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<p>INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL NJERENJE</p><p>FORMAÇÃO TÉCNICA EM MEDICINA GERAL</p><p>TRABALHO DE ÉTICA</p><p>TEMA: CLONAGEM</p><p>Discente:</p><p>Formador:</p><p>Chimoio, Agosto de 2024</p><p>ÍNDICE</p><p>1.	Introdução	1</p><p>1.1.	Objectivos	1</p><p>2.	Clonagem	2</p><p>2.1.	Clonagem induzida	2</p><p>2.2.	Clonagem Terapêutica	3</p><p>2.3.	Clonagem Reprodutiva	4</p><p>2.3.1.	A ovelha Dolly	5</p><p>2.4.	Clonagem vegetal	7</p><p>2.4.1.	Transgénes	7</p><p>2.5.	Clonagem reprodutiva versus clonagem terapêutica	8</p><p>2.6.	Clonagem humana para fins de reprodução	8</p><p>2.7.	Clonagem humana para uso terapêutico	9</p><p>2.8.	Potenciais da clonagem humana	10</p><p>2.9.	Importância e limitações da clonagem	12</p><p>3.	Conclusão	13</p><p>4.	Referências Bibliográficas	14</p><p>1. Introdução</p><p>No final da década de 90, um grande anúncio chocou a comunidade científica: um clone de uma ovelha adulta havia sido criado, através da transferência do núcleo de uma célula somática. O nascimento da ovelha Dolly abriu um debate público sobre a questão da clonagem, abordando as empolgantes possibilidades e grande problemática que tal feito poderia trazer no futuro.</p><p>Por definição, um clone é ‘’uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original e entre elas’’. A clonagem permite a manipulação de animais geneticamente e fenotipicamente superiores, a criação de animais transgênicos, a preservação de espécies à beira da extinção, além de possibilitar o estudo do desenvolvimento embrionário precoce, a programação celular e a criação de modelos biomédicos.</p><p>No processo de clonagem são usadas as chamadas células-tronco, as quais são capazes de auto-renovação, diferenciação e auto-replicação. Essas células podem se dividir e se transformar em outros tipos de células. Outrossim, por não possuírem uma especialização, podem ser utilizadas para desenvolver outras funções. Podem ser classificadas em vários tipos, como: totipotentes e pluripotentes. As células totipotentes são capazes de diferenciar-se em todos os tecidos do corpo humano e são encontradas no embrião, nos 4 primeiros dias de vida, entre 16 - 32 células, ou seja, na primeira fase da divisão. Já as células pluripotentes são capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos, eliminando apenas a placenta e os anexos embrionários e são encontradas a partir do 5º dia de vida, entre 32 - 64 células, na fase de blastocisto.</p><p>1.1. Objectivos</p><p>· Geral</p><p>· O trabalho tem como o seu objectivo geral, falar da Clonagem, numa abordagem mais profunda.</p><p>· Específicos</p><p>· Fazer uma revisão sobre a clonagem;</p><p>· Explanar acerca das clonagens reprodutivas e terapêuticas;</p><p>· Confrontas as duas Clonagens, reprodutiva e terapêutica.</p><p>· Analisar a sua importância.</p><p>2. Clonagem</p><p>A palavra clone surgiu na língua inglesa no início do século XX, para identificar indivíduos idênticos geneticamente. A sua origem etimológica é da palavra grega Khon, que quer dizer broto de um vegetal. A clonagem é uma forma de reprodução assexuada que existe naturalmente em organismos unicelulares e em plantas. Este processo reprodutivo se baseia apenas em um único património genético. A clonagem pode ser natural, quando surgem gémeos univitelinos, e artificial (geração de um novo animal a partir de um outro pré -existente). Os indivíduos resultantes deste processo terão as mesmas características genéticas cromossómicas do indivíduo doador (GOLDIN JR, 2003). A clonagem artificial de organismos pode ser efectuada por métodos diferentes como duplicação embrionária (a separação das novas células de um embrião, produzirá novos indivíduos exactamente iguais, quanto ao património genético, porém diferentes de qualquer outro já existente (GOLDIN JR, 2003). É semelhante ao que ocorre na natureza, quando de geração de gémeos univitelinos (origem em 1 mesmo óvulo e de um mesmo espermatozóide – ocorre em cerca de 4% dos nascimentos) e a transferência nuclear – (é a que reproduz assexuadamente um indivíduo igual a outro pré -existente, pela substituição do material nuclear-duplicação).</p><p>2.1. Clonagem induzida</p><p>A clonagem induzida é feita a partir de um processo no qual é retirado de uma célula o núcleo, e de um óvulo a membrana. A junção dos dois depois é colocada numa barriga de aluguel, ou mesmo em laboratório, para a clonagem terapêutica.</p><p>A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à pesquisa científica. Nesse caso, o termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada num único património genético. A partir de uma célula-mãe, ocorre a produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original), que são os clones. Os indivíduos resultantes desse processo terão as mesmas características genéticas do indivíduo "doador", também denominado "original".</p><p>A clonagem induzida em animais pode ser realizada de 2 formas, sendo a 1ª, realizando a separação de células de um embrião antes de começar a sua multiplicação celular, dessa forma irá produzir novos indivíduos iguais geneticamente, mas diferentes de qualquer outro que já existe, e a 2º forma seria substituindo um óvulo por outro de uma célula que já existe um indivíduo.</p><p>A primeira experiência dessa clonagem induzida foi realizada pelos Drs. Roberts Briggs e Thomas J. King em 1952 do Instituto Carnegie/Washington-EEUU, onde tiveram sucesso obtendo clones de rãs através de substituições de núcleos celulares, (CLONE/GOLDIN, 2024) essa clonagem foi denominada de duplicação, consistindo em reprodução assexuada de um indivíduo igual a outro que já existe.[3]</p><p>2.2. Clonagem Terapêutica</p><p>Na clonagem terapêutica, as células--tronco não são introduzidas no útero. O DNA retirado de uma célula adulta do doador também é introduzido num óvulo “vazio”, mas depois de algumas divisões as células -tronco são direccionadas no laboratório para fabricação de tecidos idênticos ao do doador (Varella D, 2009). Este tipo de clonagem é admitido por muitos, porque oferece à medicina a possibilidade de repor tecidos perdidos em acidentes e de tratar doenças neuromusculares, doenças cerebrais, Alzeimer, cegueira e câncer e muitas outras.</p><p>Figura 1: As células-tronco podem diferenciar-se em outros tipos celulares.</p><p>A clonagem terapêutica tem argumentos favoráveis e contrários, um dos argumentos contrários é de que os embriões gerados seriam obrigatoriamente mortos, com a finalidade de serem obtidas as células -tronco desejadas, porém, existem outras linhagens celulares não embrionárias, que poderiam ser utilizadas. Para quem trabalha com pacientes portadores de doenças graves, os argumentos favoráveis a esta são de que a clonagem de células com fins terapêuticos é uma esperança no fim do túnel para cura de milhares de pessoas que sofrem de doenças graves e, se os mais de 90% dos embriões não fecundados são jogados no lixo. Os que defendem o uso desses embriões empregam o critério Utilitarista de custo -benefício, que privilegia o útil em vez do bem.</p><p>2.3. Clonagem Reprodutiva</p><p>A clonagem reprodutiva pode acontecer por partição embrionária (imita o processo de geração de gémeos), ou por transferência nuclear (clonagem no sentido estrito). A clonagem reprodutiva (JUNGS JR, 2006) pode:</p><p>1) Incentivar a eugenia, tentando reproduzir seres humanos superiores com excelência genética.</p><p>2) Possibilitar a reduplicação, na tentativa de “ressuscitar” ou “imortalizar” alguém.</p><p>3) Na multiplicação de embriões para futuras implantações e para um diagnóstico genético da qualidade do embrião, ou possibilitar a geração de um filho sem determinada tara genética, correspondente a um dos cônjuges.</p><p>A grande notícia da Dolly (ZATZ. M, 2004) foi justamente a descoberta de que uma célula somática de mamífero, já diferenciada, poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser totipotente. Isto foi conseguido através da transferência do núcleo de uma célula somática da glândula mamária da ovelha que originou Dolly (óvulo enucleado). Surpreendentemente, este começou a comportar -se como um óvulo recém -fecundado por um espermatozóide. Isto provavelmente</p><p>ocorreu porque o óvulo, quando fecundado, tem mecanismos, para nós ainda desconhecidos, para reprogramar o DNA de modo a tornar os seus genes novamente activos, o que ocorre no processo normal de fertilização.</p><p>Para a obtenção de um clone, este óvulo enucleado, no qual foi transferido o núcleo da célula somática, foi inserido num útero de outra ovelha. No caso da clonagem humana reprodutiva, a proposta seria retirar -se o núcleo de uma célula somática, que teoricamente poderia ser de qualquer tecido de uma criança ou adulto, inserir este núcleo num óvulo e implantá-lo num útero (que funcionaria como uma barriga de aluguer). Se este óvulo se desenvolver teremos um novo ser com as mesmas características físicas da criança ou adulto de quem foi retirada a célula somática. Seria como um gémeo idêntico, mas nascido posteriormente.</p><p>Figura 2: Na clonagem reprodutiva, são produzidos organismos com as mesmas características de seu progenitor.</p><p>2.3.1. A ovelha Dolly</p><p>Antes da clonagem da ovelha Dolly, os investigadores tinham chegado a clonar ovelhas a partir de células embrionárias. Em Fevereiro de 1997, um grupo de cientistas escoceses, liderado pelo inglês Ian Wilmut, anuncia a realização da primeira cópia genética (clonagem) de um mamífero adulto de seis anos, a partir de uma célula somática: a ovelha da raça Finn Dorset, baptizada como Dolly. Na experiência, os pesquisadores usaram uma célula da glândula mamária, cujo núcleo (onde está armazenado o material genético) foi retirado e transferido para um óvulo anucleado. Essa nova célula formada com o auxílio de uma corrente eléctrica foi então implantada no útero de uma terceira ovelha, onde Dolly foi gerada. O nome Dolly é uma referência aos seios da cantora de música country Dolly Parton, pois Dolly foi clonada a partir das células da glândula mamária de uma ovelha adulta com cerca de seis anos, através de uma técnica conhecida como transferência somática de núcleo. (Correio Braziliense, 2024)</p><p>Figura 3: A ovelha Dolly permanece empalhada no Royal Museum of Scotland, em Edinburgo.</p><p>Porém, enquanto que a maior parte das ovelhas vive entre os onze e os doze anos, Dolly morreu com seis anos e meio após ter começado a manifestar doenças frequentemente associadas à velhice, a partir da idade de cinco anos e meio.</p><p>Figura 4: Clonagem da ovelha Dolly.</p><p>2.4. Clonagem vegetal</p><p>A Clonagem vegetal é uma das aplicações mais rotineiras e de maior impacto para agricultura, pois permite uma rápida multiplicação das plantas em larga escala, com características agronómicas superiores. É uma técnica do cultivo in vitro de plantas, denominada micropropagação, (ULISSES, WILLADINO, ALBUQUERQUE, CÂMERA, CLAUDIA, LILIA, CYNTHIA, TEREZINHA, 2010) também conhecida por propagação in vitro ou clonagem de plantas, qual permite a propagação em larga escala de plantas sadias, conservando as mesmas características agronómicas da planta mãe. Muito utilizada em vários sectores agrícolas, tais como: fruticultura, floricultura, horticultura, como também na área florestal, por promover o incremento da produção de mudas vigorosas e livres de patógenos, contribuindo para o aumento da produtividade do sector agrícola. A terminologia “cultivo in vitro de plantas” engloba o cultivo de células, tecidos e órgãos de plantas, está técnica consiste, basicamente, em cultivar em ambiente asséptico (laboratório) segmentos de plantas (gemas, ápices caulinares, meristemas, fragmentos de folhas e raízes, entre outros), em frascos específicos contendo meio nutritivo adequado, proporcionando a produção de milhares de plantas idênticas a planta mãe. Muitas vezes a propagação assexuada convencional é um processo lento e apresenta sérios riscos de disseminação de doenças e pragas, que podem comprometer a produção.</p><p>Existem outras técnicas de cultivo in vitro de plantas além da micropropagação dentre elas: o cultivo de protoplastos, que permite hibridizar variedades diferentes vencendo barreiras genéticas; o cultivo de anteras que viabiliza a produção de plantas haplóides, que em seguida diploidizadas produzem um só tipo de gameta para um determinado locus (produção de linhagens puras); limpeza clonal utilizada para produção de plantas livres de patógenos, entre outras. O cultivo in vitro de células, tecidos e/ou órgãos, dá também suporte técnico a trabalhos de transformação genética e obtenção de plantas transgênicas. (ULISSES, WILLADINO, ALBUQUERQUE, CÂMERA, CLAUDIA, LILIA, CYNTHIA, TEREZINHA, 2010)</p><p>2.4.1. Transgénes</p><p>Transgénes são moléculas de DNA "construídas" por engenharia genética que são introduzidas e se expressam nas células eucarióticas (GRIFFITHIS, ANTHONY 2009). Eles podem ser usados para criar uma nova mutação ou estudar as sequências reguladoras que constituem parte de um gene. Os transgénes podem ser introduzidos como moléculas extracromossômicas ou integrados em um cromossomo, tanto em localizações aleatórias (ectópicas) quanto no lugar do gene homólogo, dependendo do sistema. Em geral, os mecanismos usados para introduzir um transgéne dependem da compreensão e da exploração da biologia reprodutiva do organismo. (GRIFFITHIS, ANTHONY 2009)</p><p>2.5. Clonagem reprodutiva versus clonagem terapêutica</p><p>Se, por um lado, a maioria dos especialistas tem se manifestado contra a clonagem reprodutiva, por outro, há praticamente um consenso quanto à necessidade de se permitir, sem qualquer restrição, a clonagem com fins terapêuticos.</p><p>Actualmente, o procedimento mais utilizado na clonagem de embriões de mamíferos - técnica da transferência nuclear - consiste na substituição do núcleo (organela que contém o material genético) do óvulo (célula germinativa) pelo núcleo de uma célula somática (adulta) para formação do embrião e, consequentemente, de células-tronco embrionárias. O processo reproduz o fenómeno da fertilização natural e o óvulo assim fecundado inicia a formação de um embrião que terá a mesma constituição genética do organismo doador da célula somática. A tecnologia da transferência nuclear aplica-se da mesma forma no caso da clonagem humana.</p><p>Apesar de a tecnologia empregada ser exactamente a mesma nos dois tipos de clonagem - a terapêutica e a reprodutiva -, o primeiro tem por finalidade a obtenção de células-tronco do embrião, as quais, em tese, poderiam ser utilizadas na cura de diversos tipos de doenças; enquanto o segundo tipo, a clonagem reprodutiva, pressupõe a implantação do embrião clonado no útero humano para o desenvolvimento do novo ser.</p><p>2.6. Clonagem humana para fins de reprodução</p><p>A finalidade da técnica seria permitir, por exemplo, que casais inférteis pudessem ter filhos: o clone de um dos pais. A tecnologia é proposta como uma alternativa às tecnologias hoje disponíveis de fertilização medicamente assistida, dolorosas, estressantes, de baixíssimo rendimento - estimado em não mais de 10% - e de alto custo.</p><p>Essa aplicação tem sido objecto de repúdio quase que universal (4), considerada uma prática contrária à dignidade humana (UNESCO, 2002), que nega a unicidade das pessoas, uma violação inaceitável dos direitos dos seres humanos e eticamente inaceitável (ROYAL SOCIETY, 1998). Segundo a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos do Homem, aprovada pela UNESCO, em 1997, nenhuma motivação poderia justificar que se seleccione o ser humano para nascer em função de objectivos prévios.</p><p>De modo geral, parece já haver, na comunidade científica e religiosa, um consenso de que a clonagem reprodutiva - processo que visa a obtenção de um indivíduo inteiro a partir de uma única célula por reprodução assexuada -não deve ser aplicada em seres humanos.</p><p>2.7. Clonagem humana para uso terapêutico</p><p>O uso do processo de clonagem como tecnologia médica aplicada à investigação, à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de doenças não tem sido combatido com a mesma intensidade, pelo reconhecimento de que a tecnologia poderá representar uma verdadeira revolução em termos de terapia médica (KASSIRER, ROSENTHAL, 1998).</p><p>Uma das potencialidades oferecidas diz respeito ao entendimento do processo de envelhecimento</p><p>das células e à possibilidade de nele intervir. A compreensão do processo de diferenciação celular que a tecnologia de clonagem pode produzir permitirá, ainda, segundo os especialistas, o conhecimento da formação de cânceres, trazendo grandes progressos para as áreas de prevenção e cura desse tipo de doença.</p><p>Outra possível aplicação seria na reversão de problemas como ataques cardíacos, por meio da injecção de células clonadas de miocárdio nas regiões danificadas pelo infarto. Da mesma forma, células-tronco podem ser cultivadas para substituir ou repor tecidos e órgãos danificados por causas diversas como, por exemplo, queimaduras e lesões nervosas e cerebrais, sem risco de rejeição. Uma verdadeira revolução na cirurgia plástica, tanto reconstrutiva como cosmética, poderá ser promovida.</p><p>A tecnologia promete, ainda, grandes benefícios na área de transplantes seria possível cultivar apenas órgãos isolados, sem que eles fizessem parte de um ser completo. Uma conquista importante nesse sentido foi obtida por pesquisadores americanos que teriam viabilizado a produção de estruturas semelhantes a pequenos rins, que se mostraram funcionais. O experimento foi realizado em uma vaca, usando células do próprio animal para produzir embriões clonados, dos quais foram retiradas células precursoras de tecido renal (CÉLULAS, 2002).</p><p>2.8. Potenciais da clonagem humana</p><p>Ao longo da evolução do tempo, foram vários os benefícios que os cientistas acreditam que a clonagem humana tem; dentre os tais podemos concluir: (LYGIA V. P 2002)</p><p>a) O rejuvenescimento</p><p>O Dr. Richard Seed, um dos principais propulsores da clonagem humana, sugere que um dia, poderá vir a ser possível inverter o processo do envelhecimento devido à aprendizagem que nos é fornecida através do processo de clonagem.</p><p>b) A tecnologia humana da clonagem podia ser usada para inverter os ataques cardíacos</p><p>Os cientistas afirmam que conseguirão tratar vítimas de ataques cardíacos através da clonagem das suas células saudáveis do coração, e injectando-as nas áreas do coração que foram danificadas. As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em grande parte dos países industrializados.</p><p>c) Casos de infertilidade</p><p>Com a clonagem, os casais inférteis poderiam ter filhos. Uma estimativa é de que os tratamentos atuam de infertilidade são menos de 10% bem-sucedidos. Os casais passam por um sofrimento psíquico e emocional muito grande, para uma possibilidade remota de ter filhos; a clonagem humana torna possível fazer com que muitos casais inférteis consigam ter filhos.</p><p>d) A cirurgia plástica reconstrutiva e estética</p><p>Devido à clonagem humana e à sua tecnologia, os problemas, que, por vezes, ocorrem depois de algumas cirurgias de implantes mamários ou de outros procedimentos estéticos deixam de existir. Com a nova tecnologia, em vez de usar materiais estranhos ao corpo, os médicos serão capazes de manufacturar o osso, a gordura, ou a cartilagem que combina os tecidos dos pacientes exactamente; qualquer um poderá ter a sua aparência modificada para sua satisfação, sem riscos de doença; as vítimas dos acidentes terríveis que deformam o rosto (por exemplo), devem assim conseguir voltar a ter as suas características, sendo reparadas e de maneira mais segura; os membros amputados também poderão vir a ser regenerados</p><p>e) Implantes mamários</p><p>Muitas pessoas verificaram que os implantes mamários as faziam ficar doentes, com doenças próprias dos seus sistemas imunes, devido a algumas incompatibilidades produzidas por materiais usados no aumento de peito; com a clonagem humana e a sua tecnologia de implantes mamários e outros formulários da cirurgia estética, poderia ser feito com implantes que não seriam diferentes dos tecidos normais da pessoa;</p><p>f) Genes defeituosos</p><p>Cada pessoa carrega em média 8 genes defeituosos dentro dela. Estes genes defeituosos permitem que as pessoas fiquem doentes quando permaneceriam doutra maneira, saudáveis. Com a clonagem e a sua tecnologia pode ser possível assegurar-se de que não soframos mais por causa dos nossos genes defeituosos.</p><p>g) Problemas no fígado e nos rins</p><p>Poderá ser possível clonar fígados humanos para transplante dos mesmos.</p><p>h) A leucemia</p><p>Este espera-se ser um dos primeiros benefícios a vir desta tecnologia.</p><p>i) Vários tipos de cancro</p><p>Poderemos aprender como trocar células, ‘‘on’’ and ‘‘off’’, através da clonagem, e assim, ser capaz de curar diversos cancros; os cientistas ainda não sabem exactamente se as células se diferenciam em tipos específicos do tecido, nem compreendem porque células cancerígenas perdem o seu isolamento.</p><p>j) Fibrose cística.</p><p>Poderemos conseguir produzir uma terapia genética eficaz contra a fibrose cística. Alguns cientistas já se encontram a trabalhar nesta área.</p><p>k) Ferimento da coluna vertebral</p><p>Aprenderemos a fazer crescer, outra vez, os nervos ou a parte posterior da coluna vertebral, quando magoada; tetraplégicos poderão sair das suas cadeiras de rodas e voltar a andar.</p><p>l) Testar algumas doenças genéticas</p><p>A clonagem pode ser usada para testar, e talvez curar, doenças genéticas.</p><p>m) As espécies em via de extinção poderiam ser salvas</p><p>Com a pesquisa que conduz à clonagem humana nós aperfeiçoaremos a tecnologia para clonar animais, e assim nós poderíamos para sempre preservar a espécie posta em perigo, incluindo seres humanos.</p><p>2.9. Importância e limitações da clonagem</p><p>A clonagem é um procedimento de grande importância, pois abre perspectivas, por exemplo, para tratamentos que necessitam de transplantes, por meio do cultivo de células idênticas às do tecido da qual foram retiradas. A clonagem reprodutiva também pode ser uma esperança para casais que não podem ter filhos devido a problemas genéticos, por exemplo.</p><p>No entanto, todas essas técnicas esbarram em algumas limitações, sendo necessários maiores estudos sobre seus possíveis resultados e consequências. A utilização de células embrionárias em alguns processos é um dos principais problemas enfrentados, pois muitos consideram que estão sendo retiradas as células de “pessoas em potencial”, levando a debates sobre os limites éticos e morais da realização de alguns procedimentos.</p><p>Algumas técnicas, como a clonagem terapêutica, ainda requerem mais estudos para que assim possam ser aplicadas no tratamento clínico. Assim sendo, a utilização de células-tronco de outras fontes, como as provenientes do cordão umbilical, apresenta-se como técnica mais promissora a curto prazo. (BIOLOGIANET, 2024).</p><p>Outras técnicas, como a clonagem reprodutiva, esbarram em problemas éticos, culturais e religiosos. A clonagem reprodutiva, por exemplo, é rejeitada praticamente em todo o mundo, especialmente quando falamos da utilização dessa técnica em seres humanos. Contudo, em outras espécies animais, ela tem sido útil para o entendimento do funcionamento celular.</p><p>3. Conclusão</p><p>A clonagem é um processo artificial ou natural no qual são criadas cópias geneticamente idênticas a outro ser. Nessa discussão, há quem é contra e quem é a favor. Os que refutam o processo de clonagem argumentam que assim o ser humano é tratado como objecto e os que defendem alegam que não passa de mais um método alternativo para fertilização in vitro. Ainda assim, existem muitos aspectos - científicos, morais e religiosos - a serem analisados. A questão é se os seres humanos estão mesmo preparados para lidar com essa nova tecnologia que pode ser uma grande fonte de benefícios ou malefícios para a humanidade. As possíveis consequências da clonagem humana devem ser analisadas com muito cuidado, pois é uma das mais controversas e revolucionárias novidades da história do ser humano.</p><p>4. Referências Bibliográficas</p><p>· Goldin JR. O caso Dolly – Primeiro Mamífero Clonado. 2003.</p><p>· Zatz Mayana. “Clonagem e células--tronco”. Cienc. Cult. 2004;</p><p>· Varella D: Clonagem Humana http: //drauziovarella.ig.com.br/artigos/clonagemhumana.asp, acedido em 23/08/2024</p><p>· Jungs JR: Bioética Hermenêutica e Casuística, Edições Loyola, S Paulo, Brasil. 2006;</p><p>· Ulisses, Willadino, Albuquerque, Câmera, Claudia, Lilia, Cynthia, Terezinha</p><p>(2010). «Clonagem Vegetal» (http://www.journals.ufrpe.br/index.php/apca/article/download/122/111 ) . Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronómica. Consultado em 24 de Agosto de 2024.</p><p>· Olivia Marcia Nagy Arantes, Que é preciso saber sobre clonagem e transgênicos (O); Edições Loyola, 2003, ISBN</p><p>· Jorge M. Canhoto, Biotecnologia Vegetal da Clonagem de Plantas à Transformação Genética; Imprensa da Univ. de Coimbra, 2010, ISBN.</p><p>· Griffithis, Anthony (2009). Introdução á Genética. Rio de Janeiro: Guanabara- koogan. pp. Pág. 351</p><p>· Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/genetica/clonagem.htm</p><p>· Correio Braziliense. «Morre a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado» (http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030215/pri_ult_150203_224.htm) . Consultado em 24 de Agosto de 2024.</p><p>14</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p>

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