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<p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>SAÚDE LABORAL E DOENÇAS</p><p>OCUPACIONAIS</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um</p><p>grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade</p><p>capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior.</p><p>O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de conhecimento,</p><p>aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a participação no</p><p>desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua formação</p><p>continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, técnicos</p><p>e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e propagando</p><p>os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras normas de</p><p>comunicação.</p><p>Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma</p><p>confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no</p><p>atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de</p><p>uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>Sumário</p><p>FACUMINAS .................................................................... Erro! Indicador não definido.</p><p>Introdução .................................................................................................................. 4</p><p>Saúde e segurança no trabalho ............................................................................... 6</p><p>Resumo histórico .................................................................................................................... 6</p><p>As normas regulamentadoras ................................................................................................. 7</p><p>Classificação dos riscos ........................................................................................................... 8</p><p>Riscos ambientais ................................................................................................................ 9</p><p>Riscos ergonômicos ............................................................................................................. 9</p><p>Riscos de acidentes ............................................................................................................. 9</p><p>Proteção coletiva e individual ................................................................................................. 9</p><p>Doenças ocupacionais............................................................................................ 10</p><p>Estresse ................................................................................................................................. 11</p><p>Síndrome de Burnout ............................................................................................................ 15</p><p>Estresse x Síndrome de Burnout ....................................................................................... 17</p><p>LER/DORT .............................................................................................................................. 19</p><p>Asma Ocupacional ................................................................................................................ 23</p><p>Dermatose ocupacional ........................................................................................................ 23</p><p>Surdez temporária ou definitiva ........................................................................................... 24</p><p>Antracose Pulmonar ............................................................................................................. 25</p><p>Cuidados com a saúde mental em tempos de pandemia .................................... 25</p><p>Referências .............................................................................................................. 30</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>Introdução</p><p>Em 2012, por meio da Portaria nº 1.823, de 23 de agosto, o Ministério da</p><p>Saúde, instituiu a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que</p><p>tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem</p><p>observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o</p><p>desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na</p><p>vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução</p><p>da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos</p><p>produtivos.</p><p>Figura 1 – Saúde ocupacional</p><p>O caminho foi longo até o momento atual, mas felizmente os direitos dos</p><p>trabalhadores vêm sendo conquistados.</p><p>Pois bem, ao longo do caderno faremos uma breve revisão histórica do</p><p>movimento pela saúde e segurança dos trabalhadores, falaremos do ambiente</p><p>laboral, dos riscos a que estão sujeitos e das doenças ocupacionais que são uma</p><p>preocupação e consideradas problema de saúde pública.</p><p>A doença ocupacional ou profissional está definida no artigo 20, I da Lei n.</p><p>8.213 de 24 de julho de 1991 como a enfermidade produzida ou desencadeada pelo</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação</p><p>elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.</p><p>As doenças profissionais, conhecidas ainda com o nome de “idiopatias”,</p><p>“ergopatias”, “tecnopatias” ou “doenças profissionais típicas”, são produzidas ou</p><p>desencadeadas pelo exercício profissional peculiar de determinada atividade, ou</p><p>seja, são doenças que decorrem necessariamente do exercício de uma profissão.</p><p>Por isso, prescindem de comprovação de nexo de causalidade com o trabalho,</p><p>porquanto há uma relação de sua tipicidade, presumindo-se, por lei, que decorrem</p><p>de determinado trabalho. Tais doenças são ocasionadas por microtraumas que</p><p>cotidianamente agridem e vulneram as defesas orgânicas e que, por efeito</p><p>cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo mórbido (MONTEIRO;</p><p>BERTAGNI, 2000, p. 15).</p><p>Figura 2 – Doenças ocupacionais</p><p>Fecharemos nosso caderno com reflexões sobre a saúde mental dos</p><p>profissionais da saúde em tempos difíceis de pandemia decorrente do novo</p><p>coronavírus.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>Saúde e segurança no trabalho</p><p>Resumo histórico</p><p>Um estudo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz conta que, em meados da</p><p>década de 50, o Brasil passou por um período de crescimento industrial muito forte,</p><p>especialmente durante o governo de Getúlio Vargas. Com o incentivo às indústrias,</p><p>foi necessário regulamentar as demandas trabalhistas por meio da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho (CLT). A partir desse panorama, a Medicina do Trabalho</p><p>começou a crescer e os cursos de medicina seguiram essa tendência, incorporando</p><p>disciplinas focadas em Saúde do Trabalho.</p><p>Já na década de 60, durante a ditadura brasileira, houve outro grande surto</p><p>industrial no país. Era o “milagre brasileiro”, que incentivou uma série de</p><p>construções e obras faraônicas, como a Ponte Rio-Niterói, estádios de futebol e</p><p>hidrelétricas. O ritmo das obras era intenso e a falta de preparo do governo, das</p><p>empresas e dos próprios trabalhadores acabou agravando as estatísticas de</p><p>acidentes e mortes de trabalho.</p><p>Para contornar esse problema e complementar a CLT, o Brasil criou uma</p><p>série de Normas Regulamentadoras (NRs) e, entre elas, está a NR 04 que</p><p>implementa os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do</p><p>Trabalho (SESMTs). A regra define quantos profissionais de Saúde Ocupacional são</p><p>necessários para cada empresa, de acordo com o quadro de funcionários. Essa</p><p>medida já era recomendada desde 1959 pela Organização Internacional do Trabalho</p><p>(OIT).</p><p>A partir de então, a sociedade se organizou e criou diversos</p><p>movimentos</p><p>sindicais e fundações com foco em Saúde Ocupacional e Medicina Preventiva. No</p><p>final da década de 80, o Brasil iniciou o seu processo de redemocratização e os</p><p>direitos dos trabalhadores avançaram ainda mais! Hoje, por exemplo, os</p><p>trabalhadores contam com assistência em caso de acidentes ou doenças de</p><p>trabalho, acompanhamento obrigatório de exames médicos de acordo com os riscos</p><p>que a profissão oferece entre outros</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a7</p><p>A Saúde Ocupacional surge, principalmente nas grandes empresas, com o</p><p>traço da multi e interdisciplinaridade, com a organização de equipes</p><p>progressivamente multiprofissionais, e a ênfase na higiene industrial, refletindo a</p><p>origem histórica dos serviços médicos e o lugar de destaque da indústria nos países</p><p>industrializados (MENDES, 1991 apud FRIAS JUNIOR, 1999).</p><p>A Saúde Ocupacional passava a dar uma resposta racional, científica, para</p><p>problemas de saúde determinados pelos processos e ambientes de trabalho e</p><p>através da Toxicologia e dos parâmetros instituídos como limites de tolerância,</p><p>tentava-se quantificar a resposta ou resistência do homem trabalhador aos fatores</p><p>de risco ocupacionais.</p><p>A Saúde do Trabalhador, por sua vez, passa a ser vista como a área de</p><p>conhecimento e aplicação técnica que dá conta do entendimento dos múltiplos</p><p>fatores que afetam a saúde dos trabalhadores e seus familiares, independente das</p><p>fontes de onde provenham, das consequências da ação desses fatores sobre tal</p><p>população (doenças) e das variadas maneiras de atuar sobre estas condições</p><p>(TAMBELLINI et al, 1985).</p><p>As normas regulamentadoras</p><p>Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas</p><p>características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a</p><p>agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos</p><p>de acidentes, podem comprometer a saúde e a segurança do trabalhador em curto,</p><p>médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte.</p><p>Assim, encontramos no conjunto das normas regulamentadoras, respaldo</p><p>para atuação junto à saúde e segurança do trabalhador.</p><p>Por exemplo, a NR 12, Norma Regulamentadora – Segurança no Trabalho</p><p>em Máquinas e Equipamentos e seus anexos definem referências técnicas,</p><p>princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade</p><p>física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a8</p><p>acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e</p><p>equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação,</p><p>comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades</p><p>econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas</p><p>Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978,</p><p>nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas</p><p>internacionais aplicáveis.</p><p>Anote aí:</p><p>NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS</p><p>OCUPACIONAIS (tem novo texto) com início de vigência - 1 (um) ano a partir da</p><p>publicação da Portaria SEPRT nº 6.730, de 9 de março de 2020.</p><p>NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA. REVOGADA pela PORTARIA SEPRT n. 915, de</p><p>30 de julho de 2019, publicada no DOU de 31/07/2019.</p><p>NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO - Última modificação: Portaria SEPRT</p><p>1069, de 23/09/2019.</p><p>NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL –</p><p>PCMSO (NOVO TEXTO): Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da</p><p>Portaria SEPRT nº 6.734, de 9 de março de 2020.</p><p>NR-9 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A</p><p>AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS (NOVO TEXTO): Início de</p><p>vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da Portaria SEPRT nº 6.735, de 10 de</p><p>março de 2020.</p><p>NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE</p><p>SAÚDE, teve última modificação pela Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.</p><p>Classificação dos riscos</p><p>Os riscos podem ser classificados como: ambientais, ergonômicos e de</p><p>acidentes.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a9</p><p>Riscos ambientais</p><p>a) Físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de</p><p>trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos,</p><p>vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade;</p><p>b) Químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem</p><p>contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e</p><p>mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas,</p><p>gases, vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos;</p><p>c) Biológicos: estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias,</p><p>protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos.</p><p>Riscos ergonômicos</p><p>Os riscos ergonômicos estão ligados à execução de tarefas, à organização e</p><p>às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual</p><p>de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para</p><p>produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno,</p><p>jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras</p><p>de estresse.</p><p>Riscos de acidentes</p><p>Os riscos de acidentes são muito diversificados e estão presentes no arranjo</p><p>físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima</p><p>fora de especificação, utilização de máquinas e equipamentos sem proteção,</p><p>ferramentas impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente,</p><p>instalações elétricas defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão,</p><p>armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que</p><p>poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.</p><p>Proteção coletiva e individual</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>0</p><p>Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e</p><p>as tecnologias colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos</p><p>de proteção coletiva e individual, visando, além de proteger muitos trabalhadores ao</p><p>mesmo tempo, à otimização dos ambientes de trabalho, destacando-se por serem</p><p>mais rentáveis e duráveis para a empresa.</p><p>- Equipamento de proteção coletiva é toda medida ou dispositivo, sinal,</p><p>imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais</p><p>pessoas. Ex.: escadas de emergência, extintor de incêndio.</p><p>- Equipamento de Proteção Individual (EPI): é todo dispositivo de uso</p><p>individual, destinado à proteção de uma pessoa. Ex.: botas, luvas, capacetes.</p><p>Acidente de trabalho: é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da</p><p>empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,</p><p>perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade do trabalho (BRASIL,</p><p>2001).</p><p>Doenças ocupacionais</p><p>Para que se prove a existência da doença ocupacional necessita-se da</p><p>comprovação de nexo de causalidade com o trabalho, ou seja, a doença</p><p>ocupacional ou profissional, portanto deverá ter sido desencadeada pelo exercício</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>1</p><p>do trabalhador em uma determinada função que esteja diretamente ligada à</p><p>profissão.</p><p>Alguns exemplos de doença ocupacional são: o escrevente que adquiriu</p><p>tendinite, o soldador que desenvolveu alguma doença de visão, o trabalhador que</p><p>realiza exercícios repetitivos que sofre com LER, o trabalhador que levanta peso e</p><p>sofre com problemas de coluna, entre outros (BITTENCOURT, 2018).</p><p>Diferentemente da doença profissional, a doença de trabalho não está</p><p>atrelada à função desempenhada pelo trabalhador, mas ao local onde o operário é</p><p>obrigado a trabalhar.</p><p>Como exemplo de doença de trabalho, podemos citar: o câncer que acomete</p><p>trabalhadores de minas e refinações de níquel, as pessoas que trabalham em</p><p>contato com amianto ou em proximidade com algo radioativo, os trabalhadores que</p><p>sofrem de doenças pulmonares por estarem em contato constante com muita poeira,</p><p>névoa, vapores</p><p>ou gases nocivos, a surdez provocada por local extremamente</p><p>ruidoso, entre outros.</p><p>Existem algumas doenças que não são consideradas doença de trabalho em</p><p>virtude de sua natureza, pois se desenvolvem naturalmente. São elas:</p><p>a) doença degenerativa;</p><p>b) doença inerente ao grupo etário;</p><p>c) doença que não produza incapacidade laborativa;</p><p>d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região e que se</p><p>desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto</p><p>determinado pela natureza do trabalho.</p><p>As hipóteses acima estão dispostas no artigo 20, parágrafo 1º da Lei</p><p>n.8.213/1991.</p><p>Vejamos algumas doenças do ambiente laboral:</p><p>Estresse</p><p>A palavra estresse deriva do latim e foi empregada popularmente no século</p><p>XVII significando fadiga, cansaço. A partir dos séculos XVIII e XIX, o termo aparece</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>2</p><p>relacionado com força, esforço e tensão. Embora, até os dias de hoje, a</p><p>conceituação se apresente como um problema para os pesquisadores da área, o</p><p>fenômeno não representa uma novidade. É um mecanismo bioquímico antigo de</p><p>sobrevivência do homem, aperfeiçoado ao longo de sua própria evolução</p><p>biofisiológica. O “estado de estresse” reflete um conjunto de reações e de respostas</p><p>do organismo necessário a preservação de sua integridade.</p><p>O conceito foi usado na área de saúde, pela primeira vez em 1926, por Seyle</p><p>que notou que muitas pessoas sofriam de várias doenças físicas, e reclamavam de</p><p>alguns sintomas em comum. Suas pesquisas foram decisivas para propor as</p><p>primeiras explicações inerentes ao processo de estresse e, seus conceitos ainda</p><p>hoje, representam apoio teórico para a maioria das pesquisas desenvolvidas nesta</p><p>área (GUIMARÃES, 2000).</p><p>Em entrevista ao Dr. Drauzio Varela (2012), a médica psiquiatra Alexandrina</p><p>Meleiro que trabalha no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da</p><p>Universidade de São Paulo explica que o estresse é uma defesa natural que nos</p><p>ajuda a sobreviver, mas a cronicidade do estímulo estressante acarreta</p><p>consequências danosas ao nosso organismo.</p><p>Embora a tendência do indivíduo seja elaborar estratégias para resolvê-las,</p><p>muitas vezes, ele vai se adaptando às exigências do chefe intransigente, à situação</p><p>econômica difícil, aos revezes do dia a dia. Se não conseguir criar essas estratégias,</p><p>seu organismo não irá reagir convenientemente diante dos problemas e dará sinais</p><p>de cansaço que podem afetar os sistemas imunológico, endócrino, nervoso e o</p><p>comportamento do dia a dia. A continuidade dessa situação afeta a pessoa,</p><p>exaurindo suas forças e ela cai num estado de exaustão, de estresse propriamente</p><p>dito. Caso não consiga reverter o processo, as consequências não tardarão a surgir:</p><p>aumento da pressão arterial, crises de angina que podem levar ao infarto, dores</p><p>musculares, nas costas, na região cervical, alterações de pele, entre outras. Daí a</p><p>importância de a pessoa estar alerta para os sinais que o corpo registra.</p><p>Ao transportarmos nossa observação para as organizações, veremos que o</p><p>estresse no trabalho é um tema relevante nas mesmas, sejam elas privadas ou</p><p>públicas (BALASSIANO; TAVARES; PIMENTA, 2011).</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>3</p><p>Trata-se de uma reação diante de determinada situação que se insere em</p><p>algum contexto. De forma geral, o estresse é a reação do corpo a agentes</p><p>estressores (MORAES; MONT'ALVÃO, 2012 apud BATISTA et al., 2016).</p><p>Figura 3 - Estresse</p><p>O estresse pode ser compreendido também como o desalinhamento entre as</p><p>condições do trabalho e os trabalhadores individuais, pois o estresse causa</p><p>respostas físicas e emocionais diante das exigências de trabalhos que não são</p><p>equilibradas pelo trabalhador (OLIVEIRA, 2003).</p><p>No trabalho, o estresse pode ser causado por diversos fatores, a saber:</p><p>pressão pela produtividade, incapacidade de atender as demandas, condições de</p><p>trabalho desfavoráveis ou precárias, pressões financeiras, organizacionais ou</p><p>morais, dentre outros diversos fatores (BALASSIANO; TAVARES; PIMENTA, 2011;</p><p>IIDA, 2005).</p><p>Reforçamos abaixo as cinco fontes de estresse que se destacam nas</p><p>organizações:</p><p>1) Baixas condições de trabalho, sobrecarga de informação, pressão de</p><p>prazos, mudanças tecnológicas;</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>4</p><p>2) Papel na organização, incluindo ambiguidade e conflito de papéis, que</p><p>ocorre quando o indivíduo não tem uma visão clara sobre os objetivos</p><p>de seu trabalho;</p><p>3) Desenvolvimento de carreira, incluindo falta de segurança no emprego,</p><p>falta ou excessos de promoções e obsolescência;</p><p>4) Relacionamentos no trabalho; e,</p><p>5) Estrutura e clima organizacional, incluindo baixo envolvimento na</p><p>tomada de decisão e em questões políticas.</p><p>O estresse possui diversos sintomas e reações, dentre os quais: perda de</p><p>autoconfiança, insônia, comportamento agressivo, dores musculares, doenças</p><p>cardiovasculares e outros sintomas psicológicos e físicos (MARTHA et al., 2012</p><p>apud BATISTA et al., 2016; IIDA, 2005).</p><p>Figura 4 - Sintomas do Estresse</p><p>Pasquali (2010, p. 505), salienta que, quanto mais os conceitos ergonômicos</p><p>no trabalho forem incorporados ao universo da produção, “maiores serão as</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>5</p><p>possibilidades para reduzir o sofrimento patogênico no trabalho e as perdas com</p><p>improdutividade dos sistemas”.</p><p>Isso contribuirá para que a organização tenha altos níveis de satisfação,</p><p>melhor clima organizacional, economia de custos, de esforços, de tempo e melhoria</p><p>na qualidade dos resultados, aumento da produtividade, diminuição dos acidentes</p><p>de trabalho e do custo operacional, e um gerenciamento mais eficaz.</p><p>Assim, a Ergonomia considera fatores técnicos, fatores humanos, fatores</p><p>ambientais, fatores sociais; e quanto mais desses fatores estiverem presentes nas</p><p>situações de trabalho de maneira produtiva e construtiva, melhor será a condição de</p><p>o indivíduo na organização, significando qualidade de vida no trabalho (SILVA;</p><p>SANCHES; FORESTO, 2013).</p><p>Síndrome de Burnout</p><p>A Síndrome de Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão</p><p>extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são</p><p>emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade</p><p>ou responsabilidade, especialmente nas áreas de Educação e Saúde.</p><p>A principal causa da doença, conhecida também como “Síndrome do</p><p>Esgotamento Profissional”, é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é</p><p>comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com</p><p>responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais,</p><p>jornalistas, dentre outros. Traduzindo do inglês, “burn” quer dizer queima e “out”</p><p>exterior (BRASIL 2018).</p><p>Gil-Monte (2005 apud DIEHL; CARLOTTO, 2015) propõe um modelo teórico</p><p>da Síndrome de Burnout constituído por quatro dimensões que estabelecem dois</p><p>perfis diferenciados.</p><p>As dimensões são assim caracterizadas:</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>6</p><p>1) Ilusão pelo Trabalho – indicando o desejo individual para atingir metas</p><p>relacionadas ao trabalho, sendo estas percebidas pelo sujeito como atraentes e</p><p>fonte de satisfação pessoal.</p><p>2) Desgaste psíquico – caracterizado pelo sentimento de exaustão emocional</p><p>e física em relação ao contato direto com pessoas que são fonte ou causadoras de</p><p>problemas.</p><p>3) Indolência – evidenciada pela presença de atitudes de indiferença junto às</p><p>pessoas que necessitam ser atendidas no ambiente de trabalho, assim como</p><p>insensibilidade aos problemas alheios.</p><p>4) Culpa – evidenciada pelo surgimento de cobrança e sentimento de</p><p>culpabilização por atitudes e comportamentos do indivíduo não condizentes com as</p><p>normas internas e com a cobrança social acerca do papel profissional.</p><p>A síndrome de Burnout estabelece dois perfis diferenciados.</p><p>O Perfil 1 caracteriza-se por um conjunto de sentimentos e condutas ligadas</p><p>ao estresse laboral, originando uma forma moderada de mal-estar, mas que não</p><p>impossibilita o profissional de exercer suas atividades</p><p>laborais, ainda que pudesse</p><p>realizá-las de melhor forma.</p><p>O Perfil 2 refere-se a casos clínicos mais deteriorados em decorrência da</p><p>síndrome, incluindo os sentimentos já apresentados, acrescidos do sentimento de</p><p>culpa. Em ambos, as atitudes e os comportamentos de indolência podem ser</p><p>entendidos como uma estratégia de enfrentamento para lidar com o desgaste</p><p>emocional e cognitivo. No entanto, enquanto para alguns profissionais essa</p><p>estratégia de enfrentamento é suficiente e possibilita o gerenciamento do estresse,</p><p>para outros é percebida como inadequada e ocasiona sentimento de culpa.</p><p>No Perfil 2, o profissional apresenta comprometimento na execução de suas</p><p>atividades e, ao perceber que não as executa adequadamente, desenvolve</p><p>sentimentos de fracasso e de culpa por não estar correspondendo às exigências e</p><p>às normas do que avalia ser seu papel profissional (GIL-MONTE, 2008 apud DIEHL;</p><p>CARLOTTO, 2015). Indivíduos classificados no Perfil 2 de Burnout costumam</p><p>apresentar maior absenteísmo (GIL-MONTE, 2008 apud DIEHL; CARLOTTO, 2015),</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>7</p><p>mais problemas de saúde (CARLOTTO et al., 2012) e sintomas de depressão (GIL-</p><p>MONTE, 2012 apud DIEHL; CARLOTTO, 2015).</p><p>Estresse x Síndrome de Burnout</p><p>Os fatores desencadeantes do estresse no ambiente de trabalho são:</p><p>✓ Ruído;</p><p>✓ Iluminação;</p><p>✓ Temperatura;</p><p>✓ Higiene;</p><p>✓ Intoxicação;</p><p>✓ Clima;</p><p>✓ Disposição do espaço físico para o trabalho;</p><p>✓ O trabalho noturno;</p><p>✓ A sobrecarga de trabalho;</p><p>✓ A exposição a riscos e perigos.</p><p>Já os principais sintomas da síndrome de Burnout são os fatores:</p><p>✓ Físicos – sensação de fadiga constante e progressiva, distúrbios do sono,</p><p>dores musculares, no pescoço, ombro e dorso, perturbações gastrointestinais,</p><p>baixa resistência imunológica, astenia, cansaço intenso, cefaleias, transtornos</p><p>cardiovasculares;</p><p>✓ Psíquicos – diminuição da memória, falta de atenção e concentração,</p><p>diminuição da capacidade de tomar decisões, fixações de ideias e obsessão</p><p>por determinados problemas, ideias fantasiosa ou delírios de perseguição,</p><p>sentimento de alienação e impotência, labilidade emocional, impaciência;</p><p>✓ Emocionais – desânimo, perda de entusiasmo e alegria, ansiedade,</p><p>depressão, irritação, pessimismo, baixa alta estima; e,</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>8</p><p>✓ Comportamentais – isolamento, perda de interesse pelo trabalho ou lazer,</p><p>comportamento menos flexível, perda de iniciativa, lentidão no desempenho</p><p>das funções, absenteísmo, aumento do consumo de bebidas alcoólicas, fumo</p><p>e até mesmo drogas, incremento da agressividade.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que nem todos estes sintomas estão</p><p>necessariamente presentes em todos os casos, pois esta configuração dependerá</p><p>de fatores individuais e ambientais (ODORIZZI, 1995).</p><p>Estes sintomas podem se desenvolver em indivíduos que estejam</p><p>relacionados com qualquer tipo de atividade no trabalho, no entanto, deve ser</p><p>entendida como uma resposta ao estresse laboral que aparece quando falham as</p><p>estratégias funcionais de enfrentamento que o sujeito pode empregar e se comporta</p><p>como variável mediadora entre o estresse percebido e suas consequências</p><p>(JIMÉNEZ; PUENTE, 1995 apud SANTANA; LORENA; FERNANDES, 2016).</p><p>Esse enfrentamento é definido por Limongi-França e Rodrigues (1996), como</p><p>sendo o conjunto de esforços que uma pessoa desenvolve para manejar ou lidar</p><p>com as solicitações externas ou internas, que são avaliadas por ela como</p><p>excessivas ou acima de suas possibilidades.</p><p>Assim, a Síndrome de Burnout é considerada um passo intermediário na</p><p>relação estresse-consequências do estresse de forma que, permanecendo durante</p><p>um longo tempo, o estresse laboral terá consequências nocivas para o indivíduo,</p><p>sob a forma de enfermidade, falta de saúde com alterações psicossomáticas –</p><p>alterações cardiorespiratórias, gastrite e úlcera, dificuldade para dormir, náuseas – e</p><p>para organização – deterioração do rendimento ou da qualidade de trabalho –</p><p>(SILVA; CARLOTTO, 2003).</p><p>Eis que a intervenção ergonômica proporciona a prevenção e tratamento da</p><p>Síndrome de Burnout, abordando os aspectos do trabalho, relacionamento do</p><p>homem com seu ambiente de trabalho e sua humanização; sendo obtida pela</p><p>adaptação das condições laborais através de medidas antropométricas e técnicas</p><p>que trabalham o relaxamento dinâmico por meio da reeducação da postura global</p><p>(BARREIRA, 1989).</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>9</p><p>LER/DORT</p><p>Há décadas que as doenças ocupacionais como Lesão por Esforço Repetitivo</p><p>e Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) são</p><p>frequentes nas estatísticas da Previdência Social no Brasil e os números</p><p>comprovam.</p><p>Em 2017, de acordo com números preliminares do Instituto Nacional de</p><p>Seguridade Social (INSS), foram concedidos 196.754 benefícios a trabalhadores que</p><p>precisaram ser afastados das atividades profissionais por mais de 15 dias, devido a</p><p>algum problema de saúde ocasionado pelo trabalho. A média foi de 539</p><p>afastamentos por dia e para tipos de doenças relacionadas à LER/DORT, o número</p><p>foi de 22.029 benefícios, o que representa 11,19% de todos os benefícios</p><p>concedidos (REVISTA PROTEÇÃO, 2018).</p><p>As doenças relacionadas à LER/DORT são caracterizadas pelo desgaste de</p><p>estruturas do sistema musculoesquelético que atingem várias categorias</p><p>profissionais. Geralmente são provocadas por movimentos contínuos com</p><p>sobrecarga dos nervos, músculos e tendões.</p><p>Das 20 principais causas de afastamento das atividades profissionais por</p><p>adoecimento no trabalho em 2017, três se enquadram nessa denominação:</p><p>✓ Lesões no ombro;</p><p>✓ Sinovite (inflamação em uma articulação) e tenossinovite (inflamação ou</p><p>infecção na bainha que cobre o tendão);</p><p>✓ Mononeuropatias dos membros superiores (lesão no nervo periférico).</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>0</p><p>Figura 5 – LER/DORT</p><p>De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, as LER/DORT são, por</p><p>definição, um fenômeno relacionado ao trabalho. São danos decorrentes da</p><p>utilização excessiva, imposta ao sistema musculoesquelético, e da falta de tempo</p><p>para recuperação.</p><p>Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não,</p><p>de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, tais como dor,</p><p>parestesia (queimação, dormência, coceira), sensação de peso e fadiga.</p><p>Abrangem quadros clínicos do sistema musculoesquelético adquiridos pelo</p><p>trabalhador submetido a determinadas condições de trabalho.</p><p>Entidades neuro-ortopédicas definidas como tenossinovites, sinovites e</p><p>compressões de nervos periféricos podem ser identificadas ou não. São comuns a</p><p>ocorrência de mais de uma dessas entidades nosológicas e a concomitância com</p><p>quadros inespecíficos, como a síndrome miofascial. Frequentemente são causas de</p><p>incapacidade laboral temporária ou permanente (BRASIL, 2012).</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>1</p><p>Na atividade econômica industrial, a partir da segunda metade do século XX,</p><p>as LER/DORT adquiriram expressão em número e relevância social com a</p><p>racionalização e inovação técnica na indústria (MAENO et al., 2006).</p><p>Atualmente, dentre as atividades econômicas, a indústria apresenta o maior</p><p>número absoluto de diagnósticos de doenças do sistema osteomuscular e do tecido</p><p>conjuntivo dentre os auxílios-doença acidentários concedidos pela Previdência</p><p>Social no Brasil (CARVALHO, 2013).</p><p>Além disso, publicações científicas também revelam a importante participação</p><p>da indústria relacionada ao número de casos de LER/DORT no Brasil (MAENO,</p><p>2006; FERNANDES et al., 2010 apud VIEGAS; ALMEIDA, 2016).</p><p>A quantidade de casos de LER/DORT vem aumentando anualmente, e esse</p><p>fato se explica pelas transformações do trabalho e das empresas que se</p><p>organizaram de forma a visar a produtividade e lucro, desconsiderando, muitas</p><p>vezes, os limites físicos e psicossociais dos trabalhadores. As altas exigências dos</p><p>locais de trabalho, com alta demanda de movimentos repetitivos, a ausência de</p><p>pausa, a</p><p>permanência em determinadas posturas por tempo prolongado, além de</p><p>equipamentos de trabalho desconfortáveis e sem ajustes necessários, repercute</p><p>negativamente na saúde dos trabalhadores (KURIONKA et al., 1995 apud VIEGAS;</p><p>ALMEIDA, 2016).</p><p>Mais uma vez, será na Ergonomia, que encontraremos oportunidades de</p><p>atuação no campo das LER/DORTs que estuda tanto as condições prévias como as</p><p>consequências do trabalho e as interações que ocorrem entre o homem, máquina e</p><p>ambiente durante a realização desse trabalho, ou seja, ela pode realizar o</p><p>planejamento técnico no ambiente de trabalho que possibilite segurança, saúde,</p><p>estrutura adequada para o trabalhador.</p><p>Para Filho e Júnior (2004 apud DINIZ, 2017), uma ação preventiva pode ser</p><p>construída baseando-se numa abordagem de natureza ergonômica, organizacional</p><p>ou psicossocial. No caso do ambiente de trabalho, quando se fala em prevenção, as</p><p>empresas, em sua maioria, preferem trabalhar apenas com aspectos biomecânicos,</p><p>pelas mudanças nos equipamentos e no mobiliário e de uma orientação para a</p><p>correção de posturas, ignorando os aspectos ligados à organização do trabalho.</p><p>Segundo os autores, esta postura pode contribuir para piorar ou não resolver o</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>2</p><p>quadro clínico dos distúrbios, dependendo da configuração que se obtém dos outros</p><p>fatores determinantes das LER/DORT no local de trabalho.</p><p>Portanto, a Ergonomia busca uma análise dos processos de reestruturação</p><p>produtiva no que se refere à caracterização da atividade e à inadequação dos postos</p><p>de trabalho. A caracterização da atividade é um elemento fundamental para atingir</p><p>um funcionamento estável em quantidade e qualidade. Portanto, a atividade deve</p><p>ser concebida considerando a diversidade da população de trabalhadores e a</p><p>variabilidade inerente a ela. Muito além da simples adaptação física dos ambientes</p><p>de trabalho, a Ergonomia procura conhecer e integrar as variáveis do indivíduo às</p><p>exigências e a organização do trabalho. Somente integrando tais variáveis, pode-se</p><p>facilitar a qualidade de vida no trabalho e favorecer a produção (ABRAHÃO, 2000;</p><p>ASSUNÇÃO; LIMA, 2002).</p><p>Anote aí:</p><p>De acordo com o documento “Protocolo de Complexidade Diferenciada”</p><p>editado pelo Ministério da Saúde (2012), são considerados sinônimos lesões por</p><p>esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho</p><p>(Dort), síndrome cervicobraquial ocupacional, afecções musculoesqueléticos</p><p>relacionadas ao trabalho (Amert) e lesões por traumas cumulativos (LTC). As</p><p>denominações oficiais do Ministério da Saúde e da Previdência Social são LER e</p><p>Dort, assim grafadas: LER/Dort.</p><p>A etiologia dos casos de LER/Dort é multifatorial. Diferentemente de uma</p><p>intoxicação por metal pesado, cuja etiologia é claramente identificada e mensurável,</p><p>nos casos de LER/Dort é importante analisar os vários fatores de risco envolvidos</p><p>direta ou indiretamente.</p><p>Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas de LER/Dort,</p><p>mas podem gerar respostas que produzem as lesões ou os distúrbios. Na maior</p><p>parte das vezes, tais fatores foram estabelecidos por meio de observações</p><p>empíricas e depois confirmados com estudos epidemiológicos (KUORINKA;</p><p>FORCIER, 1995).</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>3</p><p>Os fatores de risco não são independentes: interagem entre si e devem ser</p><p>sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos,</p><p>cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho. Por exemplo, fatores</p><p>organizacionais como carga de trabalho e pausas para descanso podem controlar</p><p>fatores de risco quanto à frequência e à intensidade.</p><p>A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) uma vez centrada sobre a análise</p><p>da atividade, pode identificar as condições que determinam esta atividade. Ela</p><p>ultrapassa as relações simplistas, uma causa um efeito, dentro da explicação das</p><p>origens e das consequências das LER/DORT, e pela mesma forma, ultrapassa as</p><p>abordagens biomecânicas predominantes neste assunto.</p><p>Asma Ocupacional</p><p>Causada pela inalação de agentes tóxicos que causam alergia, a asma se</p><p>caracteriza pela obstrução das vias respiratórias do trabalhador por poeiras de</p><p>substâncias como algodão, borracha, linho, madeira, etc. É a doença respiratória</p><p>mais comum relacionada ao trabalho.</p><p>A sua prevenção depende, em grande medida, da utilização de adequados</p><p>equipamentos de proteção individual. A eficácia do tratamento, quando a patologia já</p><p>está instalada, depende do afastamento do trabalhador dos agentes causadores da</p><p>obstrução de suas vias áreas.</p><p>Dermatose ocupacional</p><p>É uma doença do trabalho, que se caracteriza por alterações na pele e na</p><p>mucosa do trabalhador, em razão da sua exposição a determinados agentes nocivos</p><p>durante o desempenho de suas atividades laborais, como a graxa ou óleo mecânico,</p><p>por exemplo. O termo engloba os seguintes males: dermatite de contato, ulcerações,</p><p>infecções e cânceres.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>4</p><p>Figura 6 – Dermatose ocupacional</p><p>A sua prevenção depende da utilização contínua de EPI — Equipamento de</p><p>Proteção Individual —, e o tratamento reclama o afastamento do trabalhador de suas</p><p>funções habituais e do contato com os agentes nocivos.</p><p>Surdez temporária ou definitiva</p><p>Caracterizada pela perda da sensibilidade auditiva em razão da intensa e</p><p>prolongada exposição a ruídos. É uma doença do trabalho, pois, embora possa se</p><p>relacionar diretamente com o exercício da atividade profissional, não é típica de uma</p><p>função específica, mas pode ser desencadeada por qualquer pessoa submetida às</p><p>mesmas condições, independentemente de sua ocupação laboral.</p><p>Como a maioria das doenças ocupacionais, pode ser eficazmente evitada se</p><p>utilizados equipamentos de proteção individual, como protetores auriculares. É</p><p>comum entre os operários da construção civil e trabalhadores de salão de beleza,</p><p>expostos diariamente a ruídos exaustivos. Se em estágio avançado, a surdez pode</p><p>se tornar irreversível.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>5</p><p>Antracose Pulmonar</p><p>Doença do trabalho, incidente em trabalhadores das carvoarias, submetidos à</p><p>inalação contínua de agentes causadores de lesões pulmonares. Embora seja</p><p>comum nesse segmento profissional, ela não é exclusiva dessa categoria de</p><p>trabalhadores, podendo ocorrer em qualquer pessoa moradora de grandes centros</p><p>urbanos. O tratamento exige o afastamento do trabalhador do agente patógeno.</p><p>Figura 7 – Antracose ocupacional/pulmonar</p><p>Cuidados com a saúde mental em tempos de pandemia</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>6</p><p>A saúde mental está no centro da nossa humanidade, nos permitindo ter</p><p>vidas enriquecedoras e gratificantes, e participar nas nossas comunidades. No</p><p>entanto, a pandemia da COVID-19 não está apenas atacando nossa saúde física;</p><p>também está aumentando o sofrimento psicológico.</p><p>É fundamental enfrentar e criar rituais de preservação, como evitar ler notícias</p><p>provenientes de redes sociais, sem o devido respaldo científico. “É preciso focar em</p><p>pensamentos positivos para sair do círculo do pânico. O pensamento ansioso,</p><p>principalmente relacionado ao medo de adoecer, faz com que o organismo</p><p>reproduza os sintomas da doença” (GALBIATTI, 2020).</p><p>O Departamento de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>criou um guia com orientações para profissionais de saúde, pessoas em quarentena,</p><p>idosos e população em geral.</p><p>Abaixo um compilado de dicas para os diversos grupos:</p><p>1)À população geral:</p><p>a) Tenha empatia com o outro</p><p>b) O novo coronavírus deve afetar pessoas em muitos países e regiões. Não</p><p>existe nenhuma relação da doença com uma etnia ou nacionalidade.</p><p>Demonstre empatia com todos os afetados em qualquer país. As pessoas</p><p>infectadas não fizeram nada errado e merecem nosso apoio, compaixão e</p><p>gentileza.</p><p>c) Reduza a leitura ou o contato com notícias que podem causar ansiedade ou</p><p>estresse</p><p>d) Procure informações e atualizações uma ou duas</p><p>vezes ao dia evitando o</p><p>“bombardeio desnecessário” de informações. A enxurrada de notícias sobre</p><p>um surto pode levar qualquer pessoa à preocupação. Informe-se com os fatos</p><p>e não os boatos ou as informações erradas.</p><p>e) Projeta a si próprio e apoie os outros ajudando-os em seus momentos de</p><p>necessidade.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>7</p><p>f) A assistência a outros em seu momento de carência pode ajudar a quem</p><p>recebe o apoio como a quem dá o auxílio. Um exemplo: telefone para seus</p><p>vizinhos ou pessoas em sua comunidade que precisam de assistência extra.</p><p>Atuando juntos como uma comunidade pode ajudar a criar solidariedade e a</p><p>enfrentar a covid-19 em união.</p><p>g) Crie oportunidades para ampliar histórias positivas e úteis de pessoas na sua</p><p>área que tiveram a covid-19.</p><p>h) Por exemplo, experiências de pessoas que se recuperaram da doença ou que</p><p>apoiaram um ente querido e estão dispostas a contar como foi.</p><p>i) Homenageie e aprecie o trabalho dos cuidadores e dos agentes de saúde.</p><p>j) Reconheça o papel desses profissionais que estão cuidando dos afetados</p><p>pelo novo coronavírus em sua região.</p><p>2)Aos agentes de Saúde:</p><p>O estresse e a pressão não significam que você não seja capaz de fazer o</p><p>seu trabalho ou que seja uma pessoa fraca.</p><p>Para os trabalhadores desse setor que sentem a pressão de lidar com a</p><p>situação, este é um quadro típico para você e muitos de seus colegas. É normal se</p><p>sentir assim por causa da pandemia. O gerenciamento da sua saúde mental e o seu</p><p>bem-estar psicossocial durante este momento é crucial para que você possa manter</p><p>sua saúde física também.</p><p>a) Cuide de você - Tente utilizar métodos para lidar com a situação como fazer</p><p>pausas e descansar entre os seus turnos de trabalho e até mesmo tirar um</p><p>momento dentro do expediente. Tenha atenção ainda aos seus alimentos</p><p>para manter uma dieta saudável, fazer exercícios físicos e ficar em contato</p><p>com a família e com os amigos.</p><p>b) Evite formas errôneas de lidar com o estresse como o uso de tabaco, álcool</p><p>ou outras drogas - A longo prazo, eles pioram o seu bem-estar físico e mental.</p><p>Este é um cenário sem precedentes para muitos trabalhadores especialmente</p><p>aqueles que nunca participaram de respostas semelhantes a uma crise ou</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>8</p><p>pandemia. Para os que têm alguma experiência, tente utilizar o que deu certo</p><p>no passado e que pode ser útil de novo. Você pode conseguir reduzir o</p><p>estresse.</p><p>c) Se possível, continue conectado com seus entes queridos - Alguns agentes</p><p>de saúde podem estar sendo evitados pela família por causa do medo de</p><p>contaminação e estigmas. Isso pode fazer com que a situação que você já</p><p>enfrenta se torne ainda mais difícil. O contato virtual é uma forma de contato.</p><p>Procure seus colegas, seus supervisores e pessoas de confiança para esse</p><p>apoio social. Você poderá descobrir que seus amigos estão tendo</p><p>experiências semelhantes e atravessando o mesmo que você.</p><p>3)Aos cuidadores de crianças:</p><p>a) Ajude as crianças a expressarem, de forma positiva, seus medos e</p><p>ansiedades</p><p>b) Cada criança tem sua própria maneira de fazê-lo. Algumas vezes, a atividade</p><p>criativa, jogos e desenhos podem ajudar. As crianças se sentem melhor e</p><p>mais aliviadas quando podem comunicar os sentimentos num ambiente de</p><p>apoio.</p><p>c) Mantenha as rotinas familiares sempre que possível e crie novas rotinas</p><p>principalmente com as crianças em casa</p><p>d) Pense em atividades lúdicas e pedagógicas para fazer com elas. Sempre que</p><p>possível, incentive as crianças a continuarem brincando e se sociabilizando</p><p>com os outros, mesmo que somente na família por causa do distanciamento</p><p>social no momento.</p><p>e) Fale com seus filhos sobre a covid-19 de forma honesta e apropriada à idade</p><p>deles - Se eles tiverem preocupações, o fato de falar sobre elas pode ajudar a</p><p>baixar a ansiedade das crianças. Elas observam os pais, as emoções no ar e</p><p>tiram daí seus mecanismos para lidar com as próprias emoções da melhor</p><p>forma nesses momentos difíceis.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>9</p><p>4)Aos idosos e cuidadores:</p><p>a) Ofereça a eles apoio emocional por meio de redes familiares ou de agentes</p><p>de saúde - Idosos, especialmente em isolamento social e aqueles com</p><p>problemas cognitivos como demência podem se tornar ansiosos, estressados,</p><p>com raiva, agitados e distanciados durante a quarentena.</p><p>b) Ofereça apoio - Partilhe fatos simples sobre o que está acontecendo com</p><p>informações claras a respeito da redução de riscos e infecções em palavras</p><p>compreensíveis para quem tem barreiras de entendimento</p><p>c) Repita a informação sempre que necessário - As instruções precisam ser</p><p>claras, concisas e respeitar o estilo do paciente. Talvez seja útil colocar a</p><p>informação em escrito ou em pinturas e figuras. Envolva a família e outras</p><p>redes de apoio no fornecimento das notícias e de medidas de prevenção</p><p>como a lavagem de mãos.</p><p>d) Mantenha rotinas e tarefas regulares sempre que possível e crie novas num</p><p>ambiente diferente - Você pode dedicar-se a atividades como limpeza, canto,</p><p>pinturas e outras. Mantenha o contato com os entes queridos ainda que por</p><p>telefone.</p><p>5)Pessoas em isolamento:</p><p>a) Fique em contato e mantenha sua rede de amigos e conhecidos - Ainda que</p><p>isolado tente ao máximo manter sua rotina e crie novas. Se as autoridades de</p><p>saúde recomendaram distância física para conter o surto, você pode manter a</p><p>proximidade digital com e-mails, redes sociais, telefone, etc.</p><p>b) Durante esse período de estresse, esteja atento a seus sentimentos e</p><p>demandas internas - Envolva-se com atividades saudáveis e aproveite para</p><p>relaxar. O exercício constante, o sono regular e uma dieta balanceada</p><p>ajudam. Mantenha tudo em perspectiva. Os agentes de saúde em todos os</p><p>países estão atuando para que os mais afetados pela pandemia recebam</p><p>assistência e cuidados.</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>0</p><p>c) Siga notícias confiáveis - Uma enxurrada constante de notícias sobre a</p><p>pandemia pode levar qualquer um à ansiedade e ao estresse. Siga as</p><p>notícias confiáveis e evite boatos e fake news que vão somente causar mais</p><p>desconforto (OPAS, 2020).</p><p>Referências</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>1</p><p>ABRAHÃO, J. I. Reestruturação produtiva e variabilidade do trabalho: uma</p><p>abordagem da ergonomia. Psic: Teor e Pesq. 2000;16(1):49-54.</p><p>ASSUNÇÃO, A.A.; LIMA, F.P.A. A novicidade no trabalho: contribuição da</p><p>ergonomia. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu; 2002.</p><p>BALASSIANO, M., TAVARES, E.; PIMENTA, R. da C. Estresse ocupacional na</p><p>administração pública Brasileira: quais os fatores impactantes?. Rev. Adm.</p><p>Pública, Jun 2011, v.45, n.3, p.751-774.</p><p>BARREIRA, T. H. C. Um enfoque ergonômico para as posturas de trabalho. Rev</p><p>Bras Saúde Ocup, v. 17, n. 17, p. 61-71, 1989.</p><p>BATISTA, C. de C. et al. Implantação de um sistema de informação e a</p><p>ergonomia cognitiva: um estudo com servidores públicos de uma prefeitura</p><p>municipal (2016). Disponível em:</p><p>http://login.semead.com.br/19semead/arquivos/537.pdf</p><p>BITTENCOURT, T. Doença ocupacional (2018). Disponível em:</p><p>https://tamyjusbrasil.jusbrasil.com.br/artigos/543585317/doenca-</p><p>ocupacional?ref=serp</p><p>BRASIL. Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços repetitivos (LER):</p><p>distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort). Brasília: Editora do</p><p>Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Saúde do</p><p>Trabalhador; 10. Protocolos de Complexidade Diferenciada).</p><p>BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de</p><p>Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em:</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm></p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>2</p><p>BRASIL. NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E</p><p>EQUIPAMENTOS. Disponível em:</p><p>http://www.trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR12/NR-12.pdf</p><p>BRASIL. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de</p><p>Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Disponível em:</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html</p><p>BRASIL. Riscos biológicos – Guia Técnico (2008). Disponível em</p><p>https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Publicacao_e_Manual/</p><p>CGNOR---GUIA-TCNICO-DE-RISCOS-BIOLGICOS---NR--32.pdf</p><p>BRASIL. Saúde do Trabalhador. Cadernos de Atenção Básica. Brasília: Ministério</p><p>da Saúde, 2001.</p><p>BRASIL. 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