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<p>Harold Jofre Bolaños Bravo, patologista e professor do Departamento de Patologia da Universidad del Cauca; MG. Em Oncologia</p><p>Molecular, Centro de Estudos Biossanitários.</p><p>Mulher de 27 anos, com paridade satisfeita, sem antecedentes médicos relevantes e assintomática, é submetida à salpingectomia como método de planejamento definitivo; Os</p><p>fragmentos das trompas foram enviados para estudo histopatológico. Ao exame macroscópico, a tuba uterina direita, que media 7,8 x 1 cm de comprimento, a 0,2 cm da fímbria,</p><p>apresentava formação nodular aparentemente dependente da serosa. massa redonda com dimensões de 0,5X 0,5 cm, quando cortada é bem circunscrita, mas não encapsulada,</p><p>esbranquiçada homogênea e elástica; Na análise histopatológica identifica-se a tuba uterina com espessamento da mucosa e da musculatura à custa de células levemente</p><p>pleomórficas, achatadas ou cubóides, com núcleos redondos com cromatina frouxa e citoplasma eosinofílico que se dispõem formando estruturas muito semelhantes a vasos,</p><p>alguns destes lúmens são atravessados por finas faixas eosinofílicas, não são identificadas áreas de necrose e é contada 1 mitose por 10 campos de grande aumento; Diante</p><p>da suspeita de neoplasia vascular, foram solicitados marcadores imuno-histoquímicos, expressando positividade para calretinina e vimentina. Porém, anticorpos como CD34,</p><p>actina de músculo liso e citoqueratina 5/6 não apresentaram reatividade, o índice de proliferação celular (ki67) foi menor. 10%. (Ver figura 1)</p><p>Jina Paola Burbano Obando, Patologista do Laboratório Citosalud, Universidad del Cauca.: jinaburbano@hotmail.com</p><p>DISCUSSÃO</p><p>Os tumores adenomatoides do trato genital são neoplasias raras, de comportamento</p><p>benigno; devido às suas características histológicas, são facilmente confundidos</p><p>com tumores de origem vascular. Estudos recentes mostram que os tumores</p><p>adenomatoides do trato genital feminino são geneticamente definidos pela mutação</p><p>TRAF7 que ativa a expressão aberrante da via NFkB. Apresentamos o caso de uma</p><p>mulher de 27 anos, assintomática, submetida à salpingectomia bilateral como</p><p>método de contracepção definitiva; No exame macroscópico da tuba direita, é</p><p>encontrada formação cística que, devido às suas características microscópicas, é</p><p>diagnosticada como tumor adenomatoide da tuba uterina. Por fim, é feita uma</p><p>revisão da literatura.</p><p>Data de correção: 11/01/2019</p><p>Palavras-chave: Tumor adenomatóide, neoplasias benignas da tuba uterina, fator</p><p>nuclear kappa B, TRAF7, imunohistoquímica.</p><p>Palavras-chave: Tumor adenomatoide, neoplasias benignas da tuba uterina, fator</p><p>nuclear kappa B, TRAF7, imuno-histoquímica.</p><p>Os tumores adenomatóides são neoplasias benignas, típicas do trato genital masculino ou feminino(5), sendo mais frequentes no primeiro(3, 6), localizações extragenitais</p><p>menos comuns foram descritas como glândulas supra-renais, apêndice, coração, fígado, hérnia saco, mesentério intestinal, linfonodos, mediastino, omento, pâncreas, peritônio</p><p>e umbigo (7, 8).</p><p>Data de recepção: 05/06/2018</p><p>Data de aprovação 04/04/2019</p><p>Copyright © Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Tecnológica de</p><p>Pereira. 1995-2018. Todos os direitos reservados.</p><p>O miométrio é o local onde têm sido mais frequentemente relatados e com padrão infiltrativo, no caso do trato genital feminino, seguido pelas tubas uterinas(5, 7).</p><p>Macroscopicamente são nódulos pequenos, bem circunscritos, de cor cinza-esbranquiçada, muito raramente bilaterais, com tamanho máximo de 2,7 cm (4, 5). Geralmente o</p><p>tumor adenomatóide é assintomático, encontrado incidentalmente, onde a cirurgia é realizada sob outras indicações como: endometriose, adenomiose, leiomiomatose,</p><p>hiperplasia endometrial, pólipos endocervicais,</p><p>Copyright © Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Tecnológica de</p><p>Pereira. 1995-2018. Todos os direitos reservados.</p><p>Data de publicação: 30/06/2019</p><p>Tumor adenomatoide da tuba uterina, relato de caso e revisão da literatura</p><p>Os tumores das tubas uterinas são raros, mas histologicamente os mesmos subtipos são reconhecidos como os do ovário; Os tumores adenomatóides fazem parte dos tumores</p><p>benignos mais frequentes e geralmente são encontrados incidentalmente (1, 2). A falta de clareza quanto à sua origem explica porque recebeu diferentes nomes como:</p><p>linfangioma, adenomioma, reticuloendotelioma, tumor angiomatóide, adenofibroma, adenoma ou mesotelioma, mas foi somente em 1945 que Golden e colaboradores</p><p>propuseram o termo adenomatóide, que. é atualmente aceito(3, 4). Com a aplicação de diversos testes, foi comprovada sua linhagem mesotelial (4).</p><p>Os tumores adenomatóides do trato genital são neoplasias raras e de comportamento</p><p>benigno; Devido às suas características histológicas, são facilmente confundidos</p><p>com tumores vasculares. Estudos recentes demonstram que os tumores</p><p>adenomatóides do trato genital feminino são geneticamente definidos pela mutação</p><p>TRAF7 que ativa a expressão aberrante da via NFkB. Apresentamos o caso de uma</p><p>mulher de 27 anos, assintomática, submetida à salpingectomia bilateral como</p><p>método contraceptivo definitivo; No exame macroscópico da tuba direita é encontrada</p><p>uma formação cística que pelas suas características microscópicas é diagnosticada</p><p>como tumor adenomatóide da tuba uterina. Por fim, é realizada uma revisão da</p><p>literatura.</p><p>Introdução</p><p>Caso clínico</p><p>Resumo</p><p>Resumo</p><p>57</p><p>Tumor adenomatóide de tuba uterina,</p><p>relato de caso e revisão da literatura.</p><p>Relato de caso</p><p>57-58Rev. Risaralda 2019; 25 (1)</p><p>Machine Translated by Google</p><p>Hes O, Perez-Montiel DM, Cabrero IA, Zamecnik M, Pod-hola M, Sulc</p><p>M, et al. Fios de ponte semelhantes a fios: uma característica morfológica presente</p><p>em todos os tumores adenomatoides. Annals of diagnostic pathology.</p><p>2003;7(5):273-7.</p><p>8. Sheng B, Zhang YP, Wei HH, Ma M, Nan X. Tumor adenomatoide</p><p>primário do testículo: relato de um caso e revisão da literatura. Revista internacional</p><p>de patologia clínica e experimental. 2015;8(5):5914.</p><p>Mizutani T, Yamamuro O, Kato N, Hayashi K, Chaya J, Goto N, et al.</p><p>Fatores de risco relacionados ao transplante renal para o desenvolvimento de</p><p>tumores adenomatoides uterinos. Relatórios de oncologia ginecológica. 2016;17:96.</p><p>13.</p><p>Wachter DL, Wünsch PH, Hartmann A, Agaimy A. Tumores</p><p>adenomatoides do trato genital feminino e masculino. Uma análise comparativa</p><p>clinicopatológica e imuno-histoquímica de 47 casos enfatizando sua diversidade</p><p>morfológica específica do local. Virchows archiv. 2011;458(5):593-602.</p><p>Fletcher CD. Histopatologia diagnóstica de tumores: 1 volume Elsevier</p><p>Health Sciences; 2013.</p><p>Neoplasia intraepitelial cervical (NIC III), cisto de corpo lúteo e cisto paraovariano</p><p>(9).</p><p>6.</p><p>Revista cal. 2012;24(1):30-1.</p><p>14.</p><p>Histologicamente existem diferentes padrões como adenóide, angiomatóide,</p><p>cístico, glandular, sólido, oncócito, isquêmico reativo e tubular (7). Tanto em homens</p><p>como em mulheres são neoplasias bem circunscritas, mas não encapsuladas, com</p><p>aspecto glandular ou acinar coberto por células planas, cubóides ou muito raramente</p><p>colunares, com citoplasma ligeiramente eosinofílico, vacuolizado, núcleos</p><p>pequenos</p><p>e nucléolos imperceptíveis; A união de projeções citoplasmáticas, que contêm</p><p>material mitocondrial ou escassos tonofilamentos, de células vizinhas forma os</p><p>filamentos patognomônicos que atravessam os espaços pseudotubulares e são</p><p>típicos desses tumores (em 100%), esses filamentos podem ser tão finos que são</p><p>assimilados ao adipócitos, nos lúmens que contêm mucicarmina e material basófilo</p><p>PAS positivo, esses filamentos são menos visíveis, o estroma subjacente é fibroso</p><p>ou denso, com alguns focos de hialinização (5), a mitose é rara(4); Outra</p><p>característica descrita são os agregados linfóides frequentes nos tumores do trato</p><p>genital masculino, diferentes dos femininos que são encontrados em até 50% dos</p><p>casos. Uma explicação razoável é a maior exposição dos primeiros a traumas (7 )</p><p>dada. Dada a variedade de possíveis padrões histológicos do tumor adenomatóide,</p><p>há amplos diagnósticos diferenciais que devem ser considerados, vários deles de</p><p>natureza maligna, porém, recomenda-se avaliação cuidadosa das características</p><p>morfológicas e uso de marcadores imuno-histoquímicos se a dúvida persistir (). 8).</p><p>O imunofenótipo dos tumores adenomatóides do trato genital feminino é peculiar e</p><p>vários dos marcadores confirmam a histogênese mesotelial; reage com anticorpos</p><p>como CKAE1/CAM5.2, D2-40 e calretinina em todos os casos, WT-1 reage na</p><p>maioria (97%) e é ocasionalmente reativo para caldesmon e CK5/6 (3% e 16%</p><p>respectivamente) ( 7, 9); Porém, não reage com marcadores como ER, AR, CD31,</p><p>CD34 e PAX8, o índice de proliferação do ki67 menor ou igual a 10% reafirma sua</p><p>benignidade(9). e OC125, os dois últimos são antígenos associados ao mesotélio</p><p>(14). Confirmando a ativação errônea do NF-kB de acordo com a fenotipagem já</p><p>apresentada, os tumores adenomatóides expressam reatividade contra L1CAM de</p><p>forma diferente do mesotélio normal, mesoteliomas peritoneais malignos e cistos</p><p>peritoneais de inclusão multilocular que não foram reativos (13).</p><p>Youngs LA, Taylor HB. Tumores adenomatoides do útero e da trompa</p><p>de falópio. Revista americana de patologia clínica. 1967;48(6):537-45.</p><p>4.</p><p>7.</p><p>Conflitos de interesse: Os autores declaram que não temos conflitos de interesse.</p><p>11.</p><p>Ao Departamento de Patologia da Universidade de Cauca e seus docentes pelo</p><p>apoio na interpretação e análise do caso; além da Companhia de Patologistas de</p><p>Cauca pela disponibilização dos cortes histológicos, hematoxilina e eosina e</p><p>anticorpos imuno-histoquímicos aqui apresentados.</p><p>12.</p><p>Revista Internacional de Ciências Médicas e Aplicadas. 2015;4(Sup 1):4-7.</p><p>Patologia Moderna. 2009;22(9):1228.</p><p>A histogênese dos tumores adenomatóides tem sido controversa ao longo do</p><p>tempo, propondo origem endotelial, mesonéfrica, mesotelial e mülleriana, porém,</p><p>em geral, a linhagem mesotelial tem sido aceita, através de vários marcadores</p><p>imuno-histoquímicos, estudo de microscopia eletrônica e histoquímica (4, 8, 10) ,</p><p>foi demonstrada até mesmo a continuidade das células de revestimento peritoneal</p><p>e das células que revestem as estruturas semelhantes a canais ou túbulos (11).</p><p>A patogênese não é bem conhecida, embora a disfunção na sinalização de citocinas</p><p>entre as células endoteliais seja proposta após estudos como o de Mizutani e</p><p>colaboradores (2016) onde constataram que o transplante renal, a imunossupressão</p><p>secundária e o tempo de diálise são fatores de risco para o desenvolvimento dessas</p><p>neoplasias(12 ); Por outro lado, uma ativação aberrante da via do fator nuclear</p><p>kappa B (NF-kB) foi confirmada em tumores adenomatóides do trato genital feminino</p><p>e masculino, cujo perfil genético carrega mutações somáticas sem sentido no gene</p><p>TRAF7 que codifica uma ubiquitina E3 ligase pertencente à família de fatores</p><p>associados ao receptor do fator de necrose tumoral (TRAF). In vitro há aumento da</p><p>fosforilação do NF-kB e maior expressão da molécula de adesão celular L1</p><p>(L1CAM), que é um marcador da ativação desta via; o que está de acordo com o</p><p>perfil imuno-histoquímico (13).</p><p>2.</p><p>9.</p><p>Goode B, Joseph NM, Stevers M, Van Ziffle J, Onodera C, Talevich E,</p><p>et al. Tumores adenomatoides do trato genital masculino e feminino são definidos</p><p>por mutações TRAF7 que conduzem a ativação aberrante da via NF-kB. Patologia</p><p>Moderna. 2017.</p><p>3.</p><p>Delahunt B, Eble J, King D, Bethwaite P, Nacey J, Thorn-ton A.</p><p>Evidência imuno-histoquímica para origem mesotelial de tumor adenomatoide para-</p><p>testicular. Histopatologia. 2000;36(2):109-15.</p><p>10.</p><p>Hsu YH. Tumor adenomatoide do útero. Tzu Chi Medi-</p><p>Klintorp S, Grinsted L, Franzmann MB. Tumor adenomatoide do útero.</p><p>European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology.</p><p>1993;50(3):255-7.</p><p>Sangoi AR, McKenney JK, Schwartz EJ, Rouse RV, Lon-gacre TA.</p><p>Tumores adenomatoides dos tratos genitais feminino e masculino: um estudo</p><p>clinicopatológico e imuno-histoquímico de 44 casos.</p><p>Maryann BM, Umakanthan S, Rai S, Rao A. Tumor adenomatoide da</p><p>trompa de Falópio – Relato de caso raro e revisão da literatura.</p><p>Saÿlÿcan Y, Kurtulmus N, Tunca F, Süleyman E. Tumor adenomatoide</p><p>derivado de mesotélio em uma localização desprovida de mesotélio: tumor</p><p>adenomatoide adrenal. BMJ case reports. 2015;2015:bcr2015211147.</p><p>Alvarado-Cabreo I, Cheung A, Caduff R. Tumores da trompa de falópio.</p><p>Classificação da OMS de Tumores de Órgãos Reprodutivos Femininos. 2014.</p><p>5.</p><p>1.</p><p>58</p><p>Referências</p><p>Agradecimentos:</p><p>Tumor adenomatóide de tuba uterina, relato de caso e revisão da literatura. Rev. Méd Risaraldsa 2019;25</p><p>57-58Rev. Risaralda 2019; 25 (1)</p><p>Machine Translated by Google</p>

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