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<p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Preparação para Concursos</p><p>SIMULADOS/QUESTÕES</p><p>ADJETIVO</p><p>Questão 1: FGV - Em todas as opções abaixo há uma sequência de adjetivos que expressam uma</p><p>mesma ideia; a opção em que esses adjetivos partem do menos para o mais intenso é:</p><p>a) amigo / companheiro / parceiro;</p><p>b) afastado / distante / remoto;</p><p>c) colérico / irado / raivoso;</p><p>d) sentimental / sensível / afetivo;</p><p>e) delicado / gentil / educado.</p><p>Questão 2: FGV - Texto 1</p><p>Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca</p><p>deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a</p><p>língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e</p><p>brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta</p><p>delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada</p><p>fenômeno, cada osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal,</p><p>a hipóstase cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas</p><p>apelações, sob pena de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)</p><p>Machado de Assis nos diz no texto 1 que a linguagem literária adjetiva muito; a frase abaixo que</p><p>exemplifica de modo mais claro essa afirmação, por conter maior número de vocábulos classificados</p><p>como adjetivos, é:</p><p>a) Devem-se considerações aos vivos; aos mortos deve-se apenas a verdade;</p><p>b) Um cadáver é o produto final; nós somos apenas a matéria-prima;</p><p>c) A vida é agradável e a morte é tranquila. O problema é a transição;</p><p>d) A morte é uma vida vivida. A vida é uma morte que chega;</p><p>e) A morte não é o fim. Sempre resta a briga interminável pelo espólio.</p><p>Questão 3: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem</p><p>avaliar sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta</p><p>e adequada.</p><p>Nas opções a seguir foram destacados termos formados por adjetivo + substantivo. Assinale a frase a</p><p>seguir em que a troca de posição dessas palavras entre si não modifica o significado expresso.</p><p>a) A melhor maneira de ter uma boa ideia é ter várias ideias.</p><p>b) A mente humana, uma vez ampliada por uma nova ideia, nunca mais volta a seu tamanho original.</p><p>c) As melhores ideias são propriedades de todos.</p><p>d) As diversas ideias que temos devem ser compartilhadas.</p><p>e) Nossas diferentes ideias sobrevivem mais facilmente.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 4: FGV - Texto 3</p><p>“Uma investigação complexa da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que durou 16 meses resultou na</p><p>prisão do homem apontado como o maior traficante de cocaína da capital, Wesley do Espírito Santo,</p><p>vulgo Macarrão, de 42 anos. Além disso, rendeu também a desarticulação de uma quadrilha</p><p>especializada em abastecer o DF com uma das drogas mais caras, a escama de peixe, variedade mais</p><p>valiosa e refinada, em 2013. O Correio revelou, com exclusividade, como funcionava o esquema</p><p>criminoso comandado pelo traficante, condenado à pena mais alta da história de Brasília e executado</p><p>enquanto trabalhava, em Taguatinga. Na reportagem deste domingo (31/10), a atuação de cada um</p><p>dos envolvidos é detalhada”</p><p>(Adaptado. Correio Braziliense, 2/12/2021).</p><p>“Uma investigação complexa da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que durou 16 meses resultou na</p><p>prisão do homem apontado como o maior traficante de cocaína da capital, Wesley do Espírito Santo,</p><p>vulgo Macarrão, de 42 anos.”</p><p>Nesse segmento do texto 3, o adjetivo sublinhado tem a função de:</p><p>a) valorizar, indiretamente, o trabalho da polícia;</p><p>b) justificar o pouco tempo dedicado à investigação;</p><p>c) mostrar o preparo intelectual dos agentes policiais;</p><p>d) indicar uma opinião do jornal sobre a prisão realizada;</p><p>e) informar a população sobre o trabalho diário da polícia.</p><p>Questão 5: RBO - Observe a frase abaixo:</p><p>Terei uma séria conversa com você em breve.</p><p>Assinale a alternativa cuja palavra destacada, dentro do contexto, possui a mesma classificação</p><p>morfológica da palavra em destaque acima.</p><p>a) Meu objetivo é fazer pós-graduação em Psicologia.</p><p>b) Tenho uma lembrança vaga daquele rosto.</p><p>c) Meu amigo francês adorou sua comida.</p><p>d) Dormir tarde foi realmente uma péssima ideia.</p><p>Questão 6: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do</p><p>texto estão citados na questão.</p><p>Para entender a gestão do SUS: antecedentes</p><p>Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita</p><p>vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma</p><p>divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que</p><p>podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.</p><p>Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em</p><p>cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência,</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>tinham, mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à</p><p>assistência à saúde, dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e</p><p>hospitalares providos pela previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo</p><p>restante da população brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à</p><p>assistência à saúde – normalmente restrito às ações dos poucos hospitais públicos e às atividades</p><p>filantrópicas de determinadas entidades assistenciais.</p><p>Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das</p><p>evidentes d.is..criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e</p><p>competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.</p><p>Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios</p><p>desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com</p><p>destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na</p><p>prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se a ações desenvolvidas por</p><p>alguns poucos hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e</p><p>dirigidas à população não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por</p><p>uma atividade caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por</p><p>instituições de caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.</p><p>Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –</p><p>inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de</p><p>Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência</p><p>Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os</p><p>trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados</p><p>previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava</p><p>nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à</p><p>saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e..x.istente e a</p><p>assistência prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais</p><p>próprios) e de uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação</p><p>de serviços.</p><p>Toda esta situação – a de..s.articulação dos serviços de saúde da época e os</p><p>indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça</p><p>tão esquiva quanto a outra.</p><p>O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa.</p><p>Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.</p><p>Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o</p><p>seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio − cor</p><p>incomum</p><p>c</p><p>em gatos comuns − e se dispunha a ajudar-me na captura. Lá fomos sob o vento da praia,</p><p>em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não</p><p>dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram;</p><p>tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.</p><p>Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação</p><p>b</p><p>, a poucos metros. Desistimos. Se for</p><p>Inácio, pensei, dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.</p><p>Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a</p><p>mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É</p><p>o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>suplemento de informação. Livros e papéis, sim, beneficiam-se com a sua presteza austera</p><p>d</p><p>. Mais do</p><p>que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.</p><p>Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave</p><p>e</p><p>e macia de</p><p>Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e</p><p>cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é</p><p>falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica</p><p>muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou</p><p>através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.</p><p>Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver</p><p>vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem</p><p>dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza;</p><p>tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de</p><p>desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas</p><p>patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.</p><p>(ANDRADE, Carlos Drummond. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)</p><p>O termo que qualifica o substantivo na expressão “sorte geral” tem sentido oposto ao termo que</p><p>qualifica o substantivo em:</p><p>a) encanto imemorial.</p><p>b) obstinada contemplação.</p><p>c) cor incomum.</p><p>d) presteza austera.</p><p>e) nota grave.</p><p>Questão 33: FCC - Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.</p><p>1. Neide Gondim faz parte da primeira geração de pensadores da Universidade Federal do Amazonas</p><p>empenhados em pensar a Amazônia em um movimento inverso do que, costumeiramente, é feito, ou</p><p>seja, de dentro para fora. Sua obra reflete sobre o que pensavam os europeus que chegaram até a</p><p>Amazônia pela primeira vez no século 16. Esses conquistadores ganharam a vez de contar a história e</p><p>o fizeram do ponto de vista de onde partiram.</p><p>2. Em livros como “A invenção da Amazônia”, Neide Gondim reconstrói brilhantemente os caminhos</p><p>desse pensamento, que veio a fundar uma tradição estética sobre a Amazônia, em que predomina o</p><p>paradoxal, o hiperbólico, o contraditório, o infernal e o paradisíaco. A autora redesenha o</p><p>pensamento europeu dos homens que se atiraram ao mar em busca de comprovar as teorias</p><p>especulativas sobre o mundo medieval. Ela identifica em sua bagagem duas lupas iluminadas pelo</p><p>imaginário fantástico: as escrituras bíblicas e o Oriente conhecido por meio de livros e relatos de</p><p>viagens.</p><p>3. É por meio dessa literatura, que serve até hoje de documento histórico, que Neide Gondim vai</p><p>trançando as imagens que se projetaram sobre o país das amazonas nas Américas e, desse modo,</p><p>descortina as representações europeias sobre a região que hoje conhecemos como Amazônia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>4. A autora identifica uma obsessão do europeu medieval: encontrar o paraíso sobre a terra, longe da</p><p>fome e da peste que assolavam a Europa medieval.</p><p>5. Quando se aventuraram mais adentro das Américas, os europeus pensaram ser o grande rio um mar</p><p>de águas doces. Nele buscaram encontrar a exuberância fantástica da Índia e as guerreiras amazonas,</p><p>cuja imagem carregavam consigo devido à forte influência da Grécia Antiga.</p><p>6. O primeiro relato data de 1542, do cronista Gaspar de Carvajal, que acompanhava Francisco de</p><p>Orellana na primeira descida pelo rio, vindo do Peru em direção ao Atlântico. Neide Gondim</p><p>identifica os mesmos recursos utilizados por Marco Polo ao falar sobre o Oriente nas descrições de</p><p>Carvajal. Carvajal afirma ter guerreado com as amazonas; dá a localização do Rio de Ouro que levaria</p><p>até Manoa, a capital de ouro das amazonas; ao mesmo tempo, descreve o curso dos rios com precisão</p><p>de navegador.</p><p>7. Muitas teorias floresceram durante os séculos seguintes na tentativa de explicar toda a novidade</p><p>encontrada nas Américas. Darwin colocou as gentes da Amazônia na primeira idade evolutiva da</p><p>humanidade; a Amazônia seria como um grande museu natural. O determinismo de Buffon afirmava</p><p>que essas gentes não conseguiram evoluir em consequência do clima quente. Montaigne via na</p><p>ausência do rei a evolução paradisíaca para onde o europeu deveria seguir. Locke via na ausência do</p><p>Estado a causa da degeneração daquelas gentes.</p><p>8. Tais ideias se difundiram por meio da ciência, da filosofia, das letras. Seus traços fantásticos são</p><p>revestidos de verdade científica a partir do argumento de autoridade. Essas ideias estigmatizaram as</p><p>gentes da Amazônia como primitivos, indolentes, infantis e bestializados. Estigmatizaram também a</p><p>floresta como uma entidade fantástica distante e desconhecida no imaginário mundial.</p><p>9. Para Neide Gondim, a representação hiperbólica da Amazônia é uma tentação de que quase</p><p>ninguém escapa. Para a autora, essa representação edênica começou no imaginário medieval sobre o</p><p>incompreensível Oriente e a desconhecida América. Toda essa trança imaginária é apresentada com</p><p>muita leveza e habilidade na obra de Neide Gondim.</p><p>(Adaptado de: DASSUEM, Nogueira. Disponível em: www.amazonamazonia.com.br)</p><p>O adjetivo que, no contexto, está empregado como substantivo encontra-se no trecho:</p><p>a) Nele buscaram encontrar a exuberância fantástica da Índia. (5º parágrafo)</p><p>b) a representação hiperbólica da Amazônia. (9º parágrafo)</p><p>c) pensaram ser o grande rio um mar de águas doces. (5º parágrafo)</p><p>d) Ela identifica em sua bagagem duas lupas iluminadas pelo imaginário fantástico. (2º parágrafo)</p><p>e) em que predomina o paradoxal. (2º parágrafo)</p><p>Questão 34: FGV - O ato de descrever corresponde a atribuir ao objeto da descrição informações,</p><p>qualificações, estados, caracterizações ou relações.</p><p>A opção abaixo em que o adjetivo indica uma caracterização, é:</p><p>a) relógio importado;</p><p>Material Individual. 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O mais pacato e modesto dos homens.</p><p>Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João</p><p>Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.</p><p>Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não</p><p>quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.</p><p>Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o deperecimento visível de sua Itaoca.</p><p>“Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. “Já teve três médicos bem bons — agora só um e bem</p><p>ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem</p><p>circo de cavalinhos bate mais por aqui.</p><p>A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando...”</p><p>João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato</p><p>qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo</p><p>possível.</p><p>“É isso”, deliberou lá por dentro. “Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale</p><p>mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem</p><p>recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca</p><p>fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...</p><p>Ser delegado numa cidadinha daquelas é coisa seriíssima. Não há cargo mais importante. É o homem</p><p>que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o Governo. Uma</p><p>coisa colossal ser delegado — e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...</p><p>João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas.</p><p>Pela madrugada botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.</p><p>Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.</p><p>— Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?</p><p>— Vou-me embora — respondeu o retirante. — Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.</p><p>— Mas, como? Agora que você está delegado?</p><p>— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado eu não moro. Adeus.</p><p>E sumiu.</p><p>Monteiro Lobato. Um homem de consciência. In: Contos completos/</p><p>Monteiro Lobato. 1.a ed.São Paulo: Biblioteca Azul, 2014.</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.</p><p>No texto, o emprego do grau superlativo nos adjetivos “Honestíssimo”, “lealíssimo” e “seriíssima”</p><p>expressa ironia.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 38: IMPARH -</p><p>"Il faut cultiver notre jardin." (Voltaire)</p><p>Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de Voltaire, que</p><p>encerra o conto “Cândido” é uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar nosso jardim”) do conto, que</p><p>foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica muito clara e atual para mim. Percebam a nossa</p><p>volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do vizinho? Está cultivando boas sementes? Preocupa-se</p><p>mais com o jardim do outro? Pisa ou destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando</p><p>brotar?</p><p>Na era em que vivemos, é bastante complicado respondermos essas perguntas. É o bem contra o mal,</p><p>a sombra contra a luz, pessoas com anseio de “mudar o mundo” e não mudam a si mesmas, revolução,</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>extremismo, violência; o jardim do vizinho “mais verde” que o seu; nas redes sociais, também</p><p>podemos perceber muitos “jardins” maquiados de photoshop e muita hipocrisia disfarçada em uma</p><p>maçã bonita por fora e estragada por dentro. Eu me pego pensando como seria diferente se cada um</p><p>cuidasse do seu jardim com a mesma intensidade e capacidade de cuidar do jardim do vizinho,</p><p>imagina que mundo maravilhoso teríamos!</p><p>Apenas acredito profundamente: é necessário cultivar o nosso jardim. Escolha criteriosamente as</p><p>sementes, seja de grandes árvores, seja de pequenas flores; tenho certeza de que, se forem bem</p><p>semeados e cuidados, os frutos e as flores serão lindos, atrairão pássaros, borboletas e até olhares</p><p>curiosos, querendo saber como conseguiu florescer um jardim como esse.</p><p>Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes. Entrarão no</p><p>seu jardim, pisarão nas flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os pássaros e as borboletas, e,</p><p>nesse momento, você precisará defender o seu jardim, o propósito de ter escolhido cada semente e de</p><p>continuar acreditando que escolheu as corretas e, se achar necessário, no próximo ciclo, renovar todo</p><p>o seu jardim, mudar as técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o seu</p><p>jardim.</p><p>A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma alface grande</p><p>ou pequena, feia ou bonita; ainda será uma alface. O mesmo funciona em nossa vida: escolha cada</p><p>semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou erro, ela é exata.</p><p>Adaptado de GONÇALVES, Carolina de Almeida. In https://administradores.com.br/artigos/como-est%C3%A1-o-cultivo-do-seu-</p><p>jardim; acesso em 28/01/2022.</p><p>Em “a frase fica muito clara”, a forma adjetival em destaque está flexionada no grau:</p><p>a) comparativo de superioridade.</p><p>b) superlativo absoluto sintético.</p><p>c) superlativo absoluto analítico.</p><p>d) relativo de superioridade.</p><p>Questão 39: QUADRIX - Texto</p><p>Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televisões hipnotizaram os espectadores, que</p><p>assistiram, sem piscar, ao resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um rio. Assisti</p><p>ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o silêncio à volta do aparelho se desfez e as</p><p>pessoas retornaram às suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Perguntei-me:</p><p>indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra, indiferença é sinônimo de desdém, de</p><p>insensibilidade, de apatia e de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de</p><p>ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada de particular”; enfim, explica o</p><p>dicionário, uma atitude de neutralidade.</p><p>Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis diante da paixão, imunes à angústia, vamos</p><p>hoje burilando nossa indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, seguimos surdos ao</p><p>barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de massa “quentes” (lembram-se do “Diretas já”?) onde</p><p>nos fundíamos na igualdade, passamos aos gestos frios [A], nos quais indiferença e distância [B] são</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos [C] estrangeiros [D] ao destino de nossos</p><p>semelhantes [E]. Damos as voltas que forem necessárias para não toparmos com o outro, com o</p><p>diferente.</p><p>O mundo exterior nos bombardeia com a miséria, a selvageria, a violência e, simultaneamente, com o</p><p>riso, a anedota e a festa. Mas, pelo tubo ótico, um morto é igual ao outro. Mais e mais a televisão</p><p>ensina o nosso olhar a perder o uso da perspectiva. Ela apaga as asperidades</p><p>e os relevos; não há mais</p><p>diferença entre o real e o imaginário. Na tela, pessoas tornam-se coisas e coisas tornam-se pessoas.</p><p>Assim, findo o resgate, mãe e filha se afogaram na nova máquina de lavar, na espuma do novo</p><p>detergente. E, de quadro em quadro, vamos assistindo, desencantados, a nossa posição ética perante</p><p>o mundo anestesiar-se.</p><p>Não adianta trocar de canais: a mensagem é sempre a mesma. Não sentir, não pensar, não falar ou</p><p>falar com indiferença do que não nos toca jamais. A modernidade, denunciaram alguns filósofos, não</p><p>passa de um enorme dispositivo para nos “acostumar”; acostumar com o espetáculo diário do</p><p>sofrimento televisionado, acostumar com nossa função de consumidores anônimos e apáticos. Antes de</p><p>ligar a televisão, antes mesmo de pensar em poupar energia, vou pensar nisso.</p><p>Mary Del Priore. Indiferença e modernidade. In: Histórias do cotidiano. Editora Contexto, 2001 (com adaptações).</p><p>No texto, o adjetivo “iguais” qualifica</p><p>a) “gestos frios”.</p><p>b) “indiferença e distância”.</p><p>c) o sujeito da forma verbal “somos”.</p><p>d) “estrangeiros”.</p><p>e) “nossos semelhantes”.</p><p>Questão 40: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>Três ovos. Uma lata de leite condensado e a mesma medida de leite. Açúcar para a calda de caramelo.</p><p>Essa é a receita do pudim de leite da minha mãe. Apesar da quantidade escassa de ingredientes, o</p><p>resultado pode variar muito. O pudim dela, por exemplo, às vezes fica cheio de furinhos, às vezes</p><p>parece mais uma ambrosia. É que ela adora fazer experimentações na cozinha. Em muitos momentos</p><p>isso acontece porque um ingrediente falta e ela testa seguir com o doce mesmo assim. E já aconteceu</p><p>também de estar com pressa e pular etapas. Dona Ligia é desse jeito, um misto de praticidade com</p><p>certa dose de impaciência e ansiedade para algumas coisas. Foi assim, experimentando e sabotando a</p><p>própria receita, que descobriu que o pudim pode ganhar sabores e nuances diferentes de acordo com o</p><p>modo de preparo.</p><p>Uma vez, fez com dois ovos em vez de três. Outro dia, cansada de fazer o pudim cozinhar em</p><p>banho-maria, colocou no forno, sem banho-maria. E o resultado foi interessante — foi a versão que</p><p>lembra a ambrosia. No início, achava isso um absurdo. Receita existe para ser seguida, afinal. Mas</p><p>depois percebi que há uma beleza até quando questionamos aquilo que parece tão certo.</p><p>A chef brasileira Roberta Sudbrack fez sucesso em eventos internacionais de cozinha com a sua farinha</p><p>de banana. Ela conta que testava reações da banana em diferentes temperaturas. “De repente, vejo</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>um cozinheiro passar encolhido, tentando se esconder e carregando uma travessa enorme cheia de</p><p>bananas que, na visão dele, tinham passado do ponto num dos testes”. Antes que as frutas fossem</p><p>jogadas no lixo, sugeriu que deixasse secar mais um pouco para, depois, bater no processador. Assim</p><p>nasceu a farofa de banana, um ícone no cardápio da premiada chef.</p><p>É claro que seguir a receita é importante. Mas existe um lugar nisso tudo que é a nossa capacidade de</p><p>subverter e experimentar. Pode ser que dê certo ou não. E tudo bem. Acho que na vida muitas vezes é</p><p>assim. Seguimos a “receita” que nos ensinaram. Parece que a felicidade estará ali. Só que,</p><p>infelizmente, nem sempre as coisas acontecem dessa forma. Às vezes, precisamos experimentar além</p><p>da</p><p>receita, ter a capacidade de olhar novas possibilidades. Ana Holanda. Tudo bem errar.</p><p>In: Viva Saúde, ano</p><p>15, ed. 217, 2022, p. 66 (com adaptações).</p><p>Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item.</p><p>A palavra “ambrosia” classifica-se como adjetivo, empregado pela autora para caracterizar,</p><p>negativamente, o pudim que deu errado.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 41: DIRENS Aeronáutica - Leia o texto abaixo e avalie as afirmações.</p><p>“Aquele rio</p><p>era como um cão sem plumas.</p><p>Nada sabia da chuva azul,</p><p>da fonte cor-de-rosa,</p><p>da água do copo de água,</p><p>da água de cântaro,</p><p>dos peixes de água,</p><p>da brisa na água.” (João Cabral de Melo Neto)</p><p>I- “de água”, “de cântaro” e “sem plumas” são locuções adjetivas.</p><p>II- “azul” e “cor-de-rosa” são adjetivos.</p><p>III- “da água”, “de água” e “na água” são locuções adjetivas.</p><p>IV- “da fonte” e “dos peixes” são locuções adjetivas.</p><p>Está correto o que se afirma em</p><p>a) III e IV.</p><p>b) II e III.</p><p>c) I e IV.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>d) I e II.</p><p>Questão 42: INSTITUTO MAIS - Analise os quadrinhos abaixo para responder à questão.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o correto plural da palavra “responsável”, que aparece no</p><p>primeiro e no segundo quadrinho.</p><p>a) Responsávels.</p><p>b) Responsáveleis.</p><p>c) Responsávelis.</p><p>d) Responsáveis.</p><p>e) Responsáveles.</p><p>Questão 43: DIRENS Aeronáutica - Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado, quanto ao</p><p>gênero, classifica-se como uniforme.</p><p>a) O campeonato europeu daquele ano revelou grandes estrelas para a Copa do Mundo.</p><p>b) O gesto encantador da pequena garota oferecendo seu cuidado ao pobre andarilho comoveu as</p><p>redes sociais.</p><p>c) Pesquisou tudo quanto pôde a respeito do povo pigmeu a fim de compor um ótimo trabalho</p><p>escolar.</p><p>d) A menina, nas roupas e nos gestos, esforçava-se por parecer mais madura diante dos garotos, mas</p><p>seu olhar pueril a traía sempre.</p><p>Questão 44: QUADRIX - Por que somos o único bicho com linguagem? Porque só a gente é capaz de</p><p>se expressar como em tantos poemas que conhecemos. Bem… em termos. Na verdade, poesia assim é</p><p>para poucos, como Carlos Drummond de Andrade, mas os seres humanos se destacam entre outras</p><p>espécies consideradas inteligentes, como chimpanzés e golfinhos, porque, entre outras coisas, são</p><p>capazes de encaixar uma ideia na outra, formando frases quilométricas, sem fim. Esse componente,</p><p>presente apenas na linguagem da nossa espécie, é chamado de recursividade.</p><p>Anos de trabalho para ensinar outros animais (como os internacionalmente famosos papagaio Alex e</p><p>bonobo Kanzi) a se comunicarem com a linguagem humana serviram para provar que, por mais que</p><p>possam avançar, há um limite, bem distante do mínimo que um ser humano pode fazer.</p><p>Para o linguista americano Noam Chomsky, que estuda esse assunto há mais de seis décadas, o que nos</p><p>torna diferentes é que temos uma espécie de “órgão da linguagem” no cérebro, que talvez nem tenha</p><p>surgido com esse fim, mas com a finalidade de realizar cálculos combinatórios. Daí a ideia de que a</p><p>recursividade seja o fato que torna a linguagem humana única, como propõem Chomsky e seus colegas</p><p>Marc Hauser e Tecumseh Fitch.</p><p>No começo de 2008, durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência,</p><p>Hauser comparou a comunicação humana com a dança das abelhas, considerada uma forma de</p><p>linguagem. Após acharem comida, esses animais voltam para a colmeia e informam onde está o</p><p>alimento por meio dessa dancinha. “É uma linguagem simbólica e separada da ação no tempo e no</p><p>espaço. O problema é que as abelhas só conversam sobre comida”, afirma o pesquisador da</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Universidade Harvard. Já a recursividade permite que nosso uso da linguagem seja praticamente</p><p>infinito — basta combinar unidades menores para formar frases nunca ouvidas antes. Esse potencial</p><p>inesgotável é ideal para comunicar todo tipo de informação e ideia, o que torna óbvia a vantagem</p><p>trazida por essa capacidade aos seres humanos.</p><p>Mas o que dizer das capacidades do papagaio cinza, africano, Alex, morto em 2007, aos 31 anos de</p><p>idade? O trabalho feito pela psicóloga Irene Pepperberg ao longo de toda a vida do animal mostrou que</p><p>a ave era capaz de entender alguns conceitos. Ele aprendeu a separar palavras por categorias e a</p><p>contar pequenas quantidades e sabia até reconhecer algumas cores e formas. E, apesar de haver</p><p>relatos de que,</p><p>às vezes, ele ajudava outros papagaios do laboratório a falarem melhor e que, de vez</p><p>em quando, ele se mostrava aborrecido com exercícios repetitivos, ele não mostrava sinais de lógica</p><p>ou capacidade de generalização tal como nós.</p><p>Para Hauser, estudos com outros animais “falantes”, por mais que mostrem que eles têm capacidade</p><p>de reagir emocionalmente e de discriminar algumas percepções, acabam por comprovar que “essas</p><p>habilidades não interagem no cérebro como a cognição humana”. Ao juntar tudo isso, criamos a</p><p>linguagem.</p><p>Giovana Girardi. Por que somos o único bicho com linguagem? In: Revista Superinteressante. Internet: <super.abril.com.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>Quanto aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item.</p><p>O termo “infinito” (linha 18) qualifica o vocábulo “uso” (linha 17).</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 45: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>O DNA é o composto orgânico que contém todas as informações necessárias para o desenvolvimento e</p><p>a manutenção de um organismo e está presente em cada uma das nossas células.</p><p>Não raramente, o DNA sofre mutações e dá origem a variações nas características dos indivíduos.</p><p>Algumas vezes, essas variações são benéficas ou inofensivas, como a capacidade de digerir lactose na</p><p>idade adulta, as mechas brancas no cabelo, entre outras características que surgiram na espécie</p><p>humana a partir de mutações. Mas, muitas vezes, elas podem ser prejudiciais, como é o caso das</p><p>doenças genéticas.</p><p>Dada essa relação entre nosso DNA e características do nosso organismo, seria possível promover</p><p>alterações nesse material para dar às pessoas superpoderes ou melhoramentos que as tornem</p><p>super-humanos (ou, ao menos, que as protejam de doenças)?</p><p>Desde os estudos da química britânica Rosalind Franklin (1920-1958) sobre a estrutura molecular do</p><p>DNA, a ciência vem investigando o papel desempenhado por cada gene — cada pedaço do DNA — nas</p><p>características do nosso organismo e do de outros seres vivos. Desde então, os cientistas também vêm</p><p>investigando formas de alterar o DNA das células de diversas espécies, de modo a obter plantas mais</p><p>resistentes a pragas, animais mais resistentes a doenças, entre outros fins.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Nos anos 1970, cientistas inauguraram a engenharia genética, ao desenvolverem a tecnologia do DNA</p><p>recombinante, com a qual é possível cortar fragmentos de DNA de uma espécie e transferi-los</p><p>artificialmente para outra.</p><p>Esse processo de edição genética (corte e transferência de genes) passou a ser extremamente barato,</p><p>rápido e preciso após o desenvolvimento do método CRISPR-Cas, que se baseia no sistema de defesa</p><p>das bactérias.</p><p>Quando um vírus infecta uma bactéria, ela acopla o DNA do vírus ao seu próprio DNA, em uma região</p><p>denominada CRISPR. Em seguida, a bactéria cria uma molécula de RNA, que é uma cópia desse DNA</p><p>viral.</p><p>O RNA liga-se, então, a outra proteína, chamada Cas9, e esse conjunto se torna uma espécie de</p><p>sentinela. Essa sentinela se move pela bactéria à procura de material genético que seja exatamente</p><p>igual àquele do vírus que foi copiado. Se o vírus invade novamente a bactéria, a sentinela o encontra e</p><p>faz um corte preciso no DNA do vírus, destruindo-o e mantendo a bactéria protegida.</p><p>Em 2012, a bioquímica e bióloga molecular Jennifer Doudna e a microbiologista e imunologista</p><p>Emmanuelle Charpentier descobriram que esse sistema CRISPR-Cas é programável, ou seja, podemos</p><p>entregar a ele a “foto” de uma parte exata do DNA para que ela seja cortada.</p><p>Doudna e Charpentier também mostraram que, inserindo-se em uma célula o CRISPR-Cas com um novo</p><p>material genético, é possível não só recortar um pedaço de DNA indesejável, como também fornecer</p><p>imediatamente um pedaço para reparação. Isso significa que podemos literalmente trocar um gene</p><p>que não nos interessa por outro que queremos.</p><p>O uso do método CRISPR-Cas está reduzindo custos na agricultura, na pecuária e até na produção de</p><p>fármacos e vacinas. Na medicina, muitos estudos já vêm demonstrando o potencial dessa tecnologia</p><p>no tratamento de alguns tipos de câncer e na cura de inúmeras doenças genéticas.</p><p>Uma das possibilidades de tratamento de câncer consiste em retirar células imunes do organismo de</p><p>uma pessoa, mudar os códigos genéticos delas, com CRISPR-Cas, para que se tornem excelentes</p><p>caçadoras de tumores e devolvê-las ao organismo, sem gerar nenhum efeito colateral.</p><p>Outras formas de se utilizar esse método estão sendo estudadas e ainda representam um importante</p><p>desafio tecnológico. Mas de uma coisa podemos ter certeza: o CRISPR-Cas nos coloca mais próximos da</p><p>descoberta de tratamentos e curas de muitas doenças e acelera significativamente as pesquisas na</p><p>área.</p><p>Lucas Mascarenhas de Miranda. A engenharia genética pode criar super-humanos? Internet: <cienciahoje.org.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>Em relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item.</p><p>Tanto o vocábulo “programável” quanto o vocábulo “indesejável” pertencem à classe dos adjetivos.</p><p>Certo</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Errado</p><p>Questão 46: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.</p><p>A loteria genética</p><p>O morticínio e as iniquidades provocados por ideias supostamente científicas sobre genes e raças são</p><p>conhecidos. Em boa medida por causa desse histórico sombrio, parte da sociedade passou as últimas</p><p>décadas ignorando, quando não combatendo, pesquisas no campo da genética humana,</p><p>particularmente da genética comportamental. Não é uma estratégia particularmente brilhante. Um</p><p>dos maus hábitos da realidade é que ela não vai embora só porque você não gosta dos resultados que</p><p>ela produz.</p><p>Esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros escritos por cientistas</p><p>com agenda abertamente progressista que mostram que os genes são relevantes para o</p><p>comportamento humano. “The Genetic Lottery”, de Kathryn Paige Harden, é uma dessas obras. Seu</p><p>maior mérito é apresentar e desmitificar o problema. Genes importam não só no âmbito individual</p><p>mas também para os grandes desafios sociais, como a igualdade. O peso da genética no desempenho</p><p>escolar de uma criança é igual ao da renda dos pais, ou seja, bem forte. E o desempenho escolar, vale</p><p>lembrar, é uma variável-chave na definição da renda, felicidade e até do número de anos que a pessoa</p><p>vai viver.</p><p>Harden faz um apanhado bem didático dos tipos de pesquisa genética que existem, as diferenças entre</p><p>eles e como interpretá-los. Embora o senso comum pense os genes como determinantes, seu efeito</p><p>sobre a maioria das características que nos interessam é muito mais probabilístico. Bons genes no</p><p>ambiente errado não fazem milagres. E um ambiente propício pode fazer com que mesmo alguém que</p><p>não tenha sido favorecido pela loteria genética se saia bem.</p><p>Uma boa analogia é com a miopia. Ela é 100% genética, mas depende de certas condições ambientais</p><p>para manifestar-se. Mais importante, mesmo quando ela dá as caras, a sociedade tem uma solução não</p><p>genética 100% eficaz: óculos.</p><p>(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/a-loteria-genetica.shtml. 18.12.2021.</p><p>Adaptado)</p><p>O adjetivo destacado caracteriza de forma negativa a palavra a que se refere na seguinte frase:</p><p>a) ... cientistas com agenda abertamente progressista que mostram que os genes são relevantes para</p><p>o comportamento... (2</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>b) Harden faz um apanhado bem didático dos tipos de pesquisa genética que existem... (3</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>c) ... seu efeito sobre a maioria das características que nos interessam é muito mais probabilístico.</p><p>(3</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>d) ... quando não combatendo, pesquisas no campo da genética humana, particularmente da</p><p>genética comportamental. (1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>e) Em boa medida por causa desse histórico sombrio, parte da sociedade passou as últimas décadas</p><p>ignorando...</p><p>(1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 47: COPESE UFPI - Leia o texto a seguir e responda à questão.</p><p>Pesquisa sintomas na Internet? “Dr. Google” acerta apenas 1/3 das vezes</p><p>Quem nunca sentiu algo diferente e foi ao Google pesquisar o que poderia ser que atire a primeira</p><p>pedra. Muitas pessoas recorrem ao "Dr. Google" para tentar um diagnóstico a partir de alguns sintomas.</p><p>Contudo, um novo estudo da Edith Cowan University, da Austrália, mostra que os resultados obtidos</p><p>nesse tipo de pesquisa são precisos em apenas um terço de vezes.</p><p>Estimativas apontam que cerca de 70 mil pesquisas relacionadas à saúde sejam realizadas no Google</p><p>por minuto. "Embora possa ser tentador usar essas ferramentas para descobrir o que pode estar</p><p>causando seus sintomas, na maioria das vezes elas não são confiáveis", disse, ao site EurekAlert,</p><p>Michella Hill, autora do estudo.</p><p>A pesquisadora afirmou que esse tipo de ferramenta pode ser importante no sistema de saúde</p><p>moderno, mas alertou que esses atendimentos não substituem um atendimento presencial. "Esses sites</p><p>não substituem o médico, mas podem ser úteis para fornecer mais informações quando você tiver um</p><p>diagnóstico oficial", disse ela.</p><p>O que rolou?</p><p>O levantamento analisou verificadores internacionais de sintomas para dispositivos móveis e descobriu</p><p>que eles produzem diagnóstico correto, na primeira tentativa, apenas em 36% das vezes. Com três</p><p>tentativas, o resultado sobe para 52% de acerto.</p><p>As pesquisas relacionadas sobre quando e onde procurar atendimento médico apresentaram resultados</p><p>um pouco melhores. "Descobrimos que o aconselhamento para procurar atendimento médico em casos</p><p>de emergência e atendimento de urgência era adequado em cerca de 60% das vezes, mas para</p><p>não-emergências caía para 30% a 40%", disse Hill.</p><p>Por que é importante?</p><p>Um dos problemas de pesquisar diagnósticos online é a falsa sensação de segurança que pode causar</p><p>ao doente. "A realidade é que esses sites e aplicativos devem ser vistos com muito cuidado, pois não</p><p>olham para o cenário todo. Eles não conhecem seu histórico médico ou outros sintomas", afirma a</p><p>pesquisadora. A falta de regulamentação e de garantia de que os dados apresentados são corretos é</p><p>um dos principais fatores que fazem a qualidade dos verificadores online ser duvidosa. Por isso, é</p><p>sempre importante procurar um médico de confiança antes de apenas pesquisar e confiar nos dados</p><p>obtidos no "Dr. Google".</p><p>(OLIVEIRA, Felipe. Pesquisa sintomas na Internet? "Dr. Google" acerta apenas 1/3 das vezes. Tilt UOL, 20 mai. 2020. Disponível em:</p><p><https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/05/20/pesquisa-sintomas-na-internet-dr-google-acerta-apenas-13-das-vezes.</p><p>htm>)</p><p>Em "falsa sensação de segurança", a palavra "falsa" está qualificando a palavra "sensação". No texto,</p><p>outra palavra que também exerce função adjetiva é:</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) cenário</p><p>b) tentativa</p><p>c) correto</p><p>d) médico</p><p>e) cuidado</p><p>Questão 48: Instituto Consulplan - Quem ama, cuida</p><p>Somos uma geração perplexa, somos uma geração insegura, somos uma geração aflita — mas, como</p><p>tudo tem seu lado bom, somos uma geração questionadora.</p><p>O que existe por aí não nos satisfaz. Sofremos com a falta de uma espinha dorsal mais firme que nos</p><p>sustente, com a desmoralização generalizada que contamina velhos e jovens, com uma baixa</p><p>autoestima e descaso que, penso eu, transpareceram em nossa equipe de futebol na Copa do Mundo.</p><p>Algum remédio deve ser buscado na realidade, sem desprezar a força da imaginação e a raiz das</p><p>tradições — até no trato com as crianças.</p><p>Uma duradoura influência em minha vida, meu trabalho e arte, foram os contos de fadas:</p><p>antiquíssimas histórias populares revistas e divulgadas por Andersen e pelos Irmãos Grimm, para</p><p>povoar e enriquecer alma de milhões de crianças — e adultos.</p><p>Esses relatos, plenos de fantasia, falam de realidades e mitos arcaicos que transcendem linguagem,</p><p>raça e geografia, e nos revelam.</p><p>Nessa literatura infantil reúnem-se dois elementos que me apaixonam: o belo e o sinistro. Ela abre,</p><p>através da imaginação, olhos e medos para a vida real, tecida de momentos bons e ameaças sinistras,</p><p>experiências divertidas e outras dolorosas — também na infância.</p><p>Na realidade, nem sempre os fortes vencem e os frágeis são anulados: a força da inteligência de</p><p>pessoas, grupos, ou povos ditos “fracos”, inúmeras vezes derrota a brutalidade dos “fortes” menos</p><p>iluminados. Porém o mal existe, a perversão existe, atualmente a impunidade reina neste país nosso,</p><p>confundindo critérios que antes nos orientavam. Cabe à família, à escola, e a qualquer pessoa bem</p><p>intencionada, reinstaurar alguns fundamentos de vida e instaurar novos.</p><p>Não vejo isso em certa — não generalizada — tendência para uma educação imbecilizante de nossas</p><p>crianças, segundo a qual só se deve aprender brincando, a escola passou a ser quase um pátio</p><p>tumultuado, e a falta de respeito reproduz o que acontece tanto em casa quanto em alguns altos</p><p>escalões do país.</p><p>Essa mesma corrente de pensamento quer mutilar histórias infantis arcaicas como a do Chapeuzinho</p><p>Vermelho: agora o Lobo acaba amigo da Vovó… e nada de devorar a velha, nada de abrir a barriga da</p><p>fera e retirá-la outra vez. Tudo numa boa, todos na mais santa paz, tudo de brincadeirinha — como</p><p>não é assim a vida.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Modificam-se textos de cantigas como “Atirei o pau no gato”, transformando-a em um ridículo “Não</p><p>atire o pau no gato” e outras bobajadas, porque o gato é bonzinho e nós devemos ser idem, no mais</p><p>detestável politicamente correto que já vi.</p><p>O mundo não é assim. Coisas más e assustadoras acontecem, por isso nossas crianças e jovens devem</p><p>ser preparados para a realidade. Não com pessimismo ou cinismo, mas com a força de um otimismo</p><p>lúcido.</p><p>Medo faz parte de existir, e de pensar. Não precisa ser terror da violência doméstica, física ou verbal,</p><p>ou da violência nas ruas — mas o medo natural e saudável que nos faz cautelosos, pois nem todo</p><p>mundo é bonzinho, adultos e mesmo crianças podem ser maus, nem todos os líderes são modelos de</p><p>dignidade. Uma dose de realismo no trato com crianças ajudará a lhes dar o necessário discernimento,</p><p>habilidade para perceber o positivo e o negativo, e escolher melhor.</p><p>Temos muitos adolescentes infantilizados pelo excesso de proteção paterna ou pela sua omissão, na</p><p>gravíssima crise de autoridade que nos assola; temos jovens adultos incapazes porque quase nada lhes</p><p>foi exigido, nem na escola, nem em casa. Talvez tenha lhes faltado a essencial atenção e interesse dos</p><p>pais, na onda de “tudo numa boa”.</p><p>Dar a volta por cima significará mudar algumas posturas e opções, exigir mais de nós mesmos e de</p><p>nossos filhos, de professores e alunos, dos governos, das instituições. Ou vamos transformar as novas</p><p>gerações em fracotes despreparados, vítimas fáceis das armadilhas que espreitam de todos os lados,</p><p>no meio do honrado e do amoroso — que também existem e precisam se multiplicar.</p><p>Não prego desconfiança básica, mas uma perspectiva menos alienada: duendes de pesadelo aparecem</p><p>em nosso cotidiano. Nem todos os amigos, vizinhos, parentes, professores ou autoridades nos amam e</p><p>nos protegem. Nem todos são boas pessoas, nem todos são preparados para sua função, nem todos são</p><p>saudáveis.</p><p>Para construir de forma mais positiva nossa vida, é preciso, repito, dispor da melhor das armas, que</p><p>temos de conquistar sozinhos, duramente, quando não a recebemos em casa nem na escola:</p><p>discernimento. Capacidade de analisar, argumentar, e escolher para nosso bem — o que nem sempre</p><p>significa comodidade ou sucesso fácil.</p><p>Quem ama, cuida: de si mesmo, da família, da comunidade, do país</p><p>— pode ser difícil, mas é de uma</p><p>assustadora simplicidade, e não vejo outro caminho.</p><p>(LUFT, Lya. Quem ama, cuida. Disponível em: https://www.revistaprosaversoearte.com/quem-ama-cuida-umabelissima-</p><p>cronica-da-escritora-lya-luft/. Acesso em: 05/11/2021.)</p><p>Em relação aos adjetivos empregados no texto, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. Em “Coisas más e assustadoras acontecem, por isso nossas crianças e jovens devem ser preparados</p><p>para a realidade.” (11º§), são constatados dois adjetivos exercendo a função de núcleo do sujeito.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>II. Em “Na realidade, nem sempre os fortes vencem e os frágeis são anulados: a força da inteligência</p><p>de pessoas, grupos, ou povos ditos ‘fracos’, inúmeras vezes derrota a brutalidade dos ‘fortes’ menos</p><p>iluminados.” (7º§), são identificados dois adjetivos substantivados.</p><p>III. No trecho “Uma duradoura influência em minha vida, meu trabalho e arte, foram os contos de</p><p>fadas: antiquíssimas histórias populares revistas e divulgadas por Andersen e pelos Irmãos Grimm,</p><p>para povoar e enriquecer alma de milhões de crianças — e adultos.” (4º§), identifica-se um adjetivo</p><p>no grau absoluto sintético.</p><p>Está correto o que se afirma apenas em</p><p>a) II.</p><p>b) I e II.</p><p>c) I e III.</p><p>d) II e III.</p><p>Questão 49: Instituto Consulplan -</p><p>Num matutino de ontem, num desses matutinos que se empenham na publicidade do crime, havia a</p><p>seguinte notícia: “João José Gualberto, vulgo ‘Sorriso’, foi preso na madrugada de ontem, no Beco da</p><p>Felicidade, por ter assaltado a Casa Garson, de onde roubara um lote de discos”.</p><p>Pobre redator, o autor da nota. Perdido no meio de telegramas, barulho de máquinas, campainhas de</p><p>telefones, nem sequer notou a poesia que passou pela sua desarrumada mesa de trabalho, e que</p><p>estava contida no simples noticiário de polícia.</p><p>Bem me disse Pedro Cavalinho, o tímido esteta, naquela madrugada: “A maior inimiga da poesia é a</p><p>vulgaridade”.</p><p>Distraído na rotina de um trabalho ingrato, esse repórter de polícia soube que um homem que atende</p><p>por um vulgo de “Sorriso” roubara discos numa loja e fora preso naquele beco sujo que fica entre a</p><p>Presidente Vargas e a Praça da República e que se chama Felicidade. Fosse o repórter menos vulgar e</p><p>teria escrito: “O Sorriso roubou a música e acabou preso no Beco da Felicidade”.</p><p>(PRETA, Stanislaw Ponte. Tia Zulmira e eu. 1. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. p. 145-7. Adaptado.)</p><p>O adjetivo constitui a classe de palavra definida por criar possibilidades de extensão dos sentidos</p><p>denotados pelo substantivo. São adjetivos transcritos do texto que delimitam um campo de</p><p>significações para o substantivo, como, por exemplo, a atribuição de uma qualidade, EXCETO:</p><p>a) “Distraído na rotina de um trabalho ingrato, (...)”</p><p>b) “(...) e que estava contida no simples noticiário de polícia.”</p><p>c) “Num matutino de ontem, num desses matutinos que se empenham na publicidade do crime,</p><p>(...)”</p><p>d) “(...) e fora preso naquele beco sujo que fica entre a Presidente Vargas e a Praça da República e</p><p>que se chama Felicidade.”</p><p>Questão 50: FGV - Observe a frase a seguir.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos vinhos.”</p><p>Sobre a utilização do adjetivo velho nesse pensamento, a afirmação correta, é:</p><p>a) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;</p><p>b) velhos amigos e velhos vinhos mostram o mesmo valor do adjetivo velho;</p><p>c) velhos tempos e velhas maneiras indicam uma significação negativa do adjetivo velho;</p><p>d) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;</p><p>e) velhos amigos e amigos velhos significam exatamente a mesma coisa</p><p>Questão 51: FGV -</p><p>Texto 2</p><p>Sonho, memória e o reencontro de Freud com o cérebro (fragmento adaptado) “Para que serve sonhar?</p><p>No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente ao alcance da Razão, com a</p><p>publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa psicologia,</p><p>repleta de novas ideias sobre a mente humana e seus sonhos</p><p>a</p><p>. A despeito do impacto profundo destas</p><p>ideias na sociedade ocidental, sua formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base</p><p>empírica e quantitativa, marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e</p><p>a biologia. Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz</p><p>respeito à investigação científica do fenômeno onírico.</p><p>O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a contribuição</p><p>da psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de observações isoladas,</p><p>teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de autoridade</p><p>b</p><p>. Por outro lado, as</p><p>diferentes vertentes da psicanálise ocupam-se pouco ou nada do estudo experimental e quantitativo</p><p>dos sonhos, voltando-se exclusivamente para os símbolos e jamais para seu substrato material, o</p><p>sistema nervoso.</p><p>c</p><p>Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia experimental e</p><p>da neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights psicanalíticos.</p><p>d</p><p>O</p><p>primeiro consiste na observação concreta de que os sonhos, muito frequentemente, contêm elementos</p><p>da experiência do dia anterior,</p><p>e</p><p>denominados ‘restos do dia’. O segundo é o reconhecimento de que</p><p>estes ‘restos’ incluem atividades mnemônicas e cognitivas da vigília, persistindo nos sonhos na medida</p><p>de sua importância para o sonhador. Assim, ainda que de maneira difusa, a psicanálise prevê que a</p><p>consolidação de memórias e o aprendizado sejam importantes funções oníricas. [...]”</p><p>(Sidarta Ribeiro. Disponível em: http://old.scielo.</p><p>br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S1516-44462003000600013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02/04/2022)</p><p>Assinale a alternativa em que todos os adjetivos ou locuções adjetivas sublinhados apresentam carga</p><p>semântica negativa no contexto em que são empregados no texto 2:</p><p>a) “Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente</p><p>humana e seus sonhos”;</p><p>b) “Predomina nas ciências exatas a noção de que a contribuição da psicanálise para o entendimento</p><p>dos sonhos resume-se a um amontoado de observações isoladas, teorias não testáveis, imperativos</p><p>ideológicos e argumentos de autoridade”;</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) “voltando-se exclusivamente para os símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema</p><p>nervoso”;</p><p>d) “Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia</p><p>experimental e da neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights</p><p>psicanalíticos”;</p><p>e) “O primeiro consiste na observação concreta de que os sonhos, muito frequentemente, contêm</p><p>elementos da experiência do dia anterior”.</p><p>Questão 52: FGV - Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a opção em que foi</p><p>feita a substituição dessa oração por um adjetivo adequado, é:</p><p>a) Uma espera que durou uma eternidade / indefinida;</p><p>b) Uma doença que não oferece nenhum perigo / imune;</p><p>c) Uma dor que vai passar logo / abreviada;</p><p>d) Uma marca que passa de geração em geração / generalizada;</p><p>e) Um romance que prendeu a minha atenção / atraente.</p><p>Questão 53: FGV - Abaixo há locuções adjetivas introduzidas, respectivamente, pelas preposições</p><p>com e sem.</p><p>Assinale a opção em que a substituição dessas locuções por adjetivos é feita de forma incorreta.</p><p>a) carne com sal / sem sal = salgada e insossa.</p><p>b) campo com água / sem água = úmido e seco.</p><p>c) líquido com açúcar / sem açúcar = doce e salgado.</p><p>d) fruta com sabor / sem sabor = saborosa e insípida.</p><p>e) flores com perfume / sem perfume = perfumadas e inodoras.</p><p>Questão 54: FGV - Observe o seguinte texto:</p><p>“Era um menino. Nem bonito, nem feio; tem boca, orelhas, sexo e nariz nos seus devidos lugares;</p><p>cinco dedos em cada mão e em cada pé. Realizou a grande temeridade de nascer e saiu-se bem da</p><p>empreitada. Já enfrentou dez minutos de vida. Ainda traz consigo, nos olhinhos esgazeados, um resto</p><p>de eternidade”.</p><p>No texto, de Fernando Sabino, alguns adjetivos estão sublinhados; como sabemos, os adjetivos são</p><p>originários da opinião do observador (qualidades), da sua observação (características) ou do seu</p><p>conhecimento (relações ou referências).</p><p>Sobre os adjetivos sublinhados nesse texto, assinale a observação correta.</p><p>a) todos os adjetivos sublinhados mostram opiniões do observador.</p><p>b) “bonito”, “feio” e “esgazeados” indicam características do menino.</p><p>c) “grande” destaca uma qualidade, mas sem significado preciso.</p><p>d) “esgazeado” mostra uma relação, indicando que só o enunciador pode saber que os olhos são</p><p>desse formato.</p><p>e) todos os adjetivos sublinhados indicam características do menino.</p><p>Questão 55: FAU UNICENTRO -</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Leilão dos apartamentos do “prédio giratório” de Curitiba acontece nesta sexta</p><p>Os apartamentos do edifício Suite Vollard, conhecido como o prédio giratório de Curitiba, vão a leilão</p><p>nesta sexta-feira (18). Os 10 imóveis, que ficam no bairro Mossunguê, poderão ser habitados pela</p><p>primeira vez desde sua inauguração, em 2004. Neste primeiro momento, os apartamentos têm lance</p><p>inicial de R$ 1,4 milhões cada, preço bem menor comparado aos valores iniciais, quando custavam</p><p>cerca de R$ 2,3 milhões.</p><p>Caso não sejam vendidos, um novo leilão está marcado para o dia 24 de fevereiro, com lance inicial de</p><p>R$ 849 mil, equivalente a 60% do valor avaliado, um desconto de 40%. Quem comandará as vendas é o</p><p>leiloeiro público Helcio Kronberg.</p><p>De acordo com Kronberg, o juízo determinou a venda de vários apartamentos. Entretanto, caso o valor</p><p>da execução seja atingido antes de todos os lofts serem leiloados, o leilão poderá ser finalizado.</p><p>Portanto, quem tiver interesse já deve registrar seus lances previamente. O leilão iniciará pelos</p><p>apartamentos dos andares mais altos para os mais baixos.</p><p>O município de Curitiba, credor em mais de R$ 1 milhão pelo IPTU devido, e alguns outros credores</p><p>dos proprietários, já estão requerendo ao juízo da 21ª Vara Cível de Curitiba a reserva de seus</p><p>créditos, o que poderá favorecer a venda de mais unidades. Para participar, os interessados precisam</p><p>fazer um cadastro prévio no site da Kronberg Leilões. Os lances podem ser feitos à vista ou</p><p>parcelados, com entrada de 25% e o remanescente em até 30 parcelas. Essa é primeira vez que os</p><p>imóveis serão vendidos após as diversas tentativas feitas em 2018, quando não houve nenhum</p><p>comprador.</p><p>A história do prédio é bastante famosa na capital paranaense. O projeto pioneiro, feito em 1997, saiu</p><p>do papel em 2004 e atraiu olhares do mundo todo, com espaço até em uma matéria exclusiva do The</p><p>New York Times e uma citação no The Economist. Na estrutura há um anel externo que gira</p><p>impulsionado por um motor de 40 cavalos. Apesar do sucesso de mídia, os apartamentos nunca foram</p><p>habitados. Na época, o motivo apontado foi o alto valor da venda para um empreendimento desse</p><p>porte, além de problemas judiciais enfrentados pela Construtora Moro, responsável pela obra.</p><p>Cada andar pode se mover de maneira independente nos sentidos horário ou antihorário, de acordo</p><p>com a preferência do morador, e há pouco atrito no movimento. Os únicos aposentos fixos são a</p><p>cozinha e o banheiro, por causa do encanamento. O giro completo do Suíte Vollard é feito em uma</p><p>hora e pode ser ativado por comandos de voz, ou por um painel eletrônico instalado na parede, que</p><p>controla também luz, arcondicionado e sistemas de segurança.</p><p>Os apartamentos são cercados de janelas e oferecem vista 360° da cidade, além de receberem luz do</p><p>sol a qualquer hora do dia. O prédio conta com 11 lofts de 270 metros quadrados cada.</p><p>Fonte: https://tribunapr.uol.com.br/noticias/curitiba-regiao/leilao-dosapartamentos-</p><p>do-predio-giratorio-de-curitiba-acontece-nesta-sexta/ Acesso em 20 de fevereiro de 2022.</p><p>Assinale a alternativa que apresente a circunstância estabelecida pelo advérbio em destaque no</p><p>período: A história do prédio é bastante famosa na capital paranaense.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) Negação.</p><p>b) Dúvida.</p><p>c) Modo.</p><p>d) Tempo.</p><p>e) Intensidade.</p><p>Questão 56: Instituto Consulplan - Carta a um adolescente</p><p>Você pediu que eu escrevesse sobre a maldade. Foi a primeira vez que uma pessoa me pediu isso. Você</p><p>foi corajoso porque falar sobre a maldade é falar sobre nós mesmos. A maldade é algo que mora</p><p>dentro de nós, à espera do momento certo para se apossar do nosso corpo. Ao pedir que eu falasse</p><p>sobre a maldade você me pediu que o ajudasse a entender o lado escuro de você mesmo.</p><p>Para a gente entender a maldade é preciso entender, antes, os dois poderes de que somos feitos.</p><p>Somos feitos de uma mistura de amor e poder. Amor é um sentimento que nos liga a determinadas</p><p>coisas, e vai desde o simples gostar até o estar apaixonado. O amor quer abraçar, ficar perto,</p><p>proteger. O amor faz isso: coloca o outro dentro da gente. O que o outro sente, a gente sente</p><p>também.</p><p>Aquilo que eu amo eu quero proteger. O amor sozinho não faz milagres</p><p>c</p><p>.</p><p>Quando você tem essas duas coisas juntas, o amor e o poder, coisas muito bonitas acontecem. O poder</p><p>torna possível a existência daquilo que a gente ama: gero um filho, planto um jardim, construo uma</p><p>casa. O poder, assim, está a serviço da alegria. Pelo poder eu posso contribuir para que o mundo seja</p><p>melhor. O poder e o amor juntos estão a serviço da preservação da vida.</p><p>Você me perguntou sobre a maldade: a maldade é isso – quando as pessoas sentem prazer no ato de</p><p>destruir, isto é, quando as pessoas sentem prazer no exercício puro do poder, sem que esse poder</p><p>tenha um objetivo de vida. Bondade é o poder usado para a vida. Maldade é o poder usado para a</p><p>morte</p><p>c</p><p>.</p><p>A adolescência é o momento da vida quando se descobrem as delícias do poder. A criança tem amor,</p><p>mas não tem poder. A criança é impotente</p><p>a</p><p>. Na adolescência o corpo se desenvolve. Fica maior que o</p><p>corpo da mãe, o corpo do pai. Ganha força. Juntos, então, os adolescentes se constituem num</p><p>exército poderoso</p><p>e</p><p>. É por isso que os adolescentes gostam de estar juntos: isso lhes dá um sentimento</p><p>de poder. Há coisas que nunca fariam sozinhos. Mas, em grupo, tudo é permitido. As pessoas mais</p><p>mansas podem se tornar monstruosas em grupo. No grupo a gente perde o senso da responsabilidade</p><p>moral.</p><p>Por isso, meu amigo, adolescente, quero confessar uma coisa que nunca confessei: “Tenho medo de</p><p>vocês”. O fascínio que vocês têm pelo poder me assusta. É isso que é maldade: poder sem amor.</p><p>Eu queria poder dar para vocês, como herança, o ovo onde moram os meus sonhos, na esperança de</p><p>que vocês continuassem a chocá-lo, depois da minha partida. Sim, o mundo que eu amo se parece com</p><p>um ovo: está cheio de vida, mas é muito frágil. Dentro dele estão coisas delicadas, fáceis de serem</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>destruídas:</p><p>d</p><p>plantas, insetos, ninhos, aves, músicas, poemas, memórias, livros, peixes, muros brancos,</p><p>crianças, velhos, jardins...</p><p>Mas eu tenho medo que vocês não resistam à tentação de quebrar o ovo onde eu e o meu mundo</p><p>moramos. Como é fácil quebrar um ovo! Fácil e irreversível: nunca mais! Assim, por enquanto, o ovo</p><p>onde moram meus sonhos fica sob a minha guarda. Até encontrar os herdeiros que eu espero.</p><p>(ALVES, Rubem. Correio Popular. Campinas, 24/11/1996. Adaptado.)</p><p>Levando</p><p>em consideração que o adjetivo é a classe de palavras que modifica o substantivo,</p><p>atribuindo-lhe características mais precisas, assinale a expressão destacada que NÃO se refere a tal</p><p>classe gramatical.</p><p>a) “A criança é impotente.”</p><p>b) “O amor sozinho não faz milagres.”</p><p>c) “Maldade é o poder usado para a morte.”</p><p>d) “Dentro dele estão coisas delicadas, fáceis de serem destruídas: [...]”</p><p>e) “Juntos, então os adolescentes se constituem num exército poderoso.”</p><p>Questão 57: Instituto Consulplan -</p><p>Aquilo por que vivi</p><p>Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram- me a vida: o anseio de amor, a busca</p><p>do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes</p><p>vendavais, impeliram-me para aqui e acolá,</p><p>(c)</p><p>em curso instável, por sobre profundo oceano de</p><p>angústia, chegando às raias do desespero.</p><p>Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase</p><p>(a)</p><p>– um êxtase tão grande que, não raro, eu</p><p>sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria.</p><p>Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual a</p><p>nossa trêmula percepção observa,</p><p>(d)</p><p>além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.</p><p>Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de</p><p>saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número</p><p>permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.</p><p>Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a</p><p>piedade sempre me trazia de volta a terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças</p><p>famintas, vítimas torturadas por opressores,</p><p>(b)</p><p>velhos desvalidos a constituir um fardo para seus filhos,</p><p>e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria de ser a vida</p><p>humana. Anseio por aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.</p><p>Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a</p><p>vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.</p><p>(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. Adaptado.)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Levando em consideração que o adjetivo é a classe de palavras que modifica o substantivo,</p><p>atribuindo-lhe características mais precisas, NÃO se refere a tal classe gramatical:</p><p>a) “Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase (...)”</p><p>b) “Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, (...)”</p><p>c) “Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá (...)”</p><p>d) “(...) essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção observa, (...)”</p><p>Questão 58: Instituto Consulplan - Como a guerra de palavras molda as notícias</p><p>“Lutar com palavras</p><p>é a luta mais vã.</p><p>Entanto lutamos</p><p>mal rompe a manhã.</p><p>São muitas, eu pouco.”</p><p>Assim começa o poema “O Lutador” de Carlos Drummond de Andrade, a meu ver, um dos mais belos</p><p>poemas sobre o ofício de escrever. Sobre a quase que impossibilidade de definir, seja lá o que (ou</p><p>quem) for, com vocábulos, o que se pretende dizer ou expressar. Do alto de sua sabedoria infantil,</p><p>Marcelo, o inesquecível personagem de “Marcelo, Martelo, Marmelo” (Ed. Salamandra), de Ruth</p><p>Rocha, outra das nossas grandes autoras, já definiu bem a grande dúvida que ronda a origem das</p><p>palavras, sejam elas em que língua forem:</p><p>“– Papai, por que mesa chama mesa?</p><p>– Ah, Marcelo, vem do latim.</p><p>– Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro?</p><p>– Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga.</p><p>– E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e</p><p>na parede nome de bacalhau?”</p><p>O pai de Marcelo, é claro, não soube responder à pergunta do garoto. E nós, tal como ele, muitas</p><p>vezes nos pomos a perguntar por que uma pessoa usou tal palavra e não outra (ou outras) para</p><p>comunicar alguma coisa, definir um conceito, contar uma história. E se perguntarmos a ela, muito</p><p>provavelmente essa pessoa usará mais tantas outras para justificar a escolha daquela e assim, nos</p><p>convencer que fez o melhor uso para descrever o que desejava. Longe de mim querer dar conta de</p><p>explicar um fenômeno tão complexo como a linguagem nas poucas linhas deste artigo. Minha reflexão</p><p>aqui é sobre como as palavras importam para moldar e explicar a nossa realidade. Nietzsche, um dos</p><p>maiores filósofos de todos os tempos, disse que as palavras são pontes iridescentes que ligam coisas</p><p>separadas. Faço um complemento à sua fala: e quando elas se juntam, são capazes de produzir</p><p>sentido, a chave para que sigamos vivos, em ação, transformando o mundo em que vivemos. As</p><p>palavras dão sentido à nossa experiência, ao que acontece ao nosso redor e ao que se passa com e em</p><p>cada um de nós.</p><p>Há mais de 30 dias vivemos uma experiência das mais complexas em diferentes sentidos com a guerra</p><p>na Ucrânia. E como ela se dá para além dos tiros, bombas, das mortes brutais, e está acontecendo</p><p>“em tempo real” nas mídias, nos relatos “ao vivo” de quem filma e/ou fotografa o inenarrável</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>sofrimento humano e posta nas redes sociais, assistimos à tão falada “guerra das narrativas” na qual</p><p>desenrola-se uma escolha cuidadosa de palavras que tentam dar conta de explicar os fatos que se</p><p>desenrolam, minuto a minuto. Por que uns usam o termo “invasão” e outros “guerra”? E qual a razão</p><p>de outros insistirem em dizer que se trata de “exercícios militares”, ou ainda de um “conflito” ou</p><p>então de uma “ocupação”? É que quando você escolhe o termo guerra versus invasão, você selecionou</p><p>um ponto de vista para explicar os fatos que conseguiu perceber – e, esperamos! – verificar.</p><p>“Entendo que para contar é necessário primeiramente construir um mundo”, dizia um dos maiores</p><p>semiólogos e linguistas do nosso tempo, o escritor italiano Umberto Eco. “Que leitor modelo eu</p><p>queria, quando estava escrevendo? Um cúmplice, claro, que entrasse no meu jogo. (...) Um texto quer</p><p>ser uma experiência de transformação para o próprio leitor”. Estar consciente desse jogo, conhecer as</p><p>regras da construção das mensagens é uma das grandes habilidades a serem conquistadas pelos</p><p>cidadãos dessa Era da (Des)Informação, e um dos pilares da Educação para as Mídias. É fundamental</p><p>que o leitor (re)conheça que cada notícia é composta por um conjunto de palavras, de termos, que</p><p>contam uma determinada história, sob um ponto de vista específico, que interessa a um certo grupo</p><p>de pessoas e/ou instituições. Faz tempo que o mito da objetividade jornalística caiu por terra, por</p><p>isso, para se formar um leitor crítico, há que prepará-lo para desenvolver uma certa dose de ceticismo</p><p>saudável, aliado a uma investigação constante dos muitos porquês que envolvem a construção de uma</p><p>mensagem.</p><p>A chamada grande mídia vem sendo profundamente abalada pelo advento das redes sociais, onde</p><p>todos e qualquer um é jornalista. Daí a importância de se frisar que se a objetividade jornalística é</p><p>uma quimera, a objetividade, em si, é um método, não um ponto de vista. E o bom jornalismo faz uso</p><p>dela quando estabelece critérios claros (e bem expostos em sua política editorial) para publicar um</p><p>conteúdo, pesquisando o contexto no qual ele se desenrola, conhecendo os mais diversos e diferentes</p><p>pontos de vista sobre o que se está contando, analisando todas as informações coletadas, fazendo</p><p>perguntas – tantas quantas forem necessárias para trazer mais clareza ao fato – e escolhendo palavras</p><p>que sejam molduras o mais próximas possível do que se quer retratar. “As palavras são imprecisas.</p><p>Elas nunca capturam totalmente o que está acontecendo. Há uma diferença qualitativa entre um</p><p>jornalista que usa palavras de forma imprudente e um que está lutando, revisando</p><p>e atualizando sua</p><p>linguagem à medida que sabe mais (...) as palavras também têm um significado público quando</p><p>absorvidas pela mídia. As palavras têm definições, mas também conotações e significados culturais,</p><p>dependendo do contexto em que são usadas. E tudo isso está em jogo nas notícias”, afirma o</p><p>jornalista e articulista do periódico digital Medium, Jeremy Littau.</p><p>A afirmação do jornalista americano explica de maneira bastante simples porque cada um lê a notícia</p><p>do jeito que lhe interessa, afinal, cada termo selecionado se encaixa na moldura que o leitor tem,</p><p>aquela que lhe possibilita ver e compreender o mundo em que vive. Nesse sentido, nunca é demais</p><p>lembrar que o poder está, de fato, na mão do leitor. Em uma sociedade letrada como a nossa, a</p><p>leitura (e aqui me refiro a ela como a possibilidade de ler/ver/ouvir em quaisquer suportes) é um</p><p>instrumento precioso para que interpretemos a realidade e então, possamos devolver a nossa</p><p>percepção dela para a nossa comunidade e com isso, construirmos a nossa história. O exercício da</p><p>leitura nos dá a possibilidade de questionar e elaborar as nossas perguntas e respostas a partir da</p><p>nossa experiência. O leitor crítico quer acessar as notícias, mas sobretudo quer entendê-las e</p><p>encontrar sentido nelas e para elas. Aquecimento global ou mudança climática? Protesto ou motim?</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Combate ou luta? Você escolhe como explicar ou compreender, meu caro leitor. (ALVES, Januária</p><p>Cristina. Como a guerra de palavras molda as notícias. Jornal Nexo.</p><p>Disponível em:https://www.nexojornal.com.br/colunistas/ 2022/Como-a-guerra-de-palavras-molda-as-not%C3%ADcias. Acesso em:</p><p>05/04/2022. Adaptado.)</p><p>Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado alterará sensivelmente o</p><p>sentido do texto.</p><p>a) “[...] há que prepará-lo para desenvolver uma certa dose de ceticismo saudável, [...]”</p><p>b) “[...] a leitura (...) é um instrumento precioso para que interpretemos a realidade [...]”</p><p>c) “[...] assistimos à tão falada ‘guerra das narrativas’ na qual desenrola-se uma escolha cuidadosa</p><p>de palavras [...]”</p><p>d) “Há mais de 30 dias vivemos uma experiência das mais complexas em diferentes sentidos com a</p><p>guerra na Ucrânia.”</p><p>Questão 59: Instituto Consulplan -</p><p>Aquilo por que vivi</p><p>Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram- me a vida: o anseio de amor, a busca</p><p>do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes</p><p>vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo oceano de angústia,</p><p>chegando às raias do desespero.</p><p>Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu</p><p>sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda,</p><p>porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção</p><p>observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.</p><p>Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de</p><p>saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número</p><p>permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.</p><p>Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a</p><p>piedade sempre me trazia de volta a terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças</p><p>famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus filhos, e</p><p>todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria de ser a vida</p><p>humana. Anseio por aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.</p><p>Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a</p><p>vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.</p><p>(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. Adaptado.)</p><p>Levando em consideração que o adjetivo é a classe de palavras que modifica o substantivo,</p><p>atribuindo-lhe características mais precisas, NÃO se refere a tal classe gramatical:</p><p>a) “Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase (...)” (2º§)</p><p>b) “Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, (...)” (4º§)</p><p>c) “Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá (...)” (1º§)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>d) “(...) essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção observa, (...)” (2º§)</p><p>Questão 60: Instituto Consulplan -</p><p>A dor de nunca saber o bastante</p><p>Como toda ansiedade, a angústia típica de nosso tempo machuca. Seu componente de irracionalidade</p><p>é irrelevante para quem se sente mal. O escritório de estatísticas da Inglaterra divulgou uma pesquisa</p><p>que é ao mesmo tempo um diagnóstico. Cerca de um sexto dos ingleses entre 16 e 74 anos se sente</p><p>incapaz de absorver todo o conhecimento com que esbarra no cotidiano. Isso provoca tal desconforto</p><p>que muitos apresentam desordens neuróticas.</p><p>O problema é mais sério entre os jovens e as mulheres. Quem foi diagnosticado com a síndrome do</p><p>excesso de informação tem dificuldade até para adormecer. O sono não vem, espantado por uma</p><p>atitude de alerta anormal da pessoa que sofre. Ela simplesmente não quer dormir para não perder</p><p>tempo e continuar consumindo informações. Os médicos ingleses descobriram que as pessoas com</p><p>quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um sentimento constante de obsolescência, a sensação</p><p>de que estão se tornando inúteis, imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não expressa sintomas tão</p><p>sérios. O que as persegue é uma sensação de desconforto – o que já é bastante ruim.</p><p>O excesso de informação não escolhe idade nem sexo.</p><p>A paulista Renata Gukovas, de 13 anos, sabe exatamente o que é isso. Ela vai à escola, estuda japonês</p><p>e inglês, joga basquete e handebol e participa de competições de matemática. “O que me falta na</p><p>vida? Tempo. Queria que o dia tivesse trinta horas.”</p><p>O americano Richard Saul Wurman, autor dos livros “Ansiedade de Informação” e “Ansiedade de</p><p>Informação 2”, neste último, sugere que as pessoas encarem o mundo como um grande depósito de</p><p>material de construção. E o que fazer com a matéria-prima? Ora, diz ele, seja um arquiteto de sua</p><p>própria catedral de conhecimento. A arma para isso é a “ignorância programada”, ou seja, a escolha</p><p>criteriosa do que se quer absorver.</p><p>O resto deve ser deixado de lado, como o compositor que intercala pausas de silêncio entre as notas</p><p>para que a música faça sentido aos ouvidos. “A ansiedade de informação é o buraco negro que existe</p><p>entre os dados disponíveis e o conhecimento. É preciso escapar dela”, observa Wurman. Ou, ao</p><p>menos, não deixar que ela assuma proporções dolorosas para quem precisa ultrapassá-la no dia a dia.</p><p>(Cristiana Baptista. A dor de nunca saber o bastante. Veja: Compor-</p><p>tamento. Em: 05/09/2001. Adaptado.)</p><p>Em “Os médicos ingleses descobriram que as pessoas com quadro agudo dessa síndrome são</p><p>assoladas por um sentimento constante de obsolescência, a sensação de que estão se tornando</p><p>inúteis, imprestáveis, ultrapassadas.” (2º§), é possível inferir que o uso sequencial de tais adjetivos</p><p>denota:</p><p>a) A intenção de suavizar informações displicentes.</p><p>b) A progressão de expressões que produz efetivas contradições.</p><p>c) A gradação das informações que faz com que a ideia se acentue.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>d) Ideias que, dentro do contexto literal, expressam críticas e opiniões.</p><p>Questão 61: OBJETIVA CONCURSOS - Por que a Lua ainda aparece de manhã, quando o Sol já</p><p>surgiu?</p><p>Você já deve ter percebido que, às vezes, conseguimos ver a Lua de dia no céu. Isso pode acontecer</p><p>de manhã ou no fim da tarde. Mas como será que isso ocorre?</p><p>Primeiro, é preciso lembrar que a Lua está o tempo todo no céu, de dia e de noite. No entanto, como</p><p>ela não tem luz própria, só podemos vê-la quando ela é refletida pela luz do Sol. Nosso astro sempre</p><p>ilumina a Terra e a Lua, mas ver isso depende do ângulo em que o planeta está.</p><p>Durante a Lua nova, quando o Sol ilumina a face oculta da Lua, não podemos ver o satélite de dia nem</p><p>de noite. Já a Lua cheia começa a nascer às 18h e se põe às 6h - só é possível vê-la no fim da tarde,</p><p>mas, a cada dia, ela nasce 48 minutos mais tarde. Assim, uma semana depois, ela vai nascer por volta</p><p>da meia-noite e poderá ser vista até o meio-dia.</p><p>A Lua minguante nasce imediatamente após o período da cheia, à meia-noite, permanecendo no céu</p><p>até o meio-dia. A Lua crescente só nasce ao meio dia, quando fica iluminada também durante 12</p><p>horas. A minguante e a crescente também nascem 48 minutos mais tarde a cada dia.</p><p>Portanto, de acordo com a posição da Lua em relação ao grau de inclinação dos raios solares, as fases</p><p>da Lua e seu horário de aparecimento no céu vão se alterando. Para saber o horário exato em que o</p><p>satélite vai aparecer, você pode consultar um calendário lunar.</p><p>(Fonte: Abril - adaptado)</p><p>A palavra sublinhada em “Este livro é estonteante.” é classificada como:</p><p>a) Advérbio.</p><p>b) Numeral.</p><p>c) Artigo.</p><p>d) Adjetivo.</p><p>Questão 62: OBJETIVA CONCURSOS - Texto</p><p>Seis novas espécies de samambaias são descobertas na América Latina</p><p>O Brasil conta com mais de 45 mil espécies de plantas, sendo que duas mil delas só foram descritas</p><p>nos últimos quatro anos. A floresta amazônica, que compreende cerca de 60% do território nacional,</p><p>guarda ainda uma infinidade de espécies a serem exploradas.</p><p>Seis novas espécies de samambaias foram descritas recentemente em dois artigos na revista científica</p><p>Brittonia, editada pelo Jardim Botânico de NY. A espécie brasileira, encontrada na Amazônia, foi</p><p>batizada de Campyloneurum atrosquamatum. Foram registradas outras três novas espécies na</p><p>Colômbia, uma na Jamaica e outra no Equador. Um dos responsáveis pelo achado também é brasileiro.</p><p>Nos últimos cinco anos, o cientista Paulo Labiak, membro da Rede de Especialistas em Conservação da</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Natureza (RECN), dedicou-se ao estudo de novas espécies de samambaias. As seis plantas já haviam</p><p>sido coletadas, mas nunca descritas.</p><p>(Fonte: Abril - adaptado.)</p><p>Em relação a algumas palavras do texto, assinalar a alternativa que apresenta um adjetivo:</p><p>a) Revista.</p><p>b) Espécies.</p><p>c) Amazônico.</p><p>d) Conservação.</p><p>Questão 63: CEPERJ -</p><p>"As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo..."</p><p>As palavras sublinhadas são classificadas, em termos morfológicos, respectivamente, como:</p><p>a) substantivo - substantivo.</p><p>b) adjetivo - substantivo.</p><p>c) substantivo - adjetivo.</p><p>d) adjetivo - adjetivo.</p><p>Questão 64: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Consciência de herança</p><p>Quando terminava o ano letivo, Fabrício tinha a missão de reunir os livros usados em aula e apagar o</p><p>que tinha escrito para poder oferecê-los ao irmão caçula. Era uma obrigação limpar as respostas. Por</p><p>vários dias e duas borrachas brancas, fazia desaparecer aquilo que aprendera durante uma série</p><p>inteira.</p><p>Da lista escolar, os pais apenas compravam os cadernos. Estudavam todos na mesma escola e</p><p>reutilizavam os livros de exercícios. História, Geografia, Matemática, Língua Portuguesa e Ciências...</p><p>as obras migravam de um nome para outro sem trocar o sobrenome. O irmão Rodrigo era como um</p><p>adubo do conhecimento de Fabrício, pois nunca deixava nenhum exercício sem preencher.</p><p>Predominava na época uma grave consciência de herança que Fabrício deveria seguir. Jamais ele</p><p>recebia um livro inédito. Quando usava o livro, tomava cuidado para não afundar demais o lápis, já</p><p>pensando no irmão Miguel, que herdaria o livro no ano seguinte. Por isso escrevia leve, acariciando a</p><p>folha. Não podia rasgar, prejudicar a capa, desenhar nas bordas, colar adesivos. A responsabilidade já</p><p>aparecia na ponta dos dedos de Fabrício.</p><p>Havia a noção de que o livro era coletivo, não pessoal. Representava um patrimônio de todos os filhos.</p><p>Estudar significava cuidar. Assim Fabrício foi educado a não ser egoísta e possessivo, a não se sentir</p><p>dono da verdade, aprendendo a ceder espaço para quem vinha depois dele. Livro importante era, para</p><p>todos os irmãos, livro passado adiante.</p><p>(Fabrício Carpinejar. Cuide dos pais antes que seja tarde. 5</p><p>a</p><p>ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A alternativa em que a palavra destacada atribui uma qualidade ao vocábulo anterior é:</p><p>a) Era uma obrigação limpar as respostas. (1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>b) ... fazia desaparecer aquilo que aprendera... (1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>c) Da lista escolar, os pais apenas compravam os cadernos. (2</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>d) ... nunca deixava nenhum exercício sem preencher. (2</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>e) Representava um patrimônio de todos os filhos. (4</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>Questão 65: VUNESP - Leia a tira para responder à questão.</p><p>(Quino, Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2010)</p><p>No texto dos quadrinhos, é empregado para intensificar o sentido da palavra a que se refere o termo</p><p>destacado em:</p><p>a) Primeiro vou me casar, sabe? (1</p><p>o</p><p>quadrinho)</p><p>b) Depois vou ter filhos. (1</p><p>o</p><p>quadrinho)</p><p>c) Então vou comprar uma casa bem grande... (2</p><p>o</p><p>quadrinho)</p><p>d) ... e um carro bem bonito, e depois joias… (2</p><p>o</p><p>quadrinho)</p><p>e) Minha vida vai ser assim. Não é lindo? (3</p><p>o</p><p>quadrinho)</p><p>Questão 66: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>Muitos séculos antes da era cristã, a civilização grega já empregava os serviços do médico prático, que</p><p>curava com emplastros, medicamentos diversos e técnicas bastante desenvolvidas, como as de enfaixe</p><p>de fraturas e ferimentos.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Homero, na Ilíada, escreveu que, durante o cerco de Troia, o exército grego contava com dois</p><p>médicos, Podalírio e Macáone, discípulos de Asclépio (deus da medicina). Na obra, ele descreve a</p><p>intervenção de Macáone sobre o ferimento sofrido por Menelau, marido da bela Helena, o pivô da</p><p>guerra. Essas descrições sugerem que, embora ainda não superada, a figura mística do</p><p>sacerdote-médico já se enfraquecia. Não obstante, sua força ainda era grande e prosseguiria por</p><p>centenas de anos.</p><p>Os templos consagrados a Asclépio eram chamados de asclepeions e neles reuniam-se diariamente</p><p>doentes em busca de curas miraculosas, que seriam realizadas graças à intervenção divina. Do ponto</p><p>de vista arquitetônico, um asclepeion não era um simples templo como os consagrados a outros</p><p>deuses. Constituía-se numa série de dependências situadas em torno do templo propriamente dito. As</p><p>monumentais ruínas do mais notável de todos, o de Epidauro, revelam conjuntos residenciais anexos,</p><p>ou seja, verdadeiros hospitais, nos quais moravam as pessoas ligadas ao templo e às práticas médicas</p><p>e onde se alojavam os doentes antes, durante e depois do tratamento.</p><p>Ao lado desses imponentes setores residenciais, encontravam-se salões providos de vestiários, duchas,</p><p>banheiras, afora teatros que serviam à recreação dos doentes. Eram normalmente construídos em</p><p>zonas de clima estável e circundados por extensos bosques de coníferas e plantas aromáticas, o que</p><p>conferia ao ar uma salubridade particular. Localizavam-se sempre nas proximidades de uma fonte de</p><p>águas minerais ou termais, fator que determinaria, possivelmente, em muitos casos, o processo de</p><p>recuperação dos enfermos. A estrutura dos asclepeions contribuiu para o acompanhamento de casos</p><p>clínicos e deu espaço para o aparecimento de dois gênios.</p><p>O primeiro, Alcmeone, nascido por volta de</p><p>evidentes prejuízos à</p><p>saúde da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da</p><p>comunidade de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um</p><p>movimento na direção de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema</p><p>de saúde. Dentro desse processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o</p><p>INAMPS adotou uma série de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de</p><p>clientela, dentre as quais se destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos</p><p>hospitais próprios e conveniados da rede pública.</p><p>(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta</p><p>prova).</p><p>Assinale a alternativa correta acerca do adjetivo “caritativa”.</p><p>a) A locução adjetiva correspondente a esse adjetivo é “de cuidado”.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>b) A palavra indica uma qualidade humana.</p><p>c) Pode-se usar a palavra “indulgente” com o mesmo sentido de emprego do texto.</p><p>d) A palavra tem como radical “carid”, de caridade.</p><p>e) Um antônimo possível para o adjetivo é a palavra “altruísta”.</p><p>Questão 7: UFMT - Leia o texto a seguir para responder à questão.</p><p>A segurança pública e a sociedade</p><p>Aos olhos do povo, parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da sociedade, quando em</p><p>verdade tem essa instituição somente a função mais árdua de todas, vez que atua na linha de frente</p><p>em prevenção ao crime ou na garimpagem de criminosos e na execução das leis penais, a fim de</p><p>torná-las efetivas ao exigir o cumprimento das regras sociais e solucionar os seus conflitos. [...]</p><p>Agora que a epidemia da insegurança se alastrou por todo o Brasil, a própria sociedade se mostra</p><p>preocupada com o problema e até já comunga com o preceito constitucional de que a segurança</p><p>pública é responsabilidade de todos, e com isso já se formam movimentos diversos que objetivam</p><p>maior interatividade com a Polícia para uma consequente união de forças de combate ao crime. [...]</p><p>Entretanto, essa necessária e importante interação ainda aparece de maneira emperrada, pois existe</p><p>a tradição arraigada no seio de grande parte da sociedade em generalizar, colocando-se como regra ao</p><p>invés da exceção, que a Polícia é ineficiente e criminosa, que todo policial é ignorante, arbitrário,</p><p>violento e irresponsável, quando em verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam</p><p>de pensamentos ilógicos e insensatos [...].</p><p>A eficiência do trabalho policial está intimamente ligada ao bom relacionamento entre cidadãos e</p><p>policiais. Um deve ver e sentir o outro no valor da amizade, como elemento de apoio, de confiança</p><p>nos seus recíprocos atos. Os policiais dependem da iniciativa e da cooperação das pessoas e estas</p><p>dependem da proteção dos policiais. [...].</p><p>(MARQUES, A.J.M. Disponível em: https://www.algosobre.com.br/interesse-publico/a-seguranca-publica-e-a-sociedade.html. Acesso</p><p>em:</p><p>30/10/21.)</p><p>O texto é bastante rico em adjetivos, flexionados nas variadas formas. Adjetivos uniformes são</p><p>aqueles que apresentam somente uma forma para o gênero masculino e para o feminino. Assinale o</p><p>trecho que NÃO apresenta adjetivo uniforme.</p><p>a) que a Polícia é ineficiente e criminosa</p><p>b) essa necessária e importante interação</p><p>c) não passam de pensamentos ilógicos e insensatos</p><p>d) todo policial é ignorante, arbitrário, violento e irresponsável</p><p>e) e até já comunga com o preceito constitucional</p><p>Questão 8: OBJETIVA CONCURSOS -</p><p>Como as pérolas são formadas?</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Um grão de areia ou um bichinho que habita os oceanos, como um camarão, entra na concha da ostra.</p><p>Ele segue direto para uma região do corpo do animal conhecida como manto.</p><p>O manto é especialista em defesa. Assim que identifica a invasão, ele gera uma irritação. A seguir,</p><p>dobra-se sobre o intruso, como se fizesse um embrulho. Isso evita que a visita indesejada se mova.</p><p>O sistema de defesa da ostra é ativado e libera uma substância brilhante, chamada de nácar ou</p><p>madrepérola. O material é depositado em camadas sobre o invasor e endurece depressa, formando</p><p>uma bolota – é a pérola! Ela cresce sem parar, pois a ostra nunca para de enviar madrepérola ao local.</p><p>A reação que cria uma pérola acontece aos poucos. Por isso, a pedra leva cerca de três anos para se</p><p>formar, dependendo da espécie da ostra. Depois de tanto tempo, se o que invadiu o molusco foi um</p><p>bicho, ele acaba desaparecendo.</p><p>Ostras têm um sistema muito eficiente de defesa: a própria concha. É muito difícil que algo consiga</p><p>invadi-la e formar uma pérola. Na natureza, isso acontece em uma a cada 10 mil ostras. Por isso, a</p><p>pedra é rara e cara.</p><p>O formato da pérola depende do invasor e do local onde ele se instala. Quando o visitante gruda no</p><p>manto, fica preso e se torna irregular. Mas, se ele se descola, o nácar o reveste por inteiro e a pedra</p><p>fica redonda. As cores variam: branca, creme, rosa, cinza, preta, entre outras. Isso depende da</p><p>espécie de ostra e de substâncias que estão na água.</p><p>(Fonte: Abril - adaptado.)</p><p>A palavra sublinhada em “(...) libera uma substância brilhante, chamada de nácar ou madrepérola.” é</p><p>classificada, gramaticalmente, como:</p><p>a) Adjetivo.</p><p>b) Verbo.</p><p>c) Preposição.</p><p>d) Artigo.</p><p>Questão 9: RBO - Assinale a alternativa em que a palavra "doce" NÃO é um adjetivo.</p><p>a) Comi o doce feita pela Dona Maria e achei uma delícia.</p><p>b) Doce era o biscoito artesanal vendido na cantina.</p><p>c) Joana não gostou do pirulito, pois era muito doce.</p><p>d) Por ter errado o pote, Valéria serviu um camarão doce.</p><p>e) Salgada ou doce, a pizza era seu prato preferido.</p><p>Questão 10: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>O desafio</p><p>Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica na</p><p>formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”. Dentre</p><p>muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que está na cabeça</p><p>sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam um elefante, uns imaginam</p><p>que a forma do mamiífero seja de uma espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado,</p><p>exclusivamente, na tromba. (...) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do</p><p>recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no</p><p>centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de</p><p>ler e examinar a obra, (...) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é</p><p>algo muito sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo</p><p>de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.</p><p>(Leandro Karnal. O desafio. Jomal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)</p><p>No trecho — ... emita sua sagrada opinião... —, a função do termo destacado pode ser também</p><p>observada em:</p><p>a) É um convite a uma posição...</p><p>b) Dentre muitos sentidos.</p><p>c) Educação é algo muito sério.</p><p>d) Lanço o desafio cheio de esperança...</p><p>e) ... conceito surgido antes da experiência.</p><p>Questão 11: VUNESP - Leia trecho de reportagem para responder à questão.</p><p>A sardinha plebeia deixou o nobre salmão para trás</p><p>O nobre das águas gélidas está sendo desbancado pelo mais plebeu dos espécimes que habitam os</p><p>oceanos. A virada do jogo tem a ver com a poluição ambiental. O salmão, até pelo porte, é um peixe</p><p>que come outros peixes. Já a sardinha, que caberia na palma da mão, não tem tamanho para comer</p><p>de tudo –</p><p>500 a.C., foi o pioneiro na dissecação de cadáveres com o</p><p>objetivo de investigar os mistérios da anatomia e da fisiologia humanas. Genial, afirmou, com firmeza,</p><p>que o cérebro era o centro do sistema nervoso e que, portanto, todas as sensações eram recebidas,</p><p>reguladas e analisadas nesse órgão. Infelizmente, da sua obra só restaram fragmentos esparsos e</p><p>citações a ele atribuídas por outros autores.</p><p>O segundo, Hipócrates, conhecido como o “pai da medicina”, fundou a Escola de Cós, situada na ilha</p><p>onde nascera, em 460 a.C., e onde lançou as bases do estudo objetivo da medicina. Em consonância</p><p>com os costumes da época, era um médico ambulante e, em função do ofício, percorreu toda a</p><p>Grécia, além de haver provavelmente visitado a Líbia e o Egito. Sua longa vida permitiu-lhe acumular</p><p>lendário prestígio, resultante de obra fecunda como escritor, praticante e professor da medicina. Seu</p><p>grande mérito foi defender que a medicina não poderia ser estudada a partir de pressupostos — o que</p><p>era a regra à época —, mas deveria ser apreendida experimentalmente, isto é, através da observação</p><p>direta dos fenômenos. Paralelamente, Hipócrates tentou dissociar a medicina da superstição. A</p><p>posição hipocrática, ousada e desafiadora, não deixou de chocar a sociedade da época — a epilepsia,</p><p>por exemplo, era considerada uma doença sagrada, isto é, produzida pelo alojamento de espíritos no</p><p>corpo do paciente (crença que perdurou na Europa até a Idade Média).</p><p>Existem 53 obras atribuídas à sua autoria e, embora estudos filológicos lancem dúvidas sobre a</p><p>autenticidade de todas elas, permanece ímpar a contribuição de Hipócrates nos campos da semiologia</p><p>(estudo dos sinais e sintomas), do diagnóstico, da terapêutica, da ética profissional e até mesmo em</p><p>certos setores da cirurgia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Jorge Boucinhas. A medicina na antiga Grécia. Internet: <www.tribunadonorte.com.br> (com adaptações).</p><p>Julgue o item, referente a aspecto linguístico do texto.</p><p>A palavra “hipocrática” (sexto parágrafo) está empregada como adjetivo e adquire sentido pejorativo</p><p>quando associada aos termos, também adjetivos, “ousada” (sexto parágrafo) e “desafiadora” (sexto</p><p>parágrafo).</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 67: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>Se os senhores algum dia quiserem encontrar um representante da grande nação brasileira, não o</p><p>procurem nunca na sua residência. Seja a que hora for, de manhã, ao amanhecer mesmo, à hora do</p><p>jantar, quando quiserem enfim, se o procurarem, o criado há de dizer-lhes secamente: Não está.</p><p>Falo-lhes de experiência própria, porque, durante as inúmeras vezes, a toda a hora do dia, em que fui</p><p>ao Hotel Términus procurar o Deputado Castro, apalpando a carta do coronel, tive o desprazer de</p><p>ouvir estas duas palavras do porteiro indiferente. Nas últimas vezes, antes mesmo de acabar a</p><p>pergunta, já o homenzinho respondia invariavelmente da mesma desesperada forma negativa.</p><p>É bem fácil de imaginar com que sorte de cogitações eu ia passando esses dias. O meu dinheiro dentro</p><p>em breve, pago o hotel, ficaria reduzido a alguns mil-réis insignificantes. Não conhecia ninguém, não</p><p>tinha a mínima relação que me pudesse socorrer, dar-me qualquer coisa, casa ao menos, até que me</p><p>arranjasse. Saíra de meus penates, cheio de entusiasmo, certo de que aquela carta, mal fosse</p><p>apresentada, me daria uma situação qualquer. Era essa a minha convicção, dos meus e do próprio</p><p>coronel. Tinha-se lá, por aquelas alturas, em grande conta a força do doutor Castro nas decisões dos</p><p>governantes e a influência do velho fazendeiro sobre o ânimo do deputado.</p><p>Não era ele o seu grande eleitor? Não era ele o seu banqueiro para os efeitos eleitorais? E nós, lá na</p><p>roça, tínhamos quase a convicção de que o verdadeiro deputado era o coronel e o doutor Castro um</p><p>simples preposto seu. As minhas idas e vindas ao hotel repetiam-se e não o encontrava. Vinham-me</p><p>então os terrores sombrios da falta de dinheiro, da falta absoluta. Voltava para o hotel taciturno,</p><p>preocupado, cortado de angústias. Sentia-me só, só naquele grande e imenso formigueiro humano, só,</p><p>sem parentes, sem amigos, sem conhecidos que uma desgraça pudesse fazer amigos. Os meus únicos</p><p>amigos eram aquelas notas sujas encardidas; eram elas o meu único apoio; eram elas que me evitavam</p><p>as humilhações, os sofrimentos, os insultos de toda a sorte; e quando eu trocava uma delas, quando as</p><p>dava ao condutor do bonde, ao homem do café, era como se perdesse um amigo, era como se me</p><p>separasse de uma pessoa bem amada... Eu nunca compreendi tanto a avareza como naqueles dias em</p><p>que dei alma ao dinheiro, e o senti tão forte para os elementos da nossa felicidade externa ou</p><p>interna...</p><p>A minha ignorância de viver e falta de experiência quase deixavam transparecer a natureza das minhas</p><p>preocupações. O gerente do hotel pareceu-me que as farejava. De quando em quando, procurava na</p><p>conversação amedrontar-me com o seu poderio, proveniente de estreitas relações que mantinha com</p><p>as autoridades. Assim entendi ser o sentido das anedotas que contava. Uma vez — narrou ele — depois</p><p>de uma longa hospedagem, um hóspede quisera furtar-se ao pagamento. Não tivera dúvidas, fora ao</p><p>delegado auxiliar, um seu amigo, o doutor Felício, contara-lhe o caso e o homem teve que pagar, se</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>quis tirar as malas. Com ele, era assim; não dormia. Nada de justiça, de pretorias... Qual! Com a</p><p>polícia a coisa vai mais depressa, a questão é ter amigos bons e ele tinha-os excelentes; e, em</p><p>seguida, interrogando-me diretamente: O senhor não viu, ontem, aquele homem gordo que jantou na</p><p>cabeceira? É o escrivão da “X”. Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras</p><p>autoridades. Os delegados não fazem senão o que eles querem; tecem os pauzinhos e... E o italiano</p><p>rematou com um olhar canalha aquela sua informação sobre a onipotência dos escrivães.</p><p>Lima Barreto. Recordações do Escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1995. Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br/></p><p>(com adaptações).</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>O narrador revela ter passado por um estado de solidão, sendo esta evidenciada, no terceiro</p><p>parágrafo, pelo uso reiterado do adjetivo “só”, em “Sentia-me só, só naquele grande e imenso</p><p>formigueiro humano, só, sem parentes, sem amigos, sem conhecidos que uma desgraça pudesse fazer</p><p>amigos”</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 68: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>Se os senhores algum dia quiserem encontrar um representante da grande nação brasileira, não o</p><p>procurem nunca na sua residência. Seja a que hora for, de manhã, ao amanhecer mesmo, à hora do</p><p>jantar, quando quiserem enfim, se o procurarem, o criado há de dizer-lhes secamente: Não está.</p><p>Falo-lhes de experiência própria, porque, durante as inúmeras vezes, a toda a hora do dia, em que fui</p><p>ao Hotel Términus procurar o Deputado Castro, apalpando a carta do coronel, tive o desprazer de</p><p>ouvir estas duas palavras do porteiro indiferente. Nas últimas vezes, antes mesmo de acabar a</p><p>pergunta, já o homenzinho respondia invariavelmente da mesma desesperada forma negativa.</p><p>É bem fácil de imaginar com que sorte de cogitações eu ia passando esses dias. O meu dinheiro dentro</p><p>em breve, pago o hotel, ficaria reduzido a alguns mil-réis insignificantes. Não conhecia ninguém, não</p><p>tinha a mínima relação que me pudesse socorrer, dar-me qualquer coisa, casa ao menos, até que me</p><p>arranjasse. Saíra de meus penates, cheio de entusiasmo, certo de que aquela carta, mal fosse</p><p>apresentada, me daria uma situação qualquer. Era essa a minha convicção, dos meus e do próprio</p><p>coronel. Tinha-se lá, por aquelas alturas, em grande conta a força do doutor Castro nas decisões dos</p><p>governantes e a influência do velho fazendeiro sobre o ânimo do deputado.</p><p>Não era ele o seu grande eleitor? Não era ele o seu banqueiro para os efeitos eleitorais? E nós, lá na</p><p>roça, tínhamos quase a convicção de que o verdadeiro deputado era o coronel e o doutor Castro um</p><p>simples preposto seu. As minhas idas e vindas ao hotel repetiam-se e não o encontrava. Vinham-me</p><p>então os terrores sombrios da falta de dinheiro, da falta absoluta. Voltava para o hotel taciturno,</p><p>preocupado, cortado de angústias. Sentia-me só, só naquele grande e imenso formigueiro humano, só,</p><p>sem parentes, sem amigos, sem conhecidos que uma desgraça pudesse fazer amigos. Os meus únicos</p><p>amigos eram aquelas notas sujas encardidas; eram elas o meu único apoio; eram elas que me evitavam</p><p>as humilhações, os sofrimentos, os insultos de toda a sorte; e quando eu trocava uma delas, quando as</p><p>dava ao condutor do bonde, ao homem do café, era como se perdesse um amigo, era como se me</p><p>separasse de uma pessoa bem amada... Eu nunca compreendi tanto a avareza como naqueles dias em</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>que dei alma ao dinheiro, e o senti tão forte para os elementos da nossa felicidade externa ou</p><p>interna...</p><p>A minha ignorância de viver e falta de experiência quase deixavam transparecer a natureza das minhas</p><p>preocupações. O gerente do hotel pareceu-me que as farejava. De quando em quando, procurava na</p><p>conversação amedrontar-me com o seu poderio, proveniente de estreitas relações que mantinha com</p><p>as autoridades. Assim entendi ser o sentido das anedotas que contava. Uma vez — narrou ele — depois</p><p>de uma longa hospedagem, um hóspede quisera furtar-se ao pagamento. Não tivera dúvidas, fora ao</p><p>delegado auxiliar, um seu amigo, o doutor Felício, contara-lhe o caso e o homem teve que pagar, se</p><p>quis tirar as malas. Com ele, era assim; não dormia. Nada de justiça, de pretorias... Qual! Com a</p><p>polícia a coisa vai mais depressa, a questão é ter amigos bons e ele tinha-os excelentes; e, em</p><p>seguida, interrogando-me diretamente: O senhor não viu, ontem, aquele homem gordo que jantou na</p><p>cabeceira? É o escrivão da “X”. Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras</p><p>autoridades. Os delegados não fazem senão o que eles querem; tecem os pauzinhos e... E o italiano</p><p>rematou com um olhar canalha aquela sua informação sobre a onipotência dos escrivães.</p><p>Lima Barreto. Recordações do Escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1995. Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br/></p><p>(com adaptações).</p><p>A respeito dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>Caso o adjetivo “grande”, no trecho “Não era ele o seu grande eleitor?”, fosse deslocado para</p><p>imediatamente após “eleitor”, seria alterado o sentido do texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 69: IMPARH -</p><p>Dia Mundial de Alfabetização reforça a importância da temática em meio as consequências da</p><p>pandemia</p><p>No dia 08 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela</p><p>Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a</p><p>Ciência e a Cultura (Unesco), em 1966.</p><p>Essa celebração foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à alfabetização</p><p>fossem discutidos no mundo todo, promovendo o amplo debate sobre a importância da alfabetização,</p><p>principalmente em países que ainda possuem índice de analfabetismo considerável.</p><p>A alfabetização de crianças e adultos podem mudar de maneira significativa os rumos de um país, uma</p><p>vez que, quanto maior o acesso do indivíduo a tudo o que a leitura oferece, seja por via cultural, lazer</p><p>ou até mesmo pela própria educação, maiores são as chances de conquistar melhores oportunidades</p><p>no mercado de trabalho e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida e acesso a novos</p><p>caminhos.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Assim sendo, esta data tem uma relevância muito grande, já que não só conscientiza sobre a</p><p>importância de saber ler e escrever, como também discute e propõe alternativas possíveis para que a</p><p>alfabetização seja acessível à todos.</p><p>Analfabetismo em números</p><p>Os esforços para erradicar o analfabetismo no mundo tem sido constantes. De acordo com dados</p><p>divulgados pela Unesco, em 2019, apesar dos progressos feitos ao longo dos anos, cerca de 773 milhões</p><p>de adultos em todo o mundo ainda não dominam as competências básicas em escrita e leitura.</p><p>No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão longe de serem</p><p>ideais. O país ainda tem 11 milhões de analfabetos, segundo dados de 2019 da Pesquisa Nacional por</p><p>Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>(IBGE).</p><p>Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,3% (2016) para 6,6% (2019).</p><p>Segundo o levantamento, o analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à idade. Isso quer dizer</p><p>que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.</p><p>A importância da alfabetização: mais que ler e escrever</p><p>A etapa mais importante do desenvolvimento infantil se inicia na primeira infância. Nesta fase, a</p><p>aprendizagem acontece inicialmente por meio das brincadeiras, musicalidade, artes e tantas outras</p><p>atividades que despertam a curiosidade das crianças.</p><p>A alfabetização é definida como o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e</p><p>escrever de maneira adequada e a utilizá-la como um código de comunicação com o meio.</p><p>A professora e pesquisadora da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo</p><p>(USP) Silvia Colello comenta sobre o processo de alfabetização, a sua importância e os desafios neste</p><p>período de pandemia. A especialista é autora de seis livros, incluindo, Alfabetização: O quê, Por quê e</p><p>Como (2021) e A escola que (não) ensina a escrever (2004).</p><p>Qual o significado deste Dia Mundial da Alfabetização?</p><p>A data foi criada para que seja um marco no processo de alfabetização. Ela [a alfabetização] é</p><p>importante em três sentidos:</p><p>Pessoal – A língua escrita é constitutiva do indivíduo. Aquele que tem o recurso de ler e escrever,</p><p>adquire, consequentemente, uma série de estratégias e modos de comportamento. Sabe buscar uma</p><p>informação ou transmitir uma ideia.</p><p>Pedagógico – A data nos faz refletir sobre a qualidade de ensino. No mundo de hoje, não vale mais a</p><p>pena somente aprender a ler e escrever no sentido restrito de dominar a ortografia. É preciso</p><p>qualificá-lo para promover a emancipação da pessoa.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Político – Não há democracia se não existir uma sociedade letrada, indivíduos que possam transitar nas</p><p>práticas de língua escrita do seu mundo.</p><p>Há uma idade indicada para iniciar a alfabetização da criança?</p><p>Desde que nasce, a criança já tem contato com situações nas quais o letramento está presente, seja</p><p>pelo contato com a literatura infantil, seja pelas brincadeiras cantadas, trabalho com rimas e a</p><p>consciência de palavras está bastante presente.</p><p>Os desafios aos educadores são vários, pois cada criança é um sujeito único, um ser singular, que</p><p>participa de práticas de letramento diferenciadas, de acordo com o seu repertório cultural, adquirido</p><p>na família e no ambiente social em que vive.</p><p>Emília Ferreiro, pesquisadora argentina, diz que a criança não pede autorização para aprender. Ela [a</p><p>criança] é um ser curioso e se apropria das práticas do seu mundo. Um exemplo: uma mãe que conta</p><p>histórias para seu filho. Este, irá se apropriando da ideia de gênero, ou seja, um conto de fadas é</p><p>diferente de uma notícia de jornal, ou de uma receita de cozinha, e a maneira como são escritas, são</p><p>diferentes da maneira com que a gente fala. Este aprendizado é a chave para poder se alfabetizar.</p><p>A criança que convive com as práticas de</p><p>leitura e escrita desde muito cedo, quando chega a escola,</p><p>manifesta o desejo de aprender a ler e escrever e este aprendizado, consequentemente, acontece de</p><p>forma rápida e natural. Já aquelas que convivem em ambientes menos letrados e não têm contato</p><p>com gibis e livros em casa, acabam por levar mais tempo neste processo de aprendizagem ou, às</p><p>vezes, não conseguem aprender a ler e escrever.</p><p>Como incentivar este processo de forma natural?</p><p>O ideal é termos políticas públicas de distribuição, não só de livros, gibis e materiais escritos, mas</p><p>também no sentido de promoção do acesso aos bens culturais (cinema, teatro, exposição), estímulo às</p><p>campanhas de orientação aos pais de incentivo à leitura infantil e disponibilização de bibliotecas</p><p>acessíveis às crianças e suas famílias.</p><p>Países como Espanha e Estados Unidos desenvolveram programas de distribuição de livros, de</p><p>orientação aos pais, como incentivo às práticas de leitura e escrita, possibilitando um desempenho</p><p>melhor destas crianças, num processo de alfabetização futuro.</p><p>Uma dica aos pais é que estimulem as crianças à uma experiência cotidiana de leitura, promovendo</p><p>acesso a livros coloridos e histórias contadas de forma que incentivem a criatividade e a imaginação.</p><p>Como a interrupção no ensino e, posteriormente, a mudança no modelo de Educação, ambas</p><p>circunstâncias causadas pela pandemia, podem impactar no ensino das crianças?</p><p>O contexto da pandemia tende a acentuar não somente as desigualdades econômicas e sociais, mas</p><p>também as desigualdades educacionais. É preciso considerar que a questão não é somente a oferta de</p><p>aulas não presenciais, mas o acesso dos estudantes aos meios tecnológicos.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Neste momento que é o ingresso no ensino fundamental, as crianças vivem quase que um rito de</p><p>passagem, são contagiadas pela magia e as experiências da escrita.</p><p>[...]</p><p>Em relação às etapas de ensino mais prejudicadas, poderíamos destacar o 1º ano do ensino</p><p>fundamental e o 3º ano do ensino médio, as duas pontas. Nestas etapas, o acompanhamento docente</p><p>faz-se amplamente necessário para que os estudantes aprendam e se desenvolvam.</p><p>No caso do ensino médio, o maior risco e preocupação que este contexto apresenta é em relação à</p><p>evasão e fracasso escolar. Com a falta de acesso aos meios tecnológicos, pouco acompanhamento</p><p>familiar e dificuldade em acessar a escola, as crianças são impulsionadas a um processo de exclusão</p><p>escolar.</p><p>(Disponível em: <https://www.fadc.org.br/noticias/dia-mundial-da-alfabetizacao> Acesso em: 23 de jun. de 2022 – com</p><p>adaptações).</p><p>A palavra destacada está corretamente classificada em qual item?</p><p>a) “O ideal é termos políticas públicas de distribuição, não só de livros, gibis e materiais escritos,</p><p>mas também no sentido de promoção do acesso aos bens culturais” (advérbio).</p><p>b) “[...] possibilitando um desempenho melhor destas crianças, num processo de alfabetização</p><p>futuro.” (adjetivo).</p><p>c) “estímulo às campanhas de orientação aos pais de incentivo à leitura infantil e disponibilização de</p><p>bibliotecas acessíveis às crianças e suas famílias.” (verbo).</p><p>d) “[...] possibilitando um desempenho melhor destas crianças, num processo de alfabetização</p><p>futuro.” (substantivo).</p><p>Questão 70: Instituto ACCESS - Texto</p><p>Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo</p><p>Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem</p><p>medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.</p><p>Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no</p><p>Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de</p><p>novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22</p><p>chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida,</p><p>usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas</p><p>publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).</p><p>O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto</p><p>voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida,</p><p>movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os</p><p>dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.</p><p>Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a</p><p>curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam</p><p>sobre os ferimentos.</p><p>Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas,</p><p>provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais,</p><p>aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões</p><p>musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem</p><p>insetos para fins medicinais.</p><p>Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um</p><p>deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto,</p><p>Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na</p><p>ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de</p><p>Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e</p><p>depois o reaplicou na perna de Littlegrey.</p><p>Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos,</p><p>tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o</p><p>pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os</p><p>pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com</p><p>outros machos.</p><p>Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do</p><p>laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do</p><p>estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um</p><p>comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais</p><p>nesse sentido.”</p><p>Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao</p><p>mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o</p><p>comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial</p><p>função médica é um exagero, nesta altura.”</p><p>Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto,</p><p>é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição</p><p>para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também</p><p>perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”</p><p>Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por</p><p>exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também</p><p>um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé</p><p>não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que</p><p>aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.</p><p>“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente</p><p>nos surpreendem.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves. Fevereiro de 2022.)</p><p>Assinale a opção em que, no texto, a palavra não exerça papel adjetivo.</p><p>a) seus (1º parágrafo)</p><p>b) alguns (2º parágrafo)</p><p>c) outro (2º parágrafo)</p><p>d) outros (5º parágrafo)</p><p>Questão 71: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.</p><p>Pesquisadores descobrem nova espécie de dinossauro no interior de SP</p><p>Pesquisadores descobriram no interior de São Paulo um fóssil que pode ser de uma nova espécie de</p><p>dinossauro. O fóssil foi encontrado na cidade de Ibirá, próximo a São José do Rio Preto, e lembra a</p><p>estrutura de um titanossauro, o dinossauro herbívoro e pescoçudo que podia alcançar mais de 20</p><p>metros de comprimento.</p><p>Mas esse novo [A] dinossauro é bem menor, da cabeça ao pescoço não chega a 6 metros e apresenta</p><p>outras características que indicam ser de uma nova espécie, segundo Bruno Navarro, paleontólogo do</p><p>Museu de Zoologia da USP.</p><p>Os resultados da pesquisa ainda estão sendo revisados e devem ser publicados em uma revista</p><p>científica [B] no segundo semestre. Enquanto isso, ainda não é possível [C] ter acesso ao fóssil e nem</p><p>mesmo a fotografias da descoberta. Também não dá para saber como ele foi batizado.</p><p>Mas já dá para ter uma ideia de como era esse antigo habitante do Brasil. O paleoartista Hugo Cafasso</p><p>já fez uma reconstrução artística do novo dinossauro. Paleoartistas são os profissionais que fazem a</p><p>representação de plantas e animais pré-históricos a partir das descobertas científicas.</p><p>A descoberta de fósseis em Ibirá não é novidade. A cidade de pouco mais de 12 mil habitantes que fica</p><p>a quase 500 quilômetros da capital paulista integra a Bacia Bauru, uma área que abarca o centro-oeste</p><p>de São Paulo, o triângulo mineiro e o sul de Goiás. Formada por rocha sedimentar, essa área foi</p><p>propícia à preservação dos fósseis do período cretáceo, cerca de 80 milhões de anos atrás.</p><p>Foi na região de Ibirá que, em 2014, foi descoberto um outro dinossauro, o Thanos simonattoi, um</p><p>predador carnívoro [D] batizado com o nome grego que representa a morte e que também deu nome</p><p>ao vilão da franquia de quadrinhos da Marvel.</p><p>(https://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/pesquisadores-descobrem-nova-esp%C3%A9cie-de-dinossauro-no-interior</p><p>-de-sp/ar-AAY3IPv?ocid=msedgntp&cvid=78941cf3de344fa7b518bca34013a151. 4/6/22)</p><p>Assinale a opção em que esteja corretamente indicado um adjetivo uniforme.</p><p>a) novo</p><p>b) científica</p><p>c) possível</p><p>d) carnívoro</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 72: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.</p><p>Brasil chega a 77,43% da população com vacinação completa contra a covid-19</p><p>O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose [A] contra a covid-19 no Brasil chegou nesta</p><p>sexta-feira, 3, a 178.578.775, o equivalente a 83,13% da população total [B]. Nas últimas 24 horas,</p><p>32.979 pessoas receberam a primeira dose da vacina [C], de acordo com dados reunidos pelo consórcio</p><p>[D] de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.</p><p>Entre os mais de 178 milhões de vacinados, 166.344.538 receberam a segunda dose, o que representa</p><p>77,43% da população com a imunização completa contra o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas,</p><p>80.883 pessoas receberam essa dose de reforço. Somando as vacinas de primeira e segunda dose</p><p>aplicadas, além da terceira e quarta de reforço (1.918.273), o Brasil administrou 2.034.078 doses</p><p>nesta sexta.</p><p>Já em relação à vacinação pediátrica (para crianças de 5 a 11 anos), o Brasil chegou a 12.609.414 de</p><p>primeira dose, o equivalente a 61,51% deste público. E as crianças totalmente imunizadas são</p><p>7.189.212, o equivalente a 35,07%.</p><p>Em termos proporcionais, Piauí é o Estado que mais vacinou sua população até aqui: 93,33% dos</p><p>habitantes receberam ao menos a primeira dose. A porcentagem mais baixa é encontrada em Roraima,</p><p>onde 62,27% receberam a vacina. Em números absolutos, o maior número de vacinados com a primeira</p><p>dose está em São Paulo (42,2 milhões), seguido por Minas Gerais (17,9 milhões) e Rio de Janeiro (14,2</p><p>milhões).</p><p>(https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/brasil-chega-a-7743percent-da-popula%c3%a7%c3%a3o-com-vacina%c3%a7%c3%a3o-com</p><p>pleta-contra-a-covid-19/ar-AAY3HM6?ocid=msedgntp. 3-6-22)</p><p>Assinale a opção que apresente corretamente um adjetivo.</p><p>a) dose</p><p>b) total</p><p>c) vacina</p><p>d) consórcio</p><p>Questão 73: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.</p><p>Hábito de tomar café pode reduzir risco de morte, aponta estudo</p><p>Tem gente que não consegue começar o dia sem uma boa xícara de café. Se você é parte desse time,</p><p>saiba que o risco de ter uma morte prematura [A] pode ser menor do que entre quem não toma café.</p><p>Um estudo de observação mostrou que beber café, com ou sem açúcar, reduziu o risco de morte em</p><p>até 30% durante os sete anos de análise. A pesquisa foi publicada no periódico The Annals of Internal</p><p>Medicine no dia 31 de maio.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Os pesquisadores analisaram dados de consumo de café de 170 mil pessoas que tinham de 37 a 73</p><p>anos. As informações eram do biobanco do Reino Unido, uma grande base de dados de saúde [B] da</p><p>população britânica. No período analisado, 3.177 mortes foram registradas.</p><p>Os pesquisadores levaram em consideração alguns fatores, como gênero, etnia, nível de escolaridade,</p><p>uso de cigarro, peso, altura e dieta, e descobriram que aqueles que tomavam café sem açúcar</p><p>apresentaram risco ainda menor de morrer.</p><p>A maior redução (29%) se deu entre aqueles que bebiam de 2,5 a 4,5 xícaras por dia. Entre quem</p><p>adoça o café, o risco de morte foi menor entre quem tomava de 1,5 a 3,5 xícaras diárias. A pesquisa</p><p>não conseguiu chegar a conclusões sobre os consumidores de café com adoçante.</p><p>Mas é preciso cautela [C]. Por se tratar de um estudo de observação, os dados não são conclusivos, ou</p><p>seja, não se pode provar que o café reduz risco de morrer, já que há outros fatores envolvidos, como</p><p>um estilo de vida saudável, alimentação e rotina de atividade física.</p><p>É consenso entre especialistas de que a quantidade máxima recomendada por dia de café é de 400mg</p><p>de cafeína, equivalentes a três ou quatro xícaras médias de café coado. Consumindo nessa</p><p>quantidade, você potencializa os efeitos positivos do café.</p><p>Doses elevadas da bebida podem induzir efeitos negativos, como taquicardia, palpitações, insônias,</p><p>gastrite, ansiedade, refluxo gastroesofágico, tremores, dores de cabeça [D] e náuseas.</p><p>(https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/03/habito-de-tomar-cafe-pode-reduzir-risco-de-morte-aponta-estudo</p><p>.htm. 3/6/22)</p><p>Assinale a opção que apresente corretamente um adjetivo.</p><p>a) prematura</p><p>b) saúde</p><p>c) cautela</p><p>d) cabeça</p><p>Questão 74: Instituto ACCESS - O TEXTO I A SEGUIR REFERE-SE À QUESTÃO.</p><p>Texto I</p><p>Tempos Modernos</p><p>No meio do trânsito, o motorista diminuiu a marcha do carro, que ficou reduzido à velocidade de um</p><p>pedestre. Estranhei a mudança, ele me apontou um esquisito negócio pendurado no poste mais</p><p>próximo e informou: “É o ‘Big Brother’”.</p><p>A expressão pegou graças ao famoso romance de George Orwell ("1984"), que virou série em TVs de</p><p>todo o mundo, representando a perda de privacidade dos cidadãos que ficam dispostos e expostos ao</p><p>olho implacável de uma câmera ligada ao estado-maior ou ao Grande Irmão que patrulha todas as</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>ações da sociedade. A primeira referência a esse tipo de poder universal não é de George Orwell nem</p><p>de seu livro, publicado em 1949.</p><p>Antes dele, em 1935, Charles Chaplin, em "Tempos Modernos", já mostrava a potencialidade da</p><p>tecnologia na guarda dos valores da classe dominante sobre o resto da manada. O operário Carlitos,</p><p>estressado na esteira de montagem de uma fábrica monstruosa, onde aperta parafusos</p><p>alucinadamente, pede ao capataz de seu setor a licença para ir ao banheiro. Mal entra ali, numa</p><p>imensa tela que ocupa toda a parede, aparece em "close" o dono da fábrica, de cara amarrada, que o</p><p>recrimina com aspereza, ordenando-lhe que retorne imediatamente ao trabalho: a produção não pode</p><p>parar. O filme de Chaplin continua sendo a crítica mais contundente aos tempos modernos, mas nada</p><p>tem de reacionário, pelo contrário: em alguns países, foi proibido por ser propaganda comunista.</p><p>Embora nunca tenha confessado, esta cena foi o ponto de partida para Orwell criar o Big Brother, cuja</p><p>amplitude é maior, universal.</p><p>Na Idade Média, quando a tecnologia da época era bem mais primitiva, os anacoretas e ascetas (os</p><p>solitários) colocavam em suas tendas ou celas um cartaz com o aviso: "Deus me vê!".</p><p>Dá mais ou menos no mesmo.</p><p>(Fonte: Carlos Heitor Cony. https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2505200805.htm)</p><p>Observe o vocábulo MAIOR utilizado em:</p><p>“Embora nunca tenha confessado, esta cena foi o ponto de partida para Orwell criar o Big Brother,</p><p>cuja amplitude é maior, universal.”</p><p>Assinale a opção em que o termo também funciona como um adjetivo e está flexionado no mesmo</p><p>grau da frase acima.</p><p>a) Na Idade Média, a tecnologia mais primitiva era um bem muito maior do que as ferramentas</p><p>robóticas de hoje.</p><p>b) Na Idade Média, a tecnologia não era a maior de todas as modernidades.</p><p>c) Na Idade Média, um ritual religioso apenas era tão importante quanto maior fosse a tecnologia da</p><p>época.</p><p>d) Na Idade Média, o maior valor humano era a religião, e não a tecnologia.</p><p>e) Na Idade Média, o maior homem de todos não chegava à altura de Deus.</p><p>Questão 75: IDECAN - Texto</p><p>A divagação da mente, o fluxo dos erros e a criatividade</p><p>Nossa mente vagueia entre passado e futuro, imaginando o que poderia ter sido, antecipando</p><p>acontecimentos que muito provavelmente nunca ocorrerão, além de elaborar fantasiosas narrações. O</p><p>padrão mental é criar pensamentos aleatórios, espontaneamente, à parte do que fazemos e das</p><p>circunstâncias presentes.</p><p>Alguns exemplos são típicos em doenças mentais, como as ruminações melancólicas, características da</p><p>depressão; as obsessões, identidade do transtorno obsessivo-compulsivo; o sonhar acordado, comum</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>aos que têm transtorno de déficit de atenção. Em pessoas livres dessas enfermidades, as</p><p>consequências dos raciocínios intrusos podem ser mínimas, nem perturbam o propósito. Ou não...</p><p>Às vezes, flagramos nossa mente distante, por um tempo surpreendentemente longo. Resignados ou</p><p>inconformados, não evitaremos essa repetição. A procrastinação e a impulsividade, causas frequentes</p><p>de frustração e desgosto, são consequências desta falha cognitiva, a incompetência em conectar o</p><p>pensamento à ação contemporânea. Um fracasso do autocontrole.</p><p>Mesmo mais brandamente, a divergência entre o pensar e o agir gera tristeza. Algumas tradições</p><p>filosóficas e religiosas ensinam que a felicidade reside no presente; dessa forma, seus adeptos são</p><p>incentivados a reconhecer as divagações mentais e concentrarem-se no aqui e agora. Essas práticas</p><p>sugerem que uma mente errante é uma mente infeliz. Mas esse princípio é verdadeiro e pode ser</p><p>testado objetivamente?</p><p>Questões complicadas como essas são um convite à divagação. Felizmente, alguns curiosos e</p><p>persistentes foram à obra, especificamente em 2010, na Faculdade de Psicologia da Universidade</p><p>Harvard. Esses insistentes, ou melhor, pesquisadores, enviaram perguntas, várias vezes e ao acaso, aos</p><p>celulares de 2.250 voluntários. O mote era descobrir o que faziam, se o que estavam pensando era</p><p>pertinente ao momento e como se sentiam. As conclusões obtidas desse clássico estudo: os</p><p>participantes estavam menos felizes quando a mente vagueava, não importa se a atividade era</p><p>agradável ou desagradável, tampouco se o pensamento transcorria sobre tópicos prazerosos ou não. A</p><p>divagação da mente era a causa da tristeza, e não sua mera consequência.</p><p>Então, a chave do sucesso e da felicidade é o controle voluntário da mente, o fim dos devaneios?</p><p>Desiludo o meu esperançoso leitor, não é possível alcançar esse objetivo.</p><p>Os pensamentos errantes ocupam muito do nosso tempo, por serem um aspecto normal da condição</p><p>humana, um notável efeito da evolução que nos possibilita aprender, raciocinar, planejar e formatar a</p><p>metacognição. A viagem mental de eventos passados às possibilidades futuras nos ajuda a integrar</p><p>experiências e a antecipar consequências. Sem falar que essas divagações ajudam a enfrentar a</p><p>chatice de tarefas monótonas, já que adicionam alguns intervalos reparadores.</p><p>A experiência humana da consciência é fluida, raramente restringe-se a um único tópico por um</p><p>período extenso, sem desvios. Sua natureza é dinâmica. Alguns raciocínios que surgem durante o</p><p>divagar da mente tendem a orbitar algumas pendências pregressas e podem trazer momentos</p><p>"Eureca", que talvez não seriam alcançados durante a exaustiva busca por uma solução.</p><p>Impasses mentais acontecem, e por vezes a concentração humana se desvia do obstáculo. A razão,</p><p>então, automaticamente se envolve com outra atividade, cuidando de temas aleatórios. O problema</p><p>fica incubado, submerso a nossa consciência. O que acontece durante o período de incubação é um</p><p>mistério, não sabemos aquilo que se passa em subsolo cerebral. Mas em meio à diversidade de</p><p>pensamentos erráticos, uma solução pode ser encontrada.</p><p>Imerso em pensamentos e sentimentos, alguém pode perder-se em devaneios. Porém, as simulações</p><p>mentais podem revelar aspectos da realidade. A diversidade dos pensamentos fortuitos, e não o foco</p><p>em uma ideia repetitiva, é uma determinante da criatividade.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(Luciano Magalhães Melo.</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/06/a-divagacao-da-mente-o-fluxo-dos-erros-e-a-criatividade.shtml.</p><p>7.jun.2022, com adaptações)</p><p>Assinale a alternativa em que se tenham feito corretamente as flexões de gênero e número para</p><p>“obsessivo-compulsivo”</p><p>a) condições obsessivos-compulsivas</p><p>b) condições obsessiva-compulsivas</p><p>c) condições obsessivas-compulsivas</p><p>d) condições obsessivo-compulsivas</p><p>Questão 76: IDECAN - Texto</p><p>A divagação da mente, o fluxo dos erros e a criatividade</p><p>Nossa mente vagueia entre passado e futuro, imaginando o que poderia ter sido, antecipando</p><p>acontecimentos que muito provavelmente nunca ocorrerão, além de elaborar fantasiosas narrações. O</p><p>padrão mental é criar pensamentos aleatórios, espontaneamente, à parte do que fazemos e das</p><p>circunstâncias presentes.</p><p>Alguns exemplos são típicos em doenças mentais, como as ruminações melancólicas, características da</p><p>depressão; as obsessões, identidade do transtorno obsessivo-compulsivo; o sonhar acordado [A],</p><p>comum aos que têm transtorno de déficit de atenção [B]. Em pessoas livres dessas enfermidades, as</p><p>consequências dos raciocínios intrusos podem ser mínimas, nem perturbam o propósito. Ou não...</p><p>Às vezes, flagramos nossa mente distante, por um tempo surpreendentemente longo. Resignados ou</p><p>inconformados, não evitaremos essa repetição. A procrastinação e a impulsividade, causas frequentes</p><p>de frustração e desgosto, são consequências desta falha cognitiva, a incompetência em conectar o</p><p>pensamento à ação contemporânea. Um fracasso do autocontrole.</p><p>Mesmo mais brandamente, a divergência entre o pensar e o agir gera tristeza. Algumas tradições</p><p>filosóficas e religiosas ensinam que a felicidade reside no presente; dessa forma, seus adeptos são</p><p>incentivados a reconhecer</p><p>as divagações mentais e concentrarem-se no aqui e agora. Essas práticas</p><p>sugerem que uma mente errante é uma mente infeliz. Mas esse princípio é verdadeiro e pode ser</p><p>testado objetivamente?</p><p>Questões complicadas como essas são um convite à divagação. Felizmente, alguns curiosos e</p><p>persistentes foram à obra, especificamente em 2010 [C], na Faculdade de Psicologia da Universidade</p><p>Harvard. Esses insistentes, ou melhor, pesquisadores, enviaram perguntas, várias vezes e ao acaso, aos</p><p>celulares de 2.250 [D] voluntários. O mote era descobrir o que faziam, se o que estavam pensando era</p><p>pertinente ao momento e como se sentiam. As conclusões obtidas desse clássico estudo: os</p><p>participantes estavam menos felizes quando a mente vagueava, não importa se a atividade era</p><p>agradável ou desagradável, tampouco se o pensamento transcorria sobre tópicos prazerosos ou não. A</p><p>divagação da mente era a causa da tristeza, e não sua mera consequência.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Então, a chave do sucesso e da felicidade é o controle voluntário da mente, o fim dos devaneios?</p><p>Desiludo o meu esperançoso leitor, não é possível alcançar esse objetivo.</p><p>Os pensamentos errantes ocupam muito do nosso tempo, por serem um aspecto normal da condição</p><p>humana, um notável efeito da evolução que nos possibilita aprender, raciocinar, planejar e formatar a</p><p>metacognição. A viagem mental de eventos passados às possibilidades futuras nos ajuda a integrar</p><p>experiências e a antecipar consequências. Sem falar que essas divagações ajudam a enfrentar a</p><p>chatice de tarefas monótonas, já que adicionam alguns intervalos reparadores.</p><p>A experiência humana da consciência é fluida, raramente restringe-se a um único tópico por um</p><p>período extenso, sem desvios. Sua natureza é dinâmica. Alguns raciocínios que surgem durante o</p><p>divagar da mente tendem a orbitar algumas pendências pregressas e podem trazer momentos</p><p>"Eureca", que talvez não seriam alcançados durante a exaustiva busca por uma solução.</p><p>Impasses mentais acontecem, e por vezes a concentração humana se desvia do obstáculo. A razão,</p><p>então, automaticamente se envolve com outra atividade, cuidando de temas aleatórios. O problema</p><p>fica incubado, submerso a nossa consciência. O que acontece durante o período de incubação é um</p><p>mistério, não sabemos aquilo que se passa em subsolo cerebral. Mas em meio à diversidade de</p><p>pensamentos erráticos, uma solução pode ser encontrada.</p><p>Imerso em pensamentos e sentimentos, alguém pode perder-se em devaneios. Porém, as simulações</p><p>mentais podem revelar aspectos da realidade. A diversidade dos pensamentos fortuitos, e não o foco</p><p>em uma ideia repetitiva, é uma determinante da criatividade.</p><p>(Luciano Magalhães Melo.</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/06/a-divagacao-da-mente-o-fluxo-dos-erros-e-a-criatividade.shtml.</p><p>7.jun.2022, com adaptações)</p><p>Assinale a alternativa em que a palavra indicada exerça papel adjetivo.</p><p>a) acordado</p><p>b) atenção</p><p>c) 2010</p><p>d) 2.250</p><p>Questão 77: IBFC - Texto</p><p>Eu tinha uns quatro anos no dia em que minha mãe morreu. Dormia no meu quarto, quando pela</p><p>manhã me acordei com um enorme barulho na casa toda. Eram gritos e gente correndo para todos os</p><p>cantos. O quarto de dormir de meu pai estava cheio de pessoas que eu não conhecia. Corri para lá, e</p><p>vi minha mãe estendida no chão e meu pai caído em cima dela como um louco. A gente toda que</p><p>estava ali olhava para o quadro como se estivesse em um espetáculo. Vi então que minha mãe estava</p><p>toda banhada em sangue, e corri para beijá-la, quando me pegaram pelo braço com força. Chorei, fiz</p><p>o possível para livrar-me. Mas não me deixaram fazer nada. Um homem que chegou com uns soldados</p><p>mandou então que todos saíssem, que só podia ficar ali a polícia e mais ninguém.</p><p>Levaram-me para o fundo da casa, onde os comentários sobre o fato eram os mais variados. O criado,</p><p>pálido, contava que ainda dormia quando ouvira uns tiros no primeiro andar. E, correndo para cima,</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>vira meu pai com o revólver na mão e minha mãe ensanguentada. “O doutor matou a dona Clarisse!”</p><p>Por quê? Ninguém sabia compreender.</p><p>(REGO, José Lins do. Menino de Engenho. São Paulo: Global Editora, 2020.)</p><p>Na passagem “O criado, pálido, contava” (2º§), as vírgulas cumprem um papel importante em relação</p><p>ao adjetivo “pálido” porque:</p><p>a) indicam tratar-se de uma característica momentânea.</p><p>b) revelam um traço intrínseco do personagem apresentado.</p><p>c) expressam uma interlocução, um modo de chamar o outro.</p><p>d) mostram o modo como a ação seria desenvolvida.</p><p>e) indicam a reação do sujeito depois da ação de “contar”.</p><p>Questão 78: IBFC - Texto I</p><p>Inverno</p><p>A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas</p><p>cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o</p><p>resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.</p><p>Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o</p><p>barulho do rio era como um trovão distante.</p><p>Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os lições com a ponta da alpercata. As brasas</p><p>estalaram, a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando</p><p>vagamente os pés do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando</p><p>estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços esfriavam</p><p>recebendo o ar que entrava pela rachadura das paredes e pelas e gretas da janela. Por isso não</p><p>podiam dormir. Quando iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se,</p><p>chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente conversa eram frases</p><p>soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. As vezes uma interjeição gutural dava energia ao</p><p>discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as</p><p>imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia meio de</p><p>dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando</p><p>alto. [...]</p><p>(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro; Record, 2009, p. 63-64)</p><p>Em “Fabiano esfregou as mãos satisfeito” (3º§), o vocábulo destacado ilustra o seguinte emprego das</p><p>classes de palavras:</p><p>a) a indicação do modo de realizar uma ação feita pelo advérbio.</p><p>b) a representação de uma ideia abstrata feita pelo substantivo.</p><p>c) a caracterização de um estado provisório feita por um adjetivo.</p><p>d) uma qualidade própria às mãos atribuída pelo adjetivo.</p><p>e) a nomeação de uma qualidade feita por um substantivo.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 79: ACESSE - Leia atentamente o texto a seguir e responda á questão.</p><p>Menos mortes, mais cuidado</p><p>Denúncias de violência</p><p>a</p><p>e crimes contra o povo indígena yanomami voltaram a estampar os jornais. É a</p><p>fotografia da sistemática violação de direitos humanos no Brasil, em que crianças e adolescentes são</p><p>as maiores vítimas. Segundo estudo do Unicef, 80% das crianças yanomamis com menos de cinco anos</p><p>apresentam desnutrição crônica, consequência da insegurança alimentar provocada pelo garimpo</p><p>ilegal em seus territórios. Esse dado sozinho deveria bastar, mas existem inúmeros outros</p><p>b</p><p>que</p><p>compõem um Brasil guiado pelo ódio, pela intolerância e pelo mais</p><p>c</p><p>completo desprezo pela vida.</p><p>A tragédia vivida há décadas pelos yanomamis na Amazônia é espelho de uma nação que fecha os</p><p>olhos diante de crianças assassinadas, desnutridas, sem educação de qualidade, submetidas à violência</p><p>e ao trabalho infantil, sem proteção e cuidado. Longe dali, no Rio de Janeiro, 100 crianças foram</p><p>baleadas</p><p>de 2016 a 2021 durante a guerra que se trava entre a polícia e o tráfico – a maior parte delas</p><p>é negra, pobre e vive em comunidades periféricas. Trinta dessas crianças não sobreviveram, de acordo</p><p>com levantamento da ONG Fogo Cruzado.</p><p>Em meio à pandemia, mais de 130 mil crianças e adolescentes ficaram órfãos de seus cuidadores no</p><p>país, como mostra relatório do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Conselho Nacional de Direitos</p><p>Humanos (CNDH). Estudantes estão desmaiando de fome. Meninas e meninos são acometidos por</p><p>doenças que voltaram ao nosso mapa por falta de vacinação, como é o caso do sarampo.</p><p>Enquanto isso, nos bastidores do poder político, perde-se de vista aquilo</p><p>d</p><p>que realmente importa. Não</p><p>se prioriza articular e debater propostas para a prevenção e o enfrentamento das violências, combate</p><p>à fome e à pobreza. Em meio a fake news, desinformação e descaso, lideranças deixam à margem o</p><p>sofrimento cotidiano da população.</p><p>O Brasil de 2022 se encontra em franco retrocesso com relação a marcos civilizatórios conquistados</p><p>nas últimas décadas. Conquistas essas que resultaram, por exemplo, na Constituição de 1988, cujo</p><p>artigo 227 sacramentou a ideia de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos. Seu texto traz</p><p>lado a lado as palavras "absoluta prioridade", para enfatizar que os direitos de meninas e meninas</p><p>devem estar em primeiro lugar, sempre.</p><p>Faz parte também das vitórias históricas da democracia brasileira a aprovação do Estatuto da Criança</p><p>e do Adolescente pelo Congresso Nacional, em 1990. Trata-se de uma das legislações mais avançadas</p><p>do planeta para a proteção e promoção de direitos desse segmento da população. Ali o Brasil se</p><p>compromete em garantir a universalização do acesso à educação e à saúde e em proteger cada criança</p><p>e adolescente contra "qualquer</p><p>e</p><p>forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade</p><p>e opressão". Todo atentado a seus direitos fundamentais, seja por ação ou omissão, deve ser punido</p><p>"na forma da lei", estabelece o artigo 5º.</p><p>As eleições presidenciais representam um momento decisivo para que se recupere e faça valer o que</p><p>já conquistamos. Necessitamos renovar nosso compromisso com a democracia e a verdade para tornar</p><p>possível o projeto de país que queremos construir.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>É frente a esse contexto que nasce a Agenda 227, movimento de organizações da sociedade civil</p><p>comprometido em mobilizar as candidaturas à Presidência da República para que integrem a seus</p><p>planos de governo um conjunto de ações estruturantes voltadas à garantia dos direitos da infância e</p><p>da adolescência.</p><p>Colocar crianças e adolescentes no centro das políticas públicas significa o caminho mais curto e</p><p>eficaz para rompermos o processo de reprodução intergeracional de miséria e desigualdade que marca</p><p>nossa história, passando a construir um país mais justo e igualitário.</p><p>Uma sociedade que faz valer os direitos de suas meninas e meninos é uma sociedade orientada pelo</p><p>cuidado, pela tolerância, pela empatia e pela solidariedade.</p><p>(Miriam Pragita, Lucas José Ramos Lopes e</p><p>Renato Godoy. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/06/menos-mortes-maiscuidado. shtml. 9/6/22)</p><p>Assinale a opção em que a palavra, no texto, exerça papel adjetivo.</p><p>a) violência</p><p>b) outros</p><p>c) mais</p><p>d) aquilo</p><p>e) qualquer</p><p>Questão 80: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no</p><p>século 20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os</p><p>níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador</p><p>Anísio era uma atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como</p><p>algo definitivo, mas que se busca continuamente.</p><p>O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para</p><p>resolver seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo</p><p>incremento das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige,</p><p>segundo Anísio, “uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.</p><p>As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres</p><p>em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e</p><p>ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso</p><p>reformar a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.</p><p>O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois</p><p>seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu</p><p>algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que,</p><p>chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.</p><p>Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico</p><p>— desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a</p><p>bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro</p><p>preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá</p><p>satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele</p><p>escolha suas atividades.</p><p>Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para</p><p>professores e alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde</p><p>inspirou os centros integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de</p><p>escolas de tempo integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da</p><p>sua preparação para a cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro</p><p>Educação não é privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também</p><p>municipalizada, para atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser</p><p>articulado numa rede até a universidade.</p><p>Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008 (com adaptações).</p><p>Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.</p><p>No primeiro período do quinto parágrafo, a palavra “ideais” é um adjetivo que qualifica “atitudes”.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 81: FCC - As redes sociais se apresentam como uma espécie de “praça pública virtual”, na</p><p>qual indivíduos interagem e empresas anunciam seus produtos. Entretanto, ao contrário do espaço</p><p>público tradicional (físico), plataformas de redes sociais moldam quem e o que encontraremos</p><p>durante a conexão. A lógica por trás disso é que tenhamos um espaço customizado, no qual nos</p><p>deparemos com aqueles que conosco se assemelham e com produtos que almejamos. Conectar-se de</p><p>forma sadia às redes sociais demanda alguns cuidados. O primeiro deles, é saber como a maior parte</p><p>das redes sociais funciona. Não ignorar que cada um de nós é o verdadeiro produto pode nos garantir</p><p>experiência saudável nesse ambiente. Desconsiderar esse ponto é o atalho para vivenciar aquilo que</p><p>se pode definir como conectividade tóxica.</p><p>Um segundo aspecto, decorrente do anterior, diz respeito às pessoas, às notícias e aos produtos com</p><p>os quais nos deparamos.</p><p>Nosso histórico de acessos na internet permite que as plataformas direcionem conteúdo sob medida a</p><p>cada um de nós. Isso inclui sugestões de amizade, apresentação de notícias e, claro, publicidade. A</p><p>depender das</p><p>configurações de nossos aparelhos eletrônicos, falas simples, mesmo enquanto não</p><p>usamos tais dispositivos, podem ser captadas por mecanismos de inteligência artificial e</p><p>transformadas em material que chega às nossas telas sem que nada busquemos. Um terceiro aspecto</p><p>consiste em não nos deixarmos levar pelo aparente conforto que as redes propiciam. Com o uso</p><p>frequente, permitimos que as plataformas criem nossa “própria bolha”.</p><p>Levados pelo desejo, curvamo-nos à facilidade do consumo e tornamo-nos presas fáceis de golpes que</p><p>prometem vantagens fantásticas e inverídicas. Diante de falsas notícias, que tendem a nos agradar ou</p><p>atemorizar, abrimos mão da necessária reflexão, e preferimos compartilhá-las sem nem mesmo</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>conferir se provêm de fonte confiável. Em ambos os casos, somos fantoches manipulados por</p><p>interesses alheios.</p><p>(Adaptado de: AMARAL, Luiz Fernando. Conexão Sadia. Disponível em: Istoe.com.br/conexao − sadia)</p><p>Alterada a ordem do adjetivo na expressão, observa-se, de modo mais significativo, a mudança de</p><p>sentido em:</p><p>a) vantagens fantásticas.</p><p>b) verdadeiro produto.</p><p>c) falsas notícias.</p><p>d) necessária reflexão.</p><p>e) interesses alheios.</p><p>Questão 82: Instituto AOCP -</p><p>FRUTOS NEM TÃO PROIBIDOS</p><p>Livro recém-lançado explica por que nossa dieta inclui apenas uma fração das plantas comestíveis</p><p>disponíveis na natureza</p><p>Será que todos os vegetais que não comemos são menos gostosos que broto de feijão? A pergunta é</p><p>feita pelo professor de botânica John Warren, da Universidade Aberystwyth, no País de Gales, logo no</p><p>início do livro The Nature of Crops: How We Came to Eat the Plants We Do (“A natureza da colheita:</p><p>por que comemos as plantas que comemos”, em tradução livre), ainda sem edição no Brasil. Warren</p><p>sempre ficou intrigado com a pouca variedade de vegetais que encontrava nas prateleiras do</p><p>supermercado – das 300 mil espécies comestíveis de que se tem notícia, comemos apenas 200 (200</p><p>mesmo, não 200 mil) – e resolveu investigar por que foi que decidimos que salada boa é feita com</p><p>alface e tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega.</p><p>Não existe uma única resposta certa. Para se tornarem cultiváveis a fim de fazer parte da dieta dos</p><p>homens, as plantas devem ter uma série de qualificações no currículo. Primeiro, precisam ser</p><p>nutritivas. Depois, devem ser fáceis de armazenar. Ter grãos, sementes ou frutas que sobrevivem</p><p>muito tempo longe do pé sempre ajuda. Um último diferencial é a personalidade (e o cheiro) forte:</p><p>plantas perfumadas, que combatem bactérias ou até as que são psicotrópicas sempre chamam a</p><p>atenção. E, por incrível que pareça, as plantas tóxicas não estão excluídas automaticamente: muitos</p><p>vegetais que consumimos hoje são descendentes de plantas potencialmente letais.</p><p>Por tudo isso, argumenta Warren, hoje o que realmente nos separa de uma dieta mais diversificada é a</p><p>nossa própria imaginação: “No futuro, iremos apreciar toda uma miríade de novas frutas e vegetais</p><p>que são melhores para a saúde e menos prejudiciais para a natureza”.</p><p>Adaptado de: KIST, Cristine. Frutos nem tão proibidos. Revista Galileu, São Paulo, n. 290, p. 12-13, set. 2015.</p><p>Em relação ao subtítulo do texto, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Os adjetivos “comestíveis” e “disponíveis” incidem sobre o substantivo “plantas” e sua ordem</p><p>pode ser invertida.</p><p>b) A palavra “recém-lançado” é formada pelo processo de composição por justaposição.</p><p>c) O termo “apenas” é um advérbio de exclusão, com sentido equivalente a “exclusivamente”.</p><p>d) A expressão “por que” é grafada separadamente porque faz parte de uma pergunta direta.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>e) A palavra “dieta” possui o mesmo significado que em “Ele faz dieta para emagrecer”.</p><p>Questão 83: FGV - Para serem claros e precisos, alguns autores esclarecem o significado de</p><p>adjetivos empregados em seus textos.</p><p>Assinale a frase abaixo, retirada de um jornal do Rio de Janeiro, em que o adjetivo em maiúsculas não</p><p>vem acompanhado de nenhuma explicação.</p><p>a) A tragédia de Santa Teresa levou sofrimento a duas famílias. Mas os sentimentos são DIFERENTES.</p><p>Para a família de Maria da Penha Coelho, perda e saudade eterna. Para a de Clara Marques, vergonha e</p><p>desgosto, que nem o tempo será capaz de apagar.</p><p>b) Não sofro mais. Considero-me uma pessoa normal. Esqueci do passado, quero viver o presente.</p><p>Agora, minha alimentação é totalmente SAUDÁVEL. Durmo cedo e evito tomar remédios.</p><p>c) Sei que o fenômeno do funk é INTERESSANTE do ponto de vista antropológico e sociológico, que</p><p>ele reflete um entrelaçamento positivo entre o morro e o asfalto, uma diluição promissora das</p><p>fronteiras entre as classes sociais etc.</p><p>d) Acostumados a adjetivos POUCO LISONJEIROS, os cariocas, tidos pelo senso comum como</p><p>malandros e adeptos do jeitinho brasileiro, já podem lavar a alma com orgulho que são os campeões</p><p>de solidariedade em todo o planeta.</p><p>e) Em vez de tentar encontrar um critério científico para eleger os cem melhores poemas brasileiros</p><p>do século XX numa antologia que agradasse a todos, o crítico Ítalo Moriconi decidiu abraçar o que esta</p><p>eleição tem de arbitrária e subjetiva. O resultado é uma coletânea que se dirige ao leitor</p><p>“MARCIANO”, isto é, ignorante em matéria de nossa poesia, mas sequioso de conhecê-la.</p><p>Questão 84: VUNESP -</p><p>Coisas são só coisas</p><p>Uma das criadoras do movimento Simplicidade Voluntária, Vicki Robin, critica rigorosamente o</p><p>consumismo desenfreado e afirma: “Estamos vivendo a doença do muito.” Quem tem suas</p><p>necessidades básicas asseguradas</p><p>(a)</p><p>e pode consumir além do que precisa é o que mais sofre dessa</p><p>doença.</p><p>Segundo Vicki, nos países mais ricos, as pessoas com acesso ao consumo estão viciadas no excesso. Vão</p><p>comprando. E vão acumulando. Num dia é um travesseiro; no outro, o sapato que vai sair uma única</p><p>vez do armário.</p><p>(b)</p><p>Surgem depois a roupa de marca, o azeite importado, o carro do ano, o eletrodoméstico mais moderno</p><p>– e mais um armário na casa para acomodar o que se compra.</p><p>O que leva muita gente a consumir é a falta de contato com as próprias coisas. A pessoa se esquece do</p><p>que tem e, com a sensação de não ter, acaba comprando mais. Estímulos não faltam: nunca houve</p><p>tanta oferta e tanta facilidade para pagar.</p><p>(c)</p><p>Outro aspecto que interfere muito é o uso cada vez menor</p><p>do dinheiro vivo como forma de pagamento, o que contribui para estimular compras</p><p>(d)</p><p>desnecessárias.</p><p>Ao pagar com cartões, a pessoa não sente que está gastando.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Na base do consumo exagerado está a insatisfação permanente do ser humano, a sensação de que</p><p>sempre falta algo. Queremos o que não temos,</p><p>(e)</p><p>mas, assim que passamos a ter, aquilo já não nos</p><p>interessa mais.</p><p>Ao refletirmos profundamente a respeito do consumismo, podemos entender que é muito mais</p><p>importante investir nos relacionamentos pessoais – amigos, filhos, colegas de trabalho – pois são eles</p><p>que nos enriquecem verdadeiramente.</p><p>Porque a relação com o consumismo é clara: quanto mais pobre for nossa vida interior, mais</p><p>sentiremos necessidade de ter coisas.</p><p>(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa em que o termo destacado na frase atribui uma característica à palavra anterior.</p><p>a) Quem tem suas necessidades básicas asseguradas…</p><p>b) … o sapato que vai sair uma única vez do armário.</p><p>c) … nunca houve tanta oferta e tanta facilidade para pagar.</p><p>d) … o que contribui para estimular compras…</p><p>e) Queremos o que não temos…</p><p>Questão 85: QUADRIX - Falávamos de sonhos. Primeiro, os mais curiosos.</p><p>Os que não têm lógica, nem relação com a realidade. Ah, isto é que não. Neste ponto, a conversa</p><p>enviesou pela “interpretose”. No sonho</p><p>tudo tem a ver com quem sonha. Aliás, na vida real também.</p><p>Ou não? Mas a controvérsia teórica não vem ao caso. Hoje todo mundo sabe o seu lance de psicologia.</p><p>Freud e Jung dão pé para qualquer palpiteiro.</p><p>Pra botar ordem na conversa, cada um na roda podia contar um sonho, de preferência que tenha tido</p><p>consequência prática. Uma premonição, por exemplo. Você sonhar com um número, jogar e ganhar.</p><p>Sonhar que recebeu um telefonema assim-assim, que resultou numa viagem maravilhosa. E no dia</p><p>seguinte vem o telefonema e a viagem sai. Antecipação, inexplicável sorte, mas que acontece. Ouvir</p><p>em sonho um aviso, um conselho, e dar certo. Coisas da parapsicologia.</p><p>Sonhos recorrentes, que acompanham a gente a vida toda. Alguns, obsessivos, estão presos a</p><p>reminiscências antiquíssimas, que mal se vislumbram na vigília. A memória afetiva nos arma ciladas,</p><p>desencava peças de arqueologia, dá vida ao que está morto. Abre um verdadeiro cemitério.</p><p>Às vezes, é bom, amável. Outras vezes, é mau, amargo. O sonho persecutório, por exemplo. Ouvi o</p><p>enredo de um que Deus me livre. Verdadeira condenação, coisa do maligno.</p><p>O meu, o desta conversa, posso contar. Foi há anos.</p><p>O Rio ainda era a capital. Um amigo me pediu para fazer um pedido ao presidente da Câmara dos</p><p>Deputados. Pedido constrangedor, eu dizia que não, que não. Mas o cara insistia. Me cercava de</p><p>atenções, me apontava os lugares a que o presidente iria. Tinha de cor a agenda do homem.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Nada de indecoroso, mas por que eu? Não tinha por que pedir, me meter num negócio que eu</p><p>desconhecia.</p><p>Estou omitindo algumas circunstâncias que impediam que me livrasse do importuno. Uma noite fui</p><p>dormir com aquela maçada. E então sonhei. Pesadelo? Coisa nenhuma. O presidente da Câmara tinha</p><p>embarcado para a Europa. Ia passar uma longa temporada no exterior.</p><p>Compareci ao embarque, conversamos, nos despedimos.</p><p>Deu no jornal e eu li. Acordo e me telefona o postulante. O chato! Conto com pormenores a viagem, o</p><p>embarque.</p><p>Enfim, livre. Só depois vim a me dar conta de que tinha sido um sonho. Mas que alívio!</p><p>Otto Lara Resende. Solução onírica. In: Folha de S. Paulo, São Paulo,</p><p>1992. Internet: <cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).</p><p>Em relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>Na linha, o período “Às vezes, é bom, amável.” exprime uma ideia oposta àquela expressa no período</p><p>“Outras vezes, é mau, amargo.”, uma vez que os adjetivos “bom” e “mau” se encontram em uma</p><p>relação de antonímia, assim como os adjetivos “amável” e “amargo” expressam sentidos contrários.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 86: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Desconstituição da política de cotas raciais em concursos</p><p>Nos últimos meses, universidades públicas estaduais da Bahia lançaram concursos para docentes do</p><p>magistério superior. Surpreendentemente, os editais não aplicaram cotas raciais. Das quatro</p><p>universidades, UESC e UESB não previram política de cotas raciais. UNEB e UEFS previram, contudo</p><p>com aplicação das cotas sobre o número de vagas ofertadas por departamento que, por serem em</p><p>número inferior a três, inviabilizaram a aplicação da lei.</p><p>Já seria motivo de surpresa que uma universidade pública brasileira não previsse algum mecanismo de</p><p>promoção da equidade racial em seus concursos, uma vez que esta</p><p>A)</p><p>é uma demanda já reconhecida e</p><p>bastante decantada juridicamente. Ela perpassa diversos fundamentos do Estado brasileiro, pois</p><p>envolve a democratização do acesso aos cargos públicos e uma expressão da materialização da</p><p>igualdade racial.</p><p>É demanda decantada também socialmente, uma vez que a representatividade torna imaginável a</p><p>ocupação de determinados lugares sociais para membros de grupos excluídos. Sabe-se muito</p><p>B)</p><p>bem</p><p>que, quanto maiores as exigências de formação, ou quanto mais aparece a cara das e dos candidatos</p><p>durante o procedimento seletivo, menos</p><p>C)</p><p>pessoas negras são aprovadas.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Nos concursos para o magistério superior, estes dois fatores se combinam de modo perverso, basta</p><p>contar quantas docentes negras uma pessoa teve durante sua formação universitária. Essa ausência de</p><p>professoras e professores negros nas universidades, na realidade um eufemismo para impedimento,</p><p>tem impacto direto na formação acadêmica oferecida: a reprodução do epistemicídio e de um</p><p>pensamento científico indiferente à persistência da lógica escravocrata e racista que permeia todas as</p><p>relações sociais no país.</p><p>Portanto, a surpresa converte-se em perplexidade quando recordamos que a Bahia é o estado de maior</p><p>população negra, com movimento negro organizado longevo e atuante, que alcançou a inscrição legal</p><p>das cotas raciais nos concursos públicos como medida de promoção à equidade racial. Há, no Estado, o</p><p>Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa (Lei 13.182/2014) e o Decreto</p><p>15.353/2014, que preveem a reserva de 30% das vagas dos concursos à população negra. Em termos</p><p>institucionais, o Estado conta também com uma secretaria específica para essa temática, a Secretaria</p><p>de Promoção da Igualdade Racial.</p><p>Uma dessas universidades, a UNEB – que agora está revisando seu edital, após as reivindicações dos</p><p>movimentos negros – foi pioneira na política de cotas para a graduação. Portanto, a necessidade de</p><p>promoção da equidade racial no âmbito universitário não é novidade. O que levou, então, a que essas</p><p>universidades tenham recuado</p><p>D)</p><p>em seu papel histórico na luta antirracista?</p><p>(...)</p><p>(Lidyane Maria Ferreira de Souza e Maria do Carmo Rebouças dos Santos.</p><p>https://diplomatique.org.br/desconstituicao-da-politica-de-cotas-raciais-emconcursos/ 6 de maio de 2022)</p><p>Assinale a opção em que a palavra indicada exerça, no texto, papel adjetivo.</p><p>a) esta</p><p>b) muito</p><p>c) menos</p><p>d) recuado</p><p>Questão 87: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Policial militar que estuda matemática vê no ensino forma de combater violência</p><p>Estudantes e professor próximos da nascente de um rio: pode até não parecer, mas esse é o cenário de</p><p>uma aula de matemática. É ali que o educador explica conceitos de geometria, como área e raio de</p><p>uma circunferência.</p><p>Mas não só. Ele ainda propõe algumas reflexões aos estudantes sobre preservação ambiental e os</p><p>efeitos que as ações humanas têm na natureza.</p><p>O método de ensino pode parecer estranho à primeira</p><p>A)</p><p>vista. Afinal, aulas de matemática</p><p>normalmente contêm operações na lousa, cálculos de figuras geométricas e fórmulas difíceis. Para</p><p>Marcílio Leão, 51</p><p>B)</p><p>, no entanto, não é bem assim.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A situação descrita no início do texto é um exemplo que Leão aborda em sua tese de doutorado sobre</p><p>como o ensino de matemática pode ter um caráter voltado à disseminação de valores contrários à</p><p>violência.</p><p>"Eu tive a ideia de fazer esse trabalho voltado para uma sociedade melhor. Por meio da educação, em</p><p>especial da educação matemática, a gente consegue alcançar uma sociedade em que nós não</p><p>tenhamos tantas dores. Isso virou meu objetivo de vida."</p><p>Morador de São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, Leão é policial militar há 22</p><p>C)</p><p>anos e ainda</p><p>continua na corporação atuando na área ambiental.</p><p>Já no que diz respeito à vida acadêmica, ele se formou em matemática na Faculdade de Filosofia,</p><p>Ciências e Letras em São José do Rio Pardo (SP) e, em 2022</p><p>D)</p><p>, entregou sua tese de doutorado em</p><p>educação matemática na Unesp (Universidade Estadual Paulista).</p><p>Desde o início de sua trajetória acadêmica, ele conta, já tinha convicção de que gostaria de estudar a</p><p>relação entre violência e matemática. “Eu comecei a me interessar</p><p>pela questão da violência</p><p>justamente pelo fato de estar perto dessas dores e dessas dificuldades por ser policial.”</p><p>No doutorado, Leão pesquisou justamente como o ensino de matemática pode ajudar na construção de</p><p>um mundo mais justo e pacífico.</p><p>Para isso, diz Leão, o educador pode, por exemplo, trabalhar com os alunos gráficos que abordem os</p><p>índices de violência. Assim, além de explicar conceitos de matemática e estatística, o educador será</p><p>capaz de discutir esse fenômeno que atinge profundamente o Brasil, com contribuições da turma.</p><p>O estudo feito pelo policial envolveu um questionário aplicado em duas escolas públicas no estado de</p><p>São Paulo e em uma Fundação Casa. As perguntas tentaram entender como os jovens viam a iniciativa</p><p>de uma educação que tratasse sobre temáticas que envolvessem a violência em meio a aulas de</p><p>matemática.</p><p>(...)</p><p>A preocupação em desenvolver uma pesquisa que envolva o tema da violência foi motivada, além do</p><p>trabalho de policial que Leão desempenha, por vivências pessoais recentes. A partir de perdas que</p><p>enfrentou nos últimos anos, diz Leão, procurou se aprofundar em um assunto que possa colaborar para</p><p>a construção de uma sociedade melhor.</p><p>(...)</p><p>Agora o policial militar espera que o seu estudo consiga ter um impacto positivo na construção de</p><p>currículos de matemática. "Tem inúmeras situações da vida que a gente pode trabalhar em sala de</p><p>aula o comportamento e o desenvolvimento de consciência dos alunos. Essas questões favorecem a</p><p>formação de valores", diz.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(Samuel Fernandes. https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2022/04/policialmilitar-</p><p>que-estuda-matematica-ve-no-ensino-forma-de-combater-violencia.shtml. 18.abr.2022)</p><p>Assinale a opção em que, no texto, o numeral não exerça papel adjetivo.</p><p>a) primeira</p><p>b) 51</p><p>c) 22</p><p>d) 2022</p><p>Questão 88: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Policial militar que estuda matemática vê no ensino forma de combater violência</p><p>Estudantes e professor próximos da nascente de um rio: pode até não parecer, mas esse é o cenário de</p><p>uma aula de matemática. É ali que o educador explica conceitos de geometria, como área e raio de</p><p>uma circunferência.</p><p>Mas não só. Ele ainda propõe algumas reflexões aos estudantes sobre preservação ambiental</p><p>A)</p><p>e os</p><p>efeitos que as ações humanas têm na natureza.</p><p>O método de ensino pode parecer estranho</p><p>B)</p><p>à primeira vista. Afinal, aulas de matemática</p><p>normalmente contêm operações na lousa, cálculos de figuras geométricas e fórmulas difíceis</p><p>C)</p><p>. Para</p><p>Marcílio Leão, 51, no entanto, não é bem assim.</p><p>A situação descrita no início do texto é um exemplo que Leão aborda em sua tese de doutorado sobre</p><p>como o ensino de matemática pode ter um caráter voltado à disseminação de valores contrários à</p><p>violência.</p><p>"Eu tive a ideia de fazer esse trabalho voltado para uma sociedade melhor. Por meio da educação, em</p><p>especial da educação matemática, a gente consegue alcançar uma sociedade em que nós não</p><p>tenhamos tantas dores. Isso virou meu objetivo de vida."</p><p>Morador de São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, Leão é policial militar há 22 anos e ainda</p><p>continua na corporação atuando na área ambiental.</p><p>Já no que diz respeito à vida acadêmica, ele se formou em matemática na Faculdade de Filosofia,</p><p>Ciências e Letras em São José do Rio Pardo (SP) e, em 2022, entregou sua tese de doutorado em</p><p>educação matemática na Unesp (Universidade Estadual Paulista).</p><p>Desde o início de sua trajetória acadêmica, ele conta, já tinha convicção de que gostaria de estudar a</p><p>relação entre violência e matemática. “Eu comecei a me interessar pela questão da violência</p><p>justamente pelo fato de estar perto dessas dores e dessas dificuldades por ser policial</p><p>D)</p><p>.”</p><p>No doutorado, Leão pesquisou justamente como o ensino de matemática pode ajudar na construção de</p><p>um mundo mais justo e pacífico.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Para isso, diz Leão, o educador pode, por exemplo, trabalhar com os alunos gráficos que abordem os</p><p>índices de violência. Assim, além de explicar conceitos de matemática e estatística, o educador será</p><p>capaz de discutir esse fenômeno que atinge profundamente o Brasil, com contribuições da turma.</p><p>O estudo feito pelo policial envolveu um questionário aplicado em duas escolas públicas no estado de</p><p>São Paulo e em uma Fundação Casa. As perguntas tentaram entender como os jovens viam a iniciativa</p><p>de uma educação que tratasse sobre temáticas que envolvessem a violência em meio a aulas de</p><p>matemática.</p><p>(...)</p><p>A preocupação em desenvolver uma pesquisa que envolva o tema da violência foi motivada, além do</p><p>trabalho de policial que Leão desempenha, por vivências pessoais recentes. A partir de perdas que</p><p>enfrentou nos últimos anos, diz Leão, procurou se aprofundar em um assunto que possa colaborar para</p><p>a construção de uma sociedade melhor.</p><p>(...)</p><p>Agora o policial militar espera que o seu estudo consiga ter um impacto positivo na construção de</p><p>currículos de matemática. "Tem inúmeras situações da vida que a gente pode trabalhar em sala de</p><p>aula o comportamento e o desenvolvimento de consciência dos alunos. Essas questões favorecem a</p><p>formação de valores", diz.</p><p>(Samuel Fernandes. https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2022/04/policialmilitar-</p><p>que-estuda-matematica-ve-no-ensino-forma-de-combater-violencia.shtml. 18.abr.2022)</p><p>A respeito das classificações quanto à flexão do adjetivo, assinale a opção em que a palavra seja</p><p>classificada de forma distinta da das demais.</p><p>a) ambiental</p><p>b) estranho</p><p>c) difíceis</p><p>d) policial</p><p>Questão 89: QUADRIX - Imagine 3,8 bilhões de anos de brilhantismo em design disponíveis de graça</p><p>para qualquer inovador sustentável no mundo. É nisso que aposta a fundadora do Instituto de</p><p>Biomimética, Janine Benyus.</p><p>Em sua instituição sem fins lucrativos, ela reúne designers, arquitetos, engenheiros e cientistas</p><p>interessados em conhecer a fundo as formas e funções criadas pela natureza e imitá-las no processo</p><p>industrial para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.</p><p>A natureza já inspira as soluções encontradas pelos seres humanos há bastante tempo. O exemplo mais</p><p>conhecido é a invenção do velcro com base no funcionamento dos carrapichos, aquelas sementinhas</p><p>espinhosas que possuem farpas e costumam grudar nas roupas. Em 1941, o engenheiro suíço George de</p><p>Mestral deu especial atenção a elas, pois viviam presas ao pelo de seu cachorro. Quando as observou</p><p>ao microscópio, ele notou a estrutura das garras e imitou a estrutura na criação do velcro.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Mas as inovações foram muito além disso e estão cada vez mais voltadas para a sustentabilidade.</p><p>Estava nas barbatanas das baleias a resposta para turbinas eólicas 20% mais eficientes e muito menos</p><p>barulhentas, como descobriu a companhia de turbinas Whalepower, em Toronto.</p><p>O aproveitamento da energia das marés se tornou mais eficaz quando a BioStream reproduziu o padrão</p><p>dos movimentos de peixes como o atum e o tubarão. Apesar de presos ao fundo do oceano, os</p><p>equipamentos giram com o movimento das marés e produzem eletricidade. Seu formato</p><p>hidrodinâmico, também inspirado nos peixes, evita que o material sofra com as condições adversas do</p><p>fundo do mar.</p><p>O edifício Eastgate, no Zimbábue, tem a mesma estrutura de ventilação dos cupins e, apesar de a</p><p>temperatura fora dele variar dos 42 ⁰C durante o dia para os 3 ⁰C à noite, em seu interior, ela se</p><p>mantém estável, variando em apenas um grau ao longo de um dia. A construção utiliza 90% menos</p><p>energia no sistema de ventilação que os edifícios tradicionais e já economizou 3,5 milhões de dólares</p><p>em custos com ar-condicionado.</p><p>Até os pulmões humanos têm sido</p><p>é totalmente vegana.</p><p>É preciso desmistificar a ideia de que o alimento mais saudável é sempre o mais caro. Preço salgado e</p><p>qualidade nutricional não andam necessariamente lado a lado. Alguns itens pouco prestigiados estão</p><p>justamente entre os mais nutritivos. É o caso do amendoim, que, sendo o primo pobre das castanhas,</p><p>é o mais rico em proteínas.</p><p>Considere, portanto, se não é hora de puxar a sardinha para a sua brasa.</p><p>(Veja, 10 de novembro de 2021. Adaptado)</p><p>De acordo com a gramática, adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, com ele concordando</p><p>em gênero e número.</p><p>Assinale a alternativa em que as duas palavras em destaque exercem a função de adjetivos.</p><p>a) tem a ver com a poluição ambiental. / [a sardinha] é totalmente vegana.</p><p>b) O nobre das águas gélidas está … / … puxar a sardinha para a sua brasa.</p><p>c) … – é totalmente vegana. / … é sempre o mais caro.</p><p>d) É preciso desmistificar a ideia… / … de que o alimento mais saudável…</p><p>e) Preço salgado e qualidade nutricional … / … é o mais rico em proteínas.</p><p>Questão 12: FGV - Abaixo está o início de um conto de Lygia Fagundes Telles, denominado A Ceia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“O restaurante era modesto e pouco frequentado, com mesinhas ao ar livre, espalhadas debaixo das</p><p>árvores. Em cada mesinha, um abajur de garrafa projetava sobre a toalha de xadrez vermelho e</p><p>branco um pálido círculo de luz.”</p><p>Todos sabemos que os termos de um texto podem indicar valores bem variados. Nesse segmento foram</p><p>sublinhados alguns que funcionam como adjetivos; a afirmação correta sobre um deles é:</p><p>a) o adjetivo “modesto” indica uma qualificação do restaurante por parte do narrador e não é</p><p>acompanhado de nenhum termo que o justifique;</p><p>b) o adjetivo “pouco frequentado” mostra uma qualificação do substantivo restaurante, indicando</p><p>uma clientela de elite;</p><p>c) a locução adjetiva “de garrafa” indica o material de que é feito o abajur, destacando</p><p>simultaneamente a qualidade sofisticada do restaurante descrito;</p><p>d) os adjetivos “vermelho e branco”, que indicam características, podem trazer informações</p><p>implícitas sobre a nacionalidade da comida no local;</p><p>e) o adjetivo “pálido”, que indica uma relação, mostra uma intensidade da luz, com o valor implícito</p><p>de decadência e pouca qualidade do restaurante.</p><p>Questão 13: CETREDE -</p><p>RETROSPECTIVA</p><p>Retrospectivas de fim de ano servem para passar o passado a limpo e organizar nossas lembranças que,</p><p>sem elas, seriam histórias sem nexo. O retrospectivista mais desatento da História foi Luís XVI que, na</p><p>véspera da Revolução Francesa, escreveu no seu diário: “Tudo calmo, nenhuma novidade no reino”. A</p><p>tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, quando um</p><p>viajante no deserto anotou no caderno de viagem a presença daquela estranha estrela no céu da</p><p>Judeia, brilhando mais do que as outras, como que mostrando um caminho, e disse “Epa”.</p><p>No jornalismo, uma retrospectiva de fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e</p><p>feitos que se destacaram durante o ano, e pronto. O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo,</p><p>esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os anos. É só reuni-las e teremos um típico ano com</p><p>seus altos e baixos, esperando sua inclusão na retrospectiva. Como todos os anos. Certo?</p><p>Você deve estar brincando com os pobres autores de retrospectivas e com a humanidade em geral.</p><p>Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020. Nenhuma outra</p><p>retrospectiva foi – e continua sendo – tão inverossímil. Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe</p><p>de onde decidido a acabar conosco e, mesmo se não conseguir, alterar a vida sobre a Terra e a relação</p><p>entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no futuro de cada um.</p><p>Retrospectivas por vir terão que recorrer à ficção ou ao delírio para contar como foi 2020 e seus</p><p>desdobramentos. Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em</p><p>poucos anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência.</p><p>Prevê-se que retrospectivas do futuro se ocuparão do comportamento de jovens, em 2020 e depois,</p><p>que desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus assassino e continuaram fazendo festas</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>sem qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de todos os seus crimes, criara uma geração de</p><p>desinformados, de alienados ou de suicidas.</p><p>(Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 2020 - 03h00)</p><p>Marque a alternativa em que todos os adjetivos compostos formam o plural do mesmo modo que</p><p>“mal-intencionado”.</p><p>a) Bem-humorado, político-social, verde-oliva, azul-celeste.</p><p>b) Surdo-mudo, verde-abacate, médico-hospitalar, econômico-social.</p><p>c) Bem-educado, econômico-social, verde-claro, médico-hospitalar.</p><p>d) Verde-oliva, azul-marinho, surdo-mudo, luso-brasileiro.</p><p>Questão 14: CEV UECE -</p><p>A Gravidade da Questão Indígena no Brasil</p><p>Estamos diante de um dos mais graves desafios que</p><p>se tem notícia quanto ao extermínio de povos</p><p>indígenas em nosso país. Um absurdo inominável</p><p>O Brasil há décadas vem enfrentando diversas e sérias crises, incluindo crise política, econômica,</p><p>social, ambiental/ecológica e cultural, as quais têm se agravado tanto pela presença da pandemia do</p><p>coronavírus quanto pela visão conservadora e retrógrada dos atuais governantes, tanto no plano</p><p>federal quanto em diversos estados e municípios.</p><p>No que concerne à questão indígena, diversos organismos e estudiosos nacionais e internacionais têm</p><p>denunciado que um GENOCÍDIO está em curso em nosso país e tudo indica que pode se transformar em</p><p>uma tragédia humana de proporções catastróficas no Brasil, afetando a vida, a cultura e as formas de</p><p>subsistência e sobrevivência dos povos indígenas, principalmente na Amazônia Legal, crime este já</p><p>denunciado no Tribunal Internacional de Haia e outros organismos internacionais. Pior é que esta</p><p>tragédia humanitária acontece ante a omissão e conivência de autoridades e organismos públicos a</p><p>quem caberia defender os interesses dos povos indígenas.</p><p>Todas essas atrocidades podem ser simplesmente legalizadas nos termos de projeto de Lei (PL- 490)</p><p>que tramita no Congresso Nacional, bem como ação que está sob análise do Supremo Tribunal Federal,</p><p>o chamado Marco Temporal.</p><p>No Brasil existem aproximadamente 114 grupos indígenas que desconhecem o jogo político em</p><p>Brasília, mas podem vir a ser totalmente afetados pelas decisões tomadas naquele tabuleiro. O</p><p>jornalista Gil Alessi conta como estes povos isolados na Amazônia Legal, que, por decisão própria, não</p><p>possuem nenhum contato com a sociedade — podem ser extintos caso o PL 490/2007 seja aprovado.</p><p>O projeto, que autoriza as possibilidades de contato com as aldeias dos rincões amazônicos, abre as</p><p>portas para o “genocídio” indígena. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL é “uma rede de</p><p>atos de cunho legislativo ou administrativo que desmantelam o arcabouço desenhado ao longo das</p><p>últimas três décadas para garantir a igualdade formal e material dos povos indígenas no Brasil”,</p><p>escrevem Laura Trajber Waisbich e Ilona Szabó, do Instituto Igarapé.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Ademais, vale a pena ler e refletir sobre a avaliação do Conselho Indígena Missionário (CIMI) quanto</p><p>aos riscos que a aprovação do PL 490 pelo Congresso Nacional - e se o mesmo vier a ser sancionado</p><p>pelo Presidente da República - representa para o presente e o futuro dos povos indígenas no Brasil.</p><p>“A proposta altera o Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973) e atualiza o texto da PEC 215, uma das</p><p>maiores ameaças aos direitos indígenas que já tramitou no Congresso. O projeto permite a supressão</p><p>de direitos dos indígenas garantidos</p><p>alvo de estudos para o desenvolvimento de equipamentos que</p><p>sequestram carbono e previnem contra o aquecimento global. A companhia Carbozyme Inc.</p><p>desenvolveu um filtro que possui as mesmas características da membrana dos pulmões e consegue</p><p>remover mais de 90% do gás carbônico que passa pelas chaminés de fábricas. Uma outra tecnologia</p><p>baseada em uma enzima carbônica encontrada em moluscos tem transformado gás carbônico em pedra</p><p>calcária, que pode ser utilizada na construção civil.</p><p>Há alguns anos, o Instituto de Biomimética criou uma comunidade on-line colaborativa conhecida</p><p>como AskNature (nome que, em português, significa “pergunte à natureza”), que reúne pesquisadores</p><p>interessados em trocar informações sobre o assunto. As invenções não vão parar por aqui.</p><p>Thays Prado. Biomimética: a indústria sustentável imita a natureza. In: Revista</p><p>Superinteressante. Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>O vocábulo “inovador” pertence à classe dos adjetivos, por qualificar o indivíduo que inventa novas</p><p>tecnologias.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 90: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Mortalidade materna salta 77% em 2 anos; país retrocede à taxa de anos 1990</p><p>O pico de covid-19 em 2021 fez a mortalidade materna no Brasil crescer em patamares inéditos no</p><p>século. No ano passado, em números absolutos, foram 77% mais mortes que o registrado em 2019 –</p><p>antes da pandemia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Cálculos feitos pela coluna e pelo médico obstetra Marcos Nakamura, com dados do Ministério da</p><p>Saúde, apontam que a taxa de mortalidade materna do ano passado supera a casa dos 100 para cada</p><p>100 mil nascidos vivos. Isso deixa o país com um índice similar ao registrado nos anos 1990. Para</p><p>verificar a taxa, divide-se o número de óbitos de grávidas e puérperas pela quantidade de nascidos</p><p>vivos.</p><p>No ano passado, morreram 2.796 mulheres grávidas ou puérperas, segundo dados preliminares</p><p>informados pelo Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde. Foi o maior</p><p>número registrado desde 1996, quando começa a série de dados disponíveis.</p><p>Procurado, o Ministério da Saúde informou que, desde o início da pandemia, o governo federal</p><p>repassou mais de R$ 1 bilhão a estados e municípios para apoiar ações de assistência materna e que</p><p>instituiu a nova Rami (Rede de Atenção Materna e Infantil), com investimento anual de R$ 1,6 bilhão.</p><p>Óbito materno é quando uma mulher morre durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias</p><p>após o término (seja com parto ou aborto) "devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela</p><p>gravidez ou por medidas em relação a ela".</p><p>"Esse número não nos surpreende. Quem estuda viroses que ocorrem durante a gravidez sabe dos</p><p>riscos das viroses respiratórias [em gestantes]", afirma a pesquisadora e ginecologista especialista em</p><p>medicina fetal, Adriana Melo.</p><p>Segundo o painel do ministério, em 2021, 92 mil mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos)</p><p>morreram no país – 50% a mais que em 2019. Ou seja, as mortes maternas tiveram alta maior.</p><p>Segundo Melo, isso ocorreu porque gestantes e mulheres logo após o parto ficam mais</p><p>A)</p><p>vulneráveis.</p><p>“Temos que lembrar as mudanças que ocorrem nesse período, como o aumento do volume abdominal</p><p>culminando em elevação do diafragma e consequente redução do volume respiratório", completa a</p><p>médica, que foi a pioneira em relacionar o vírus da zika com os casos de microcefalia que surgiam no</p><p>Nordeste em 2015.</p><p>Hoje, ela é pesquisadora e presidente do Instituto Paraibano de Pesquisa Professor Joaquim Amorim</p><p>Neto (IPesq), em Campina Grande (PB), referência nacional no tratamento de crianças com síndrome</p><p>congênita associada à infecção pelo vírus zika.</p><p>Melo lembra que, em 2009, tivemos o surto de H1N1 que vitimou muitas</p><p>B)</p><p>grávidas. "Por sorte, o vírus</p><p>não se espalhou pelo Brasil naquela época, mas houve uma preocupação com essa população", afirma.</p><p>Ela conta que, desde a chegada do coronavírus ao Brasil – no início de 2020 –, um sinal de alerta</p><p>acendeu. "Mas infelizmente 2021 foi bem mais trágico."</p><p>Para Melo, a lei que afastava as grávidas do trabalho chegou "muito</p><p>C)</p><p>tarde [em abril de 2021], quando</p><p>muitas mulheres já tinham morrido". "Faltou também informações sobre os riscos e estímulo ao uso de</p><p>máscaras", avalia a especialista.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Os dados deixam claro que há uma relação entre a alta</p><p>D)</p><p>das mortes de grávidas e o colapso no sistema</p><p>de saúde causado por uma onda de contaminação pelo coronavírus. O ápice de mortes ocorreu entre</p><p>março e maio de 2021, período em que o país registrou o recorde de óbitos pela covid.</p><p>(...)</p><p>(Carlos Madeiro. https://noticias.uol.com.br/colunas/carlosmadeiro/</p><p>2022/05/22/mortalidade-materna-salta-77-em-2-anos-pais-retrocede-ataxa- de-anos-1990.htm)</p><p>Assinale a opção em que o termo indicado desempenhe papel adjetivo.</p><p>a) mais</p><p>b) muitas</p><p>c) muito</p><p>d) alta</p><p>Questão 91: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Por um imposto regulador dos preços dos combustíveis</p><p>Apesar de o Brasil ser detentor de uma das mais generosas riquezas naturais do mundo, como o</p><p>pré-sal, as rendas governamentais vinculadas à exploração dessas riquezas geram montantes</p><p>relativamente pequenos aos cofres públicos diante do tamanho da economia e da carga tributária</p><p>total.</p><p>No caso do petróleo, a parcela dos impostos incidentes na comercialização</p><p>A)</p><p>dos seus</p><p>B)</p><p>derivados,</p><p>constituída principalmente do ICMS, é paga</p><p>C)</p><p>pelo consumidor. Mesmo essa carga não é das maiores no</p><p>mundo: na média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a</p><p>participação dos tributos sobre o preço final de comercialização é de 54% (dados da Opep de 2020). No</p><p>Brasil, essa carga na gasolina é de 39%; no diesel, 20%; e no GNV (gás natural veicular), 23%.</p><p>E a carga de impostos que incidem na exploração do petróleo e gás no Brasil paga pelas empresas?</p><p>Esses tributos são constituídos de impostos federais sobre lucros (CSLL e IRPJ) e as rendas de</p><p>exploração, que são os royalties e as participações especiais recolhidas por estados, municípios e</p><p>União.</p><p>Segundo a Receita Federal, a arrecadação dos impostos federais sobre lucros do setor petroleiro foi de</p><p>irrisório 0,05% do PIB na média dos anos de 2011 a 2020, período em que ocorreu um aumento das</p><p>deduções legais praticadas. Já o pagamento de royalties e participações atingiram níveis recordes de</p><p>R$ 74,4 bilhões em 2021, mas representam apenas 0,86% do Produto Interno Bruto. Assim, se em 2021</p><p>a soma dos dois totalizar uma carga tributária perto de 1% ou 1,5% do PIB, a contribuição da produção</p><p>de petróleo na receita tributária brasileira fica entre 3% e 4,5% do total arrecadado.</p><p>De fato, dados apresentados no livro "International Taxation and the Extractive Industries", por Philip</p><p>Daniel e outros, ilustram que a arrecadação advinda da indústria extrativa (incluindo petróleo e</p><p>minérios) tem peso extremamente baixo na receita tributária total no Brasil (menos de 5%), em grande</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>contraste com outros países. Essa participação chega a mais de 60% na Arábia Saudita e Emirados</p><p>Árabes; no México fica próxima de 30%; na Noruega e na Rússia, 20%; e, no Chile, 15%.</p><p>Na comparação setorial, dados da Firjan (relativos a 2016), considerando impostos de todos os entes</p><p>da Federação sobre produtos líquidos de subsídios, mostram que os setores intensivos na exploração</p><p>de commodities (incluindo a agropecuária e a indústria extrativa) pagam, juntos, apenas 7% do valor</p><p>bruto da produção. Já a indústria da transformação</p><p>paga uma carga tributária de 45%; os serviços de</p><p>utilidade pública, 40%; o comércio, 36%; outros serviços privados, 23%; a construção, 14%.</p><p>Essa subtributação da exploração do petróleo indica fazer sentido a criação de um imposto sobre o</p><p>direito de exportar o óleo cru, conforme já foi defendido por Sergio Gobetti e outros. O pulo do gato</p><p>D)</p><p>é que esse imposto tem uma lógica oposta aos demais porque não é repassado ao consumidor; pelo</p><p>contrário, é um incentivo a reduzir o preço interno. Como os preços do petróleo são formados nos</p><p>mercados internacionais, o imposto sobre a exportação resulta numa redução do lucro exigido pelo</p><p>exportador para vender internamente.</p><p>Embora o preço seja cotado nos mercados internacionais, o custo de extração não é homogêneo e, no</p><p>Brasil, com o pré-sal, situa-se entre os menores do mundo. Com esse imposto, a regra de preço da</p><p>Petrobras pode manter a paridade internacional, descontando, porém, essa parcela de impostos. Essa</p><p>alíquota deve ser flexível e escalonada de forma que o desconto tributário seja tão maior quanto</p><p>maior o preço.</p><p>Assim, o imposto acaba tendo um papel regulador contra as oscilações dos preços. Essa alíquota deve</p><p>ser zerada caso o preço internacional caia para um limiar, de forma a preservar o lucro normal da</p><p>empresa, considerando seu (baixíssimo) custo de extração e todos os outros, inclusive os custos de</p><p>importações dos derivados. No médio prazo, esse imposto é também um incentivo fiscal ao aumento</p><p>da capacidade de refino e de investimentos em escoamento do gás associado.</p><p>(Julia de Medeiros Braga. Economista e professora da Faculdade de Economia da UFF (Universidade Federal Fluminense.</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/05/por-um-imposto-regulador-dosprecos- dos-combustiveis.shtml. 19.mai.2022)</p><p>Assinale a opção em que a palavra, no texto, desempenhe papel adjetivo.</p><p>a) comercialização</p><p>b) seus</p><p>c) paga</p><p>d) gato</p><p>Questão 92: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Por um imposto regulador dos preços dos combustíveis</p><p>Apesar de o Brasil ser detentor de uma das mais generosas riquezas naturais do mundo, como o</p><p>pré-sal, as rendas governamentais vinculadas à exploração dessas riquezas geram montantes</p><p>relativamente pequenos</p><p>A)</p><p>aos cofres públicos diante do tamanho da economia e da carga tributária</p><p>total</p><p>B)</p><p>.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>No caso do petróleo, a parcela dos impostos incidentes na comercialização dos seus derivados,</p><p>constituída principalmente do ICMS, é paga pelo consumidor. Mesmo essa carga não é das maiores no</p><p>mundo: na média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a</p><p>participação dos tributos sobre o preço final</p><p>C)</p><p>de comercialização é de 54% (dados da Opep de 2020).</p><p>No Brasil, essa carga na gasolina é de 39%; no diesel, 20%; e no GNV (gás natural veicular), 23%.</p><p>E a carga de impostos que incidem na exploração do petróleo e gás no Brasil paga pelas empresas?</p><p>Esses tributos são constituídos de impostos federais sobre lucros (CSLL e IRPJ) e as rendas de</p><p>exploração, que são os royalties e as participações especiais</p><p>D)</p><p>recolhidas por estados, municípios e</p><p>União.</p><p>Segundo a Receita Federal, a arrecadação dos impostos federais sobre lucros do setor petroleiro foi de</p><p>irrisório 0,05% do PIB na média dos anos de 2011 a 2020, período em que ocorreu um aumento das</p><p>deduções legais praticadas. Já o pagamento de royalties e participações atingiram níveis recordes de</p><p>R$ 74,4 bilhões em 2021, mas representam apenas 0,86% do Produto Interno Bruto. Assim, se em 2021</p><p>a soma dos dois totalizar uma carga tributária perto de 1% ou 1,5% do PIB, a contribuição da produção</p><p>de petróleo na receita tributária brasileira fica entre 3% e 4,5% do total arrecadado.</p><p>De fato, dados apresentados no livro "International Taxation and the Extractive Industries", por Philip</p><p>Daniel e outros, ilustram que a arrecadação advinda da indústria extrativa (incluindo petróleo e</p><p>minérios) tem peso extremamente baixo na receita tributária total no Brasil (menos de 5%), em grande</p><p>contraste com outros países. Essa participação chega a mais de 60% na Arábia Saudita e Emirados</p><p>Árabes; no México fica próxima de 30%; na Noruega e na Rússia, 20%; e, no Chile, 15%.</p><p>Na comparação setorial, dados da Firjan (relativos a 2016), considerando impostos de todos os entes</p><p>da Federação sobre produtos líquidos de subsídios, mostram que os setores intensivos na exploração</p><p>de commodities (incluindo a agropecuária e a indústria extrativa) pagam, juntos, apenas 7% do valor</p><p>bruto da produção. Já a indústria da transformação paga uma carga tributária de 45%; os serviços de</p><p>utilidade pública, 40%; o comércio, 36%; outros serviços privados, 23%; a construção, 14%.</p><p>Essa subtributação da exploração do petróleo indica fazer sentido a criação de um imposto sobre o</p><p>direito de exportar o óleo cru, conforme já foi defendido por Sergio Gobetti e outros. O pulo do gato é</p><p>que esse imposto tem uma lógica oposta aos demais porque não é repassado ao consumidor; pelo</p><p>contrário, é um incentivo a reduzir o preço interno. Como os preços do petróleo são formados nos</p><p>mercados internacionais, o imposto sobre a exportação resulta numa redução do lucro exigido pelo</p><p>exportador para vender internamente.</p><p>Embora o preço seja cotado nos mercados internacionais, o custo de extração não é homogêneo e, no</p><p>Brasil, com o pré-sal, situa-se entre os menores do mundo. Com esse imposto, a regra de preço da</p><p>Petrobras pode manter a paridade internacional, descontando, porém, essa parcela de impostos. Essa</p><p>alíquota deve ser flexível e escalonada de forma que o desconto tributário seja tão maior quanto</p><p>maior o preço.</p><p>Assim, o imposto acaba tendo um papel regulador contra as oscilações dos preços. Essa alíquota deve</p><p>ser zerada caso o preço internacional caia para um limiar, de forma a preservar o lucro normal da</p><p>empresa, considerando seu (baixíssimo) custo de extração e todos os outros, inclusive os custos de</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>importações dos derivados. No médio prazo, esse imposto é também um incentivo fiscal ao aumento</p><p>da capacidade de refino e de investimentos em escoamento do gás associado.</p><p>(Julia de Medeiros Braga. Economista e professora da Faculdade de Economia da UFF (Universidade Federal Fluminense.</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/05/por-um-imposto-regulador-dosprecos- dos-combustiveis.shtml. 19.mai.2022)</p><p>Assinale a opção em que esteja indicado corretamente um adjetivo biforme.</p><p>a) pequenos</p><p>b) total</p><p>c) final</p><p>d) especiais</p><p>Questão 93: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Promessa de renda, torres eólicas incomodam e expulsam vizinhos no Nordeste</p><p>Nos últimos anos, a paisagem no interior do Nordeste mudou com a instalação de torres para geração</p><p>de energia eólica</p><p>A)</p><p>. Prometidos como uma oportunidade de renda e desenvolvimento, alguns parques</p><p>acabaram trazendo prejuízo e problemas para os vizinhos, pois afetaram casas, cisternas, estradas,</p><p>acessos a determinadas regiões e até a saúde mental</p><p>B)</p><p>de moradores.</p><p>Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, dos 805 parques instalados no país, 708 deles estão</p><p>no Nordeste. A região, diz a entidade, é considerada estratégica</p><p>C)</p><p>porque tem ventos “mais</p><p>constantes, em uma velocidade estável e não mudam de direção com frequência”.</p><p>Em dezembro de 2021, a energia eólica foi responsável por 10,9% da matriz energética brasileira,</p><p>segundo dados do Ministério de Minas e Energia.</p><p>Mas os parques de cataventos</p><p>D)</p><p>têm causado problemas a moradores do entorno. A coluna ouviu relatos</p><p>de moradores de três estados nordestinos. Os depoimentos são similares: a instalação dos</p><p>equipamentos mudou a vida de todos.</p><p>(...)</p><p>(Carlos Madero. https://noticias.uol.com.br/colunas/carlosmadeiro/</p><p>2022/05/15/promessa-de-renda-torres-eolicas-abalam-vida-de-familiasno- interior-do-ne.htm.)</p><p>Nas opções a seguir, todas as palavras, no texto, classificam-se como adjetivos, à exceção de uma.</p><p>Assinale-a.</p><p>a) eólica</p><p>b) mental</p><p>c) estratégica</p><p>d) cataventos</p><p>Questão 94: Instituto ACCESS - Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão.</p><p>Saiba como nasceu a moda de ter pinguins em cima da geladeira</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A história é engraçada</p><p>A)</p><p>. A ideia foi de uma marca americana de refrigeradores chamada Kelvinator. É</p><p>uma empresa antiga</p><p>B)</p><p>, fundada em 1914. Nos anos 1950, os refrigeradores eram bem diferentes dos</p><p>modelos atuais</p><p>C)</p><p>. Pareciam móveis. Por isso, em lojas de artigos domésticos, eles eram confundidos</p><p>D)</p><p>com grandes armários de louça. Para deixar claro quais eram as geladeiras, a Kelvinator entregou aos</p><p>vendedores estatuetas de cerâmica em formato de pinguins. Elas eram deixadas em cima das</p><p>geladeiras.</p><p>Os pinguins em cima das geladeiras da Kelvinator chamavam tanta atenção que os clientes pediam</p><p>para levá-los para casa quando faziam a compra.</p><p>(Marcella Franco. https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2022/04/saiba-comonasceu-</p><p>a-moda-de-ter-pinguins-em-cima-da-geladeira.shtml. 29.abr.2022)</p><p>Nas opções a seguir, estão listados adjetivos presentes no texto, à exceção de uma. Assinale-a.</p><p>a) engraçada</p><p>b) antiga</p><p>c) atuais</p><p>d) confundidos</p><p>Questão 95: FGV - Texto 1</p><p>Índio</p><p>Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a XIII) foi a descoberta das riquezas do Oriente:</p><p>tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias.</p><p>Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela chegou a valer</p><p>mais do que o ouro!). E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram financeiramente</p><p>atrativas.</p><p>O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé (como se fosse uma grande coisa: as galinhas</p><p>já faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha, em 1492, o patrocínio dos reis Fernando II e</p><p>Isabel I para uma viagem à Índia.</p><p>Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da África e dobravam à esquerda. Colombo, que</p><p>sempre adorou viver na contramão da História, sai da Espanha, no dia 3 de agosto, e dobra à direita,</p><p>convencido de que a Terra era redonda.</p><p>Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e</p><p>acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de índios. Pronto,</p><p>o nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo selvagem, nu ou seminu, passou a ser chamado</p><p>de índio.</p><p>(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das palavras, frases e marcas. Ed. Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Ao escrever “tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias”, o autor do texto quer mostrar que o</p><p>adjetivo “preciosos” se refere a</p><p>a) pedras, somente.</p><p>b) metais, somente.</p><p>c) tecidos, pedras e metais, somente.</p><p>d) pedras e metais, somente.</p><p>e) tecidos, pedras, metais e especiarias.</p><p>Questão 96: FGV - Texto 1</p><p>Índio</p><p>Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a XIII) foi a descoberta das riquezas do Oriente:</p><p>tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias.</p><p>Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela chegou a valer</p><p>mais do que o ouro!). E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram financeiramente</p><p>atrativas.</p><p>O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé (como se fosse uma grande coisa: as galinhas</p><p>já faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha, em 1492, o patrocínio dos reis Fernando II e</p><p>Isabel I para uma viagem à Índia.</p><p>Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da África e dobravam à esquerda. Colombo, que</p><p>sempre adorou viver na contramão da História, sai da Espanha, no dia 3 de agosto, e dobra à direita,</p><p>convencido de que a Terra era redonda.</p><p>Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e</p><p>acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de índios. Pronto,</p><p>o nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo selvagem, nu ou seminu, passou a ser chamado</p><p>de índio.</p><p>(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das palavras, frases e marcas. Ed. Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002)</p><p>Os adjetivos, em língua portuguesa, mostram estados, características, qualidades e relações.</p><p>Assinale o adjetivo abaixo, retirado do texto, que não indica uma qualidade.</p><p>a) grande coisa.</p><p>b) selvagens locais.</p><p>c) metais preciosos.</p><p>d) valor extraordinário.</p><p>e) se tornaram financeiramente atrativas.</p><p>Questão 97: IDECAN -</p><p>Polarização política é obstáculo para cobertura ambiental no jornalismo</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Uma pesquisa recente do instituto Pew Research Center mostrou que a vasta maioria dos americanos</p><p>apoia novas medidas de combate ao aquecimento do planeta.</p><p>Mais de dois terços são a favor de incentivos para o uso de veículos elétricos ou híbridos e da criação</p><p>de impostos para corporações com base em suas emissões de carbono. Nova regulação obrigando o</p><p>aumento do uso de energia de recursos renováveis teria o apoio de 72%, e 79% favorecem incentivos</p><p>fiscais do governo para ajudar empresas em projetos de captura e armazenamento de carbono.</p><p>A preocupação com o ambiente vem crescendo na última década e, em junho, uma pesquisa da</p><p>empresa YouGovAmerica revelou que hoje 56% da população se identifica como "ambientalista".</p><p>(a)</p><p>Então, por que só 30% dos americanos se dizem interessados em acompanhar notícias sobre o meio</p><p>ambiente?</p><p>A polarização política nos EUA - e também a corrupção de políticos comprados por interesses especiais</p><p>- ajuda a explicar como o país está rachado ao meio no apoio à encolhida agenda ambiental de Joe</p><p>Biden, que sofre assaltos não só de ultraconservadores na Suprema Corte como do próprio</p><p>(b)</p><p>partido. O</p><p>senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, vendido ao lobby do carvão, quase matou um pacote</p><p>legislativo ambiental ligado ao plano BBB (Build Back Better) antes de voltar atrás nesta quarta (27).</p><p>É difícil manter a atenção do público já assediado por más notícias sobre economia e saúde com</p><p>previsões apocalípticas. Mas os desinformados,</p><p>(c)</p><p>consumindo uma dieta negacionista como a servida</p><p>nos EUA pela Fox News, não são os maiores responsáveis pela falta de apoio ao combate ao</p><p>aquecimento global; são os narradores da mídia que tratam a ciência como ideologia.</p><p>A agência federal de ambiente dos EUA foi criada por Richard Nixon, um conservador cristão. O</p><p>correspondente do setor da rede CNN comparou recentemente os âncoras da rede de Rupert Murdoch</p><p>a sabotadores que bloqueiam a saída de um teatro pegando fogo.</p><p>Se o jornalismo quer ser tratado como serviço público, cabe ao jornalismo contribuir melhor para</p><p>desembaralhar a falácia de que a ciência ambiental é "de esquerda". Se no primeiro</p><p>(d)</p><p>semestre de</p><p>2020 a catástrofe da pandemia jogou repórteres de todos os setores na cobertura de um vírus, chegou</p><p>a hora de parar de setorizar a reportagem de ambiente.</p><p>Toda a cobertura tem um aspecto ambiental num mundo em que eventos relacionados ao clima já</p><p>matam 5 milhões por ano e devastam economias de qualquer</p><p>(e)</p><p>porte.</p><p>Um obstáculo evidente é que a reportagem científica requer um grau maior de especialização. Outro é</p><p>articular melhor o relato de fatos no contexto da destruição ambiental. O comentarista financeiro que</p><p>descreve só as cifras quando o governo precisa intervir no mercado de seguros da Luisiana porque as</p><p>tempestades e os furacões tomaram 600 mil residências inafiançáveis não deve omitir como a ciência</p><p>explica a debacle econômica.</p><p>A narrativa ambiental</p><p>nunca teve à disposição tantas notícias promissoras com o progresso científico</p><p>na proteção ambiental. Equilibrar o noticiário entre os sacrifícios e as recompensas é um poder que o</p><p>jornalismo tem de resgatar a ciência refém dos autocratas populistas.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(Lúcia Guimarães. https://www1.folha.uol.com.br/coluna/lucia-guimaraes/2022/07/polarizacao-</p><p>politica-e-obstaculo-para-cobertura-ambiental-no-jornalismo.shtml Folha de S.Paulo, 27.jul.2022)</p><p>Assinale a alternativa em que, no texto, a palavra NÃO apresente papel adjetivo.</p><p>a) ambientalista</p><p>b) próprio</p><p>c) desinformados</p><p>d) primeiro</p><p>e) qualquer</p><p>Questão 98: FCC - Atenção: Para responder à questão, considere o texto do cientista político Paulo</p><p>Sérgio Pinheiro.</p><p>Apesar de as garantias fundamentais</p><p>b</p><p>do cidadão estarem bem definidas pela maioria das</p><p>constituições democráticas, o exercício da cidadania plena no Brasil sempre foi limitado para a maior</p><p>parte da população. E poderia ter sido diferente? Desde a Antiguidade, a constituição de um Estado</p><p>finca suas raízes no sistema social. Ao largo dos ideais presentes nas constituições, os procedimentos</p><p>jurídicos e o funcionamento da lei refletem as cruéis realidades da sociedade brasileira e não</p><p>conseguem temperar as sesqui-pedais diferenças entre pobres e ricos. O sistema jurídico é um</p><p>instrumento e um reflexo da sociedade e, portanto, da desigualdade social: o direito não se situa fora</p><p>e acima da sociedade e das realidades sociais, sem essência própria, sem lógica autônoma ou</p><p>existência independente</p><p>c</p><p>. O Estado não pode ser diferente da própria sociedade: não é nele que se</p><p>afrontam os interesses em conflito, as lutas de classe? As formas de governar dependem da estrutura</p><p>particular da sociedade, pois um governo não pode operar democraticamente num lugar onde, em</p><p>diversos períodos constitucionais, as mulheres e os analfabetos não votavam, os trabalhadores rurais</p><p>e os empregados domésticos não estavam assistidos pelos direitos sociais, um racismo estrutural</p><p>a</p><p>predominava e os órgãos do Estado jamais renunciavam ao arbítrio.</p><p>Nenhum regime pode ser efetivamente democrático se camadas desfavorecidas não têm acesso a</p><p>direitos básicos. Ao lado dos requisitos minimalistas</p><p>d</p><p>de um constitucionalismo democrático –</p><p>liberdade de reunião e de expressão, sufrágio universal, eleições regulares e limpas, independência</p><p>dos poderes –, a democracia requer a realização de um elenco mais alargado de exigências. São essas</p><p>o estado de direito, o devido processo da lei ou o direito a um julgamento justo e equânime, o</p><p>respeito à integridade física dos cidadãos. Essas últimas exigências</p><p>e</p><p>, independentemente do regime</p><p>político vigente, foram atendidas na República de forma limitada.</p><p>(Adaptado de: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al.</p><p>(orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das Letras, 2001)</p><p>O termo que qualifica o substantivo na expressão lógica autônoma tem sentido equivalente ao termo</p><p>que qualifica o substantivo em:</p><p>a) racismo estrutural .</p><p>b) garantias fundamentais.</p><p>c) existência independente.</p><p>d) requisitos minimalistas</p><p>e) últimas exigências.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 99: IDECAN - Perdemos nossas casas em Alcântara para ricaços brincarem de astronautas</p><p>Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se</p><p>estivesse caminhando no espaço. Os vaga-lumes ao redor e as estrelas no céu causam a sensação.</p><p>Nossos ancestrais chegaram aqui da África; não vieram de foguete, mas em navios negreiros.</p><p>Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só</p><p>soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto</p><p>para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?</p><p>A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu</p><p>em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem</p><p>dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.</p><p>É o mesmo usado por outro</p><p>(a)</p><p>braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$</p><p>2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso</p><p>(b)</p><p>futuro próximo pela</p><p>forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante</p><p>(c)</p><p>assim.</p><p>O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o</p><p>abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em</p><p>2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856,</p><p>quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.</p><p>Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de</p><p>Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24</p><p>comunidades do litoral foram removidas para o interior.</p><p>O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível,</p><p>contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona</p><p>sem nenhum</p><p>(d)</p><p>estudo ou licença ambiental.</p><p>o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são</p><p>usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos</p><p>Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda</p><p>perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão</p><p>ameaçados.</p><p>No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação</p><p>de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover</p><p>792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.</p><p>A medida só foi definitivamente revogada</p><p>(e)</p><p>em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à</p><p>Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980,</p><p>foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para</p><p>fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o</p><p>espaço.</p><p>(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial</p><p>de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/</p><p>perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)</p><p>Assinale a alternativa em que, no texto, a palavra NÃO apresente papel adjetivo.</p><p>a) outro</p><p>b) nosso</p><p>c) distante</p><p>d) nenhum</p><p>e) revogada</p><p>Questão 100: IDECAN -</p><p>Perdemos nossas casas em Alcântara para ricaços brincarem de astronautas</p><p>Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se</p><p>estivesse caminhando no espaço. Os vaga-lumes ao redor e as estrelas no céu causam a sensação.</p><p>Nossos ancestrais chegaram aqui da África; não vieram de foguete, mas em navios negreiros.</p><p>Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só</p><p>soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto</p><p>para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?</p><p>A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu</p><p>em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem</p><p>dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.</p><p>É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$</p><p>2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma</p><p>corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.</p><p>O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o</p><p>abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em</p><p>2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856,</p><p>quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.</p><p>Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de</p><p>Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24</p><p>comunidades do litoral foram removidas para o interior.</p><p>O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível,</p><p>contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona</p><p>sem nenhum estudo ou licença ambiental.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são</p><p>usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos</p><p>Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda</p><p>perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão</p><p>ameaçados.</p><p>No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação</p><p>de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover</p><p>792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.</p><p>A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à</p><p>Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980,</p><p>foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.</p><p>Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para</p><p>fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o</p><p>espaço.</p><p>(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial</p><p>de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/</p><p>perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)</p><p>Em vaga-lumes, o plural foi feito corretamente, segundo a norma culta. Nesse âmbito, assinale a</p><p>alternativa em que, observando-se igualmente a concordância nominal, isso NÃO tenha ocorrido.</p><p>a) foguetes vermelho-sangue</p><p>b) foguetes verde-claros</p><p>c) foguetes azuis</p><p>d) foguetes laranja</p><p>e) foguetes rosas</p><p>Questão 101: IDECAN -</p><p>Por que é importante diversidade no sequenciamento genético</p><p>Se houvesse um ranking de fatores</p><p>(a)</p><p>que unem os indivíduos ao redor do mundo, sem dúvida o DNA</p><p>estaria no topo: 99,9% das sequências de DNA humano são idênticas entre si.</p><p>O monge e cientista austríaco Gregor Johann Mendel (1822-1884) foi o primeiro a sugerir que certos</p><p>"fatores invisíveis" eram responsáveis pelas diversas características humanas. Sabe-se hoje que tais</p><p>fatores são os genes, compostos de ácido desoxirribonucleico, ou DNA.</p><p>Essas moléculas de ácido dão instruções genéticas aos seres vivos. Mas se os humanos compartilham</p><p>tanto do mesmo material genético, por que a diversidade é importante no contexto de seu</p><p>sequenciamento?</p><p>Para entender isso, deve-se mudar o foco para o 0, 1% de diferença entre as sequências de DNA. Essa</p><p>diferença aparentemente pequena decorre das variações existentes entre os 3 bilhões de pares de</p><p>bases (ou nucleotídeos) que compõem o genoma humano.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Todas as características que distinguem os seres humanos entre si, incluindo altura e cor dos olhos ou</p><p>cabelo, se devem a essas</p><p>(b)</p><p>variações. Mas vai além:</p><p>(c)</p><p>ao longo</p><p>(d)</p><p>dos anos, cientistas descobriram que</p><p>essas variações também podem fornecer informações vitais sobre o risco de um indivíduo ou população</p><p>desenvolver uma doença especifica.</p><p>Assim, pode-se usar a avaliação de risco dos dados genéticos para projetar uma estratégia de saúde</p><p>adaptada ao Indivíduo ou à região.</p><p>Em consultas médicas, é comum o paciente ter que preencher formulários sobre o histórico de saúde</p><p>de seus pais e familiares.</p><p>(e)</p><p>Se um dos pais for diabético, por exemplo, recomenda-se que o filho fique</p><p>longe de doces e açúcares processados.</p><p>Embora a transferência de doenças cardíacas, câncer e diabetes entre as gerações seja mais</p><p>conhecida, existem muitas outras doenças que podem ser herdadas geneticamente.</p><p>Por exemplo, sabe-se que a anemia falciforme ocorre quando se herdam duas cópias anormais do gene</p><p>que produz a hemoglobina (proteína dos glóbulos vermelhos do sangue), uma de cada genitor.</p><p>Nas últimas décadas, a pesquisa genética avançou a ponto de os cientistas conseguirem isolar os genes</p><p>responsáveis por muitas doenças. Mas aqui está o problema: a ciência tem conhecimento dessa</p><p>correlação entre genes e doenças aplicado a uma população muito restrita.</p><p>Sarah Tishkoff, geneticista e bióloga evolutiva da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é</p><p>uma entre muitos cientistas que pressionam por conjuntos de dados genômicos mais diversos.</p><p>É problemático, por exemplo, se um "estudo focado em indivíduos com ascendência europeia</p><p>identificar variantes genéticas associadas ao risco de doenças cardíacas ou diabetes, e usar essa</p><p>informação para prever o risco de doenças em pacientes não incluídos no estudo original".</p><p>"Sabemos por experiência que essa previsão de risco de doença não funciona bem quando aplicada a</p><p>indivíduos com diferentes ascendências, principalmente se tiverem ascendência africana", explica</p><p>Tishkoff.</p><p>Historicamente, quem fornece seu DNA para pesquisa genômica é predominantemente de ascendência</p><p>europeia, "o que cria lacunas no conhecimento sobre os genomas no resto do mundo", registra o</p><p>Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI, na sigla em inglês), nos EUA.</p><p>Segundo a instituição, 87% de todos os dados de genoma disponíveis no mundo são de ascendência</p><p>europeia, seguidos por 10% de asiáticos e 2% de africanos.</p><p>Como resultado, os potenciais beneficias da pesquisa genética, que inclui diagnóstico precoce e</p><p>tratamento de várias doenças, podem não beneficiar as populações sub-representadas.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O problema não acaba na avaliação do risco de doença. Também leva à desigualdade nos cuidados</p><p>médicos, diz Jan Witkowski, professor da Escola de Pós-Graduação em Ciências Biológicas do</p><p>Laboratório Cold Spring Harbor, no estado de Nova York, EUA.</p><p>"Digamos que existam dois grupos, A e B, que são muito diferentes. O conhecimento e as informações</p><p>que se aprende sobre o grupo A podem não se aplicar ao grupo B. Imagine desenvolver tratamentos</p><p>médicos para todos, baseados apenas nas informações do grupo A. Não vai funcionar no grupo B."</p><p>Ao incluir diversas populações nos estudos genômicos, pesquisadores podem identificar variantes</p><p>genômicas associadas a várias configurações de saúde, tanto no nível individual quanto populacional.</p><p>Segundo o instituto NHGRI, contudo, diversificar os participantes na pesquisa genômica é caro e exige</p><p>o estabelecimento de relações de confiança e de respeito no longo prazo entre as comunidades e os</p><p>pesquisadores.</p><p>(Sushmitha Ramakrishnan. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/07/por-</p><p>que-e-importante-diversidade-no-sequenciamento-genetico.shtml.</p><p>25.Jul.2022)</p><p>Assinale a alternativa em que a palavra exerça, no texto, papel adjetivo.</p><p>a) fatores</p><p>b) essas</p><p>c) além</p><p>d) longo</p><p>e) familiares</p><p>Questão 102: IDECAN -</p><p>As ruínas de culto misterioso milenar que pode mudar entendimento da pré-história</p><p>O carro deslizava suavemente pela rodovia Impecavelmente conservada de AIUla, uma região no</p><p>noroeste da Arábia Saudita, quando o motorista saiu abruptamente da estrada.</p><p>"Perdi o desvio", disse ele.</p><p>Olhei pela janela meio</p><p>(a)</p><p>confusa, pois não conseguia ver uma curva óbvia.</p><p>"Aqui", exclamou ele, enquanto o carro sacudia pelas rochas de basalto</p><p>(b)</p><p>para pegar um caminho</p><p>quase</p><p>(c)</p><p>imperceptível para o deserto.</p><p>Seguimos por uma paisagem vasta e plana. Um céu azul brilhante nos cercava por todos os lados, e um</p><p>punhado de nuvens brancas pairava baixo.</p><p>Depois de alguns minutos, paramos em um círculo de pedras empilhadas. Sai do carro, esperando</p><p>encontrar Jane McMahon, integrante de uma equipe de arqueólogos da Universidade da Austrália</p><p>Ocidental que trabalha em AIUla desde 2018.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Ao meu</p><p>(d)</p><p>redor havia uma planície árida de rochas cinza-escuro levemente polvilhadas com areia</p><p>rosada.</p><p>Havia algo de sobrenatural naquilo tudo: a falta de uma única árvore ou pedaço de grama; a quietude</p><p>do ar que só era interrompida de vez em quando por uma rajada implacável de vento que gelava até</p><p>os ossos.</p><p>Vim até aqui porque as recentes descobertas em AIUla estão lançando luz sobre um período fascinante</p><p>da história na Arábia Saudita.</p><p>Como o país só abriu para pesquisas internacionais há alguns anos (e para turistas em 2019), muitos de</p><p>seus sítios arqueológicos antigos estão sendo estudados pela primeira vez.</p><p>Embora os historiadores estejam familiarizados com as ruínas das cidades de cerca de 2.000 anos de</p><p>Hegra e Dadan, localizadas na Rota do Incenso (as tumbas e monumentos de Hegra são Patrimônio</p><p>Mundial da Unesco), eles não tinham muito conhecimento sobre a civilização que veio antes - até</p><p>agora.</p><p>Eles descobriram que, espalhados pela vasta e remota paisagem de AIUla, estão vestígios</p><p>arqueológicos milenares que podem mudar nossa compreensão da pré-história.</p><p>O trabalho de McMahon e seus colegas está lançando luz sobre alguns dos primeiros monumentos de</p><p>pedra da história mundial - anteriores a Stonehenge e à primeira pirâmide de Gizé.</p><p>Quando McMahon chegou, explicou que o circulo de rochas ao meu lado era os restos de uma casa</p><p>ocupada no período Neolítico (de 6000 a 4500 a.C.), e que essa área já foi repleta de prósperos</p><p>assentamentos.</p><p>Até recentemente, o pensamento predominante era que essa região tinha pouca atividade humana até</p><p>a Idade do Bronze após 4000 a.e.</p><p>Mas o trabalho de McMahon e seus colegas revelou uma história muito diferente: que a Arábia Saudita</p><p>neolítica era uma paisagem dinâmica, intensamente povoada e complexa, espalhada por uma vasta</p><p>área.</p><p>Ao meu redor, havia mais de 30 moradias e túmulos, e isso era apenas uma pequena fração dos</p><p>vestígios encontrados aqui.</p><p>Tentei imaginar como a paisagem poderia ser há milhares de anos: verde, exuberante e repleta de</p><p>pessoas que se moviam ruidosamente, pastoreando cabras e chamando umas pelas outras.</p><p>"O clima e a paisagem inerte da Arábia Saudita significam que a maior parte da arqueologia está muito</p><p>bem preservada na superfície de 5 mil a 8 mil anos atrás. Então exatamente do jeito que você vê, é</p><p>como era todo esse tempo atrás", diz McMahon.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Ela explica que entender mais sobre a vida desses primeiros povos também poderia esclarecer como os</p><p>grandes e densos assentamentos de Hegra e Dedan se desenvolveram, e como ocorreram as mudanças</p><p>culturais e tecnológicas na região - como a agricultura de irrigação, metalurgia e textos escritos - nos</p><p>milênios seguintes.</p><p>"As mudanças culturais que aconteceram após o Neolítico são enormes, mas não sabemos muito como</p><p>essas mudanças ocorreram", diz ela. No entanto, mesmo nas mãos de arqueólogos tão experientes,</p><p>uma descoberta em AIUla continuou carecendo de explicação.</p><p>Espalhadas por uma área de impressionantes 300 mil quilômetros quadrados e construídas num modelo</p><p>relativamente consistente, estão 1,6 mil estruturas monumentais retangulares de pedra que também</p><p>datam do período Neolítico.</p><p>Inicialmente chamadas de "portões" devido à sua aparência vista de cima, as estruturas foram</p><p>posteriormente renomeadas como "mustatil", expressão árabe que pode ser traduzida como</p><p>"retângulo".</p><p>(e)</p><p>"Faz voar sua imaginação pensar que temos estruturas tão grandes quanto cinco a seis campos de</p><p>futebol, feitas de milhares de toneladas de pedra, que não apenas cobrem uma região geográfica</p><p>enorme, como também têm 7.000 anos", diz Hugh Thomas, codiretor dos Projetos de Arqueologia</p><p>Aérea do Reino da Arábia Saudita (AAKSAU, na sigla em inglês).</p><p>Ele tem trabalhado ao lado de McMahon nos últimos dois anos, realizando pesquisas arqueológicas</p><p>aéreas e escavações direcionadas para entender o propósito do mustatil.</p><p>Os mustatils são certamente impressionantes, e a única maneira real de ter uma noção do seu</p><p>tamanho é pelo ar.</p><p>Quando sobrevoei as estruturas de helicóptero, pude ver as grandes pedras dispostas em linhas retas</p><p>na areia, com aproximadamente o comprimento de quatro campos de futebol e uma largura de pelo</p><p>menos dois.</p><p>"Na minha opinião, os mustatils estão entre as estruturas arqueológicas mais únicas identificadas até</p><p>agora no mundo", avalia Thomas.</p><p>"Quando olhamos para outras estruturas que datam do Neolítico que são tão impressionantes em sua</p><p>construção, tenho dificuldade de pensar em alguma que cubra uma região geográfica tão grande."</p><p>Atém de ter registrado mustatils de vários tamanhos e complexidade, a equipe de Thomas também</p><p>notou características consistentes. Todos foram construídos de maneira semelhante, empilhando</p><p>pedras para formar paredes baixas que são preenchidas com cascalho - e incluem uma cabeça (o topo</p><p>da estrutura), uma base e paredes compridas que os conectam.</p><p>Alguns possuem entradas e vários pátios interiores estreitos. As pedras usadas para a construção foram</p><p>especialmente escolhidas, de modo a se encaixar e suportar as grandes estruturas, demonstrando uma</p><p>profunda compreensão dos materiais locais.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Esses monumentos pré-históricos foram registrados pela primeira vez na década de 1960 por uma</p><p>equipe local que realizava levantamentos de solo, mas naquela época ninguém sabia do que se</p><p>tratava.</p><p>Pesquisas de sensoriamento remoto realizadas pelo professor David Kennedy (também da Universidade</p><p>da Austrália Ocidental), em 2017, acentuaram o interesse na área, e as teorias iniciais sugeriam que os</p><p>mustatils eram usados como marcadores territoriais para pastagens ancestrais.</p><p>No entanto, à medida que foram encontradas cada vez mais estruturas, todas datando do mesmo</p><p>período, surgiu um entendimento diferente.</p><p>Desde então, Thomas, McMahon e suas equipes descobriram evidências que sugerem a prática de um</p><p>culto.</p><p>Eles acharam um grande número de crânios e chifres de gado, cabra e gazela selvagem em pequenas</p><p>câmaras nas cabeças dos mustatils, mas não encontraram nenhuma indicação de que fossem mantidos</p><p>para uso doméstico.</p><p>Como não foram encontradas partes do corpo de nenhum outro animal, isso levou a equipe a deduzir</p><p>que eram sacrifícios. E sugeria que os animais eram sacrificados em outro lugar. Isso é importante</p><p>porque é evidência de uma sociedade de culto altamente organizada, muito mais antiga do que se</p><p>pensava anteriormente - antecedendo o Islã na região em 6 mil anos.</p><p>"A escavação de vários mustatits revelou artefatos sugestivos de práticas rituais que ocorriam dentro</p><p>das estruturas",</p><p>diz Thomas.</p><p>"As pessoas que os construíram tinham uma cultura e um sistema de crenças compartilhados, e essa</p><p>não era uma prática localizada. Ela se espalhava por uma área enorme da Arábia, do tamanho da</p><p>Polônia."</p><p>"A Arábia Saudita tem a aparência de ser uma paisagem árida e inóspita, vista como isolada do resto</p><p>do mundo, exceto por alguns locais notáveis, como Dedan e Hegra. No entanto, evidências</p><p>arqueológicas, como os mustatils, demonstram que a região tinha uma história rica e complexa. Ter</p><p>uma estrutura tão amplamente dispersa em uma área tão grande sugere um sistema de crenças,</p><p>idioma e cultura compartilhados em uma escala que eu pessoalmente nunca imaginei ser possível",</p><p>acrescenta Thomas.</p><p>Munirah Almushawh, codiretor de um projeto arqueológico em Khaybar (outra área de AIUla),</p><p>concorda, observando que essa sociedade não apenas compartilhava um sistema de crenças único,</p><p>como viajou grandes distâncias para compartilhar o conhecimento que permitiu construir as</p><p>estruturas.</p><p>Alguns dos mustatits pesam até 12 mil toneladas; mais do que a Torre Eiffel. Sua construção teria</p><p>exigido conhecimento, habilidade e organização por longos períodos de tempo. "O mustatil sugere</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>grandes redes sociais, habilidades arquitetônicas inovadoras e vasta exploração na Arábia</p><p>pré-histórica", observa Almushawh.</p><p>Apesar dessas descobertas emocionantes, o conhecimento sobre os mustatils ainda é incipiente, com</p><p>apenas cinco dos 1,6 mil escavados até agora. A única certeza é que AIUla continuará a revelar seus</p><p>mistérios.</p><p>À medida que a região reabre para o turismo pós-pandemia de covid-19, há planos para construir um</p><p>enorme museu a céu aberto, onde os visitantes podem se embrenhar por vários sítios arqueológicos ou</p><p>contar com o serviço de um guia.</p><p>Os turistas vão poder aprender sobre o período Neolítico, ver as antigas ruínas de casas e mustatils, e</p><p>imaginar como essa sociedade aparentemente altamente organizada vivia e se deslocava pela</p><p>paisagem.</p><p>McMahon e Thomas estão tão animados com o futuro de AIUla quanto com seu passado.</p><p>"O significado do que descobrimos está reescrevendo a história do Neolítico no noroeste da Arábia",</p><p>afirma McMahon.</p><p>"Nosso trabalho revelou até agora apenas o que sempre existiu: a complexidade do período Neolítico</p><p>nessa região, que anteriormente havia sido considerada inabitável ou meramente sem importância na</p><p>época."</p><p>(Demi Perera. BBC FUTURE. ln: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/07/as-ruinas-de-</p><p>culto-misterioso-milenar-que-pode-m8udar endimento-da-pre-historia.shtml. 24.jul.2022)</p><p>Assinale a alternativa em que a palavra indicada desempenhe, no texto, papel adjetivo.</p><p>a) meio</p><p>b) basalto</p><p>c) quase</p><p>d) meu</p><p>e) retângulo</p><p>Questão 103: FGV - A fim de tornar um texto mais conciso, um dos processos utilizados é a</p><p>substituição de uma locução por uma só palavra.</p><p>Assinale a frase abaixo em que essa substituição foi feita de forma adequada.</p><p>a) pensamento sem clareza / pensamento obscuro.</p><p>b) revolução sem chefia / revolução anarquista.</p><p>c) crime sem motivação / crime anônimo.</p><p>d) texto sem título / texto acéfalo.</p><p>e) cidade sem esgoto / cidade inesgotável.</p><p>Questão 104: AVANÇASP -</p><p>57 mil detidos: número de brasileiros cruzando fronteira do México para EUA aumenta 8 vezes em um</p><p>ano e bate recorde</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O número de brasileiros cruzando ilegalmente a fronteira sul dos Estados Unidos bateu recorde</p><p>histórico no ano fiscal de 2021 (que vai de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021). Ao todo,</p><p>foram 56.881 detidos, um aumento de 700% em relação ao mesmo período de 2020.</p><p>Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22/10) pelo órgão americano de Alfândega e Proteção de</p><p>Fronteiras.</p><p>Só em setembro, 10.471 tentaram a travessia, a maior marca durante o período.</p><p>A maioria tentou entrar no país pelo Estado do Arizona (36.682 ou 65% do total).</p><p>O número total de brasileiros cruzando ilegalmente a fronteira sul dos EUA nesse ano fiscal (56.881)</p><p>superou em quase oito vezes o total de 2020 (ou seja, de 1º de outubro de 2019 a 30 de setembro de</p><p>2020), quando o contingente de detidos nessa rota migratória foi de 7.161.</p><p>Com o aumento dos que tentam a travessia ilegal, o Brasil já é a sexta nação com o maior número de</p><p>imigrantes detidos pelas autoridades americanas na fronteira sul do país, atrás do México, Honduras,</p><p>Guatemala, El Salvador, Equador, nessa ordem.</p><p>Está à frente, por exemplo, de países como Nicarágua, Cuba, Colômbia e Venezuela que,</p><p>historicamente, enviavam mais imigrantes irregulares aos EUA.</p><p>Para se ter ideia do tamanho desse fluxo registrado em 12 meses, é como se, em média, 156</p><p>brasileiros fossem detidos por dia ao tentar acessar os EUA a pé pela fronteira com o México.</p><p>(Luis Barrucho / BBC News Brasil em Londres – 22/10/2021)</p><p>Indique, dentre as opções abaixo, aquela em que a palavra destacada atua como adjetivo na frase:</p><p>a) O preço está muito caro.</p><p>b) O preço está muito caro.</p><p>c) Alugamos o veículo.</p><p>d) O João cantou hoje.</p><p>e) Ouvi falar disso ontem.</p><p>Questão 105: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I</p><p>A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas de 10% a 20% da saúde são determinados</p><p>pela medicina, e essa porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros três</p><p>determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a biologia – idade, sexo e genética. As</p><p>histórias da medicina centradas no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global da</p><p>melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma história de superação. Antes dos primeiros</p><p>progressos, a saúde humana estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil anos, até</p><p>meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres humanos ocidentais não evoluíra de modo</p><p>significativo. Estava paralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que o equilíbrio</p><p>histórico se modificou positivamente. Vários elementos alteraram esse contexto, provocando um</p><p>aumento praticamente contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o recorde mundial</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com</p><p>uma duração média de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as populações dos países</p><p>industrializados podem esperar viver atualmente ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um</p><p>pouco mais do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.</p><p>Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez mais?</p><p>Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com adaptações).</p><p>No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item seguinte.</p><p>O termo “positivamente” (oitavo período) é empregado como adjetivo de sentido quantitativo e se</p><p>refere ao fato de a expectativa de vida humana aumentar numericamente, e não diminuir.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Gabarito</p><p>1) B 2) C 3) C 4) A 5) C 6) B 7) C 8) A 9) A 10) C 11) A 12) D 13) C 14) D 15) E 16) C 17) B 18) A 19)</p><p>Certo 20) B 21) A 22) Errado 23) Certo 24) D 25) D 26) Errado 27) D 28) B 29) A 30) A 31) C 32) C 33)</p><p>E 34) C 35) E 36) A 37) Errado 38) C 39) C 40) Errado 41) D 42) D 43) D 44) Certo 45) Certo 46) E 47)</p><p>C 48) D 49) C 50) D 51) B 52) E 53) C 54) C 55) E 56) C 57) A 58) A 59) A 60) C 61) D 62) C 63) B 64)</p><p>C 65) D 66) Errado 67) Certo 68) Certo 69) B 70) C 71) C 72) B 73) A 74) D 75) D 76) D 77) A 78) C</p><p>79) E 80) Errado 81) B 82) A 83) B 84) A 85) Errado 86) C 87) D 88) B 89) Errado 90) B 91) B 92) A</p><p>93) D 94) D 95) D 96) B 97) C 98) C 99) E 100) E 101) B 102) D 103) A 104) B 105) Errado</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO</p><p>E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>na Constituição, entre eles, a posse permanente de suas terras e</p><p>o direito exclusivo sobre seus recursos naturais.</p><p>O projeto de lei permite a implantação de hidrelétricas, mineração, estradas e arrendamentos, entre</p><p>outros, eliminando a consulta livre prévia e informada às comunidades afetadas. A proposta permite</p><p>retirar o “usufruto exclusivo” dos indígenas de qualquer área “cuja ocupação atenda a relevante</p><p>interesse público da União”. Vai viabilizar ainda a legalização automática de centenas de garimpos</p><p>nas Tis (terras indígenas), hoje responsáveis pela disseminação da Covid-19, a contaminação por</p><p>mercúrio, a destruição de nascentes e rios inteiros e o desmatamento.”</p><p>Estamos vivendo tempos sombrios no Brasil, ao invés das conquistas aprovadas pela Assembleia</p><p>Nacional Constituinte e que foram incorporadas na Constituição (cidadã) de 1988 serem</p><p>implementadas ao longo dessas mais de três décadas, o que temos visto é a supressão de diversas</p><p>dessas conquistas através de Emendas Constitucionais (atualmente já mais de uma centena) que</p><p>desfiguram completamente a vontade da Constituinte, por Legislaturas, cujos deputados e senadores</p><p>não foram eleitos para revisarem a Constituição de 1988, mas que o fazem através desses</p><p>subterfúgios, atendendo aos interesses de grupos econômicos, nacionais e internacionais, e forças</p><p>poderosas que atuam indiretamente através de representantes eleitos no Legislativo ou no Executivo.</p><p>Estamos diante de um dos mais graves desafios que se tem notícia quanto ao extermínio de povos</p><p>indígenas em nosso país. Um absurdo inominável. Alguma coisa precisa ser feita com urgência a fim de</p><p>impedir e acabar com este genocídio silencioso.</p><p>JUACY DA SILVA, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, sociólogo, mestre em</p><p>sociologia, colaborador de diversas veículos de comunicação.</p><p>Disponível:https://www.ecodebate.com.br/2021/07/08/a-gravidade-da-questao-indigena-no-brasil/ Texto adaptado.</p><p>Acesso em 05/12/2021</p><p>O grau do adjetivo destacado em “Pior é que esta tragédia humanitária acontece ante a omissão e</p><p>conivência de autoridades...” é</p><p>a) superlativo absoluto sintético.</p><p>b) comparativo de inferioridade.</p><p>c) superlativo relativo de superioridade.</p><p>d) comparativo de superioridade.</p><p>Questão 15: CEPERJ - O texto seguinte servirá de base para responder à questão.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(...) Generosidade, humanidade, bondade, compaixão, amizade e estima recíproca, todos os afetos</p><p>sociáveis e benevolentes, quando expressos no semblante ou comportamento, até mesmo para com</p><p>aqueles com quem não temos um relacionamento especial, quase sempre agradam ao espectador</p><p>indiferente. Sua simpatia com a pessoa que experimenta essas paixões coincide exatamente com sua</p><p>preocupação pela pessoa que é objeto delas. O interesse que o homem deve ter pela felicidade desta</p><p>última anima sua simpatia com os sentimentos da outra, cujas emoções se ocupam do mesmo objeto.</p><p>Sempre temos, portanto, a mais forte disposição de simpatizar com os afetos benevolentes. Sob todos</p><p>os aspectos nos parecem agradáveis. Compartilhamos tanto a satisfação da pessoa que os</p><p>experimenta, quanto da que é objeto deles. Pois, assim como ser objeto de ódio e indignação causa</p><p>mais dor que todo o mal que um homem corajoso receie de seus inimigos, há uma satisfação em</p><p>saber-se amado, o que, para uma pessoa delicada e sensível, é mais importante para a felicidade do</p><p>que todas as vantagens que pode esperar disso. Haverá, por acaso, um caráter tão detestável como o</p><p>de quem sente prazer em semear discórdia entre seus amigos, e converter seu mais terno amor em</p><p>ódio mortal? E, contudo, em que consiste a atrocidade desse insulto tão detestável? Acaso em privá-los</p><p>dos frívolos bons ofícios que poderiam ter esperado do outro, se a amizade prosseguisse? Consiste em</p><p>privá-los daquela amizade mesma, em roubar-lhes seus mútuos afetos que lhes davam tanta</p><p>satisfação; em perturbar a harmonia de seus corações, pondo termo ao intercâmbio feliz que até</p><p>então subsistia entre eles. Esses afetos, aquela harmonia, esse intercâmbio são percebidos não apenas</p><p>pelos homens ternos e delicados, mas também pelos rudes e vulgares, como algo mais importante para</p><p>a felicidade do que todos os favores que se esperava fluíssem deles.</p><p>O sentimento do amor é em si agradável à pessoa que o experimenta. Alivia e sossega o peito, parece</p><p>favorecer os movimentos vitais e estimular a saudável condição da constituição humana; e torna-se</p><p>ainda mais delicioso pela consciência da gratidão e da satisfação que deve provocar naquele que é seu</p><p>objeto. A afeição mútua deixa ambos felizes um com o outro, e a simpatia com essa afeição mútua</p><p>torna-os agradáveis para todos os demais. (...)</p><p>(SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015, p.44-45)</p><p>Das palavras sublinhadas abaixo, aquela que pertence a classe gramatical diferente das demais é:</p><p>a) "a saudável condição".</p><p>b) "em saber-se amado".</p><p>c) "a mais forte disposição".</p><p>d) "seu mais terno amor".</p><p>e) "frívolos bons ofícios".</p><p>Questão 16: IBADE -</p><p>O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS</p><p>Vivemos o ápice da influência tecnológica no mundo e não tem como negar. Estamos conectados o</p><p>tempo todo, seja pelo celular ou computador. O impacto da tecnologia em nossas vidas é</p><p>extremamente visível. Mas, isso é algo bom ou ruim?</p><p>A tecnologia facilita muito a nossa rotina e é um ótimo entretenimento. Com apenas uns cliques,</p><p>compartilhamos coisas pessoais, entramos em contato com aquele parente distante, descobrimos uma</p><p>nova música e assistimos a vários episódios de determinada série, mesmo off-line.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Conseguimos armazenar milhares de músicas na palma de nossas mãos, temos televisões com a maior</p><p>definição de imagem existente, guardamos todos os tipos de fotos e documentos pessoais na nuvem e</p><p>podemos acessá-los a qualquer hora e em qualquer lugar.</p><p>Há alguns anos, não tínhamos o hábito de olhar o celular assim que acordávamos, ou passar a noite</p><p>inteira em claro vagando pelas redes sociais. Hoje em dia, se uma tragédia acontecer há milhares de</p><p>quilômetros de distância de onde estamos, sabemos instantaneamente. A tecnologia modificou</p><p>completamente nosso cotidiano, trazendo muitos benefícios e alguns malefícios também.</p><p>O lado ruim é que estamos tão ligados nas nossas vidas online, que esquecemos de manter o contato</p><p>off-line. Não prestamos mais atenção no mundo a nossa volta, não conversamos mais pessoalmente.</p><p>Por recebermos tantas informações o tempo todo, tornamo-nos mais desatentos. Parece que não</p><p>podemos ficar sem encontrar coisas novas, é um pecado deixar o celular de lado, ficamos dependentes</p><p>dessa conexão.</p><p>Outros pontos ruins são os problemas de visão que foram desenvolvidos nos últimos anos por ficar</p><p>muito tempo vendo a tela do celular e os problemas de audição por ouvir coisas muito altas no fone de</p><p>ouvido.</p><p>A obesidade também é um fator que vem encadeando essas mudanças de hábito. As pessoas ficam a</p><p>maior parte de seu tempo sentadas, por conta da comodidade de comprar on-line, não precisam mais</p><p>ir até a loja, nem sair para pedir o almoço, pois existem vários aplicativos para isso.</p><p>Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é de</p><p>81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.</p><p>É importante ter um planejamento de quantas horas por dia você vai dedicar à tecnologia, para não</p><p>perder o foco e a produtividade. Apesar de ser algo incrível, ela também pode trazer consequências</p><p>sérias e permanentes a nossa saúde. Como todas as outras coisas, ela deve ser apreciada com</p><p>moderação.</p><p>Disponível em: https://www.madeinweb.com.br/o-impacto-da-tecnologia-emnossas -vidas/Adaptado</p><p>"A obesidade também é um</p><p>fator que vem encadeando essas mudanças de hábito".</p><p>A expressão destacada, morfologicamente é um(a):</p><p>a) Aposto explicativo.</p><p>b) Adjetivo preposicionado.</p><p>c) Locução adjetiva.</p><p>d) Locução adverbial.</p><p>e) Locução verbal.</p><p>Questão 17: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’</p><p>O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de</p><p>publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.</p><p>“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.</p><p>Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o</p><p>aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.</p><p>Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido</p><p>off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar</p><p>um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.</p><p>“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo</p><p>para tirar fotos.”</p><p>Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao</p><p>título.</p><p>Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador,</p><p>repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?</p><p>“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao</p><p>máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não</p><p>pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no</p><p>local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.</p><p>“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até</p><p>hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.</p><p>Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver</p><p>isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,</p><p>extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.</p><p>Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva</p><p>cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele</p><p>ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.</p><p>O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo</p><p>Horizonte.</p><p>(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)</p><p>(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao-</p><p>mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, com este concordando em gênero e número. No</p><p>texto, o termo que exerce essa função é:</p><p>a) vídeo. (1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>b) famoso. (1</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>c) filhas. (3</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>d) sucesso. (11</p><p>o</p><p>parágrafo)</p><p>e) concorrer. (último parágrafo)</p><p>Questão 18: DIRPS UFU - Histórica, cultural, litorânea e apaixonante, a charmosa Cartagena de</p><p>índias é o destino mais desejado da Colômbia, à beira do mar do Caribe. Com casarões coloniais,</p><p>igrejas que reluzem ouro em seus altares e o maior conjunto de fortes das Américas, a cidade sempre</p><p>encanta.</p><p>CESTARI, Heloísa. 10 razões para conhecer Cartagena de Índias. Viaje Mais. São Paulo, Editora Europa, n. 244, ano 21, set./out.,</p><p>2021. p. 61 (Fragmento adaptado).</p><p>Considerando a função social do texto do qual o trecho foi recortado, é CORRETO afirmar que a</p><p>excessiva adjetivação (em negrito) funciona, prioritariamente, como</p><p>a) estratégia de convencimento.</p><p>b) mero adorno estilístico.</p><p>c) marca de subjetividade do jornalista.</p><p>d) instrumento de fruição para o leitor.</p><p>Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber</p><p>comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o</p><p>nome?</p><p>“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”</p><p>“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”</p><p>“Pois não?”</p><p>“Um... como é mesmo o nome?”</p><p>“Sim?”</p><p>“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,</p><p>conhecidíssima.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“O senhor vai dar risada quando souber.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“Olha, é pontuda, certo?”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“O quê, cavalheiro?”</p><p>“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?</p><p>Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de</p><p>encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma</p><p>espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte</p><p>que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”</p><p>“Infelizmente, cavalheiro...”</p><p>“Ora, você sabe do que eu estou falando.”</p><p>“Estou me esforçando, mas...”</p><p>“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”</p><p>“Se o senhor diz, cavalheiro.”</p><p>Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>Os adjetivos ‘conhecidíssima’ (sétimo parágrafo) e ‘pontuda’ (décimo primeiro parágrafo) qualificam o</p><p>mesmo termo no texto, mas do emprego do primeiro se depreende mais intensidade que do segundo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 20: FAUEL -</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>Leia atentamente o texto a seguir, extraído de uma das crônicas de Rachel de Queiroz, para responder</p><p>as próximas questões.</p><p>“Se me perguntassem qual é o aspecto mais desolante da civilização moderna, eu diria que é a sua</p><p>padronização. Neste mundo em que vivemos está se acabando realmente a invenção, a originalidade,</p><p>a marca pessoal. Hoje, no mais longínquo sertão, as moças se vestem pelo figurino de Hollywood —</p><p>talvez com uns toques de Brigitte Bardot ― tão igual, tão igual que dá bocejos, quando não dá</p><p>risadas. Os concursos de beleza, então. As meninas são tão estereotipadas, tão decalcadas umas pelas</p><p>outras, tão estandardizadas, dentro de dois ou três tipos, que parecem bonecas saídas de uma linha</p><p>de montagem. Nem mesmo na roupa se diferenciam. Ou antes, muito menos se diferenciam na roupa,</p><p>se justamente é a roupa o elemento principal da padronização. E se fossem só as misses. Mas ande-se</p><p>em Copacabana e a impressão que se tem é que um colégio soltou as suas meninas pelas ruas do</p><p>bairro sul. Tudo de blusa de listra horizontal e calça comprida colante — ou saia branca de tergal. Os</p><p>penteados, os colares, a pintura, os sapatos (agora no inverno é mocassim) são também uniformes. E</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>note- -se o traço mais curioso da coisa — elas têm prazer de se sentir idênticas, fazem questão de</p><p>parecer reproduções fotográficas do mesmo modelo, adoram ser uma unidade num rebanho uniforme.</p><p>Alguma que venha diferente, mesmo elegante, mesmo bem vestida, choca ― só mesmo porque é</p><p>diferente. Parece que morreu aquela preocupação feminina da originalidade, que fazia as mulheres</p><p>ricas pagarem fortunas por um ‘modelo’ único de grande costureiro, ou as moças pobres rasgarem a</p><p>página escolhida no figurino da modista, para evitar outras cópias. Será que a humanidade está</p><p>marchando mesmo para a padronização geral, será que o fim próprio do aperfeiçoamento da técnica,</p><p>o progresso da indústria, o avanço danado da ciência vai nos levar a</p><p>isso? Tudo parecido, como</p><p>andorinhas no fio ou misses na passarela?”.</p><p>(Rebanho, de Rachel de Queiroz, com adaptações).</p><p>A autora busca descrever, em seu texto, aquilo que julga ser o “aspecto mais desolante da civilização</p><p>moderna”. Em relação ao adjetivo “desolante”, marque a alternativa que indica um de seus possíveis</p><p>significados.</p><p>a) Aprazível.</p><p>b) Lastimável.</p><p>c) Lisonjeiro.</p><p>d) Fascinante.</p><p>Questão 21: FAUEL - Leia o texto a seguir, de autoria do escritor brasileiro Paulo Mendes Campos,</p><p>para responder a próxima questão.</p><p>“Confesso, minha senhora, que não foi amável de sua parte, quando eu voltava do Vasco e</p><p>Fluminense, ter me falado assim: ‘Não sei como se pode gostar de futebol. Acho futebol uma coisa de</p><p>uma selvageria’… Antes de mais nada, eu também já joguei futebol. Menino, fui um goleiro valente</p><p>nas peladas de asfalto. Mais grandinho, fui um centro-médio de passes bastante precisos. Na</p><p>meia-direita, tive a honra de jogar no primeiro time do colégio. Uma vez, jogando contra o Minas, fiz</p><p>um gol tão bonito que, embora irregular, o juiz depois me revelou não o ter anulado por essa mesma</p><p>razão estética. Perdoe-me a imodéstia mas, quando o ponta esquerda jogou a bola na fogueira, e os</p><p>zagueiros, desesperados, entraram em cima deste cronista, eu mergulhei incrível deslocando a bola</p><p>para o lado oposto daquele em que, inutilmente, o goleiro procurava salvar a meta. É verdade que,</p><p>cheio de mim mesmo, não fiz mais nada naquele jogo. Digo-lhe uma coisa: não fosse o futebol,</p><p>colégio interno seria uma estúpida câmara de tortura. Digo-lhe mais, que devo ao futebol alguma</p><p>resistência física e bastante do sentimento de lealdade. Quanto ao fato de a senhora dizer que não</p><p>compreende como se pode gostar de futebol, me desculpe mais uma vez, mas isso é besteira da sua</p><p>parte. A senhora acha selvageria um marido encontrar- se com a própria mulher? Pois, às vezes, essa</p><p>mulher puxa um revólver da bolsa e mata o marido. Ainda que a senhora não o acredite, no futebol é</p><p>a mesma coisa. Em si, ele não tem nada de brutal, mas não pode fugir a uma regra mais ampla:</p><p>quando seres humanos se encontram, há sempre probabilidades de selvagerias. De resto, minha</p><p>senhora, acho mais selvagem o fato de um homem trabalhar uma semana inteira, em uma construção,</p><p>em uma pedreira, em uma fábrica, em um navio, e no fim da semana não poder ir ao futebol, porque</p><p>não conseguiu economizar para comprar um ingresso de 20 cruzeiros”. (Confesso, minha senhora…, de</p><p>Paulo Mendes Campos, com adaptações).</p><p>No trecho “quando o ponta esquerda jogou a bola na fogueira, e os zagueiros, desesperados”, o</p><p>adjetivo “desesperados” diz respeito:</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) a todos os zagueiros.</p><p>b) a alguns dos zagueiros.</p><p>c) a todos os jogadores em campo.</p><p>d) aos zagueiros e ao ponta esquerda.</p><p>Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da</p><p>economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da</p><p>comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.</p><p>No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em</p><p>dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu</p><p>esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom</p><p>Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas</p><p>na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma,</p><p>a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas</p><p>conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter</p><p>encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos</p><p>devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para</p><p>magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.</p><p>Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,</p><p>desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do</p><p>inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa</p><p>estratégia do engano quase à perfeição.</p><p>Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não</p><p>se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos</p><p>bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite.</p><p>A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro</p><p>imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da</p><p>sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos</p><p>eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG</p><p>(flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às</p><p>grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e</p><p>consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os</p><p>custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.</p><p>Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.</p><p>São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).</p><p>Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.</p><p>No segundo parágrafo, na citação do general prussiano Carl von Clausewitz, o adjetivo ‘contraditória’,</p><p>em ‘Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória’, expressa, em tom pejorativo, um</p><p>atributo do termo ‘guerra’.</p><p>Certo</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Errado</p><p>Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater,</p><p>isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se fosse padrinho. Isso levou o papado a</p><p>se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente</p><p>rápida desses princípios sugere que o clero franco já sustentava concepções similares. Isso é ilustrado</p><p>por um caso curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a maneira</p><p>traiçoeira pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei</p><p>Quilpérico. Durante uma longa ausência do rei, ela persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se</p><p>madrinha da própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na</p><p>commater de seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o</p><p>caminho livre para Fredegunda.</p><p>Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público</p><p>estavam bem familiarizados com os impedimentos derivados do parentesco espiritual. Não fosse o</p><p>caso, seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio</p><p>conferem testemunho adicional a esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era</p><p>permitido que alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da</p><p>Gália e na terra dos francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe</p><p>estranho, já que ele nunca ouvira falar nisso antes. A questão devia preocupá-lo porque, no mesmo</p><p>ano, escreveu a respeito para dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até</p><p>então não estava familiarizado com esse</p><p>impedimento ao casamento, embora o clero continental, a</p><p>quem ele se dirigia, considerasse a questão muito grave.</p><p>Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan Bremmer (Org.).</p><p>De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade. Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com adaptações).</p><p>Em relação às estruturas morfossintáticas do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.</p><p>No terceiro período do texto, o termo “marcadamente” qualifica o adjetivo “rápida”.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 24: Ibest -</p><p>A cidade</p><p>Alexânia é um pequeno e simpático município do entorno do Distrito Federal, que fica às margens da</p><p>BR-060, rodovia que liga</p><p>Goiânia à Brasília e sempre teve uma importância fundamental nos destinos da cidade.</p><p>Antes da formação de Alexânia, ainda na primeira metade do século passado, o que havia nas</p><p>proximidades era um pequeno</p><p>distrito de grande beleza natural: Olhos D’Água. Em meados da década de 1950, o anúncio da</p><p>construção da capital federal, a cerca de 100 quilômetros dali, mexeu com o povoado. Tanto que, logo</p><p>depois, em 1958, Olhos D’Água ganhou autonomia política e administrativa, com a emancipação. Dois</p><p>anos depois, o primeiro prefeito eleito, Alex Abdallah, loteou uma grande área de sua propriedade às</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>margens da BR-060, que estava em construção, e transferiu a sede do município para o local, já com o</p><p>nome de Alexânia. Quase simultaneamente, outro investidor, Nélson Santos, também abriu um</p><p>loteamento ao lado, chamado de Nova Flórida. Segundo moradores mais antigos, o nome Alexânia,</p><p>veio da junção do nome do então prefeito e de sua mãe, Ana.</p><p>A princípio, Alexânia, mesmo emancipada, não passava de um vilarejo, sem nenhuma infraestrutura,</p><p>que servia apenas como</p><p>cidade-dormitório de Brasília. Por muito tempo, a cidade seguiu assim: poucas casas, ruas sem asfalto,</p><p>carência de escolas e energia elétrica precária. Com pouca arrecadação, o poder público pouco fazia</p><p>pela cidade, que não oferecia atrativos para que empresários investissem ali. E o círculo vicioso se</p><p>mantinha.</p><p>Com o passar dos tempos, a zona urbana de Alexânia ainda não conseguia ter vida própria e foi na</p><p>zona rural que a economia do</p><p>município começou a se firmar. Segundo os moradores mais antigos, Brasília nunca conseguiu produzir</p><p>todos os alimentos que o grande mercado consumidor necessitava. Assim, desde o início, foram os</p><p>municípios do entorno que abasteceram a capital federal. E Alexânia, por conta do fácil acesso e da</p><p>fertilidade das terras, saiu na frente.</p><p>Foram os produtos agropecuários, como hortifrutigranjeiros e leite “exportados” para Brasília, que</p><p>primeiro fizeram girar a</p><p>economia do município. Esse movimento foi tão importante para a cidade, que até hoje, Alexânia</p><p>ainda mantém cerca de 30% de sua população na zona rural. Brasília teve ainda outra influência sobre</p><p>Alexânia: a população do município começou a aumentar por conta da busca, por moradores da capital</p><p>federal, por imóveis mais baratos. Até hoje, Alexânia, por conta também da localização, entre duas</p><p>capitais, a federal e a goiana, e também pela perspectiva de crescimento nos próximos anos, ainda é</p><p>uma das mais procuradas.</p><p>Internet: <https://goiasdenorteasul.com.br> (com adaptações).</p><p>Os vocábulos “pequeno” e “simpático” são exemplos de</p><p>a) verbos.</p><p>b) preposições.</p><p>c) substantivos.</p><p>d) adjetivos.</p><p>Questão 25: GUALIMP -</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO</p><p>O termo “responsabilidade” é o conhecido pelo senso comum. É utilizado para qualquer situação em</p><p>que alguém deva responder pelas consequências de atos ou fatos lesivos – toda pessoa que é apta a ter</p><p>direitos deve responder por suas obrigações. No campo do Direito, verifica-se a existência de uma</p><p>tríplice responsabilidade: a administrativa, a penal e a civil, inconfundíveis e independentes entre si</p><p>e, eventualmente, cumuláveis.</p><p>No entanto, a regra da independência não é absoluta, existindo a possibilidade de interdependência</p><p>entre tais instâncias. É corrente, no Direito Civil, que não se pode mais questionar a existência do fato</p><p>ou sua autoria, quando a questão estiver decidida no juízo criminal, o que reforça a ideia de uma</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>autonomia relativa entre as esferas. Essa relativização da independência de jurisdições se justifica em</p><p>virtude de o Direito Penal incorporar a exigência de provas mais rígidas para a solução das questões</p><p>submetidas a seus ditames, sobretudo em virtude do princípio da presunção de inocência. Porém, nem</p><p>sempre as questões decididas definitivamente no juízo criminal irradiarão efeitos vinculantes nos</p><p>juízos cível e administrativo.</p><p>A sentença penal absolutória, tanto no caso em que fundamentada na falta de provas para a</p><p>condenação quanto na hipótese em que ainda não tenha transitado em julgado, não vinculará o juízo</p><p>cível ou administrativo no julgamento das respectivas ações. Sobre o tema, no RE 1164236/MG, o STJ</p><p>registrou-nos que "a ação em que se discute a reparação civil somente estará prejudicada na hipótese</p><p>de a sentença penal absolutória fundamentar-se, em definitivo, na inexistência do fato ou na</p><p>negativa de autoria'.</p><p>A responsabilização civil tem origem no Direito Civil, em que se verifica, no mais das vezes, a</p><p>responsabilidade contratual, pois fundada em acordos prévios entre os particulares. Em regra, a</p><p>responsabilidade do Estado constitui modalidade extracontratual, por inexistir um contrato que</p><p>sustente o dever de reparar, distintamente do que ocorre nas relações travadas entre os particulares.</p><p>A seguir, aprofundemos a distinção entre a responsabilidade extracontratual e contratual.</p><p>A responsabilidade extracontratual ou aquiliana é a que decorre da ação ou omissão, lícita ou ilícita,</p><p>que provoque dano a alguém, independentemente de prévia obrigação contratual. É o exemplo da</p><p>responsabilidade civil do Estado, a qual se destina a salvaguardar os "terceiros': assim entendidos</p><p>aqueles que não se acham submetidos a qualquer vínculo especial com o Poder Público (§ 6.0 do art.</p><p>37 da CF/1988). Já a responsabilidade contratual origina-se no descumprimento de cláusulas</p><p>contratuais entre as partes. É o exemplo da indenização decorrente da anulação do contrato</p><p>administrativo de prestação de serviços de limpeza, devido à culpa atribuível ao Estado-administrador.</p><p>(Adaptado de Borges, Cyonil e Sá, Adriel. Manual de Direito Administrativo Facilitado.</p><p>São Paulo: Editora Juspodivm, 2018. 2ª edição).</p><p>Em “A sentença penal absolutória, tanto no caso em que fundamentada na falta de provas para a</p><p>condenação quanto na hipótese em que ainda não tenha transitado em julgado, não vinculará o juízo</p><p>cível ou administrativo no julgamento das respectivas ações”, a expressão sublinhada é:</p><p>a) Uma locução de valor indeterminado.</p><p>b) Uma locução de valor verbal.</p><p>c) Uma locução de valor adverbial.</p><p>d) Uma locução de valor adjetivo.</p><p>Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I</p><p>Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a</p><p>sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das</p><p>contas, a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do</p><p>mundo é imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões</p><p>políticas; e de que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação</p><p>e nosso descontentamento.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da</p><p>melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente</p><p>todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga</p><p>política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do</p><p>perfeccionismo.</p><p>Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas</p><p>ao máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do</p><p>pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a</p><p>democracia talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal</p><p>estamos prestes a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido —</p><p>deliberadamente — incorporadas ao sistema político.</p><p>Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de</p><p>tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se</p><p>reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do</p><p>Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa</p><p>poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.</p><p>Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139 (com adaptações).</p><p>Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.</p><p>No terceiro parágrafo, o adjetivo “tecnocrata” (segundo período) qualifica o termo “pensamento</p><p>político” (primeiro período).</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 27: AOCP - Texto 3</p><p>Os veranistas</p><p>Uma quinzena de férias com hospedagem numa casa confortável, com piscina, em local ensolarado,</p><p>repleto de praias belíssimas, na companhia da família e de amigos íntimos nem sempre corresponde a</p><p>momentos agradáveis e de lazer. Em “Os veranistas”, a escritora Emma Straub analisa as</p><p>contraditórias relações de afeto na contemporaneidade, deslocando para Palma de Maiorca, na</p><p>Espanha, um grupo de sofisticados nova-iorquinos que estão vivendo uma fase de transição de suas</p><p>vidas, enquanto superam traições amorosas. O resultado é um romance encantador sobre a vida em</p><p>família, a amizade e o amor.</p><p>Apesar de não conviverem diariamente, todos os integrantes do grupo mantêm o equilíbrio pessoal</p><p>contando com o apoio da estrutura que os demais montam. Os hábitos de cada um, que irritam ou</p><p>encantam os demais, compõem essa extensa e intensa reunião de figuras notáveis, mas que são tão</p><p>familiares quanto as que encontramos no dia a dia. Uma narrativa que hipnotiza o leitor por sua</p><p>aparente simplicidade e, principalmente, pela profundidade do que discute: a dificuldade das escolhas</p><p>numa sociedade em que todas as ligações podem ser facilmente desfeitas.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Disponível em: https://www.rocco.com.br/livro/os-veranistas/. Acesso em: 5 fev. 2022. Adaptado.</p><p>Assinale a alternativa que classifica corretamente o grau do adjetivo “belíssimas”, empregado no</p><p>trecho “[...] em local ensolarado, repleto de praias belíssimas [...]”, do Texto 3.</p><p>a) Comparativo de igualdade.</p><p>b) Comparativo de superioridade.</p><p>c) Superlativo absoluto analítico.</p><p>d) Superlativo absoluto sintético.</p><p>e) Superlativo relativo de superioridade.</p><p>Questão 28: Legalle - Para responder à questão, leia o texto abaixo, extraído da obra Amor de</p><p>perdição.</p><p>Domingos José Correia Botelho de Mesquita e Meneses, fidalgo de linhagem e um dos mais antigos</p><p>solarengos de Vila-Real de Trás-os-Montes, era, em 1779, juiz de fora de Cascais, e, nesse mesmo ano,</p><p>casara com uma dama do paço, D. Rita Teresa Margarida Preciosa da Veiga Caldeirão Castelo Branco,</p><p>filha dum capitão de cavalos, neta de outro Antônio de Azevedo Castelo Branco Pereira da Silva, tão</p><p>notável por sua jerarquia, como por um, naquele tempo, precioso livro acerca da Arte de Guerra.</p><p>Dez anos de enamorado, mal sucedido, consumira em Lisboa o bacharel provinciano. Para fazer-se</p><p>amar da formosa dama de D. Maria I minguavam-lhe dotes fisicos: Domingos Botelho era</p><p>extremamente feio. Para se inculcar como partido conveniente a uma filha segunda, faltavam-lhe</p><p>bens de fortuna: os haveres dele não excediam a trinta mil cruzados em propriedades no Douro. Os</p><p>dotes de espírito não o recomendavam também: era alcançadissimo de inteligência, e granjeara entre</p><p>os seus condiscípulos da Universidade o epiteto de "brocas", com que ainda hoje os seus</p><p>descendentes em Vila-Real são conhecidos. Bem ou mal derivado, epiteto Brocas vem de broa.</p><p>Entenderam os acadêmicos que a rudeza do seu condiscípulo procedia de muito pão de milho que ele</p><p>digeria na sua terra.</p><p>Domingos Botelho devia ter uma vocação qualquer, e tinha: era excelente flautista; foi a primeira</p><p>flauta do seu tempo; e a tocar flauta se sustentou dois anos em Coimbra, durante os quais seu pai lhe</p><p>suspendeu as mesadas,porque os rendimentos da casa não bastavam a livrar outro filho de um crime</p><p>de morte.</p><p>Formara-se Domingos Botelho em 1767, e fora a Lisboa ler no Desembargo do Paço, iniciação banal dos</p><p>que aspiravam à carreira da magistratura. Já Fernão Botelho, pai do bacharel, fora bem aceite em</p><p>Lisboa, e mormente ao duque de Aveiro, cuja estima lhe teve a cabeça em risco, na tentativa regicida</p><p>de 41 1758. O provinciano saiu das masmorras da Junqueira ilibado da infamante nódoa, e até</p><p>benquisto do conde de Oeiras, porque tomara parte na prova que este fizera do primor de sua</p><p>geneologia sobre a dos Pintos Coelhos, do Bom jardim do Porto: pleito ridículo, mas estrondoso,</p><p>movido pela recusa que o fidalgo portuense fizera de sua filha ao filho de Sebastião José de Carvalho.</p><p>As artes como que o bacharel flautista vingou insinuar-se na estima de D. Maria I e Pedro Ill não às sei</p><p>eu. É tradição que o homem fazia rir a rainha com as suas facécias, e por ventura com os trejeitos de</p><p>que tirava o melhor do seu espírito. O certo é que Domingos Botelho frequentava o paço, e recebia do</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>bolsinho da soberana uma farta pensão, com a qual o aspirante a juiz de fora se esqueceu de si, do</p><p>futuro e do ministro da justiça, que, muito rogado, fiara das suas letras o encargo de juiz de fora de</p><p>Cascais.</p><p>Autor: Camilo Castelo Branco (adaptado)</p><p>Considerando o grau dos adjetivos, o vocábulo alcançadíssimo encontra-se no grau:</p><p>a) Superlativo absoluto analítico.</p><p>b) Superlativo absoluto sintético.</p><p>c) Superlativo relativo de superioridade.</p><p>d) Comparativo absoluto analítico.</p><p>e) Comparativo relativo de superioridade.</p><p>Questão 29: Legalle -</p><p>O Legislativo Municipal e a importância do Vereador</p><p>Em seus estudos de política, John Locke considera o Legislativo o órgão Supremo do Estado e,</p><p>na Constituição Americana, ele figura em primeiro lugar entre os Três Poderes. Esta grandiosidade fica</p><p>evidenciada por meio de sua grande função: falar em nome do povo. Na verdade, este é o ideal que</p><p>deve nortear nossa prática enquanto representante da sociedade. A organização do Legislativo tem o</p><p>tônus democrático, porque reúne maioria e minoria e onde o confronto das ideias e a crítica pública</p><p>estão sempre presentes, evidenciando sua característica democrática. Na era medieval, os</p><p>parlamentos se reuniam a partir da convocação do rei e podiam firmar vontade própria, independente</p><p>do soberano, desde que a maioria encontrasse um consenso. Estes Parlamentos eram formados pela</p><p>nobreza e o clero, as pessoas influentes, que falariam pelo povo de sua região. Esta gênese do</p><p>parlamento evoluiu e na Grã-Bretanha oitocentista os liberais defendiam o direito de que todos fossem</p><p>representados, com base numérica da população, e não apenas a partir dos que tinham terras e</p><p>riquezas. O cidadão passou a ser a unidade básica da política democrática, o equivalente a um</p><p>homem, um voto. No absolutismo, a vontade do rei era a lei. O soberano</p><p>exercia, portanto, todas as</p><p>funções estatais que, em momentos históricos diferentes, foram divididas e entregues a órgãos</p><p>distintos. A Declaração da Independência Americana e a Revolução Francesa iniciaram a transferência</p><p>do poder do soberano para o povo. Este entendeu que o poder utilizado pelos seus representantes</p><p>também deveriam implicar em atividades governativas. E uma controlaria a outra por mecanismos</p><p>constitucionalmente estabelecidos. Legislativo, Executivo e Judiciário nasceram dessas concepções.</p><p>Em sua base estava a ideia de preservação dos direitos individuais. A separação de poderes, portanto,</p><p>é o primeiro instrumento constitucional destinado a garantir direitos dos cidadãos e a participação de</p><p>todos no processo governativo. Embora se faça a correlação entre governo e Poder Executivo, o</p><p>Legislativo é o primeiro dos poderes. É o deflagrador da atividade jurisdicional. Sem a sua atuação, os</p><p>demais não subsistem. O Legislativo é o produtor do ato geral. Originalmente, os Parlamentos não</p><p>tinham a função principal de fazer leis, mas apenas e tão somente de autorizar a coleta de fundos</p><p>para o rei e fixar fórum para reclamações. Esta última função, contudo, conservamos até hoje, porque</p><p>os vereadores e deputados ainda formam o canal de comunicação entre a sociedade e o Executivo,</p><p>seja municipal ou federal. Ele humaniza o impessoalismo do Poder Público, encaminhando e buscando</p><p>viabilizar as demandas da população.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Adaptado de: https://www2.camara .leg .br/</p><p>Qual das alternativas apresenta um vocábulo classificado, gramaticalmente, como adjetivo, no</p><p>contexto em que se encontra?</p><p>a) estatais (l.26).</p><p>b) população (l.21).</p><p>c) política (l.23).</p><p>d) humaniza (l. 52).</p><p>e) demandas (l.54).</p><p>Questão 30: Legalle -</p><p>Ciao</p><p>__ 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde</p><p>morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal.</p><p>Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da</p><p>redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou:</p><p>- Sobre o que pretende escrever?</p><p>- Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro</p><p>possível.</p><p>O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente</p><p>de graça, topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a</p><p>graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices.</p><p>Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz</p><p>rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um</p><p>ciao-adeus sem melancolia, mas oportuno.</p><p>Creio que ele pode gabar-se de possuir um título não disputado por ninguém: o de mais velho cronista</p><p>brasileiro. Assistiu, sentado e escrevendo, ao desfile de 11 presidentes da República, mais ou menos</p><p>eleitos, sem contar as altas patentes militares que se atribuíram esse título. Viu de longe, mas de</p><p>coração arfante, a Segunda Guerra Mundial, acompanhou a industrialização do Brasil, os movimentos</p><p>populares frustrados mas renascidos, os ismos de vanguarda que ambicionavam reformular para</p><p>sempre o conceito universal de poesia; anotou as catástrofes, a Lua visitada, as mulheres lutando __</p><p>braço para serem entendidas pelos homens; as pequenas alegrias do cotidiano, abertas a qualquer um,</p><p>que são certamente as melhores.</p><p>Viu tudo isso, ora sorrindo ora zangado, pois a zanga tem seu lugar mesmo nos temperamentos mais</p><p>aguados. Procurou extrair de cada coisa não uma lição, mas um traço que comovesse ou distraísse o</p><p>leitor, fazendo-o sorrir, se não do acontecimento, pelo menos do próprio cronista, que __ vezes se</p><p>torna cronista do seu umbigo, ironizando-se a si mesmo antes que outros o façam.</p><p>Autor: Carlos Drummond de Andrade (adaptado)</p><p>Quanto ao grau dos adjetivos, à linha 4, o termo modestíssimo é classificado no grau:</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) Superlativo absoluto sintético.</p><p>b) Superlativo absoluto analítico.</p><p>c) Superlativo relativo de superioridade.</p><p>d) Comparativo de superioridade.</p><p>e) Comparativo de igualdade.</p><p>Questão 31: Legalle -</p><p>Ciao</p><p>__ 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde</p><p>morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal.</p><p>Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da</p><p>redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou:</p><p>- Sobre o que pretende escrever?</p><p>- Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro</p><p>possível.</p><p>O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente</p><p>de graça, topou. Nasceu aí, na velha</p><p>C</p><p>Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a</p><p>graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices.</p><p>Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz</p><p>rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um</p><p>ciao-adeus sem melancolia, mas oportuno.</p><p>Creio que ele pode gabar-se de possuir um título não disputado por ninguém: o de mais velho cronista</p><p>brasileiro. Assistiu, sentado e escrevendo, ao desfile de 11 presidentes da República, mais ou menos</p><p>eleitos, sem contar as altas patentes militares que se atribuíram esse título. Viu de longe, mas de</p><p>coração arfante, a Segunda Guerra Mundial, acompanhou a industrialização do Brasil, os movimentos</p><p>populares frustrados mas renascidos, os ismos de vanguarda que ambicionavam reformular para</p><p>sempre o conceito universal de poesia; anotou as catástrofes, a Lua visitada, as mulheres lutando __</p><p>braço para serem entendidas pelos homens; as pequenas alegrias do cotidiano, abertas a qualquer um,</p><p>que são certamente as melhores.</p><p>Viu tudo isso, ora sorrindo ora zangado, pois a zanga tem seu lugar mesmo nos temperamentos mais</p><p>aguados. Procurou extrair de cada coisa não uma lição, mas um traço que comovesse ou distraísse o</p><p>leitor, fazendo-o sorrir, se não do acontecimento, pelo menos do próprio cronista, que __ vezes se</p><p>torna cronista do seu umbigo, ironizando-se a si mesmo antes que outros o façam.</p><p>Autor: Carlos Drummond de Andrade (adaptado)</p><p>Quantos dos seguintes vocábulos são classificados, gramaticalmente, como adjetivos?</p><p>I. cético (l. 7);</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>lI. alguém (l. 12);</p><p>IlI. velha (l. 14);</p><p>IV. arfante (l. 29);</p><p>V. leitor (l. 42).</p><p>a) Apenas 1 deles.</p><p>b) Apenas 2 deles.</p><p>c) Apenas 3 deles.</p><p>d) Apenas 4 deles.</p><p>e) Todos os 5.</p><p>Questão 32: FCC - Atenção: Para responder à questão, leia a crônica abaixo.</p><p>Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos,</p><p>pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje,</p><p>não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de</p><p>coluna. Trata-se de um gato.</p><p>Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua</p><p>convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo</p><p>no encanto imemorial</p><p>a</p><p>dos gatos. Mas Inácio desapareceu − e sua falta é mais importante para mim</p><p>do que as reformas do ministério.</p><p>Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica</p><p>das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de</p><p>alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há</p>

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