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<p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>ENSINO MÉDIO EM</p><p>TEMPO INTEGRAL</p><p>SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE</p><p>PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA</p><p>Governador do Estado de Pernambuco</p><p>LUCIANA BARBOSA DE OLIVEIRA SANTOS</p><p>Vice-Governadora do Estado de Pernambuco</p><p>MARCELO ANDRADE BEZERRA BARROS</p><p>Secretário de Estado de Educação e Esporte</p><p>MARIA DE ARAÚJO MEDEIROS SOUZA</p><p>Secretária Executiva de Educação Integral e Profissional</p><p>DIEGO PORTO PEREZ</p><p>Secretário Executivo de Esportes</p><p>ANA COELHO VIEIRA SELVA</p><p>Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação</p><p>JOÃO CARLOS CINTRA CHARAMBA</p><p>Secretário Executivo de Gestão da Rede</p><p>LEONARDO ÂNGELO DE SOUZA SANTOS</p><p>Secretário Executivo de Planejamento e Coordenação</p><p>ALAMARTINE FERREIRA DE CARVALHO</p><p>Secretário Executivo de Administração e Finanças</p><p>ELABORAÇÃO</p><p>Assessores Pedagógicos de Educação Integral e Profissional</p><p>APOIO</p><p>Instituto Sonho Grande</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Apresentação</p><p>Escola é</p><p>... o lugar que se faz amigos.</p><p>Não se trata só de prédios, salas, quadros,</p><p>programas, horários, conceitos...</p><p>Escola é, sobretudo, gente.</p><p>Gente que trabalha, que estuda,</p><p>que se alegra, se conhece, se estima. [...]</p><p>É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.</p><p>Paulo Freire</p><p>Há muito tempo, a educação socioemocional tem sido objeto de estudos</p><p>e debates e, atualmente, em um mundo de constantes transformações, a te-</p><p>mática tem ganhado força e relevância, especialmente após a aprovação da</p><p>BNCC (Base Nacional Comum Curricular), documento que orienta equipes</p><p>pedagógicas na elaboração dos currículos.</p><p>Por essa razão, a Secretaria Estadual de Educação e Esportes de Pernam-</p><p>buco, por meio da Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional,</p><p>sente orgulho em disponibilizar o presente material, construído em parceria</p><p>com o Instituto Sonho Grande, com conceitos, estratégias e práticas que</p><p>apoiam o desenvolvimento de competências socioemocionais, em conso-</p><p>nância com o modelo teórico proposto pelo CASEL ( Collaborative for Aca-</p><p>demic, Social and Emotional Learning), uma das principais autoridades em</p><p>aprendizagem socioemocional no mundo.</p><p>O binômio EDUCAR e CUIDAR reflete-se no trabalho dos educadores da</p><p>rede de escolas integrais de Pernambuco, cuja proposta educativa sempre</p><p>esteve voltada para a formação do ser não apenas no campo cognitivo, mas</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>em todas as suas dimensões, inclusive a socioemocional, incentivando o es-</p><p>tudante a, com base em seu projeto de vida, fazer escolhas assertivas diante</p><p>de situações atípicas e a relacionar-se consigo mesmo e com os outros de</p><p>forma empática.</p><p>Saber trabalhar em equipe, defender seu ponto de vista com respeito à</p><p>opinião alheia, exercitar o protagonismo e a solidariedade com decisões res-</p><p>ponsáveis fazem parte do conjunto de competências consideradas funda-</p><p>mentais na contemporaneidade para o desenvolvimento integral do indiví-</p><p>duo e representam um desafio para todo e qualquer educador preocupado</p><p>em alinhar as demandas do mundo contemporâneo com os interesses e as</p><p>necessidades de aprendizagem dos estudantes.</p><p>Estamos certos de que o material representa uma importante conquista</p><p>para educandos e educadores e que poderá, efetivamente, ser uma ferra-</p><p>menta valiosa na formação de jovens que, conhecendo e sabendo lidar com</p><p>suas emoções, farão uso de todo seu potencial humano para enfrentar os de-</p><p>safios do século XXI, atuando como cidadãos críticos e comprometidos com</p><p>a mudança, em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Índice</p><p>APRESENTAÇÃO 6</p><p>1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA MATRIZ CURRICULAR</p><p>SOCIOEMOCIONAL EMTI 7</p><p>1.1. OBJETIVOS 10</p><p>1.2. PARÂMETROS DE APRENDIZAGEM 12</p><p>1.3. HABILIDADES 13</p><p>1.4. DESCRITORES 14</p><p>2. APRENDIZAGEM SOCIOEMOCIONAL A PARTIR DE UMA</p><p>MATRIZ CURRICULAR 15</p><p>2.1. DESENHO DE CURRÍCULOS SOCIOEMOCIONAIS 16</p><p>2.2. FORMAÇÃO DE EDUCADORES 19</p><p>2.3. AULAS DIRETAS 23</p><p>2.4. CONEXÃO CURRICULAR 26</p><p>2.5. CLIMA ESCOLAR 29</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS 32</p><p>REFERÊNCIAS 34</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>6</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>A origem etimológica da palavra “matriz” remete ao “útero”, sendo ela co-</p><p>mumente empregada para indicar fonte ou origem, onde algo é gerado ou</p><p>concebido. Uma matriz curricular, por sua vez, representa uma delimitação</p><p>do conhecimento, a qual se divide em segmentos progressivamente me-</p><p>nores, com vistas a permitir que possa dar origem a currículos. No campo</p><p>da educação socioemocional, sobretudo no contexto brasileiro, uma matriz</p><p>curricular tem como papel principal a organização das chamadas habilidades</p><p>socioemocionais e a sistematização de esforços intencionais para sua pro-</p><p>moção.</p><p>As diretrizes pedagógicas aqui apresentadas buscam expor considera-</p><p>ções teórico-metodológicas sobre a matriz curricular socioemocional do En-</p><p>sino Médio em Tempo Integral (EMTI), fornecendo caminhos seguros para a</p><p>implementação de ações que promovam a aprendizagem socioemocional.</p><p>Uma área que, apesar de já gozar de certa legitimidade no país, ainda cons-</p><p>titui um território novo.</p><p>O documento está dividido em duas partes principais: na primeira, apre-</p><p>senta-se a base teórica que sustenta a matriz curricular socioemocional</p><p>EMTI, fundamentada nos estudos propostos pelo CASEL, The Collaborative</p><p>for Academic, Social, and Emotional Learning, uma organização sem fins lu-</p><p>crativos, sediada em Chicago (EUA) e reconhecida como uma fonte confiável</p><p>de conhecimento sobre uma aprendizagem socioemocional de alta quali-</p><p>dade e baseada em evidências científicas. Na segunda, discute-se de que</p><p>forma a aprendizagem socioemocional pode ser implementada no contexto</p><p>escolar e como a matriz curricular socioemocional construída pode apoiar</p><p>essas iniciativas.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>7</p><p>1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA MATRIZ CURRICULAR</p><p>SOCIOEMOCIONAL EMTI</p><p>Apresentamos, a seguir, a fundamentação teórica na qual a matriz socioe-</p><p>mocional EMTI está baseada.</p><p>Sabe-se que a construção de uma matriz de referência, a partir da qual um</p><p>currículo bem estruturado pode ser criado, pressupõe teorias consistentes,</p><p>sustentadas por evidências científicas robustas. Nessa perspectiva, inicial-</p><p>mente, faz-se necessário explicitar a compreensão de aprendizagem socio-</p><p>emocional assumida, a estrutura teórica a ela subjacente e as razões pelas</p><p>quais ambas se fazem relevantes no contexto brasileiro.</p><p>A aprendizagem socioemocional constitui</p><p>“o processo a partir do qual um indivíduo,</p><p>jovem ou adulto, adquire e efetivamente aplica</p><p>os conhecimentos, habilidades e atitudes</p><p>para desenvolver identidades saudáveis,</p><p>entender e gerenciar emoções, estabelecer e</p><p>alcançar metas individuais e coletivas, sentir</p><p>e demonstrar empatia por outras pessoas,</p><p>estabelecer e manter relacionamentos</p><p>positivos e tomar decisões cuidadosas e</p><p>responsáveis”, de acordo com o CASEL (The Collaborative</p><p>for Academic, Social, and Emotional Learning), uma organização</p><p>internacional sem fins lucrativos, com sede em Chicago (EUA) e</p><p>referência mundial na área.</p><p>A estrutura teórica, conforme proposta pelo CASEL, está dividida em três</p><p>grandes dimensões: Autoconhecimento e Autorregulação; Percepção Social</p><p>e Habilidades de Relacionamento e Tomada de Decisão Responsável.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Figura 1: As três dimensões socioemocionais</p><p>Essas dimensões ensejam habilidades que refletem uma preocupação</p><p>crescente no Brasil, legitimada pela aprovação e homologação da Base Na-</p><p>cional Comum Curricular da Educação Básica, etapas respectivamente re-</p><p>alizadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo Ministério da</p><p>Educação (MEC). Entre as 10 competências gerais propostas por esse do-</p><p>cumento normativo de caráter nacional (objeto de discussão, mais adiante,</p><p>no item 2.1.), pelo menos quatro apresentam indubitável natureza socioemo-</p><p>cional, a saber: a competência 6 equivale</p><p>à dimensão Autoconhecimento e</p><p>Autorregulação; a 8 às dimensões Autoconhecimento e Autorregulação e</p><p>Tomada de Decisão Responsável; a 9 à dimensão Percepção Social e Habili-</p><p>dades de Relacionamentos; a 10 à Tomada de Decisão Responsável e Auto-</p><p>conhecimento e Autorregulação. Ademais, outras competências, como a 4 e</p><p>a 7, também podem ser consideradas parte da promoção da aprendizagem</p><p>socioemocional, ainda que de maneira menos explícita.</p><p>Tomada de Decisão</p><p>Responsável</p><p>Autoconhe-</p><p>cimento e</p><p>Autorregulação</p><p>Percepção Social e</p><p>Habilidades de</p><p>Relacionamento</p><p>8</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Tendo em vista esses pressupostos e baseando-se em outras matrizes de</p><p>referência que também foram elaboradas a partir dos estudos do CASEL,</p><p>propomos a matriz socioemocional EMTI.</p><p>A partir das três dimensões da matriz socioemocional EMTI, propomos</p><p>abaixo uma estrutura com foco no objetivo de aprendizagem, cujo papel é</p><p>servir de base para a organização do trabalho apresentado. Ela se expande</p><p>em parâmetros de aprendizagem que, por sua vez, multiplicam-se em habi-</p><p>lidades. Apresentamos, nos tópicos seguintes, dois exemplos de descritores</p><p>possíveis a partir do desdobramento de cada habilidade, a fim de facilitar a</p><p>compreensão de como as habilidades se manifestam em práticas de sala de</p><p>aula, por exemplo.</p><p>Figura 2: Estrutura teórica da Matriz Socioemocional EMTI</p><p>9</p><p>Objetivos Parâmetros Habilidades Descritores</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>10</p><p>1º OBJETIVO DE APRENDIZAGEM</p><p>Autoconhecimento e Autorregulação</p><p>1.1 OBJETIVOS</p><p>Os Objetivos de Aprendizagem, de onde provêm os nomes de cada uma</p><p>das três grandes dimensões, são afirmativas amplas que organizam os parâ-</p><p>metros e as habilidades contemplados pela aprendizagem socioemocional.</p><p>Desenvolver habilidades</p><p>de autoconhecimento e de</p><p>autorregulação, que compreendem</p><p>construir uma identidade autêntica</p><p>e saudável; entender as próprias</p><p>emoções; aprender a gerenciá-las e</p><p>expressá-las de forma construtiva;</p><p>reconhecer qualidades pessoais,</p><p>comportamentos, interesses, valores</p><p>familiares, escolares e comunitários,</p><p>além de estabelecer metas</p><p>acadêmicas e pessoais e monitorar</p><p>seu progresso em direção a sua</p><p>realização.</p><p>Tomada de Decisão</p><p>Responsável</p><p>Autoconhe-</p><p>cimento e</p><p>Autorregulação</p><p>Percepção</p><p>Social e</p><p>Habilidades de</p><p>Relacionamento</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>11</p><p>3º OBJETIVO DE APRENDIZAGEM</p><p>Tomada de Decisão Responsável Demonstrar habilidades de tomada</p><p>de decisão e comportamentos</p><p>responsáveis, em âmbito pessoal,</p><p>escolar e comunitário, que englobam</p><p>fazer escolhas construtivas a</p><p>respeito do próprio comportamento</p><p>e das interações sociais; evitar</p><p>comportamentos de risco; lidar de</p><p>forma sincera e justa com os outros</p><p>e contribuir, de modo criativo, para</p><p>o bem-estar na sala de aula, na</p><p>escola, na família, na comunidade e</p><p>no meio ambiente, além de resolver</p><p>problemas com base na definição</p><p>precisa dos caminhos a serem tomados,</p><p>avaliando, aprendendo e antecipando</p><p>as consequências e gerando soluções</p><p>alternativas.</p><p>2º OBJETIVO DE APRENDIZAGEM</p><p>Percepção Social e Habilidades de Relacionamento</p><p>Desenvolver as habilidades de</p><p>percepção social e de relacionamento,</p><p>que envolvem tanto reconhecer os</p><p>pensamentos, os sentimentos e as</p><p>perspectivas dos outros, quanto</p><p>demonstrar empatia por eles, incluindo</p><p>aqueles que vêm de contextos e</p><p>culturas diferentes, como comunicar-se</p><p>de maneira respeitosa, colaborar com</p><p>os outros, resolver conflitos de modo</p><p>construtivo e pedir e oferecer ajuda</p><p>quando necessário.</p><p>Tomada de Decisão</p><p>Responsável</p><p>Autoconhe-</p><p>cimento e</p><p>Autorregulação</p><p>Percepção</p><p>Social e</p><p>Habilidades de</p><p>Relacionamento</p><p>Tomada de Decisão</p><p>Responsável</p><p>Autoconhe-</p><p>cimento e</p><p>Autorregulação</p><p>Percepção</p><p>Social e</p><p>Habilidades de</p><p>Relacionamento</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>AA1 Emoções e comportamentos</p><p>AA2 Qualidades pessoais e ajuda externa</p><p>AA3 Metas pessoais e Metas acadêmicas</p><p>PH1 Consideração e perspectiva</p><p>PH2 Diversidade</p><p>PH3 Comunicação e liderança</p><p>PH4 Resolução de conflito</p><p>TD1 Segurança e valores</p><p>TD2 Integridade e consciência</p><p>TD3 Bem-estar escolar e da comunidade</p><p>12</p><p>1.2 PARÂMETROS DE APRENDIZAGEM</p><p>Os parâmetros de aprendizagem sociomocional são mais específicos</p><p>que os objetivos, apresentando os conhecimentos que os estudantes</p><p>devem saber e as habilidades que devem dominar. Eles definem o que</p><p>os estudantes precisam aprender para que os objetivos sejam alcança-</p><p>dos. Contudo, são amplos o suficiente para que possam estar presentes</p><p>ao longo de todos os anos da educação básica, servindo, dessa forma,</p><p>para alinhar currículos, práticas e avaliações.</p><p>Na Matriz Socioemocional EMTI, os parâmetros estão codificados</p><p>por meio das letras das dimensões nas quais se enquadram (AA para</p><p>Autoconhecimento e Autorregulação, PH para Percepção Social e Ha-</p><p>bilidades de Relacionamentos e TD para Tomada de Decisão Respon-</p><p>sável), seguidas de uma numeração que indica sua ordem. Cada parâ-</p><p>metro é identificado a partir das palavras-chave a seguir:</p><p>Tabela 1: Foco dos parâmetros de aprendizagem socioemocional</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>O numeral que</p><p>acompanha a letra</p><p>“H” (habilidade)</p><p>indica o número</p><p>da habilidade,</p><p>dentro de uma</p><p>sequência,</p><p>ao longo de</p><p>cada uma das</p><p>dimensões</p><p>socioemocionais.</p><p>O par de letras inicial discrimina</p><p>as dimensões de aprendizagem</p><p>socioemocional</p><p>na qual a habilidade</p><p>está inserida:</p><p>AA = Autoconhecimento</p><p>e Autorregulação</p><p>PH = Percepção Social e Habilidades</p><p>de Relacionamento</p><p>TD = Tomada de Decisão Responsável</p><p>E X E M P L O</p><p>O número, posterior ao par de letras,</p><p>indica o parâmetro de aprendizagem</p><p>na qual a habilidade enquadra-se:</p><p>AA1 = Identificar e gerenciar emoções</p><p>e comportamentos</p><p>AA2 = Reconhecer qualidades pessoais</p><p>e ajuda externa</p><p>As duas letras subsequentes</p><p>indicam o eixo:</p><p>EM = Ensino Médio 1º ao</p><p>3º ano</p><p>13</p><p>1.3 HABILIDADES</p><p>As habilidades são mais específicas que os parâmetros e indicam o que</p><p>educadores e estudantes devem perseguir em suas experiências de</p><p>aprendizagem. Elas não esgotam toda a complexidade do parâmetro</p><p>ao qual estão ligadas, mas recortam alguns de seus aspectos de modo</p><p>a enfatizar o aprendizado, conforme o desenvolvimento esperado dos</p><p>estudantes, em uma dada etapa da educação básica.</p><p>NOMENCLATURA</p><p>A nomenclatura das habilidades foi definida de modo a facilitar a rápida</p><p>identificação da dimensão, do parâmetro de aprendizagem e do eixo da</p><p>educação básica aos quais estão ligadas:</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>14</p><p>1.4 DESCRITORES</p><p>Descritores, por fim, são ainda mais específicos do que os parâmetros e</p><p>as habilidades. Foram propostos no sentido de facilitar que educadores</p><p>elaborem e desenvolvam atividades práticas de sala de aula e avaliações,</p><p>baseadas em um desempenho alinhado aos parâmetros.</p><p>Na Matriz EMTI, eles vêm acompanhados da letra D ao final das habili-</p><p>dades.</p><p>AA1EMH1D1 = Monitorar as transições de suas emoções ao longo do</p><p>tempo e refletir sobre suas causas.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>2. APRENDIZAGEM SOCIOEMOCIONAL A PARTIR DE UMA</p><p>MATRIZ CURRICULAR</p><p>Uma matriz curricular, tal como a elaborada para o EMTI, tem como uma de</p><p>suas finalidades principais a promoção de uma aprendizagem sistematizada</p><p>e progressiva, que garanta o desenvolvimento significativo de conhecimen-</p><p>tos, habilidades e atitudes relevantes no que diz respeito ao alcance de um</p><p>perfil de estudante egresso construído, também colaborativamente definido</p><p>pelas redes.</p><p>No âmbito da educação socioemocional e seu estado – em certa medida,</p><p>emergente no país a uma matriz curricular, também cumpre as responsabili-</p><p>dades de:</p><p>a) comunicar a promoção da aprendizagem</p><p>socioemocional como uma prioridade para</p><p>todos aqueles que estão envolvidos, direta</p><p>ou indiretamente, no processo de ensino-</p><p>aprendizagem;</p><p>b) propor</p><p>uma linguagem comum, com base</p><p>na qual discussões e tomadas de decisões na</p><p>área da educação socioemocional possam</p><p>ser realizadas, garantindo mais clareza e</p><p>entendimento sobre o que ela é (e o que não é)</p><p>e de que modo pode ser promovida;</p><p>c) aprofundar a compreensão de como as</p><p>competências socioemocionais se manifestam</p><p>nos estudantes ao longo do tempo, permitindo</p><p>15</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>que objetivos de aprendizagem possam ser</p><p>estabelecidos.</p><p>Além disso, a partir de uma matriz socioemocional, é possível, por um</p><p>lado, desenhar currículos e promover formação de professores e, por ou-</p><p>tro, construir aquilo que o CASEL chama de pilares para aprendizagem so-</p><p>cioemocional: elaborar e implementar aulas diretas, possibilitar conexões</p><p>curriculares com outras áreas do conhecimento e guiar ações que visem à</p><p>melhoria do clima escolar.</p><p>2.1 DESENHO DE CURRÍCULOS SOCIOEMOCIONAIS</p><p>“O currículo é um elo entre a declaração de</p><p>princípios gerais e sua tradução operacional,</p><p>entre a teoria educacional e a prática</p><p>pedagógica, entre o planejamento e a ação,</p><p>entre o que é prescrito e o que realmente</p><p>sucede nas salas de aula.”</p><p>César Coll</p><p>A palavra currículo, central nos debates e trabalhos sobre Educação,</p><p>hospeda diversas concepções e diferentes entendimentos, tais como:</p><p>• conteúdos a ensinar e aprender;</p><p>• habilidades, desempenhos, atitudes e valores que os estudantes</p><p>deverão desenvolver com a escolaridade;</p><p>• experiências de aprendizagem a ofertar aos estudantes;</p><p>• objetivos a atingir no processo de educação escolar;</p><p>• ações pedagógicas nas trajetórias de ensino e aprendizagem;16</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>• escolhas metodológicas;</p><p>• resultados desejados e estratégias para alcançá-los;</p><p>• descrição de materiais necessários;</p><p>• procedimentos de avaliação que gerem intervenção na prática</p><p>educativa;</p><p>• contribuições da escola para a construção da identidade dos</p><p>estudantes e outros.</p><p>Definir currículo torna-se mais desafiador porque vivemos um tempo</p><p>de revisão da educação escolar, de suas atribuições e do que ela deve</p><p>abranger. Currículo é identidade.</p><p>O currículo, nesse sentido, é o documento</p><p>nuclear que se associa à própria identidade</p><p>da instituição, à sua organização e</p><p>performance e ao papel social que</p><p>exerce. Ele dirige a atividade educativa, a</p><p>experiência de aprendizagem oferecida, que</p><p>inclui o programa, os métodos utilizados,</p><p>as normas, os valores e os esforços</p><p>pedagógicos desenvolvidos com intenções</p><p>educativas para atender às necessidades</p><p>apresentadas pelos estudantes.</p><p>Para orientar a elaboração de novos currículos, é preciso levar em con-</p><p>ta, primeiramente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)1. Segundo</p><p>17</p><p>(1) O documento está disponível na íntegra, em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br, e é estruturado de</p><p>acordo com as três etapas da Educação Básica – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>o Ministério da Educação (MEC), ela é um documento de caráter norma-</p><p>tivo e definidor do conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens es-</p><p>senciais a serem desenvolvidas por todos os estudantes, ao longo das</p><p>etapas e modalidades da Educação Básica. Assim, seu principal objetivo</p><p>é equalizar a qualidade da educação no país, visando ao estabelecimento</p><p>de um patamar comum de aprendizagem e desenvolvimento a que todos</p><p>os estudantes do Brasil têm direito. Em outras palavras, a BNCC determina</p><p>objetos de conhecimento e o desenvolvimento de habilidades correspon-</p><p>dentes a eles para todos os estudantes do país.</p><p>Contudo, ainda de acordo com a legislação educacional, as escolas</p><p>têm espaço para inserir habilidades em seus currículos, desde que de</p><p>acordo com o estabelecido na BNCC, tendo em vista a contextualização e</p><p>a adaptação aos seus projetos pedagógicos. A partir disso e em resposta</p><p>às novas demandas emergentes de um mundo de constantes, imprevisí-</p><p>veis, ambíguas e complexas transformações, as competências chamadas</p><p>“socioemocionais” passam a integrar o currículo escolar de um número</p><p>cada vez mais crescente de escolas e redes ao redor do Brasil. Endossa</p><p>essa inclusão o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual entende que</p><p>a educação deve se orientar por princípios éticos, políticos e estéticos,</p><p>visando à formação humana integral e à construção de uma sociedade</p><p>justa, democrática e inclusiva.</p><p>A Matriz Socioemocional EMTI soma-se a tais esforços, buscando com-</p><p>plementar um esforço da própria Base em relação ao tratamento das com-</p><p>petências socioemocionais e ao objetivo de oferecer uma educação inte-</p><p>gral, esclarecendo seus pressupostos teórico-metodológicos de maneira</p><p>organizada, de tal modo que seja possível guiar a elaboração de currículos</p><p>socioemocionais progressivos e focados. A matriz, nesse sentido, qualifica</p><p>a escolha dos diferentes protagonistas envolvidos no desenvolvimento de</p><p>currículos (secretários, especialistas, gestores, professores e sociedade),</p><p>no que diz respeito à promoção da aprendizagem socioemocional, confi-</p><p>gurando uma pedra fundamental para reformas educacionais voltadas a</p><p>proporcionar bons resultados de aprendizagem.</p><p>18</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>É preciso acrescentar que os atores responsáveis pelo currículo socioe-</p><p>mocional devem observar a sua necessidade de constante revisão e ade-</p><p>quação à prática pedagógica, em aspectos como: introdução ou eliminação</p><p>de conteúdos, além de modificações e atualizações metodológicas, de ava-</p><p>liação, organização didática e introdução de métodos. Nessa perspectiva,</p><p>o currículo deve ser um documento dinâmico, inquieto, vivo, flexível, que</p><p>acompanha as mudanças sociais e tecnológicas, bem como as mudanças do</p><p>perfil de estudante que se busca formar.</p><p>Cultivar uma visão profunda de currículo faz</p><p>ainda com que professores, coordenadores e</p><p>gestores considerem um universo muito mais</p><p>amplo do que a sala de aula (e o conjunto de</p><p>disciplinas, componentes curriculares ou áreas</p><p>do conhecimento), pois lhes permite entender</p><p>o ensino-aprendizagem de modo mais amplo,</p><p>incluindo também as experiências escolares</p><p>em sua totalidade.</p><p>2.2 FORMAÇÃO DE EDUCADORES</p><p>Ninguém caminha sem aprender a caminhar,</p><p>sem aprender a fazer o caminho</p><p>caminhando, refazendo e retocando o sonho</p><p>pelo qual se pôs a caminhar.</p><p>Paulo Freire</p><p>Há um aumento significativo das discussões a respeito da formação con-</p><p>tinuada de educadores e uma oferta cada vez maior de ações de formação,</p><p>tanto nas redes públicas quanto nas redes particulares de ensino. Os novos</p><p>paradigmas sobre o papel e o significado de educar, o trabalho com com-</p><p>petências e habilidades, os desafios advindos das novas tecnologias da in-19</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>formação e da comunicação e o surgimento de metodologias centradas no</p><p>estudante (entre outros aspectos) requerem de gestores, coordenadores e</p><p>professores conhecimentos teóricos e práticos que os preparem para res-</p><p>ponder às demandas da educação do século XXI.</p><p>Não é diferente quando o assunto é educação socioemocional. Se enten-</p><p>dermos que a formação de professores acontece nas dimensões: formação</p><p>inicial, formação em cursos de pós-graduação e formação continuada na es-</p><p>cola, fica evidente que, para desenvolver as competências socioemocionais</p><p>dos estudantes e, assim, promover seu desenvolvimento integral, será neces-</p><p>sário concentrar esforços nesta última dimensão. Isso porque os cursos de</p><p>licenciatura ainda não foram capazes de incorporar as suas grades, com velo-</p><p>cidade suficiente, os conteúdos pertinentes à aprendizagem socioemocional,</p><p>enquanto a formação em cursos de pós-graduação, nessa área, permanece</p><p>pouco acessível à maioria dos educadores do país.</p><p>Além disso, é na formação continuada na escola que o professor tem a</p><p>oportunidade, também, de problematizar e refletir sobre sua própria prática,</p><p>relacionando ao seu repertório teórico, em um processo pela qual vai desen-</p><p>volvendo-se e ganhando autonomia para inovar, de acordo com os recursos</p><p>a que tem acesso e às especificidades do contexto no qual está inserido.</p><p>Promover essas formações apoiaria o reconhecimento e a valorização das</p><p>instituições de ensino como espaço preferencial para, não apenas o compar-</p><p>tilhamento e transmissão do conhecimento acumulado pela humanidade e a</p><p>promoção do desenvolvimento das habilidades cognitivas, mas também para</p><p>a aquisição de competências sociais e emocionais que possibilitem a fruição</p><p>desse conhecimento de maneira plena, conforme proposto pelas Diretrizes</p><p>Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Edu-</p><p>cação Básica. Em uma perspectiva semelhante, o CASEL também considera</p><p>a Formação de Professores, com foco em autoconhecimento e competências</p><p>socioemocionais, como um dos pilares que evidenciam a implementação da</p><p>educação socioemocional nas escolas.</p><p>20</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Formações</p><p>Confiança</p><p>Criatividade</p><p>Consistência</p><p>Aprendizagem</p><p>Socioemocional</p><p>21</p><p>A formação socioemocional de educadores</p><p>destina-se, portanto, a dar condições para que</p><p>o corpo docente possa atuar com consistência,</p><p>criatividade e confiança na promoção da</p><p>aprendizagem socioemocional de seus</p><p>estudantes, partindo do pressuposto de que,</p><p>antes de ser capaz de facilitar experiências de</p><p>aprendizagem nessa área, o educador deve, ele</p><p>mesmo, vivenciar momentos que promovam</p><p>suas próprias competências socioemocionais.</p><p>Figura 3: Fluxo da Aprendizagem Socioemocional</p><p>A matriz socioemocional EMTI fornece estrutura teórica à formação</p><p>continuada de seus educadores, organizando os conteúdos que pode-</p><p>rão ser investigados e vivenciados em espaços destinados à formação</p><p>socioemocional do educador, a fim de desenvolver e explorar as fer-</p><p>ramentas de que precisam para que possam planejar, acompanhar e</p><p>avaliar suas próprias práticas.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>22</p><p>Vale ressaltar que bons resultados são alcançados quando pressu-</p><p>postos teóricos são transformados em estratégias de intervenção pe-</p><p>dagógica. Ou seja, garantir esses espaços de formação continuada,</p><p>que empoderam os professores para implementar ações concretas,</p><p>eficazes e baseadas em evidências científicas, constitui um passo im-</p><p>prescindível para que a aprendizagem socioemocional se manifeste no</p><p>cotidiano escolar e alcance os estudantes.</p><p>Para auxiliar na compreensão de como isso pode ser viabilizado em</p><p>termos práticos, sugere-se que os responsáveis pelas formações de</p><p>educadores se façam perguntas como:</p><p>• Ao estudar as dimensões socioemocionais da matriz, o que</p><p>é mais relevante ser abordado na formação continuada dos</p><p>educadores?</p><p>• Como incentivar o engajamento e evidenciar o aproveitamento</p><p>do educador da formação continuada?</p><p>• Qual a transformação que as formações promovem em cada um</p><p>e, por fim, nos estudantes e na escola?</p><p>Desenvolver mais protagonismo, utilizando</p><p>perguntas como essas, empodera os</p><p>professores para que ocupem o lugar de</p><p>agentes de transformação da educação.</p><p>Perceber profundamente como está a escola</p><p>e criar condições de refletir, fazer propostas e</p><p>agir para buscar mais qualidade no ambiente</p><p>educativo agrega força e admirabilidade/</p><p>reconhecimento a todos.</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>2.3 AULAS DIRETAS</p><p>Aulas diretas são aquelas que têm como objetivo desenvolver compe-</p><p>tências socioemocionais. Elas também são consideradas pelo CASEL</p><p>como um pilar da educação socioemocional na escola. Representam</p><p>evidência da implementação da formação socioemocional na cultura</p><p>escolar, de forma mais permanente e sustentável.</p><p>O CASEL discrimina quatro elementos comumente incorporados a</p><p>abordagens socioemocionais efetivas. Segundo o órgão, essas aborda-</p><p>gens devem ser: sequenciais, apresentando um percurso com etapas</p><p>conectadas e coordenadas; ativas, isto é, com atividades que coloquem</p><p>em prática as habilidades a serem desenvolvidas; focadas, enfatizando</p><p>o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais; e explícitas, ou</p><p>seja, com objetivos claros.</p><p>Figura 4: Características de aulas diretas eficientes, visando à pro-</p><p>moção da aprendizagem socioemocional</p><p>As aulas diretas pressupõem formação de professores para elabora-</p><p>ção de planos de ensino e planos de aulas, que abordem diretamente as</p><p>habilidades selecionadas que compõem o currículo, além de materiais</p><p>didáticos, visando atender aos interesses e necessidades específicos</p><p>23</p><p>Sequencial Ativa Focada Explícita</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>do contexto no qual a escola está inserida. A Matriz Socioemocional</p><p>Curricular EMTI auxilia na definição dos conteúdos que virão a compor</p><p>o currículo socioemocional das escolas de tempo integral.</p><p>É recomendável que o corpo de professores faça tal planejamento</p><p>de maneira colaborativa, para refletir, trocar ideias, trazer a opinião de</p><p>estudantes, pais e/ou responsáveis e comunidade, antes de tomar de-</p><p>cisões sobre a condução dos processos educativos. O coletivo escolar</p><p>deve participar de reflexões periódicas e cíclicas, sob a mobilização</p><p>do gestor, para a elaboração de propostas. Assegurar a cooperação</p><p>de todos auxilia o surgimento de ideias fecundas e boas soluções na</p><p>dimensão socioemocional da educação.</p><p>24</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Importa dizer ainda, no que diz respeito às aulas diretas, que é primordial</p><p>estabelecer articulação não somente com os anseios dos estudantes para o seu</p><p>futuro, como também para a continuidade dos estudos. Quanto a isso, sabemos</p><p>que o Projeto de Vida pode abordar a dimensão socioemocional, tratando de</p><p>grandes temas, como “o encontro do estudante consigo mesmo”; o “encontro</p><p>com o outro e o mundo” e o “encontro com o futuro e o nós”. Esse processo</p><p>de reflexão sobre o que cada estudante quer ser no futuro e de planejamento</p><p>de ações para construir esse futuro pode representar mais uma possibilidade</p><p>de desenvolvimento socioemocional, oportunizando experiências que permitam</p><p>aos estudantes tornarem-se mais protagonistas e conscientes de seus próprios</p><p>processos de escolarização.</p><p>25</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>2.4 CONEXÃO CURRICULAR</p><p>Conexão curricular de competências socioemocionais é outro pilar da</p><p>formação socioemocional considerado pelo CASEL como evidência da</p><p>implementação da educação socioemocional na escola. Ela consiste</p><p>em desenvolver competências e habilidades socioemocionais nas au-</p><p>las, sobre diferentes componentes curriculares, em qualquer área do</p><p>conhecimento. Pode ser realizada em diversas atividades escolares ou</p><p>a partir de inúmeros temas da sala de aula. Tais conexões figuram como</p><p>uma forma produtiva de acoplar as habilidades socioemocionais àquilo</p><p>que já é realizado na escola.</p><p>Porém, esse é um grande desafio contemporâneo, que requer exer-</p><p>cício de criatividade, imaginação e potencial inovador para que sejam</p><p>concebidas várias possibilidades de conexões curriculares ainda não</p><p>consideradas, não imaginadas e não exploradas. A seguir são apresen-</p><p>tados alguns exemplos. Importa realçar que determinadas habilidades</p><p>socioemocionais serão mais facilmente integradas a certas áreas do</p><p>conhecimento. Por exemplo, habilidades relacionadas à consciência</p><p>sobre os próprios sentimentos e emoções podem fazer parte de um</p><p>trabalho na área de Linguagens e suas Tecnologias, como na identifi-</p><p>cação e leitura expressiva de poemas sobre medo, melancolia, orgu-</p><p>lho etc.</p><p>• Durante a leitura de obras literárias, no componente curricular</p><p>Língua Portuguesa, podem ser debatidos, em roda, as atitudes</p><p>de um determinado personagem, seus dilemas morais, valores,</p><p>responsabilidades, bem como suas motivações;</p><p>• Na área de Matemática e suas Tecnologias, promover trabalhos em</p><p>grupos de estudantes pode ampliar o desenvolvimento de</p><p>habilidades</p><p>de colaboração, especialmente se forem reservados</p><p>momentos intencionais para reflexão;</p><p>26</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>• Representar personagens da História por perspectivas diferentes</p><p>pode aumentar o impacto da consciência sobre a complexidade</p><p>humana, bem como gerar conhecimentos mais profundos a respeito</p><p>das consequências dos eventos históricos, reverberando maior</p><p>empatia e respeito à diversidade;</p><p>• Nas leituras de textos em Língua Portuguesa, em atividades de Artes,</p><p>entre outras, existe a possibilidade de refletir com os estudantes</p><p>sobre que pessoa eles escolhem ser, quais as habilidades dos autores,</p><p>dos artistas, revelam-se em um texto escrito, em uma obra de arte,</p><p>e os estudantes escolhem como objetivos para sua composição</p><p>da própria identidade.</p><p>• Em Educação Física, a integração com o currículo acadêmico</p><p>também oferece a possibilidade de que haja, nas aulas dessa</p><p>disciplina, por exemplo, somada aos conteúdos específicos referentes</p><p>a ela, a aprendizagem de habilidades socioemocionais como</p><p>resolução de conflitos ou colaboração, o que pode ser feito a partir</p><p>da prática de um esporte.</p><p>27</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>Todos os educadores, após formações que lhes sensibilizem para a</p><p>questão da educação socioemocional e lhes propiciem as ferramentas</p><p>necessárias, estão convidados a conectar as competências e habilida-</p><p>des socioemocionais aos seus planos de ensino. Esse trabalho será mais</p><p>bem-sucedido e organizado se construído tendo como base a matriz</p><p>curricular socioemocional, já que pode colaborar no desenvolvimento</p><p>do currículo definido e na sua expansão.</p><p>Nesse trabalho, é preciso incentivar os educadores a também cria-</p><p>rem uma rede de comunicação, de modo que possam compartilhar in-</p><p>tensamente experiências bem-sucedidas e boas práticas entre si.</p><p>Por meio das conexões curriculares, os estudantes têm mais chances</p><p>de perceber as competências socioemocionais como parte integrante</p><p>de suas vidas, e não apenas como um componente curricular isolado. A</p><p>partir de uma perspectiva interdisciplinar, ampliam suas perspectivas e</p><p>entram em contato com esses conteúdos, com base na abordagem de</p><p>diferentes educadores, o que potencializa seus repertórios.</p><p>28</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>2.5 CLIMA ESCOLAR</p><p>As escolas são dinâmicas, vivas e se edificam por meio de relações que</p><p>se dão dentro e fora delas. Assim, as famílias dos estudantes e os de-</p><p>mais membros da comunidade formam, juntamente com a instituição</p><p>escolar, uma rede complexa de interdependência. E o que requer para</p><p>que essa interdependência seja bem-sucedida e a escola seja um espa-</p><p>ço de encontro e de convivência, construindo assim a sua identidade e</p><p>acolhendo todos?</p><p>A resposta para esta pergunta passa pela reflexão sobre o clima</p><p>escolar, que influencia a dinâmica da escola e é influenciado por ela,</p><p>interferindo na qualidade de vida dos profissionais e dos estudantes,</p><p>bem como na qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. É</p><p>também um pilar para a promoção da aprendizagem socioemocional</p><p>de acordo com o CASEL.</p><p>29</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>30</p><p>Segundo o PILEGGI VINHA (2017), podemos compreender o clima escolar</p><p>como:</p><p>[...] o conjunto de percepções e expectativas</p><p>compartilhadas pelos integrantes da comunidade</p><p>escolar, decorrente das experiências vividas,</p><p>nesse contexto, com relação aos seguintes fatores</p><p>inter-relacionados: normas, objetivos, valores,</p><p>relações humanas, organização e estruturas física,</p><p>pedagógica e administrativa, os quais estão</p><p>presentes na instituição educativa.</p><p>O clima corresponde às percepções dos docentes,</p><p>discentes, equipe gestora, funcionários e famílias,</p><p>a partir de um contexto real comum, portanto,</p><p>constitui-se por avaliações subjetivas.</p><p>Refere-se à atmosfera psicossocial de uma escola,</p><p>sendo que cada uma possui o seu clima próprio.</p><p>Intimamente associado a relacionamentos pessoais e às competências so-</p><p>cioemocionais aplicadas, com vistas à harmonia e à convivência diária e res-</p><p>peitosa à sala de aula, o clima escolar merece estudo, pois suas análises nos</p><p>permitem conhecer os aspectos de natureza moral que permeiam as relações</p><p>na escola. Contribuem também com a função de integrar o trabalho socioe-</p><p>mocional em sala de aula e ao contexto escolar de forma mais ampla e sus-</p><p>tentável, ajudando a criar espaços, procedimentos e atitudes alinhados a essa</p><p>finalidade. Por exemplo, estudantes mais experientes podem ser convidados a</p><p>se responsabilizar por acolher os novos estudantes e apresentá-los aos espa-</p><p>ços e às pessoas que fazem parte da escola.</p><p>Um clima escolar negativo pode ser fator de risco da qualidade de vida es-</p><p>colar, com o aparecimento de problemas de ordem comportamental, aumento</p><p>do estresse, problemas de convivência, conflitos, indisciplinas, episódios deli-</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>31</p><p>tuosos, vandalismo e outros, que ocorrem entre estudantes e entre es-</p><p>tudantes e professores. Por vezes somos defrontados por agressões, ir-</p><p>ritações, severidade destrutiva, bullying, violências... que surgem como</p><p>as maiores dificuldades enfrentadas nas escolas, as quais requerem de</p><p>cada educador ampla compreensão da dimensão socioemocional da</p><p>educação e do clima escolar.</p><p>E, para efeito de contraste, um clima escolar</p><p>positivo está relacionado à diminuição da</p><p>violência, do estresse e dos problemas de</p><p>ordem comportamental. Influencia fortemente</p><p>a motivação para aprender, suaviza o impacto</p><p>negativo do contexto socioeconômico sobre</p><p>os resultados acadêmicos, além de contribuir</p><p>para o desenvolvimento de uma vida positiva,</p><p>para o desenvolvimento social e emocional</p><p>e para o bem-estar dos estudantes e dos</p><p>professores.</p><p>Diante de reflexões como as apresentadas, é preciso considerar que</p><p>a promoção de um clima escolar positivo demanda o envolvimento de</p><p>todos. Gestores e coordenadores, por exemplo, podem dedicar espa-</p><p>ços de formações em que professores e estudantes possam planejar,</p><p>acompanhar e avaliar ações voltadas a aumentar a segurança e me-</p><p>lhorar a qualidade dos vínculos entre estudantes e entre professores e</p><p>estudantes, abrir espaços para a escuta das demandas das turmas etc.</p><p>A Matriz Socioemocional EMTI pode ser uma inspiração para o pla-</p><p>nejamento de ações que promovam o clima escolar. É imprescindível,</p><p>porém, estabelecer formações sistêmicas e recorrentes para tornar os</p><p>educadores mais abertos e sensíveis às pistas sutis que revelam os “cli-</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL</p><p>Formação de</p><p>professores</p><p>Conexão</p><p>curricular</p><p>Aulas</p><p>diretas</p><p>Ambiente</p><p>acolhedor de</p><p>aprendizagem</p><p>(clima</p><p>escolar)</p><p>32</p><p>mas” subjetivos na escola, condição fundamental para que as ações</p><p>possam, de fato, superar os desafios presentes.</p><p>Figura 4: Pilares da Educação Socioemocional</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O mundo atual exige habilidades relacionadas a comunicar-se efetivamente,</p><p>ser criativo, analítico e crítico, participar dos assuntos coletivos, estar aberto</p><p>ao diferente, trabalhar colaborativamente, desenvolver a resiliência, entre ou-</p><p>tras. Isso requer muito mais do que o acúmulo de informações, característica</p><p>do modelo tradicional. Requer, de acordo com a BNCC, o desenvolvimento</p><p>de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação</p><p>cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade, apli-</p><p>car conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar deci-</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>33</p><p>sões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar solu-</p><p>ções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.</p><p>Assim, a educação integral solicita da</p><p>sociedade um olhar inovador e inclusivo a</p><p>questões centrais do processo educativo:</p><p>o que aprender, para que aprender,</p><p>como ensinar, como</p><p>promover redes de</p><p>aprendizagem colaborativa, etc.</p><p>Diante desse cenário, juntamente com os estudantes, somos todos apren-</p><p>dizes da dimensão socioemocional da educação, para que tenhamos cada</p><p>vez mais coerência nas relações humanas, com atos respaldados por uma</p><p>lucidez teórica que inspire confiança e uma atmosfera de trabalho positiva.</p><p>Desenvolver a aprendizagem socioemocional, então, é um trabalho que en-</p><p>volve a colaboração de todos, alinhados a um objetivo comum.</p><p>Projeto gráfico/</p><p>diagramação</p><p>e ilustrações</p><p>Renata Borges</p><p>https://www.renataborges.com/</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>34</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABED, A. L. Z. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais</p><p>como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar</p><p>de alunos da educação básica. São Paulo: 2014</p><p>BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Base Nacional Comum Curricular,</p><p>versão final. Brasília, DF, 2018. Acesso em: 26 nov. 2020.</p><p>BRIDGELAND, J., BRUCE, M., & HARIHARAN, A. The missing piece:</p><p>A national teacher survey on how social and emotional learning</p><p>can empower children and transform schools. A report for CASEL.</p><p>Civic Enterprises. 2013.</p><p>CASEL. National commission on social, emotional, and academic</p><p>development, 2017. Acesso em: 05/08/2019.</p><p>COLL, César. Psicologia e Currículo: uma aproximação psicopedagógica</p><p>à elaboração do Currículo escolar. 5. ed. São Paulo, SP:</p><p>Editora Ática, 2007. 200 p.</p><p>DURLAK, J. A., & DUPRE, E. P. 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Acesso em 25 nov. 2020.</p><p>https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1145092.pdf</p><p>https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1145092.pdf</p><p>http://www.jstor.org/stable/44219021</p><p>http://www.jstor.org/stable/44219021</p><p>http://www.jstor.org/stable/44219021</p><p>https://www.michigan.gov/documents/mde/SEL_Competencies-_ADA_Compliant_FINAL_605109_7.pdf</p><p>https://www.michigan.gov/documents/mde/SEL_Competencies-_ADA_Compliant_FINAL_605109_7.pdf</p><p>https://novaescola.org.br/conteudo/18758/avaliando-o-clima-escolar</p><p>MATRIZ</p><p>SOCIOEMOCIONAL</p><p>CURRICULAR</p><p>DIRETRIZES</p><p>PEDAGÓGICAS</p><p>36</p><p>SKLAD, M., DIEKSTRA, R., RITTER, M. D., BEN, J., & GRAVESTEIJN, C.</p><p>Effectiveness of school-based universal social, emotional,</p><p>and behavioral programs: Do they enhance students’</p><p>development in the area of skill, behavior, and adjustment?</p><p>Psychology in the Schools, v. 49, n. 9, p. 892-909. 2012.</p><p>WEISSBERG, R. P., DURLAK, J. 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