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<p>Professora: Renata Fontes</p><p>EXAME FÍSICO DA</p><p>CABEÇA E PESCOÇO</p><p>O Exame da Cabeça e Pescoço deverá incluir:</p><p>• a cabeça,</p><p>• os olhos,</p><p>• as orelhas,</p><p>• o nariz,</p><p>• a boca,</p><p>• a faringe e</p><p>• o pescoço como um todo, que corresponde aos linfonodos, artérias</p><p>carótidas, glândula tireoide e traqueia.</p><p>EXAME</p><p>FÍSICO DA</p><p>CABEÇA</p><p>Avaliar a cabeça do paciente observando tamanho, forma e contornos. Caso você encontre</p><p>alguma deformidade, é importante pensar em trauma e, caso essa não seja a queixa do</p><p>paciente, questionar sobre traumas passados.</p><p>Exame Físico da Cabeça</p><p>• A cabeça centraliza os órgãos dos sentidos.</p><p>• Audição, visão, olfato e paladar;</p><p>• O cliente deve ser colocado sentado;</p><p>• Deve-se utilizar as técnicas de palpação e inspeção.</p><p>Crânio – Tamanho</p><p>• Observa-se o tamanho do crânio em relação à face.</p><p>• Tamanho – varia com a idade e biotipo.</p><p>Microcefalia</p><p>Possíveis causas:</p><p>• Desnutrição grave na</p><p>gestação.</p><p>• Fenilcetonúria materna.</p><p>• Síndrome da rubéola</p><p>congênita</p><p>• Toxoplasmose congênita</p><p>• Infecção congênita por</p><p>citomegalovírus</p><p>• Infecção por Zika vírus</p><p>Macrocefalia</p><p>Possíveis causas:</p><p>• Hidrocefalia.</p><p>• Tumores cerebrais.</p><p>• Sangramento intracraniano</p><p>• Algumas síndromes.</p><p>Posição da Cabeça</p><p>• A cabeça deve estar ereta em relação ao tronco.</p><p>• A inclinação da cabeça para frente ou para trás, pode ser</p><p>consequência de patologia no pescoço ou nas meninges.</p><p>• Movimentos involuntários ou tremores pode ser consequência do</p><p>Parkinson</p><p>• Desvios na posição podem indicar complicações como:</p><p>• Torcicolos;</p><p>• Deficiências na audição.</p><p>Relevo</p><p>• Fontanela (recém-nascido e lactentes)</p><p>• Normal: normotensa – deve ser plana e macia.</p><p>• Afundada (deprimida) – sina de desnutrição.</p><p>• Elevada (abaulada) – elevação da pressão intracraniana.</p><p>• É preciso usar a palpação para avaliar as fontanelas.</p><p>Inspeção da Pele da Face</p><p>• Cor (palidez, cianótica, icterícia).</p><p>• Lesão</p><p>• Edemas (localizados, generalizados)</p><p>• Hiperemia (aumento do sangue circulante)</p><p>• Tumores</p><p>• Manchas localizadas</p><p>Face</p><p>• Expressões faciais que podem remeter alguma doença ou síndrome.</p><p>Couro Cabeludo - testa</p><p>• Avaliar:</p><p>• Implantação capilar, quantidade e qualidade.</p><p>• Presença de sujidade.</p><p>• Sobrancelhas (queda sugestivo: sífilis, hanseníase).</p><p>• Lesões, úlceras, cicatrizes, coloração, tumores.</p><p>Olhos</p><p>• O exame deste órgão pode revelar</p><p>afecções locais como</p><p>manifestações oculares de</p><p>patologias sistêmicas.</p><p>• Estruturas oculares.</p><p>• Acuidade visual.</p><p>• Movimentos extra-oculares</p><p>(nistagmo).</p><p>Conjuntivas</p><p>Membrana mucosa que recobre o</p><p>globo ocular e as pálpebras;</p><p>• Conjuntiva palpebral e conjuntiva</p><p>bulbar.</p><p>• Cor: rósea (rede vascular); pálida;</p><p>ictérica e hiperemiada.</p><p>• Secreção – purulenta</p><p>Córnea</p><p>• Transparência</p><p>• Opacificação Opacificação Transparência</p><p>Pálpebras</p><p>Observar:</p><p>• Madarose: ausência de pelos.</p><p>Pode ser parcial ou total (difusa).</p><p>• Simetria</p><p>• Edema</p><p>• mobilidade</p><p>• Fenda palpebral</p><p>• Ptose palpebral</p><p>• Inserção dos pelos</p><p>• equimoses</p><p>• Blefarites (inflamação nas</p><p>bordas das pálpebras )</p><p>• hordéolos (terçóis)</p><p>Ptose palpebral</p><p>Edema</p><p>Inserção dos pelos</p><p>madarose</p><p>Edema Palpebral</p><p>Equimose Pálpebra</p><p>Hordéolos</p><p>Fenda palpebral</p><p>• Normalmente há simetria. Pequenas</p><p>diferenças não são consideradas</p><p>anormais.</p><p>• Exoftalmia: aumento da fenda</p><p>palpebral, por protrusão do globo</p><p>ocular (olho de boi);</p><p>• Enoftalmia: diminuição da fenda</p><p>palpebral decorrente da retração do</p><p>globo ocular.</p><p>• Exoftalmia</p><p>• Enoftalmia</p><p>Olhos</p><p>• Fotofobia ou sensibilidade à luz: conjuntivites, úlceras da córnea,</p><p>etc.</p><p>• Sensação de corpo estranho: desconforto, acompanhado de dor.</p><p>Ex.: penetração de corpo estranho no globo ocular e nas</p><p>conjuntivas.</p><p>• Dor ocular: dor tipo visceral, sem localização.</p><p>Ex.: glaucoma, tumores oculares, etc;</p><p>Olhos</p><p>• Embaçamento da visão: comum nas uveítes (é uma doença</p><p>inflamatória, principais sintomas hiperemia (olho vermelho),</p><p>fotofobia, dor e visão turva e embaçada), retinopatia diabética, etc;</p><p>• Diminuição ou perda da visão (amaurose): saber como ocorreu e o</p><p>tempo, que ocorreu a diminuição da visão (lenta ou súbita).</p><p>• Diplopia: visão dupla, ocasionada pelo desvio ocular.</p><p>Diplopia</p><p>Embaçamento de visão</p><p>Nistagmo</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=OArPAzhDYhI</p><p>Esclerótica</p><p>• Coloração</p><p>• Hemorragias (aumento da</p><p>pressão ocular)</p><p>Estrutura lacrimal</p><p>• Glândula lacrimal (secretora)</p><p>• Canais lacrimais (superior e inferior)</p><p>• Saco lacrimal</p><p>Olhos</p><p>• Xantopsia: é a visão amarelada, sendo seu mecanismo pouco conhecido.</p><p>Ocorre em intoxicações medicamentosas (fenacetina, digital, salicilato sódico,</p><p>ácido pícrico) e, às vezes, como sintoma de icterícia muito intensa.</p><p>• A Iantopsia (visão violeta) e a Cloropsia (visão verde) são muito menos</p><p>frequentes e também sintomas de intoxicações medicamentosas (digitálicos,</p><p>barbitúricos).</p><p>• Escotoma: uma área de cegueira parcial ou completa, dentro de um campo</p><p>visual normal ou relativamente normal.</p><p>• Discromatopsia congênita (Daltonismo): designa os defeitos de visão</p><p>cromática.</p><p>Olhos</p><p>Xantopsia Lantopsia Cloropsia</p><p>Discromatopsia congênita</p><p>(daltonismo)</p><p>Visão Normal Visão Daltônica</p><p>Teste de</p><p>Ishihara:</p><p>pode ser utilizado para</p><p>ajudar no diagnóstico do</p><p>daltonismo; é feito através</p><p>da observação de cartões</p><p>pontilhados de várias</p><p>tonalidades diferentes, no</p><p>qual o indivíduo deve</p><p>relatar o número que</p><p>observa.</p><p>Cliquem no link abaixo:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2FkYGo_VzOg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2FkYGo_VzOg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2FkYGo_VzOg</p><p>Pupilas</p><p>• Reflexo pupilar a luz.</p><p>• Midríase: dilatação. Pode ser por traumatismo, medicamentos, epilepsia.</p><p>• Miose: constrição pupilar.</p><p>• Anisocoria: pupilas de tamanhos diferentes.</p><p>• Isocóricas: são aquelas que possuem o mesmo diâmetro e reagem</p><p>igualmente à luz.</p><p>Miose Midriase</p><p>NARIZ</p><p>Nariz</p><p>• Órgão do olfato</p><p>• Via de passagem do fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões.</p><p>• Adiciona ressonância a voz e os seios paranasais e os canais lacrimais</p><p>desembocam no seu interior.</p><p>Inspeção do Nariz</p><p>• Externo:</p><p>• Simetria</p><p>• Deformidades</p><p>• Inflamação</p><p>• Batimento de asa do nariz</p><p>• Interno:</p><p>• Narina</p><p>• Integridade nasal</p><p>• Vascularização</p><p>• Secreções</p><p>• Obstruções</p><p>Alterações no Nariz</p><p>• Nariz em sela de sífilis congênita</p><p>• Lesões destrutivas (tumores, hanseníase)</p><p>• Perfuração de septo (aspiração de drogas)</p><p>Nariz em sela</p><p>Tumor de Nariz Perfuração de Septo</p><p>BOCA</p><p>Inspeção da Boca</p><p>• Lábios:</p><p>• Coloração</p><p>• Deformidades anatômicas (lábio leporino com</p><p>ou sem fenda palatina)</p><p>• Simetria</p><p>• Integridade</p><p>• Umidade</p><p>• Movimentação</p><p>• Gengiva:</p><p>• Integridade</p><p>• Coloração</p><p>• Edema</p><p>• Hemorragia</p><p>• Processos inflamatórios e infecciosos</p><p>Lábio Leporino</p><p>Fenda Palatina</p><p>Palato duro e mole</p><p>• Integridade</p><p>• Fenda palatina</p><p>• Coloração</p><p>Tipos de alterações nos Lábios</p><p>• Herpes Labial: vesículas na epiderme e mucosa labial;</p><p>• Cancro Sifilítico: sífilis primária;</p><p>• Tumores: carcinoma;</p><p>• Queilite: lesão inflamatória das comissuras labiais, com fissura,</p><p>maceração e descamação.</p><p>Herpes Labial</p><p>Carcinoma</p><p>Cancro Sifilítico</p><p>Queilite</p><p>Dentes</p><p>• Número Na infância são 20 dentes de leite, ou decíduos, na</p><p>dentição primária. Nos adultos são 32 dentes permanentes</p><p>(considerando os 4 dentes do siso ou terceiros molares).</p><p>• Coloração</p><p>• Higiene</p><p>Língua</p><p>• Tamanho</p><p>• Coloração</p><p>• Higiene</p><p>• Integridade</p><p>• Sangramento</p><p>• Movimentação</p><p>• Simetria</p><p>Língua saburrosa</p><p>Língua em framboesa</p><p>Língua geográfica</p><p>Macroglossia</p><p>Hálito / Halitose</p><p>Hálitos pode proporcionar elementos úteis para a</p><p>orientação diagnóstica:</p><p>• Odor de acetona: nos comas diabéticos;</p><p>• Odor amoniacal: nos comas urêmicos;</p><p>• Odor de gaiola de rato (jetor hepaticus): nos comas</p><p>hepáticos;</p><p>• Odor alcoólico: na intoxicação pelo álcool etílico;</p><p>• Odor de amêndoas amargas na intoxicação cianídrica;</p><p>• Odor de urina: doença renal crônica.</p><p>OUVIDOS</p><p>Ouvidos</p><p>• Dor: Aguda ou crônica;</p><p>• Zumbido: cerume; hipertensão arterial;</p><p>• Surdez: progressivas e permanentes nas otites crônicas e</p><p>antibióticos</p> <p>(estreptomicina, amicacina);</p><p>• Vertigem: labirintites;</p><p>• Secreções: serosas, purulentas, com ou sem dor (otite).</p><p>Otite</p><p>MARTINS, 2015; NETINA, 2013)</p><p>PESCOÇO</p><p>Pescoço</p><p>• Inspecione:</p><p>• pele;</p><p>• simetria - posição da cabeça centralizada na linha média e músculos</p><p>acessórios do pescoço devem ser simétricos.</p><p>• A cabeça deve ser mantida ereta e firme.</p><p>• Amplitude de movimento – realizar movimentação ativa (girar a cabeça,</p><p>estender para trás, flexionar), o movimento deve ser suave e controlado.</p><p>• À medida que a pessoa movimenta observar aumento no volume das</p><p>glândulas salivares, tireoide e linfonodos. Normalmente não há aumento.</p><p>Síndrome de Klippel-Feil</p><p>Diminuição de seu tamanho, como na</p><p>síndrome de Klippel-Feil</p><p>(ausência congênita das</p><p>vértebras cervicais).</p><p>Tireoide</p><p>• Alterações encontradas na palpação:</p><p>• Bócio: quando a tireoide está aumentada. Tipos mais comuns:</p><p>• Bócio Difuso Tóxico: produz excesso de hormônios, causa hipertireoidismo.</p><p>• Bócio multinodular não-tóxico: não produz excesso de hormônios, não causa</p><p>hipertireoidismo, apresentam vários nódulos.</p><p>• Sintomas: abaulamento no pescoço, sintomas compressivos (dificuldade de</p><p>engolir ou respirar), ser for tóxico (sintomas do hipertireoidismo –</p><p>tremores, agitação, sudorese, perda de peso, palpitações)</p><p>• Se for câncer: Pode ter alguns outros sintomas bócio endurecido, fixo,</p><p>crescimento rápido, rouquidão).</p><p>PALPAÇÃO DE</p><p>LINFONODOS</p><p>Linfonodos</p><p>• Sistema Linfático: vasos e gânglios</p><p>Sistema com atuação integrada ao sistema circulatório, apresenta a função</p><p>de drenar o líquido (linfa) que fica retido nos espaços intercelulares.</p><p>• Detectar e eliminar resíduos do organismo.</p><p>• Indicador sensível – processo inflamatório e infeccioso localizado ou generalizado.</p><p>Linfonodos: também chamados de nodos linfáticos, são estruturas pequenas</p><p>ovaladas distribuídas ao longo dos vasos linfáticos. Atuam filtrando a linfa,</p><p>preservando e destruindo micro-organismos e partículas estranhas.</p><p>Realizar a palpação dos</p><p>linfonodos:</p><p>• Consistência</p><p>• Indolor</p><p>• Normalmente não palpáveis</p><p>• Movéis</p><p>Palpação dos linfonodos:</p><p>• O examinador de frente para o examinado.</p><p>• A cabeça fletida e apoiada na mão do examinador.</p><p>• Polpa dos dedos e movimentos circulares.</p><p>Referências</p><p>MARTINS, E.R. Manual do exame físico para o enfermeiro. Rio de janeiro. Águia</p><p>Dourada, 2015, p.286.</p><p>PORTO, C.C. Semiologia médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.</p><p>pp.1448.</p><p>BARROS, A.L.B.L. e Cols. Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica de</p><p>enfermagem no adulto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. pp.440.</p><p>NETTINA, S.N. Prática de enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.</p><p>ANDRIS, D.A. et al. Semiologia: Bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro:</p><p>Guanabara Koogan, 2006.</p>