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<p>Poder Executivo |</p><p>Introdução</p><p>www.cenes.com.br | 1</p><p>DISCIPLINA</p><p>Poder Executivo</p><p>CONTEÚDO</p><p>Funções e Estrutura do Poder</p><p>Executivo</p><p>Poder Executivo |</p><p>Introdução</p><p>www.cenes.com.br | 2</p><p>A Faculdade Focus se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua</p><p>edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). A</p><p>instituição, nem os autores, assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos</p><p>ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a</p><p>reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou</p><p>mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem</p><p>permissão por escrito do autor e do editor. 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No entanto, essa teoria é muito mais antiga do que</p><p>parece, ela fixa suas raízes na Grécia Antiga, onde teve como precursor o filósofo</p><p>Aristóteles, que defendia em sua obra “A Política” a existência de três órgãos</p><p>independentes, o Poder Deliberativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, cujos</p><p>quais eram responsáveis por tomar as decisões nas Cidades-Estados.</p><p>Posteriormente, o conceito também foi aprofundado pelo filósofo liberal John Locke</p><p>em sua obra “Segundo Tratado Sobre Governo Civil”. Contudo, diferente dos outros</p><p>pensadores, Locke, apesar de acreditar na divisão dos poderes, considerava uma</p><p>hierarquia entre eles, de modo que o Poder Legislativo era superior com relação aos</p><p>demais, desempenhava um papel de destaque no Estado, enquanto o Poder</p><p>Federativo, apesar de possuir certa legitimidade, estava vinculado ao Poder Executivo,</p><p>responsável por aplicar as leis. A teoria da tripartição dos poderes mudou muito até</p><p>chegarmos no modelo utilizado atualmente, desenvolvido por Montesquieu e</p><p>adotado pelo Brasil.</p><p>2 Sistemas de governo</p><p>Assim como o parlamentarismo, o presidencialismo é um dos sistemas de governo</p><p>existentes no mundo. De acordo com Bernardo Gonçalves (2020) “sistema de governo</p><p>é o modo como se dá a relação entre os Poderes dentro de um Estado; sobretudo, entre</p><p>o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Diferencia-se da forma de governo, que é</p><p>definida como o modo em que se dá a relação entre governantes e governados dentro</p><p>de um Estado”.</p><p>O presidencialismo nasce junto com a Constituição Norte-americana em 1787, após a</p><p>intensificação dos ideais democráticos, focados na liberdade e na igualdade dos</p><p>indivíduos, bem como na soberania popular. Assombrados pela lembrança do período</p><p>em que viveram sob o comando da coroa inglesa e impulsionados pelos autores</p><p>antiabsolutistas, especialmente Montesquieu, o sistema presidencial criado pelos</p><p>americanos, leva muito a sério os princípios de freios e contrapesos, propagados na</p><p>Poder Executivo |</p><p>Sistemas de governo</p><p>www.cenes.com.br | 5</p><p>teoria da tripartição dos poderes, vez que é uma forma de governo baseada na</p><p>soberania e na vontade popular, evitando, ao máximo, a concentração do poder</p><p>(MARTINS, 2019).</p><p>Conforme destaca Flávia Bahia (2017), o sistema presidencialista é utilizado</p><p>tipicamente nas repúblicas, de modo que “o Presidente exerce o Poder Executivo em</p><p>sua inteireza, acumulando as funções de Chefe de Estado, Chefe de Governo e Chefe</p><p>da Administração Pública. Cumpre um mandato por tempo fixo, não dependendo da</p><p>confiança do órgão do Poder Legislativo nem para sua investidura nem para o</p><p>exercício de Governo”.</p><p>Entretanto, não confunda presidencialismo com parlamentarismo, cuja principal</p><p>característica é a separação das funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado, que</p><p>são atribuídas a duas pessoas distintas. Conforme destaca Flávia Bahia (2017), no</p><p>parlamentarismo “o Poder Executivo se divide em duas partes: um Chefe de Estado</p><p>(monarca ou Presidente da República) e um Chefe de Governo (primeiro – ministro ou</p><p>Presidente do Conselho). O Governo é exercido pelo Conselho de Ministros”. Diferente</p><p>do que ocorre no presidencialismo, onde as funções de Chefe de Governo e de Estado</p><p>são atribuídas a apenas uma pessoa, no caso do Brasil, o Presidente da República.</p><p>No Brasil, o sistema Presidencialista foi adotado com a promulgação da Constituição</p><p>Federal de 1891 e perdura até os dias atuais, com exceção de um curto período na</p><p>década de 60, após a renúncia de Jânio Quadros, presidente na época, quando se</p><p>adotou o sistema parlamentarista, mas logo foi substituído pelo Presidencialismo, por</p><p>meio do plebiscito realizado em 1963, sendo mantido pelas demais Constituições, até</p><p>a de 1988, a qual, em seu art. 76 declara que, “o Poder Executivo é exercido pelo</p><p>Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado”.</p><p>Assim, “o Presidente da República continuou a ocupar, simultaneamente, o cargo de</p><p>chefe de Estado (representando a República Federativa do Brasil, nas relações</p><p>internacionais) e chefe de Governo (representando a União, a chefia do Governo em</p><p>âmbito federal)” (MASSON, 2020). Além disso, ainda, é válido mencionar que, embora</p><p>o presidencialismo tenha sido confirmado pela população, através do plebiscito e</p><p>Poder Executivo |</p><p>Poder Executivo</p><p>www.cenes.com.br | 6</p><p>tenha mantido no texto constitucional de 1988, a forma de governo não ocupa</p><p>posição de cláusula pétrea, ou seja, ainda que tenha sido o sistema optado pelo poder</p><p>constituinte originário poderá ser alterado, desde que observados todos os critérios</p><p>legais para tanto.</p><p>Desde que o Brasil adotou o sistema republicano como forma de Estado, o</p><p>representante do Poder Executivo e todos os representantes do Poder Legislativo são</p><p>eleitos por meio de um processo democrático. Segundo, Flávia Bahia (2017), “a</p><p>República é uma forma de governo em que os exercentes das funções Executiva e</p><p>Legislativa representam o povo, decidindo em seu nome, à luz dos princípios da</p><p>responsabilidade, eletividade e temporariedade. A periodicidade também garante a</p><p>fidelidade do mandato, permitindo a alternância no poder num lapso temporal</p><p>rigorosamente estabelecido”.</p><p>3 Poder Executivo</p><p>O Poder Executivo é um dos três poderes da União, previsto no art. 2º da Constituição</p><p>Federal – “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,</p><p>o Executivo e o Judiciário” – cuja função típica é administrar e chefiar o Estado. Assim</p><p>como destaca Nathalia Masson (2020), “enquanto órgão desempenha a chefia de</p><p>Estado, o Poder Executivo representa (no cenário internacional) a soberania do Estado;</p><p>enquanto órgão que corporifica a chefia do governo, orienta a vida política interna</p><p>nacional, em permanente atividade voltada à efetivação das políticas públicas</p><p>consagradas no ordenamento jurídico pátrio; enquanto órgão que exerce a chefia da</p><p>Administração, o Poder presta os serviços públicos úteis à população”.</p><p>A divisão dos Poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário surge, aproximadamente</p><p>no século XVIII, a partir de uma teoria elaborada por Montesquieu, publicada em sua</p><p>obra “O Espírito das Leis”. No entanto, embora a teoria de Montesquieu tenha sido</p><p>utilizada como base para muitas Constituições em todo o mundo, a ideia da divisão</p><p>dos poderes é muito antiga e, ainda que com denominações diferentes, a base foi</p><p>pensada muito antes, na Grécia Antiga por Aristóteles, em sua obra intitulada “A</p><p>Política”, posteriormente, o conceito também foi trabalhado por John Locke, em sua</p><p>obra “Segundo Tratado Sobre Governo Civil”.</p><p>Poder Executivo |</p><p>Poder Executivo</p><p>www.cenes.com.br | 7</p><p>No sistema jurisdicional brasileiro, a ideia da tripartição dos poderes ganha força em</p><p>1891 com a promulgação da Constituição Federal, logo após o início do período</p><p>republicano em 1889. Foi nesse período também que o Brasil adotou o sistema</p><p>presidencialista como forma de governo, onde o Presidente – representante do Poder</p><p>Executivo a nível federal – acumula as funções de Chefe de Estado, Governo e da</p><p>Administração Pública.</p><p>3.1 Funções típicas e atípicas do Poder Executivo</p><p>Por muito tempo, perdurou na doutrina constitucional a ideia de que cada Poder tinha</p><p>sua função típica e não poderia desempenhar outras funções. No entanto,</p><p>hodiernamente, consideramos que os Poderes têm suas funções típicas, afinal, eles</p><p>foram constituídos com esse intuito, mas, nada obsta que exerçam também as</p><p>atividades dos outros Poderes, em determinadas situações, de forma atípica. Em</p><p>consonância, Flávia Bahia (2017) afirma que, “o Poder Executivo é o órgão</p><p>constitucional cuja função típica é a prática de atos relacionados à função executiva,</p><p>ou seja, a tarefa de realizar, dentro da lei, as atividades materiais atinentes à chefia de</p><p>Estado, de Governo e da Administração Pública”.</p><p>Assim, além de sua função típica, é possível que o Poder Executivo desempenhe</p><p>algumas funções atípicas, como, por exemplo, a edição de medidas provisórias e leis</p><p>delegadas (arts. 62 e 68, CF), no caso da função típica do Poder Legislativo, e o</p><p>julgamento do chamado processo contencioso administrativo, no caso da função</p><p>típica do Poder Judiciário (FERNANDES, 2020).</p><p>Poder Executivo |</p><p>Poder Executivo</p><p>www.cenes.com.br | 8</p><p>Figura 1 – Funções típicas e atípicas do Poder Executivo.</p><p>Fonte: Adaptado de Masson, 2020.</p><p>No mais, com relação a teoria extremada da tripartição dos poderes, Nathalia Masson</p><p>(2019) destaca que, esse pensamento separatista não está respaldado pela construção</p><p>teórica de Montesquieu, de modo que ele “pretendeu, ao revés, propor as bases de</p><p>um governo moderado, controlado, no qual não existisse identidade entre os que</p><p>exercerão as diversas funções estatais. O imprescindível, na dinâmica montesquiana,</p><p>seria manter os poderes vinculados, numa interdependência que permitiria a cada</p><p>qual controlar os outros dois e ser por eles também controlado (sistema que o direito</p><p>contemporâneo reconhece como "freios e contrapesos" — checks and balances)”.</p><p>3.2 Estrutura do Poder Executivo</p><p>Embora o Presidente da República seja o representante do Poder Executivo a nível</p><p>federal, destacando mais uma vez, o poder não é composto por uma única pessoa,</p><p>muito pelo contrário, devido a sua extrema importância, já que a função precípua é</p><p>administrar a máquina pública e representar o Estado como um todo perante a</p><p>comunidade internacional, como chefe de estado e de governo, a estrutura do Poder</p><p>Executivo é composta por diversos órgãos e conselhos.</p><p>Poder Executivo |</p><p>Poder Executivo</p><p>www.cenes.com.br | 9</p><p>Assim, dispõe o art. 2º da Lei 13.844/19 que integram a Presidência da República: a</p><p>Casa Civil; a Secretaria de Governo; a Secretaria-Geral; o Gabinete Pessoal do</p><p>Presidente da República; o Gabinete de Segurança Institucional; e a Autoridade</p><p>Nacional de Proteção de Dados Pessoais. Ainda, o § 1º do mesmo artigo estabelece</p><p>como órgãos de assessoramento do Presidente: o Conselho de Governo; o Conselho</p><p>Nacional de Política Energética; o Conselho do Programa de Parcerias de</p><p>Investimentos da Presidência da República; o Advogado-Geral da União; e a Assessoria</p><p>Especial do Presidente da República. Além do Conselho da República e do Conselho</p><p>de Defesa Nacional que entram como órgãos de consulta.</p><p>Poder Executivo |</p><p>Poder Executivo</p><p>www.cenes.com.br | 10</p><p>Figura 2 – Estrutura do Poder Executivo.</p><p>Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus.</p><p>Poder Executivo |</p><p>Conclusão</p><p>www.cenes.com.br | 11</p><p>4 Conclusão</p><p>Nesta unidade, iniciamos nossos estudo sobre o Poder Executivo, um dos três poderes</p><p>da União previsto no art. 2º da Constituição Federal/88. Ao longo do material falamos</p><p>sobre as funções típicas e atípicas do Poder, bem como sobre a sua estrutura no ente</p><p>federativo, sobre todos os órgãos e conselhos.</p><p>5 Referências Bibliográficas</p><p>BAHIA, Flavia. Direito Constitucional. 3 ed. Recife, PE: Armador, 2017.</p><p>FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 12 ed. rev., atual,</p><p>e ampl. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.</p><p>MASSON, Nathalia. Manual de direito constitucional. 8 ed. rev. ampl. eatual. -</p><p>Salvador: JusPODIVM, 2020.</p><p>MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito</p><p>constitucional. 16 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.</p><p>NUNES JÚNIOR, Flávio Martins Alves. Curso de direito constitucional. 3 ed. São</p><p>Paulo: Saraiva Educação, 2019.</p><p>PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 16</p><p>ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.</p><p>TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 18 ed. São Paulo: Saraiva</p><p>Educação, 2020.</p><p>Poder Executivo |</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>www.cenes.com.br | 12</p><p>Sumário</p><p>1 Introdução</p><p>2 Sistemas de governo</p><p>3 Poder Executivo</p><p>3.1 Funções típicas e atípicas do Poder Executivo</p><p>3.2 Estrutura do Poder Executivo</p><p>4 Conclusão</p><p>5 Referências Bibliográficas</p>