Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>DESCRIÇÃO</p><p>Evolução da internet no Brasil e no mundo, no cenário de transformação digital; Apresentação</p><p>dos conceitos básicos sobre Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IOT) e Big Data.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Compreender a evolução da internet e seu panorama atual e descrever os conceitos básicos</p><p>de Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual da internet no</p><p>Brasil e no mundo</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de consumidores e</p><p>organizações</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar os conceitos básicos de IoT e seus impactos nas rotinas de consumidores e</p><p>organizações</p><p>MÓDULO 4</p><p>Identificar os conceitos básicos de Big Data e seus impactos nas rotinas de consumidores e</p><p>organizações</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Para entender o processo de transformação digital pelo qual estamos passando, é necessário</p><p>conhecer a evolução e o panorama atual da internet no Brasil e no mundo.</p><p>A partir do entendimento dos conceitos básicos de Inteligência Artificial (IA), Internet das</p><p>Coisas (IoT) e Big Data, é possível identificar as mudanças inevitáveis que a evolução digital</p><p>vem causando em nosso cotidiano e na cadeia de valor das organizações.</p><p>É importante, ainda, refletir sobre os impactos e as questões éticas que envolvem essa nova</p><p>relação estabelecida com a internet e os dispositivos conectados, que passam a tomar</p><p>decisões e executar atividades, antes exclusivas dos seres humanos.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual da</p><p>internet no Brasil e no mundo</p><p>REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS</p><p>Um dos grandes marcos para a evolução histórica da humanidade foi o surgimento da</p><p>indústria.</p><p>O mundo assistiu a alguns processos de revolução industrial, que foram ocasionados pela</p><p>busca de trabalhos mais dinâmicos, eficientes e qualificados.</p><p>Em outras palavras, a evolução industrial buscou alavancar o processo produtivo, adequando</p><p>as tecnologias existentes em cada época.</p><p>Para entender o processo de transformação digital, é importante conhecer um pouco das</p><p>revoluções industriais que proporcionaram mudanças tecnológicas e quebras de paradigmas</p><p>definitivos e radicais na sociedade, com impactos econômicos, sociais e políticos em todo o</p><p>mundo do trabalho e da produção.</p><p>PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU INDÚSTRIA</p><p>1.0</p><p>Aconteceu entre meados dos séculos XVIII e XIX, inicialmente na Inglaterra e, em seguida,</p><p>abrangendo os demais países da Europa, EUA e Japão.</p><p>Foi marcada pela descoberta do carvão como fonte de energia, aplicado às tecnologias</p><p>mecânicas como máquinas a vapor e as ferrovias.</p><p>Essas máquinas substituíram processos manuais e o uso de animais para gerar força. Nesse</p><p>período, o processo de produção atingiu patamares nunca vistos na época.</p><p>Fonte: oluuuka/Shutterstock.com</p><p>Fonte: M. Unal Ozmen/Shutterstock.com</p><p>SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU INDÚSTRIA</p><p>2.0</p><p>Ocorreu entre o final do século XIX e início do século XX, na Europa, nos Estados Unidos, e no</p><p>Japão.</p><p>Foi marcada pelo surgimento da eletricidade e seu emprego na produção de bens de consumo</p><p>e eletrodomésticos.</p><p>A linha de montagem e a difusão da produção em massa também tiveram início nesse período.</p><p>Mudou o modelo do trabalho, que passou a separar o trabalho intelectual do trabalho de</p><p>massa.</p><p>TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INDÚSTRIA 3.0</p><p>OU REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-</p><p>INFORMACIONAL</p><p>Teve início após a Segunda Guerra Mundial, inicialmente nos Estados Unidos, no Japão e na</p><p>Alemanha e, posteriormente, se expandiu para o mundo todo.</p><p>Os avanços tecnológicos vividos no período da guerra passaram a abranger o campo da</p><p>ciência, integrando-o ao sistema produtivo.</p><p>Segundo Castells (2002), a Terceira Revolução Industrial nos apresentou os computadores de</p><p>uso pessoal, a tecnologia da informação e, mais tarde, nos anos 1990, a internet e as</p><p>plataformas digitais.</p><p>Fonte: Oleksandr Lysenko/Shutterstock.com</p><p>O avanço tecnológico provocou uma mudança na relação entre tempo e espaço, influenciou as</p><p>relações sociais e as relações entre o homem e o meio. Foram derrubadas barreiras físicas e</p><p>temporais em função da internet, e pessoas de culturas, tradições, línguas e história distintas</p><p>passaram a se falar instantaneamente.</p><p>A competitividade e a busca pelo lucro moldaram uma nova economia informacional, global e</p><p>em rede.</p><p>Fonte: shutting/Shutterstock.com</p><p>QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INDÚSTRIA 4.0</p><p>OU REVOLUÇÃO DIGITAL</p><p>Neste momento de nossa história, estamos vivendo a Quarta Revolução Industrial, um conceito</p><p>desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial.</p><p>De acordo com o Weforum (2016), Cingapura lidera o índice de preparo tecnológico, seguido</p><p>por Finlândia, Suécia, Noruega e Estados Unidos.</p><p>A Quarta Revolução Industrial é a transição em direção a novos sistemas eletrônicos, à</p><p>tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando essas tecnologias como base, a</p><p>Indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que combinam máquinas</p><p>com processos digitais.</p><p>Agora é a vez dos dispositivos inteligentes e conectados através de sensores − Internet das</p><p>Coisas ( IoT), gerando, processando e armazenando dados como nunca antes − Big Data,</p><p>somados a evoluções na área de Inteligência Artificial (IA) através do aprendizado de</p><p>máquinas, computação na nuvem, informática, impressão 3D, drones, biotecnologia,</p><p>blockchain, dentre outros.</p><p>javascript:void(0)</p><p>BLOCKCHAIN</p><p>Blockchain (ou “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia de registro distribuído que</p><p>visa à descentralização como medida de segurança. Sua função é criar um índice global</p><p>para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado, como um livro-</p><p>razão, mas de forma pública, compartilhada e universal. Desta forma, cria consenso e</p><p>confiança na comunicação direta entre duas partes, ou seja, sem o intermédio de</p><p>terceiros.</p><p>Fonte: Wikipedia</p><p>O desenvolvimento e a incorporação dessas inovações tecnológicas vêm mudando os modelos</p><p>de trabalho, as cadeias de produção industriais e o nosso próprio cotidiano.</p><p>A EVOLUÇÃO DA INTERNET</p><p>Desde a sua criação, a internet aponta para uma realidade hiperconectada, na qual nossa</p><p>existência não é mais passível de separação entre universos físicos e digitais.</p><p>A seguir, um pouco da história da internet:</p><p>ONDE TUDO COMEÇOU</p><p>No final da década de 1960, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por meio de sua</p><p>agência de pesquisa, a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) criou a</p><p>ARPANET, uma rede de computadores interconectados que se destinava a aplicações militares</p><p>e científicas. Essa rede deu início ao que se conhece atualmente por internet. Inicialmente, as</p><p>primeiras conexões realizadas pela ARPANET ocorreram entre instituições acadêmicas.</p><p>EXPANSÃO</p><p>Entre as décadas de 1970 e 1980, seu alcance foi ampliado para grande parte das instituições</p><p>de ensino dos Estados Unidos, interligando grupos de pesquisa de Ciência da Computação</p><p>aplicada. No começo da década de 1980, com o início da comercialização dos primeiros</p><p>computadores pessoais, houve um crescimento exponencial da utilização da internet como</p><p>ambiente digital tecnológico.</p><p>A CRIAÇÃO DA WORLD WIDE WEB</p><p>No final da década de 1980, o cientista Tim Berners-Lee − com os cientistas do CERN (Conseil</p><p>Européen pour la Recherche Nucléaire) − criou um protocolo eficiente para distribuição de</p><p>informação: a world wide web, o famoso www. O termo web simplificou a nomenclatura, mas</p><p>vale ressaltar que web em si não é a internet, ela é uma aplicação criada para</p><p>compartilhamento de arquivos (HTML, por exemplo). Para isto, ela se utiliza de:</p><p>(1) Navegadores (browsers como Internet Explorer, Safari e Chrome) como ferramentas de</p><p>acesso.</p><p>(2) Linguagens usadas para criar um website (HTML, CCS, JavaScript, entre outras).</p><p>(3) Servidor web, onde os arquivos ficam hospedados.</p><p>AS TRÊS GERAÇÕES DA INTERNET</p><p>Costuma-se dividir a web em três gerações:</p><p>Tecnologia da Informação as ações como roubo de</p><p>dados de consumidores, ataques a dados como arma de guerra entre empresas e espionagem</p><p>de dados por governos − crescem a cada dia.</p><p>FILTRO BOLHA</p><p>Essa concentração de dados sobre os usuários nas mãos de poucas empresas de alta</p><p>tecnologia e o uso de algoritmos para organizar, classificar e sugerir conteúdos – o chamado</p><p>“filtro bolha” – podem nos tirar a possibilidade de relacionamento com as pessoas diferentes de</p><p>nós, fazer descobertas ao acaso, descobrir novas informações.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. DE ACORDO COM ROGERS (2017), PODEMOS DESCREVER O BIG</p><p>DATA COMO:</p><p>A) Qualquer quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não</p><p>estruturados que podem fornecer algum tipo de informação.</p><p>B) Dados estruturados utilizados na avaliação e no gerenciamento de processos e nas</p><p>previsões e no planejamento em longo prazo.</p><p>C) Qualquer quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não</p><p>estruturados que circulam nas redes sociais.</p><p>D) Volume grande de dados que ficam disponíveis na internet e são armazenados na nuvem.</p><p>E) Volume exponencial apenas de dados estruturados, que podem ser convertidos em</p><p>informações valiosas, auxiliando, assim, tomadas de decisões.</p><p>2. COM RELAÇÃO ÀS TRÊS TENDÊNCIAS QUE EXPLICAM O</p><p>DIFERENCIAL DO BIG DATA, É CORRETO AFIRMAR QUE</p><p>javascript:void(0)</p><p>A) Não se identifica uma evolução acelerada na capacidade de gerenciamento e compreensão</p><p>desses dados.</p><p>B) Atualmente, apenas grandes empresas têm acesso ao armazenamento e análise dos dados</p><p>disponíveis para coleta.</p><p>C) Não há grande variedade de dados disponíveis atualmente para acesso das empresas.</p><p>D) Há um crescimento rápido de tipos variados de dados, que atualmente estão disponíveis</p><p>para as empresas em posts nas mídias sociais, imagens geradas por smartphones, sinais de</p><p>mapas e localização emitidos em tempo real, dados de sensores dos dispositivos conectados</p><p>(IoT).</p><p>E) Não é necessário tratar e normalizar os dados. Apesar do seu grande volume, sua natureza</p><p>é homogênea e padronizada.</p><p>GABARITO</p><p>1. De acordo com Rogers (2017), podemos descrever o Big Data como:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>O Big Data não é um conceito novo e já estava presente nas empresas, que utilizavam dados</p><p>na avaliação e no gerenciamento de processos e nas previsões e no planejamento em longo</p><p>prazo. Mas o surgimento da internet o impulsionou, dando uma nova dimensão para seu</p><p>volume e armazenamento. Rogers (2018) descreve o Big Data como qualquer quantidade</p><p>volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não estruturados que podem fornecer</p><p>algum tipo de informação.</p><p>2. Com relação às três tendências que explicam o diferencial do Big Data, é correto</p><p>afirmar que</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O crescimento rápido dos tipos de dados disponíveis para as empresas atualmente é uma das</p><p>três tendências que diferenciam o Big Data.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Conforme visto neste tema, as tecnologias vêm sendo introduzidas em velocidade exponencial.</p><p>A antiga internet 1.0, tal qual criada nos anos 1990 pelo físico Tim Berners-Lee, basicamente</p><p>formada por sites, ficou para trás com sua interatividade de mão dupla.</p><p>Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) e Big Data influenciam e impactam nossa</p><p>vida em sociedade e nossas relações no mundo dos negócios.</p><p>Para nós, usuários, a internet aliada às novas tecnologias traz conforto e agilidade para nosso</p><p>modelo de vida acelerado. É cada vez mais difícil não estar conectado a plataformas digitais e</p><p>dispositivos inteligentes.</p><p>Para as empresas, a Era Digital representa o futuro dos negócios, a possibilidade de inovar.</p><p>Um cenário cheio de oportunidades para gerar valor, entender e atender, da melhor forma, às</p><p>expectativas e necessidades dos clientes.</p><p>Por isso, é importante refletir sobre as questões éticas e morais que perpassam a internet, o</p><p>aprendizado das máquinas, os dispositivos conectados e os grandes volumes de dados</p><p>disponíveis nas redes nos dias atuais. Afinal, ainda não temos plena consciência dos</p><p>potenciais benefícios e riscos trazidos pela Era Digital.</p><p>FALA MESTRE</p><p>AI Aplicada aos Negócios</p><p>Sinopse: Maria Frastrone, pró-reitora IBMEC, e Fábio Coelho, presidente Google Brasil,</p><p>conversam sobre a aplicação da inteligência artificial aos negócios e o impacto social</p><p>consequentes desse processo.</p><p>Sinopse: Maria Frastrone, pró-reitora IBMEC, e Fábio Coelho, presidente Google Brasil,</p><p>conversam sobre a aplicação da inteligência artificial aos negócios e o impacto social</p><p>consequentes desse processo.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANALYTICS SOFTWARE & SOLUTIONS. Consultado em meio eletrônico em: 24 nov. 2020.</p><p>ASIMOV, I. Eu, Robô. São Paulo: Círculo do Livro, SD.</p><p>CASTELLS, M. A era da informação: Economia, sociedade e cultura. v. 1. São Paulo: Paz e</p><p>Terra, 1999.</p><p>GARTNER. Leading the IoT: Gartner insights on how to lead in a connected world. Consultado</p><p>em meio eletrônico em: 24 nov. 2020.</p><p>KEMP, S. Digital in 2018: World’s internet users pass the 4 billion mark. In: We are Social.</p><p>Publicado em: 30 jan 2018.</p><p>KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.</p><p>LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.</p><p>LUGER, G. F. Inteligência Artificial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.</p><p>MADAKAM, S.; TRIPATHI, S. Internet of Things (IoT): Aa literature review. In: Journal of</p><p>Computer and Communications. vol. 03, n. 5, 2015.</p><p>MAGRANI, E. A Internet das Coisas. Rio de Janeiro: FGV, 2018.</p><p>RECUERO, R. Redes sociais na internet. 2 ed. Porto Alegre: Salinas, 2011.</p><p>REID, K. 11 search statistics you need to know in 2020. Consultado em meio eletrônico em:</p><p>24 nov. 2020.</p><p>ROGERS, D. L. Transformação digital: Repensando o seu negócio para a era digital. São</p><p>Paulo: Autêntica Business, 2017.</p><p>SÁ, P. R. G. de; LIMA, V. M. Comunicação, planejamento e convergência das mídias. Rio</p><p>de Janeiro: FGV, 2018.</p><p>SINCLAIR, B. IoT: como usar a Internet das Coisas para alavancar seus negócios. São Paulo:</p><p>Autêntica, 2018.</p><p>TAURION, C. Big data. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.</p><p>WIKIPEDIA. RankBrain. Consultado em meio eletrônico em: 26 nov. 2020.</p><p>WIKIPEDIA. Usabilidade. Consultado em meio eletrônico em: 25 nov.2020.</p><p>WORLD ECONOMIC FORUM. Consultado em meio eletrônico em: 24 nov. 2020.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:</p><p>A quarta revolução industrial, de Klaus Martin Schwab.</p><p>Marketing e comunicação na era pós-digital: As regras mudaram, de Walter Longo.</p><p>O artigo How Netflix used big data to generate billions, SeleritySAS (em inglês).</p><p>Pesquise na internet:</p><p>Para acessar mais dados sobre a internet no Brasil, acesse os sites do IBGE e da Cetic.</p><p>Para conhecer a agenda brasileira para a Indústria 4.0, acesse o site Industria 4.0.</p><p>Assista:</p><p>Web 2.0 Expo NY 09: Tim O'Reilly − The O'Reilly Radar, para aprofundar seus</p><p>conhecimentos sobre web 2.0 (em inglês).</p><p>Para conhecer a agenda brasileira para a Indústria 4.0, acesse o site Industria 4.0.</p><p>Os filmes de ficção-científica Metrópolis (1927); Frankenstein (1931); 2001: Uma odisseia</p><p>no espaço (1968); Blade Runner: O caçador de androides (1982); A.I.: Inteligência</p><p>Artificial (2001) ; Matrix (1999); Eu, Robô (2004); Ela (2014); e Ex_Machina: Instinto</p><p>Artificial (2015).</p><p>Conheça um pouco da história de Alan Turing, matemático inglês que descobriu o</p><p>princípio fundamental do funcionamento dos computadores modernos, no filme O jogo da</p><p>imitação.</p><p>O documentário O dilema das redes, disponível na plataforma Netflix, propõe uma vasta</p><p>discussão sobre as questões éticas envolvendo a utilização e a manipulação de nossos</p><p>dados.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Flávia Barroso de Mello</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>WEB 1.0</p><p>Nessa primeira versão, os websites eram estáticos, não havia interação entre produtores e</p><p>consumidores de conteúdo (ready-only web). Mas vale ressaltar que foi a primeira vez que o</p><p>mundo teve acesso a uma quantidade tão grande e tão diversa de informações, de forma</p><p>gratuita.</p><p>Um exemplo são os primeiros sites de e-commerce que disponibilizavam seus catálogos online</p><p>apenas para ampliar o acesso dos consumidores.</p><p>WEB 2.0</p><p>A web evoluiu rapidamente e ganhou novas ferramentas que a tornaram mais dinâmica, dando</p><p>início à fase 2.0. Foi assim nomeada por Tim O’Reilly, da O´Reilly Media, em uma conferência,</p><p>em 2004. A web 2.0 é marcada pela interação, compartilhamento, colaboração e cocriação</p><p>constante entre usuários. Ou seja, nesse momento as conversas na internet são múltiplas e</p><p>simultâneas e não há mais um único dono do discurso. Esse novo paradigma comunicacional é</p><p>marcado pelo surgimento de plataformas Wiki, como a Wikipedia, redes sociais e blogs.</p><p>Na read-write web, agora surgem os prosumers: Quem só consumia também produz conteúdo.</p><p>E nesse mar de informações, os mecanismos de busca, como o Google, criado em 2004,</p><p>tornaram-se imprescindíveis.</p><p>De acordo com REID (2020), estima-se que atualmente o Google tenha uma média de 5,5</p><p>bilhões de buscas por dia, ou seja, mais de 63.000 buscas realizadas por segundo, com um</p><p>número de 8.910.000.000 de resultados disponíveis para acesso.</p><p>Ainda na década de 1990, surgiram as redes sociais, que elevaram a internet a um novo</p><p>patamar de usabilidade e interação entre milhões de usuários espalhados pelo globo.</p><p>WEB 3.0</p><p>Estamos a caminho do que se entende por web 3.0 ou web semântica, baseada em um</p><p>consumo de conteúdo mais inteligente e relevante, com o propósito de disponibilizar o acesso</p><p>às informações mais alinhado aos interesses e hábitos dos usuários.</p><p>A web 3.0 foi assim nomeada pelo jornalista John Markoff, do The New York Times, com base</p><p>na evolução do termo web 2.0, e é marcada pelo uso da internet para cruzamento de dados e</p><p>pela conexão não só de pessoas, mas de objetos que interagem com pessoas e também com</p><p>outros objetos.A web 3.0 foi assim nomeada pelo jornalista John Markoff, do The New York</p><p>Times, com base na evolução do termo web 2.0, e é marcada pelo uso da internet para</p><p>cruzamento de dados e pela conexão não só de pessoas, mas de objetos que interagem com</p><p>pessoas e também com outros objetos.</p><p>USABILIDADE</p><p>Usabilidade é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas podem</p><p>empregar uma ferramenta ou um objeto a fim de realizar uma tarefa específica e</p><p>importante. A usabilidade pode também se referir aos métodos de mensuração da</p><p>usabilidade e ao estudo dos princípios por trás da eficiência percebida de um objeto</p><p>Fonte: Wikipedia</p><p>A seguir, as principais diferenças entre a web 1.0, 2.0 e 3.0:</p><p>web 1.0 web 2.0 web 3.0</p><p>usuários empresas/milhares</p><p>de usuários</p><p>comunidades</p><p>virtuais/bilhões de</p><p>sistema virtual,</p><p>realidades mistas</p><p>javascript:void(0)</p><p>usuários − pessoas e</p><p>objetos</p><p>interação</p><p>individual, a partir</p><p>de uma lista de</p><p>amigos</p><p>compartilhamento nas</p><p>redes sociais na</p><p>internetcompartilhamento</p><p>nas redes sociais na</p><p>internet</p><p>Inteligência</p><p>Artificial</p><p>viabilizando</p><p>distribuição e</p><p>compartilhamento</p><p>de conteúdo</p><p>personalizado</p><p>participação</p><p>do usuário</p><p>leitura escrita e leitura</p><p>internet pessoal</p><p>portátil</p><p>aplicações</p><p>centralização nas</p><p>organizações, com</p><p>sites institucionais</p><p>descentralização e</p><p>participação do público,</p><p>com blogs e mídias</p><p>sociais</p><p>personalização</p><p>através de busca</p><p>semântica</p><p>conteúdos</p><p>portais de</p><p>informação, sites</p><p>institucionais</p><p>estáticos</p><p>plataformas, conteúdo</p><p>orgânico, com pessoas</p><p>conectadas em</p><p>comunidades virtuais</p><p>experiência</p><p>personalizada em</p><p>sistema virtual e</p><p>realidades</p><p>mistas, com</p><p>pessoas,</p><p>conteúdos e</p><p>objetos.</p><p>comunicação unilateral multilateral multilateral</p><p>publicidade banners interativa comportamental</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p>PANORAMA DA INTERNET NO BRASIL E</p><p>NO MUNDO</p><p>A internet continua crescendo, no Brasil e no mundo. É, sem dúvida, com as tecnologias de</p><p>comunicação, a responsável pelas grandes mudanças sociais, econômicas e culturais pelas</p><p>quais estamos passando. Inclusive pelas nossas relações com empresas e organizações das</p><p>mais variadas naturezas.</p><p>INTERNET NO MUNDO</p><p>Atualmente, aproximadamente quatro bilhões de pessoas têm acesso à internet no mundo. O</p><p>Cisco Annual Internet Report (2020) traz as projeções para 2023 e dimensionam a presença</p><p>digital em nossas vidas:</p><p>Fonte: fizkes/Shutterstock.com</p><p>Serão 5,3 bilhões de usuários de internet, quase 66% da população global.</p><p>Mais de 70% da população mundial, 5,7 bilhões de pessoas, terá conectividade móvel</p><p>(2G, 3G, 4G ou 5G).</p><p>Haverá 3,6 dispositivos/conexões em rede por pessoa, e quase 10 dispositivos e</p><p>conexões por residência.</p><p>Quase metade (47%) desses dispositivos e conexões suportarão vídeo.</p><p>As conexões máquina a máquina (M2M) com suporte para uma ampla gama de</p><p>aplicações de Internet das Coisas (IoT) representarão cerca de 50% (14,7 bilhões) do</p><p>total mundial de dispositivos e conexões.</p><p>Fonte: Cisco Annual Internet Report</p><p>Fonte: Anton Balazh/Shutterstock.com</p><p>INTERNET NO BRASIL</p><p>Veja agora as mesmas projeções para o Brasil, até 2023:</p><p>199,8 milhões de usuários totais da internet (92% da população).</p><p>181,1 milhões de usuários móveis totais (84% da população).</p><p>Haverá 199,8 milhões de usuários totais da internet (92% da população).</p><p>Serão 181,1 milhões de usuários móveis totais (84% da população).</p><p>4% de todos os dispositivos em rede terão conexão móvel até 2023 e 56% serão</p><p>conectados ou conectados via Wi-Fi.</p><p>Fonte: Cisco Annual Internet Report</p><p> COMENTÁRIO</p><p>O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação</p><p>(Cetic) realiza, anualmente, a pesquisa TIC Domicílios, uma das principais do Brasil.</p><p>A pesquisa afere dados sobre a posse, a utilização, o acesso e os hábitos do brasileiro em</p><p>relação às tecnologias da informação e comunicação.</p><p>A seguir, dados referentes ao Brasil, disponíveis na TIC Domicílios de 2019.</p><p>Vale destacar que cada pesquisa possui um método de coleta e análise de dados, o que pode,</p><p>eventualmente, gerar números de usuários diferentes.</p><p>134 milhões de usuários de internet (74% da população).</p><p>Domicílios na área rural com internet passam dos 50%.</p><p>Atividades de comunicação são as mais comuns, com crescimento de chamadas por voz</p><p>ou vídeo (73%).</p><p>Apenas um terço (33%) realiza atividades de trabalho pela internet.</p><p>39% compraram pela internet nos últimos 3 meses.</p><p>Do total de usuários, as principais atividades multimídia realizadas na internet são:</p><p>Assistir a vídeos, programas, filmes ou séries (74%); ouvir música (72%); ler jornais</p><p>revistas ou acessar notícias (56%); jogar pela internet (37%); ouvir podcasts (13%).</p><p>27% da população total criou e postou conteúdos próprios na internet.</p><p>Fonte: Pesquisa TIC Domicílios.</p><p>Nesse ambiente dinâmico e com um volume gigantesco de informações e interações, não é</p><p>mais aceitável que uma empresa fique alheia à evolução do mercado, das preferências de seus</p><p>consumidores e das melhores práticas para relacionamento com seus públicos de interesse.</p><p>A internet e as tecnologias da comunicação são fundamentais para as empresas nesse</p><p>processo.</p><p>IMPACTO DAS TRANSFORMAÇÕES</p><p>DIGITAIS PARA AS ESTRATÉGIAS DAS</p><p>EMPRESAS</p><p>Depois de conhecer um pouco do cenário atual da internet no Brasil e no mundo, talvez surja o</p><p>questionamento:</p><p>QUAL É O IMPACTO DE TODO ESSE</p><p>ECOSSISTEMA DIGITAL NAS PRÁTICAS E</p><p>ROTINAS DAS ORGANIZAÇÕES?</p><p>Levando em conta, ainda, que todas as atividades de uma organização são atos de</p><p>comunicação e de construção de valor, tanto para o público interno quanto para o externo,</p><p>identificamos cinco dimensões que fundamentam a transformação digital e, consequentemente,</p><p>impactam em suas estratégias:</p><p>Fonte: Aisyah Az Zahra/Shutterstock.com</p><p>CONSUMIDORES</p><p>Fonte: bioraven/Shutterstock.com</p><p>CONCORRENTES</p><p>Fonte: Pensiri/Shutterstock.com</p><p>DADOS</p><p>Fonte: Vectorr Icon/Shutterstock.com</p><p>INOVAÇÃO</p><p>Fonte: eViola/Shutterstock.com</p><p>VALOR</p><p>Fonte: Adaptado de Rogers, 2017.</p><p>A partir dessas cinco dimensões, as tecnologias digitais estão redefinindo as premissas dos</p><p>modelos de negócios e práticas de marketing, o que pressupõe que os gestores devem estar</p><p>atentos às novas dinâmicas do mercado.</p><p>O quadro a seguir mostra os principais desafios e as premissas que devem ser consideradas</p><p>no processo de transformação digital dos negócios:</p><p>De Para</p><p>Consumidores</p><p>Consumidores como um</p><p>mercado de massa.</p><p>Comunicação de massa é</p><p>a utilizada.</p><p>A empresa é a principal</p><p>influenciadora de</p><p>Os consumidores como</p><p>uma rede dinâmica de</p><p>relações.</p><p>Comunicação é</p><p>multilateral.</p><p>Os consumidores são os</p><p>influenciadores e</p><p>marketing para a</p><p>persuasão de compra.</p><p>Dinâmica unilateral de</p><p>criação de valor.</p><p>Lucros pela escala.</p><p>advogados de marca.</p><p>Dinâmica recíproca de</p><p>criação de valor.</p><p>Lucros pela satisfação.</p><p>Concorrentes</p><p>Concorrentes de uma</p><p>mesma indústria.</p><p>Concorrentes claramente</p><p>identificados.</p><p>Concorrência como um</p><p>jogo de “soma zero”.</p><p>Os recursos de maior</p><p>valor estão dentro das</p><p>empresas.</p><p>Produtos com atributos e</p><p>benefícios únicos.</p><p>Concentração de</p><p>mercado em poucos</p><p>concorrentes.</p><p>Concorrentes em</p><p>diversas indústrias.</p><p>Falta de separação clara</p><p>entre parceiros e</p><p>concorrentes.</p><p>Cooperação entre</p><p>concorrentes em</p><p>determinadas áreas.</p><p>Os recursos de maior</p><p>valor estão nas redes</p><p>fora das empresas.</p><p>Plataformas de negócio</p><p>com parceiros para gerar</p><p>valor.</p><p>Maior simetria na</p><p>competição dada a</p><p>lógica de rede.</p><p>Dados</p><p>Aquisição e tratamento de</p><p>dados onerosos.</p><p>Dados gerados em todos</p><p>os ambientes – dentro e</p><p>O desafio é o</p><p>armazenamento e</p><p>manipulação.</p><p>Uso apenas de dados</p><p>estruturados.</p><p>Os dados são utilizados</p><p>somente em algumas</p><p>áreas da empresa.</p><p>Os dados são vistos</p><p>como uma ferramenta</p><p>para aumento de</p><p>efetividade operacional.</p><p>fora da empresa.</p><p>O desafio é transformar</p><p>o dado em informação.</p><p>Dados não estruturados</p><p>são a base para as</p><p>discussões.</p><p>O valor dos dados está</p><p>na utilização por toda a</p><p>empresa.</p><p>Os dados são fontes de</p><p>criação de valor.</p><p>Inovação</p><p>Decisões baseadas em</p><p>intuição e senioridade.</p><p>Teste de ideias e</p><p>conceitos é oneroso, lento</p><p>e difícil.</p><p>Baixa frequência na</p><p>realização de</p><p>experimentos conduzidos</p><p>por especialistas.</p><p>O desafio é encontrar a</p><p>solução correta.</p><p>A falha é evitada a todo</p><p>custo.</p><p>Decisões baseadas em</p><p>testes e validações.</p><p>Testar é fácil, rápido e</p><p>barato.</p><p>Alta frequência na</p><p>condução de</p><p>experimentos por</p><p>qualquer profissional.</p><p>O desafio é resolver o</p><p>problema certo.</p><p>Os erros são</p><p>considerados</p><p>aprendizados.</p><p>O foco é no produto final. O foco é no protótipo e</p><p>melhoria contínua após</p><p>lançamento no mercado.</p><p>Valor</p><p>A proposição de valor é</p><p>definida pela indústria.</p><p>Realização da proposição</p><p>de valor.</p><p>Otimização do modelo de</p><p>negócios o quanto antes.</p><p>Gestores são trocados</p><p>em função da oferta atual.</p><p>O sucesso no mercado</p><p>promove complacência.</p><p>A proposição de valor é</p><p>definida pelas</p><p>necessidades e desejos</p><p>dos consumidores.</p><p>Descoberta da próxima</p><p>necessidade ou desejo</p><p>do consumidor.</p><p>Evoluir antes do</p><p>necessário para se</p><p>manter relevante e</p><p>único.</p><p>Gestores são</p><p>direcionados para a</p><p>criação de novos</p><p>negócios.</p><p>Apenas os mais</p><p>proativos sobrevivem.</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Fonte: Adaptado de Rogers ,2017.</p><p>Como será apresentado nos módulos seguintes, tecnologias como a Inteligência Artificial, a</p><p>Internet das Coisas e o Big Data estão diretamente relacionadas à inovação, à solução de</p><p>problemas e à geração de valor e vantagem competitiva para as empresas.</p><p>Fica claro, então, que transformação digital tem a ver mais com estratégia e inovação do que</p><p>com tecnologia.</p><p>PARA REFLETIR</p><p>Não há dúvidas de que a transformação digital afetou não só a nossa vida, como a dinâmica de</p><p>negócios para organizações de todos os tamanhos e setores de atividade. Mas é preciso</p><p>pensar sobre as questões do ciberespaço que o tornam um ambiente vulnerável.</p><p>No final de 2019, o criador da web, Tim Berners-Lee, apresentou o “Contract for the web”</p><p>(“Contrato para a rede”), de sua ONG, a World Wide Web Foundation.</p><p>Com uma série de boas práticas online para governos, indivíduos e organizações, a proposta</p><p>do documento é lutar contra cyberbullying, fake news, manipulações e melhorar a privacidade</p><p>na rede, ao mesmo tempo em que propõe a garantia do acesso global e irrestrito à internet.</p><p>A iniciativa não é uma solução para as questões éticas e morais relacionadas ao uso da</p><p>internet, mas representa um importante passo para que essas discussões sejam ampliadas e</p><p>ganhem força globalmente, ajudando a transformar a internet em um lugar mais inclusivo.</p><p>Fonte: Ekaphon maneechot/Shutterstock.com</p><p>A INTERNET E AS TECNOLOGIAS DA</p><p>COMUNICAÇÃO SÃO FUNDAMENTAIS</p><p>NESSE PROCESSO</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REPRESENTA:</p><p>A) A transição em direção a novos sistemas tecnológicos automatizados que combinam</p><p>máquinas com processos digitais.</p><p>B) A evolução dos computadores de uso pessoal, o crescimento da tecnologia da informação e</p><p>o surgimento da internet e das plataformas digitais.</p><p>C) Uma mudança na relação entre tempo e espaço, que influenciou as relações sociais e as</p><p>relações entre o homem e o meio.</p><p>D) Uma mudança no modelo do trabalho, que passou a separar o trabalho intelectual do</p><p>trabalho de massa.</p><p>E) A expansão da cadeia de valor, agregando novas metodologias em seus processos</p><p>organizacionais.</p><p>2. LEVANDO EM CONTA O IMPACTO DO ECOSSISTEMA DIGITAL NAS</p><p>PRÁTICAS E ROTINAS DAS ORGANIZAÇÕES, PODEMOS CONSIDERAR</p><p>CINCO DIMENSÕES QUE ESTÃO REDEFININDO AS PREMISSAS DOS</p><p>MODELOS DE NEGÓCIOS E PRÁTICAS DE MARKETING. SÃO ELAS:</p><p>A) Consumidores, plataformas digitais, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data</p><p>B) Dados, inovação, interação, compartilhamento, colaboração</p><p>C) Consumidores, concorrentes, dados, inovação, valor</p><p>D) Concorrentes, consumidores, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data.</p><p>E) Dados, plataformas digitais, Internet das Coisas, interação, valor</p><p>GABARITO</p><p>1. A Quarta Revolução Industrial representa:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A Quarta Revolução Industrial representa a transição em direção a novos sistemas eletrônicos,</p><p>tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando essas tecnologias como base, a</p><p>Indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que combinam máquinas</p><p>com processos digitais.</p><p>2. Levando em conta o impacto do ecossistema digital nas práticas e rotinas das</p><p>organizações, podemos considerar cinco dimensões que estão redefinindo as premissas</p><p>dos modelos de negócios e práticas de marketing. São elas:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>As cinco dimensões que estão redefinindo as premissas dos modelos de negócios e práticas</p><p>de marketing a partir da transformação digital são: Consumidores, concorrentes, dados,</p><p>inovação e valor. Elas impõem novos desafios e premissas que devem ser consideradas no</p><p>processo de transformação digital.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de consumidores</p><p>e organizações</p><p>O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>O QUE É INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>Essa é, sem dúvida, um dos pilares da transformação digital.</p><p>Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) (ou AI (Artificial Intelligence) ) pode ser</p><p>definida como um campo da Ciência da Computação destinado à automação do</p><p>comportamento inteligente.</p><p>Ou seja, a IA – como chamaremos a Inteligência Artificial daqui para frente – busca criar</p><p>mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres humanos: Aprendam,</p><p>percebam e decidam, diante de uma determinada situação, quais caminhos seguir, de forma</p><p>racional. Tudo isso baseado em padrões enormes de Big Data.</p><p>ENTÃO, SEREMOS CAPAZES DE REPLICAR A</p><p>NÓS MESMOS? OU NOSSA INTELIGÊNCIA É UM</p><p>FENÔMENO ÚNICO E ORIGINAL NO UNIVERSO?</p><p>O homem ainda não foi capaz de reproduzir</p><p>um mecanismo totalmente semelhante ao cérebro,</p><p>com as células e as ligações nervosas que existem entre elas.</p><p>Por isso, a imitação que podemos obter é apenas aproximada. Ou seja, os pesquisadores da</p><p>IA conseguem replicar programas computacionais que imitam nossa capacidade de raciocinar,</p><p>de perceber o mundo e, até mesmo, que sejam capazes de falar e compreender a nossa</p><p>linguagem. Mas eles ainda dependem da alimentação de dados feita pelas mãos humanas.</p><p>QUAL É A ORIGEM DA IA?</p><p>Apesar de ter uma recente popularização na mídia, o interesse do homem por criar autômatos</p><p>que agissem e pensassem à sua semelhança é antigo.</p><p>A profusão de películas para o cinema que abordaram esse tema evidenciam essa fascinação</p><p>e trouxeram o eterno conflito homem versus máquina, em que robôs, computadores e</p><p>programas computacionais agem ora para nos ajudar, ora para destruir a humanidade.</p><p>Ainda no século XVII, por exemplo, Gottfried Wilhelm von Leibniz concluiu uma máquina</p><p>funcional que ficou conhecida como Roda de Leibniz, que integrava um tambor e uma</p><p>manivela que impulsionavam as rodas e os cilindros para realização de operações complexas</p><p>de multiplicação e divisão.</p><p>Fonte: pathdoc/Shutterstock.com</p><p>javascript:void(0)</p><p>RODA DE LEIBNIZ</p><p>Fonte:Wikipedia</p><p>Mas a IA como campo de pesquisa consolidou-se a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-</p><p>1945). Em um encontro conhecido como o Simpósio de Hixon, nos Estados Unidos, ao final da</p><p>guerra, pesquisadores apresentaram suas descobertas acerca de mecanismos que imitavam</p><p>ações humanas e estudos desenvolvidos sobre o cérebro. As décadas seguintes foram de</p><p>grande desenvolvimento.</p><p>Veja alguns marcos importantes para os avanços da IA:</p><p></p><p>DÉCADA DE 1950</p><p>O matemático inglês Alan Turing descobriu o princípio fundamental do funcionamento dos</p><p>computadores modernos, desenvolvendo uma forma de avaliar se uma máquina consegue se</p><p>passar por um humano em uma conversa por escrito. Esse experimento é conhecido como o</p><p>Teste de Turing.</p><p>DÉCADA DE 1960</p><p>É criado O DOCTOR, um programa de computador capaz de imitar um psicanalista, que</p><p>analisava frases e respondia utilizando a máquina de escrever.</p><p></p><p></p><p>DÉCADA DE 1980</p><p>Edward Feigenbaum propôs softwares que realizam atividades complexas de um campo,</p><p>fazendo o papel de humanos, mas com velocidade de raciocínio e base de dados bem mais</p><p>vasta. Assim se deu a aproximação da IA do mercado corporativo, que percebeu a utilidade de</p><p>programas de computador inteligentes e direcionados.</p><p>DÉCADA DE 2000</p><p>A DARPA (parte do departamento de defesa dos EUA) criou os primeiros assistentes pessoais</p><p>inteligentes, muito antes da voz Siri, da Apple, ou Alexa, da Amazon, começarem a fazer parte</p><p>do nosso dia a dia.</p><p></p><p>CAMPOS DE ESTUDOS DA IA</p><p>A IA pode ser dividida em:</p><p>WEAK AI (IA FRACA)</p><p>Dispositivos capazes apenas de raciocinar e tomar decisões baseadas em programações</p><p>prévias pelo modelo IFTTT (if this then that – se isso, então aquilo).</p><p>Na Weak AI, não há vontades da máquina, uma vez que o conhecimento da IA depende do</p><p>fator humano.</p><p>STRONG AI (IA FORTE)</p><p>A IA chamada de forte discute a criação de computadores capazes de autoconsciência e que</p><p>possam pensar nos mesmos moldes que um humano.</p><p>Aqui, será possível que, por exemplo, o sistema escreva uma poesia não apenas pela</p><p>composição das palavras, mas pela intenção de construção de significados em uma dada</p><p>cultura, da mesma maneira que um humano o faz. Nesse cenário, a IA atingiria o estado que é</p><p>chamado de singularidade.</p><p>Atualmente, a IA disponível para nosso uso se encontra no estágio de fraca (Weak AI).</p><p>Os bots rodam uma série de rotinas previstas pelos programadores para fundamentar e</p><p>alimentar o aprendizado contínuo da IA.</p><p>Lembrando que os bots são alimentados por uma programação de dados feita por um ser</p><p>humano, pois, como já mencionamos, os dispositivos de IA não têm capacidade de autonomia</p><p>e nem independência do fator humano.</p><p>Ensinar os computadores a pensar, porém, não é tão simples assim. A SAS, empresa</p><p>americana pioneira em Business Intelligence, descreve a IA como um campo de estudo vasto e</p><p>complexo, englobando diversas teorias, métodos de desenvolvimento e tecnologias, e está</p><p>baseada em três pilares:</p><p>javascript:void(0)</p><p>BOTS</p><p>Programas de computador criados para rodar pela internet realizando tarefas repetitivas e</p><p>automatizadas</p><p>MACHINE LEARNING (APRENDIZADO DE MÁQUINA)</p><p>DEEP LEARNING (APRENDIZAGEM PROFUNDA)</p><p>COMPUTAÇÃO COGNITIVA</p><p>MACHINE LEARNING (APRENDIZADO DE MÁQUINA)</p><p>De maneira simplificada, é o processo de coletar dados de naturezas diversas, aprender com</p><p>eles e, com isso, determinar uma ação ou realizar uma predição sobre um evento.</p><p>DEEP LEARNING (APRENDIZAGEM PROFUNDA)</p><p>Pode ser compreendido como um método para a implementação do machine learning. Em</p><p>essência, é pautado por um aprendizado baseado em redes neurais, que podem ser</p><p>compreendidas como um tipo de algoritmo para ganho de conhecimento sobre algo. Os</p><p>sistemas do Google Translate e Cortana (assistente da Microsoft) são baseados em deep</p><p>learning.</p><p>COMPUTAÇÃO COGNITIVA</p><p>Tratado como um subcampo da IA, objetiva a melhoria da interação entre pessoas e máquinas.</p><p>Aqui, a ideia é que, a cada interação entre as partes, o sistema aprenda e melhore a</p><p>interpretação do que é falado, como no caso da BIA, o sistema utilizado pelo Banco Bradesco</p><p>no aplicativo para atendimento dos seus clientes.</p><p>A IA JÁ ESTÁ ENTRE NÓS</p><p>TODOS OS ASPECTOS DAS NOSSAS VIDAS SERÃO</p><p>TRANSFORMADOS, E ISSO PODE SER O MAIOR</p><p>EVENTO NA HISTÓRIA DA NOSSA CIVILIZAÇÃO”.</p><p>HAWKING, 2011</p><p>Nessa frase, o brilhante físico e cientista Stephen Hawking profetizava o futuro da IA. Ainda</p><p>não chegamos lá, mas ela está evoluindo rápido, tornando-se cada vez mais presente em</p><p>nossas vidas e se expandindo para diferentes setores do trabalho e dos negócios.</p><p>É possível, por exemplo, que você já esteja utilizando dispositivos e plataformas de IA sem</p><p>nem mesmo ter percebido. Veja só:</p><p>Já experimentou procurar fotos a partir de objetos e situações específicas no Google</p><p>Fotos, como “abraços”, “cores”, “árvore”? E aqueles GIFs, montagens ou efeitos nas fotos</p><p>sugeridas pelo aplicativo? Isso é IA.</p><p>Sabe aquele texto em inglês que você não estava conseguindo traduzir e colocou no</p><p>Google Tradutor? Isso é IA.</p><p>Já consultou seu feed do Facebook hoje? Atualizações de status, fotos, vídeos, links,</p><p>atividades do aplicativo e curtidas de pessoas, páginas e grupos que você segue no</p><p>Facebook. Isso é IA.</p><p>Sabe quando você visita o site de uma empresa e uma janela pop-up surge no canto da</p><p>tela, colocando-se à disposição para tirar dúvidas? Isso é IA.</p><p>A APLICAÇÃO DA IA NAS ORGANIZAÇÕES</p><p>A IA tem evoluído para fornecer diversos benefícios específicos para todas as indústrias.</p><p>As aplicações da IA nas empresas são variadas e, sem dúvida, de alto impacto, tanto no</p><p>processo de criação e captura de valor como no processo de tomada de decisão − desde o</p><p>lançamento de produtos, passando pelo seu abastecimento nas lojas, até o relacionamento</p><p>com os clientes.</p><p>De fato, as ferramentas de IA disponíveis para aplicação em estratégias de negócios estão</p><p>cada vez mais eficientes e ajudam a transformar a jornada de compras de cada cliente em uma</p><p>experiência praticamente única e exclusiva. Os consumidores, porém, estão mais exigentes e</p><p>esperam mais das empresas, que precisam se adequar para conquistá-los.</p><p>O consumidor 3.0 é um desafio para as organizações:</p><p>Bem informado.</p><p>Está sempre conectado.</p><p>Preza pelo conforto em suas experiências de compra.</p><p>Exige ser bem atendido, com eficiência e agilidade.</p><p>Está disposto a pagar mais, caso perceba valor.</p><p>Tem como hábito pesquisar, comparar preços e consultar outras pessoas por meio das</p><p>redes sociais.</p><p>Na loja física, já entra conectado ao celular, sabendo que ali irá encontrar uma</p><p>determinada marca e modelo do produto que deseja, sabendo suas principais</p><p>características e com uma boa noção de preço.</p><p>Fonte: Chaay_Tee/Shutterstock.com</p><p>Veja como a IA pode ser aplicada para agregar valor para o cliente:</p><p>Perfil do consumidor e comportamento do consumidor</p><p>Mapear o comportamento dos consumidores e prever suas próximas ações já é possível</p><p>rastreando praticamente todos os seus passos pela rede. Dados de navegação em lojas online</p><p>ou nas redes sociais podem mostrar que tipo de anúncios e páginas o cliente já visitou, por</p><p>exemplo. Combinando a base de dados própria e as bases de dados da internet, as empresas</p><p>trabalham com mais precisão de resultados, conseguindo classificar seus clientes em clusters,</p><p>monitorar seu comportamento e até mesmo − através de análises preditivas − identificar</p><p>quando estarão mais propensos a mudar seus hábitos de consumo. Assim é possível, por</p><p>exemplo, disparar uma campanha de marketing personalizada.</p><p>Transformação da jornada do cliente</p><p>A Inteligência Artificial é uma das principais responsáveis por transformar a jornada de compras</p><p>do cliente em algo único. Através do conhecimento do perfil e do comportamento do</p><p>consumidor, é possível às empresas gerar uma abordagem mais personalizada, como em</p><p>ações de:</p><p>MARKETING PROGRAMADO</p><p>Anúncios programados para oferecer exatamente aquele produto que o cliente estava</p><p>procurando, naquele momento, através de uma pesquisa relacionada − feita pelo cliente ou por</p><p>algoritmos de IA que calculam corretamente os fatores demográficos da sua região.</p><p>CURADORIA E RECOMENDAÇÕES PERSONALIZADAS</p><p>Através de soluções de IA, é possível acompanhar as compras dos clientes e,</p><p>consequentemente, seus gostos, oferecendo, assim, recomendações personalizadas de</p><p>compras. O sistema de recomendações da Netflix, por exemplo, usa os dados de consumo dos</p><p>usuários como base para sugerir programas.</p><p>OTIMIZAÇÃO DA NAVEGAÇÃO EM AMBIENTES</p><p>VIRTUAIS (E-COMMERCE)</p><p>A IA pode ser utilizada para guiar a própria jornada de compras no ambiente virtual. Se o</p><p>cliente tem preferência por agilidade, o botão de compra pode estar sempre disponível, por</p><p>exemplo.</p><p>MELHORA DO POSICIONAMENTO DE SITES</p><p>O Google consegue entender melhor o que os usuários estão tentando localizar em suas</p><p>buscas através de um sistema de Inteligência Artificial denominado RankBrain.</p><p>RANKABRAIN</p><p>O RankBrain é um algoritmo de mecanismo de pesquisa baseado em aprendizado de</p><p>máquina, cuja utilização foi confirmada pelo Google em 26 de outubro de 2015. Ajuda o</p><p>Google a processar resultados de pesquisa e fornecer resultados de pesquisa mais</p><p>relevantes para os usuários.</p><p>Fonte: Wikipedia</p><p>Isso contribui para melhorar a otimização de sites e o conjunto de estratégias, com o objetivo</p><p>de potencializar e melhorar o posicionamento de um site (SEO − Search Engine Optimization)</p><p>nas páginas de resultados nos sites de busca.</p><p>PREÇO DINÂMICO</p><p>javascript:void(0)</p><p>Os preços flutuantes das passagens de avião ou a tarifa dinâmica do Uber, que varia de acordo</p><p>com horário e dia em que o cliente utiliza o serviço, são calculados graças ao machine learning.</p><p>Essas ferramentas permitem determinar um preço dinâmico, com base em fatores diversos,</p><p>entre eles:</p><p>Análise da concorrência.</p><p>Comportamento do consumidor.</p><p>Período do ano.</p><p>Giro de mercadorias.</p><p>Nível do estoque.</p><p>Margem de lucro.</p><p>ATENDIMENTO AO CLIENTE PERSONALIZADO</p><p>O chatbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano ao conversar com</p><p>pessoas. Ou seja, estamos falando de um robô virtual que dá informações, tira dúvidas e</p><p>automatiza algumas etapas do atendimento ao cliente. Um dos mais populares chatbots do</p><p>varejo no Brasil é a Lu, do Magazine Luiza. Utilizando deep learning, ela consegue entender a</p><p>linguagem natural, compreender gírias e até mesmo erros de português. A Lu está à disposição</p><p>dos clientes 24h por dia, 7 dias por semana, está diretamente integrada aos dados da empresa</p><p>e o cliente pode consultá-la diretamente, não dependendo de interface humana para consulta.</p><p>RETENÇÃO DE CLIENTES</p><p>Um exemplo é o chamado pop-up de retenção. Durante uma navegação para uma compra,</p><p>uma IA coleta dados das pesquisas do cliente. Ao fechar o pedido, a página dispara um pop-up</p><p>em sua tela com uma foto do produto com um valor promocional ou um cupom de desconto</p><p>com uma contagem regressiva. Ou seja, é uma promoção vinculada ao carrinho de compras</p><p>com o objetivo de estimular o cliente a fechar a compra.</p><p>OMNICHANNEL</p><p>A IA tem um impacto positivo de ponta a ponta na cadeia de suprimentos. Seu funcionamento é</p><p>todo voltado à otimização dos processos, desde sistemas de reabastecimento autônomos até</p><p>softwares que calculam com precisão o momento de disparar um novo pedido.</p><p>Para otimizar estoques, por exemplo, a IA é utilizada na captura de dados do consumo real das</p><p>lojas e propõe o reabastecimento de acordo com a demanda, indicando a quantidade de</p><p>produtos que deve ser comprada ou distribuída, especificando por cada item e loja.</p><p>PARA REFLETIR</p><p>Em sua obra clássica da ficção científica –Eu, Robô −, Isaac Asimov, considerado um dos</p><p>maiores escritores desse gênero literário da história, criou as Três Leis da Robótica, que</p><p>serviram como base para outras obras de ficção e, em algumas circunstâncias, até para a</p><p>realidade. São elas:</p><p>1ª</p><p>Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra</p><p>algum mal.</p><p>2ª</p><p>Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais</p><p>ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.</p><p>3ª</p><p>Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito</p><p>com a Primeira ou a Segunda Lei.</p><p>Alguns cientistas defendem que o medo que a humanidade tem dos robôs é infundado e</p><p>construído, entre outras coisas, pelos estereótipos criados pela literatura sobre robótica e</p><p>Inteligência Artificial.</p><p>Mas, tratando da realidade, segundo o We Forum (2016), há, sim, desafios éticos e morais que</p><p>se impõem ao desenvolvimento da IA e que precisam ser discutidos e considerados pelos</p><p>governantes e pela sociedade:</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>DESEMPREGO</p><p>DESIGUALDADE ECONÔMICA</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS</p><p>LIMITES DA APRENDIZAGEM DAS MÁQUINAS</p><p>DESEMPREGO</p><p>Há uma automação crescente das atividades (estima-se que 45% dos empregos que existem</p><p>atualmente serão automatizados em apenas 20 anos) e máquinas já estão migrando, inclusive,</p><p>para trabalhos cognitivos e estratégicos.</p><p>DESIGUALDADE ECONÔMICA</p><p>Como distribuir a riqueza criada pelas máquinas?</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>Não existe uma legislação com regras para a IA. Quem reponde por acidente causado por um</p><p>carro autônomo, por exemplo? O dono do carro ou a empresa de tecnologia?</p><p>SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS</p><p>Os dados serão coletados indistintamente? Como serão armazenados?</p><p>LIMITES DA APRENDIZAGEM DAS MÁQUINAS</p><p>Quem determinará os limites de aprendizado de uma IA? Como ensinar ética e moral a uma</p><p>máquina?</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. SEGUNDO LUGER (2013), A IA (INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL) PODE SER</p><p>DEFINIDA COMO:</p><p>A) Um campo da Ciência da Computação destinado a reproduzir um mecanismo totalmente</p><p>semelhante ao cérebro, com células e ligações nervosas que permitem máquinas a pensarem</p><p>como seres humanos, sem depender da alimentação de dados pelos mesmos.</p><p>B) Um campo da Ciência da Computação destinado a criar máquinas autônomas, que não</p><p>dependem da alimentação de dados pelas mãos humanas.</p><p>C) Um campo da ciência destinado a produzir programas computacionais que imitam nossa</p><p>capacidade de raciocinar, de perceber o mundo e, até mesmo, de falar e compreender a nossa</p><p>linguagem, que não são baseados e alimentados por padrões de Big Data.</p><p>D) Um campo da Ciência da Computação destinado à automação do comportamento</p><p>inteligente, que busca criar mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres</p><p>humanos, baseados e alimentados por padrões de Big Data.</p><p>E) Um campo da Ciência da Computação destinado a buscar autonomia dos agentes</p><p>mecânicos a partir da inserção de linhas de comando, programaticamente estruturadas − as</p><p>quais viabilizam estes agentes a raciocinar e tomar decisões independentes de estímulos</p><p>externos, de maneira a viabilizar a substituição dos</p><p>seres humanos em tarefas que exigem</p><p>raciocínio e pensamento lógico.</p><p>2. DE ACORDO COM O CONTEÚDO DISPONIBILIZADO, PODEMOS</p><p>IDENTIFICAR TRÊS PILARES DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:</p><p>A) Machine learning (aprendizado de máquina), deep learning (aprendizagem profunda) e</p><p>Weak IA (Inteligência Artificial fraca).</p><p>B) Strong IA (Inteligência Artificial forte), machine learning (aprendizado de máquina), deep</p><p>learning (aprendizagem profunda).</p><p>C) Machine learning (aprendizado de máquina), deep learning (aprendizagem profunda) e</p><p>computação cognitiva.</p><p>D) Weak IA (Inteligência Artificial fraca), Strong IA (inteligência artificial forte); deep learning</p><p>(aprendizagem profunda).</p><p>E) Deep IA (Inteligência Artificial profunda), machine learning (aprendizado de máquina) e</p><p>computação cognitiva.</p><p>GABARITO</p><p>1. Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) pode ser definida como:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) pode ser definida como um campo da</p><p>Ciência da Computação destinado à automação do comportamento inteligente. Ou seja, a IA</p><p>busca criar mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres humanos: Que</p><p>aprendam, percebam e decidam, diante de uma determinada situação, quais caminhos seguir,</p><p>de forma racional. Tudo isso baseado em padrões enormes de Big Data.</p><p>2. De acordo com o conteúdo disponibilizado, podemos identificar três pilares da</p><p>Inteligência Artificial:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>IA é um campo de estudo vasto e complexo, englobando diversas teorias, métodos de</p><p>desenvolvimento e tecnologias. Está baseado em três pilares: machine learning (aprendizado</p><p>de máquina), deep learning (aprendizagem profunda) e computação cognitiva.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar os conceitos básicos de IOT e seus impactos nas rotinas de consumidores</p><p>e organizações</p><p>O IMPACTO DA INTERNET DAS COISAS</p><p>O QUE É A INTERNET DAS COISAS (IOT)</p><p>Atualmente, há, aproximadamente, quatro bilhões de usuários de internet em todo o mundo</p><p>(ITU, 2018), sendo cada acesso vindo de um smartphone, desktop ou tablet.</p><p>Essencialmente, a internet faz a conexão das pessoas via máquinas e digitaliza, em muitos</p><p>casos, as relações sociais que existem no mundo físico.</p><p>As plataformas digitais para a comercialização de produtos feitos por pessoas, como o e-</p><p>commerce, são diversas, e fazem a conexão entre fabricantes e compradores.</p><p>NO ENTANTO, SERÁ QUE A COMUNICAÇÃO</p><p>ENTRE HUMANOS É A ÚNICA VIABILIZADA</p><p>PELA INTERNET?</p><p>SERIA POSSÍVEL PENSAR EM PROCESSOS DE</p><p>COMPRA E VENDA SEM A INTERVENÇÃO</p><p>DIRETA DAS PESSOAS?</p><p>A RESPOSTA É SIM.</p><p>De acordo com o Gartner (2017) − consultoria norte-americana −, em 2020 seriam mais de 20</p><p>bilhões de equipamentos conectados, formando o que é chamado de Internet das</p><p>Coisas (Internet of Things) , ou IoT, como chamaremos aqui.</p><p>Não há uma unanimidade em relação ao conceito de IoT.</p><p>De maneira geral, pode ser entendida como um ambiente de objetos físicos, interconectados</p><p>com a internet, criando um ecossistema de computação onipresente (ubíqua), para executar de</p><p>forma coordenada uma determinada ação.</p><p>Ou seja, a IoT conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns com</p><p>os outros no espaço e no tempo − conforme explica Magrani (2018) − e se materializa em:</p><p>PRODUTOS IOT</p><p>como uma secadora de roupas conectada, por exemplo.</p><p></p><p>SISTEMAS IOT</p><p>como um sistema inteligente para abastecimento de lojas.</p><p></p><p>AMBIENTES INTELIGENTES</p><p>como um edifício ou uma casa.</p><p>Diariamente, objetos se conectam à internet com capacidade de compartilhar, processar,</p><p>armazenar e analisar um enorme volume de dados. Por isso, o conceito de IoT está</p><p>diretamente relacionado ao de Big Data, que conheceremos mais adiante.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Aliada à IA e à Big Data, a IoT possibilita o que conhecemos como inovação disruptiva, ou</p><p>seja, inovações que transformam um mercado ou setor existente apresentando uma solução</p><p>inovadora superior para um produto ou serviço.</p><p>Para os consumidores, essa superioridade deve ficar evidente pela maior acessibilidade,</p><p>conveniência ou simplicidade, a ponto de resultar em uma quebra de paradigma, uma mudança</p><p>no comportamento de consumo da sociedade em geral, resultando no total ou parcial</p><p>desaparecimento da solução anterior.</p><p> EXEMPLO</p><p>Um exemplo clássico de inovação disruptiva é o Netflix e outros serviços de streaming que</p><p>praticamente extinguiram as videolocadoras no Brasil e no mundo.</p><p>ORIGEM DA IOT</p><p>A IoT é, de forma simplificada, uma evolução da internet, e reflete também a evolução da</p><p>sociedade.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Kevin Ashton, do MIT, que propôs o termo Internet das Coisas, em 1999, apontou que as</p><p>pessoas precisavam se conectar com a internet, a partir de meios variados, em função da falta</p><p>de tempo imposta pela contemporaneidade.</p><p>Segundo ele, através da IoT, deverá ser possível armazenar dados, até sobre movimentos dos</p><p>nossos corpos, com uma precisão cada vez maior.</p><p>Desenvolvida no contexto da Revolução Digital, é considerada, por muitos, um novo paradigma</p><p>relacionado à web 3.0, já que representa um momento inédito para toda a sociedade, com</p><p>impactos em nossas vidas que ainda não temos como estimar.</p><p>Em sua base, trata-se de uma revolução tecnológica, mas configura-se como uma</p><p>transformação definitiva nas relações entre pessoas e objetos.</p><p>A IOT JÁ ESTÁ ENTRE NÓS</p><p>Do ponto de vista dos consumidores, há produtos integrados à IoT nas mais variadas áreas.</p><p>De fato, objetos interconectados podem nos ajudar nas resoluções das questões do nosso dia</p><p>a dia.</p><p>WEARABLES</p><p>Uma das categorias mais vendidas no mundo são os wearables ou tecnologias vestíveis. Ou</p><p>seja, trata-se de peças de vestuário com conectividade de IoT que produzem informações</p><p>sobre os usuários. Destacam-se na categoria pulseiras e tênis que monitoram a atividade física</p><p>do usuário. Todas essas tecnologias vestíveis geram uma tonelada de dados que as empresas</p><p>começam a entender para pensar em aplicações futuras.</p><p>Fonte: Kaspars Grinvalds/Shutterstock.com</p><p>Fonte: M. Unal Ozmen/Shutterstock.com</p><p>CARROS AUTÔNOMOS</p><p>Os carros autônomos são outra categoria de produtos conectados. Eles se comunicam entre si</p><p>e definem o melhor momento (velocidade e trajeto, por exemplo) de fazer um cruzamento em</p><p>vias urbanas.</p><p>A montadora Tesla já possui em sua frota carros com diversos recursos para comunicação com</p><p>outros equipamentos portadores de sensores e Inteligência Artificial. Com o objetivo de</p><p>produzir carros cada vez mais autônomos, a Tesla possui uma vantagem competitiva que as</p><p>outras montadoras não têm: A atualização e eventuais ajustes nos seus carros de maneira</p><p>remota, sem custos aos seus clientes.</p><p>Por causa desse dispositivo, durante o furacão Irma, que atingiu o estado americano da</p><p>Flórida, em 2017, a Tesla, baseada nas informações de sensores nas ruas, alterou,</p><p>remotamente, a maneira como os automóveis no caminho da tempestade consumiam as suas</p><p>baterias. Desse modo, não foi preciso parar e recarregar o carro elétrico. Esse pequeno ajuste</p><p>fez com que os clientes conseguissem chegar em locais seguros a tempo. Em outra situação, a</p><p>montadora fez a manutenção de um erro no sistema de carga dos carros sem que os clientes</p><p>precisassem ir até uma concessionária apenas enviando a atualização pela internet, como se</p><p>faz com um smartphone.</p><p>CASAS INTELIGENTES</p><p>As casas inteligentes também estão na lista de produtos com conectividade IoT que já estão</p><p>entre nós. A automação da casa é um cenário mais próximo do mercado brasileiro em se</p><p>tratando de IoT, pois já é possível encontrar diversos dispositivos para a formação de uma</p><p>pequena rede doméstica de objetos inteligentes, como: lâmpadas Philips Hue, cafeteiras</p><p>Nespresso, Apple HomeKit e outros mais.</p><p>Fonte: REDPIXEL.PL/Shutterstock.com</p><p>LÂMPADAS PHILIPS HUE</p><p>As lâmpadas Philips Hue permitem um sistema pessoal de iluminação sem fio,</p><p>controlando com facilidade as luzes usando dispositivos como celular ou tablet.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>APPLE HOMEKIT</p><p>O HomeKit é a plataforma</p><p>da Apple para automação residencial. Ele permite aos usuários</p><p>configurar, comunicar-se e controlar eletrodomésticos inteligentes usando dispositivos</p><p>Apple, inclusive a Siri, assitente de voz da Apple.</p><p>Acompanhe e imagine a sequência de eventos a seguir para entender a dinâmica da IoT em</p><p>uma casa inteligente:</p><p></p><p>Um poste na rua envia uma mensagem para o carro do João, avisando sobre bloqueio no</p><p>caminho. Automaticamente, o Waze calcula uma rota alternativa, o que acrescenta 60 minutos</p><p>na previsão de chegada em casa para jantar com a sua família.</p><p>O carro informa ao condutor sobre a alteração na rota e sugere uma pausa para lanchar, tendo</p><p>em vista a última refeição registrada pela Apple Watch.</p><p></p><p></p><p>O motorista aprova a nova rota e segue para uma padaria no caminho. Baseando-se nas</p><p>informações dos postes, das calçadas e da rua, o carro informa à padaria que haverá uma</p><p>parada e já exibe a informação de uma nova fornada de pães para o motorista.</p><p>O iPhone envia uma mensagem para as pessoas na casa e informa do atraso. Como a</p><p>Nespresso Expert está programada para preparar um café exatamente no momento da</p><p>chegada do João, a máquina verifica se há cápsula para ser consumida no momento da sua</p><p>chegada, uma vez que o seu filho consumiu café minutos antes das mensagens.</p><p></p><p></p><p>Devido à falta de cápsulas, a máquina envia um pedido de compra para a Nespresso que, com</p><p>o seu serviço de entrega no mesmo dia, já realiza a entrega.</p><p>Ao chegar em casa, com a temperatura automaticamente ajustada para 21° pelo termostato</p><p>conectado pelo Apple HomeKit, João acompanha a entrega das suas cápsulas e aguarda o</p><p>jantar com a sua família.</p><p></p><p>Fonte: EnsineMe</p><p>APLICAÇÃO DA IOT NAS ORGANIZAÇÕES</p><p>Além de oferecer produtos e possibilidades para os consumidores, a IoT também vai impactar</p><p>profundamente a forma como as organizações se estruturam e fazem negócios.</p><p>Segundo Kotler (2018), as empresas precisarão identificar maneiras de utilizar a IoT para criar</p><p>valor, especialmente através do uso de dados para alinhar seu modelo de negócios aos</p><p>interesses do cliente.</p><p>Observar como a tecnologia e os preceitos de sustentabilidade têm mudado a forma como os</p><p>clientes consomem, adequando novos e diferentes meios para distribuir ofertas e serviços, é</p><p>criar e distribuir valor com sucesso.</p><p>VAREJO</p><p>A SAS (empresa americana pioneira em Business Intelligence) aponta cinco aplicações</p><p>possíveis da IoT no varejo:</p><p>MANUTENÇÃO PREDITIVA</p><p>Usada no gerenciamento de energia, na prevenção de falhas ou na detecção de outros</p><p>problemas. Em um supermercado, por exemplo, sensores acoplados a produtos dos setores de</p><p>frios e laticínios podem monitorar as possíveis variações de energia a fim de garantir a</p><p>qualidade dos alimentos.</p><p>TRANSPORTE INTELIGENTE</p><p>Manutenção, rastreamento e otimização de rotas com mais precisão do que o uso de GPS.</p><p>ARMAZENAMENTO SOB DEMANDA</p><p>A IoT possibilita monitorar as vendas em tempo real e também na gestão de inventário. O</p><p>RFID, por exemplo, é um item da IoT muito bem testado em estocagem. Trata-se de um</p><p>dispositivo eletrônico, normalmente em forma de etiqueta (tag) adesiva, que recebe uma série</p><p>de informações, através de um chip, com uma antena microscópica embutida, capaz de</p><p>receber, registrar dados e retransmiti-los quando acionado. Na prática, funciona como um</p><p>código de barras eletrônico, com a grande diferença de não utilizar um leitor ótico, mas, sim,</p><p>um sensor de radiofrequência (RF), capaz de armazenar mais informações do que o código de</p><p>barras.</p><p>CLIENTE CONECTADO</p><p>Serviços com base na geolocalização podem oferecer de forma personalizada a um cliente que</p><p>já está dentro de uma loja física, por exemplo, um desconto ou uma oferta especial.</p><p>LOJA INTELIGENTE</p><p>Em um shopping center, por exemplo, a IoT pode analisar o tráfego de pessoas, o que ajuda a</p><p>entender sua jornada de compras completa, possibilitando a personalização desta.</p><p>INDÚSTRIA</p><p>No caso das indústrias fabricantes de produtos IoT, é preciso que tenham em mente que um</p><p>produto, simplesmente porque se conecta à internet e pode ser acessado e controlado a</p><p>distância, não cria valor por si só. Ou seja, só porque podemos conectar um produto, não</p><p>necessariamente queremos e vamos conectá-lo.</p><p>Esta é uma questão importante, tendo em vista que os custos para produção de um dispositivo</p><p>com conectividade são mais altos e a organização precisa criar valor suficiente para cobrir</p><p>esses custos extras.</p><p>E COMO CRIAR VALOR PARA O CLIENTE EM UM</p><p>PRODUTO DE IOT?</p><p>Bruce Sinclair (2018), em seu livro IoT: como usar a Internet das Coisas para alavancar seus</p><p>negócios, sugere quatro maneiras de criar valor em IoT:</p><p>Tornar os produtos melhores, através da inovação. Ou seja, entregar ao cliente um</p><p>produto que faça de uma maneira nova ou melhor algo que para ele é valioso. Pode ser</p><p>um produto totalmente novo ou uma evolução de um que já existe.</p><p>Aumentar a eficiência operacional de um produto. Um exemplo são algumas</p><p>empresas fornecedoras de eletricidade que usam um SCADA (Supervisory Control and</p><p>Data Acquisition), o que possibilita a conexão entre os sensores da linha de energia e o</p><p>comando central, evitando que as faltas de energia sejam descobertas somente após a</p><p>reclamação dos clientes.</p><p>Suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e</p><p>prescritiva, contra uma manutenção reativa ou preventiva, apenas. Os carros autônomos</p><p>da Tesla, já apresentados aqui, são um bom exemplo de criação de valor com a</p><p>manutenção a distância.</p><p>Criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou</p><p>quatro meses de uso, como acontece com alguns wearables, como as pulseiras da marca</p><p>FitBit. Visivelmente, há espaço para melhorias ou até para novos produtos. É possível</p><p>identificar para que eles estão sendo utilizados e comparar ao uso pretendido, por</p><p>exemplo. A proposta aqui, então, é usar os dados coletados de um produto para inspirar</p><p>novos, sejam físicos ou digitais.</p><p>SETOR PÚBLICO</p><p>A IoT pode ser aplicada também para inovar ou otimizar soluções no setor público, como a</p><p>implementação de dispositivos para transformar a cidade em um espaço inteligente ou</p><p>melhorar o atendimento à saúde pública.</p><p>Fonte: metamorworks/Shutterstock.com</p><p>Cidades inteligentes</p><p>Na mobilidade urbana, os meios de transporte podem ser monitorados por GPS para</p><p>otimização conforme a demanda; e também é possível organizar os sinais de trânsito</p><p>conforme informações coletadas do tráfego.</p><p>Na coleta de lixo, sensores podem avisar aos responsáveis sobre a necessidade de</p><p>coleta e otimizar a logística dos caminhões.</p><p>Na segurança, é possível prever a ocorrência de situações com a necessidade de maior</p><p>policiamento.</p><p>Saúde pública</p><p>Na saúde pública, a IoT pode ajudar:</p><p>No registro eletrônico de histórico de saúde dos pacientes.</p><p>No monitoramento de pacientes e alertas em tempo real.</p><p>Nos diagnósticos mais precisos e antecipados.</p><p>Na análise de imagens.</p><p>PARA REFLETIR</p><p>A IoT pode trazer grandes benefícios para o mundo e já é possível ver suas aplicações na</p><p>organização do trânsito, na agilização de tratamentos médicos e também na preservação do</p><p>meio ambiente. Mas há questões relacionadas ao seu uso que podem provocar distorções que</p><p>precisam ser consideradas com cautela.</p><p>INTERNET DAS COISAS INÚTEIS</p><p>Será que as tecnologias digitais sempre facilitam a vida das pessoas? Alguns estudos apontam</p><p>para uma diferenciação entre internet “das coisas úteis” e internet “das coisas inúteis”, ou seja,</p><p>produtos que não apresentam caráter de real utilidade e novidade, mas que são considerados</p><p>inovadores simplesmente por serem digitais. Um exemplo é o Egg Minder, uma bandeja Wi-Fi</p><p>para ovos que se comunica com o celular, informando quando seus ovos acabaram. Talvez</p><p>uma lista de compras fosse mais útil e mais barata, levando em conta os altos custos dos</p><p>dispositivos de IoT.</p><p>E-WASTE</p><p>Parece piada, mas esses produtos incomuns e de utilidade duvidosa para a vida prática</p><p>contribuem para um dos grandes problemas relacionados à IoT: o e-waste, ou seja, o</p><p>lixo</p><p>gerado pelo descarte desses produtos, que se tornam obsoletos mais rapidamente em relação</p><p>aos não inteligentes.</p><p>PRIVACIDADE E SEGURANÇA DOS DADOS</p><p>Outro problema relacionado à IoT é a confiança dos consumidores em relação ao destino dos</p><p>seus dados coletados. As empresas ainda não conseguem garantir aos usuários a proteção e a</p><p>segurança aos seus dados com a mesma velocidade com que desenvolvem os produtos de</p><p>IoT. Os dados coletados são armazenados em nuvens e são suscetíveis a ataques de hackers</p><p>e vazamentos. Alguns estudiosos alertam, inclusive, que essa pode ser uma ameaça à</p><p>evolução da indústria.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. DE ACORDO COM O CONTEÚDO, NÃO HÁ UMA UNANIMIDADE EM</p><p>RELAÇÃO AO CONCEITO DE IOT. MAS, PARTINDO DO ENTENDIMENTO</p><p>DE MAGRANI (2018), PODEMOS DIZER QUE A IOT:</p><p>A) Conecta somente objetos e dados em ambientes virtuais, que interagem uns com os outros</p><p>no espaço e no tempo.</p><p>B) Conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns com os outros</p><p>no espaço e no tempo.</p><p>C) Conecta objetos e pessoas que interagem uns com os outros no espaço e no tempo.</p><p>D) Conecta dados e ambientes virtuais que interagem uns com os outros no espaço e no</p><p>tempo.</p><p>E) Conecta as pessoas através de ambientes virtuais, que interagem uns com os outros no</p><p>espaço e no tempo.</p><p>2. TENDO EM VISTA QUE OS CUSTOS PARA PRODUÇÃO DE UM</p><p>DISPOSITIVO COM CONECTIVIDADE SÃO MAIS ALTOS, AS</p><p>ORGANIZAÇÕES PRECISAM CRIAR VALOR SUFICIENTE PARA COBRIR</p><p>ESSES CUSTOS EXTRAS. BRUCE SINCLAIR (2018) SUGERE QUATRO</p><p>MANEIRAS DE CRIAR VALOR EM IOT, SÃO ELAS:</p><p>A) Tornar os produtos melhores, através da inovação; aumentar a eficiência operacional de um</p><p>produto; suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e</p><p>prescritiva; criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou</p><p>quatro meses de uso.</p><p>B) Rastrear e otimizar rotas com mais precisão; armazenar dados sob demanda; suportar</p><p>melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e prescritiva; criar melhor</p><p>os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou quatro meses de uso.</p><p>C) Analisar o tráfego de clientes nas lojas para oferecer os novos produtos; aumentar a</p><p>eficiência operacional de um produto; analisar o tráfego de pessoas nas lojas físicas; o que</p><p>ajuda a entender sua jornada de compras completa, possibilitando a personalização desta.</p><p>D) Tornar os produtos melhores, através da inovação; monitorar as vendas em tempo real;</p><p>suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e prescritiva; criar</p><p>melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou quatro meses</p><p>de uso.</p><p>E) Tornar os produtos melhores, através da inovação; monitorar as vendas em tempo real;</p><p>suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, apenas; criar melhor os</p><p>novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou quatro meses de uso.</p><p>GABARITO</p><p>1. De acordo com o conteúdo, não há uma unanimidade em relação ao conceito de IoT.</p><p>Mas, partindo do entendimento de Magrani (2018), podemos dizer que a IoT:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>De maneira geral, a IoT pode ser entendida como um ambiente de objetos físicos,</p><p>interconectados com a internet, criando um ecossistema de computação onipresente (ubíqua),</p><p>para executar de forma coordenada uma determinada ação. Ou seja, como propõe Magrini</p><p>(2018), a IoT conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns com</p><p>os outros no espaço e no tempo.</p><p>2. Tendo em vista que os custos para produção de um dispositivo com conectividade</p><p>são mais altos, as organizações precisam criar valor suficiente para cobrir esses custos</p><p>extras. Bruce Sinclair (2018) sugere quatro maneiras de criar valor em IoT, são elas:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Bruce Sinclair (2018), em seu livro IoT: como usar a Internet das Coisas para alavancar seus</p><p>negócios, sugere quatro maneiras de criar valor em IoT: Tornar os produtos melhores, através</p><p>da inovação, ou seja, entregar ao cliente um produto que faça de uma maneira nova ou melhor</p><p>algo que para ele é valioso; aumentar a eficiência operacional de um produto; suportar melhor</p><p>os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e prescritiva, contra uma</p><p>manutenção reativa ou preventiva, apenas; criar melhor os novos produtos, para que eles não</p><p>sejam engavetados após três ou quatro meses de uso, como acontece com alguns wearables.</p><p>MÓDULO 4</p><p> Identificar os conceitos básicos de Big Data e seus impactos nas rotinas de</p><p>consumidores e organizações</p><p>O IMPACTO DO BIG DATA</p><p>O QUE É BIG DATA</p><p>A mudança mais significativa no mundo dos negócios tem relação com a ideia de dados.</p><p>Empresas que já usavam dados em suas operações agora estão sentindo uma revolução. O</p><p>Big Data não é um conceito novo e já estava presente nas empresas, que utilizavam dados na</p><p>avaliação e gerenciamento de processos e nas previsões e planejamento em longo prazo. Mas</p><p>o surgimento da internet o impulsionou, dando uma nova dimensão para seu volume e</p><p>armazenamento.</p><p>Rogers (2018) descreve o Big Data como qualquer quantidade volumosa de dados</p><p>estruturados, semiestruturados ou não estruturados que podem fornecer algum tipo de</p><p>informação.</p><p>Veja os V´s que identificam as propriedades que envolvem o Big Data:</p><p>Fonte: Jirsak/Shutterstock.com</p><p>VOLUME</p><p>É a definição mais tradicional do Big Data, representada pela grande quantidade de dados que</p><p>são gerados e os desafios relacionados com seu armazenamento, acesso e proteção. Segundo</p><p>a Cisco (2017), nos próximos anos o cálculo de dados passará a ser feito a partir de zettabytes</p><p>e yottabytes, e não mais de gigabytes.</p><p>VARIEDADE</p><p>Dados estão cada vez mais desestruturados, vindos de fontes distintas e com tipos de</p><p>informações e formatos diferentes (textos, imagens, sons, vídeos etc.). Estima-se que quase</p><p>90% dos dados gerados sejam não estruturados, o que impõe um desafio, que é transformá-los</p><p>em informações úteis.</p><p>VELOCIDADE</p><p>A capacidade de coleta e análise dos dados e tomada de decisão precisa ocorrer muito</p><p>rapidamente, às vezes em tempo real.</p><p>VALOR</p><p>Qual o valor agregado dos dados? O valor para coleta e uso dos dados justifica os custos de</p><p>sua obtenção?</p><p>VERACIDADE</p><p>javascript:void(0)</p><p>O quão íntegros, exatos, confiáveis, relevantes e consistentes são os dados? De nada</p><p>adiantam os outros V’s se os dados estiverem errados.</p><p>GIGABYTE</p><p>A nomenclatura dos dados parte de um sistema binário:</p><p>A Nomenclatura→→→Bytes</p><p>Quilobyte (KB)→→→→1.024</p><p>Megabyte→→→→→→1.048.576</p><p>Gigabyte→→→→→→1.073.741.824</p><p>Terabyte→→→→→→1.099. 511. 627. 776</p><p>Petabyte →→→→→→ 1.125.899.906.842.620</p><p>Exabyte→→→→→→→1.152.921.504.606.850.000</p><p>Zettabyte →→→→→→1.180.591.620.717.410.000.000</p><p>Yottabyte→→→→→→1.208.925.819.614.630.000.000.000</p><p>Menor unidade: bit (assume somente 2 valores – ligado ou desligado)</p><p>Um byte é a composição de 8 bits, capaz de assumir valores diferentes.</p><p>Uma letra tem o tamanho de um byte.</p><p>Em outras palavras, Big Data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados</p><p>digitais em volume, variedade, velocidade, valor e veracidade inéditos até os dias atuais.</p><p>ORIGEM DO BIG DATA</p><p>No começo da década de 1990, próximo ao nascimento da web, o cientista chefe da Silicon</p><p>Graphics, John Mashey, lançou o termo Big Data. Mas ele só ficou mais popular em 2010,</p><p>quando empresas de vários segmentos começaram a manipular a vasta oferta de dados</p><p>gerados pelos avanços tecnológicos.</p><p>Armazenar e analisar dados não é um fenômeno novo, mas as empresas faziam (e a maioria</p><p>ainda faz) isso a partir de dados estruturados, que contêm uma organização para serem</p><p>recuperados.</p><p>Ou seja, etiquetas, linhas e colunas que facilitam o trabalho da tecnologia, identificando</p><p>diversos pontos sobre uma informação. Assim, a partir de planilhas eletrônicas estruturadas as</p><p>empresas utilizavam dados para otimizar processos, planejamentos e operações em curso.</p><p>A quantidade de dados gerados e armazenados vem crescendo</p><p>desde o surgimento dos</p><p>computadores. Mas o diferencial do Big Data é explicado a partir de três tendências que se</p><p>inter-relacionam:</p><p>CRESCIMENTO RÁPIDO DE TIPOS VARIADOS DE</p><p>DADOS</p><p>Os dados atualmente estão disponíveis para as empresas em posts nas mídias sociais,</p><p>imagens geradas por smartphones, sinais de mapas e localização emitidos em tempo real,</p><p>dados de sensores dos dispositivos conectados (IoT).</p><p>EVOLUÇÃO ACELERADA NA CAPACIDADE DE</p><p>GERENCIAMENTO E COMPREENSÃO DESSES DADOS</p><p>Tecnologias como a computação em memória (in-memory computing), que permite à</p><p>anunciantes identificar os sites mais frequentados por um visitante ou selecionar, por exemplo,</p><p>os anúncios acessados por cada visitante de uma página na internet, considerando variáveis</p><p>como clima e localidade. O Hadoop é outra tecnologia de estrutura de software que permite</p><p>que grande quantidade de dados, armazenada em servidores distintos e distantes, possam ser</p><p>processados paralelamente.</p><p>DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURA DE</p><p>COMPUTAÇÃO NA NUVEM</p><p>O Big Data quebrou o paradigma dos altos investimentos em infraestrutura própria para coletar,</p><p>armazenar e analisar dados. Atualmente, pequenas empresas podem ter acesso a ferramentas</p><p>de análise fornecidas por provedores de serviços na nuvem, como SAP e IBM, e pagam</p><p>apenas pelos dados e pelo armazenamento. Houve, portanto, uma democratização no uso dos</p><p>dados.</p><p>Especialmente com o casamento entre Big data, IoT e IA, as possibilidades de geração de</p><p>dados são aparentemente ilimitadas. Temos visto que a contínua hiperconectividade e</p><p>interação entre diversos aparelhos, sensores e pessoas vêm mudando a forma como nos</p><p>comunicamos e também como as empresas se comunicam entre si, com seus clientes e como</p><p>tomam decisões.</p><p>A seguir, um quadro comparativo entre as mudanças provocadas pelo Big Data nas estratégias</p><p>empresariais:</p><p>Mudanças nos pressupostos estratégicos, da era analógica para a Era Digital</p><p>De Para</p><p>Dados são dispendiosos de gerar nas</p><p>empresas</p><p>Dados são gerados continuamente em</p><p>todos os lugares</p><p>O desafio dos dados é armazená-los e</p><p>gerenciá-los</p><p>O desafio dos dados é convertê-los em</p><p>informações valiosas</p><p>As empresas usam apenas dados</p><p>estruturados</p><p>Os dados não estruturados são cada vez</p><p>mais úteis e valiosos</p><p>Os dados são gerenciados em</p><p>departamentos operacionais</p><p>O valor dos dados é conectá-los entre os</p><p>departamentos</p><p>Os dados são ferramentas para</p><p>gerenciar processos</p><p>Os dados são ativo intangível importante</p><p>para criar valor</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Fonte: Adaptado de Rogers, 2017.</p><p>O BIG DATA JÁ ESTÁ ENTRE NÓS</p><p>Temos oferecido de graça às organizações nossos dados pessoais, ao fazermos check-in em</p><p>lugares que frequentamos, ao avaliarmos voluntariamente serviços, como no Trip Advisor, ou</p><p>ao marcarmos amigos nas fotos de nossas redes sociais.</p><p>É só observar a rapidez com que os algoritmos de reconhecimento facial fazem isso</p><p>automaticamente nas imagens publicadas. Ou como as diferentes plataformas se comunicam</p><p>entre si (por exemplo, o catálogo de endereços do Gmail, listas de amigos do Facebook,</p><p>contatos do WhatsApp e Facetime e a agenda de telefones do smartphone) e sugerem novos</p><p>amigos, adicionam nomes automaticamente e mandam notificações de atividades da sua rede</p><p>de contatos.</p><p>O aplicativo Waze, de geolocalização, por exemplo, construiu os dados sobre mapas e também</p><p>sobre as condições do trânsito, em tempo real, com a colaboração dos usuários. Depois de</p><p>atingir 30 milhões de usuários, o Waze foi comprado pelo Google por US$1,3 bilhão.</p><p>Segundo Rogers (2017), nós nos disponibilizamos a compartilhar nossas informações com as</p><p>empresas a partir de quatro fatores-chave:</p><p>Se temos alguma recompensa e que tipo de recompensa a receber.</p><p>A confiança que depositamos na empresa que solicita os dados.</p><p>Que tipo de dados está sendo solicitado.</p><p>E a que setor de atividade pertence à organização.</p><p>Fato é que quem não é extremamente atento, ou capaz de configurar sua privacidade em todas</p><p>essas plataformas, está ainda mais vulnerável no ambiente digital.</p><p>APLICAÇÃO DO BIG DATA NAS</p><p>ORGANIZAÇÕES</p><p>Há uma tendência atual de que o Big Data participe de todos os processos de tomadas de</p><p>decisões nas empresas: Desde o serviço aos clientes, passando pela detecção de fraudes até</p><p>o planejamento de comunicação e mídia. As empresas precisam mudar, assim, sua forma de</p><p>pensar os dados. Eles devem ser entendidos como ativos estratégicos.</p><p>Vejamos algumas possibilidades e exemplos de utilização do Big Data e suas ferramentas de</p><p>análise nas organizações:</p><p>ESTRATÉGIAS DE MARKETING E FIDELIZAÇÃO DOS</p><p>CLIENTES</p><p>É possível, através das ferramentas de Big Data, coletar dados que são determinantes para</p><p>avaliar a interação dos consumidores com a empresa e desenvolver estratégias para fazer o</p><p>cliente retornar mais vezes através de ofertas personalizadas. O Big Data também permite</p><p>integrar as informações do cliente às suas mídias sociais, possibilitando mapear o</p><p>comportamento e o sentimento do mesmo em relação à marca e permitindo um contato ainda</p><p>mais personalizado.</p><p>PERSONALIZAÇÃO DE OFERTA</p><p>A Netflix é um exemplo de empresa que, a partir dos próprios dados, avalia, renova e</p><p>personaliza sua grade de programação. Coletando dados de quem assistiu quais programas,</p><p>em que horário, em qual dispositivo, se assistiu até o final, pausou, assistiu mais de uma vez,</p><p>por exemplo, a empresa retém cerca de 80% dos clientes com seu sistema de recomendações.</p><p>INOVAÇÃO</p><p>Atualmente, a possibilidade de inovação baseada em ferramentas tecnológicas, sejam para</p><p>pesquisa ou mesmo teste, permite um processo criativo e de experimentação como nunca foi</p><p>possível. A prototipagem e o teste em pequenas comunidades, os sites de crowdsourcing</p><p>para geração de ideias − como o Dell IdeaStorm e o My Starbucks Idea − são viabilizadores de</p><p>projetos inovadores a partir da participação do público na solução de problemas e novas</p><p>versões de produtos antes mesmo do lançamento oficial no mercado.</p><p>PREVISÃO DE DEMANDAS E TENDÊNCIAS</p><p>O desenvolvimento de ferramentas com modelos preditivos de análise pode ajudar, por</p><p>exemplo, a identificar as principais causas de cancelamento de um serviço e encontrar</p><p>maneiras de reduzir esses índices.</p><p>OTIMIZAÇÃO DO E-COMMERCE</p><p>Quando fazemos uma compra e o site nos mostra informações como “quem comprou esse</p><p>produto comprou também” ou “esses outros produtos podem interessar”, as empresas de e-</p><p>commerce estão utilizando ferramentas de Big Data para indicar produtos baseados no perfil</p><p>de cada consumidor e, assim, ampliar suas oportunidades de vendas.</p><p>EXEMPLO</p><p>javascript:void(0)</p><p>A Amazon é um exemplo de otimização de cross selling ou venda cruzada, ao analisar os</p><p>hábitos de leitura dos clientes e recomendar outros livros.</p><p>Segundo a empresa, 30% de suas vendas são derivadas das recomendações “you might also</p><p>want” (você pode querer também).</p><p>LOCATION BASED MARKETING OU MARKETING</p><p>BASEADO EM LOCALIZAÇÃOS</p><p>Identificar que um cliente está passando perto do ponto de vendas e convidá-lo para entrar</p><p>através de uma promoção pode aumentar sua propensão de visita à loja.</p><p>A empresa americana PlaceCast oferece um serviço chamado Shopalerts para envio de</p><p>mensagens aos clientes próximos às lojas físicas.</p><p>REDUÇÃO DE CUSTOS</p><p>Como já vimos, em parceria com a IA, o Big Data ajuda a otimizar as operações logísticas,</p><p>como o controle da frota da empresa por telemetria e o rastreamento por satélite para coletar</p><p>dados.</p><p>CROWDSOURCING</p><p>Modelo de produção e estruturação de processos que utiliza a sabedoria e os</p><p>aprendizados coletivos para a resolução de problemas ou desenvolvimento de uma</p><p>solução.</p><p>PARA REFLETIR</p><p>Esse volume extraordinário de dados circulando livremente pela internet gera um debate</p><p>importante que envolve algumas questões éticas quanto ao seu uso e armazenamento:</p><p>PRIVACIDADE E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO</p><p>javascript:void(0)</p><p>A privacidade é outro grande desafio para o uso do Big Data. As cyberameaças − como</p><p>costumam ser chamadas pelas áreas de</p>

Mais conteúdos dessa disciplina