Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>PREVENÇÃO X PROMOÇÃO</p><p>FONOAUDIOLOGIA</p><p>as diretrizes e políticas de saúde pública foram mudando ao longo dos anos sob as propostas de promoção de saúde, influenciando a</p><p>concepção de saúde, modelos de atenção, organização dos serviços, papéis de atores sociais e formações desses profissionais.</p><p>-> preventivo-comunitária é recente na fono</p><p>-> a prevenção vem crescendo mas de forma muito superficial, que não a distância da prevenção</p><p>-> é preciso acompanhar as mudanças teórico-metodológicas do campo da Saúde Pública/Coletiva para construir uma política de</p><p>saúde nacional que cumpra o papel de promoção da saúde da população de maneira responsável e atuante</p><p>resgaste histórico</p><p>20,30,40 - movimento nacionalista e desenvolmentista em que a escola era o lugar de reorganiar a dociedade</p><p>● política higienista</p><p>● pedagogização da saúde, medicalização da educação e exclusão social</p><p>● divisão entre normal e patológico - saúde/doença sem considerar políticas sociais, condições de trabalho/vida</p><p>50,70 - consultórios particulares, clínicas de reabilitação</p><p>- formação legitimava as práticas que tinham como foco de atenção a doença ou o distúrbio da comunicação e que privilegiavam a</p><p>reabilitação clínica individual, em detrimento de ações preventivas ou de maior alcance</p><p>- realização de testes e exames</p><p>- elitistas, excludentes</p><p>- neutralizar sintoma</p><p>-> “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doenças” - inatingível, sem considerar os</p><p>aspectos dinâmicos do viver</p><p>anos 80, fim da ditadura militar -> processo de redemocratização do país</p><p>● implementação do SUS - saúde vinculda a condições de vida e os princípios</p><p>reforma sanitária -></p><p>o redimensionamento da concepção de saúde; a reorganização dos serviços, mudança do modelo de atenção à saúde e da formação</p><p>dos profissionais da saúde; contratação de novos profissionais para os quadros públicos (dentre os quais o fonoaudiólogo</p><p>anos 90, significativa inserção de fono nos serviços públicos de saúde trouxe a necessidade de reformular a prática fonoaudiológica -</p><p>social, coletiva, preventiva</p><p>Modelo de Fonoaudiologia Preventiva - História Natural da Doença (pré-patogênico e patogênico)</p><p>● prevenção primária</p><p>● prevenção secundária</p><p>● prevenção terciária</p><p>-> subdividida em 5 níveis voltados para indivíduos, grupos e populações de risco de adoecimento</p><p>-> promoção seria prevenção primária - uma proteção específica no período pré-patogênico</p><p>fatores meta-pessoais</p><p>(realidade econômica, social, cultural, política, econômica, moradia, transporte, educação sanitária, lazer, acesso aos serviços de saúde,</p><p>direitos assegurados)</p><p>fatores pessoais</p><p>(características biológicas, psicológicas, espirituais, lingüísticas, sociais próximas e hábitos de vida – cuidados, nutrição, atividade física)</p><p>O objetivo é desenvolver uma saúde geral ótima que protege o homem de agentes patológicos e estabelece barreiras contra tais</p><p>agentes.</p><p>-> orientou o estabelecimento dos níveis de atenção</p><p>● fonoaudiólogos se baseiam nesse modelo para uma prática voltada para o coletivo e para intervenção precoce</p><p>● fio condutor é a doença e sua progressão -> etapas de trabalho em níveis de complexidade crescente</p><p>promove saúde quando não tem doença -> protege quando existe risco de doença -> reabilita quando o sujeito for acometido pela</p><p>doença</p><p>-> limitado</p><p>não abrange o processo saúde doença na complexidade de homem-vida-saúde, negligência particularidades dos seus processos e</p><p>experiências em cada contexto/comunidade</p><p>● acaba-se negligenciando o fato de atuar em uma sociedade desigual e excludente</p><p>● tradições positivistas</p><p>prioridade de se atuar no segundo momento da prevenção primária - proteção específicas de indivíduos contra os fatores de risco</p><p>causadores de cada doença.</p><p>-> promoção e proteção ficam perdidos</p><p>década de 90 - Cartas e Declarações das Conferências Internacionais</p><p>● Mudança de paradigma -> patologia/tratamento/controle/prevenção de doenças -> saúde/promoção da saúde</p><p>● transcende o nível de prevenção primária e se constitui no eixo norteador toda e qualquer prática de saúde nos diferentes</p><p>contextos - clínico, institucional e coletivo</p><p>ressignifica conceitos de saúde e doença, sujeito e educação e desdobramentos</p><p>-> A saúde como um processo dinâmico, uma dimensão da qualidade de vida, um direito humano fundamental para o</p><p>desenvolvimento de uma nação. Saúde deixa de ser responsabilidade de instituições ou profissionais específicos e passa a ser de</p><p>responsabilidade de diversos setores da sociedade envolvidos na construção e implantação de políticas públicas saudáveis e criação</p><p>de ambientes saudáveis</p><p>promoção de saúde</p><p>gerar novas perspectivas, fomentar</p><p>processo de investimentos e ações que propiciam o desenvolvimento integral e fortalecimento das pessoas, aumentando a sua</p><p>auto-estima num processo de participação das pessoas, organizações e comunidades no sentido de melhorar o controle individual e</p><p>comunitário, a eficácia política, a qualidade de vida e a justiça social</p><p>por que?</p><p>-> educação em saúde visa transformar o poder comunitário e encorajar as pessoas a assumir o controle e direcionamento de suas</p><p>vidas, compromisso com o ser social, histórico, suas condições de trabalho e produção - Paulo Freire.</p><p>fonoaudiólogo</p><p>precisa de comprometer com - sociedade justas e dignas</p><p>-> representação da população diante ao poder</p><p>maior participação e práticas que possibilitem a inclusão de classes e segmentos como parte da construção da sociedade/qualidade</p><p>de vida/cidadania</p><p>-> o compromisso com a promoção e desenvolvimento da linguagem transcende a clínica fonoaudiológica tradicional e das</p><p>instituições públicas de saúde e educação/ superando as demandas com alterações de linguagem envolvendo como sujeito das</p><p>práticas quaisquer cidadão em suas relações e contextos sociais de convivência</p><p>-> responsabilidade com setores excluidos - ocupar um lugar junto a promoção da saúde que era inviabilizado</p><p>redimensionar o papel e função de modo amplo</p><p>● há a necessidade de a Fonoaudiologia trilhar novos caminhos, repensar suas práticas tornando-as transformadoras e</p><p>condizentes com os pressupostos do SUS e participar da construção de um novo modelo de atenção à saúde coletiva, que</p><p>amplie o debate sobre os determinantes da saúde e o objeto de ação das suas práticas, tendo a linguagem como condição</p><p>básica para uma vida com qualidade.</p><p>● prevenção</p><p>prevenir, prever, evitar</p><p>promoção prevenção</p><p>objetivo maximizar a saúde e os recursos das</p><p>comunidades com um olhar abrangente</p><p>e positivo para o desenvolvimento</p><p>humano.</p><p>ausência de doenças</p><p>base identificação das necessidades e</p><p>condições de vida das pessoas se</p><p>atentando as diferenças, singularidades e</p><p>subjetividades implicadas nos</p><p>acontecimentos individuais e coletivos de</p><p>saúde, com foco na saúde e qualidade de</p><p>vida</p><p>funcionamento das doenças e dos</p><p>mecanismos para o seu controle e</p><p>evitação</p><p>o que é saúde? processo: a saúde não é uma meta, é um</p><p>recurso positivo aplicável a vida cotidiana</p><p>das pessoas e comunidades e</p><p>compreendida como um componente</p><p>dinâmico das experiências e</p><p>manifestações da vida</p><p>oposição a doença, estado idealizado e</p><p>estanque a ser buscado</p><p>público-alvo não somente a grupos específicos, mas</p><p>também à população em geral, grupos,</p><p>comunidades e a processos sociais,</p><p>culturais e políticos que influenciam a</p><p>qualidade de vida da população</p><p>● podem ser extensivas a sujeitos,</p><p>ambientes saudáveis em escolas,</p><p>hospitais e grupos com</p><p>demandas e necessidades</p><p>específicas, a diferença é a</p><p>concepção que orienta as</p><p>práticas e o foco das ações</p><p>grupos de riscos específicos para os quais</p><p>se voltam as ações preventivas focadas na</p><p>redução e controle desses fatores de risco,</p><p>assim como na proteção dos indivíduos e</p><p>grupos contra tais fatores</p><p>foco das ações participação de todos os setores da</p><p>sociedade na busca da transformação dos</p><p>determinantes das condições de vida e</p><p>saúde, via construção de políticas</p><p>públicas saudáveis e formação de</p><p>ambientes saudáveis</p><p>indivíduos e ambientes específicos</p><p>campos de ação campo social, combina diversos objetivos</p><p>e recursos,</p><p>que incluem o fortalecimento</p><p>da população, o desenvolvimento</p><p>comunitário, a construção da cidadania, a</p><p>informação, a comunicação social, a</p><p>legislação, as medidas fiscais e a</p><p>educação de caráter democrática,</p><p>participativa, problematizadora e</p><p>emancipatória</p><p>● modelos de atenção são</p><p>sociopolítico, ecológicos e</p><p>socioculturais,</p><p>campos limitados e a fundamentação e</p><p>divulgação de informações</p><p>técnico-científicas na busca da</p><p>racionalização, das normatizações, das</p><p>prescrições e das recomendações para</p><p>mudanças de hábitos e comportamentos</p><p>de indivíduos e grupos de risco em</p><p>serviços ou setores específico</p><p>metodologia de pesquisa modelos socioecológicos -> pesquisas e</p><p>dados qualitativos e integração de</p><p>enfoques e metodologias para responder</p><p>a complexidade do processo</p><p>saúde-doença e da qualidade de vida.</p><p>quantitativa, modelo biológico, dados</p><p>técnico-científicos, busca a racionalização</p><p>concepção de sujeito e leva em conta aspectos culturais e</p><p>subjetivos e releva os atores</p><p>sociais/população com suas opções,</p><p>valores e interpretações, reservando a eles</p><p>uma participação consciente, responsável</p><p>e compromissada com um viver melhor e</p><p>saudável. Desse modo, vislumbra-se um</p><p>sujeito social, ator social de mudanças.</p><p>-> autonomia</p><p>-> capacidade de escolha</p><p>o indivíduo que precisa de proteção e</p><p>que, para obtêla deverá assumir</p><p>determinados cuidados, posturas,</p><p>condutas, comportamentos e hábitos</p><p>saudáveis evitando e afastando aqueles</p><p>comportamentos tidos como “de risco”</p><p>-> identificação e transformação das</p><p>condições de vida que produzem o</p><p>processo</p><p>ações educativas democráticas, participantes,</p><p>problematizadoras e transformadoras,</p><p>que desempenhem um papel</p><p>conscientizador e libertador e contribuam</p><p>para o fortalecimento da capacidade</p><p>individual e coletiva na conquista da</p><p>cidadania</p><p>forma unidirecional, nem sempre</p><p>compartilhada, por vezes até autoritária e</p><p>com enfoque comportamental que visa</p><p>as mudanças de hábitos e de estilos de</p><p>vida</p><p>similaridades</p><p>● meta a saúde</p><p>● assim como a promoção da saúde, a prevenção primária possui enfoque coletivo - trabalho com grupos, comunidades ou</p><p>parcelas da população</p><p>● empregam ações educativas em saúde</p><p>fonoaudiologia</p><p>o avanço da fonoaudiologia para uma prática de promoção da saúde requer uma revisão das concepções e práticas implicadas em</p><p>relação a saúde, sujeito, educação e saúde, campos e focos de atenção, populaçao, alvo, modelos de pesquisa e atenção á saúde, pois</p><p>estes pontos marcam distintivamente de ações preventivas, precisa-se de superação de paradigmas.</p><p>● Fonoaudiólogo no Programa de Saúde da Família - discussões interdisciplinares, socialmente amplo</p><p>-> a concepção nem sempre é ampla, processual e dinâmica da saúde</p><p>-> não considera o poder da linguagem e comunicação na vida das pessoas, em reflexão sobre si e sobre o mundo, para que agilize a</p><p>aprendizagem e sua autonomia para induzir a participação e capacitam para mudanças na busca da redução das iniqüidades, na</p><p>construção da cidadania e de uma vida de qualidade.</p><p>● ações de ensino-pesquisa-extensão nos cursos</p><p>importante para história da fono em saúde pública/coletiva</p><p>-> campo localizado de atuação para o fonoaudiólogo</p><p>/ buscar formas de superá-los e realizar atendimento integral norteado pelos princípios preconizados pelo SUS -> espaço aberto para</p><p>fomentar, na população, a busca ativa, pela/na linguagem e comunicação, de seu lugar e papel de cidadão.</p><p>● ações coletivas na área da voz</p><p>Campanhas nacionais -> foco na prevenção</p><p>detecção precoce das disfonias e do câncer de laringe, cabe destacar que o foco na doença e nas alterações vocais permite classificar</p><p>as campanhas como de prevenção – a despeito do fato de elas não se dirigirem a grupos de risco, mas sim à população em geral. Aqui,</p><p>vislumbra-se um exemplo de uma iniciativa de prevenção com enfoque populacional. Há ainda que se avançar na elaboração de</p><p>campanhas em voz na perspectiva da Promoção da Saúde, no sentido de que estas venham a explorar as dimensões e</p><p>funcionalidades da voz na vida das pessoas e que englobem a prevenção, sem que a ela se restrinjam</p><p>Seminários de Voz Profissional - PUCSP</p><p>ampliar a visão da voz no campo coletivo, a partir de seu entrelaçamento com o trabalho humano com visão interdisciplinar</p><p>- voz, saúde e trabalho</p><p>ex: professor, telemarketing,</p><p>-> experiências fonoaudiológicas, com categorias e grupos profissionais específicos, representam passos importantes, que começam a</p><p>ser dados, na compreensão mais abrangente do processo saúde-doença e das ações na área de voz, na direção da Promoção da</p><p>Saúde.</p><p>● aproximação com as ciências sociais</p><p>o homem como produtor da história e de si próprio</p><p>novas perspectivas de enfoque na área da saúde coletiva: Promoção da Saúde em locais de trabalho e nas questões de Saúde do</p><p>Trabalhador</p><p>● A conjugação entre Fonoaudiologia e construção de ambientes saudáveis apresenta-se por demais incipiente</p><p>poucos relato de experiências e pesquisas na área, tais como as propostas de Escolas Promotoras de Saúde, de Hospitais e</p><p>Maternidades Saudáveis ou Hospitais Amigos da Criança</p><p>-> devem ser mais abrangentes e processuais na resposta as necessidades de saúde da população, precisando uma reestruturação</p><p>daquelas com os diferentes atores sociais envolvidos, redirecionamento do foco de atuação, ampliação do leque de abrangência de</p><p>sua população alvo e envolvimento dos diversos segmentos da comunidade e do seu entorno</p><p>● ações educativas em saúde</p><p>normativa e prescritiva, sem envolvimento da comunidade, encontra-se em processo de falência, e procura novas formas de</p><p>aproximação, sensibilização e comunicação com a população</p><p>-> é preciso ouvir o que a população pensa e considerar ativa, não só espectadora de orientações</p><p>-> trabalho fonoaudiológico para implementação das ações</p><p>❖ proposta de trabalho com grupos</p><p>voz à população, pois favorece a troca de informações e conhecimentos e tende a impulsionar os sujeitos para transformações das</p><p>condições ambientais, sociais e organizacionais do seu trabalho e da sua vida. Isso favorece a construção de vínculos significativos</p><p>entre a Fonoaudiologia e a comunidade</p><p>-> oficinais e grupos intra e extra clínica podem ter seu conteúdo além das queixas apresentadas pelos participantes do grupo,</p><p>incorporando uma análise mais ampla das condições de vida dos sujeitos, na busca da sua qualidade.</p><p>Implica saber fazer da comunicação e da linguagem na prática cotidiana uma ação política concreta que visa à produção de um saber</p><p>social e culturalmente comprometido com o partilhar de bens comuns e com a intervenção e a transformação da realidade de</p><p>educação e saúde da população, que concorra para a superação das desigualdades sociais e da exclusão, commelhoria da qualidade</p><p>de vida e Promoção da Saúde da população.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina