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<p>UNIDADE 2 – TÓPICO 1</p><p>CONTABILIDADE:</p><p>Vamos conhecer agora um dos principais relatórios contábeis: O BALANÇO</p><p>PATRIMONIAL.</p><p>O balanço patrimonial corresponde à apresentação do conjunto ordenado de</p><p>bens, direitos e obrigações da entidade e seus respectivos saldos em determinada data,</p><p>por isso dizemos que o balanço funciona como uma foto da empresa, porque</p><p>demonstra a situação patrimonial da entidade em uma data específica. Essa data pode</p><p>ser ao final de cada mês, bimestre, semestre ou ao final de cada ano. Ele é estático</p><p>porque representa a situação da mepresa em um dado momento.</p><p>As informações financeiras devem ser úteis, relevante e representar fielmente a</p><p>situação. A utilidade dessa informações é aumentada, se forem comparáveis,</p><p>verificáveis, tempestivas e comprrensíveis. Para que a informação seja útil, a norma</p><p>determina a observação das</p><p>CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS: relevância e</p><p>representação fiel</p><p>CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA : comparabilidade,</p><p>capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade.</p><p>ESTRATÉGIA – características qualitativas de informações financeiras úteis</p><p>RELEVÂNCIA – informação que pode fazer a diferença nas decisões tomadas</p><p>pelos usuários</p><p>REPRESENTAÇÃO FIEL – tem que representar fielmente o que pretende</p><p>informar, deve ser completa, neutra e sem erros.</p><p>COMPARABILIDADE – pode ser mais útil se a informação puder ser</p><p>comparada com informações similares de outras empresas ou mesmo da</p><p>própria, mas de outros períodos ou datas.</p><p>TEMPESTIVIDADE – a informação é mais útil quando gerada a tempo de</p><p>influenciar as decisões dos usuários.</p><p>CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO – é mais útil quando diferentes pessoas</p><p>conseguem verificá-la de forma direta (contagem física) ou indireta (recalcular o</p><p>custo de produção) e ver que é uma representação fiel.</p><p>Para resolves a questão de um número excessivo de páginas, a Contabilidade</p><p>agrupa os elementos patrimoniais que apresentam a mesma função para a</p><p>empresa, surgindo os subgrupos.</p><p>O balanço patrimonial é organizado conforme segue:</p><p>ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO</p><p>LÍQUIDO</p><p>ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>Realizável a longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Investimentos Capital Social</p><p>Imobilizado Reserva de capital</p><p>Intangível Ajuste de avaliação patrimonial</p><p>Reserva de lucros</p><p>Ações em tesouraria</p><p>Prejuízos acumulados</p><p>Começando pelo ATIVO, conheceremos melhor os grupos de elementos</p><p>patrimoniais evidanciados no balanço.</p><p>Conceito de ATIVO:</p><p>Recurso econômico presente controlado pela empresa, como resultado de</p><p>eventos passados.</p><p>Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios</p><p>econômicos.</p><p>Para entender melhor, vamos por partes:</p><p>RECURSO ECONÔMICO PRESENTE – corresponde a tudo que está no</p><p>ATIVO no momento presente e é ECONÔMICO porque é medido em dinheiro.</p><p>CONTROLADO PELA ENTIDADE – só devem ser registrados no ATIVO os</p><p>recursos que forem controlados pela empresa.</p><p>Se ela alugar um veículo, ela não tem controle sobre esse bem, por isso não o</p><p>registra no ATIVO. Mas se ela arrendar um veículo por meio de arrendamentos</p><p>mercantil financeiro, que é a compra do bem e não a locação, mesmo que o bem</p><p>não esteja no nome da empresa, ela deve registrá-lo no ATIVO, pois tem</p><p>controle sobre esse bem.</p><p>RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS – para comprar um imóvel, a</p><p>empresa precisa negociar e isso leva algum tempo e até a negociação não ser</p><p>finalizada, o imóvel não pode ser registrado pela empresa. Os itens que são</p><p>registrados são só que a empresa já adquiriu e são controlados por ela.</p><p>POTENCIAL DE PRODUZIR BENEFÍCIOS ECONÔMICOS – todo ativo</p><p>precisa ser útil economicamente para a empresa. Como exemplo, se ela comprar</p><p>uma máquina e com o tempo essa máquina se tornar ultrapassada e parar de</p><p>trabalhar, ela deve ser baixada do grupo do ATIVO. O retorno financeiro não</p><p>acontece de forma direta, como no caso da venda de mercadorias, os móveis e a</p><p>estrutura de uma loja, por exemplo, não trazem dinheiro para ela, mas são</p><p>necessários para o funcionamento do negócio, assim de forma indireta,</p><p>contribuem para a geração de benefícios econômicos.</p><p>ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO – o arrendatário tem a</p><p>intenção de ficar com o bem, após o término do contrato, com valor de compra</p><p>contratual estabelecido e sendo responsável por qualquer tipo de dano que o</p><p>bem sofra.</p><p>Os ATIVOS são registrados normalmente por seu preço de aquisição ou</p><p>fabricação, isto é, pelo custo históricoou valor original.</p><p>O PREÇO DE AQUISIÇÃO OU CUSTO DE AQUISIÇÃO – é o valor para</p><p>comprar o colocar o recurso à disposição para ser utilizado na empresa.</p><p>Exemplo:</p><p>João comprou um aparelho de ar condicionado para colocar em sua</p><p>empresa, no valor de R$ 3 500,00, como comprou de uma cidade vizinha à sua,</p><p>pagou R$ 300,00 para o transporte até sua empresa.</p><p>Quando o aparelho chegou, joaõ pagou R$ 800,00 para a instação do</p><p>mesmo. No momento da instação, os técnicos perceberam um pequeno defeito no</p><p>design do ar-condicionado, um amassado, mas nada que comprometesse seu</p><p>funcionamento. João entrou em contato com a empresa vendedora, que lhe</p><p>concedeu um desconto de R$ 200,00 pelo amassado apresentado.</p><p>Qual foi o custo da aquisição do ar-condicionado?</p><p>Compra R$ 3 500,00</p><p>Transporte R$ 300,00 (+)</p><p>Instalação R$ 800,00 (+)</p><p>Desconto R$ 200,00 ( - )</p><p>Custo de aquisição R$ 4 400,00</p><p>Quando essa compra for registrada no ATIVO , seu valor final será de R$ 4</p><p>400,00 e não de R$ 3 500,00.</p><p>O mesmo acontece na empresa, os produtos fabricados são medidos e</p><p>registrados no ATIVO pelo custo de fabricação, como matéria-prima, materiais,</p><p>mão de obra, entre outros.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS:</p><p>É a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas</p><p>com base em características compartilhadas para fins de divulgação e</p><p>apresentação. Essas características inlcuem a natureza do ítem, seu papel ou</p><p>função nas atividades do negócio conduzidas pela empresa e como é medido.</p><p>A norma contábil não determina como deve ser feita essa classificação, ela</p><p>sugere somente que se melhorar a utilidade das informações, pode ser</p><p>apropriado separar ativo ou passivo em componentes cirulantes e não</p><p>circulantes e classificar esses componentes separados.</p><p>A lei determina que as contas do ATIVO sejam dispostas em ordem</p><p>decrescente de grau de liquidez nos grupos do ativo circulante e ativo não</p><p>circulante. Assim, enquanto a norma contábil sugere a divisão de circulante e</p><p>não circulante, a lei determina a segregação de ativos nesses dois grupos.</p><p>O que é LIQUIDEZ?</p><p>Na Contabilidade, liquidez está relacionada ao dinheiro, quanto mais rápido</p><p>um bem se transformar em dinheiro, mais líquido ele é. O caixa e o banco (conta</p><p>corrente) são os ativos mais líquidos da empresa, pois já são dinheiro.</p><p>Por outro lado, o direito de receber de clientes, as mercadorias, os</p><p>equipamentos, ainda</p><p>se transformarão em dinheiro e dependendo do tempo</p><p>estimado para essa transformação, eles são ordenados em :</p><p>ATIVO CIRCULANTE – recursos que serão realizados no curto prazo.</p><p>CURTO PRAZO - A 12 MESES DA DATA DO BALANÇO)</p><p>Por REALIZADOS entende-se:</p><p>TRANSFORMADOS EM DINHEIRO – como recebimento de duplicatas</p><p>VENDIDOS – como as mercadorias em estoque</p><p>CONSUMIDOS – como produtos de limpeza e outros materiais</p><p>Exemplo:</p><p>Uma concessionária vendeu um carro pelo valor de R$ 45 000,00 em</p><p>novembro de 2021. Esse valor foi parcelado em 36 vezes de R$ 1 250,00. O</p><p>fechamento contábil é feito no final de cada ano. Assim, as 12 parcelas que</p><p>serão recebidas em 2022 mais as duas parcelas de novembro e dezembro de</p><p>2022 representam ativos de curto prazo. As demais parcelas, que vencerão a</p><p>partir de janeiro de 2023 serão registradas como ativo não circulante.</p><p>Assim, R$ 17 500,00 (14 parcelas de R$ 1 250,00) devem ser registradad</p><p>como duplicatas a receber no ativo circulante e R$ 27 500,00 (22 parcelas de R$</p><p>1 250,00) como duplicatas a receber no ativo não circulante. Conforme o passar</p><p>do tempo, a Contabilidade transfere parte do valor do longo prazo para curto</p><p>prazo, sempre 12 meses da data do balanço.</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE – recursos realizados a longo prazo.</p><p>LONGO PRAZO – MAIS DE 12 MESES DA DATA DO BALANÇO.</p><p>Além da separação entre ATIVO CIRCULANTE E ATIVO NÃO</p><p>CIRCULANTE, os elementos do ATIVO são classificados em subgrupos de</p><p>forma a simplificar a apresentação do balanço.</p><p>Segundo Iudicibus e Marion, os principais subgrupos do ATIVO</p><p>CIRCULANTE são:</p><p>DISPONÍVEL – Caixa e quivalentes de caixa ( caixa, bancos, contas correntes e</p><p>aplicações financeiras de liquidez imediata)</p><p>CRÉDITOS – são valores ainda não recebidos, decorrentes de vendas de</p><p>produtos ou prestação de serviços a prazo, além de outros valores que a</p><p>empresa tenha o direito de receber ou recuperar.</p><p>ESTOQUES – são as mercadorias que serão revendidas. No caso de indústria,</p><p>são os produtos acabados, bem como matéria-prima e outros materiais que</p><p>compõem o produto em fabricação. Entram também materiais usados na</p><p>manutenção das atividades da empresa, como materiais de higiene e limpeza.</p><p>INVESTIMENTO TEMPORÁRIO – são aplicações feitas normalmente no</p><p>mercado financeiro, com o lucro de caixa, os quais serão resgatados no curto</p><p>prazo.</p><p>A quantidade de subgrupos e níveis de elementos deve ser determinada pela</p><p>necessidade de cada empresa.</p><p>O grupo do estoque é dividido nos seguintes subgrupos:</p><p>ESTOQUE DE MERCADORIAS</p><p>ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS</p><p>ESTOQUE DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO</p><p>ESTOQUE DE MATÉRIAS-PRIMAS</p><p>ESTOQUE DE MATERIAIS DIVERSOS</p><p>Por exemplo, na loja do João saõ vendidas, entre outras mercadorias, calças e</p><p>camisas. Para detalhar o ativo ficaria assim:</p><p>ATIVO</p><p>ATIVO CIRCULANTE</p><p>CALÇAS</p><p>CAMISAS</p><p>Para registrar os fatos contábeis, a Contabilidade usa um plano de contas</p><p>bastante detalhado, mas na hora de divulgar o balanço, são destacadas apenas os</p><p>grupos principais.</p><p>O ATIVO NÃO CIRCULANTE não possui um prazo definido para realização.</p><p>Por exemplo, quando uma empresa compra um equipamento ou adquire ações</p><p>de outra empresa, não existe um prazo certo para ela se desfazer desses</p><p>recursos.</p><p>O ATIVO NÂO CIRCULANTE é dividido nos seguintes subgrupos:</p><p>RESLIZÁVEL A LONGO PRAZO – estão incluídos nesse grupo os direitos</p><p>realizáveis após 12 meses da data do balanço, assim como os derivados de</p><p>vendas, adiatamentos ou empréstimos. Ficam registrados nesse grupo também</p><p>os valores a receber de partes relacionadas como diretores, acionistas, empresas</p><p>coligadas ou controladas.</p><p>INVESTIMENTOS – são as participações em outras sociedades, como</p><p>investimentos em coligadas ou controladas, aplicações de característica</p><p>permanente que não estejam relacionadas à atividade operacional da empresa,</p><p>como inóveis alugados a terceiros, obras de arte.</p><p>IMOBILIZADO – são os ativos que compõem a estrutura onde a empresa</p><p>realiza suas atividades, por esse motivo, esses itens não será vendidos, a não ser</p><p>que seja substituídos por novos ou mais modernos. Outra característica do</p><p>IMOBILIZADO é a sua vida útil, que precisa ser superior a um exercício</p><p>contábil.</p><p>INTANGÍVEL – são os direitos que tenhs por objeto bens incorpóreos,</p><p>destinados à manutençaõ da companhia ou exercidos com essa finalidade.</p><p>Exemplos: marcas e patentes, software.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS:</p><p>Para classificar eles elementos, é necessário saber sua função para a empresa,</p><p>pois um mesmo tipo de elemento pode servir de formas diferentes por empresas</p><p>distintas.</p><p>Como exemplo:</p><p>em uma concessionária, os veículos para venda devem ser registrados no</p><p>estoque, pois são os bens a serem comercializados.</p><p>Já em outras empresas os veículos usados para locomoção devem ser</p><p>registrados como imobilizado.</p><p>Empresas comerciais aplicam mais recursos no seu ativo circulante, ou seja,</p><p>no estoque, pois comprar e vendem mercadorias.</p><p>Empresas industriais aplicam mais recursos no seu ativo não circulante,</p><p>porque a transformação da matéria-prima em produto final requer o uso de</p><p>máquinas e equipamentos e esses fazem parte do ativo imobilizado.</p><p>Assim como o ATIVO, o PASSIVO possui estrutura que possibilita</p><p>identificar informações sobre a empresa.</p><p>O PASSIVO representa as obrigações da empresa, sendo dividido da seguinte</p><p>maneira:</p><p>PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Obrigações exigíveis Obrigações não exigíveis</p><p>O PASSIVO , que se refere às obrigações exigíveis, pode parecer algo</p><p>negativo para a empresa, pois representa as dívidas. Mas esse endividamento no</p><p>grupo passivo não é, em si, algo negativo, desde que a empresa administre seus</p><p>recursos de forma a conseguir pagar seus compromissos. Os passivos devem ser</p><p>muito bem administrados, porque uma empresa eindividada pode ir à falência.</p><p>OBRIGAÇÃO PRESENTE DA EMPRESA DE TRANSFERIR UM RECURSO</p><p>ECONÔMICO COMO RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS:</p><p>OBRIGAÇÃO PRESENTE DA ENTIDADE – o registro no passivo já confirma</p><p>obrigação de pagamento em nome da empresa.</p><p>Exemplo: uma empresa se compromete a comprar um valor X de mercadorias</p><p>por mês, isso não gera uma obrigação, mas um compromisso. A obrigação será</p><p>registrada quando o fornecedor emitir a nota fiscal de venda a prazo para a</p><p>empresa.</p><p>TRANSFERIR UM RECURSO ECONÔMICO – recursos econômicos são os</p><p>ativos, logo a liquidação resulta na saída dos ativos. Os ativos não se referem</p><p>apenas aos recursos disponíveis no caixa, ou seja, a liquidação não precisa ser</p><p>feito através de dinheiro, a empresa pode liquidar uma obrigação por meio da</p><p>saída de mercadorias.</p><p>COMO RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS – assim como não se pode</p><p>registrar um imóvel durante o processo de compra, não se deve registrar a</p><p>obrigação até que a compra seja finalizada.</p><p>O passivo é registrado por seu valor original e deve ser apresentado no</p><p>balanço por seu valor corrigido, que pode ser alterado por juros ou variações</p><p>monetárias.</p><p>O passivo circulante é composto pelas obrigações exigíveis que vencem no</p><p>cruto prazo, que é 12 meses da data do balanço. Ele apresenta os seguintes</p><p>grupos:</p><p>FORNECEDORES – obrigações de compras a prazo de mercadorias ou</p><p>matérias-primas.</p><p>SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS – obrigações trabalhistas e sociais com</p><p>funcionários, como salários, férias, 13º salários</p><p>OBRIGAÇÕES FISCAIS – obrigações tributárias, como impostos sobre vendas</p><p>(ICMS, PIS, COFINS, ISS) Imposto de Renda, Contribuição Social Sobre o</p><p>Lucro Líquido.</p><p>OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS – obrigações com instituições financeiras sobre</p><p>empréstimos e financiamentos.</p><p>CONTAS A PAGAR – obrigações de rotina da empresa, que não se enquadram</p><p>nos subgrupos anteriores como aluguel, luz, água, telefone.internet.</p><p>OUTRAS OBRIGAÇÕES – obrigação que não se enquadram nos demais</p><p>subgrupos, como adiantamento de clientes.</p><p>O nível de detalhamento dos elementos patrimoniais deve ser definido</p><p>conforme a necessidade da empresa. Como exemplo, para melhor evidenciar as</p><p>obrigações tributárias, a classficação poderia ser feita assim:</p><p>PASSIVO</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>Obrigações fiscais</p><p>Tributos sobre vendas</p><p>ICMS a recolher</p><p>PIS a recolher</p><p>COFINS a recolher</p><p>Tributos sobre o lucro</p><p>Imposto de Renda pessoa Jurídica a recolher</p><p>Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido a recolher</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO:</p><p>Pode ser definido como uma obrigação não exigível,, ou então uma sobra, em</p><p>situação positiva. Ambas estão corretas, é uma obrigação porque quando o sócio</p><p>investe na empresa, esta assume um compromisso para com o sócio e é uma</p><p>sobra pois representa a situação líquida da empresa, utilizar todo o ativo (bens e</p><p>direitos) para cobrir o passivo (obrigações exigíveis) e ainda sobram recursos,</p><p>que serão dos sócios.</p><p>Segundo o princípio da Contabilidade chamado entidade, o patrimônio de</p><p>cada empresa (pessoa jurídica) não pode ser confundido ou misturado com o</p><p>patrimônio de seus sócios ou acionistas (pessoa física). Quando o sócio investe na</p><p>empresa, a empresa passa a ter uma obrigação com o sócio.</p><p>Para reconhecer o patrimônio líquido como a situação líquida da empresa,</p><p>segue a seguinte equação:</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO</p><p>O patrimônio líquido corresponde à diferença entre o ativo e o passivo.</p><p>ELEMENTO PATRIMONIAL VALOR</p><p>ATIVOS</p><p>dinheiro e conta corrente R$ 8 000,00</p><p>roupas R$ 2 500,00</p><p>produtos de beleza R$ 800,00</p><p>calçados R$ 1 300,00</p><p>eletrodomésticos R$ 18 000,00</p><p>móveis R$ 23 000,00</p><p>veículo R$ 30 000,00</p><p>imóvel R$ 250 000,00</p><p>PASSIVOS</p><p>cartão de crédito a pagar R$ 2 000,00</p><p>plano de saúde a pagar R$ 500,00</p><p>energia elétrica a pagar R$ 300,00</p><p>telefone e internet a pagar R$ 200,00</p><p>financiamento a pagar R$ 75 000,00</p><p>Para encontrar o patrimônio líquido basta identificar os ativos e os</p><p>passivos , então aplicar a equação,</p><p>Total do ativo – 333 600,00</p><p>Total do passivo – 78 000,00</p><p>Patrimônio líquido = R$ 255 600,00</p><p>A definição de Patrimônio Líquido – é a participação residual nos ativos da</p><p>empresa, após a dedução de todos os seus passivos.</p><p>A participação residual é a sobra dos ativos, após deduzir todos os passivos.</p><p>O termo participação residual é mais próprio que o termo sobras, porque nem</p><p>sempre o patrimônio líquido é positivo, sobras. Quando o passivo é maior que o</p><p>ativo, o patrimônio líquido fica com valor negativo, isto quer dizer que usando</p><p>todos os bens e direitos para pagar as obrigações, não é o suficiente.</p><p>Nesse caso a participação residual traz a tona a responsabilidade dos sócios</p><p>sobre as dívidas da empresa., mas isso vai depender de como a empresa foi</p><p>constituída, existem categiruas em que, se a empresa vier a fali, o ´socio não</p><p>precisa usar recursos próprios (como pessoa física) para pagar as dívidas da</p><p>empresa, outro caso é que os bens dos sócios podem ser bloqueados até serem</p><p>efetuados os pagamentos de obrigações em nome da empresa.</p><p>Segue a divisão do patrimônio líquido:</p><p>CAPITAL SOCIAL – valores recebidos dos sócios e valores gerados pela</p><p>empresa que foram incorporados ao Capital (lucros a que os sócios renunciaram</p><p>e incorporaram como capital.</p><p>RESERVAS DE CAPITAL – valores recebidos que não transitaram pelo</p><p>resultado como receitas, pois são transações de capital com os sócios.</p><p>AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL - o ajuste de avaliação</p><p>patrimonial consiste na atualização do patrimônio para o valor justo, com a</p><p>intenção de reiterar (atualizar) os valores do negócio, mesmo que eles já tenham</p><p>sido informados nos balanços patrimoniais anteriores.</p><p>RESERVAS DE LUCROS – são lucros obtidos e reconhecidos pela empresa,</p><p>retidos com finalidade específica.</p><p>AÇÕES EM TESOURARIA – representam as ações da companhia que são</p><p>adquiridas pela própria sociedade (podem ser quotas, no caso das sociedades</p><p>limitadas).</p><p>PREJUÍZOS ACUMULADOS – são os resultados negativos gerados pela</p><p>empresa à espera de absorção futura, no caso de sociedade que não por ações,</p><p>podem ser Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois pode também abranger lucros</p><p>à espera de destinação futura.</p><p>ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL:</p><p>ATIVO</p><p>Ativo Circulante</p><p>Disponível</p><p>Caixa 15 000,00</p><p>Banco A 107 000,00</p><p>Aplicações finan. de liq. Imediata 24 000,00</p><p>Créditos</p><p>Duplicatas a receber 62 000,00</p><p>Impostos a recuperar 32 000,00</p><p>Estoque</p><p>Mercadorias 146 000,00</p><p>Materiais de consumo 19 000,00</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>Realizável a longo prazo</p><p>Duplicatas a receber 26 000,00</p><p>Investimentos</p><p>Investimento na coligada X 45 000,00</p><p>Imobilizado</p><p>Imóveis 310 000,00</p><p>Máquinas e Equipamentos 130 000,00</p><p>Veículos 87 000,00</p><p>( - ) Depreciação acumulada (50 000,00)</p><p>Intangível</p><p>Marcas e patentes 47 000,00</p><p>TOTAL DO ATIVO: 1 000 00,00</p><p>PASSIVO:</p><p>Passivo Circulante</p><p>Fornecedores</p><p>Fornecedor Y 73 000,00</p><p>Salários e encargos sociais</p><p>Salário a pagar 33 000,00</p><p>Férias a pagar 11 000,00</p><p>Obrigações fiscais</p><p>Impostos a recolher 62 000,00</p><p>Obrigações financeiras</p><p>Empréstimos e financiamentos 80 000,00</p><p>Passivo não circulantes</p><p>Obrigações financeiras</p><p>Empréstimos e financiamentos 111 000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social</p><p>Capital Social</p><p>Capital subscrito 430 000,00</p><p>Capital a integralizar ( 50 000,00 )</p><p>Reservas de lucros</p><p>Reservas de lucros para expansão 250 000,00</p><p>TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1 000 000,00</p><p>Quando se fala em resultado, no que diz respeito às questões financeiras,</p><p>logo pensamos em dinheiro, nas nossas finanças pessoais, se sobrou do nosso</p><p>salário no final do mês temos esse valor como resultado.</p><p>O resutaldo contábil apresentado na DRE não corresponde ao dinheiro</p><p>que a empresa possui, mas o desempenho da empresa no alcance de seus</p><p>objetivos.</p><p>A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) não é uma simples</p><p>apresentação de um resultados na comparação de ganhos e gastos, mas sim uma</p><p>demonstração que conta como a empresa alcançou lucro ou prejuízo durante um</p><p>período, demonstrando seu desempenho.</p><p>No BALANÇO PATRIMONIAL vemos apenas o saldo final do</p><p>resultado de cada exercício contábil, que se acumula ao longo do tempo.</p><p>Na DRE são demonstradas todas as receitas e todas as despesas que</p><p>geraram o resultado apresentado. Dessa forma, o raciocínio da apuração do</p><p>resultado é simples, é só subtrair o valor das despesas do valor das receitas.</p><p>RESULTADO = RECEITAS – (menos) DESPESAS</p><p>Se o valor das receitas for maior que o valor das despesas, tem-se um</p><p>lucro.</p><p>Se o valor das receitas for menor que o valor das despesas, tem-se um</p><p>prejuízo.</p><p>Por isso dizemos que a DRE é uma demonstração dinâmica e seu</p><p>resultado recebe nomes diferentes, conforme o tipo de empresa:</p><p>ENTIDADES COM FINALIDADE LUCRATIVA - LUCRO OU PREJUÍZO</p><p>ENTIDADE SEM FINALIDADE LUCRATIVA – SOBRAS OU PERDAS</p><p>ENTIDADE PÚBLICAS – SUPERÁVIT OU DÉFICIT.</p><p>O Balanço Patrimonial é um exemplo de demonstração estática, é uma</p><p>foto da empresa, que apresenta o conjunto de elementos patrimoniais – bens,</p><p>direitos e obrigações, em seu aspecto qualitativo (contábil) e quantitativo (valor)</p><p>em um determinado momento.</p><p>A DRE é um relatório dinâmico que funciona como um filme, que</p><p>conta como a empresa alcançou determinado resultado.</p><p>A história contada pela DRE tem como base a confrontação entre</p><p>receitas e despesas .</p><p>Vamos ver o que são RECEITAS e DESPESAS.</p><p>RECEITAS – é comum acharmos que a receita diz respeito à entradas de</p><p>dinheiro, mas nem toda receita aumenta o saldo de caixa.</p><p>Aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em</p><p>aumentos do patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>De forma geral, a RECEITA provoca aumento no patrimônio da</p><p>empresa. O melhor exemplo de RECEITA é a venda: quando a empresa vende</p><p>uma mercadoria, um produto ou presta um serviço, o seu patrimônio aumenta.</p><p>Vamos a um exemplo, para entender melhor:</p><p>Seu João compra uma calça por R$ 50,00 do fornecedor e a revende em</p><p>sua loja por R$ 80,00, ou seja, ele pega um bem que estava registrado no estoque</p><p>(balanço patrimonial) entrega para o cliente e recebe R$ 80,00 logo seu</p><p>patrimônio aumenta R$ 30,00. É importante destacar que os R$ 30,00 qua</p><p>sobraram são o resultado mas a RECEITA é R$ 80,00.</p><p>Além das vendas, os juros sobre aplicação financeira e os descontos</p><p>financeiros conseguidos são outros exemplos de receita.</p><p>NEM SEMPRE A RECEITA PROVOCA AUMENTO NO CAIXA OU NO</p><p>BANCO.</p><p>Aumentos nos ativos – quando a empresa vende mercadorias, isso provoca</p><p>aumento no caixa ou no banco, se for uma venda a vista, ou em duplicatas a</p><p>receber, se for uma venda a prazo. Os juro sobre aplicações financeiras também</p><p>aumentam o valor do investimento, sendo que esses investimentos, o caixa, o</p><p>banco e as duplicatas a receber são contas do grupo do ativo.</p><p>Redução nos passivos – quando a empres obtém um desconto, isso também</p><p>resulta em um patrimônio maior. Por exemplo: a empresa tem uma dívida no</p><p>valor de R$ 500,00 com o fornecedor, ao pagar ele dá um desconto de R$ 50,00,</p><p>assim com R$ 450,00 ela paga uma dívida de R$ 500,00 , ou seja, a diminuição</p><p>do passivo é maior que a saída de dinheiro do caixa.</p><p>Resultam em aumento do patrimônio líquido – esses valores positivos das</p><p>vendas, dos juros sobre aplicação ou dos descontos provocam aumento no</p><p>resultado da empresa, esse resultado é destacado no patrimônio líquido.</p><p>Exceto aqueles referentes à contribuição de detentores de direitos sobre o</p><p>patrimônio, ou seja, os sócios ou acionistas da empresa. Quando eles investem na</p><p>empresa, aplicam recursos no negócio, isso aumenta o patrimônio líquido, mas</p><p>esses investimentos não são considerados RECEITA.</p><p>A receita é algo positivo para a empresa, no entanto não podemos</p><p>enxergá-la como recebimento de dinheiro, pois mais cedo ou mais tarde as</p><p>receitas são transformadas em dinheiro: vendas a prazo, juros sobre aplicações,</p><p>mas é importante saber que a Contabilidade não registra a receita quando ela é</p><p>recebida, mas sim quando ela é gerada.</p><p>DESPESAS - também não é necessariamente saída de dinheiro.</p><p>DEFINIÇÃO DE DESPESA – Reduções nos ativos, ou aumento dos passivos,</p><p>que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto àqueles referentes a</p><p>distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio. A definição de</p><p>DESPESA é o contrário da definição de RECEITA. Assim, enquanto a receita</p><p>aumenta o patrimônio, a despesa diminui. Exemplos de despesas: salário,</p><p>aluguel, energia elétrica, internet, comissões, juros sobre empréstimos, descontos</p><p>concedidos e depreciação (perda de valor de um bem decorrente de seu uso,</p><p>do desgaste natural ou de sua obsolescência ). Perceba que não se falou</p><p>em fornecedores. Como aprendemos na conta contábil, aos</p><p>fornecedores pertence a dívida da empresa pela compra de</p><p>mercadorias a prazo. Porque os fornecedores não aparecem aqui, não</p><p>constam nas despesas da empresa? Porque quando a empresa compra</p><p>mercadorias, à vista ou a prazo, ela recebe em troca a própria</p><p>mercadoria, um bem que vai ser registrado no ativo. Isso equilibra o</p><p>patrimônio .</p><p>Como exemplo vamos imaginar que a empresa comprou R$ 5 000,00 em</p><p>mercadorias. O que isso provocou no patrimônio da empresa?</p><p>Se a compra foi à vista, saíram R$ 50,00 do caixa</p><p>Se a compra foi a prazo gerou-se uma dívida de R$ 5 000,00</p><p>Mas em contrapartida, ela recebeu R$ 5 000,00 em mercadorias.</p><p>Se a empresa contrata uma recepcionista, ela paga pelos serviços mas</p><p>não recebe nada em troca, algo que dê para registrar no ativo, ela é</p><p>essencial para o andamento do negócio mas não pode ser registrada</p><p>como elemento patrimonial.</p><p>O pagamento de salário provoca a saída de dinheiro do caixa,</p><p>mas não</p><p>tem retorno direto ou não tem retorno de outro elemento</p><p>patrimonial como o dinheiro.</p><p>Se uma empresa contratou um empréstimo de R$ 10 000,00 mas será</p><p>pago o total de R$ 15 000,00 em função dos juros, a empresa recebe da</p><p>instituição o valor de R$ 10 000,00 que é registrado no ativo e a</p><p>despesa são os R$ 5 000,00 de juros.</p><p>Fica a pergunta, as despesas correspondem às saídas de</p><p>dinheiro que não possuem uma contrapartida direta? Não, exatamente!</p><p>Nem todas as despesas provocam saída de dinheiro. A depreciação é</p><p>um tipo de despesa que não interfere no saldo de caixa, ela diz respeito</p><p>à perda da capacidade dos bens do ativo imobilizado. Conforme a</p><p>empresa usa um equipamento, o seu valor de aquisição é apropriado</p><p>como despesa ao longo de sua vida útil e quando essa chegar ao fim</p><p>seu valor contábil será zero. O mesmo acontece com a amortização e</p><p>exaustão. A apropriação do valor do bem como despesa ao longo da</p><p>vida útil recebe nomes diferentes, conforme veremos a seguir:</p><p>DEPRECIAÇÃO – BENS TANGÍVEIS</p><p>AMORTIZAÇÃO – BENS INTANGÍVEIS</p><p>EXAUSTÃO – RECURSOS NATURAIS</p><p>Um exemplo:</p><p>Seu João pagou R$ 75 000,00 pelo ponto comercial em que instalou sua</p><p>loja. Considere que esse valor corresponde ao direito de utilizar o ponto</p><p>por cinco anos. Assim, a amortização é calculada da seguinte forma:</p><p>Amortização anual – R$ 75 000,00 / 6 anos = R$ 15 000,00</p><p>Amortização mensal – R$ 15 000,00 / 12 meses = R$ 1 250,00</p><p>Isso significa que a empresa deverá apropriar uma amortização no</p><p>valor de R$ 15 000,00 por ano ou R$ 1 250,00 por mês, que no caso será</p><p>registrada como despesa.</p><p>Outra despesa que não provoca saída de dinheiro é a</p><p>correspondente a descontos concedidos. Exemplo:</p><p>Em uma venda de R$ 600,00 a empresa concedeu um desconto de</p><p>10%, ela deixará de receber R$ 60,00, esse valor é computado como</p><p>despesa.</p><p>Um último exemplo de despesa é a saída de mercadorias do</p><p>estoque, como a dívida com fornecedores não é despesa mas as</p><p>mercadorias são?</p><p>Vamos utilizar o conceito de despesa dado por Marion que diz: a</p><p>despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter receita,</p><p>ou seja, quando a empresa entrega uma mercadoria para um cliente, ela</p><p>faz o sacrifício de de se desfazer de um bem registrado no ativo, no</p><p>grupo do estoque, para transformá-lo em receita. Resumindo, enquanto</p><p>a mercadoria está no estoque, ela é um bem para a entidade; quando</p><p>ela é vendida, passa acorresponder a um sacrifício para gerar receita,</p><p>então se torna uma despesa, qua chamamos CUSTO DAS</p><p>MERCADORIAS VENDIDAS. Assim acontece com todos os materiais</p><p>consumidos pela empresa, como materiais de limpeza e higiene,</p><p>quando são comprados são registrados no estoque , pois representam</p><p>bens e quando são consumidor, utilizados ou vendidos transformam-se</p><p>em despesa.</p><p>Vamor compreender a despesa segundo o conceito apresentado</p><p>pelas normas contábeis.</p><p>REDUÇÕES NOS ATIVOS – despesa como aluguel provoca saída de</p><p>dinheiro do caixa, que é um ativo,; saída de itens do estoque, para</p><p>venda ou consumo, provoca diminuição no grupo do estoque que é do</p><p>ativo; depreciação, amortização e exaustão provocam diminuição no</p><p>valor de bens do ativo imobilizado ou intangível.</p><p>AUMENTO NOS PASSIVOS - juros sobre empréstimos a pagar</p><p>aumentam o valor da dívida</p><p>RESULTAM EM REDUÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – as despesas</p><p>provocam diminuição no resultado da empresa; esse resultado é</p><p>declarado no patrimônio líquido.</p><p>EXCETO AQUELES REFERENTES A DISTRIBUIÇÕES AO DETENTORES</p><p>DE DIREITOS SOBRE O PATRIMÔNIO – a distribuição de lucros para os</p><p>sócios ou acionistas, assim como o desligamento destes, provoca a diminuição do</p><p>patrimônio líquido, mas NÃO são considerados como despesas.</p><p>É importante destacar que por mais que algumas despesas provoquem a</p><p>saída de dinheiro do caixa, o reconhecimento da despesa não está associado a</p><p>essa saída, mas sim com o fato que gera a despesa. Exemplo:</p><p>Por mais que o salário dos funcionários provoque a saída de dinheiro da</p><p>empresa, a despesa não é contabilizada na data do pagamento do salário, no caso</p><p>até o quinto dia útil de cada mês. Na verdade, a despesa com o salário é</p><p>reconhecida no momento em que a empresa calcula a folha de pagamento,</p><p>normalmente no último dia de cada mês. Parece sem importância, mas alguns</p><p>dias a mais para uma empresa faz toda diferença, o reconhecimento de uma</p><p>despesa em uma data errada interfere diretamente na apuração do resultado.</p><p>DIFERENÇA ENTRE REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA:</p><p>É o momento do reconhecimento das receitas e das despesas.</p><p>REGIME DE CAIXA - a receita é contabilizada no momento do seu</p><p>recebimento , isto é, quando entra dinheiro no caixa (equivalente de caixa)</p><p>assim como a despesa é contabilizada no momento do pagamento, quando sai</p><p>dinheiro do caixa (equivalente de caixa).</p><p>Assim, o resultado apurado pelo regima de caixa será correspondente ao</p><p>saldo da conta caixa no final do período contábil. Podemos então associar o</p><p>regima de caixa a um controle de entradas e saídas do caixa, o que é muito</p><p>importante para qualquer entidade contábil e para pessoas físicas também.</p><p>CAIXA – dinheiro à disposição, papel moeda, na conta corrente bancária e em</p><p>plicações de liquidez imediata.</p><p>REGIME DE COMPETÊNCIA – apura o resultado contábil segue os conceitos</p><p>de receita e despesa apresentados anteriormente. Nele, as receitas e despesas são</p><p>fatores independentes das entradas e saídas do caixa. A receita é contabilizada</p><p>no período em que for gerada, independente do seu recebimento, assim como a</p><p>despesa é contabilizada no período em que for consumida, incorrida ou</p><p>utilizada, independente do pagamento.</p><p>O resultado apurado pelo regima de competência é independente do saldo</p><p>em caixa ao final do período, contudo ele evidencia o desempenho da empresa de</p><p>forma mais justa e coerente. Exemplo:</p><p>Quando iniciou a loja, no mês de janeiro, seu João fez uma compra de</p><p>mercadorias (roupas)</p><p>à vista, no valor de R$ 10 000,00. Para atrair clientes, essas mercadorias foram</p><p>vendidas a prazo, em duas parcelas, sem juros com o primeiro pagamento para</p><p>fevereiro. Em janeiro, João conseguiu vender 60% do estoque pelo valor de R$</p><p>15 000,00, sendo que R$ 7 500,00 foram recebidos em fevereiro e os outros</p><p>R$ 7 500,00 em março. Vamos apurar o resultado:</p><p>JANEIRO FEVEREIRO MARÇO</p><p>(+) RECEITA R$ 0,00 R$ 7 500,00 R$ 7 500,00</p><p>( -) DESPESA (R$ 10 000,00) R$ 0,00 R$ 0,00</p><p>(=) RESULTADO ( R$ 10 000,00) R$ 7 500,00 r$ 7 500,00</p><p>No mês de janeiro houve a saída de R$ 10 000,00 na compra de mercadorias mas</p><p>não houve entrada de dinheiro, a empresa ficou com prejuízo.</p><p>Nos meses de fevereiro e março, não havendo novas vendas e como ela recebeu</p><p>as parcelas das vendas de janeiro, houve o pagamento de R$ 7 500,00 de receita</p><p>de fevereiro e de R$ 7 500,00 em março. Como não houve desembolso nesses</p><p>meses, a empresa apurou lucro nos dois períodos.</p><p>O REGIME DE CAIXA E RECONHECE AS RECEITAS E DESPESAS</p><p>CONFORME A ENTRADA E SAÍDA DE DINHEIRO</p><p>O REGIME DE COMPETÊNCIA – VOCE RECONHECE AS RECEITAS E</p><p>DESPESAS NO PERÍODO EM QUE FORAM GERADAS.</p><p>A Contabilidade utiliza o regime de competência para apuração do</p><p>resultado.</p><p>O que você deve prestar atenção é que os fatos são os mesmos, é só você</p><p>imaginar a rotina de uma empresa: a diferença está em reconhecer ou não a</p><p>receita ou a despesa no mês desejado.</p><p>Pelo regime de CAIXA, os fatos que provocaram saída de dinheiro –</p><p>compra de mercadorias à vista, pagamento de salário e pagamento de aluguel –</p><p>foram reconhecidos como despesa do período, assim como os fatos que</p><p>provocaram entrada de dinheiro nesse mesmo mês – vendas a vista e</p><p>recebimento de vendas - foram reconhecidos como receita do período, gerando</p><p>um resultado.</p><p>Pelo regime</p><p>de Competência, os fatos que geraram receita nesse mês-vendas</p><p>à vista e vendas a prazo – foram reconhecidos como receita do período, assim</p><p>como os fatos que geraram depesa nesse mês – saída de mercadorias do estoque</p><p>e aluguel do mês em uso – foram registrados como despesa no período, gerndo</p><p>um resultado.</p><p>Porque a compra de mercadorias a prazo não foi registrada em nenhum</p><p>regime? Como foi a prazo, não é uma despesa no regime de caixa e como foi uma</p><p>compra de mercadoria e não saída (sacrifício), não representa uma despesa para</p><p>o regime de competência.</p><p>Além de apresentar o desempenho da entidade de forma mais coerente, o</p><p>regime de competência permite maior uniformidade na apuração do resultado,</p><p>principalmente am situações de despesas antecipadas.</p><p>Como exemplo de despesas antecipadas, podemos obrservar os seguros, pois</p><p>a empresa paga antecipadamente para usufruir dos seus benefícios em períodos</p><p>futuros.</p><p>Imagine que uma empresa tenha contratado um seguro para o prédio</p><p>industrial no mês dejaneiro. Para tanto, ela pagou à vista o valor de</p><p>R$ 12 000,00. Esse seguro terá vigência de seis meses. O registro da despesa com</p><p>o seguro será feita da seguinte maneira:</p><p>REGIMES</p><p>JAN MAR ABR MAIO JUN JUL</p><p>CAIXA 12 000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00</p><p>COMPETÊNCIA 2 000,00 2 000,00 2 000,00 2 000,00 2 000,00 2 000,00</p><p>No regime de caixa toda despesa com seguro foi reconhecida no mês de</p><p>janeiro, o que causa impacto na apuração do resultado do mês de janeiro.</p><p>No regime de competência a despesa é distribuída ao longo se seu período</p><p>de validade, uma vez que o fato geraldor da despesa é seu uso.</p><p>ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO:</p><p>A DRE usa o regime de competência para evidenciar o desempenho da</p><p>empresa e segue uma organização que permite ao usuário identificar uma série</p><p>de informações sobre como a empresa alcançou um certo resultado num</p><p>período.</p><p>Descrições dos principais</p>