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<p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 1/54</p><p>Objetivos</p><p>Módulo 1</p><p>Princípios constitucionais tributários</p><p>Identificar os princípios norteadores da tributação e as limitações deles decorrentes.</p><p>Acessar módulo</p><p>Módulo 2</p><p>Imunidades</p><p>Reconhecer as imunidades advindas das garantias constitucionais.</p><p>Acessar módulo</p><p>Módulo 3</p><p>Limitações constitucionais ao poder de</p><p>tributar</p><p>Prof. Gabriel QuintanilhaDescrição</p><p>A limitação ao poder de tributar e o amparo do ordenamento jurídico ao contribuinte em face do controle do fisco.</p><p>Propósito</p><p>O conhecimento das limitações ao poder de tributar permite ao operador do Direito compreender o alcance e as</p><p>restrições da autoridade estatal no exercício da atividade tributária. Ele ainda possibilita detectar os mecanismos</p><p>previstos no ordenamento jurídico que promovem segurança nas relações entre o contribuinte e o Estado.</p><p>Preparação</p><p>Antes de iniciar os estudos deste conteúdo, tenha em mãos a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 2/54</p><p>Os efeitos da tributação</p><p>Analisar os efeitos e a necessidade da tributação.</p><p>Acessar módulo</p><p>1</p><p>Princípios constitucionais tributários</p><p>Ao final deste módulo, esperamos que você identifique os princípios norteadores da tributação e as limitações deles decorrentes.</p><p>As limitações ao poder de tributar ocorrem de diversas formas em nosso ordenamento jurídico por meio de princípios, imunidades e regras</p><p>de competência que visam estabilizar as relações e atrair segurança jurídica. O Direito Tributário como um todo se revela um sistema que</p><p>pretende apontar os limites do poder estatal no exercício da atividade tributária.</p><p>Mais adiante, identificaremos nos princípios constitucionais a ordem geral sobre a atividade tributária e veremos como a Constituição</p><p>Federal cuidou para que o poder estatal não atuasse de forma a invadir a propriedade privada. Além disso, será possível, por intermédio das</p><p>imunidades, observar algumas hipóteses de não incidência de impostos.</p><p>Por fim, vamos esclarecer que, embora limitada, a atividade tributária realizada pelo Estado é essencial para a manutenção da máquina</p><p>estatal.</p><p>Introdução</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 3/54</p><p>Distinção entre os tipos de normas</p><p>Antes de adentrarmos o estudo dos princípios constitucionais relacionados ao Direito Tributário, é de extrema necessidade compreendermos os</p><p>diversos tipos de normas descritos em nosso ordenamento jurídico. Essa compreensão é possível a partir de sua estrutura. Devemos considerar a</p><p>existência de normas regras, normas de colisão e, finalmente, princípios.</p><p>Assim, podemos considerar que a norma constitucional que dispõe que os Estados detêm a competência para instituir impostos sobre a</p><p>propriedade de veículos automotores é uma norma regra.</p><p>Os conflitos entre normas regras são resolvidos pela análise da validade e aplicação ao caso concreto mediante verificação dos critérios</p><p>cronológicos (segundo os quais a lei posterior vem a revogar aquela anteriormente ativa) e pelo critério da especialidade (que determina que a</p><p>norma especial terá incidência face a uma norma de conteúdo geral).</p><p>Atenção!</p><p>Normas regras são aquelas que descrevem e estabelecem um padrão de conduta, regulando determinadas ações e comportamentos, e</p><p>ordenando uma ação ou omissão quanto à prática de um ato concreto.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 4/54</p><p>Considere a hipótese da cobrança de um tributo feita judicialmente. Naturalmente, essa cobrança será realizada por meio da execução. É bem</p><p>verdade que o processo de execução já está previsto no Código de Processo Civil como regra geral, porém, para fins de cobranças de crédito</p><p>tributário, temos uma lei específica que fará a regência desse procedimento — a Lei de Execução Fiscal. Assim, a norma especialmente criada para</p><p>a execução de créditos tributários irá incidir nesse caso, passando à frente da norma geral e mais abrangente.</p><p>Quanto aos princípios, devemos observar que são normas que objetivam a promoção de valores. Via de regra, eles possuem um grau de elasticidade</p><p>e aplicabilidade sobre os casos concretos, logo, determinam uma ótica pela qual devem ser analisadas as situações e os padrões de conduta.</p><p>Temos aqui um exemplo claro de norma princípio: a necessidade de promover a cobrança dos tributos de acordo com a capacidade contributiva.</p><p>Também podemos observar a proibição de tratamento desigual para aqueles que se encontram em igualdade de condições. É nessa linha de</p><p>pensamento que há o desenho da regra que se constrói a partir da observância dos princípios.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 5/54</p><p>O conflito entre princípios será solucionado a partir da ponderação de interesses, ou seja, ao se analisar o caso concreto, o princípio que possuir</p><p>maior peso será aplicado em detrimento daquele que, dentro da situação hipotética, não se revela razoável. Conflitos entre princípios ocorrem</p><p>diariamente e estão presentes no cotidiano. Podemos observar, por exemplo, o contínuo conflito entre a privacidade e a necessidade de informação.</p><p>Por fim, as normas de colisão servirão de baliza para a orientação do operador do Direito na aplicabilidade das regras e princípios, além da</p><p>adequação de sua funcionalidade em um determinado caso concreto. Assim, é por meio delas que notamos a validade, a aplicabilidade e a</p><p>consistência. Proporcionalidade e razoabilidade são exemplos de normas de colisão. Elas não se aplicam isoladamente, mas, sim, a partir da</p><p>adequação da imposição de uma norma, de sua extensão e de seus efeitos. Nos tribunais é comum observarmos decisões que dispõem “valores de</p><p>indenização adequados aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade”.</p><p>É nítido que o dever de indenizar é a regra, mas deverão incidir sobre ela os critérios de razoabilidade e</p><p>proporcionalidade, a fim de que sua aplicação tenha justa medida sobre a conduta, sendo proporcional ao dano e</p><p>razoável para compensar a infringência a uma regra de conduta.</p><p>Compreendido o que são princípios, podemos entrar nos estudos daqueles que regem o Direito Tributário.</p><p>Introdução aos princípios constitucionais tributários</p><p>Como apresentado de forma geral, princípio é uma norma que orienta e direciona o operador do Direito na aplicação das regras, suscetível à</p><p>ponderação. Por meio dos princípios não serão reveladas proibições à tributação, porém será possível, a partir de uma análise na ótica</p><p>principiológica, reconhecer limitações à atividade tributária/fiscal do Estado, haja vista que tais princípios existem para a proteção do contribuinte</p><p>contra os excessos e abusos do fisco. Algumas vezes, o Direito se mostra como um instrumento de proteção não somente no âmbito das relações</p><p>privadas e entre iguais, mas também contra o arbítrio do poder público, se revelando um instrumento de proteção do contribuinte perante o Estado.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 6/54</p><p>No campo do Direito Tributário, devemos prestar especial atenção aos princípios, visto que, em matéria tributária, os consideraremos</p><p>essencialmente como regras, delimitadas pela Constituição Federal e com certa redução do grau de elasticidade marcante da norma princípio.</p><p>Adiantando o que vem a seguir, e tomando como exemplo a Legalidade Tributária alocada no art. 150, inciso I, da Constituição Federal, é a norma</p><p>princípio que determina que a criação do tributo ocorre mediante lei, não admitindo flexibilização desse conceito, sob pena de ser</p><p>evidenciada uma</p><p>inconstitucionalidade de forma.</p><p>Princípio da legalidade</p><p>A legalidade tributária e suas exceções</p><p>O professor Gabriel Quintanilha discorre no vídeo a seguir sobre a legalidade tributária e suas exceções.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 7/54</p><p>Utilizado como exemplo da exceção da funcionalidade padrão dos princípios, o princípio da legalidade é norma que irá gerar os alicerces do Direito</p><p>Tributário, como uma espécie de garantia constitucional contra a criação e a modificação de tributo por ato normativo que não seja a lei e possua</p><p>sua correspondente força.</p><p>Relembrando</p><p>Lembremos que uma lei é aprovada por meio do processo legislativo, no qual, segundo a ótica constitucional, há manifestação</p><p>democrática que trará legitimidade de interesse na elaboração daquela regra que figurará dentro do ordenamento jurídico, uma vez que ela</p><p>será elaborada pelo povo, por intermédio de seus representantes eleitos.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 8/54</p><p>A necessidade de ver a atividade tributária prevista em lei não é algo contemporâneo, pois já se cogitava que a tributação só viria mediante o</p><p>reconhecimento promovido pelos anseios populares desde a Magna Carta de 1215, assinada pelo Rei João da Inglaterra (também conhecido como</p><p>João Sem-Terra), a qual estabelecia que a aprovação dos súditos era condição para se exigir um tributo.</p><p>Avançando nos estudos, temos definido que, pelo princípio da legalidade, o tributo somente poderá ser instituído</p><p>por lei.</p><p>Semelhante condição ocorrerá com os elementos que são necessários para sua incidência, revelando a tipicidade tributária. Esta última não permite</p><p>a invasão de critérios subjetivos graças à disposição do art. 97 do Código Tributário Nacional. Todo esse contexto visa à atribuição da máxima</p><p>segurança jurídica nas relações tributárias, visto que a instituição e extinção, a majoração e redução, o fato gerador, a alíquota e base de cálculo, as</p><p>penalidades e também as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção estão todos, em regra, previstos em lei.</p><p>Evidenciar a tipicidade tributária é assumir que o poder de tributar não parte de discricionariedade do fisco, mas sim de ato vinculado, uma vez que</p><p>operado o enquadramento na previsão legal, a incidência do tributo também será operada. A vontade da sociedade estará representada na lei e, de</p><p>igual modo, até onde o contrato social converge para a aceitação da tributação.</p><p>Em que pese toda essa exposição, devemos observar que a regra é:</p><p>No entanto, a Emenda Constitucional nº 32/2001 passou a prever a possibilidade de utilização de medida provisória em matéria tributária.</p><p>1</p><p>Criação</p><p>2</p><p>Extinção</p><p>3</p><p>Redução</p><p>4</p><p>Majoração do tributo por meio</p><p>de lei</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 9/54</p><p>Uma de suas características é a inversão do procedimento legislativo, pois sua aprovação para conversão em lei ordinária ocorre em momento</p><p>posterior à sua entrada em vigor e à consequente produção de efeitos jurídicos.</p><p>Vale ressaltar que haverá a participação do povo nesse processo, contudo, isso se dará em momento posterior à</p><p>entrada em vigor do ato normativo.</p><p>Diante de todo esse cenário acerca da medida provisória, o Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento no sentido de que esse tipo de</p><p>artifício jurídico, justamente por possuir força de lei, é instrumento hábil para tratar, como se lei fosse, sobre matéria tributária.</p><p>Legitimidade, ao primeiro exame, da instituição de tributos por medida provisória com força de lei, e, ainda, do</p><p>cometimento da fiscalização de contribuições previdenciárias à Secretária da Receita Federal.</p><p>(BRASIL, 2010)</p><p>Portanto, conseguimos, com toda a clareza, observar que, por meio de medida provisória, é possível a criação, a majoração, a redução e a extinção</p><p>de tributos. A questão que vem a impactar é se há algum limite para a atuação do poder público em matéria tributária mediante a utilização de</p><p>medidas provisórias.</p><p>Saiba mais</p><p>Segundo a legislação constitucional, medida provisória é uma espécie normativa de caráter precário, cabível nos casos de urgência e</p><p>relevância, além de ter força de lei.</p><p> </p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 10/54</p><p>A esse questionamento devemos responder tranquilamente que sim, visto que, embora possua força de lei, a medida provisória jamais poderá</p><p>invadir as matérias que possuem reserva de lei complementar. Os assuntos destinados à lei complementar não poderão ser regulados por lei</p><p>ordinária. É daí que decorre a incompatibilidade, visto que a medida provisória possui força equivalente à lei ordinária, não podendo preencher as</p><p>necessidades formais daquilo que a Constituição cuidou de reservar à lei complementar.</p><p>Evidentemente, se utilizado ato normativo diverso daquele previsto como típico e capaz de alterar as disposições tributárias, certamente estaremos</p><p>diante de uma inconstitucionalidade.</p><p>Em se tratando da reserva de lei complementar, devemos ter em mente que a reserva ocorre para quatro situações, para as quais não serão</p><p>admitidas a utilização de outra espécie de ato normativo.</p><p>São elas:</p><p>Normas gerais de Direito Tributário</p><p>Previstas no art. 146, inciso III, da Constituição Federal.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 11/54</p><p>Instituição de Empréstimo Compulsório</p><p>Acostado no art. 148 da Constituição Federal.</p><p>Instituição do imposto sobre grandes fortunas</p><p>Elencado no art. 153, inciso VII, da Constituição Federal.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 12/54</p><p>Exceções ao princípio da legalidade</p><p>Trabalhar com o Direito brasileiro é assumir a certeza de que para todo conjunto de regras há exceções, e o princípio da legalidade não escapará da</p><p>verdade dessa afirmação. Em geral, devemos ter muito nítida a ideia de que a criação e a extinção dos tributos deverão ocorrer por lei ou medida</p><p>provisória. De outra maneira, quando o assunto for alíquotas e base de cálculo de algum tributo, a exceção se fará presente.</p><p>Exercício da competência residual</p><p>Conforme inteligência do art. 154, inciso I, da Constituição Federal.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 13/54</p><p>Vamos conhecer essas exceções a seguir:</p><p>Princípio da isonomia e capacidade contributiva</p><p>Tratar de isonomia dentro do cenário brasileiro requer uma maior imersão quanto à forma de proporcionar a igualdade.</p><p>De modo objetivo, podemos dizer que temos dois tipos de igualdade:</p><p>Igualdade formal</p><p>Essa estará compreendida em uma visão na qual a aplicação dos direitos e deveres estará descrita de forma igual para todos, sem</p><p>nenhuma análise subjetiva quanto às características do indivíduo em questão.</p><p>Igualdade material</p><p>Já a igualdade material representará, na verdade, um tratamento desigual à medida que, devido às suas individualidades, os sujeitos se</p><p>desigualam.</p><p>Rui Barbosa já trabalhava com a ideia de uma igualdade material, ou seja, a necessidade de se tratar os desiguais na medida de suas desigualdades,</p><p>com o objetivo de se alcançar, ao final, uma igualdade real.</p><p>O Direito Tributário não se afasta dessa ideia de proporcionar uma igualdade material, concedendo tratamento diferenciado ao contribuinte ao</p><p>Primeira exceção </p><p>Segunda exceção </p><p>Terceira exceção </p><p>Quarta exceção </p><p>Quinta exceção </p><p>Sexta exceção </p><p>Sétima exceção </p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html#</p><p>14/54</p><p>analisar a sua capacidade contributiva e sua riqueza, aproximando, dessa forma, o Direito da equidade. Encontramos o princípio da isonomia no art.</p><p>150, inciso II, da Constituição Federal, que, de maneira categórica, veda o tratamento diferenciado em razão de cargo ou função exercida pelo</p><p>contribuinte. Logo, não é possível beneficiar um indivíduo em razão de uma função ou um cargo.</p><p>No entanto, evidenciado que um indivíduo se encontra em situação desigual perante os demais, é possível a concessão de benefícios fiscais para</p><p>que alcance o seu desenvolvimento, atingindo em ultima ratio o desejo constitucional de igualdade de condições.</p><p>Não é por menos que poderemos ver que o princípio da capacidade contributiva terá elo indissociável com o princípio da isonomia, pois, mediante a</p><p>união desses dois princípios, haverá perfeita harmonização do desejo constitucional de trazer uma efetiva igualdade material, ajustando as</p><p>condições de desenvolvimento. Em outras palavras, o Estado atua diretamente para que a tributação seja compatível com a capacidade econômica</p><p>e com o potencial de contribuição do indivíduo.</p><p>Podemos concluir que os benefícios fiscais, em homenagem à capacidade contributiva e à isonomia, serão</p><p>destinados aos necessitados.</p><p>Exemplo</p><p>Um exemplo claro de tratamento diferenciado para fins de alcançar o melhor desenvolvimento e competitividade é a política do Simples</p><p>Nacional, que objetiva dar condições negociais e redução do tempo gasto com as obrigações acessórias.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 15/54</p><p>Progressividade</p><p>A progressividade é um princípio que guarda relação direta com a capacidade contributiva. Na verdade, ela é um instrumento de sua efetivação,</p><p>implicando alterações diretas na cobrança dos tributos com o objetivo de alinhar a realidade patrimonial e financeira do contribuinte com a</p><p>prestação devida ao Estado. Logo, em decorrência da progressividade, será possível a modificação das alíquotas em função da dimensão da base</p><p>de cálculo.</p><p>De forma clara, encontraremos a progressividade sendo operada no Imposto de Renda, haja vista que a cobrança do imposto guarda relação direta</p><p>com a riqueza do contribuinte. Entendendo que a base de cálculo do imposto é a renda, quanto maior ela for, maior será a alíquota aplicável.</p><p>O Imposto Territorial Rural também será submetido de forma obrigatória. A progressividade nesse imposto se opera com a finalidade de adequar a</p><p>utilização da propriedade à função social, garantindo que a destinação do bem imóvel seja cumprida. Assim, quanto melhor e mais adequada a</p><p>função social da propriedade rural, menor deverá ser a cobrança do imposto.</p><p>Atenção!</p><p>A progressividade é obrigatória no Imposto de Renda, por determinação do art. 153, § 2º da Constituição Federal.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 16/54</p><p>A contrario sensu, quanto mais afastada da função social, maior será a cobrança do imposto, a fim de compelir o proprietário a adequar a sua</p><p>utilização para os fins a que se destina. Fazemos um adendo especial para a compreensão da função social da propriedade rural, pois, naturalmente,</p><p>os imóveis rurais têm uma predisposição à plantação, cultivo e produção. Assim, podemos dizer que uma das formas de dar função social ao imóvel</p><p>é utilizá-lo para produção rural.</p><p>Com relação ao Imposto Predial e Territorial Urbano, devemos observar que a progressividade é facultativa, isso em razão da previsão contida no</p><p>art. 182, § 4º, inciso II e art. 156, § 1º da Constituição Federal. Nesse sentido, facultativamente, poderá ser prevista a progressividade para o</p><p>Imposto Predial e Territorial Urbano de acordo com a lei municipal que o determine, podendo extrair a base do valor, da utilização e adequação à</p><p>função social e pela localização do imóvel.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 17/54</p><p>Convém apontar que o Supremo Tribunal Federal possui orientação para que todos os impostos se submetam à capacidade contributiva sem</p><p>distinção por classificação (real ou pessoal), uma vez que o princípio é um dos alicerces do sistema tributário brasileiro.</p><p>Chegamos à conclusão de que todo tributo, sempre que possível, observará a capacidade contributiva do contribuinte. Vale acrescentar que isso se</p><p>dará independentemente da origem da renda que aumentará a capacidade de suportar a tributação, quer esse aumento patrimonial seja lícito ou</p><p>ilícito. Em decorrência da regra da pecunia non olet (o dinheiro não tem cheiro), ela será considerada para majoração do tributo. Essa indiferença</p><p>quanto à origem da renda é oriunda da previsão legal do art. 118 do Código Tributário Nacional.</p><p>Proporcionalidade</p><p>A proporcionalidade é um instrumento da capacidade contributiva que visa a uma razoabilidade na tributação, de forma que a atividade fiscal não</p><p>implique excesso capaz de gerar o confisco patrimonial do contribuinte.</p><p>Logo, proporcional é a atividade fiscal tributária que não será excessiva para acarretar a ruína do contribuinte e</p><p>nem tão ínfima que desconsidere a riqueza e a capacidade de contribuição.</p><p>Saiba mais</p><p>É com esse fundamento que o Supremo admite a progressividade, braço da capacidade contributiva, incidir sobre o Imposto Transmissão</p><p>Causa Mortis e Doação, mesmo que a Constituição Federal não tenha previsto de forma expressa a aplicação do princípio a esse tipo de</p><p>imposto.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 18/54</p><p>As sanções e penalidades estarão em consonância com a proporcionalidade imposta, de modo que a punição não fuja da razoabilidade e não</p><p>acarrete o confisco dos bens do contribuinte.</p><p>Tomando como exemplo as taxas, que se prestam a remunerar um serviço específico e divisível, podemos pensar que a proporcionalidade implica</p><p>diretamente a justa adequação entre o custo efetivo do serviço prestado/posto à disposição e a cobrança do tributo propriamente dito. Com isso, na</p><p>proporcionalidade, as alíquotas são fixas e as bases de cálculo são variáveis.</p><p>Seletividade</p><p>A seletividade é o princípio que coordenará a proporção de incidência de um tributo sobre um produto considerado vital para o contribuinte. Não é</p><p>por menos que é chamada seletividade, pois está relacionada à essencialidade do produto.</p><p>A atração do tributo e a variação das alíquotas observará o papel que aquele produto cumpre na sociedade, considerando o quão indispensável ele é</p><p>para a comunidade.</p><p>Vejamos a seguir como funciona:</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 19/54</p><p>Quanto mais essencial o produto, menor deverá ser a tributação sobre ele.</p><p>Por outro lado, quanto maior for a dispensabilidade de um produto, maior serão a carga tributária e as alíquotas que irão incidir sobre ele.</p><p></p><p>Exemplo</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 20/54</p><p>A seletividade em razão da essencialidade é de aplicação obrigatória ao imposto sobre produtos industrializados, como determina o art. 153, § 3º,</p><p>inciso I da Constituição Federal.</p><p>Uma polêmica em relação à seletividade recai sobre o caráter subjetivo que envolve a medida da essencialidade. Ora, em um país de proporções</p><p>continentais, chegar a um consenso sobre o que é produto essencial e o que é dispensável nos parece um trabalho árduo. Os costumes, as</p><p>necessidades e o consumo de uma região nem sempre serão os mesmos que os de outra, logo, eleger o que são produtos essenciais se torna</p><p>determinação legal que, ao fim, não cumprirá de forma plena a sua função.</p><p>Uniformidade geográ�ca</p><p>A uniformidade é um princípio que decorre</p><p>diretamente da isonomia, estando previsto no art. 151, inciso I, da Constituição Federal, e determina que</p><p>a tributação deve ser uniforme em todo o país. Por decorrer diretamente do princípio da isonomia, que, como já exposto, objetiva uma condição de</p><p>igualdade material, não se espera que a uniformidade geográfica determine uma tributação idêntica em todo o território nacional, mas, sim, que ela</p><p>corra de modo a garantir a igualdade de condições e o desenvolvimento em todo o Estado brasileiro. É nesse sentido que há a possibilidade de</p><p>tratamento diferenciado, inclusive mediante concessão de benefícios fiscais, para as regiões menos desenvolvidas e carentes de investimentos.</p><p>A tributação é elemento para o próprio desenvolvimento das atividades do país, sendo assim, o exercício da atividade fiscal pode ser utilizado como</p><p>instrumento de redução das desigualdades entre as regiões.</p><p>Impossibilidade de tratamento diferenciado em razão do destino ou</p><p>procedência</p><p>No exercício do poder de tributar, o Estado não pode apresentar tratamento diferente em razão do destino ou origem do serviço ou do bem. A</p><p>vedação a esse tipo de discriminação tem amparo constitucional no art. 152 da Constituição Federal, que expõe a impossibilidade de os entes</p><p>federados tratarem de forma diversa, no exercício da atividade tributária, bens ou serviços em razão da procedência ou do local para o qual se</p><p>destinam.</p><p>Um bom exemplo dos efeitos da seletividade por essencialidade é a tributação do cigarro, uma vez que ele é visto como um produto não</p><p>essencial, supérfluo e que poderá onerar o poder público em razão das consequências de seu uso. Por todos esses motivos, o cigarro</p><p>recebe uma tributação mais elevada.</p><p>Resumindo</p><p>Em suma, será possibilitada a concessão de benefícios fiscais a uma determinada região com vistas a possibilitar o seu desenvolvimento</p><p>e a atração de investimentos para fins de estimular a economia.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 21/54</p><p>Logo, a isonomia tributária não suporta o tratamento discriminatório e não ampara o tratamento desigual por mera questão de origem ou destino. O</p><p>local em que se situa um estabelecimento/fornecedor de serviços não pode servir de motivo para imposição de uma tributação mais vultosa.</p><p>Princípio da irretroatividade</p><p>Como regra, o princípio determina a impossibilidade de a lei tributária retroagir para alcançar fatos geradores do passado. O efeito dessa ótica</p><p>principiológica é tornar a atividade tributária previsível e dotada de segurança jurídica, de modo que as leis novas, que tenham previsão de um fato</p><p>gerador novo, não venham a retroagir para alcançar os atos praticados pelo contribuinte no passado. Nesse sentido, estaríamos privilegiando a</p><p>anterioridade da lei tributária.</p><p>A hipótese de incidência do tributo necessita que a definição do fato gerador seja anterior à prática do fato juridicamente relevante que deu ensejo à</p><p>aplicação do tributo, de forma que aquela conduta que se adequa ao fato gerador, desde que praticada antes da vigência da lei que instituiu o</p><p>tributo, é juridicamente irrelevante para fins de incidência tributária e para o cumprimento da obrigação principal.</p><p>A previsão legal se encontra alocada no art. 150, inciso III, da Constituição Federal, garantindo a produção de efeitos prospectivos, não abrangendo</p><p>os fatos do passado, protegendo o contribuinte e garantindo a segurança jurídica.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 22/54</p><p>É importante destacar que a regra da irretroatividade admite exceções que se afastam um pouco das regras de</p><p>retroatividade de outros ramos do Direito. As hipóteses de retroatividade trabalhadas no Direito Tributário</p><p>funcionarão para o contribuinte de modo a favorecer também o fisco.</p><p>Retroatividade a fatos pretéritos por motivos interpretativos</p><p>Nesta hipótese de retroatividade, não haverá nenhuma possibilidade de aplicação de lei inovadora aos fatos pretéritos. Serão passíveis de</p><p>retroatividade os casos nos quais a lei for expressamente interpretativa. O Código Tributário Nacional, no art. 106, caput, inciso I, traz a seguinte</p><p>conclusão:</p><p>A lei aplica-se a ato ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a</p><p>aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.</p><p>(BRASIL, 1966).</p><p>Podemos, por exemplo, pensar na hipótese de enquadramento de um produto, quando houver divergência em sua natureza, para fins da aplicação</p><p>da alíquota do imposto de importação. A jurisprudência a seguir define melhor a questão:</p><p>[...] 5. O ADN 28/94 não ‘instituiu’ ou ‘majorou’ tributo, tendo apenas conferido interpretação técnica sobre quais</p><p>mercadorias afinal estariam contidas nas expressões controversas, fixando sentido interpretativo quando</p><p>dispôs que aparelho celular (corpo único enquadrável à alíquota 20%) difere de sistemas de transceptores</p><p>(alíquota de 0%) e assim fê lo em observância ao sistema normativo pois se interpretar é extrair o sentido e o</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 23/54</p><p>(alíquota de 0%) e, assim, fê-lo em observância ao sistema normativo, pois se interpretar é extrair o sentido e o</p><p>alcance do preceito, tal norma interpretativa pode retroagir para alcançar fato pretérito.</p><p>(BRASIL, 2010).</p><p>A retroatividade também opera efeitos quando a lei atribui penalidade mais branda ou quando se antevê que uma conduta deixou de ser prevista</p><p>como infração tributária. Atente para a palavra “penalidade” que acabamos de mencionar, pois, desse modo, em caso de redução de alíquotas, a</p><p>retroatividade não será aplicada, sendo válida, para este último caso, a lei vigente quando foi realizado o lançamento do tributo.</p><p>Também deve ser observado que as hipóteses de retroatividade não podem ferir a coisa julgada no âmbito do Poder Judiciário.</p><p>Retroatividade pró-�sco</p><p>O art. 144, § 1º do Código Tributário Nacional traz outras hipóteses de possibilidade de que a lei nova produza efeitos para situações passadas. A</p><p>hipótese ventilada no dispositivo supramencionado está relacionada ao aumento dos poderes de controle do fisco, além do aumento das garantias</p><p>e privilégios do crédito tributário. O objetivo é claro: aumentar a possibilidade de satisfação do crédito tributário e alcançar maior eficácia na</p><p>apuração de créditos a serem perseguidos.</p><p>Vejamos:</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 24/54</p><p>Em caso de ampliação da capacidade de fiscalização, a retroatividade estará limitada ao prazo decadencial para que o crédito seja constituído,</p><p>garantindo a estabilidade das relações e a segurança jurídica, e afastando a perpetuação da persecução fiscal.</p><p>Por outro lado, a retroatividade por aumento das garantias e privilégios do crédito tributário pode ser evidenciada na hipótese de decreto</p><p>falimentar de uma determinada empresa que possui débitos tributários.</p><p>A lei de falências prevê que o crédito tributário se encontre na quarta posição da ordem de pagamentos. Entretanto, se uma nova lei vem para alterar</p><p>essa posição, atribuindo maior privilégio e realocando o crédito tributário à frente dos demais, essa nova forma prevista em lei irá retroagir.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 25/54</p><p>Princípio da anterioridade de exercício</p><p>O exercício da atividade tributária e a capacidade do contribuinte para suportar a tributação requer um mínimo de estabilidade e previsibilidade.</p><p>Essas são as condições para que exista segurança jurídica nas relações tributárias e seja possível ao contribuinte se preparar para a cobrança dos</p><p>tributos.</p><p>Com essa finalidade, a Constituição Federal traz</p><p>em seu art. 150, inciso III, o princípio da anterioridade clássica, ou, como também é conhecido,</p><p>anterioridade de exercício. Por esse princípio temos que a criação ou majoração de um tributo somente poderá ser exigido no próximo exercício</p><p>financeiro. Dessa forma, haverá segurança para o contribuinte e perfeita adequação ao princípio da não surpresa, evitando a imposição de uma</p><p>carga tributária acima daquilo que se havia preparado para suportar.</p><p>O exercício financeiro é anual e coincide com o calendário civil. Assim, afirmar que a cobrança dos tributos criados ou majorados somente será</p><p>exigível no exercício financeiro seguinte leva à compreensão de que, no próximo ano, a majoração e os novos tributos são perfeitamente exigíveis.</p><p>Nota-se que a alteração de prazo para recolher obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade, por</p><p>força da Súmula Vinculante 50.</p><p>Cabe ressaltar que a substituição de índices para correção monetária, via de regra, não implica a majoração de tributo. Desse modo, a substituição</p><p>produzirá efeitos imediatos, visto que sua finalidade é recomposição de perdas, não sendo submetida a proteção da anterioridade de exercício. No</p><p>entanto, caso esse indexador venha de fato a representar majoração do tributo, por extrapolar aquilo que se tem como atualização e recomposição,</p><p>teremos a necessidade de aplicação da anterioridade de exercício.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 26/54</p><p>Princípio da noventena</p><p>Como podemos observar, a não surpresa é garantida pela Constituição Federal, de modo a possibilitar ao cidadão a capacidade de suportar a carga</p><p>tributária mediante previsibilidade e estabilidade na exigibilidade das obrigações tributárias.</p><p>Em razão da forma como se apresenta a anterioridade, isto é, a possibilidade de exigir a majoração ou o tributo criado no exercício financeiro</p><p>seguinte, o princípio da não surpresa não estaria integralmente protegido. De igual modo, a segurança jurídica do contribuinte não estaria</p><p>completamente satisfeita.</p><p>Esse é um problema de fácil constatação. Imagine se a hipótese da criação ou da majoração do tributo ocorresse em dezembro. Aplicando tão</p><p>somente a anterioridade de exercício, o contribuinte deveria proceder o recolhimento do tributo imediatamente em janeiro, ou seja, no próximo mês,</p><p>sem nenhuma previsibilidade e preparo para que suportasse o encargo tributário.</p><p>Nesse contexto, surge a noventena, que tem como objetivo estabelecer uma anterioridade mínima para exigibilidade no novo tributo ou daquele que</p><p>Atenção!</p><p>Convém mencionar que o art. 150, § 1º, da Constituição Federal, prevê impostos que não se submetem ao princípio da anterioridade,</p><p>estando incluídos, entre eles, o Imposto sobre Importação, o Imposto sobre Exportação, o Imposto sobre Operações Financeiras e o</p><p>Imposto sobre Produtos Industrializados.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 27/54</p><p>sofreu a majoração. Logo, se estabelece, no art. 150, inciso III, alínea “c”, que, entre a criação ou majoração, deve haver um período mínimo para que</p><p>passe a ser exigível.</p><p>As exceções ao princípio da noventena constam do empréstimo compulsório em caso de guerra ou calamidade pública, Imposto sobre Importação,</p><p>Imposto sobre Exportação, Imposto de Renda, Imposto sobre Operação Financeira e Impostos Extraordinários em caso de Guerra. Tais exceções</p><p>existem dada a característica extrafiscal para intervenção rápida na economia a fim de solucionar distorções.</p><p>Princípio do não con�sco</p><p>A proteção do contribuinte perante a estipulação de tributos exorbitantes decorre do princípio do não confisco. Ele funcionará como uma vedação à</p><p>cobrança de tributos, de modo a proteger a dignidade da pessoa humana, visto que a intervenção do fisco seria tão forte que promoveria uma</p><p>injusta apropriação da propriedade, bens e valores do cidadão.</p><p>A atividade do fisco deve sempre guardar o preceito de razoabilidade. Assim, a tributação deve ser moderada e proporcional à capacidade de</p><p>suportabilidade do contribuinte em face dos tributos que contra ele militam.</p><p>Desse modo, temos como confiscatório o tributo desproporcional que não só atinge, mas fere o patrimônio do contribuinte sem nenhuma</p><p>preocupação com sua capacidade de suportar os tributos e de contribuição. Convém mencionar que o não confisco se estenderá também às</p><p>multas, em homenagem à proporcionalidade das sanções.</p><p>Trata-se de uma limitação constitucional ao poder de tributar que veda a invasão ao mínimo existencial. No</p><p>entanto, o conceito de confisco fica a cargo do Poder Judiciário, como aplicador da lei ao caso concreto, por se</p><p>tratar de um conceito jurídico indeterminado.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 28/54</p><p>(QUINTANILHA, 2021, p. 109)</p><p>Convém ressaltar que a análise para fins de verificação do confisco deve ser operada mediante a visão da carga tributária global e não sobre um</p><p>tributo específico, de modo a evidenciar se há invasão do Estado, de forma injusta, no patrimônio do contribuinte.</p><p>Princípio da vedação à isenção heterônoma</p><p>A vedação à isenção heterônoma visa à proteção do federalismo, garantindo a autodeterminação dos entes federados e protegendo-os de invasão</p><p>na competência tributária de cada membro da federação. Pelo princípio, fica vedada a atribuição de isenções ou outros benefícios fiscais no âmbito</p><p>da atuação de outro ente federado, de forma a garantir que não ocorra interferência de um membro da federação em outro, prejudicando a sua</p><p>arrecadação e independência.</p><p>Embora exista essa vedação, o Supremo Tribunal Federal possui orientação no sentido de que é possível que a União, por meio da celebração de</p><p>acordos internacionais e tratados, venha a conceder benefícios fiscais em tributos que não estejam no âmbito da sua competência.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Módulo 1 - Vem que eu te explico!</p><p>Princípio da irretroatividade</p><p>Módulo 1 - Vem que eu te explico!</p><p>Princípio da noventena</p><p>Módulo 1 - Vem que eu te explico!</p><p>Progressividade</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 29/54</p><p></p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Questão 1</p><p>Determinada municipalidade, com objetivo de acelerar o recebimento dos valores de certos tributos em seus cofres, publicou uma lei que</p><p>alterava a data de recolhimento do referido tributo. Constava na lei, de forma expressa, que ela passaria a produzir efeitos imediatamente.</p><p>De acordo com o enunciado, assinale a afirmativa correta à luz da Constituição Federal:</p><p>A</p><p>Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é válida, mas apenas poderia entrar em vigor 45</p><p>(quarenta e cinco) dias após a sua publicação.</p><p>B A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade.</p><p>C A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>D A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação.</p><p>E A lei é inconstitucional por ferir o princípio da noventena.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 30/54</p><p>2</p><p>Imunidades</p><p>Responder</p><p>Questão 2</p><p>Determinado estado da Federação publicou, em julho de 2015, a Lei nº 123/2015, que majorou o valor das multas e das alíquotas de ICMS. Em</p><p>fevereiro de 2016, em procedimento de fiscalização, aquele estado constatou que determinado contribuinte, em operações realizadas em</p><p>outubro de 2014, não recolheu o ICMS devido. Por causa disso, foi efetuado o lançamento tributário contra o contribuinte,</p><p>exigindo-lhe o ICMS</p><p>não pago e a multa decorrente do inadimplemento.</p><p>O lançamento em questão só estará correto se</p><p>A as multas e alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015.</p><p>B</p><p>as alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e as multas forem aquelas previstas na lei vigente na ocasião do fato</p><p>gerador.</p><p>C as multas e as alíquotas forem as previstas na lei vigente na ocasião do fato gerador.</p><p>D</p><p>as multas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e as alíquotas forem aquelas previstas na lei vigente na ocasião do fato</p><p>gerador.</p><p>E houver aplicação da lei vigente no momento do lançamento do tributo.</p><p>Responder</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 31/54</p><p>Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as imunidades advindas das garantias constitucionais.</p><p>O que são as imunidades tributárias?</p><p>Você sabe o que são as imunidades tributárias? Neste vídeo, o professor Gabriel Quintanilha discorre sobre o que é a imunidade, diferenciando-a da</p><p>isenção e tratando da imunidade recíproca.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 32/54</p><p>Imunidades</p><p>Apresentando-se como forma de limitação constitucional ao poder de tributar, imunidades são hipóteses de não incidência tributária, qualificadas e</p><p>constitucionalmente descritas. Nas imunidades, encontramos a certeza da não incidência do tributo.</p><p>Analisar o art. 150, inciso VI da Constituição Federal nos conduz à ideia de que o constituinte originário buscou assegurar ao contribuinte a proteção</p><p>dos direitos fundamentais, preceituando a defesa de direitos inerentes à dignidade e ao desenvolvimento humano. A exemplo disso, a alínea “d”</p><p>tutela a atividade intelectual e informativa, protegendo livros, jornais e periódicos da incidência de impostos e tornando-os mais acessíveis.</p><p>As imunidades são conceituadas como hipóteses de não incidência constitucionalmente qualificadas. São</p><p>verdadeiras garantias constitucionais que refletem o Estado Democrático de Direito e seus objetivos, como</p><p>promover o bem de todos.</p><p>(QUINTANILHA, 2021, p. 119)</p><p>Por outro lado, a isenção pode ser visualizada como dispensa do tributo que é devido ou mesmo uma suspensão de eficácia da norma que o impõe.</p><p>Assim, nesta segunda situação, uma norma especial que regulará a isenção trará a suspensão da eficácia da aplicação do tributo. A isenção estará</p><p>prevista na ordem infraconstitucional, ao passo que a imunidade será hipótese de não incidência qualificada na Constituição Federal, independente</p><p>do nome apresentado pelo constituinte. A questão do nome eleito pelo constituinte, abordado no parágrafo anterior, é relevante, visto que por vezes</p><p>o constituinte falará em isenção quando tecnicamente a hipótese é de imunidade/não incidência.</p><p>Atenção!</p><p>É importante destacar que não deve haver confusão entre o instituto da imunidade com o da isenção. Podemos iniciar a separação entre</p><p>os institutos a partir de seu próprio conceito, visto que na imunidade teremos uma limitação ao poder de tributar que impõe uma</p><p>incompetência de ordem absoluta, na qual o ente nem sequer poderá instituir o tributo sobre aquela situação constitucionalmente</p><p>tutelada.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 33/54</p><p>A título de exemplo, o art. 195, § 7º, da Constituição Federal aduz: “São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes</p><p>de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.” Observe que embora seja usada no texto a palavra isenção, a técnica leva a</p><p>concluir que se trata de hipótese de não incidência.</p><p>A imunidade tributária deve ser encarada de forma ampla e extensiva em razão de seu objetivo prioritário de assegurar garantias fundamentais do</p><p>contribuinte.</p><p>As principais imunidades se encontram alocadas no art. 150, inciso VI, da Constituição Federal, e essas são destinadas, especificamente, aos</p><p>impostos. Porém, existem outras imunidades previstas ao longo do texto constitucional.</p><p>Encontraremos no corpo constitucional a imunidade para afastar a incidência de contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico das</p><p>receitas provenientes de exportação, de acordo com art. 149, § 2º, inciso I da Constituição Federal. Vale informar que, para exportação, também</p><p>encontraremos imunidade para afastar incidência de ICMS e IPI, respectivamente, nos artigos 155, § 2º, inciso X, alínea “a” e 153, § 3º, inciso III,</p><p>ambos da Constituição Federal.</p><p>Também deve ser considerado que as imunidades não irão dispensar o cumprimento das obrigações acessórias e das multas provenientes de seu</p><p>descumprimento.</p><p>Imunidade recíproca</p><p>Exemplo</p><p>Citamos, como exemplo, aquela descrita no art. 5º, inciso XXXIV, da Constituição Federal que cuidará da imunidade ao pagamento de</p><p>qualquer taxa para o exercício do direito de petição.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 34/54</p><p>Ao observar o art. 150, inciso VI, alínea “a” da Constituição Federal, encontramos a imunidade recíproca, que irá cuidar de impedir a incidência de</p><p>impostos sobre patrimônio, renda e serviços entre os entes da Federação. Essa imunidade protege o pacto federativo, com a manutenção da</p><p>isonomia e da autonomia que deve existir.</p><p>A criação do preceito da imunidade recíproca tem origem nos Estados Unidos, em 1819, com o caso Culloch v. Maryland, quando foi concebido o</p><p>entendimento de que os estados não poderiam opor tributos perante os outros entes estaduais e a União.</p><p>No Brasil, a imunidade ampara tão somente a não incidência de impostos relacionados a patrimônio, renda e</p><p>serviços.</p><p>A finalidade da imunidade traz a sua característica extensão, dessa forma, não trará amparo somente à pessoa política, mas também às suas</p><p>fundações e autarquias instituídas pelo poder público.</p><p>“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:</p><p>[...]</p><p>VI – instituir impostos sobre:</p><p>a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;</p><p>[...]</p><p>§ 2º – A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao</p><p>patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.</p><p>§ 3º – As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de</p><p>atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou</p><p>tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.” (BRASIL, 1988).</p><p>Exemplo</p><p>Pelo princípio, podemos exemplificar a impossibilidade de o estado cobrar IPVA do município e da União. Também não seria possível o</p><p>município cobrar IPTU da União e do estado.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 35/54</p><p>É importante observar que as pessoas jurídicas que atuam em competitividade com o particular não serão seguradas da imunidade recíproca, haja</p><p>vista que, se assim fosse, teríamos uma discrepância na competitividade e essas pessoas jurídicas poderiam ofertar condições mais favoráveis,</p><p>ferindo diretamente a livre concorrência.</p><p>Convém mencionar que a imunidade está prevista somente para os tributos diretos, ou seja, aqueles tributos os quais o ente federado está na</p><p>condição de contribuinte de direito. Quanto aos tributos diretos, decorrentes da condição de contribuinte de fato, não lhes resta amparo pela</p><p>imunidade.</p><p>Observação importante deve ser feita com relação à OAB e às caixas de assistência ao</p><p>advogado. A OAB, em razão de sua natureza sui generis,</p><p>aliada à sua função constitucional de defesa do Estado Democrático de Direito, estará amparada pela imunidade recíproca. Já as caixas de</p><p>assistência ao advogado acabam sendo amparadas em razão de consubstanciar parte integrante da Ordem dos Advogados.</p><p>Comentário</p><p>Uma ressalva a esse entendimento está para as empresas em situação de monopólio, como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos</p><p>(ECT), que não está em competição com particulares. Desse modo, ela pode receber amparo da imunidade.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 36/54</p><p>Imunidade dos templos de qualquer culto</p><p>Tratar a imunidade dos templos religiosos significa garantir e amparar a própria liberdade de culto, a liberdade religiosa. A imunidade se destina aos</p><p>impostos que viriam a afetar o patrimônio, a renda e os serviços dos templos quando relacionados à sua atividade essencial.</p><p>Como visa assegurar a liberdade religiosa, e essa é tida como espécie de direito individual articulado na Constituição Federal, a imunidade abraçará</p><p>todo e qualquer templo, independentemente da religião, da sua estrutura, se majoritária ou minoritária, bastando que o templo exista como pessoa</p><p>jurídica devidamente registrada.</p><p>Em que pese o texto trazer a disposição “templo”, a imunidade será aplicada à instituição religiosa para garantir seu funcionamento e operação. Por</p><p>essa razão, a atividade sem fins lucrativos, relacionada à sua atividade (a prática da fé) estará tutelada pela imunidade. Assim, a imunidade</p><p>alcançará os veículos, os imóveis, as doações e os serviços prestados.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 37/54</p><p>Quanto aos imóveis, ainda que alugados a terceiros, estes estarão sob o manto da imunidade tributária se os rendimentos provenientes da locação</p><p>forem comprovadamente revertidos para a finalidade religiosa. Tal entendimento se encontra fixado no enunciado da Súmula Vinculante 52:</p><p>Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades</p><p>referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais</p><p>tais entidades foram constituídas.</p><p>(BRASIL, 2015)</p><p>Chamamos a atenção para o fato de que os imóveis utilizados para moradia dos membros/líderes religiosos estarão amparados pela imunidade.</p><p>Direito Tributário. IPTU. Imunidade. Instituições religiosas. Imóveis. Templo e residência de membros.</p><p>Constitucionalidade. Precedentes.</p><p>1. O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de membros da entidade não</p><p>afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, c, § 4º da Constituição Federal.</p><p>(BRASIL, 2016)</p><p>Também são protegidos os cemitérios que representam parte da entidade religiosa, desde que não possuam o fim de lucrar.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 38/54</p><p>Assim, temos que a imunidade estará disponível a todas as religiões. Resta analisar o entendimento do Supremo Tribunal Federal com relação à</p><p>maçonaria. O Supremo Tribunal Federal possui entendimento quanto à impossibilidade de aplicar a imunidade à maçonaria em decorrência da</p><p>relação associativa e não religiosa. Enquanto a religião possui o sentimento de acolhimento e livre ingresso, estando aberta a todos, a maçonaria</p><p>possui uma estrutura de associação, cujo acesso é restrito aos convidados. Logo, dadas essas características, essa benesse constitucional não</p><p>estaria disponível à maçonaria.</p><p>Imunidade de partidos políticos, entidades sindicais, instituições de</p><p>educação e entidades de assistência social sem �ns lucrativos</p><p>A imunidade de partidos políticos, entidades sindicais, instituições de educação e entidades de assistência social sem fins lucrativos tem amparo na</p><p>Constituição Federal, mais precisamente no art. 150, inciso VI, alínea “c” e § 4º da Carta, impossibilitando a incidência de impostos sobre essas</p><p>pessoas com relação a patrimônio, renda e serviços.</p><p>Com a mesma ideia dos templos religiosos, o amparo da imunidade está ligado à atividade desempenhada pelas pessoas descritas no art. 150,</p><p>inciso VI, alínea “c” da Constituição Federal. O motivo de o constituinte originário eleger essas entidades para gozar da imunidade reside na</p><p>contribuição que elas dão ao Estado, produzindo aquilo que é tido como parte do mínimo existencial.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 39/54</p><p>Vejamos dois outros cenários:</p><p>Partidos políticos</p><p>De fácil constatação, a eleição dos partidos políticos visa proteger a sua contribuição com a democracia brasileira, possibilitando o</p><p>pluralismo político resguardado na Constituição Federal.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 40/54</p><p>As instituições de educação e de assistência social alcançadas pela imunidade são aquelas que não possuam como finalidade o lucro.</p><p>É necessário dizer que a sua atividade não precisa ser gratuita. Manter a imunidade decorre da aplicação dos resultados positivos em investimentos</p><p>para o funcionamento da instituição.</p><p>Logo, a repartição dos resultados entre os membros é o que irá descaracterizar aquilo que chamamos de “sem fins lucrativos”.</p><p>Comentário</p><p>Não é demais lembrar que o amparo da imunidade se dará com relação às atividades essenciais e constitucionais.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 41/54</p><p>Para todas as pessoas enquadradas no art. 150, inciso VI, alínea “c” da Constituição Federal é obrigatório o atendimento aos requisitos descritos em</p><p>lei complementar para que possam gozar da imunidade. O art. 14 do Código Tributário Nacional aduz que, para a manutenção da imunidade, é</p><p>necessário impossibilitar a divisão do patrimônio ou renda a qualquer título entre os dirigentes e a aplicação das receitas deve ser realizada no</p><p>Brasil, bem como devem as instituições se manter em dia com as obrigações acessórias.</p><p>Imunidade de livros, jornais, periódicos e papel para impressão</p><p>A presente imunidade, prevista no art. 150, inciso VI, alínea “d” da Constituição Federal tem por objetivo a difusão e estímulo do pensamento e da</p><p>cultura, mediante a previsão de hipóteses de não incidência de impostos relacionados a patrimônio, renda e serviços referentes a livros, jornais,</p><p>periódicos e ao papel destinado à sua produção.</p><p>Dica</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 42/54</p><p>O Supremo Tribunal Federal entende que qualquer papel destinado à impressão é alcançado pela imunidade. Sendo assim, dentro do amparo da</p><p>imunidade estaria até mesmo o papel fotográfico.</p><p>Pela Súmula 657 do STF, os insumos equiparados ao papel estarão no alcance da imunidade tributária, incluindo o material para produção da capa.</p><p>No entanto, quanto aos insumos, o posicionamento é restritivo, não abarcando todos aqueles relacionados à fabricação do livro.</p><p>Destaca-se que o livro eletrônico estará alcançado pela imunidade estudada e o fundamento se encontra na própria razão da imunidade. Se o seu</p><p>papel fundamental é a propagação da cultura e do pensamento a finalidade estará atendida independentemente se o livro é físico ou eletrônico</p><p>Ao recair sobre coisas, podemos classificar a imunidade como objetiva, desse modo, não irá proteger o editor. A imunidade irá alcançar os</p><p>impostos relacionados à mercadoria, portanto, serão afastados impostos como II, IE e ICMS.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html#</p><p>43/54</p><p>papel fundamental é a propagação da cultura e do pensamento, a finalidade estará atendida, independentemente se o livro é físico ou eletrônico.</p><p>Também é necessário consignar que o leitor de livros digitais/eletrônicos (e-reader) receberá a imunidade igualmente, desde que o aparelho tenha</p><p>como finalidade única possibilitar a leitura dos livros digitais. Assim, se o aparelho é multifunções, estará excluído da imunidade, como dispõe a</p><p>Súmula Vinculante 57 do STF.</p><p>Outros itens que têm amparo pela imunidade são álbuns de figurinhas e listas telefônicas, em virtude do caráter de livro ilustrado do primeiro e do</p><p>viés informativo do segundo.</p><p>Imunidade musical</p><p>O Direito Tributário recebeu a imunidade musical em 2013, por meio da Emenda Constitucional 75. Da mesma forma que se opera diante das</p><p>demais hipóteses, a não incidência se dá com relação a impostos vinculados a patrimônio, renda e serviços das obras musicais e literomusicais dos</p><p>artistas do Brasil e produzidas no país, sendo possibilitada ainda às produções estrangeiras executadas por músicos brasileiros.</p><p>A imunidade irá alcançar somente a produção das mídias eletrônicas, de modo que não serão alcançadas as etapas de produção industrial das</p><p>mídias físicas, ou seja, a produção do disco para leitura por dispositivo de leitura óptica não estará no campo de operação da imunidade. Por outro</p><p>lado, a fabricação de long plays (LPs) está compreendidas na imunidade, uma vez que não representam mídias ópticas a laser.</p><p>Ainda pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal e com repercussão geral reconhecida está a questão da aplicabilidade da imunidade</p><p>aos vinis de artistas brasileiros quando importados.</p><p>A proteção do mercado fonográfico do Brasil contra a pirataria é o objetivo principal da imunidade. Assim, a oferta de melhores condições partiria da</p><p>melhora do ambiente negocial, possibilitando a redução de custos de produção nacional e difundindo a cultura brasileira.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 44/54</p><p>e que eu e e p co</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Módulo 2 - Vem que eu te explico!</p><p>Imunidade dos templos de qualquer culto</p><p>Módulo 2 - Vem que eu te explico!</p><p>Imunidade de livros, jornais, periódicos e papel para impressão</p><p></p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 45/54</p><p>Questão 1</p><p>O Estado Y lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica PJ para cobrança de créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e</p><p>Prestação de Serviços (ICMS), decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicionalmente aos créditos de ICMS, o Estado Y cobrou</p><p>o pagamento de multa em decorrência do descumprimento de obrigação acessória legalmente prevista.</p><p>Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta:</p><p>A</p><p>Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é incorreta a cobrança da multa pelo</p><p>descumprimento da obrigação acessória.</p><p>B</p><p>Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em vista a previsão legal, é correta a cobrança de</p><p>multa pelo descumprimento da obrigação acessória.</p><p>C</p><p>É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel destinado à impressão de livros,</p><p>jornais e periódicos; da mesma forma, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista</p><p>da previsão legal.</p><p>D</p><p>É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel destinado à impressão de livros,</p><p>jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.</p><p>E</p><p>A imunidade tributária alcança não somente as obrigações principais, mas também desobriga o cumprimento da obrigação</p><p>principal.</p><p>Responder</p><p>Questão 2</p><p>O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais superávits, são integralmente reinvestidas no</p><p>estabelecimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendida imunidade</p><p>tributária sob o argumento de que a instituição de ensino privada auferia lucros.</p><p>Sobre a atuação do fisco nessa situação, assinale a afirmativa correta:</p><p>A O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino que não sejam superavitárias.</p><p>B O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de ensino.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 46/54</p><p>3</p><p>Os efeitos da tributação</p><p>Ao final deste módulo, você será capaz de analisar os efeitos e a necessidade da tributação.</p><p>C O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabelecimento de ensino imune.</p><p>D</p><p>O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser deficitária, desde que</p><p>o superávit seja revertido para suas finalidades.</p><p>E O fisco agiu de forma correta, pois não há imunidade para a pessoa indicada.</p><p>Responder</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 47/54</p><p>O dever fundamental de pagar tributos</p><p>Neste vídeo, o professor Gabriel Quintanilha discorre sobre o dever fundamental de pagar tributos, nos fornecendo uma compreensão inicial sobre</p><p>tal dever, facilitando assim o entendimento do módulo.</p><p>O dever fundamental de pagar tributos</p><p>Se de um lado tratamos das imunidades, de outro devemos ter em mente que pensar o desenvolvimento de um Estado passa pela necessidade de</p><p>criar mecanismos que possibilitem arrecadação de receita. Afinal, o Estado é a própria lavratura de um contrato social que organizará a forma de</p><p>convivência da sociedade para que se alcance a ordem social. Nesse sentido, temos diversas teorias de como esse contrato social deve ser</p><p>aplicado no Estado formado. Para alguns, mais intervencionistas, e para outros, mais liberais.</p><p>Fato é que independentemente da teoria adotada para sua formação, a fim de garantir a ordem, o Estado precisa ter</p><p>receita para entregar aos seus integrantes aquilo que a sociedade espera.</p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 48/54</p><p>O Brasil adota um formato de Estado Democrático de Direito com viés garantidor.</p><p>Temos por natureza um Estado que visa à implementação de muitas garantias e à concessão de muitos direitos, porém, para efetivar a prestação</p><p>que o constituinte estipulou, os cidadãos precisam participar. No fim, não é o Estado que possui a riqueza. A riqueza de um país é proveniente do</p><p>povo que, por meio de suas contribuições, forma um sistema mutualista para que seja entregue aquilo que é tido como mínimo existencial.</p><p>O mínimo existencial deve estar contido dentro daquilo que se tem por reserva do possível, e, por sua vez, a reserva do possível é aquilo que o</p><p>Estado está capacitado a entregar dentro do seu orçamento.</p><p>Diante desse cenário, o Direito Tributário tem o objetivo de regular a relação entre o Estado e o contribuinte, protegendo este último dos avanços e</p><p>arbítrios estatais para que a obtenção de receita não venha a ferir o patrimônio do particular, que, pela Constituição, tem a propriedade privada e os</p><p>seus bens protegidos.</p><p>Fundamento</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 49/54</p><p>O dever de pagar tributos possui fundamento no objetivo constitucional de se alcançar o bem comum, afinal, é um dos princípios fundamentais</p><p>da</p><p>República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana e ainda constitui objetivo desta república a construção de uma sociedade livre, justa e</p><p>solidária, que almeja a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais, promovendo o bem de todos e garantindo, assim,</p><p>o desenvolvimento nacional (art. 1º e 3º da Constituição Federal). Por meio do recolhimento dos tributos se busca a entrega desses anseios do</p><p>Estado brasileiro, produzindo receita.</p><p>A receita pode ser dividida em duas formas:</p><p>Receita originária</p><p>Aquela que decorre diretamente da exploração estatal dos seus próprios bens.</p><p>Receita derivada</p><p>Proveniente dos tributos, também compreende as multas e as penalidades.</p><p>Ainda sobre as receitas derivadas, estas são oriundas da capacidade do Estado em retirar do contribuinte parte de seu patrimônio para execução de</p><p>seus objetivos e formar o sistema mutual para prover a todos o bem comum.</p><p>Com o cenário de desestatização, cada vez mais o Estado se afasta da atuação na economia, de forma a consolidar ainda mais a receita derivada</p><p>como sua principal fonte de custeio. O Estado brasileiro se propõe a suportar um alto número de obrigações, e isso acaba por gerar a necessidade</p><p>de avançar com a tributação, visto que a arrecadação de receita originária passa a ser ínfima ante a baixa atuação do poder público na economia.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 50/54</p><p>Pagar tributos é dever de todo cidadão, estando submetido à obrigação de pagar o tributo pelo fato de viver em sociedade e desfrutar dos serviços</p><p>que o Estado entrega, bem como dos direitos fundamentais que o Estado lhe assegura na Constituição. O direito possui um preço, a</p><p>contraprestação do direito corresponde aos deveres a eles correspondentes e a eles submetidos como forma de financiamento. A própria liberdade</p><p>é direito que demanda um financiamento em vista da necessidade de garantir a segurança na liberdade.</p><p>A tributação, embora necessária, deve ser justa e eficiente. O poder estatal de tributar e o dever fundamental do contribuinte pagar os tributos</p><p>devem seguir em compatibilidade com o direito individual de propriedade do contribuinte e sua capacidade de suportar os tributos e, por outro lado,</p><p>a capacidade de tributar do Estado deve estar limitada pela razoabilidade e proporcionalidade para que não avance tanto sobre o patrimônio do</p><p>cidadão de modo a lhe confiscar.</p><p>A receita proveniente dos tributos é um dos combustíveis da máquina pública, que realizará o consumo para chegar até o lugar almejado pelo</p><p>constituinte.</p><p>Nota-se que, à medida que há a obrigação para o contribuinte, há a obrigação do Estado em implementar as</p><p>contraprestações que fundamentam a cobrança do tributo.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 51/54</p><p>Assim, o Direito Tributário é o ramo que irá atuar para equilibrar e limitar a atuação do Estado/fisco em face do contribuinte, que será o sujeito</p><p>passivo da relação tributária.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Módulo 3 - Vem que eu te explico!</p><p>Receita originária</p><p>Módulo 3 - Vem que eu te explico!</p><p>Receita derivada</p><p></p><p></p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 52/54</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Questão 1</p><p>A relação que todo cidadão tem para com o Estado de pagar tributos é</p><p>A um dever.</p><p>B uma faculdade.</p><p>C uma obrigação subsidiária.</p><p>D uma obrigação irrestrita.</p><p>E uma obrigação de não fazer.</p><p>Responder</p><p>Questão 2</p><p>Com relação ao poder estatal de tributar, assinale a alternativa correta:</p><p>A Não é preciso respeitar a capacidade do contribuinte de suportar os tributos.</p><p></p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 53/54</p><p>Considerações �nais</p><p>Como vimos ao longo do conteúdo, os princípios constitucionais tributários irão nortear a atividade do fisco, garantindo estabilidade nas relações</p><p>tributárias e impedindo alterações que impactem a segurança jurídica e a capacidade contributiva dos contribuintes, prevendo ainda metodologia</p><p>que permite adequar a tributação para a proteção do Estado e de seus anseios econômicos.</p><p>Além disso, foi possível esclarecer as hipóteses de imunidade e seu campo de atuação, bem como a finalidade que cada uma possui. Por fim, é</p><p>possível reconhecer a tributação como elemento que possibilita o funcionamento do Estado.</p><p>Podcast</p><p>Vamos acompanhar agora o professor Gabriel Quintanilha, que fala sobre os princípios mais relevantes que geram limitações ao poder de</p><p>tributar, bem como sobre imunidades, seu conceito e as principais espécies.</p><p>00:00 00:00</p><p>1x</p><p>B</p><p>A capacidade de tributar do Estado deve ser limitada para que não avance tanto sobre o patrimônio do cidadão de modo a lhe</p><p>confiscar.</p><p>C O direito individual da propriedade decai com o poder de tributação do Estado.</p><p>D A capacidade de tributar do Estado não está limitada aos princípios de razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>E</p><p>O direito individual à propriedade não tem relevância em sede de tributação, porque o princípio da solidariedade impõe que os</p><p>contribuintes devam arcar com qualquer imposição tributária do Estado.</p><p>Responder</p><p></p><p></p><p></p><p></p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html</p><p>24/06/2022 21:14 Limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02570/index.html# 54/54</p><p>Referências</p><p>AMARO, L. Direito Tributário Brasileiro. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.</p><p>BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1966. Consultado na internet em: 13 out. 2021.</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 160. 1996. Consultado na internet em: 16 out. 2021.</p><p>BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Jurisprudência. 1997. Consultado na internet em: 11 out. 2021.</p><p>BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula Vinculante nº 52. 2015. Consultado na internet em: 16 out. 2021.</p><p>BRASIL. Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Jurisprudência. 2010. Consultado na internet em: 14 out. 2021.</p><p>CARVALHO, P. de B. Curso de Direito Tributário. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.</p><p>QUINTANILHA, G. S. Manual de Direito Tributário – vol. único. Rio de Janeiro: Método, 2021.</p><p>Explore +</p><p>Veja como Vidal Infante aborda a questão da tributação no livro Limites ao poder de tributar no marco atual da Constituição Brasileira, publicado</p><p>em 2016 pela Editora CRV.</p><p>Para aprofundar seus conhecimentos sobre Direito Tributário, leia o livro homônimo de Ricardo Alexandre, publicado pela Editora Juspodivm em</p><p>2021.</p><p> Baixar conteúdo</p><p></p><p>javascript:CriaPDF()</p>

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