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<p>PSICOMOTRICIDADE</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Da ontogênese a retrogênese psicomotora</p><p>• Avaliação qualitativa e quantitativa utilizadas na psicomotricidade</p><p>• Prática psicomotora</p><p>Psicomotricidade</p><p>Da ontogênese a retrogênese psicomotora:</p><p>“A ontogênese da motricidade decorre de um processo embrionário complexo, ou melhor, de</p><p>um desenvolvimento intra-uterino”.</p><p>FONSECA (1998, p.125)</p><p>Psicomotricidade</p><p>Etapas psicomotoras normais da criança de 0 a 12 anos:</p><p>• Origens do comportamento humano (ontogênese da motricidade) encontra-se na embriologia</p><p>e na neonatologia.</p><p>• Nascimento da vida humana: encontro do óvulo feminino e o espermatozoide masculino.</p><p>• Zigoto: contém a informação genética que determinará o crescimento pré-natal.</p><p>• Célula inicial: mede cerca de 2 décimos de milímetros e pesa 6 décimos de miligrama.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Embriologia –</p><p>• Estudo sistemático e minucioso dos estados ontogenéticos do desenvolvimento;</p><p>• Compreende o estudo do desenvolvimento humano – morfológicos, químicos e fisiológicos.</p><p>• Permite o estudo da neurobiologia dos comportamentos, das cartas de motricidade, dos</p><p>índices de maturidade e das de desenvolvimento.</p><p>• Procura “inventariar”, detalhadamente, os comportamentos desde a concepção até o</p><p>nascimento da criança, etc.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Embrião –</p><p>No fim do 1º mês de desenvolvimento possui três camadas de células em especialização:</p><p>1. Camada externa – ectoderme: formará a pele, os pelos, as glândulas sebáceas e sudoríparas,</p><p>o sistema nervoso periférico, o sistema nervoso central, o esmalte dentário, a retina, a córnea,</p><p>o cristalino, o nervo ótico, a hipófise, etc.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Embrião –</p><p>2. Camada intermédia – mesoderme: formará músculos, ossos, coluna vertebral, veias, artérias,</p><p>órgãos genitais, tecido conjuntivo, córtex supra-renal, rins, miocárdio, gânglios linfáticos, baço,</p><p>sangue, etc.</p><p>3. Camada interna – endoderme: formará o epitélio do tubo digestivo (exceto boca e ânus),</p><p>epitélio respiratório (traqueia, brônquios e alvéolos) , trompa de Eustáquio, bexiga, tireoide,</p><p>timo, etc.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Período embrionário – 1º ao 2º mês</p><p>• Até a 8ª semana os braços crescem o suficiente para tocar na boca, relação fundamental na</p><p>ontogênese da motricidade;</p><p>• Pés e membros inferiores seguem o mesmo desenvolvimento;</p><p>• Até o final do 2º mês esboçam as primeiras pedaladas.</p><p>• Os músculos começam a sua atividade motora;</p><p>Psicomotricidade</p><p>Período fetal – dos 2 aos 9 meses</p><p>• 3º mês: a atividade neuromuscular inicia sua função dialética funcional, a ontogênese da</p><p>motricidade tem início.</p><p>• 4º mês: a estrutura da placenta atinge maturação, fazendo o trabalho simultaneo dos pulmões,</p><p>rins, intestinos, fígado e glândulas. Drogas e vírus podem ultrapassar a placenta e afetar o</p><p>corpo do feto.</p><p>• 5º e 6º meses: as posturas preferenciais tendem a uma hipotonia global e a uma</p><p>hiperextensibilidade características.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Período fetal – dos 2 aos 9 meses</p><p>• 7º, 8º e 9º meses: a motricidade fetal pode ser detectada por simples apalpação da parede</p><p>abdominal. Na medida em que o espaço uterino disponível se encontra quase totalmente</p><p>ocupado, a motricidade é viva e mais localizada e eficaz.</p><p>• A postura predominante é caracterizada pela flexão da coluna e pela flexão dos membros.</p><p>• Em termos de ontogênese, os músculos que em primeiro lugar iniciam a maturação são os</p><p>flexores, daí a postura fetal intra-uterina.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Período neonatal –</p><p>“Normalmente, o nascimento vem no momento mais adequado de desenvolvimento do bebê.</p><p>Este deve estar pronto para sobreviver em outros “cosmos”. O seu corpo relativamente</p><p>hipotônico tem que realizar várias habilidades e contorcionismos. A cabeça primeiro e</p><p>depois o resto do corpo, moldam-se às condições anatômicas do corpo da mãe; caso contrário,</p><p>outras intervenções vão ser necessárias”</p><p>(FONSECA, 1998 p.149)</p><p>Psicomotricidade</p><p>Desenvolvimento psicomotor –</p><p>“A evolução da criança não se realiza de um modo regular e progressivo, mas um pouco como a</p><p>evolução histórica de toda a humanidade, por “saltos qualitativos” que se seguem a períodos de</p><p>lenta maturação e são bem sucedidas por rupturas, por “revoluções””</p><p>COSTE, 1978 p.50</p><p>Psicomotricidade</p><p>Desenvolvimento da estruturação do esquema corporal –</p><p>a) Apreensão da imagem do corpo no espelho.</p><p>A criança colocada diante de um espelho:</p><p>• até o 3º mês: permanece insensível à sua imagem</p><p>• No 4º mês: olha fixamente para sua imagem</p><p>• até a 17ª semana: olha para sua imagem e lhe sorri</p><p>• 24ª semana: volta-se para a pessoa refletida no espelho</p><p>Psicomotricidade</p><p>• 5º mês: estende a mão para sua imagem e surpreende-se por encontrar uma superfície lisa e</p><p>dura</p><p>• 6º mês: ri e estende seus braços para a imagem</p><p>• 12º mês: executa diante do espelho gestos conhecidos, mas com dificuldade</p><p>• 14º mês: passa a mão por detrás do espelho: início do período experimental</p><p>• 15º mês: reconhece a dualidade imagem-personagem</p><p>• 20º mês: beija a sua própria imagem</p><p>Psicomotricidade</p><p>b) Exploração e reconhecimento do próprio corpo:</p><p>• 12ª semana: acompanha com os olhos o deslocamento de suas mãos.</p><p>• 15ª semana: acompanha os movimentos de seus pés e tornozelos.</p><p>• 17ª semana: presta grande atenção à sua mão direita.</p><p>• 20ª semana: dirige a atenção para sua mão esquerda.</p><p>• 5º - 6º mês: leva os pés à boca.</p><p>• 15º mês: morde um dedo e é surpreendido pela dor.</p><p>Interatividade</p><p>Visa ao estudo da organização, estruturação e função da morfologia e da energia dos agentes</p><p>genéticos do crescimento.</p><p>Estamos falando de que área de estudo?</p><p>a) Genética</p><p>b) neonatologia</p><p>c) Psicomotricidade</p><p>d) Motricidade humana</p><p>e) Embriologia</p><p>Resposta</p><p>• Resposta correta: “e”.</p><p>• Justificativa: A embriologia visa ao estudo da organização, estruturação e função da morfologia</p><p>e da energia dos agentes genéticos do crescimento.</p><p>Evolução da preensão e da coordenação óculo-manual – Evolução da fixação ocular:</p><p>• 10º dia: fixação do olhar</p><p>• 3ª semana: volta os olhos a direção de um som</p><p>• 23º dia: o olhar segue um objeto que se desloca</p><p>• 7ª - 8ª semana: a ameaça de um dedo próximo provoca batimentode pálpebras</p><p>• 10ª semana: procura com os olhos a origem de um ruído</p><p>• 17ª a 30ª semana: estende as mãos e os lábios para os objetos que a cercam</p><p>• Fim do 3º mês: olha o objeto de que acaba de se afastar</p><p>• Nas 47 semanas: larga os objetos e os vê cair divertida.</p><p>• 16ª semana: a mão começa atraindo o olhar, quando toca num objeto.</p><p>• Aos 5 meses a criança pode ser capaz de agarrar.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Desenvolvimento da função tônica e da postura em pé –</p><p>• A partir do 4º ou 5º mês: a cabeça se torna capaz de se orientar por um movimento contínuo,</p><p>equilibrando-se sobre o eixo do corpo.</p><p>• 6 meses: adquire a postura sentada</p><p>• 9 meses: mantém-se em pé com ajuda de algo em que se apoie.</p><p>• A partir dos 12 meses: aquisição do equilíbrio, realiza os 1º passos.</p><p>• Final do 2º ano: motricidade global se aperfeiçoa.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Os reflexos arcaicos ou “automatismos primários” – COSTE, 1978 p.53</p><p>• Reflexo de Moro ou "reflexo de abraço": decompõem-se em 2</p><p>tempos - a criança abre os braços, os dedos afastam-se, somente o polegar e o indicador</p><p>permanecem fletidos, a cabeça é jogada para trás, o dorso em extensão; os membros superiores</p><p>retomam em flexão-adução e desenham um arco de círculo.</p><p>• Reflexo de empertigamento e marcha automática: criança em posição vertical, plantas dos pés</p><p>apoiadas no chão: ela empertiga-se progressivamente.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Reflexo de Galant: excitando-se a pele da criança, provoca-se um encurvamento do tronco.</p><p>• Reflexo de passagem do braço:</p><p>coloca-se a criança de barriga para baixo, o rosto apoiado</p><p>contra a mesa. Num 1º tempo, a criança volta a cabeça. Num segundo tempo, ela flete o braço</p><p>correspondente à orientação de seu rosto e coloca a mão defronte da boca</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Reflexo de transposição: se mantivermos a criança em posição vertical, o peito de um de seus</p><p>pés em contato com a borda da mesa, seu pé se eleva então, colocando para cima da mesa.</p><p>• Reflexos nociceptivos, o alongamento cruzado: se excitarmos a planta do pé da criança,</p><p>estando a sua perna estendida, a outra perna dobra-se e o pé desloca-se na direção da zona</p><p>excitada.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Reflexo de “fossar”: à estimulação da pele ao redor da boca, a criança volta a diversas vezes,</p><p>1º para o lado do estimulado, depois para o outro, até que para o lado estimulado. Esse reflexo</p><p>desaparece por volta da 3ª semana.</p><p>• Reflexos labiais, de sucção e de deglutição: quando os lábios se fecham, é o reflexo de sucção;</p><p>o reflexo de deglutição, produz-se ao contato com o alimento.</p><p>Psicomotricidade</p><p>A estruturação espaço-temporal: o tempo, o espaço, a distância e o ritmo –</p><p>• O tempo: essa percepção é muito frágil na criança de 5 anos.</p><p>• Compreensão de duração: a criança utiliza, de forma rudimentar.</p><p>• Desenvolvimento da noção de tempo: progressivamente, com a ajuda das pessoas à sua volta,</p><p>é que a criança compreenderá que o tempo é independente da mudança.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Desenvolvimento da estruturação temporal:</p><p>• 4 anos – reconhece um dia da semana</p><p>• 5 anos - “manhã”, “tarde”</p><p>• 6 anos - indica o dia da semana</p><p>• 7 anos – o mês</p><p>• 8 anos – 0 ano</p><p>• 8-9 anos - o dia do mês</p><p>• 12 anos - avalia a duração de uma conversa – desde as férias</p><p>• 12 anos – indica a hora com uma aproximação de 20 minutos</p><p>Psicomotricidade</p><p>O espaço – “O mundo espacial da criança constrói-se paralelamente ao seu desenvolvimento</p><p>psicomotor, à medida da crescente eficácia de sua gestualidade e da crescente importância dos</p><p>fatores relacionais que criam o espaço da comunicação”</p><p>COSTE, 1978 p.59</p><p>• Desenvolvimento da percepção do espaço: referencia os trabalhos de Piaget – 1ª aquisições</p><p>no estágio sensório-motor (0-18 meses).</p><p>Psicomotricidade</p><p>• A distância relacional –</p><p>• Sentido físico: calculável em centímetros ou metros.</p><p>• Sentido afetivo: “longe dos olhos”.</p><p>• Varia de um grupo sócio-cultural a outro.</p><p>• Varia de um grupo geográfico a outro.</p><p>• Varia de um indivíduo para outro (ex. extrovertido)</p><p>Psicomotricidade</p><p>• O ritmo – fator de estruturação temporal que sustenta a adaptação ao tempo.</p><p>• Eventos naturais: ritmo das estações, dos dias, das horas, etc</p><p>• Internos: batida cardíaca, respiratório, digestivo, hormonais, etc</p><p>Psicomotricidade</p><p>Maturação psiconeurológica –</p><p>“A evolução da motricidade é profundamente complexa, muito mais do que parece, mesmo nas</p><p>formas mais automatizadas, pois funciona desde o feto, numa estreita relação com o sistema de</p><p>necessidades, e está a certos reflexos primitivos e arcaicos que traduzem a fenomenologia da</p><p>sua satisfação diária”</p><p>FONSECA, 1998 p.162.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Maturação psiconeurológica –</p><p>• Para o funcionamento do sistema motor é necessário a</p><p>coordenação de vários componentes neurais e musculares de uma maneira</p><p>altamente integrada e diferenciada.</p><p>• Para que um movimento ocorra com sucesso o cérebro precisa ter</p><p>condições de perceber o movimento em cada uma das suas etapas.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Maturação psiconeurológica –</p><p>“O movimento e o seu fim são uma unidade, e desde a motricidade fetal até a maturidade</p><p>plena, passando pelo momento do parto e pelas sucessivas evoluções, o movimento é sempre</p><p>projetado face a satisfação de uma necessidade relacional”</p><p>FONSECA 1998 p.163.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Maturação psiconeurológica –</p><p>• Gessel: estudou as proliferações dos aspectos motores. Concluiu que é o próprio movimento</p><p>que liberta o estado caótico de inconsciência absoluta, característico do momento do</p><p>nascimento.</p><p>• Minkowski: a evolução motora é, essencialmente, a evolução nervosa.</p><p>Em cada idade o movimento toma características profundamente significativas, como processo</p><p>maturativo.</p><p>Interatividade</p><p>Qual é o nome que se dá ao reflexo do recém-nascido cujas característica são: Ao manter a</p><p>criança em posição vertical, o peito de um de seus pés em contato com a borda de</p><p>umasuperfície, seu pé se eleva, colocando para cima da mesa?</p><p>a) Reflexo de “Fossar”</p><p>b) Reflexo de transposição</p><p>c) Reflexo de Galant</p><p>d) Reflexo de Moro</p><p>e) Reflexo de passagem de braço</p><p>Resposta</p><p>• Resposta correta: “b”.</p><p>• Justificativa: No reflexo de transposição se mantivermos a criança</p><p>em posição vertical, o peito de um de seus pés em contato com a</p><p>borda da mesa, seu pé se eleva então, colocando para</p><p>cima da mesa.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Jackson apud Fonseca, 1998 levantou o problema de que as funções neuropsicomotoras são o</p><p>resultado de uma evolução hierarquizada, evolução que será a passagem:</p><p>• do mais organizado ao menos organizado,</p><p>• do mais simples ao mais complexo, e</p><p>• do mais automático ao mais voluntário.</p><p>Os centros superiores são ao menos organizados, os mais complexos e os mais voluntários</p><p>Psicomotricidade</p><p>Maturação psiconeurológica –</p><p>Piaget:</p><p>• considera que a motricidade interfere na inteligência antes da aquisição da linguagem.</p><p>• A inteligência verbal ou reflexiva repousa numa inteligência sensório-motora ou prática , que</p><p>por seu lado se apoio nos hábitos e associações adquiridas para as recombinar.</p><p>• A realização do movimento leva à assimilação, que se torna elemento de compreensão</p><p>prática e ao mesmo tempo compreensão da ação.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Distúrbios psicomotores – MEUR e STAES 1989 p.27</p><p>1. Perturbações motoras -</p><p>• debilidade intelectual que se traduz, na criança, por atraso no nível motor, ou</p><p>• problema de ordem psicológica: ex.: crianças superprotegidas não têm vontade de aprender.</p><p>2. Grandes déficits motores - sintoma: hemiplegia.</p><p>• em geral relacionadas ao nascimento.</p><p>Psicomotricidade</p><p>3. Perturbações do equilíbrio – a criança cai com regularidade, choca-se contra outras pessoas,</p><p>anda com os pés afastados, corre com o tronco para frente.</p><p>• Sintomas obj.: teste de ROMBERG: criança sentada, pés juntos, se o corpo inclinar</p><p>lentamente, podemos diagnosticar.</p><p>Causas:</p><p>• Motoras: problemas no vestíbulo da orelha interna ou no cerebelo</p><p>• Psicológica: criança com ausência de confiança em si mesma .</p><p>Psicomotricidade</p><p>4. Perturbações da coordenação: ausência de gestos harmônicos; desajeitada à mesa;</p><p>habilidades manuais inadequadas. Sintomas objetivos:</p><p>• Discronometria: atraso no desencadeamento do movimento e em sua parada;</p><p>• Dismetria: não localização do movimento;</p><p>• Assinergia: deficiência de coordenação entre os diversos componentes musculares dos</p><p>movimentos.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Adiadococinesia: dificuldade de executar rapidamente movimentos alternados.</p><p>Causas:</p><p>• Perturbações vestibulares ou cerebelosas.</p><p>• Perturbações da sensibilidade superficial ou profunda.</p><p>• Perturbações psicológicas ou afetivas: a criança não se concentra</p><p>em seu trabalho, fica ansiosa, insegura.</p><p>Psicomotricidade</p><p>5. Perturbações da sensibilidade – a criança não faz o mesmo gesto que lhe demonstramos,</p><p>exceto diante de um espelho; deixa cair objetos que segura.</p><p>Sintomas objetivos: pode-se descobrir na criança a dificuldade ou a impossibilidade:</p><p>• de manter uma posição, quando os olhos estão fechados.</p><p>• de perceber um movimento com os olhos fechados.</p><p>Psicomotrocidade</p><p>Perturbações da sensibilidade superficial e profunda:</p><p>• a criança não consegue localizar uma sensação tátil.</p><p>• não consegue reconhecer uma forma geométrica ou uma letra</p><p>desenhada em sua mão.</p><p>• não consegue reconhecer um objeto em sua mão.</p><p>• Causas: frequentemente de ordem motora e neurológica.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Perturbações intelectuais – o atraso intelectual</p><p>• A debilidade pode ser leve, moderada ou profunda. As realizações</p><p>da criança são de uma idade inferior à sua idade real.</p><p>• Causas: neonatais, alcoolismo, moléstias (encefalite, meningite,</p><p>hemorragia cerebral)</p><p>Outras perturbações:</p><p>• Perturbações do esquema corporal –</p><p>• Perturbações da lateralidade –</p><p>• Perturbações da estrutura espacial –</p><p>• Perturbações do grafismo –</p><p>Psicomotricidade</p><p>Gerontomotricidade –</p><p>“De uma imaturidade característica, o ser humano caminha para a</p><p>maturidade, vencendo vários obstáculos e integrando várias</p><p>aquisições que são essenciais para lidar com as realidade existentes,</p><p>culminando posteriormente numa desmaturidade declinativa na</p><p>terceira idade”</p><p>FONSECA, 1998 p.344.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Gerontomotricidade</p><p>• A senescência, como antítese da adaptação e da evolução, implica</p><p>uma complexa rede de mudanças desintegradoras e progressivas;</p><p>• A deterioração seletiva ocorre em diferentes ritmos e em</p><p>diferentes zonas do cérebro;</p><p>• A doença de Alzheimer é progressiva e raramente responde ao</p><p>tratamento.</p><p>• O empobrecimento neuronal causado pelo tempo, conduz a um</p><p>declínio funcional irremediável no envelhecimento normal.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Gerontomotricidade –</p><p>• Perturbações da memória imediata e de médio termo;</p><p>• Desintegração neuropsicológica: discriminação figura-fundo;</p><p>• Diminuição no processamento da informação auditiva;</p><p>• Perda na discriminação tátilo-quinestésico: capacidade de</p><p>discriminação de pressão,</p><p>forma e textura;</p><p>• Inteligência: cristalizada</p><p>Psicomotricidade</p><p>Gerontromotricidade –</p><p>• Modificações afetivas: solidão, isolamento, etc.</p><p>• Pseudodemência: perturbações na linguagem, na motricidade e na</p><p>percepção, etc.</p><p>• Desorganização e desincronização motora: perda da memória, falta</p><p>de iniciativa, etc.</p><p>• Disfunções e desintegrações que variam de indivíduo para</p><p>indivíduo, mas seguindo sempre um processo de involução</p><p>universal.</p><p>Psicomotricidade</p><p>“No fim da vida está a morte, como focou Engels. Envelhecemos</p><p>como vivemos e merecemos, e o processo de envelhecimento</p><p>natural pré-programado geneticamente, inicia-se muito antes da</p><p>terceira idade, designação esta introduzida por Huet”</p><p>FONSECA, 1998 p.349</p><p>Interatividade</p><p>A criança que cai com regularidade, choca-se com outras crianças,</p><p>anda com os pés afastados e corre com o troco para frente, são</p><p>sintomas característicos de que tipo perturbação psicomotora:</p><p>a) Equilíbrio</p><p>b) Intelectual</p><p>c) Lateralidade</p><p>d) Espacial</p><p>e) Esquema corporal</p><p>Resposta</p><p>• Alternativa correta: “a”.</p><p>• Justificativa: todos os sintomas apresentados na questão são</p><p>característicos da perturbação</p><p>no equilíbrio</p><p>Psicomotricidade</p><p>Avaliações Qualitativas e quantitativas –</p><p>L. PICQ e P. VAYER (1985)</p><p>• Toda ação educativa necessita inicialmente da observação que</p><p>implicará na avaliação.</p><p>• Observação: consideração das ações e dos comportamentos da</p><p>criança. Válida enquanto se observa os fenômenos como eles</p><p>ocorrem, sem</p><p>querer modificá-los.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Avaliação: julgamento que o observador faz do que ele observa.</p><p>“Ora, um julgamento é uma comparação em relação a alguma coisa.</p><p>É necessário, então considerar que se esta “alguma coisa”</p><p>é o que esperamos, o julgamento torna-se um julgamento de valor</p><p>PICQ e VAYER (1985, p233).</p><p>Psicomotricidade</p><p>Avaliações Qualitativas e quantitativas –</p><p>I. O conhecimento da criança –</p><p>• História e meio ambiente: aceitar a criança como ela é conhecendo</p><p>sua história.</p><p>• Questionário preenchido pelos pais ou pelo profissional durante a</p><p>entrevista: forma simples para conhecer a história da criança.</p><p>Psicomotricidade</p><p>A criança vista pelos outros (diferentes testes):</p><p>• Observações médicas – informações sobre acidentes ocorridos no</p><p>momento do nascimento, ou desde a primeira infância.</p><p>Observações psicológicas – uso de alguns critérios que serão uma</p><p>referência e também uma forma de conhecimento:</p><p>• Testes de nível mental.</p><p>• Teste de nível escolar</p><p>• Exames de desenvolvimento e do comportamento psicossocial.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Como a criança vê a si mesma: o próprio desenho: aplicação do</p><p>testes da figura humana de Goodenough.</p><p>• Observação do desenvolvimento e do comportamento psicomotor:</p><p>evitar prender-se à descrição das dificuldades particulares ou as</p><p>competências escolares, buscando observar as capacidades gerais.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• O exame psicomotor – Realizado com a criança na sala de trabalho,</p><p>usando materiais preparados anteriormente (folha de prova,</p><p>cronômetro, bolas, elástico, etc.)</p><p>Observação da média e grande infância (6 -11 anos):prova dos testes</p><p>de Ozeretski:</p><p>• Coordenação dinâmica das mãos.</p><p>• Coordenação dinâmica geral</p><p>• Equilíbrio (controle postural</p><p>• Controle segmentário (controle do próprio corpo).</p><p>• Organização espacial</p><p>(orientação direita-esquerda).</p><p>Psicomotricidade</p><p>Avaliações qualitativas e quantitativas</p><p>• De acordo com Picq e Vayer (1988) “a educação psicomotora</p><p>procura as técnicas mais eficazes, cujo objetivo é o de obter uma</p><p>melhora progressiva no comportamento geral da criança”.</p><p>Devem ser trabalhadas as</p><p>seguintes funções:</p><p>• A consciência do próprio corpo;</p><p>• domínio do equilíbrio;</p><p>• O controle e a eficácia das diversas coordenações globais e parciais;</p><p>Psicomotricidade</p><p>• O controle da inibição voluntária e da respiração;</p><p>• A organização do esquema corporal e a orientação no espaço;</p><p>• A estruturação espaço-temporal correta e maiores possibilidades</p><p>de adaptação ao mundo exterior.</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Avaliação de Picq Vayer (1985) -</p><p>• Dirigido às crianças de idade escolar, com diferentes tipos de</p><p>inadaptação –debilidade mental, deficiências sensoriais;</p><p>inadaptações motoras, sensoriais e psico –afetivas.</p><p>Dar ênfase ao trabalho com:</p><p>• Percepção e controle do próprio corpo;</p><p>• Regulação de condutas motoras;</p><p>• Adaptações perceptivo-motoras.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Prática psicomotora –</p><p>• Espaço psicomotor: local amplo para os exercícios psicomotores e reservado para os</p><p>exercícios sentados, com mesa e cadeiras adaptadas à estatura da criança.</p><p>• Para crianças com menos de 5 anos, se possível, um tapete para a execução de determinados</p><p>exercícios sensoriomotores no chão.</p><p>• Ambiente alegre, exclusivo para às reeducações psicomotoras, decorado com trabalhos e</p><p>desenhos das crianças.</p><p>Psicomotricidade</p><p>Material a ser utilizado nas avaliações e sessões –</p><p>Material clássico:</p><p>• Escada fixada na parede</p><p>• Bancos sueco de duas ou três alturas</p><p>• Espelhos ortopédicos</p><p>• Plinto</p><p>• Barras de equilíbrio independentes</p><p>• Bastões e varinhas</p><p>Psicomotricidade</p><p>Objetos da reeducação psicomotora:</p><p>• Bancos: eles são banco, poltrona,</p><p>mesa, etc.</p><p>• Blocos vazios</p><p>• Blocos de madeira compactos ou furados</p><p>• Placas</p><p>• Cilindros de Picq (meio-cilindro de madeira separado em duas</p><p>partes por uma linha pintada transversalmente</p><p>• Bastões e varinhas</p><p>• “Respirador” de Plent</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Bolas com lastros ou bolas pesadas do diâmetro das bolas comuns.</p><p>• Bolas normais ou grandes de cores variadas</p><p>• Balões de gás de cores variadas</p><p>• Bolas médias (13cm de diâmetro) cores variadas</p><p>• Bolas de plástico (leves)</p><p>• Bolas pequenas (de malabarismo) várias cores, sendo 3 ou 4 de cada cor</p><p>• Tamborins, cítaras, triângulos] quadros colocados na altura da criança</p><p>Psicomotricidade</p><p>• Papéis de todos os formatos</p><p>• Giz, lápis, caneta hidrográfica...</p><p>• Pintura a água e pincel, pintura com os dedos</p><p>• Contas grandes de madeira</p><p>• Cubos de madeira de várias cores – 2,5 x 2,5 cm.</p><p>• Cubos de madeira de 1 x 1 cm em várias cores</p><p>• Elástico para saltar</p><p>• Quadrado de espuma</p><p>• Metrônomo, tamborins</p><p>Psicomotricidade</p><p>“ Psicomotricidade na sua essência não é só a chave da</p><p>sobrevivência, como se observa</p><p>no animal e na espécie humana mas</p><p>é, igualmente, a chave da criação cultural. Em síntese, é a primeira e</p><p>última manifestação da inteligência. A psicomotricidade, em termos</p><p>filogenéticos, e ontogeneticos, portanto, um passado de vários</p><p>milhões de anos, porém uma história restrita de apenas cem anos”</p><p>FONSECA (2004 p.11)</p><p>Interatividade</p><p>Quais devem ser os passos iniciais para toda ação educativa?</p><p>a) Uso de material específico</p><p>b) Oferecer espaço amplo e confortável</p><p>c) Entrevista</p><p>d) Folha de avaliação padronizada</p><p>e) Observação e avaliação</p><p>Resposta</p><p>• Alternativa correta: “e”.</p><p>• Justificativa: De acordo com L. PICQ e P. VAYER (1985), toda ação educativa necessita</p><p>inicialmente da observação que implicará na avaliação.</p>

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