importancia-de-um-bom-gerenciamento-para-a-empresa/3016/#</p><p>http://revistagestaoenegocios.uol.com.br/artigos/veja-a-importancia-de-um-bom-gerenciamento-para-a-empresa/3016/#</p><p>https://www.revista.ueg.br/index.php/economia/article/view/8418</p><p>https://www.revista.ueg.br/index.php/economia/article/view/8418</p><p>https://docplayer.com.br/12322352-Gestao-rural-e-a-tomada-de-decisao-estudo-de-caso-no-setor-olericu</p><p>https://docplayer.com.br/12322352-Gestao-rural-e-a-tomada-de-decisao-estudo-de-caso-no-setor-olericu</p><p>e Gerencial pg. 16</p><p>Participação do PIB do Agronegócio no PIB Total - Brasil</p><p>(% PIB Agro)</p><p>27.00</p><p>27.00</p><p>24.00</p><p>21.00</p><p>18.00</p><p>15.00</p><p>12.00</p><p>9.00</p><p>6.00</p><p>3.00</p><p>1995 1996 1997 1998 1999</p><p>22.47</p><p>2000 2001 2002</p><p>(% PIB Agro)</p><p>2003</p><p>24.07</p><p>2004 2005 2006</p><p>20.83</p><p>2008</p><p>21.79</p><p>2010 2012</p><p>19.82 20.24 20.50</p><p>21.46</p><p>20142007 2009 2011 2013 2015</p><p>Fontes: Cepea (PIB Agro) e IBGE (PIB Total): elaboração Cepea</p><p>Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada / Cepea / Esalq / USP / Confederação</p><p>da Agricultura e Pecuária do Brasil / CNA – 2016</p><p>Os processos de operações</p><p>Entendida a importância do agronegócio para a economia brasileira, siga agora</p><p>a lógica das operações contínuas.</p><p>Por meio de uma visão sistêmica, é possível avaliar os processos que ocorrem</p><p>antes da propriedade rural, os que ocorrem dentro dela e também os</p><p>posteriores. Nessa visão, esses processos são denominados:</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 17</p><p>Antes da produção</p><p>Produção e fornecimento de insumos, máquinas,</p><p>equipamentos e serviços especializados.</p><p>Depois da produção</p><p>Transporte, industrialização,</p><p>distribuição e comercialização.</p><p>Durante a produção</p><p>Preparo e manejo de</p><p>solos, tratos culturais,</p><p>irrigação, colheita e</p><p>criação animal.</p><p>DISTRIBUIDORA</p><p>Entenda melhor cada conceito!</p><p>Antes da produção</p><p>Os segmentos deste conceito se referem a tudo que ocorre antes da</p><p>atividade na propriedade rural. Destacam-se os insumos, que podem ser</p><p>conceituados como os fatores de produção que propiciam a produção</p><p>primária.</p><p>Aplicando esse conceito básico à atividade agropecuária, podemos chamar de</p><p>insumos todos os bens e serviços que propiciam a produção do setor</p><p>agropecuário, ou seja, tudo o que facilita, melhora ou aumenta a produção.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 18</p><p>Insumos também são caracterizados por exigirem despesas consideradas</p><p>diretas (pagamentos), pois é necessária sua aquisição.</p><p>Exemplos de alguns insumos do agronegócio</p><p>• Sementes</p><p>• Energia</p><p>• Água</p><p>• Rações</p><p>• Equipamentos</p><p>• Máquinas</p><p>• Implementos</p><p>• Fertilizantes</p><p>• Sais minerais</p><p>• Produtos veterinários</p><p>• Equipamentos de irrigação</p><p>• Embalagens</p><p>Além desses fatores, existe o segmento de indústrias e empresas especializadas</p><p>em seu fornecimento.</p><p>Durante a produção</p><p>Este segmento agropecuário, por sua vez, se refere à produção</p><p>propriamente dita e engloba desde o preparo inicial do solo até a</p><p>obtenção do produto para ser comercializado.</p><p>Essa etapa é aquela em que o produtor que possui domínio define:</p><p>• cultura a ser implantada,</p><p>• volume ou nível de intensificação/tecnificação,</p><p>• período e escalonamento da safra,</p><p>• armazenamento,</p><p>• comercialização.</p><p>A tomada de decisões gerenciais feitas pelo produtor nessa etapa, em parte</p><p>se refletirá nas demais (antes e depois da produção). Isso porque pode gerar</p><p>menor ou maior demanda de insumos e, consequentemente, maior ou menor</p><p>oferta de produtos ao mercado consumidor.</p><p>Depois da produção</p><p>Este segmento é constituído pelos atos de processamento e distribuição</p><p>dos bens ou serviços, desde aqueles produzidos pela atividade</p><p>agropecuária até os produtos que chegam aos consumidores finais.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 19</p><p>Geralmente, o comércio, as agroindústrias e os prestadores de serviços (como</p><p>assistência técnica, pesquisa, crédito, marketing etc.) são os agentes envolvidos</p><p>nesse processo.</p><p>Cabe destacar que esta etapa também está sujeita a certas características</p><p>que não estão sob seu controle, por exemplo:</p><p>• sazonalidade de culturas,</p><p>• ataque de pragas e doenças,</p><p>• intempéries climáticas,</p><p>• alterações da demanda,</p><p>• políticas públicas ligadas ao setor.</p><p>A visão sistêmica do agronegócio potencializa benefícios para um desenvolvimento</p><p>mais intenso e harmônico da sociedade brasileira. Para isso, é necessário vencer</p><p>alguns desafios e conhecer as inter-relações das cadeias produtivas, de</p><p>forma a indicar os requisitos para melhorar a competitividade, a sustentabilidade</p><p>e a equidade.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste primeiro tópico, você:</p><p>Conheceu a origem</p><p>e a evolução do</p><p>agronegócio no Brasil</p><p>e no mundo.</p><p>Reconheceu a</p><p>importância do</p><p>agronegócio para a</p><p>economia brasileira.</p><p>Entendeu como</p><p>funcionam os</p><p>processos das</p><p>operações na prática.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 20</p><p>Tópico 2: Cadeias produtivas</p><p>Você sabe efetivamente o que é uma cadeia produtiva</p><p>na prática?</p><p>Neste tópico você verá o que são cadeias produtivas e como analisá-</p><p>las, entendendo sua estrutura, sua organização e seus melhores</p><p>arranjos.</p><p>A globalização, a evolução dos mercados consumidores e os avanços tecnológicos</p><p>de processos produtivos têm refinado cada vez mais o conceito de cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Inicialmente, ela foi definida como:</p><p>Um conjunto de elementos que interagem em um processo produtivo</p><p>para a oferta de produtos ou serviços ao mercado consumidor.</p><p>O conceito de cadeia produtiva foi criado na França na década de 1960,</p><p>quando foi definida como as sucessões de atividades ligadas à produção</p><p>agropecuária.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 21</p><p>Especialmente no agronegócio, as cadeias produtivas podem ser vistas com</p><p>a inter-relação de vários segmentos sob a lógica da oferta de bens e serviços</p><p>ao mercado de produtos agropecuários in natura ou beneficiados.</p><p>Nelas, o ciclo produtivo possui os processos já conhecidos: antes, durante</p><p>e depois da produção.</p><p>Antes da produção</p><p>Produção e fornecimento de insumos, máquinas,</p><p>equipamentos e serviços especializados.</p><p>Depois da produção</p><p>Transporte, industrialização,</p><p>distribuição e comercialização.</p><p>Durante a produção</p><p>Preparo e manejo de</p><p>solos, tratos culturais,</p><p>irrigação, colheita e</p><p>criação animal.</p><p>DISTRIBUIDORA</p><p>Ao analisar uma cadeia produtiva, é preciso ter uma visão sistêmica de todas</p><p>as interligações, elos coordenados por diferentes estruturas sob a pressão</p><p>exercida pelos consumidores. Apenas dessa maneira será possível identificar</p><p>os pontos críticos do setor produtivo em questão e usar essa visão como</p><p>ferramenta para gerar melhorias do início ao fim da cadeia.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 22</p><p>Você sabia?</p><p>O termo “elo” no conceito da cadeia produtiva é uma</p><p>alusão aos elos de uma corrente, que necessitam estar</p><p>atrelados firmemente uns aos outros. Isso deve acontecer</p><p>da mesma forma nos processos presentes na cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Quanto maior for a integração entre os agentes identificados como elos das</p><p>cadeias produtivas, nas mais diferentes etapas do trabalho, melhores serão</p><p>os resultados alcançados, a qualidade do produto final e a eficiência do uso</p><p>dos recursos físicos e financeiros.</p><p>A figura a seguir representa esquematicamente uma cadeia produtiva com o</p><p>exemplo de um produto de origem agropecuária. Observe!</p><p>Ambiente institucional (leis, normas, resoluções, padrões de comercialização)</p><p>Ambiente organizacional (órgãos do governo, instituições de crédito, empresas de pesquisa, agências credenciadoras)</p><p>Fornecedores</p><p>de insumos</p><p>Mercado</p><p>consumidor</p><p>Agricultores</p><p>Sistemas</p><p>produtivos</p><p>(1,2,3,4...)</p><p>Processadores</p><p>Agroindústrias</p><p>Comerciantes</p><p>Atacadistas</p><p>Comerciantes</p><p>Varejistas</p><p>Fluxo de Capital Fluxo de Mercadoria</p><p>É possível entender a visão sistêmica do agronegócio por meio do conceito</p><p>de cadeia produtiva. Repare que existem vários elementos interligados e</p><p>interdependentes, como:</p><p>• os fornecedores de insumos (fertilizantes, defensivos e rações, por exemplo),</p><p>crédito e sementes,</p><p>• os agricultores,</p><p>• os processadores,</p><p>• os comerciantes atacadistas e varejistas,</p><p>• o mercado consumidor.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 23</p><p>No esquema apresentado, os elementos da cadeia produtiva estão sujeitos a</p><p>influências de dois ambientes: institucional e organizacional. Entenda!</p><p>Ambiente Institucional</p><p>Refere-se ao conjunto de normas, regulamentos, mecanismos,</p><p>políticas, leis ambientais, trabalhistas, tributárias e comerciais,</p><p>cujas características</p><p>afetam significativamente a competitividade</p><p>das cadeias produtivas. Esses são instrumentos que regulam as</p><p>transações comerciais, ambientais e trabalhistas.</p><p>Ambiente Organizacional</p><p>É composto pelas próprias empresas (fornecedoras e</p><p>agroindústrias), pelos agricultores/pecuaristas e pelas estruturas</p><p>criadas para dar suporte ao funcionamento das cadeias</p><p>produtivas, compreendidas por universidades, órgãos de pesquisa</p><p>e normalização, órgãos de fiscalização e controle, associações,</p><p>cooperativas e sindicatos.</p><p>Os arranjos das cadeias produtivas não seguem padrões preestabelecidos,</p><p>pois dependem de inúmeras variáveis que normalmente estão associadas aos</p><p>contextos regionais e às exigências de mercado. Vejamos, por exemplo, a</p><p>cadeia produtiva da soja.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 24</p><p>Insumos para</p><p>produção</p><p>Sementes, calcário,</p><p>defensivos,</p><p>fertilizantes etc.</p><p>Distribuição</p><p>Distribuidor,</p><p>atacado, varejo,</p><p>agente exportador</p><p>como cooperativas,</p><p>tradings e empresas</p><p>privadas.</p><p>Consumidor</p><p>final</p><p>Consumo interno</p><p>como animal,</p><p>humano e</p><p>industrial / Consumo</p><p>externo como grão,</p><p>farelo e óleo.</p><p>Máquinas e</p><p>equipamentos</p><p>agrícolas</p><p>Pulverizador, trator.</p><p>Unidade</p><p>produtiva</p><p>Produção de soja</p><p>grão ou soja</p><p>semente.</p><p>Unidade</p><p>armazenadora</p><p>Cooperativas,</p><p>empresas estatais e</p><p>privadas.</p><p>Indústria</p><p>Farelo, óleo</p><p>refinado, óleo bruto.</p><p>A análise da cadeia produtiva</p><p>A exigência dos consumidores aumentou, forçando o agronegócio a avançar nas</p><p>operações de processamento e preservação de seus produtos. Isso resultou na</p><p>expansão da atividade agropecuária, ultrapassando as divisas da propriedade</p><p>rural e tornando as cadeias produtivas mais complexas.</p><p>Por isso, é tão importante que você entenda bem o conceito de cadeia produtiva</p><p>e saiba que ele não diz respeito somente ao setor produtivo e à propriedade</p><p>rural, mas também a todos os componentes antes e depois da produção.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 25</p><p>Saiba Mais</p><p>O termo “cadeia produtiva”, em outras metodologias,</p><p>pode ser tratado como cadeia de valor.</p><p>A abordagem sistêmica reconhece a importância de ações que afetam a</p><p>competitividade da cadeia produtiva de maneira ampla e dos agentes que a</p><p>integram. Assim, oferece o embasamento teórico necessário para a compreensão</p><p>da forma como a cadeia funciona e aponta as variáveis que prejudicam o</p><p>desempenho do sistema.</p><p>De forma objetiva, a análise sistêmica permite identificar os gargalos</p><p>ou elos fracos da atividade produtiva pertencente a essa cadeia. São</p><p>esses elos que impedem o seu pleno desenvolvimento!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 26</p><p>A competitividade de uma cadeia produtiva é expressa pela sua capacidade de</p><p>implementar um planejamento estratégico que lhe possibilite uma inserção</p><p>sustentável no mercado. Portanto, as intervenções tecnológicas e as melhorias</p><p>organizacionais obtidas por meio de boa coordenação são imprescindíveis para</p><p>sua permanência, melhor inserção e estabilização no mercado.</p><p>Assim, dentro da empresa rural, intervenções tecnológicas e melhorias</p><p>organizacionais aumentam sua capacidade de obter maior vantagem competitiva.</p><p>Organização e gerenciamento</p><p>Quanto mais organizada e tecnologicamente desenvolvida for uma cadeia</p><p>produtiva, mais competitividade terão os produtores rurais que dela</p><p>participam.</p><p>Gerenciar os segmentos de uma cadeia é determinante para a melhoria</p><p>da produtividade. Entenda!</p><p>É essencial</p><p>considerar os itens</p><p>que determinam a</p><p>forma de</p><p>coordenação da</p><p>cadeia.</p><p>São fatores que</p><p>envolvem decisões,</p><p>relações, estrutura e</p><p>mecanismos</p><p>administrativos, padrões</p><p>de qualidade e eficácia</p><p>de cada segmento.</p><p>Estão inclusos:</p><p>logística, sistema</p><p>de produção,</p><p>preços praticados</p><p>e controles</p><p>exercidos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 27</p><p>Essa competência não é atribuída a determinado elemento da cadeia, mas ao</p><p>conjunto articulado de ações e relações que promovem a governança.</p><p>A governança também está presente na coordenação de uma cadeia produtiva,</p><p>principalmente na estrutura dominante dentro dessa cadeia, que orienta e</p><p>interfere em todo o processo produtivo e comercial. Essa interferência pode</p><p>ser mais ou menos frágil ou intensa, o que determina o modo de produção e</p><p>de comercialização dos produtos.</p><p>Entenda!</p><p>Na produção de</p><p>hortaliças, são o mercado</p><p>e, principalmente,</p><p>o consumidor que</p><p>determinam a qualidade do</p><p>produto que irão adquirir,</p><p>restando ao produtor</p><p>atender aos padrões</p><p>exigidos.</p><p>Na produção de laranjas,</p><p>a indústria é quem decide</p><p>a quantidade de toneladas</p><p>de matéria-prima que irá</p><p>comprar de cada produtor,</p><p>devendo atender ao mínimo</p><p>viável para que ela busque</p><p>seu produto no cultivo, ou</p><p>seja, controlando o volume</p><p>a ser comercializado</p><p>Isso quer dizer que em um ambiente de liberdade econômica, a coordenação</p><p>da cadeia produtiva geralmente é feita pelo mercado*. Conheça um exemplo</p><p>prático de coordenação!</p><p>O termo “mercado” não é restrito ao espaço físico onde produtos são comercializados; ele se</p><p>refere também ao momento de interação entre compradores e vendedores de produtos ou</p><p>serviços.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 28</p><p>Na prática</p><p>Um bom exemplo de coordenação foi apresentado por</p><p>uma cooperativa de agricultores japoneses, chamada</p><p>Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), no Pará.</p><p>Eles utilizavam um sistema agroflorestal baseado no cultivo</p><p>sustentável com diversas espécies vegetais. Conforme</p><p>Michinori Konagano, um dos diretores da cooperativa,</p><p>o principal gargalo do setor é o mercado consumidor, o</p><p>norteador dos processos.</p><p>Esse exemplo é um modelo de geração de renda e</p><p>desenvolvimento da região, especialmente quando se</p><p>trabalha em sistemas de integração entre produtor e</p><p>indústria.</p><p>Nesse sistema, o primeiro se compromete em fornecer</p><p>a produção, e o segundo proporciona todos os insumos</p><p>(sementes, fertilizantes, defensivos etc.). Depois, a</p><p>cooperativa promove e orienta sobre a adoção do sistema</p><p>por outras famílias, comprando toda a produção ao final</p><p>do ciclo.</p><p>Em alguns ambientes, o mercado é extremamente agressivo. Em outros,</p><p>é regulamentado por governos e normas internacionais. Existe também o</p><p>ambiente saudável, em que o mercado é autorregulável, como será visto no</p><p>tópico elasticidade de preço.</p><p>Nesse ambiente saudável, o lado que predomina na coordenação da cadeia</p><p>produtiva é o que for mais organizado, mais forte.</p><p>Por exemplo: se os vendedores são organizados e unidos, é provável que</p><p>a coordenação da cadeia produtiva caiba a eles. Em situação oposta, são</p><p>os compradores que poderão coordenar a cadeia.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 29</p><p>No ramo do agronegócio, os produtores rurais não se enquadram na posição de</p><p>coordenadores das cadeias produtivas, mas como meros tomadores de preços</p><p>e não formadores de preços. Isso ocorre por causa da grande concorrência</p><p>existente na produção rural.</p><p>Diante disso, é fundamental que esses produtores conheçam a gestão da</p><p>propriedade rural e das estruturas de custos de produção, para que</p><p>mantenham a sua competitividade. Essa situação fica nítida quando percebemos</p><p>que o cenário médio que se apresenta, dependendo da cadeia produtiva</p><p>analisada, é o seguinte:</p><p>do faturamento bruto</p><p>do agronegócio fica na</p><p>propriedade rural e</p><p>20%</p><p>fica no setor de</p><p>transformação, transporte,</p><p>comércio e serviços de apoio.</p><p>80%</p><p>Na prática</p><p>Um exemplo prático disso ocorreu nos anos 1990, quando</p><p>ocorreu a eliminação do tabelamento governamental de</p><p>preços dos produtos lácteos.</p><p>Naquela época, foi possível observar que no resultado do</p><p>aumento dos preços praticados no mercado prevaleceram</p><p>os interesses das indústrias sobre os dos produtores e</p><p>consumidores.</p><p>Houve aumentos reais de preços ao consumidor que não</p><p>foram acompanhados na mesma proporção pelos reajustes</p><p>dos preços pagos ao produtor.</p><p>Entendendo melhor o que são cadeias produtivas, o que acha de pensar um</p><p>pouco mais sobre isso?</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 30</p><p>Pense e decida</p><p>Você começou a atender a uma atividade produtiva dentro de uma propriedade</p><p>usando a metodologia de ATeG. Ao se aprofundar na gestão da atividade,</p><p>percebeu que alguns pontos impactam diretamente na produtividade da</p><p>propriedade. Concluiu, então, que uma análise precisa ser feita para gerar</p><p>mudanças. Que tipo de análise é a ideal para esse caso?</p><p>Por meio de uma análise sistêmica</p><p>da atividade produtiva.</p><p>Por meio de uma análise geral</p><p>apenas da propriedade.</p><p>Justifique aqui a sua escolha!</p><p>Feedback</p><p>A atribuição do técnico é exclusiva para o atendimento da atividade</p><p>produtiva dentro da propriedade rural. Uma análise geral da propriedade não</p><p>faz parte das suas atribuições, além de não gerar informações necessárias</p><p>para as mudanças que precisam acontecer.</p><p>Já a análise sistêmica da atividade produtiva permite identificar os</p><p>gargalos ou elos fracos da cadeia, pois são eles que impedem o seu pleno</p><p>desenvolvimento. A fragilidade ou inexistência de elos que compõem a</p><p>atividade pode resultar no insucesso dela, seja qual for.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 31</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste segundo tópico, você:</p><p>Compreendeu</p><p>o que é e como</p><p>funciona uma cadeia</p><p>produtiva.</p><p>Entendeu como analisar</p><p>uma cadeia produtiva,</p><p>explorando suas</p><p>peculiaridades.</p><p>Conheceu meios</p><p>de gerenciamento</p><p>e organização,</p><p>identificando gargalos</p><p>e melhorias.</p><p>Tópico 3: Teoria geral de custos</p><p>Muito se fala em custos em todo esse processo, mas você</p><p>entende o que são custos e qual é a real importância deles?</p><p>A partir de agora, você verá o que são custos e a sua forma de</p><p>classificação, entendendo como usá-los para melhor planejamento</p><p>da sua propriedade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 32</p><p>De forma geral, custos são despesas monetárias com os quais uma organização,</p><p>uma pessoa ou um governo precisam arcar para atingir seus objetivos.</p><p>Basicamente, são a soma dos valores monetários dos produtos e serviços</p><p>usados na produção de outros bens ou serviços.</p><p>A determinação e a avaliação dos custos na agropecuária apresentam</p><p>características próprias, que precisam de muita atenção. O correto entendimento</p><p>do custo de produção é complexo, por causa de alguns fatores da produção</p><p>rural. São eles:</p><p>Plantação simultânea de café e cereais e criação</p><p>de animais para produção de leite ou corte.</p><p>Produção diversificada</p><p>na mesma propriedade</p><p>A apropriação dos custos é subjetiva.</p><p>Elevada participação da</p><p>mão de obra familiar</p><p>Em diferentes períodos, em que a apropriação</p><p>dos custos é mais complexa.</p><p>Altos investimentos em</p><p>terras, benfeitorias e</p><p>máquinas</p><p>Em periodicidades anual,</p><p>diária e mensal.</p><p>Ciclos diferenciados</p><p>entre culturas</p><p>Comercialização em formatos de troca</p><p>por insumos ou mercado futuro.</p><p>Comercialização</p><p>Os custos podem variar de safra</p><p>para safra.</p><p>Possibilidade de</p><p>estocagem do</p><p>produto</p><p>Assim, para que o custo de produção seja o mais próximo da realidade, é</p><p>fundamental ter um nível elevado de conhecimento e de registros da rotina da</p><p>propriedade analisada. Isso porque a observação do processo é uma etapa</p><p>fundamental para a apropriação correta de custos, realização de intervenções</p><p>tecnológicas e auxílio no planejamento da atividade.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 33</p><p>Identificação dos custos</p><p>De modo geral, as empresas buscam minimizar os custos e a maximizar os</p><p>lucros, seja no meio urbano seja no rural, já que o maior objetivo é se perpetuar</p><p>no mercado. Porém, muitas vezes os produtores culpam os baixos preços</p><p>pagos pelos seus produtos no mercado ou os altos custos de aquisição de</p><p>insumos pelo fraco desempenho econômico das suas empresas ou ramo de</p><p>atividade.</p><p>Esses dois fatores, em determinados cenários, podem sim contribuir</p><p>para o problema. Mas não devem ser vistos como os únicos!</p><p>A falta de clareza por parte do administrador sobre os seus reais custos e/</p><p>ou sobre a gestão eficiente dos seus recursos físicos e financeiros também</p><p>causam insucessos.</p><p>A correta identificação</p><p>das estruturas e a</p><p>quantificação dos custos</p><p>de produção definem:</p><p>o patamar mínimo</p><p>de produção;</p><p>obter o equilíbrio</p><p>de suas receitas;</p><p>os preços que a</p><p>empresa deve</p><p>obter para:</p><p>avaliar a maneira</p><p>mais adequada de</p><p>utilizar seus recursos</p><p>produtivos, físicos e</p><p>financeiros.</p><p>Tome nota</p><p>É importante ressaltar a necessidade de realizar as análises</p><p>dentro de um espaço de tempo (ou ciclo produtivo) bem</p><p>definido, uma vez que qualquer custo de produção deve</p><p>ser atribuído a um período específico. Na metodologia de</p><p>ATeG utilizada pelo Senar, a análise é realizada considerando</p><p>um período de 12 meses.</p><p>O custo total é subdivido em custos variáveis e custos fixos. Conheça</p><p>melhor cada um deles!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 34</p><p>Custos variáveis</p><p>Em nossa metodologia, esse custo é conhecido como custo operacional</p><p>efetivo (COE).</p><p>São custos com os quais o produtor tem desembolso direto, sobre os quais</p><p>ele possui total domínio.</p><p>Se uma propriedade não tiver produção, os custos variáveis podem ser evitados.</p><p>Assim, podemos afirmar que esses custos se alteram diretamente com a</p><p>variação da produção. Ou seja:</p><p>Mais produção, mais</p><p>custo variável</p><p>Menos produção,</p><p>menos custo variável</p><p>Além disso, os custos variáveis são consumidos dentro do mesmo ciclo de</p><p>produção, em fertilizantes, herbicidas, inseticidas etc.</p><p>Na prática</p><p>Analise o exemplo!</p><p>Um produtor de alface utilizava dois sacos de adubo e</p><p>um de semente por safra na sua produção. Ele recebeu</p><p>proposta para fornecer a um novo cliente, o que pode</p><p>dobrar sua área de cultivo.</p><p>Logo, precisou utilizar quatro sacos de adubo e dois de</p><p>semente. Assim, pôde-se observar um aumento no uso</p><p>de insumos por causa do crescimento da produção.</p><p>Portanto, o desembolso monetário para a compra do</p><p>adubo e da semente é um custo variável, pois aumenta</p><p>quando é necessário aumentar a produção dentro do ciclo</p><p>produtivo da alface.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 35</p><p>Custos fixos</p><p>Esses custos existem mesmo que o bem não seja utilizado e permanecem</p><p>inalterados no curto prazo, independentemente do nível de produção. Não</p><p>estão sob o controle direto do produtor.</p><p>Na maioria das vezes, eles são negligenciados pelos produtores – alguns nem</p><p>mesmo sabem da sua existência. Quando isso acontece, a propriedade pode ficar</p><p>sucateada, ou seja, o produtor não consegue renovar ou reformar suas benfeitorias,</p><p>máquinas, equipamentos e permanece com uma lavoura já exaurida.</p><p>Na metodologia de custos de produção, os custos fixos são originários de</p><p>três fontes:</p><p>Mão de obra</p><p>familiar</p><p>Na mão de obra familiar,</p><p>é preciso obter o</p><p>comparativo de valores</p><p>quanto ao que o produtor</p><p>receberia se executasse</p><p>para terceiros a mesma</p><p>atividade que exerce</p><p>para si. Dessa forma, ele</p><p>pode decidir se é mais</p><p>atrativo continuar como</p><p>empresário ou passar a</p><p>vender sua capacidade</p><p>de trabalho e tornar-se</p><p>empregado.</p><p>Remuneração</p><p>do capital</p><p>Custo de oportunidade*</p><p>sobre o capital empregado</p><p>na atividade.</p><p>Na análise da remuneração</p><p>do capital, caso ocorra</p><p>antes da instalação</p><p>do empreendimento,</p><p>o empresário poderá</p><p>optar entre diversas</p><p>possibilidades de</p><p>investimentos e retornos</p><p>possíveis para o seu</p><p>capital. Uma vez que se</p><p>investe em determinada</p><p>atividade, a oportunidade</p><p>continua existindo</p><p>enquanto houver capital</p><p>empatado na atividade –</p><p>máquinas, equipamentos e</p><p>benfeitorias, que passarão</p><p>a ter menor remuneração</p><p>conforme forem esgotando</p><p>sua vida útil.</p><p>Depreciação</p><p>Reserva destinada</p><p>à substituição dos</p><p>bens por motivo de</p><p>desgaste.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 36</p><p>Refere-se a toda e qualquer possibilidade de rentabilização de um capital ou força de trabalho</p><p>em outras atividades em comparação à que está sendo analisada. O que é efetivamente gerado</p><p>pela empresa em resposta</p><p>ao que foi ou será investido é comparado a outras possibilidades</p><p>de investimentos dessas mesmas referências em outras atividades. Assim, o empreendedor</p><p>consegue perceber as alternativas mais atrativas e obtém subsídios para tomar sua decisão</p><p>administrativa. O custo de oportunidade corresponde a um percentual aplicado sobre o capital,</p><p>determinado como a remuneração mínima esperada por disponibilizar o capital para realizar</p><p>o processo produtivo.</p><p>Vale destacar que no cenário da remuneração do capital, mesmo que se</p><p>torne mais difícil a recuperação parcial desse capital com uma venda,</p><p>ou mesmo que não se deseje deixar de exercer a atividade, esse custo</p><p>continuará existindo.</p><p>Na metodologia de ATeG, para essa finalidade comparativa é utilizada a</p><p>remuneração média histórica da poupança, considerando-se então 6% como</p><p>base referencial. Desse modo, o custo de oportunidade do capital investido</p><p>corresponde, em média, 6% ao ano do valor do investimento.</p><p>Isso é o que seria obtido com a aplicação do valor investido em caderneta de</p><p>poupança, sem os riscos inerentes à produção.</p><p>Custo unitário (CT)</p><p>É o custo de cada unidade produzida, que chamamos de custo total unitário</p><p>(CT unitário). O CT unitário é obtido pela divisão do custo total pela quantidade</p><p>total de itens produzidos.</p><p>No gráfico a seguir, é possível observar o comportamento básico das estruturas</p><p>de custos e suas inter-relações. Ou seja, o comportamento de custos fixos</p><p>(CF), custos variáveis (CV) e custos totais (CT) diante do volume produzido</p><p>nas atividades agropecuárias. Observe!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 37</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Sabendo que o CF é parte</p><p>integrante do CT, dá para</p><p>notar que ele começa a</p><p>partir do valor mínimo</p><p>identificado do CF.</p><p>Ele também será alterado</p><p>de acordo com as</p><p>variações do CV, atrelado</p><p>diretamente ao volume</p><p>produzido.</p><p>O custo fixo, como o</p><p>próprio nome diz, será</p><p>sempre igual, mesmo que</p><p>a produção se modifique</p><p>para mais ou para menos.</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Observe que a curva do</p><p>CT se torna mais inclinada,</p><p>ou achatada, em relação</p><p>ao CV, à medida que o</p><p>volume de itens</p><p>produzidos aumenta.</p><p>Isso só é possível devido à diluição</p><p>do CF em uma quantidade de itens</p><p>maior. Quanto mais se produz,</p><p>menor é o custo fixo médio (CFM).</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Da mesma forma, o CT</p><p>jamais iniciará abaixo do</p><p>CF e o CFM também jamais</p><p>será menor do que o CV.</p><p>Essas linhas não se cruzarão, pois à</p><p>medida que o CV aumenta, o CT</p><p>também aumenta. O primeiro é</p><p>componente intrínseco do</p><p>segundo e causa reflexos diretos</p><p>em sua curva.</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Primeiro: próximo a zero,</p><p>com a concavidade</p><p>voltada para baixo.</p><p>Ele aumenta a uma taxa</p><p>decrescente e isso se</p><p>reflete no CVM do produto,</p><p>devido a um ganho de</p><p>escala gerado pelo</p><p>aumento da produção.</p><p>Segundo: concavidade</p><p>voltada para cima.</p><p>O CV passa a crescer; esse</p><p>efeito é chamado de Lei</p><p>dos Rendimentos</p><p>Decrescentes.</p><p>Em relação ao CV, é possível observar</p><p>dois momentos em sua curvatura.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 38</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Sabendo que o CF é parte</p><p>integrante do CT, dá para</p><p>notar que ele começa a</p><p>partir do valor mínimo</p><p>identificado do CF.</p><p>Ele também será alterado</p><p>de acordo com as</p><p>variações do CV, atrelado</p><p>diretamente ao volume</p><p>produzido.</p><p>O custo fixo, como o</p><p>próprio nome diz, será</p><p>sempre igual, mesmo que</p><p>a produção se modifique</p><p>para mais ou para menos.</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Observe que a curva do</p><p>CT se torna mais inclinada,</p><p>ou achatada, em relação</p><p>ao CV, à medida que o</p><p>volume de itens</p><p>produzidos aumenta.</p><p>Isso só é possível devido à diluição</p><p>do CF em uma quantidade de itens</p><p>maior. Quanto mais se produz,</p><p>menor é o custo fixo médio (CFM).</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Da mesma forma, o CT</p><p>jamais iniciará abaixo do</p><p>CF e o CFM também jamais</p><p>será menor do que o CV.</p><p>Essas linhas não se cruzarão, pois à</p><p>medida que o CV aumenta, o CT</p><p>também aumenta. O primeiro é</p><p>componente intrínseco do</p><p>segundo e causa reflexos diretos</p><p>em sua curva.</p><p>CT</p><p>CV</p><p>CF</p><p>Custo (R$)</p><p>Produção</p><p>Primeiro: próximo a zero,</p><p>com a concavidade</p><p>voltada para baixo.</p><p>Ele aumenta a uma taxa</p><p>decrescente e isso se</p><p>reflete no CVM do produto,</p><p>devido a um ganho de</p><p>escala gerado pelo</p><p>aumento da produção.</p><p>Segundo: concavidade</p><p>voltada para cima.</p><p>O CV passa a crescer; esse</p><p>efeito é chamado de Lei</p><p>dos Rendimentos</p><p>Decrescentes.</p><p>Em relação ao CV, é possível observar</p><p>dois momentos em sua curvatura.</p><p>Para deixar os conceitos de custo variável e custo fixo mais claros, assista ao</p><p>vídeo Na voz do Especialista, no qual o Prof. Erno explica cada um deles</p><p>para reforçar esse conhecimento. Acompanhe!</p><p>Acesse o Ambiente de Estudos e assista a um vídeo que</p><p>preparamos especialmente para você. Você perceberá</p><p>que os conceitos de custo variável e custo fixo ficarão</p><p>mais claro, com a explicação do Prof. Erno sobre cada</p><p>um deles para reforçar esse conhecimento.</p><p>Lei dos Rendimentos Decrescentes</p><p>A Lei dos Rendimentos Decrescentes trata do momento em que a quantidade</p><p>de um recurso é aumentada em quantidades iguais por unidade de tempo,</p><p>enquanto a de outros recursos permanece constante.</p><p>A quantidade total do produto vai aumentando, porém, ao chegar a determinado</p><p>ponto, o acréscimo resultante no produto se tornará cada vez menor, até atingir</p><p>um patamar e passar a decrescer. Esse movimento é chamado de produto</p><p>marginal, seja ele crescente, decrescente ou negativo.</p><p>Ele nos diz o quanto vai variar a quantidade de produto final dado o aumento</p><p>de algum insumo. Observe o gráfico!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 39</p><p>A</p><p>0</p><p>2</p><p>4</p><p>6</p><p>8</p><p>10</p><p>12</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>F G H I</p><p>Produto marginal crescente</p><p>Produto marginal decrescente</p><p>Produto marginal negativo</p><p>Ele mostra a análise dos rendimentos decrescentes por meio do produto</p><p>marginal (pontos de “A” até “I”), em diversos níveis de inserção de um fator</p><p>de produção (eixo x: de “1” até “8”).</p><p>Para esclarecer, conheça o exemplo da produção de melancia. Entenda!</p><p>O produtor aumentou a quantidade de</p><p>nitrogênio, fósforo e potássio (NPK)</p><p>na adubação durante o ciclo da planta.</p><p>Então, notou que a sua produção</p><p>respondeu com maior ganho de frutos,</p><p>consequentemente, um aumento do</p><p>rendimento econômico.</p><p>No primeiro momento, o</p><p>produtor obteve um produto</p><p>marginal crescente, pois as</p><p>plantas responderam em</p><p>ganho de frutos ao acréscimo</p><p>desse fator de produção</p><p>(NPK).</p><p>Porém, ao aumentá-lo mais</p><p>ainda, ele notou que houve</p><p>crescimento, porém não</p><p>tão acentuado como antes,</p><p>ou seja, produto marginal</p><p>decrescente.</p><p>Ao continuar aumentando o</p><p>fator de produção (NPK), ele</p><p>teve uma elevação excessiva</p><p>de custos, que não foi</p><p>correspondida com o aumento</p><p>da produção e resultou em um</p><p>produto marginal negativo.</p><p>Ao aumentar mais uma vez a quantidade de NPK para</p><p>buscar um rendimento ainda maior de frutos, o produtor</p><p>observou que os custos aumentaram, mas a produção</p><p>reduziu e, consequentemente, teve prejuízo financeiro.</p><p>É possível perceber um limite na resposta econômica ao</p><p>aumento no custo (NPK). A partir desse ponto, o produtor</p><p>passa a gastar mais e a ganhar menos.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 40</p><p>Fica claro, então, que existe um limite na resposta econômica ao aumento no</p><p>custo (ração) e que, a partir desse ponto, o produtor passa a gastar mais e</p><p>ganhar menos.</p><p>O que acha de entender melhor tudo isso? O</p><p>Senar em Campo tem dois vídeos sobre custo</p><p>da produção. Acesse o Ambiente de Estudos e</p><p>assista aos vídeos para complementar tudo o que</p><p>foi visto sobre esse assunto!</p><p>Você também pode acessar os links:</p><p>https://www.youtube.com/</p><p>watch?v=jJ6mySW1yiQ&list=PLpvd_</p><p>yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=25</p><p>https://www.youtube.com/</p><p>watch?v=JxDDwCliOew&list=PLpvd_</p><p>yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=18</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste terceiro tópico, você:</p><p>Conheceu</p><p>a Teoria Geral</p><p>de Custos, assimilando</p><p>a importância do correto</p><p>entendimento do custo</p><p>de produção.</p><p>Compreendeu o que são</p><p>e como são compostos</p><p>os custos variáveis, fixos</p><p>e unitários.</p><p>Entendeu o conceito da</p><p>Lei dos Rendimentos</p><p>Decrescentes e sua</p><p>relevância na busca por</p><p>resultados de produtos</p><p>marginais crescentes.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jJ6mySW1yiQ&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=25</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jJ6mySW1yiQ&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=25</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jJ6mySW1yiQ&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=25</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=JxDDwCliOew&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=18</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=JxDDwCliOew&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=18</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=JxDDwCliOew&list=PLpvd_yKjERaf4xHrtG0sx87tWtaFes9TS&index=18</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 41</p><p>Tópico 4: Economia de escala</p><p>Você já ouviu falar sobre economia de escala? Qual será</p><p>a relação desse conceito com o gerenciamento de uma</p><p>propriedade?</p><p>No decorrer deste tópico, você aprenderá sobre economia de escala,</p><p>seus desdobramentos e como pensar no gerenciamento de custos</p><p>para manter uma propriedade produtiva.</p><p>A economia de escala é definida como a redução dos custos médios de</p><p>produção de um bem na medida em que a quantidade produzida aumenta.</p><p>Nas atividades agropecuárias, é muito comum ver essa redução devido à</p><p>diluição de vários componentes de custos fixos, como mão de obra, animais,</p><p>terra, máquinas e benfeitorias.</p><p>Até certo limite, tais fatores não precisam ser aumentados para elevar a</p><p>produção. Assim, até esse limite, o aumento da produção resultará na redução</p><p>do custo médio total.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 42</p><p>Entenda melhor!</p><p>O aumento na produção de milho pode reduzir os custos</p><p>fixos médios de um item por saca produzida – basta</p><p>considerar apenas o custo de um trator, representado</p><p>pela depreciação anual do bem.</p><p>Depreciação do trator: R$ 15.000,00/ano.</p><p>Observe dois cenários.</p><p>Se a produção anual for de 800 sacas</p><p>(10 ha x 80 sc/ha)</p><p>Custo do trator por saca de milho:</p><p>15.000,00/800 = R$ 18,75</p><p>Ao dividir o custo da depreciação do</p><p>bem pela produção obtida, o custo ao</p><p>produtor será de R$ 18,75 por cada</p><p>saca de milho produzida.</p><p>1º Caso</p><p>Se a produção anual for de 1.600 sacas</p><p>(10 ha x 160 sc/ha)</p><p>Custo do trator por saca de milho:</p><p>15.000,00/1.600 = R$ 9,37</p><p>Ao dividir o custo da depreciação do</p><p>bem pela produção obtida, o custo ao</p><p>produtor será de R$ 9,37 por cada saca</p><p>de milho produzida..</p><p>2º Caso</p><p>Assim, é possível observar que quanto maior for a produção obtida,</p><p>mantendo-se os mesmos custos com a depreciação, menor será o impacto</p><p>do custo por saca de milho, ou seja, dá para diluir esse custo em um maior</p><p>volume de produto, tornando-o mais barato ao produtor.</p><p>É bem simples e fácil de calcular!</p><p>Variação da escala</p><p>Essa redução no custo unitário, em primeiro plano, é alcançada se a elevação</p><p>da produção não vier acompanhada do aumento nos custos fixos. Ou seja, se</p><p>a infraestrutura produtiva continuar sem alterações.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 43</p><p>O aumento da escala traz, potencialmente, a melhor utilização dos</p><p>recursos disponíveis, mas somente até o limite da capacidade de</p><p>utilização do bem.</p><p>De maneira geral, o que diferencia a estrutura de custos de um empreendimento</p><p>em pequena escala e em maior escala é o custo fixo, que se dilui com o</p><p>aumento da produção.</p><p>Por exemplo, um mesmo trator pode trabalhar na produção de 10 hectares</p><p>ou de 50 hectares.</p><p>Seu custo de depreciação por hectare será menor se trabalhar em 50 hectares,</p><p>pois mantém o mesmo custo se trabalhar em 10 hectares.</p><p>• Custo de depreciação / 10 = X</p><p>• Custo de depreciação / 50 = menor que X</p><p>Acompanhe um caso prático que ocorreu na propriedade do Sr. Ariovaldo!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 44</p><p>Fazenda Santa Felicidade</p><p>Analisando os custos da</p><p>Fazenda Santa Felicidade,</p><p>o técnico Marcelo viu a</p><p>possibilidade de reduzi-los.</p><p>Assim, ele sugeriu ao Sr. Ariovaldo fazer parte da</p><p>organização de produtores em “pool de compras”.</p><p>Ou seja, entrar em cooperativas e associações ou</p><p>outros grupos, que compram e contratam em conjunto,</p><p>usufruindo da economia das compras em escala.</p><p>Além da diluição dos custos fixos, é</p><p>possível comprar insumos e contratar</p><p>serviços a preços mais baixos, se</p><p>maiores quantidades forem adquiridas.</p><p>Aumentar a escala até o limite de uso dos custos fixos é fundamental para</p><p>determinar o sucesso de qualquer atividade agropecuária. Em diversos casos,</p><p>o maior gargalo no setor produtivo pode ser o baixo volume de produção</p><p>diante do volume de recursos mobilizados para que a produção ocorra.</p><p>Observe o gráfico!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 45</p><p>Representação da diluição do custo total médio de</p><p>acordo com o volume produzido</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>O “ponto q” representa a escala de produção ótima, em que é possível</p><p>alcançar a produção máxima com os custos mínimos</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>Os pontos à esquerda do “q” indicam</p><p>que a produção deve ser ampliada para</p><p>que se alcance o ótimo econômico.</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>C</p><p>us</p><p>to</p><p>t</p><p>o</p><p>ta</p><p>l m</p><p>éd</p><p>io</p><p>Produçãoq0</p><p>Os pontos da direita indicam que a produção</p><p>deve ser readequada à estrutura produtiva,</p><p>pois está sendo antieconômica.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 46</p><p>A compreensão da economia de escala e da gestão econômica, especialmente</p><p>dos indicadores zootécnicos, agronômicos e econômicos, é necessária para</p><p>acompanhar o cenário internacional, que pode apresentar alta nos custos.</p><p>Os custos aumentam porque são pressionados principalmente pela</p><p>inflação e pelas variações cambiais. Porém, esse mesmo aumento não</p><p>ocorre nos preços pagos pelos produtos.</p><p>Fusões e incorporações não são corriqueiras no setor rural, portanto, cabe a</p><p>cada produtor melhorar a eficiência do seu processo produtivo para que</p><p>não seja “forçado” a sair de suas atividades. Essa questão está estritamente</p><p>atrelada à qualidade da gestão da propriedade, aos índices zootécnicos e</p><p>agronômicos e à organização da cadeia produtiva.</p><p>Circunstâncias da escala</p><p>Podemos analisar a escala de produção em três diferentes circunstâncias:</p><p>constante, crescente e decrescente.</p><p>Ganhos</p><p>constantes</p><p>Ganhos</p><p>crescentes</p><p>Ganhos</p><p>decrescentes</p><p>Ocorre quando a</p><p>variação do produto</p><p>total é proporcional à</p><p>variação da quantidade</p><p>dos fatores de produção</p><p>utilizada.</p><p>Por exemplo:</p><p>aumentando a utilização</p><p>de todos os fatores</p><p>de produção em 5%,</p><p>o volume do produto</p><p>também aumentará</p><p>em 5%.</p><p>Neste cenário, a variação</p><p>na quantidade do produto</p><p>total é maior do que a</p><p>variação da quantidade</p><p>dos fatores de produção</p><p>utilizada.</p><p>Por exemplo:</p><p>aumentando a utilização</p><p>de todos os fatores</p><p>de produção em 5%,</p><p>o volume do produto</p><p>aumentará em 15%.</p><p>Também chamado de</p><p>deseconomia de escala,</p><p>neste cenário a variação</p><p>do produto não é</p><p>proporcional à variação</p><p>da quantidade dos</p><p>fatores utilizada.</p><p>Por exemplo: se a</p><p>utilização de todos os</p><p>fatores de produção</p><p>aumentar em 10% e</p><p>o volume produzido</p><p>crescer em apenas 5%,</p><p>observa-se uma queda</p><p>na produtividade</p><p>dos fatores.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 47</p><p>A economia de escala atrelada aos custos e ao correto gerenciamento das</p><p>cadeias produtivas pode trazer muito sucesso ao seu trabalho.</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quarto tópico, você:</p><p>Entendeu a definição</p><p>de economia de</p><p>escala nas atividades</p><p>agropecuárias.</p><p>Compreendeu a</p><p>relevância da variação</p><p>da escala para a melhor</p><p>utilização dos recursos.</p><p>Conheceu as três</p><p>circunstâncias da escala</p><p>e sua relação com a</p><p>correta gestão das</p><p>cadeias produtivas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 48</p><p>Tópico 5: Elasticidade de preços</p><p>O que você sabe sobre elasticidade de preços?</p><p>Neste tópico você conhecerá a elasticidade de preços da demanda,</p><p>entendendo como calcular e como aplicar todos esses conceitos</p><p>numa visão holística da economia e do agronegócio.</p><p>A elasticidade permite a previsão de vendas e receitas que determinado setor</p><p>pode obter. Isso possibilita a projeção do comportamento da demanda</p><p>dos consumidores em relação:</p><p>• às alterações de preços do mercado,</p><p>• a produtos substitutos,</p><p>• a produtos complementares,</p><p>• à renda do consumidor.</p><p>A elasticidade acontece porque existem equações de demanda e de oferta, que</p><p>são os instrumentos utilizados para representar o comportamento do mercado</p><p>dos produtos agrícolas.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 49</p><p>Entenda melhor sobre oferta e demanda!</p><p>Assuntos do campo</p><p>Agora, você entenderá o famoso conceito: oferta e</p><p>demanda!</p><p>Podemos definir oferta como a quantidade de itens</p><p>que os produtores estão dispostos a vender por</p><p>determinado preço, mantendo constantes os demais</p><p>fatores que influenciam a oferta.</p><p>Ela representa uma relação positiva entre o preço e</p><p>a quantidade ofertada.</p><p>Isso é importante, pois os produtores tendem a</p><p>oferecer maiores quantidades de um produto em</p><p>resposta aos aumentos persistentes dos preços desse</p><p>produto.</p><p>Já demanda é definida pela quantidade de produtos</p><p>que os consumidores desejam e podem comprar à</p><p>medida que muda o preço unitário.</p><p>Nesse caso, de acordo com a lei da demanda, as</p><p>quantidades demandadas tendem a diminuir em</p><p>resposta ao aumento de preços.</p><p>No ponto em que a demanda e a oferta se igualam,</p><p>temos o equilíbrio do mercado.</p><p>Nessa condição, os preços e as quantidades do</p><p>produto no mercado são determinados e tendem a</p><p>permanecer assim.</p><p>Desse jeito fica mais simples entender essa relação,</p><p>não é mesmo?</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 50</p><p>Os efeitos da demanda e da oferta</p><p>Os produtos agrícolas largamente comercializados no mercado internacional,</p><p>de maneira geral apresentam características semelhantes ao redor do mundo</p><p>(commodities), globalizando seus mercados.</p><p>Palavra de origem inglesa que significa “mercadoria”. O termo é aplicado para descrever</p><p>produtos que possuem padrões internacionais e mercado globalizado, geralmente bens brutos</p><p>que não passaram por agregação de valor (processamento). São exemplos de commodities</p><p>agrícolas: milho, soja, suco de laranja, trigo, algodão etc.</p><p>Assim, um efeito repentino em determinado país, grande exportador ou</p><p>consumidor, poderá causar efeito contrário em outro.</p><p>Um exemplo ocorreu na última década,</p><p>com a alta dos principais grãos para</p><p>produção de ração animal (milho e soja)</p><p>por causa de um período de seca no ano</p><p>de 2012.</p><p>Isso aconteceu em uma região que</p><p>representa grande parte da produção</p><p>desses itens nos Estados Unidos.</p><p>Mesmo o Brasil sendo um país de pouca</p><p>tradição como exportador de milho,</p><p>a escassez do grão restringiu a oferta</p><p>interna.</p><p>O mesmo acontece quando países com grandes produções têm suas safras</p><p>afetadas por outros eventos. Ou ainda, que alcançam produções acima da</p><p>média e acabam afetando outros países e continentes, por interferirem na</p><p>oferta ou na demanda de algum produto.</p><p>Foto: Wenderson Araujo/Trilux</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 51</p><p>Na prática</p><p>Esses cenários reforçam a importância da atualização</p><p>constante, tanto do técnico quanto do produtor. É essencial</p><p>entender as dinâmicas do mercado internacional que podem</p><p>impactar diretamente em sua produção em nível local.</p><p>Entender a elasticidade faz parte disso, pois ela mostra a</p><p>resposta do mercado às alterações de preço e pode ser</p><p>utilizada para mensurar também a sensibilidade da demanda</p><p>em relação às variações de preços de mercado.</p><p>Informações ajudam a se preparar!</p><p>Elasticidade de preço da demanda</p><p>Essa elasticidade é definida com base na Lei da Demanda, que é a relação</p><p>de aumento ou redução da demanda com referência no preço, quando</p><p>reduções de preços implicam em aumento da demanda e vice-versa.</p><p>A elasticidade no preço da demanda permite verificar quanto o consumo de</p><p>determinado produto poderá variar quando acontecer variação em seu preço,</p><p>o que pode ocorrer de forma elástica, unitária ou inelástica. Entenda!</p><p>Demanda Elástica</p><p>A demanda elástica significa que uma alteração percentual do preço</p><p>provoca uma demanda para o produto superior à registrada no preço.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Demanda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total diminui</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total sobe</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 25% na demanda.</p><p>A demanda unitária representa uma equiparação na</p><p>alteração do preço e da demanda.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço aumentou em 10% a demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Dem</p><p>anda</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Na demanda inelástica, a alteração percentual no preço</p><p>provoca uma demanda para o produto inferior à registrada</p><p>no preço.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 5% na demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>D</p><p>em</p><p>anda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total sobe</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total diminui</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 52</p><p>Demanda Unitária</p><p>A demanda elástica significa que uma alteração percentual do preço</p><p>provoca uma demanda para o produto superior à registrada no preço.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Demanda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total diminui</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total sobe</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 25% na demanda.</p><p>A demanda unitária representa uma equiparação na</p><p>alteração do preço e da demanda.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço aumentou em 10% a demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Dem</p><p>anda</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Na demanda inelástica, a alteração percentual no preço</p><p>provoca uma demanda para o produto inferior à registrada</p><p>no preço.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 5% na demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>D</p><p>em</p><p>anda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total sobe</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total diminui</p><p>Demanda Inelástica</p><p>A demanda elástica significa que uma alteração percentual do preço</p><p>provoca uma demanda para o produto superior à registrada no preço.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Demanda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total diminui</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total sobe</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 25% na demanda.</p><p>A demanda unitária representa uma equiparação na</p><p>alteração do preço e da demanda.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço aumentou em 10% a demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>Dem</p><p>anda</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Receita total sem</p><p>alterações</p><p>Na demanda inelástica, a alteração percentual no preço</p><p>provoca uma demanda para o produto inferior à registrada</p><p>no preço.</p><p>Por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 5% na demanda.</p><p>P</p><p>re</p><p>ço</p><p>Quantidade</p><p>D</p><p>em</p><p>anda</p><p>Preço aumenta =</p><p>Receita total sobe</p><p>Preço diminui =</p><p>Receita total diminui</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 53</p><p>Para deixar ainda mais claro, acompanhe um exemplo prático! Analise a seguinte</p><p>situação sobre a oferta de pescado ao longo do ano.</p><p>Na prática</p><p>Entre os produtores de abacaxi, é possível observar grande</p><p>concentração de vendas durante os meses de dezembro e</p><p>janeiro, período que está intimamente relacionado com a</p><p>época de plantio da cultura (ciclo produtivo de 24 meses).</p><p>Para analisar a tabela a seguir, considere as seguintes</p><p>informações:</p><p>• Valor básico do abacaxi por unidade: R$ 6,00</p><p>• Volume básico comercializado: 5.000 unidades</p><p>• Receita total: R$ 30.000,00</p><p>Considerando respostas positivas e negativas à alta e à</p><p>queda dos valores, ocorrem as seguintes situações:</p><p>Preços Tipo de demanda versus</p><p>receita total</p><p>Volume</p><p>comercializado</p><p>Elástica Inelástica Unitária % Quantidade</p><p>Queda de</p><p>15%</p><p>R$</p><p>33.150,00 - - +30% 6.500</p><p>- R$</p><p>26.775,00 - +5% 5.250</p><p>- - R$</p><p>28.050,00 +10% 5.500</p><p>Alta de</p><p>15%</p><p>R$</p><p>24.150,00 - - -30% 3.500</p><p>- R$</p><p>32.775,00 - -5% 4.750</p><p>- - R$</p><p>31.050,00 -10% 4.500</p><p>No primeiro cenário, em que os preços baixaram de R$</p><p>6,00 para R$ 5,10 (-15%), houve respostas superiores,</p><p>inferiores e iguais na demanda, caracterizando os três</p><p>ambientes de elasticidade (elástica, inelástica e unitária).</p><p>No cenário de aumento de preços, existe resposta negativa</p><p>na demanda.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 54</p><p>Resumindo o tópico</p><p>Neste quinto tópico, você:</p><p>Conheceu o conceito</p><p>de elasticidade de</p><p>preços e como ele</p><p>permite a previsão de</p><p>vendas e receitas.</p><p>Entendeu como funciona</p><p>a relação entre oferta</p><p>e demanda, além</p><p>dos efeitos dela no</p><p>agronegócio a nível local</p><p>e internacional.</p><p>Compreendeu a</p><p>elasticidade de preço</p><p>da demanda, que pode</p><p>ocorrer de forma elática,</p><p>unitária e ineslástica.</p><p>Encerramento do tema</p><p>Você chegou ao final deste primeiro tema e, durante os estudos, pôde perceber</p><p>a importância de identificar corretamente o custo de produção de um</p><p>produto agropecuário e conhecer todos os conceitos envolvidos. Agora,</p><p>finalizada esta etapa, será capaz de:</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 55</p><p>Destacar a origem do</p><p>agronegócio e como</p><p>essa extensa rede de</p><p>agentes econômicos</p><p>funciona, abrangendo</p><p>as etapas de “antes,</p><p>durante e depois da</p><p>produção”.</p><p>Reforçar a</p><p>importância da cadeia</p><p>produtiva e de cada</p><p>elo para o sucesso do</p><p>conjunto.</p><p>Abordar a noção</p><p>de custos gerais,</p><p>escala e elasticidade,</p><p>importantes</p><p>para a análise</p><p>de tendências de</p><p>mercado e gestão da</p><p>propriedade rural.</p><p>Esta primeira etapa, recheada de conceitos fundamentais para a gestão no</p><p>campo está no fim. Embora seja um conteúdo denso, é essencial para a</p><p>excelência do seu trabalho na propriedade atendida!</p><p>Acesse o Ambiente de Estudos e assista a mais um</p><p>vídeo que preparamos especialmente para você. Para</p><p>encerrar este tema, você acompanhará o Marcelo e</p><p>o seu trabalho na Fazenda Santa Felicidade. Preste</p><p>atenção aos detalhes para fixar os conhecimentos!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 56</p><p>Atividade de Passagem</p><p>Chegou a hora de colocar em prática o que aprendeu!</p><p>Você deve responder uma questão relacionada ao conteúdo</p><p>estudado até aqui para passar para o próximo tema, ok?</p><p>Atenção! Se você estiver com alguma dúvida quanto ao</p><p>assunto, retorne ao conteúdo do módulo ou, se preferir, entre</p><p>em contato com o tutor no seu Ambiente de Estudos.</p><p>Questão</p><p>Neste tema você estudou a introdução ao agronegócio, cadeias produtivas,</p><p>teoria geral de custos e economia de escala. Com base no que foi visto até o</p><p>momento, analise as afirmações abaixo e indique quais alternativas apresentam</p><p>opções corretas:</p><p>a. O conceito de agronegócio adotado atualmente não engloba os pequenos</p><p>produtores rurais da agricultura familiar.</p><p>b. Para estabelecimento e solidificação de uma cadeia produtiva, é necessária</p><p>uma visão sistêmica do negócio.</p><p>c. Segundo a Teoria Geral dos Custos, o custo total pode ser dividido em basicamente</p><p>dois segmentos: fixos e variáveis.</p><p>d. Mantendo a mesma infraestrutura produtiva e as tecnologias adotadas, ao se</p><p>elevar a produção total, eleva-se também o custo fixo.</p><p>e. Tanto a demanda quanto a oferta atuam fortemente sobre a dinâmica de preços</p><p>praticados no mercado.</p><p>I A, B e C</p><p>II B, C e E</p><p>III A, B e E</p><p>IV B, C e D</p><p>V B e D</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 57</p><p>Tema 2: Introdução ao</p><p>gerenciamento</p><p>Introdução</p><p>Você está iniciando o segundo tema do módulo. O objetivo é que você reconheça</p><p>o gerenciamento como um trabalho contínuo que envolve coletar dados,</p><p>analisá-los, tomar decisões técnicas e administrativas e monitorar os resultados</p><p>com uma nova coleta de dados, que inicia um novo ciclo.</p><p>Ao final deste tema, você será capaz de:</p><p>• dominar os conceitos que envolvem a gestão, o gerenciamento e a análise dos</p><p>ambientes interno e externo,</p><p>• identificar as peculiaridades do meio rural, que tornam a gestão no agronegócio</p><p>um grande desafio.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 58</p><p>Estrutura do tema</p><p>O produtor rural, muitas vezes, por causa da rotina de trabalho na fazenda, tem</p><p>dificuldades para aplicar técnicas administrativas em seu negócio. São poucas</p><p>as pessoas que dominam esses conceitos e técnicas como uma metodologia</p><p>de cálculo de custo de produção. Diante desse cenário, você técnico de campo,</p><p>precisa obter tais conhecimento para repassar ao produtor.</p><p>Sendo assim, para facilitar o entendimento desse conteúdo, o tema está dividido</p><p>em tópicos. Analise o tema e seus cinco tópicos para conhecer o objetivo</p><p>de cada um deles.</p><p>Tema 2</p><p>Tópico 1</p><p>Tópico 2Tópico 5</p><p>Tópico 4 Tópico 3</p><p>Conceitos administrativos</p><p>Compreender alguns conceitos de gestão, gerenciamento,</p><p>assistência técnica e sistema de produção, com seus níveis de</p><p>intensificação – base para a sua formação.</p><p>Gestão e gerenciamento</p><p>na propriedade rural</p><p>Entender como aplicar</p><p>os conceitos de gestão e</p><p>gerenciamento nas cadeias</p><p>do agronegócio.</p><p>Aplicação do</p><p>gerenciamento em uma</p><p>empresa rural</p><p>Aprofundar os conhecimentos</p><p>através do caso da Fazenda</p><p>Santa Felicidade, utilizado no</p><p>decorrer de todo o curso.</p><p>Fatores que interferem na</p><p>gestão no meio rural</p><p>Entender a influência dos</p><p>ambientes interno e externo</p><p>no desenvolvimento das</p><p>estratégias da empresa rural e</p><p>no gerenciamento.</p><p>Características peculiares de</p><p>uma empresa rural</p><p>Ampliar seus conhecimentos acerca</p><p>das características peculiares de</p><p>uma empresa rural e de como cada</p><p>uma delas influencia na rotina do</p><p>gerenciamento.</p><p>Agora que você conhece o objetivo de cada um, siga em frente e ótimos estudos!</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 59</p><p>Tópico 1: Conceitos administrativos</p><p>Você entende a importância de separar e diferenciar</p><p>a função de gestão da função de gerenciamento nas</p><p>propriedades rurais?</p><p>No decorrer deste tópico, você se aprofundará na forma de realizar</p><p>a gestão do negócio rural, compreendendo as diferenças entre</p><p>gestão e gerenciamento e os sistemas de produção existentes.</p><p>No meio rural, muitas vezes o empresário, o gerente e o operador são a mesma</p><p>pessoa. Em alguns momentos, eles se veem atuando em qualquer uma das</p><p>funções.</p><p>Especialmente em pequenas propriedades isso é relevante, pois a figura do</p><p>empresário e gerente, na maioria das vezes, dá lugar à figura do “funcionário”.</p><p>Ou seja, o produtor se envolve nas operações e tem dificuldades de gerir seu</p><p>negócio.</p><p>Por isso, é essencial diferenciar essas posições, conhecendo a diferença entre</p><p>gestão e gerenciamento.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 60</p><p>Gestão</p><p>O termo “gestão” originou-se entre os séculos 18 e 19 em decorrência do</p><p>processo de industrialização da economia.</p><p>Nessa época, foram criadas</p><p>fábricas, máquinas a</p><p>vapor e, junto com isso,</p><p>apareceram problemas</p><p>que até então não eram</p><p>conhecidos.</p><p>O conjunto formado por fábricas,</p><p>máquinas e trabalhadores demandou</p><p>o desenvolvimento de uma ferramenta</p><p>capaz de definir objetivos e formas de</p><p>atingi-los por meio do uso racional dos</p><p>recursos disponíveis.</p><p>Nesse sentido, a gestão poderia ser entendida como um “senso de direção”. Ou</p><p>seja, a capacidade de identificar a situação em que uma pessoa ou empresa</p><p>se encontra e os resultados que ela pretende obter.</p><p>É possível dizer que gestão é um conjunto de pensamentos e atitudes</p><p>que fundamentam a administração e a condução de um sistema de</p><p>produção.</p><p>Além disso, a gestão abrange também os aspectos técnicos, tecnológicos, de</p><p>recursos humanos e, sobretudo, de valores e crenças que baseiam a tomada</p><p>de decisão.</p><p>Módulo 2</p><p>Gerencial I da Assistência Técnica e Gerencial pg. 61</p><p>O gestor tem a função, em nível</p><p>estratégico, de:</p><p>• analisar resultados,</p>

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