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<p>TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ</p><p>15ª CÂMARA CÍVEL</p><p>Autos nº. 0005320-02.2024.8.16.0056</p><p>Embargos de Declaração Cível n° 0005320-02.2024.8.16.0056 ED</p><p>2ª Vara Cível de Cambé</p><p>Embargante(s): Crefisa S/A Crédito, Financiamento e Investimento</p><p>Embargado(s): JOÃO PEREIRA DA SILVA</p><p>Relator: Desembargador Jucimar Novochadlo</p><p>EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO</p><p>CONTRATUAL. JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO. POSSIBILIDADE.</p><p>ABUSIVIDADE DEMONSTRADA. VÍCIOS NO JULGADO. INEXISTÊNCIA. Q</p><p>UESTÕES DECIDIDAS DE FORMA CONTRÁRIA AOS INTERESSES DO</p><p>EMBARGANTE. REDISCUSSÃO. DESCABIMENTO.  2. PREQUESTIONAMENTO.</p><p>EXPRESSA MENÇÃO AOS DISPOSITIVOS INVOCADOS PELO EMBARGANTE.</p><p>DESNECESSIDADE.</p><p>1.Os embargos de declaração são cabíveis somente para sanar omissão,</p><p>obscuridade ou contradição contida no julgado, ou ainda, para sanar erro</p><p>material. Ausente qualquer dessas hipóteses, devem ser rejeitados os</p><p>aclaratórios.</p><p>2. Não se admitem os embargos de declaração para fins de</p><p>prequestionamento se não nas hipóteses previstas no artigo 535 do CPC,</p><p>sendo dispensável a menção expressa a dispositivos de lei federal, bastando</p><p>o enfrentamento das teses jurídicas a ela relacionadas.</p><p>Embargos de Declaração não acolhidos.</p><p>Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração nº</p><p>0005320-02.2024.8.16.0056 ED, de Cambé, 2ª Vara Cível, em que figura como embargante Crefisa S/A</p><p>Crédito, Financiamento e Investimento e embargado João Pereira da Silva.</p><p>1. Trata-se de embargos de declaração opostos por Crefisa S/A, Crédito,</p><p>, em face de acórdão que negou provimento ao recurso do agenteFinanciamento e Investimento</p><p>financeiro, e de consequência manteve a sentença que limitou os juros remuneratórios à média de mercado,</p><p>nos termos da fundamentação.</p><p>Nas razões recursais, sustenta o embargante, em síntese: a) que o acórdão ora</p><p>embargado foi contraditório ao recente entendimento consolidado quando do julgamento do REsp 1821182</p><p>/RS, notadamente quanto ao reconhecimento pela Colenda Corte Cidadã acerca da impossibilidade de se</p><p>utilizar “taxa média de mercado” como ferramenta exclusiva para aferir a abusividade do percentual da taxa</p><p>de juros remuneratórios definido em contrato e para pautar o novo percentual a ser aplicado em substituição,</p><p>tendo em vista que a “taxa média de mercado” é uma média e a abusividade deve ser aferida caso a</p><p>caso;   b)  que as taxas médias divulgados pelo Banco Central do Brasil deixam de considerar as</p><p>características individuais de cada contratação, como por exemplo, os prazos das contratações, que podem</p><p>ser mais longos ou curtos; à existência ou não de garantias; os processos de fidelização do cliente, o que</p><p>garante taxas mais baixas; ou ainda relativas aos encargos pós-fixados; c) que os números consolidados e</p><p>divulgados pelo Banco Central do Brasil como "taxa média de mercado" envolvem operações com perfis</p><p>completamente distintos da Embargante, tendo em vista que grande parte das instituições financeiras não</p><p>atuam nesse nicho de mercado e, portanto, não estão sujeitas aos riscos altos; d) o prequestionamento da</p><p>matéria e dos artigos art. 1º, III, da CF, art. 5º, III, da CF, art. 5º, V, da CF, art. 5º, X, da CF, art. 5º, XXXII, da</p><p>CF, art. 5º, XXXV, da CF, art. 5º, LIV, da CF, art. 5º, LV, da CF, art. 5º, LVII, da CF, art. 5º, LXIV, da CF, art.</p><p>37, caput, da CF, art. 93, IX, da CF, art. 421 do CC/02, art. 355, inc. I e II, do CPC, art. 356, inc. I e II do</p><p>CPC.</p><p>O embargado não apresentou resposta.</p><p>.É o relatório</p><p>2. Presentes os requisitos e pressupostos de admissibilidade, conheço o recurso.</p><p>Nos termos do artigo 1.022, do Novo CPC, cabem embargos de declaração quando</p><p>ocorrer no julgado obscuridade, contradição, se for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o</p><p>tribunal ou, ainda, para corrigir erro material.</p><p>Infere-se, pois, que a função primordial dos embargos é completar o julgado para</p><p>torná-lo inteligível, inequívoco e completo. Ou, em outras palavras, declarar o “o exato conteúdo material da</p><p>”. Não é o que se constata aqui.decisão[1]</p><p>No caso, apesar da argumentação apresentada pelo embargante, inexiste qualquer</p><p>vício no v. acórdão capaz de ensejar o acolhimento destes declaratórios.</p><p>Com efeito, conforme claramente exposto nos fundamentos do acórdão, pacificou-se</p><p>na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que a adoção da taxa média de</p><p>mercado se dará somente quando demonstrada a abusividade da taxa de juros remuneratórios aplicada, fato</p><p>que ocorreu no caso em estudo.</p><p>Para que não pairem dúvidas, vale destacar os fundamentos do v. acórdão, o qual foi</p><p>proferido de acordo com as provas colacionadas aos autos e com o entendimento desta 15ª Câmara Cível</p><p>sobre o tema:</p><p>“Juros Remuneratórios</p><p>Sustenta o agente financeiro/apelante que os empréstimos realizados pela Crefisa</p><p>possuem altos índices de inadimplência, pois os clientes não deixam saldo em conta</p><p>corrente para realização dos débitos, ou qualquer tipo de garantia. Afirma que não há</p><p>limitação legal na cobrança de juros compensatórios e que os juros compensatórios</p><p>só devem ser limitados em situações excepcionais, devendo ser examinado o caso</p><p>concreto e verificado os requisitos necessários para a revisão. Argumenta a</p><p>impossibilidade de se utilizar a taxa média de juros divulgada pelo Bacen como único</p><p>método para aferir abusividade, pois se trata de diferentes particularidades e que a</p><p>taxa cobrada não é abusiva, tampouco superior àquela de valor de mercado.</p><p>Subsidiariamente, requer a limitação dos juros remuneratórios à uma vez e meia da</p><p>média de mercado. Por fim, requer a improcedência da ação, mantendo-se os juros</p><p>remuneratórios tal como pactuados ou, pelo princípio da eventualidade, sejam, os</p><p>juros compensatórios limitados à média de mercado.</p><p>Pois bem. Como se sabe, pacificou-se na jurisprudência do Superior Tribunal de</p><p>Justiça o entendimento de que a adoção da taxa média de mercado se dará somente</p><p>quando demonstrada a abusividade da taxa de juros remuneratórios aplicada.</p><p>Assim, a abusividade da taxa de juros pactuada no contrato deve ser cabalmente</p><p>demonstrada em cada caso, com a comprovação do desequilíbrio contratual ou de</p><p>lucros excessivos, sendo insuficiente o só fato de a estipulação ultrapassar 12% ao</p><p>ano ou de haver estabilidade inflacionária no período . A propósito:</p><p>[2]</p><p>“(...) 4. Quanto aos juros remuneratórios, as instituições financeiras não se sujeitam</p><p>aos limites impostos pela Lei de Usura (Decreto 22.626/1933), em consonância com a</p><p>Súmula 596/STF, sendo inaplicáveis, também, os arts. 406 e 591 do CC/2002. Além</p><p>disso, a simples estipulação dos juros compensatórios em patamar superior a 12% ao</p><p>ano não indica abusividade. Para tanto, é necessário estar efetivamente comprovado</p><p>nos autos a exorbitância das taxas cobradas em relação à taxa média do mercado</p><p>específica para a operação efetuada, oportunidade na qual a revisão judicial é</p><p>permitida, pois demonstrados o desequilíbrio contratual do consumidor e a obtenção</p><p>de lucros excessivos pela instituição financeira .”</p><p>Ainda, ressalte-se o disposto no enunciado n° 382 da Súmula do Superior Tribunal de</p><p>Justiça: "a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só,</p><p>não indica abusividade".</p><p>A orientação do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que se admite a revisão</p><p>das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que</p><p>caracterizada a relação de consumo e que a abusividade, capaz de colocar o</p><p>consumidor em desvantagem exagerada – art. 51, § 1º, do CDC, fique cabalmente</p><p>demonstrada ante as peculiaridades do julgamento em concreto.</p><p>Cita-se como precedente:</p><p>“(...). Com efeito, a jurisprudência desta Corte é assente no sentido de que os juros</p><p>remuneratórios cobrados pelas instituições financeiras não sofrem a limitação imposta</p><p>pelo Decreto nº 22.626/33 (Lei de Usura), a teor do disposto na Súmula 596/STF (cf.</p><p>REsp n.º 1.061.530/RS, de 22.10.2008, julgado pela Segunda Seção segundo o rito</p><p>dos recursos repetitivos).</p><p>De qualquer sorte, imprescindível, uma vez desconstituído o</p><p>aresto hostilizado no</p><p>ponto, a aferição de eventual abusividade dos juros remuneratórios ajustados entre</p><p>as partes, por força do art. 51, inc. IV, do CDC.</p><p>Para essa tarefa, a orientação deste Tribunal Superior toma por base os parâmetros</p><p>referentes à taxa média de mercado praticada pelas instituições financeiras do país,</p><p>mas não a erigindo como um teto das contratações.</p><p>Logo, para que se reconheça abusividade no percentual de juros, não basta o fato de</p><p>a taxa contratada suplantar a média de mercado, devendo-se observar uma</p><p>tolerância a partir daquele patamar, de modo que a vantagem exagerada,</p><p>justificadora da limitação judicial, só emergirá quando o percentual avençado</p><p>exacerbar uma vez e meia ao dobro ou ao triplo da taxa média de mercado.</p><p>Conforme o aresto estadual, o contrato celebrado em 12 de janeiro de 2007, aponta</p><p>taxa de juros no patamar de 35,53% ao ano. De outro lado, a taxa média de mercado</p><p>divulgada pelo Banco Central do Brasil para o mês da contratação compreendeu</p><p>32,68% ao ano.</p><p>Nesse contexto, o recurso da casa bancária deve ser provido no ponto com o</p><p>restabelecimento da taxa contratada pelas partes. (...)”.[3]</p><p>Necessário lembrar que o simples fato de a taxa de juros ser flutuante não acarreta a</p><p>limitação. É que as taxas de juros sofrem variações constantemente e se modificam</p><p>de acordo com as condições apresentadas pelo mercado financeiro em determinada</p><p>época.</p><p>Ademais, a fim de estabelecer um parâmetro razoável, segundo o qual, poderiam</p><p>oscilar os percentuais dos juros remuneratórios, tendo-se em conta a taxa média do</p><p>mercado, o Superior Tribunal de Justiça está a considerar abusiva as taxas</p><p>superiores: a) uma vez e meia; b) ao dobro; c) ou ao triplo da taxa média de mercado,</p><p>consoante jurisprudência proferida em sede de recurso repetitivo. Vale destacar parte</p><p>da fundamentação:</p><p>“A taxa média apresenta vantagens porque é calculada segundo as informações</p><p>prestadas por diversas instituições financeiras e, por isso, representa as forças do</p><p>mercado. Ademais, traz embutida em si o custo médio das instituições financeiras e</p><p>seu lucro médio, ou seja, um 'spread' médio. É certo, ainda, que o cálculo da taxa</p><p>média não é completo, na medida em que não abrange todas as modalidades de</p><p>concessão de crédito, mas, sem dúvida, presta-se como parâmetro de tendência das</p><p>taxas de juros. Assim, dentro do universo regulatório atual, a taxa média constitui o</p><p>melhor parâmetro para a elaboração de um juízo sobre abusividade. Como média,</p><p>não se pode exigir que todos os empréstimos sejam feitos segundo essa taxa. Se isto</p><p>ocorresse, a taxa média deixaria de ser o que é, para ser um valor fixo. Há, portanto,</p><p>que se admitir uma faixa razoável para a variação dos juros. A jurisprudência,</p><p>conforme registrado anteriormente, tem considerado abusivas taxas superiores a uma</p><p>vez e meia (voto proferido pelo Min. Ari Pargendler no REsp 271.214/RS, Rel. p.</p><p>Acórdão Min. Menezes Direito, DJ de 04.08.2003), ao dobro (Resp 1.036.818,</p><p>Terceira Turma, minha relatoria, DJe de 20.06.2008) ou ao triplo (REsp 971.853/RS,</p><p>Quarta Turma, Min. Pádua Ribeiro, DJ de 24.09.2007) da média. Todavia, esta</p><p>perquirição acerca da abusividade não é estanque, o que impossibilita a adoção de</p><p>critérios genéricos e universais. A taxa média de mercado, divulgada pelo Banco</p><p>Central, constitui um valioso referencial, mas cabe somente ao juiz, no exame das</p><p>peculiaridades do caso concreto, avaliar se os juros contratados foram ou não</p><p>abusivos.(...) ” (STJ. REsp n. 1061530, 2ª Seção, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ</p><p>10.03.2009)</p><p>No caso, analisando o contrato acostado aos autos (mov. 23), verifica-se que foi</p><p>firmado para pagamento mediante parcelas fixas e com taxa de juros já fixada.</p><p>Confira-se:</p><p>Por outro lado, da simples análise das taxas divulgadas pelo Bacen, para operações</p><p>de crédito pessoal não consignado, como no caso, verifica-se que os juros</p><p>contratados excederam consideravelmente a média de mercado. Vejamos :[4]</p><p>Como se vê, a taxa de juros pactuadas foram bem superiores à taxa média divulgada</p><p>pelo Bacen para operações semelhantes.</p><p>Assim, diante da demonstração da abusividade das taxas contratadas, deve ser</p><p>mantida a sentença que limitou os juros remuneratórios à média de mercado nos</p><p>contratos questionados.</p><p>Nesse sentido:</p><p>Revisional. Contrato bancário de empréstimo pessoal. Juros remuneratórios.</p><p>Percentual superior a três vezes os juros de mercado. Limitação à taxa média de</p><p>mercado. Danos morais. Inexistência. Adequação do valor da condenação na</p><p>reconvenção remetido à liquidação de sentença. Apelação conhecida e provida em</p><p>parte. (TJPR - 15ª C.Cível - 0021038-30.2018.8.16.0030 - Foz do Iguaçu -  Rel.:</p><p>Desembargador Hamilton Mussi Corrêa -  J. 02.10.2019)</p><p>AÇÃO REVISIONAL - CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO DE</p><p>VEÍCULO COM GARANTIA FIDUCIÁRIA - SENTENÇA DE PARCIAL</p><p>PROCEDÊNCIA - RECURSOS DE AMBAS AS PARTES - DESPROVIMENTO DAS</p><p>PRETENSÕES REVISIONAIS ACOBERTADAS PELA COISA JULGADA -</p><p>CONSTATAÇÃO DE ABUSIVIDADE DA TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS</p><p>CONTRATADA, POR SUPERAR O TRIPLO DA TAXA MÉDIA - LIMITAÇÃO À TAXA</p><p>MÉDIA DE MERCADO DIVULGADA PELO BACEN PARA OPERAÇÃO DA MESMA</p><p>NATUREZA NA ÉPOCA DO CONTRATO - LEGALIDADE DA CAPITALIZAÇÃO DE</p><p>JUROS - FINANCIAMENTO CONTRAÍDO EM VALOR CERTO, COM ENCARGOS</p><p>PRÉ-FIXADOS E PARCELAS MENSAIS FIXAS - ACEITAÇÃO PELO MUTUÁRIO E</p><p>BOA-FÉ CONTRATUAL - JUROS CAPITALIZADOS CONTRATADOS - MORA</p><p>DESCARACTERIZADA - NECESSIDADE DE RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO, SOB</p><p>PENA DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA -</p><p>REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA, COM REDISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL</p><p>DOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. Apelação 1 desprovida e Apelação 2 provida em</p><p>parte. (TJPR - 15ª C.Cível - AC - 1673842-4 - Arapongas -  Rel.: Juíza Elizabeth M F</p><p>Rocha - Unânime -  J. 29.05.2019)”.</p><p>Como se vê, todas as questões foram devidamente tratadas e esclarecidas na</p><p>decisão ora embargada, inexistindo qualquer vício a ser sanado na espécie.</p><p>Cumpre ainda ressaltar que o julgador não está obrigado a responder todas as</p><p>alegações das partes quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundamentar a decisão, nem se</p><p>obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas. É a aplicação do princípio , ou seja, ojura novit curia</p><p>juiz aplica o direito aos fatos, independentemente do direito invocado.</p><p>Logo, inexiste qualquer vício no julgado, razão pela qual, deve ser mantida a decisão</p><p>colegiada na íntegra.</p><p>Ainda, insta registrar, que o prequestionamento não torna prescindível a configuração</p><p>de uma das hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e, que no caso dos autos, não se</p><p>verificando os vícios apontados, descabida é a pretensão do mesmo. Nesse sentido:</p><p>“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - INOCORRÊNCIA -</p><p>PREQUESTIONAMENTO - PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA</p><p>SUFICIENTEMENTE ESCLARECIDA - REJEIÇÃO.</p><p>Não padecendo o acórdão do vício de omissão alegados, é de rigor a rejeição dos</p><p>embargos de declaração, até porque estes não se prestam para rediscussão de</p><p>questão já suficientemente esclarecida. O cabimento de embargos de declaração</p><p>para fins de prequestionamento somente pode ocorrer quando não se enfrenta a</p><p>tese jurídica tida como violadora de lei federal ou da Constituição Federal, o que</p><p>impede, no entanto, que se chegue ao extremo de se exigir que a decisão recorrida</p><p>explicite aquelas disposições tidas como violadas”.</p><p>[5]</p><p>“Embargos de declaração. Omissões. Inexistência. Finalidade de</p><p>prequestionamento. Ausência de indicação das hipóteses do artigo 535 do CPC.</p><p>Impossibilidade. Embargos rejeitados. 1- Inexistindo a omissão apontada, os</p><p>embargos devem ser rejeitados. 2- Ainda que opostos com a finalidade de</p><p>prequestionamento, os embargos de declaração somente podem ser acolhidos se</p><p>demonstrada a existência de contradição, obscuridade ou omissão na decisão</p><p>embargada. Art. 535 do CPC. 3- Embargos de declaração rejeitados”.</p><p>[6]</p><p>3. Diante do exposto, não se acolhe o recurso de embargos de declaração, nos</p><p>termos da fundamentação.</p><p>Teixeira Filho, Manoel Antonio. Os embargos de declaração na justiça do trabalho. São Paulo : LTr, p.</p><p>28[1]</p><p>STJ. REsp 615.012/RS, Rel. Ministro  Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 01/06/2010, DJe 08/06/2010[2]</p><p>STJ, REsp 1291711, Relator Ministro Marco Buzzi, DJ 25.04.2013, grifo nosso[3]</p><p>https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores[4]</p><p>TJ/PR - 15ª Câmara Cível – Embargos de Declaração 0334158-2/01 – Rel.[5] Fábio Haick Dalla Vecchia</p><p>TJ/PR - 15ª Câmara Cível –Embargos de Declaração Cível - 0319935-3/02 - Luiz[6] Carlos Gabardo</p><p>Ante o exposto, acordam os Desembargadores da 15ª Câmara Cível do</p><p>TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ, por unanimidade de votos, em julgar EMBARGOS DE</p><p>DECLARAÇÃO NÃO-ACOLHIDOS o recurso de Crefisa S/A Crédito, Financiamento e Investimento.</p><p>O julgamento foi presidido pelo (a) Desembargador Luiz Carlos</p><p>Gabardo, sem voto, e dele participaram Desembargador Jucimar Novochadlo (relator), Desembargador</p><p>Luiz Cezar Nicolau e Desembargadora Luciane Bortoleto.</p><p>30 de agosto de 2024</p><p>Desembargador Jucimar Novochadlo</p><p>Juiz (a) relator (a)</p>

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