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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO</p><p>CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS</p><p>DIREITOS HUMANOS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS</p><p>PROFESSOR: ELÍDIO ALEXANDRE BORGES MARQUES</p><p>ALUNO: EDUARDO SANTOS MAIA</p><p>Fichamento referente à aula 03 “A Declaração Universal, Os Pactos de 66 e as Convenções Estruturantes” com base no texto “MARQUES, Elídio. A EMERGÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS: de “promessas nacionais” a parte fundamental do Direito Internacional. In: Educação em Direitos Humanos e Diversidade: diálogos interdisciplinares. [Maceió]; [Alagoas]; [Brasil]; [Edufal]; [impresso]; [ISBN 978-85-7177-693-7]; [2012]; (no prelo)”</p><p>1.</p><p>A partir das grandes revoluções burguesas ocorreu a formalização do conceito de direitos ainda que de forma limitada e restrita. O grande salto dos direitos se deu após a Segunda Guerra Mundial quando os direitos passaram a ser formalmente aceitos de forma incondicional a todos.</p><p>Documentos relacionados às revoluções burguesas tais como o “Bill of Rights” e a Constituição americana são alguns dos antecedentes dos atuais direitos humanos e apesar de não representarem o início desses direitos podem ser entendidos como seus antepassados. A ascensão da burguesia ao poder levou a classe a buscar métodos de resguardar suas vantagens, a fim de evitar ter seu acesso à propriedade restringido o burguês desejava e exigia que o poder público passasse a atender suas necessidades e assegurar seus direitos.</p><p>Assim a ideia de direitos seria uma garantia de proteção a “todos”, porém o termo “todos” abrangia uma ínfima parcela da população, apenas aqueles que possuíam certa identidade e a quem era dado o direito à cidadania, ou seja, o proprietário do sexo masculino e branco. Nesse estágio do direito não havia conceitos básicos como a universalidade e a indivisibilidade nem a ideia de que o direito deveria ser independente do Estado uma vez que os direitos existem também para evitar violações praticadas pelo próprio Estado.</p><p>O primeiro salto qualitativo em direção aos direitos humanos se deu no pós-I Guerra Mundial quando se estabeleceram mecanismos visando proteger grupos específicos considerados desprotegidos. Nesse momento podemos indicar três eixos de proteção segundo os grupos ditos desprotegidos: a proteção humanitária às vítimas de conflitos armados; a proteção de minorias; e a proteção dos trabalhadores.</p><p>No entanto, o reconhecimento da ideia de direitos humanos se dá de fato após a Segunda Guerra Mundial, a partir de então os direitos ultrapassariam a questão do Estado e seriam universais independentemente de quaisquer fatores. A formação da ONU é a representação institucional necessária à reconstrução das bases jurídicas da relação entre os Estados, e mais ainda necessária à construção e afirmação da ideia direitos humanos.</p><p>Apesar de na Carta das Nações Unidas, ou Carta de São Francisco, não apresentar um aprofundamento detalhado a respeito dos direitos humanos e se manter distante da proteção de tais direitos, ela deve ser compreendida como o marco inicial de um novo período. Mesmo não enunciando quais seriam os direitos humanos, as menções aos mesmos não são vazios de conteúdo.</p><p>A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é até hoje um dos documentos mais importantes no que concerne aos direitos humanos e ao direito internacional. Por meio dos direitos em si afirmados a DUDH contribuiu para a constitucionalização de direitos humanos no plano hierárquico do direito interno em vários Estados. É importante ressaltar que a afirmação formal dos direitos no imediato pós-guerra não representou sua aplicação material uma vez que mesmo ratificados por grande parte dos Estados e pelo Sistema de Nações Unidas houve constante violação principalmente por parte dos Estados.</p><p>Ainda assim, desde a DUDH os direitos humanos passaram a ter duas características invioláveis: a universalidade, que afirma que o mero pertencimento à espécie humana garante titularidade de tais direitos; e a indivisibilidade, que afirma que o respeito a uns é condição do respeito a outros. A presença de países do bloco socialista nas negociações acerca dos direitos humanos nas décadas a seguir garante sua legitimidade e confirma o entendimento do sistema internacional de proteção como expressão histórica.</p><p>Atualmente os direitos humanos se encontram juridicamente embasados, normatizados e legitimados por praticamente todos os Estados. Contudo, ainda faltam avanços em sua efetividade, ou seja, sua colocação em prática e mecanismo existente para tanto. O complexo conjunto de mecanismos de fiscalização e cobrança dos direitos humanos ainda é frágil e insuficiente. Além do Estado o poder econômico também é um grande violador dos direitos humanos contribuindo para a manutenção de sua baixa efetividade. As normas e mecanismos atuais devem servir para alçar a liberdade e a igualdade à parte real do cotidiano de todos.</p>

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