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Aula 1 - Introdução à Comunicação Óptica

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AULA 1 – AS COMUNICAÇÕES ÓPTICAS
CONCEITOS GERAIS
Por que utilizar fibras ópticas? 
Surgimento de novas tecnologias e novos serviços de telecomunicações
Exemplos:
 
Serviços de voz, dados, imagem, vídeo, internet:
 
www;
 
e-mail;
 
HDTV;
Serviços de multimídia.
Exigem meios de transmissão com maiores larguras de faixa.
Comunicação utilizando como suporte os meios físicos.
Exemplo de comparação entre meios de transmissão:
Cabo metálico: 
1920 pares = 1920 canais.
Originalmente, cada canal corresponde a 1 (um) par de fios.
Aumento da capacidade exige sempre mais cabos.
Cabo Ótico de uma fibra, por exemplo, (SDH):
STM-16 = 30.200 canais ‘voz’
Milhares de canais multiplexados em uma única fibra;
Aumento da capacidade não requer aumento da rede instalada.
Principais particularidades a serem abordadas:
Custo;
Banda passante (ou velocidade máxima);
Imunidade a ruído e confiabilidade;
Limitação geográfica devido a atenuação característica do meio.
Fibras ópticas são adequadas para a transmissão de informação digital.
Muito empregadas em redes de computadores.
As características especiais de cada parte do mundo produziram sua divisão, para fins de gestão do espectro radioelétrico, em três regiões. 
	Região 1: Europa, África e Norte da Ásia.
	Região 2: América do Norte, América do Sul e Groenlândia.
	Região 3: Pacífico e o Sul da Ásia.
Regiões da Terra, de acordo com o ITU
ESPECTRO DE FREQÜÊNCIA
	 Banda
	Denominação
	Faixa de Freqüência 
	 
máximo
	 
mínimo
	ELF
	Extremely Low Frequency
	até 3 kHz
	-
	100 km
	VLF
	Very Low Frequency
	3 kHZ a 30kHz
	100 km
	10 km
	LF
	Low Frequency
	30 kHz a 300 kHz
	10 km
	1 km
	MF
	Medium Frequency
	300 kHz a 3 MHz
	1 km
	100 m
	HF
	High Frequency
	3 MHz a 30 MHz
	100 m
	10 m
	VHF
	 Very High Frequency
	30 MHz a 300 MHz
	10 m
	1 m
	UHF
	Ultra High Frequency
	300 MHz a 3 GHz
	1 m
	10 cm
	SHF
	Super High Frequency
	3 GHz a 30 GHz
	10 cm
	1 cm
	EHF
	Extremely High Frequency
	30 GHz a 300 GHz
	1 cm
	1 mm
CARACTERÍSTICAS DO USO DO ESPECTRO RADIOELÉTRICO
	FAIXAS DE FREQÜÊNCIAS
	DESIGNAÇÃO DAS FAIXAS
	MECANISMOS DE 
PROPAGAÇÃO
	UTILIZAÇÃO TÍPICA
	
	SIGLA
	DENOMINAÇÃO
	
	
	300 Hz a 3 kHz
	ELF
	EXTREMELY LOW FREQUENCY
	ONDAS SUPERFICIAIS E PROFUNDAS
	COMUNICAÇÃO PARA SUBMARINOS, PARA ESCAVAÇÃO DE MINAS, ETC..
	3 KHz a 30 KHz
	VLF
	VERY LOW FREQUENCY
	
	
	30 KHz a 300 KHz
	LF
	LOW FREQUENCY
	ONDAS SUPERFICIAIS
	AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO AÉREA.
SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO.
RADIODIFUSÃO LOCAL.
	300 KHz a 3 MHz
	MF
	MEDIUM FREQUENCY
	
	
	
	
	
	REFLEXÃO IONOSFÉRICA
	
	3 MHz a 30 MHz
	HF
	HIGH FREQUENCY
	REFLEXÃO IONOSFÉRICA
	RADIODIFUSÃO LOCAL E DISTANTE.
SISTEMAS PRIVADOS FIXOS E MÓVEIS.
SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO.
RADIOAMADORISMO.
	30 MHz a 300 MHz
	VHF
	VERY HIGH FREQUENCY
	DIFRAÇÃO
	
	TRANSMISSÃO DE TV.
SISTEMAS PRIVADOS FIXOS E MÓVEIS.
SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICOS.
SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO.
	
	
	
	VISADA DIRETA
	
	300 MHz a 3 GHz
	UHF
	ULTRA HIGH FREQUENCY
	
	
	
	
	
	TROPODIFUSÃO
	COMUNICAÇÃO PÚBLICA À LONGA DISTÂNCIA.
SISTEMAS INTERURBANOS E INTERNACIONAIS EM RADIOVISIBILIDADE.
	3 GHz a 30 GHz
	SHF
	SUPER HIGH FREQUENCY
	
	
	
	
	
	VISADA DIRETA VIA SATÉLITE
	
	30 GHz a 300 GHz
	EHF
	EXTREMELY HIGH FREQUENCY
	
	
BANDAS ÓPTICAS
	Banda
	Denominação
	Freqüência Mínima
	Freqüência Máxima
	 
máxima
	 
mínima
	 
	Região submilimétrica
	300 GHz
	800  GHz
	1 mm
	0,4 mm
	IR
	Infravermelho
	800  GHZ
	400 THz
	0,4 mm
	0,8 µm
	V
	Visível
	400  THz
	750 THz
	0,8 µm
	0,4 µm
	UV
	Ultravioleta
	750 THz
	10000 THz
	400 nm
	12 nm
 Frenzel
Exemplo: Um feixe de luz se propaga no vácuo com comprimento de onda de 800nm. Determinar a frequência da onda.
l = 800 nm
f = c / l
f = 3x108/ 800x10-9 
f = 3,75x1014 
f = 375 THz
A luz que se consegue enxergar ocupa a faixa de frequências de 
150 THz a 250 THz
que corresponde a comprimentos de onda de 
400 nm a 650 nm.
Histórico e Evolução das Comunicações Ópticas
	Ano
	Evento
	1870
	Transmissão de luz em um jato d’água por Tyndall.
Físico inglês Jonh Tyndall demonstrou o princípio de guiamento da luz através de uma experiência muito simples: utilizando um recipiente furado com água, um balde e uma fonte de luz, Tyndall observou que o feixe de água que sairá iluminado através do furo do recipiente, produzindo o primeiro relato da transmissão de luz. 
	1880
	Fotofone de Graham Bell: primeira transmissão de voz, através de luz não guiada.
	1910
	Estudos teóricos sobre o guia dielétrico por Hondros e Debye.
	1920
	Primeiros resultados experimentais: Schereiver (milhares de dB/km).
	1930
	Primeiras experiências de transmissão de luz em fibras de vidro, por meio de Lamb, na Alemanha.
	1954
	Guia óptico recoberto: consistia em um material dielétrico com índice de refração ligeiramente menor do que o meio no qual se desejava a propagação de luz.
	1958-
1959
	Proposta de fibra óptica com estrutura de núcleo e casca, por Kapany e outros, na Inglaterra.
	1960
	Invenção do laser: O físico Theodore Maiman criou o primeiro laser, no Hughes Research Laboratory.
	1962
	Laser Semicondutor
	1964
	Estudos das causas de atenuação.
	Década de 60
	Desenvolvimento de detetores semicondutores.
	1962
	Efeito laser em junções de GaAs
	1966
	Charles Kao e Charles Hockham, na Inglaterra, propuseram a utilização de fibra de vidro (fibras ópticas) para transmissão da luz do laser, (atenuação da ordem de 1000 dB/Km).
	1970
	Fabricação da primeira fibra óptica com atenuação de 20 dB/Km.
Primeiro diodo laser com operação contínua em temperatura ambiente.
Kapron e Keck (EUA) e Kayashi e outros, nos EUA.
	1972
	Fabricação de fibra multimodo de SiO2 com perdas de 4dB/km.
Fibra óptica com 2,5 dB/km.
Stone (EUA), Corning Glass Works (EUA) e Bell Labs (EUA)
	1975
	Descoberta da região de mínima dispersão em fibras de SiO2.
	1976
	Fibras japonesas de 0,47 dB/km em 1200 nm.
Primeiro sistema de CATV com fibras ópticas.
Sistema experimental em campo a 45 Mbps na região de 0,82mm.
Horiguchi e Osanai, no Japão, Inglaterra e EUA.
	1977
	Primeiro sistema telefônico com fibra óptica em operação regular.
Diodo laser com vida útil superior a 7.000 h.
Desenvolvimento de LED de alta radiação em 1300 nm.
Goodwin e outros nos EUA e Dentai e outros nos EUA.
	1977-1978
	Primeira geração de sistemas comerciais a 0,85 nm, em teste de campo.
Primeiros sistemas experimentais com fibras multimodo em 1300 nm.
Nos EUA, Europa e Japão.
	1979
	Laser semicondutor de longa vida 105 h.
	ANOS 1980
	Optoeletrônica de alta velocidade.
Amplificação óptica.
Redes Ópticas Faixa-Larga Transparentes aos Serviços:
Redes WDM
Redes Ópticas de Acesso
Processamento óptico de sinais
	1983
	Fibra monomodo com núcleo segmentado.
Conectores para fibra monomodo com perda inferior a 0,3 dB comercialmente disponíveis.
Sistema comercial em 1300 nm a 400 Mbps e alcance sem repetidor até 25 km.
Na Inglaterra, EUA, Europa e Japão.
	1984
	Sistema comercial em 1300 nm a 1,7 Gbps até 40 km. 
Nos EUA.
	1985
	Sistema experimental a 4 Gbps com 103 km de alcance.
Sistemas experimentais de fibras monomodo, com dispersão deslocada mínima com alcance de 220 km (140 Mbps) e 230 km (34 Mbps).
Fibras monomodo com dispersão deslocada mínima comercialmente disponíveis. 
Sistema experimental em 1,55 nm com capacidade de 2000 Gbps.
Na AT&T Bell Labs dos EUA, na Inglaterra e no Japão.
	1988
	Operação do 1º cabo óptico submarino transatlântico (TAT-8) entre EUA e Europa (França e Inglaterra).
Cabo óptico submarino de 3ª geração (1,55mm) sem repetidores (104 km).
EUA e Europa.
	A partir dos Anos 2000
	Redes Fotônicas
Histórico das Comunicações Ópticas no Brasil
	Ano
	Evento
	1970
	Fibra Óptica: 20 dB/km
	1973-75
	Laboratórios Laser e de Fibras Óticas (Unicamp), com apoio da Telebrás.
	1978
	Desenvolvimento de Tecnologia Básica CPqD/TB.
	1978-1980
	Laboratórios Laser Fibras Óticas (CPqD).
	1982
	Sistema protótipo de Comunicações Ópticas do CPqD/TB na Telerj.
	1982
	Primeiro Teste de Campo (Cetel-RJ).
	1983
	Transferênciade Tecnologia CPqD/TB - ABC Xtal.
	1984
	Início da produção nacional em escala comercial em agosto, pela Xtal.
	1985
	Projeto “Pico” da Telebrás.
	1986
	Implantação Entroncamento Urbano na Telebrás.
	1989
	Fim do contrato de exclusividade da ABC Xtal-Telebrás.
	1990
	Implantação da rota São Paulo-Campinas (~100 km).
	1991
	Introdução no processo de alta produtividade na ABC Xtal (Preforma 40 km).
	1991
	Primeiro entroncamento à longa distância (CPqD e Telesp/SP).
	1991
	Amplificador óptico.
	1993
	Desenvolvimento de uma fibra amplificadora no CPqD/TB. 
Implantação de rotas de longa distância da Embratel.
	1993
	Primeiro enlace amplificado (Telesp/SP)
	1994
	Primeiro sistema WDM de longa distancia (CPqD e Embratel).
	1997
	Primeiro sistema submarino de alta capacidade (Embratel).
Principais Meios Utilizados para Transmissão de Sinais
Par de Fios ou UTP (Unshielded Twisted Pair) (Par trançado):
Mais antiga e popular forma de meio físico para transmissão de dados.
 
É constituído, normalmente, por dois fios trançados para reduzir a interferência elétrica entre pares próximos (dois fios em paralelo constituem uma antena simples; um par trançado evita a captação de uma onda eletromagnética).
 
Pares de fios trançados foram padronizados pela EIA (Electronics Industries Association) e TIA (Telecommunications Industry Association).
São largamente utilizados pela questão do preço baixo e do uso disseminado nos sistemas telefônicos.
Suscetibilidade a influências externas que causam ruídos:
Raios;
Descargas elétricas;
Campos magnéticos gerados por motores, por exemplo.
Atenuação, que cresce à medida que frequência de transmissão aumenta.
Pares trançados de melhor qualidade reduzem os fatores de degradação mencionados.
Exemplo desses cabos:
Cabo UTP blindado e UTP com dupla blindagem
Cabo Coaxial
É constituído de um condutor interno envolvido por uma malha condutora externa.
Os condutores são separados por dielétrico.
 UNB
Cabo coaxial mantém uma capacitância constante e baixa, teoricamente independente do comprimento do cabo. 
Isso permite que os cabos coaxiais possam suportar velocidades de transmissão (sinais de frequências) mais elevadas que o par trançado.
Sua construção com a blindagem externa proporciona alta imunidade a ruído.
Circuito equivalente para uma seção de linha de transmissão (UNB)
Tipos de cabo coaxial:
De 50 ohms, utilizado para transmissão digital em banda básica, como Ethernet, por exemplo.
 
De 75 ohms, utilizado em TV a cabo e em redes de banda larga.
Geometria do cabo coaxial permite transmissão de uma banda passante na faixa de 60 kHz a 450 MHz. 
Cabos mais curtos podem produzir velocidades mais elevadas.
Aplicações:
Sistemas wireless e privados de telecomunicações;
Radiodifusão;
Microondas;
Rádio Móvel Celular;
Militar.
Sistemas de Comunicações Ópticas
Utilizam as fibras ópticas que são pequenos fios de vidro puro, tão finos quanto um fio de cabelo.
Por essas fibras são transmitidas sinais digitais a longas distâncias.
Com diâmetros de apenas 69 mm, as fibras percorrem mais de 10000 km de distância e cruzam todos os oceanos do mundo.
Estudos demonstram que apenas 29% de sua capacidade é ocupada.
Dessa capacidade, 70% corresponde a tráfego de Internet.
Representam a melhor opção para transmissão em alta capacidade tanto na rede de transporte metropolitano a longas distancias como no acesso ao usuário.
Possuem altíssima confiabilidade.
A banda passante desses sistemas é maior que qualquer outro meio.
O custo por bit/por assinante é menor que os demais meios.
Permitiram o desenvolvimento mundial da internet.
Permitiram viabilizar as telecomunicações como a maior atividade econômica do planeta.
Comparação da fibra óptica com outros meios:
Termo Fibra Óptica: empregado pela primeira vez pelo Dr. N. S. Kapany, membro de uma equipe do Laboratório Bell (USA), composta por ele e pelos Doutores A. L. Schawlow e C. H. Townes, quando apresentaram os planos para a construção do primeiro LASER a ser usado em sistemas de telecomunicações.
Fibras ópticas superam os sistemas tradicionais apresentam uma perda de potência por quilômetro muito menor do que os sistemas com cabos coaxiais, guias de ondas ou pela transmissão pelo espaço livre. 
Um cabo coaxial, operando em 5 GHz, pode apresentar perda superior a 100 dB/km, incomparavelmente maior que os valores de 0,2 dB/km e 0,3 dB/km obtidos nas modernas fibras ópticas, que operam em comprimentos de onda em torno de 1,3m e 1,55m.
Um cabo óptico pode ser 20 vezes menor em tamanho e peso que um cabo metálico, mas ter a mesma capacidade de transmissão.
Diâmetro externo da fibra óptica é muito menor do que o dos cabos coaxiais empregados nas faixas de microondas. 
Diâmetro típico de uma fibra óptica: 125 mm.
Acréscimo das camadas de proteção leva o diâmetro final a alcançar entre 0,4 mm e 1 mm.
Essa medida depende da técnica de fabricação e do tipo de fibra óptica.
O resultado desse processo representa um peso muito reduzido, maior flexibilidade mecânica, menor espaço para instalação, menor custo de transporte e armazenagem, etc..
Isto significa a necessidade de uma quantidade menor de repetidores para a cobertura total do enlace. 
Nos sistemas radioelétricos da faixa de microondas, com antenas parabólicas de alto ganho, a perda por quilômetro é menor do que nos sistemas a cabos coaxiais ou a guias de onda. 
Mas, ainda assim, o valor da atenuação é muitas vezes maior do que nos sistemas a fibras ópticas. 
Nas comunicações por microondas, técnica que utiliza propagação pelo espaço livre, as distâncias entre repetidores são da mesma ordem de grandeza dos sistemas ópticos atuais. 
Ocorre que um enlace radioelétrico só pode alcançar distâncias de muitos quilômetros sem o uso de repetidores à custa de uma maior potência de transmissão e com a instalação de antenas parabólicas de grandes diâmetros em torres de dezenas de metros de altura.
Na transmissão por fibras ópticas as portadoras possuem frequências na faixa de infravermelho, valores da ordem de centenas de terahertz, permitindo a utilização de elevadas taxas de transmissão, da ordem de milhares de megabits/segundo. 
Isso significa um substancial aumento na quantidade de canais de voz transmitidos simultaneamente. 
A capacidade do sistema óptico pode ser ampliada ainda mais, com o emprego da técnica de multiplexagem em comprimento de onda (WDM). 
Esta técnica permite que diferentes comprimentos de onda sejam transmitidos pela mesma fibra óptica, cada um deles transportando diversos canais de voz como sinal de modulação.
Na fabricação da fibra óptica utilizam-se vidros altamente transparentes, com elevadíssima resistência elétrica. Portanto, não necessita aterramento, nem há necessidade de ser protegida contra descargas elétricas. 
Além do aspecto da segurança em seu manuseio durante a instalação, a manutenção e a operação, a fibra é capaz de suportar elevadíssimas diferenças de potencial sem riscos para o sistema, para o operador ou para o usuário.
Sendo um meio altamente isolante, não é possível a indução de correntes na fibra óptica por quaisquer fontes que estiverem em suas proximidades. 
A transmissão, portanto, é imune às interferências eletromagnéticas externas, permitindo sua instalação em ambientes ruidosos do ponto de vista eletromagnético, sem que este fato cause deterioração na qualidade do sinal guiado. 
Essa característica das fibras ópticas permitiu o desenvolvimento de cabos especiais que acompanham as linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão, compartilhando das mesmas instalações. Vide o linhão de Tucuruí.
Um desses sistemas é o cabo OPGW (optical ground wire), formado por fibras ópticas no interior de um cabo pára-raios das linhas de transmissão de energia elétrica.
Uma das consequências desta imunidade, os sistemas a fibra óptica garantem uma qualidade de transmissão melhor do que os enlaces de microondas ou dos cabos coaxiais e guias de ondas.O padrão em sistemas de comunicações digitais com fibras ópticas estabelece uma taxa de erro de bit de 10-9, sendo o valor 10-11 ou mesmo superior um objetivo possível de ser alcançado. 
O valor de BER obtido em sistemas ópticos é significativamente superior ao dos sistemas convencionais, onde se consegue 1 bit errado para cada 105 a 107 bits transmitidos.
Da mesma forma que o sinal óptico guiado não sofre interferências externas, não poderá, também, interferir em um sistema próximo, a não ser que haja um contato físico ou que a fibra tenha sofrido certo tipo de deformação. 
Em condições normais de propagação, a luz não é irradiada a partir da fibra óptica, não podendo ser captada por um equipamento externo.
Comparação entre alguns meios
	Tipo de Sistema
	Freqüência
MHz
	Atenuação
dB/Km
	Par metálico
	10
	100
	Cabo coaxial 4.4 mm
	10
	20
	Cabo coaxial 9.5 mm
	10
	7
	Fibra multimodo ID
	108
	<5
	Fibra multimodo IG
	108
	<3
	Fibra monomodo
	108
	<1
Observações Gerais:
Cabos destinados a redes locais tipicamente contêm um único fio de fibra.
Cabos destinados a enlaces de longa distância e ao uso na área de telecomunicações contêm vários fios, que compartilham as fibras de kevlar e a cobertura externa. 
Vantagens da fibra óptica:
Cabos de fibras ópticas mais leves, flexíveis e pouco volumosos (1 km de fibra óptica pesa 57 kg, contra os 7200 kg dos cabos de pares entrelaçados);
Cabos com tamanhos mais reduzidos;
Mais finas: as fibras ópticas possuem diâmetros inferiores aos de um fio de cobre;
 
Alta capacidade de transmissão (GBits/s x Km). 
Por serem mais finas do que os fios de cobre, mais fibras podem ser colocadas juntas em um cabo de determinado diâmetro;
Redução no custo por canal;
 
Maior largura de banda;
Assim, mais linhas telefônicas podem passar pelo mesmo cabo ou mais canais podem ser transmitidos através do cabo ótico;
A transmissão de luz e não de sinal elétrico possibilita maior imunidade às interferências eletromagnéticas;
Isolamento elétrico;
Podem ser instaladas em ambientes com temperaturas elevadas (até 90º), garantindo a transmissão de sinais em condições climáticas adversas;
Velocidade elevada para transferência de dados (download);
Como as perdas em uma fibra óptica são inferiores às produzidas em um fio de cobre, há uma menor degradação do sinal, reduzindo a atenuação, possibilitando uma menor quantidade de repetidores;
 
A transmissão em uma fibra óptica é mais confiável pelo fato da redução da influência de ruídos externos;
Imunidade à interferência e ao ruído;
Por não produzir irradiação, não necessita de blindagem, garantindo segurança e sigilo.
Condutividade nula produzindo isolamento elétrico;
Meio de transmissão seguro e imune a interferência eletromagnética produzindo maior confiabilidade;
Maior qualidade de som e imagem para aplicações em TV;
O custo de fabricação das fibras ópticas é inferior ao equivalente de fio metálico convencional de cobre, o que as torna mais baratas, especialmente em sistemas de longo alcance;
A redução da degradação do sinal, mencionada anteriormente, possibilita o emprego de transmissores de menor potência, reduzindo o consumo de energia.
Flexibilidade na expansão da capacidade dos sistemas
Segurança da informação e do sistema.
Como os fios de fibra são muito finos, é possível incluir um grande volume deles em um cabo de tamanho modesto, o que é uma grande vantagem sobre os fios de cobre.
 
Como a capacidade de transmissão de cada fio de fibra é bem maior que a de cada fio de cobre e eles precisam de um volume muito menor de circuitos de apoio, como repetidores, usar fibra em links de longa distância acaba saindo mais barato. 
Facilidade de obtenção de matéria-prima conduz a: 
Custo pequeno, 
Garantia contra escassez.
Desvantagens das fibras ópticas:
Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamento;
Dificuldade de conexão das fibras ópticas;
Impossibilidade de alimentação remota de repetidores;
Falta de padronização dos componentes ópticos.
Custo das interfaces eletro-ópticas; 
O desenvolvimento da comunicação óptica divide-se em três grupos: 
Fibras ópticas; 
Fontes de luz (lasers);
Fotossensores (fotodiodos). 
Objetivos das pesquisas:
Desenvolvimento de:
 
Novos tipos de fibras ópticas que produzam atenuação cada vez menor
Fontes de luz (lasers) com potências maiores e comprimentos de onda com menores níveis de atenuação nas fibras ópticas 
Fotossensor com elevada sensibilidade e respostas rápidas visando aumentar a distância de comunicação de forma eficaz.
MODELO MAIS SIMPLES DE UM 
SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
Adequação para o Modelo de um Sistema de Comunicações em Fibras Ópticas.
Um sistema de comunicações ópticas possui três componentes principais:
 
Transmissor;
 
Meio de transmissão;
 
Receptor.
Transmissor:
É formado por um dispositivo emissor de luz e um circuito eletrônico.
 
Realiza a conversão eletro-óptica dos sinais;
Transmissor pode ser um LED (Light Emitting Diode) ou um diodo laser;
Ambos emitem luz quando recebem um pulso elétrico.
Conector Óptico:
 
Conecta o emissor óptico à fibra óptica e a fibra óptica ao detector óptico.
Meio de transmissão;
Fibra óptica: meio por onde a potência luminosa, produzida pelo emissor de luz, é guiada e transmitida até o fotodetector.
Meio mais utilizado: a sílica. 
Outros meios utilizados:
Fibra de Vidro;
Plástico: embora mais barato, produz taxas de atenuação mais elevadas.
Receptor: 
Constituído por:
 
Fotodiodo que produz um pulso elétrico sob incidência de luz. 
Função do dispositivo: detecção e conversão do sinal luminoso em sinal elétrico.
Interface de saída: circuito eletrônico cuja função básica é filtrar e amplificar o sinal convertido.
Estrutura Básica de um Sistema de Fibras Ópticas (1)
Estrutura Básica de um Sistema de Fibras Ópticas (2)
Frenzel
Atenuação da fibra óptica

Outros materiais