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<p>Conhecimentos básicos</p><p>“É melhor você tentar algo,</p><p>vê-lo não funcionar e</p><p>aprender com isso, do que</p><p>não fazer nada.”</p><p>Mark Zuckerberg</p><p>COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Interpretação De Texto</p><p>Como Interpretar Textos</p><p>É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de</p><p>textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante</p><p>em provas relacionadas a concursos públicos.</p><p>Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões</p><p>relacionadas a textos.</p><p>TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo</p><p>capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).</p><p>CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa</p><p>informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a</p><p>estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-</p><p>se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto</p><p>original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.</p><p>INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores</p><p>através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a</p><p>identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou</p><p>fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões</p><p>apresentadas na prova.</p><p>Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:</p><p>1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo,</p><p>de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).</p><p>2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do</p><p>texto.</p><p>3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.</p><p>4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.</p><p>5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.</p><p>EXEMPLO</p><p>TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES</p><p>"O HOMEM UNIDO ‖ A INTEGRAÇÃO DO MUNDO</p><p>A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE</p><p>A UNIÃO DO HOMEM</p><p>HOMEM + HOMEM = MUNDO</p><p>A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)</p><p>Condições Básicas Para Interpretar</p><p>Fazem-se necessários:</p><p>a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;</p><p>b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;</p><p>OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos,</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>denotação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.</p><p>c) Capacidade de observação e de síntese e</p><p>d) Capacidade de raciocínio.</p><p>Interpretar X Compreender</p><p>INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA</p><p>- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR</p><p>CONCLUSÕES, DEDUZIR.</p><p>- TIPOS DE ENUNCIADOS</p><p>• Através do texto, INFERE-SE que...</p><p>• É possível DEDUZIR que...</p><p>• O autor permite CONCLUIR que...</p><p>• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar</p><p>que...</p><p>- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO</p><p>QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.</p><p>- TIPOS DE ENUNCIADOS:</p><p>• O texto DIZ que...</p><p>• É SUGERIDO pelo autor que...</p><p>• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a</p><p>afirmação...</p><p>• O narrador AFIRMA...</p><p>Erros De Interpretação</p><p>É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais freqüentes</p><p>são:</p><p>a) Extrapolação (viagem)</p><p>Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por</p><p>conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.</p><p>b) Redução</p><p>É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um</p><p>conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.</p><p>c) Contradição</p><p>Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas</p><p>e, conseqüentemente, errando a questão.</p><p>OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,</p><p>mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR</p><p>DIZ e nada mais.</p><p>COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou</p><p>parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,</p><p>uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai</p><p>dizer e o que já foi dito.</p><p>OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do</p><p>pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu</p><p>antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor</p><p>semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.</p><p>Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz</p><p>erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo</p><p>adequado a cada circunstância, a saber:</p><p>QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS</p><p>CONDIÇÕES DA FRASE.</p><p>QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.</p><p>QUEM (PESSOA)</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO POSSUÍDO.</p><p>COMO (MODO)</p><p>ONDE (LUGAR)</p><p>QUANDO (TEMPO)</p><p>QUANTO (MONTANTE)</p><p>EXEMPLO:</p><p>Falou tudo QUANTO queria (correto)</p><p>Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).</p><p>• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO,</p><p>SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e,</p><p>por força desse hábito cometem-se erros graves como:</p><p>- ― Ele correu risco de vida ―, quando a verdade o risco era de morte.</p><p>- ― Senhor professor, eu lhe vi ontem ―. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O .</p><p>- ― No bar: ―ME VÊ um café‖. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso</p><p>4 técnicas para virar um especialista em interpretação de texto</p><p>Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de</p><p>texto</p><p>Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e,</p><p>mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando</p><p>nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil</p><p>entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar</p><p>no vestibular!).</p><p>Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira</p><p>abaixo:</p><p>1) Leia com um dicionário por perto</p><p>Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom</p><p>nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um</p><p>dicionário por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a</p><p>pena separar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado</p><p>da palavra. Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao</p><p>dicionário toda hora.</p><p>2) Faça paráfrases</p><p>Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou</p><p>uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras</p><p>dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes</p><p>não tem uma boa condução de um veículo, que faz erros no trânsito. No</p><p>passado o barbeiro era conhecido por fazer várias funções além do corte dos cabelos e barba, eles</p><p>também faziam sangrias utilizando sanguessugas, retirava calos e extraiam dentes. Mas por não</p><p>serem peritos nessas tarefas de forma perfeita e acabavam deixando marcas em seus clientes.</p><p>Depois de um tempo, o termo “coisa de barbeiro” passou a ser usado na Europa para pessoas que</p><p>acabavam fazendo uma tarefa de maneira errada. Mas essa expressão é originalmente brasileira</p><p>quando se trata de alguém que não sabe dirigir bem.</p><p>O Que São?</p><p>As expressões linguísticas são aqueles termos ou frases que possuem um significado diferente</p><p>daquele que as palavras teriam isoladamente. Esses termos trazem com eles traços culturais de</p><p>determinada região onde são utilizados. Boa parte deles possui origem de alguma situação histórica</p><p>ou de alguns hábitos que eram praticados pelas populações antigamente e que nos dias de hoje</p><p>podem ter sido esquecidos.</p><p>O uso dessas expressões é muito importante para a comunicação informal, tanto na escrita quanto na</p><p>fala, sendo bastante utilizadas em discursos e correspondência formal.</p><p>A pessoa que escreve ou fala, ao usar expressões idiomáticas tem como motivo a vontade de incluir</p><p>na frase algo diferente que do que é pregado pela linguagem convencional. Ao utilizar esse tipo de</p><p>expressão, essa pessoa pode fazer com que a frase tenha mais força ou suavidade, deixando-a mais</p><p>rica. O poder de enfatizar os sentimentos de alguém fica mais claro. E o uso das expressões</p><p>idiomáticas para alguém que fala, pode definir o seu grau de domínio. Vejamos alguns exemplos:</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Acabar em pizza Geralmente é usada quando uma situação mal</p><p>resolvida chega-se ao fim.</p><p>A dar com pau Significa em grande quantidade</p><p>Água que passarinho não bebe Significa cachaça, pinga.</p><p>Acertar na mosca Acertar no alvo, ser preciso.</p><p>Acha (produrar) chifre em cabeça de cavalo. Procurar algum problema onde não existe.</p><p>A céu aberto Significa fazer algo ao ar livre.</p><p>Advogado do diabo Pessoa que defende alguém que não é digno de</p><p>defesa.</p><p>Agarrar com unhas e dentes Fazer de tudo para não perder aquele algo. Por</p><p>exemplo, uma oportunidade de emprego.</p><p>O Significado Histórico</p><p>Essas expressões idiomáticas não vieram do nada. No Passado essas expressões eram utilizadas</p><p>mas com tendo um sentido diferente da que conhecemos hoje.</p><p>Por exemplo, a expressão tirar o cavalo da chuva é entendida como tirar a intenção de alguém, de</p><p>fazer algo que estava pensando. Mas antigamente, como foi observado no livro “A casa da Mãe</p><p>Joana”, essa expressão estava relacionada à maneira de como se recebia as pessoas no ambiente</p><p>doméstico. Pois os cavalos naquela época eram os meios de transporte, e ao chegar em algum lugar</p><p>o local onde o cavalo fosse amarrado definiria se a pessoa iria ou não demorar naquela residência.</p><p>Outro exemplo se dá na expressão “motorista barbeiro”. Entendemos na atualidade como sendo</p><p>aquele motorista que não tem uma boa condução de um veículo, que faz erros no trânsito. No</p><p>passado o barbeiro era conhecido por fazer várias funções além do corte dos cabelos e barba, eles</p><p>também faziam sangrias utilizando sanguessugas, retirava calos e extraiam dentes. Mas por não</p><p>serem peritos nessas tarefas de forma perfeita e acabavam deixando marcas em seus clientes.</p><p>Depois de um tempo, o termo “coisa de barbeiro” passou a ser usado na Europa para pessoas que</p><p>acabavam fazendo uma tarefa de maneira errada. Mas essa expressão é originalmente brasileira</p><p>quando se trata de alguém que não sabe dirigir bem.</p><p>Pois bem, não só esta, mas também várias outras expressam um significado próprio. Assim sendo,</p><p>para que possamos ficar um pouco mais informados sobre esse assunto, que tal conhecermos mais</p><p>algumas delas?</p><p>As expressões idiomáticas fazem parte do nosso vocabulário cotidiano</p><p>Amigo da onça – amigo interesseiro, traidor.</p><p>Andar nas nuvens – estar desatento, distraído.</p><p>Arregaçar as mangas – dar início a um trabalho ou a uma atividade.</p><p>Bater na mesma tecla – insistir demais no mesmo assunto.</p><p>Boca de siri – manter segredo sobre algo.</p><p>Cara de pau – descarado, sem-vergonha.</p><p>Entrar pelo cano – ficar encrencado, dar-se mal em alguma coisa.</p><p>Lavar as mãos – não se envolver, deixar como está.</p><p>Meia-boca – de qualidade média para ruim.</p><p>Pagar o pato – ser responsabilizado por algo que não cometeu.</p><p>Pendurar as chuteiras – aposentar-se, desistir de algo.</p><p>Pensar na morte da bezerra – distrair-se.</p><p>Quebrar o galho – dar soluções improvisadas.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Rodar a baiana – fazer escândalos.</p><p>Segurar vela – atrapalhar um namoro, ser o único solteiro numa roda de casais.</p><p>Soltar a franga – estar desinibido.</p><p>Trocar as bolas – atrapalhar-se.</p><p>Trocar os pés pelas mãos – agir com pressa, desajeitadamente.</p><p>Dicionário Paulistanês: conheça o significado de 10 expressões tipicamente paulistanas</p><p>Quer ver como funciona? Separamos 10 exemplos de palavras que estão no dicionário, a começar</p><p>por aquela está lá no topo do post. Acompanhe, mano:</p><p>1. Firmeza:</p><p>(Ok) – Afirmativo, ok. Pode significar também “tudo bem”.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Firmão no guidão?”</p><p>“Firmeza.”</p><p>2. (Ice candy) – Sacolé, chupe-chupe, sacolete, din-din, chupa-chupa, big-bem, juju, gelinho,</p><p>suquinho, flau.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“OLHA O GELADINHO!”</p><p>3. (Ibirapuera Park) – Verbete que refere-se ao Parque Ibirapuera, localizado no bairro da Vila</p><p>Mariana.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Pega o ônibus 875M-10, que ele passa lá no Ibira.”</p><p>4. (Ok/ Sure) – Resposta afirmativa a algum convite. Semelhante a “Demorô”.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Já é Ano Novo. Vamos pular as ondinhas?”</p><p>“Já é! Bora.”</p><p>5. Agente de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego, cujo uniforme é marrom.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Olha o marronzinho canetando, lá.”</p><p>6. (In a hurry/busy) – Atarefado ou ainda “tudo bem”, “estou bem”, pois o paulistano adora trabalho.</p><p>Também pode ser usado como “no maior corre”.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Como você está? “</p><p>“Ih, na correria. E você?”</p><p>7. (Hard) – Difícil, complicado, complexo, trabalhoso, árduo.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Fazer dieta é osso.”</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>8. (Bakery) – Padaria.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Vai lá na padoca e compra pão pra mãe, filho?”</p><p>9. (Meeting/Gathering in a Shopping/Parque) – Encontro de centenas a milhares de amigos, em geral</p><p>adolescentes, em um Shopping/Parque. Normalmente é marcado nas redes sociais.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Mais de 6 mil pessoas estiveram no rolezinho do último sábado, segundo a…”</p><p>10. Expressão afirmativa, o mesmo que “com certeza” ou “sim, vamos”.</p><p>Exemplo de uso:</p><p>“Tô com fome. Vamos comer?”</p><p>“Demorô.”</p><p>O Que É Palavra:</p><p>Palavra é um termo, um vocábulo, uma expressão. É uma manifestação verbal ou escrita formada</p><p>por um grupo de fonemas com uma significação. Do latim parábola.</p><p>Palavra é um conjunto de sons articulados que expressam ideias e são representados por uma grafia,</p><p>formada por uma reunião de letras, que quando agrupadas formam as frases.</p><p>Algumas expressões são usadas para reforçar o sentido da palavra. Ex.:</p><p>Palavra de rei - quando se afirma que uma promessa será cumprida ou que a afirmação é</p><p>incontestável;</p><p>Medir ou pesar as palavras – falar com prudência, tomar cuidado no que diz;</p><p>Meias palavras – palavras duvidosas ou pouco expressivas;</p><p>Tirar a palavra da boca de alguém – antecipar-se em declarar o que a pessoa ia dizer;</p><p>Palavra por palavra – sem nenhuma alteração</p><p>nas palavras ou na ordem em que se acham;</p><p>Cortar a palavra – impedir que alguém continue falando;</p><p>Dar a palavra a – permitir que alguém fale e também assegurar o cumprimento de uma promessa.</p><p>Pedir a palavra – solicitar permissão para falar;</p><p>Pessoa de palavra – que cumpre o que promete;</p><p>Em quatro palavras – com brevidade, laconicamente;</p><p>Santas palavras – exclamação que se profere ao ouvir as palavras que se estava esperando;</p><p>Molhar a palavra – tomar alguma bebida alcoólica.</p><p>Sinônimos E Antônimos</p><p>A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do</p><p>discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os</p><p>significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus</p><p>significados.</p><p>SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que</p><p>possuem significado ou sentido semelhante.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.</p><p>Estas palavras são chamadas de sinônimos.</p><p>Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.</p><p>Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.</p><p>A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:</p><p>• adversário e antagonista;</p><p>• translúcido e diáfano;</p><p>• semicírculo e hemiciclo;</p><p>• contraveneno e antídoto;</p><p>• moral e ética;</p><p>• colóquio e diálogo;</p><p>• transformação e metamorfose;</p><p>• oposição e antítese.</p><p>ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto</p><p>Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe</p><p>ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.</p><p>Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.</p><p>Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.</p><p>Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:</p><p>• bendizer e maldizer;</p><p>• simpático e antipático;</p><p>• progredir e regredir;</p><p>• concórdia e discórdia;</p><p>• ativo e inativo;</p><p>• esperar e desesperar;</p><p>• comunista e anticomunista;</p><p>• simétrico e assimétrico.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ortografia Oficial</p><p>Todas as regras ortográficas da gramática portuguesa.</p><p>Caso x / ch</p><p>1) x / ch nas palavras provenientes do latim:</p><p>1.1) Emprego do ch:</p><p>Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch":</p><p>afflare > achar</p><p>flagrare > cheirar</p><p>flamma > chama</p><p>caplu > cacho</p><p>clamare > chamar</p><p>claven > chave</p><p>masclu > macho</p><p>planus > chão</p><p>plenus > cheio</p><p>plorare > chorar</p><p>plumbum > chumbo</p><p>pluvia > chuva</p><p>1.2) Emprego do x:</p><p>a) Proveniente do x latino:</p><p>exaguare > enxaguar</p><p>examen > exame</p><p>laxare > deixar</p><p>luxu > luxo</p><p>b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce:</p><p>miscere > mexer</p><p>passione > paixão</p><p>pisce > peixe</p><p>2) Emprega-se a letra x:</p><p>x1) Após ditongo:</p><p>ameixa</p><p>caixa</p><p>peixe</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exceções:</p><p>recauchutar (do francês recaoutchouter)</p><p>guache (do francês gouache)</p><p>caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um idioma</p><p>indígena, mas está em nossa ortografia oficial)</p><p>x2) Em palavras iniciadas por ME:</p><p>Mexerica</p><p>México</p><p>Mexilhão</p><p>Mexer</p><p>Exceção:</p><p>mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal</p><p>"mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x.</p><p>X3) Em palavras iniciadas por EN:</p><p>Enxada</p><p>Enxerto</p><p>Enxurrada</p><p>Exceção1:</p><p>enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua);</p><p>Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch:</p><p>enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio;</p><p>encharcar = en + radical de charco;</p><p>enchiqueirar = en + radical de chiqueiro;</p><p>enchapelar = en + radical de chapéu;</p><p>enchumaçar = en + radical de chumaço</p><p>x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são:</p><p>Araxá - lugar alto onde primeiro se avista o sol.</p><p>Abacaxi - de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira);</p><p>Capixaba - roça, roçado, terra limpa para plantação.</p><p>Caxumba</p><p>Pataxó - tribo.</p><p>Queixada - “o que corta”.</p><p>Xará - de xe rera, "meu nome".</p><p>Xavante - tribo.</p><p>Xaxim - do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena.</p><p>Ximaana – tribo.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Xingu - água boa, água limpa, na língua Kamayurá.</p><p>Exceção:</p><p>Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça).</p><p>x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:</p><p>Almoxarife</p><p>Almoxarifado</p><p>Elixir (al-Axir)</p><p>Enxaqueca (xaqiqa - meia cabeça)</p><p>Haxixe (hashish - maconha)</p><p>Oxalá (in sha allah ou inshallah - se Deus quiser)</p><p>Xarope</p><p>Xadrez (xatranj)</p><p>Xarope (xarab - bebida, poção)</p><p>Xeque</p><p>Xeque-mate</p><p>Exceções:</p><p>Alcachofra (Alkharshof - fruto do cardo manso)</p><p>Chafariz</p><p>x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:</p><p>Afoxé</p><p>Axé</p><p>Borocoxô</p><p>Exu</p><p>Fuxico</p><p>Maxixe</p><p>Orixá</p><p>Xendengue (magro, franzino)</p><p>Xangô (Xa - Senhor; Ag + No - Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma)</p><p>Xaxado</p><p>Xingar</p><p>XinXim</p><p>Xodó</p><p>Exceções:</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Cachimbo (kixima)</p><p>Cachaça</p><p>Cochicho</p><p>Cochilar</p><p>Chilique</p><p>3) Emprega-se ch:</p><p>ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são:</p><p>Avalanche (Avalónch)</p><p>Cachê (Cachet)</p><p>Cachecol (Cacher)</p><p>Chalé (Chalet)</p><p>Chassi (Chânssis)</p><p>Champanhe (Champagne)</p><p>Champignon (Champignon)</p><p>Chantilly (Chantilly)</p><p>Chance (Chance)</p><p>Chapéu (Chapeau)</p><p>Chantagem (Chantage)</p><p>Charme (Charme)</p><p>Chefe (Chef)</p><p>Chique (Chic)</p><p>Chofer (Chauffeur)</p><p>Clichê (Cliché)</p><p>Creche (Crèche)</p><p>Crochê (Crochet)</p><p>Debochar (Débaucher)</p><p>Fetiche (Fétiche)</p><p>Guichê (Guichet)</p><p>Manchete (Manchette)</p><p>Pochete (Pochette)</p><p>Revanche (Revanche)</p><p>Voucher (Vocher)</p><p>Caso g / j</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>1) Palavras provenientes do latim e do grego:</p><p>1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego:</p><p>a) Latim:</p><p>agere > agir</p><p>agitare > agitar</p><p>digit(i) (raiz) > digitar</p><p>gestu > gesto</p><p>gelu > gelo</p><p>liturgia > liturgia</p><p>tegella > tigela</p><p>Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa)</p><p>b) Grego:</p><p>eksegesis > exegese</p><p>gymnastics > ginástica</p><p>hégemonikós > hegemônico</p><p>logiké > lógico</p><p>synlogismos > sologismo</p><p>Exceção:</p><p>aggelos > anjo (angeolatria é com g)</p><p>1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém:</p><p>a) Da consonantização do I semiconsoante latino:</p><p>iactu > jeito</p><p>iam > já</p><p>iocus > jogo</p><p>maiestate > majestade</p><p>b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal:</p><p>basiu > beijo</p><p>casiu > queijo</p><p>hodie > hoje</p><p>radiare > rajar</p><p>2) Emprega-se a letra g:</p><p>g1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g:</p><p>engessar (de gesso)</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>faringite (de faringe)</p><p>selvageria (de selvagem)</p><p>Exceção:</p><p>coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar</p><p>g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio:</p><p>pedágio</p><p>sacrilégio</p><p>prestígio</p><p>relógio</p><p>refúgio</p><p>g3) Os</p><p>substantivos terminados em gem:</p><p>viagem</p><p>coragem</p><p>ferrugem</p><p>Exceção:</p><p>pajem</p><p>lambujem</p><p>g4) Nos verbos terminados em ger e gir:</p><p>eleger</p><p>mugir</p><p>g5) Em geral, após R:</p><p>aspergir</p><p>divergir</p><p>submergir</p><p>3) Emprega-se a letra j:</p><p>j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j:</p><p>sarjeta (de sarja)</p><p>lojista (de loja)</p><p>canjica (de canja)</p><p>sarjeta (de sarja)</p><p>gorjeta (de gorja)</p><p>j2) Nos verbos terminados em jar:</p><p>viajar</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>encorajar</p><p>enferrujar</p><p>j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:</p><p>alforje (al hurj <sacola>)</p><p>azulejo (azzelij)</p><p>berinjela (badanjanah)</p><p>javali (djabali)</p><p>jaleco (jalikah)</p><p>jarra (djarrah)</p><p>laranja (narandja)</p><p>Exceções:</p><p>álgebra (al-jabr)</p><p>algema (al jamad <a pulseira>)</p><p>giz (jibs)</p><p>girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.))</p><p>j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:</p><p>beiju</p><p>cajá</p><p>caju</p><p>canjica</p><p>carijó</p><p>guarajuba</p><p>itajuba</p><p>itajaí</p><p>jequiriti</p><p>jequitibá</p><p>jerimum</p><p>jibóia (cobra d’água).</p><p>jumana (tribo).</p><p>jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal).</p><p>jenipapo</p><p>jururu</p><p>maracujá</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>marajó</p><p>mucujê</p><p>pajé</p><p>Ubirajara</p><p>Exceção: Sergipe</p><p>J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:</p><p>acarajé</p><p>Iemanjá</p><p>jabá</p><p>jagunço</p><p>jererê (cigarro de maconha)</p><p>jiló</p><p>jurema</p><p>Exceções:</p><p>bugiganga</p><p>ginga</p><p>Caso c ou ç / s ou ss</p><p>O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç.</p><p>acetato</p><p>ácido</p><p>açafrão</p><p>aço</p><p>açúcar</p><p>Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss:</p><p>manso</p><p>concurso</p><p>expulso</p><p>prosseguir</p><p>girassol</p><p>pessoa</p><p>s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR:</p><p>aspergir = aspersão</p><p>compelir = compulsório</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>concorrer = concurso</p><p>discorrer = discurso</p><p>expelir = expulsão, expulso</p><p>imergir = imersão</p><p>impelir = impulsão, impulso</p><p>s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das</p><p>letras “D – T – M”em suas derivações:</p><p>circuncidar (circumcidere) = circuncisão, circunciso</p><p>ascender (ascendere) = ascensão</p><p>suceder (succedere) = sucessão / sucesso</p><p>expandir (expandere) = expansão / expansível</p><p>iludir (illudere) = ilusão / ilusório</p><p>progredir (progredere) = progressão / progressivo / progresso</p><p>submeter (submittere) = submissão / submisso</p><p>discutir (discutere) = discussão</p><p>suprimir (supprimere) = supressão / supresso</p><p>redimir (redimere) = remissão / remisso</p><p>Observe também a origem latina:</p><p>excluir (de excludere) = exclusão</p><p>incluir (de includere) = inclusão...</p><p>c1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER - TIR - MIR quando mudam o radical</p><p>recebem ç:</p><p>agir = ação</p><p>excetuar = exceção</p><p>proteger = proteção</p><p>promover = promoção</p><p>c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações:</p><p>acomodar = acomodação</p><p>consolidar = consolidação</p><p>conter = contenção</p><p>fundar = fundação</p><p>fundir = fundição</p><p>remir = remição</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>reter = retenção</p><p>saudar = saudação</p><p>torcer = torção</p><p>distorcer = distorção</p><p>Observe também a origem latina:</p><p>manter (manutenere) = manutenção</p><p>nadar (natare) = natação</p><p>c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s:</p><p>eleição</p><p>traição</p><p>foice</p><p>c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço.</p><p>barca = barcaça</p><p>rico = ricaço</p><p>cota = cotação</p><p>aguço = aguçar</p><p>merece = merecer</p><p>carne = carniça</p><p>canil = caniço</p><p>esperar = esperança</p><p>cara = carapuça</p><p>dente = dentuço</p><p>c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:</p><p>açafrão</p><p>açoite</p><p>açougue</p><p>açude</p><p>açúcar</p><p>açucena</p><p>alface</p><p>alvoroço</p><p>ceifa</p><p>celeste</p><p>cetim</p><p>cifra</p><p>Exceção:</p><p>arsenal</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>carmesim</p><p>safra</p><p>salada</p><p>sultão</p><p>c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:</p><p>araçá</p><p>açaí</p><p>babaçu</p><p>cacique</p><p>caiçara</p><p>camaçari</p><p>cipó</p><p>cupuaçu</p><p>Iguaçu</p><p>Iracema</p><p>juçara</p><p>maçaranduba</p><p>maniçoba</p><p>paçoca</p><p>piaçava</p><p>piraguaçu</p><p>Exceção (todas começam com som de s, menos cipó):</p><p>sabiá</p><p>sagui</p><p>saci</p><p>samambaia</p><p>sariguê</p><p>savana</p><p>Sergipe</p><p>siri</p><p>suçuarana</p><p>sucuri</p><p>sururu</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:</p><p>bagunça</p><p>caçamba</p><p>cachaça</p><p>caçula</p><p>cangaço</p><p>jagunço</p><p>lambança</p><p>miçanga</p><p>Exceção (todas começam com som de s):</p><p>sapeca</p><p>samba</p><p>senzala</p><p>serelepe</p><p>songamonga</p><p>sova (pancada)</p><p>Caso z / s</p><p>1) Emprega-se a letra s:</p><p>s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:</p><p>análise = analisar, analisado</p><p>pesquisa = pesquisar, pesquisado.</p><p>Exceção: catequese = catequizar.</p><p>s2) Após ditongo quando houver som de z:</p><p>Creusa</p><p>coisa</p><p>maisena</p><p>s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER:</p><p>(Ele) pôs</p><p>(Ele) quis</p><p>(Nós) pusemos</p><p>(Nós) quisemos</p><p>(Se eu) puser</p><p>(Se eu) quiser</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”):</p><p>horrorosa</p><p>gostoso</p><p>Exceção: gozo</p><p>s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE:</p><p>frase</p><p>tese</p><p>crase</p><p>crise</p><p>osmose</p><p>Exceções: deslize e gaze.</p><p>s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade,</p><p>profissão, estado social, títulos honoríficos.</p><p>chinês</p><p>chinesa</p><p>camponês</p><p>poetisa</p><p>burguês</p><p>burguesa</p><p>freguesia</p><p>Luísa</p><p>Heloísa</p><p>Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz).</p><p>z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos</p><p>de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:</p><p>escasso / escassez</p><p>macio / maciez</p><p>rígido / rigidez</p><p>sensato / sensatez</p><p>surdo / surdez</p><p>avaro / avareza</p><p>certo / certeza</p><p>duro / dureza</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>nobre / nobreza</p><p>pobre / pobreza</p><p>rico / riqueza</p><p>z2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos</p><p>"zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de</p><p>ligação com o infixo.</p><p>pazada</p><p>cafezal</p><p>homenzarrão</p><p>açaizeiro</p><p>papelzinho</p><p>cãozito</p><p>mãezona</p><p>mãozorra</p><p>pezudo</p><p>Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):</p><p>asa = asinha</p><p>riso = risinho</p><p>casa = casinha</p><p>Inês = Inesita</p><p>Teresa = Teresinha</p><p>z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR:</p><p>útil = utilizar</p><p>terror = aterrorizar</p><p>economia = economizar</p><p>Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):</p><p>análise = analisar</p><p>pesquisa = pesesquisar</p><p>improviso = improvisar</p><p>Exceção da Exceção: catequese = catequizar.</p><p>Caso ex / es</p><p>1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao</p><p>passarem do latim clássico para o português.</p><p>expectorare > expectorar;</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>expansione > expansão;</p><p>expellere > expelir;</p><p>experimentu > experimento;</p><p>expiratione > expiração;</p><p>extrinsecu > extrínseco;</p><p>extensione > extensão;</p><p>Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao</p><p>passar do latim vulgar para o português.</p><p>excusare > escusar;</p><p>excavare > escavar;</p><p>exprimere > espremer;</p><p>extraneo > estranho;</p><p>extendere > estender;</p><p>O verbo "estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13, originária do latim vulgar, quando</p><p>o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no</p><p>século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua</p><p>origem (extensio). Tal como "extensão", escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc.</p><p>2) Já as palavras</p><p>que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português:</p><p>scapula > escápula;</p><p>scrotu > escroto;</p><p>spatula > espátula;</p><p>spectru > espectro;</p><p>speculare > especular;</p><p>spiral > espiral;</p><p>spontaneu > espontâneo;</p><p>spuma > espuma;</p><p>statura > estatura;</p><p>sterile > estéril</p><p>stertore > estertor;</p><p>strutura > estrutura;</p><p>Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em</p><p>português. Ex:</p><p>escotoma</p><p>esclerótica</p><p>esfenoide</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>esplâncnico</p><p>estase</p><p>estenose</p><p>estroma</p><p>Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação)</p><p>e êxtase (do gr. ekstásis - ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve</p><p>distinguir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que</p><p>se extraiu de alguma coisa.</p><p>Caso sc</p><p>Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino:</p><p>abscesso (abscessus);</p><p>acrescer (accrescere);</p><p>adolescente (adolescentis);</p><p>aquiescer (acquiescere);</p><p>ascender (ascendere);</p><p>consciência (conscientia);</p><p>crescer (crescere);</p><p>descer (descendere);</p><p>disciplina (disciplina);</p><p>fascículo (fasciculus);</p><p>fascinar (fascinare);</p><p>florescer (florescere);</p><p>lascivo (lascivu);</p><p>nascer (nascere);</p><p>oscilar (oscillare);</p><p>obsceno (obscenus);</p><p>rescindir (rescindere);</p><p>víscera (viscus);</p><p>Caso c / qu e Forma Variantes</p><p>Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com qu:</p><p>catorze / quatorze</p><p>cociente / quociente</p><p>cota / quota</p><p>cotidiano / quotidiano</p><p>cotizar / quotizar</p><p>E existem variantes aceitas para outras palavras:</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>abdome e abdômen</p><p>açoitar e açoutar</p><p>afeminado e efeminado</p><p>aluguel ou aluguer</p><p>arrebitar e rebitar</p><p>arremedar e remedar</p><p>assoalho e soalho</p><p>assobiar e assoviar</p><p>assoprar e soprar</p><p>Azalea e Azaleia</p><p>bêbado e bêbedo</p><p>bilhão e bilião</p><p>bílis e bile</p><p>bombo e bumbo</p><p>bravo e brabo</p><p>caatinga e catinga</p><p>cãibra e câimbra</p><p>carroçaria e carroceria</p><p>catucar e cutucar</p><p>chipanzé e chimpanzé</p><p>coisa e cousa</p><p>degelar e desgelar</p><p>dependurar e pendurar</p><p>derrubar e derribar</p><p>desenxavido e desenxabido</p><p>diabete e diabetes</p><p>embaralhar e baralhar</p><p>enfarte e infarto</p><p>entretenimento e entretimento</p><p>entoação e entonação</p><p>enumerar e numerar</p><p>espécime e espécimen</p><p>espuma e escuma</p><p>estalar e estralar</p><p>este e leste (pontos cardeais)</p><p>flauta e frauta</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>flecha e frecha</p><p>geringonça e gerigonça</p><p>homogeneizar e homogenizar</p><p>húmus e humo</p><p>impingem e impigem</p><p>imundícia, imundície e imundice</p><p>intrincado e intricado</p><p>lide e lida</p><p>louro e loiro</p><p>macaxeira e macaxera</p><p>maltrapilho e maltrapido</p><p>malvadeza e malvadez</p><p>maquiagem e maquilagem</p><p>marimbondo e maribondo</p><p>matracar e matraquear</p><p>mobiliar e mobilhar</p><p>neblina e nebrina</p><p>nenê e neném</p><p>parênteses e parêntesis</p><p>percentagem e porcentagem</p><p>pitoresco, pinturesco e pintoresco</p><p>plancha e prancha</p><p>pólen e polem</p><p>quadrênio e quatriênio</p><p>quatrilhão e quatrilião</p><p>radioatividade e radiatividade</p><p>rastro e rasto</p><p>relampear e relampejar</p><p>remoinho e redemoinho</p><p>salobra e salobre</p><p>taberna e taverna</p><p>tesoura e tesoira</p><p>toicinho e toucinho</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>transpassar, traspassar e trespassar</p><p>transvestir e travestir</p><p>treinar e trenar</p><p>tríade e triada</p><p>trilhão e trilião</p><p>vasculhar e basculhar</p><p>Xérox e Xerox</p><p>xeretar e xeretear</p><p>Caso o / u</p><p>1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos:</p><p>boteco</p><p>botequim</p><p>cortiço</p><p>engolir</p><p>goela</p><p>mochila</p><p>moela</p><p>mosquito</p><p>mágoa</p><p>moleque</p><p>nódoa</p><p>tossir</p><p>toalete</p><p>zoar</p><p>2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos:</p><p>amuleto</p><p>entupir</p><p>jabuti</p><p>mandíbula</p><p>supetão</p><p>tábua</p><p>Caso e / i</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER:</p><p>No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo</p><p>possuir):</p><p>tu possuis</p><p>ele possui</p><p>Ortografia oficial</p><p>tu constróis</p><p>ele constrói</p><p>tu móis</p><p>ele mói</p><p>tu róis</p><p>ele rói</p><p>2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR:</p><p>No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo</p><p>entoar):</p><p>Que eu entoe</p><p>Que tu entoes</p><p>Que ele entoe</p><p>Que nós entoemos</p><p>Que vós entoeis</p><p>Que eles entoem</p><p>3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear...) fazem um</p><p>ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e</p><p>3ª do plural,):</p><p>PRESENTE DO</p><p>INDICATIVO</p><p>PRETÉRITO</p><p>PERFEITO</p><p>FUTURO PRESENTE DO</p><p>SUBJUNTIVO</p><p>(que…)</p><p>Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie</p><p>Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies</p><p>Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie</p><p>Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos</p><p>Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis</p><p>Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem</p><p>4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO:</p><p>(Inter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas</p><p>formas rizotônicas:</p><p>Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular):</p><p>PRESENTE DO</p><p>INDICATIVO</p><p>PRESENTE DO</p><p>SUBJUNTIVO</p><p>(que…)</p><p>PRESENTE DO</p><p>INTICATIVO</p><p>PRESENTE DO</p><p>SUBJUNTIVO</p><p>(que…)</p><p>Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies</p><p>Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie</p><p>Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos</p><p>Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis</p><p>Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem</p><p>DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da</p><p>Constituição, e</p><p>Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 54, de 18 de</p><p>abril de 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro</p><p>de 1990;</p><p>Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação do referido Acordo</p><p>junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, na qualidade de depositário</p><p>do ato, em 24 de junho de 1996;</p><p>Considerando que o Acordo entrou em vigor internacional em 1o de janeiro de 2007, inclusive para o</p><p>Brasil, no plano jurídico externo;</p><p>DECRETA:</p><p>Art. 1o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, entre os Governos da República de Angola, da</p><p>República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República de Guiné-Bissau, da</p><p>República de Moçambique, da República Portuguesa e da República Democrática de São Tomé e</p><p>Príncipe, de 16 de dezembro de 1990, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e</p><p>cumprido tão inteiramente como nele se contém.</p><p>Art. 2o O referido Acordo produzirá efeitos somente a partir de 1o de janeiro de 2009.</p><p>Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de</p><p>2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor</p><p>e a nova norma estabelecida.</p><p>Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de</p><p>2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor</p><p>e a nova norma estabelecida. (Redação dada pelo Decreto nº 7.875, de 2012)</p><p>Art. 3o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em</p><p>revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art.</p><p>49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.</p><p>Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de</p><p>sua publicação.</p><p>Brasília, 29 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.</p><p>LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA</p><p>Celso Luiz Nunes Amorim</p><p>Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.9.2008</p><p>Acordo Ortográfico Da Língua Portuguesa</p><p>Considerando que o projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa aprovado em</p><p>Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de</p><p>Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe,</p><p>com a adesão da delegação de observadores da Galiza, constitui um passo importante para a defesa</p><p>da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Considerando que o texto do acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos Países</p><p>signatários,</p><p>a República Popular de Angola,</p><p>a República Federativa do Brasil,</p><p>a República de Cabo Verde,</p><p>a República da Guiné-Bissau,</p><p>a República de Moçambique,</p><p>a República Portuguesa,</p><p>e a República Democrática de São Tomé e Príncipe,</p><p>acordam no seguinte:</p><p>Artigo 1o</p><p>É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente</p><p>instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) e</p><p>vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo instrumento de</p><p>aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa</p><p>(1990).</p><p>Artigo 2o</p><p>Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências</p><p>necessárias com vista à elaboração, até 1 de janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum</p><p>da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se</p><p>refere às terminologias científicas e técnicas.</p><p>Artigo 3o</p><p>O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor em 1o de janeiro de 1994, após</p><p>depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo da República</p><p>Portuguesa.</p><p>Artigo 4o</p><p>Os Estados signatários adotarão as medidas que entenderem adequadas ao efetivo respeito da data</p><p>da entrada em vigor estabelecida no artigo 3o.</p><p>Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente credenciados para o efeito, aprovam o presente</p><p>acordo, redigido em língua portuguesa, em sete exemplares, todos igualmente autênticos.</p><p>Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990.</p><p>PELA REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA</p><p>JOSÉ MATEUS DE ADELINO PEIXOTO</p><p>Secretário de Estado da Cultura</p><p>PELA REPÚBLICA FEDERATIVA</p><p>DO BRASIL</p><p>CARLOS ALBERTO GOMES CHIARELLI</p><p>Ministro da Educação</p><p>PELA REPÚBLICA DE CABO VERDE</p><p>DAVID HOPFFER ALMADA</p><p>Ministro da Informação, Cultura e Desportos</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>23 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>PELA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU</p><p>ALEXANDRE BRITO RIBEIRO FURTADO</p><p>Secretário de Estado da Cultura</p><p>PELA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE</p><p>LUIS BERNARDO HONWANA</p><p>Ministro da Cultura</p><p>PELA REPÚBLICA PORTUGUESA</p><p>PEDRO MIGUEL DE SANTANA LOPES</p><p>Secretário de Estado da Cultura</p><p>PELA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE</p><p>LÍGIA SILVA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO COSTA</p><p>Ministra da Educação e Cultura</p><p>ANEXO I</p><p>ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>(1990)</p><p>Base I</p><p>Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados</p><p>1o)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma</p><p>minúscula e outra maiúscula:</p><p>a A (á) j J (jota) s S (esse)</p><p>b B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê)</p><p>c C (cê) l L (ele) u U (u)</p><p>d D (dê) m M (eme) v V (vê)</p><p>e E (é) n N (ene) w W (dáblio)</p><p>f F (efe) o O (ó) x X (xis)</p><p>g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon)</p><p>h H (agá) q Q (quê) z Z (zê)</p><p>i I (i) r R (erre)</p><p>Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre</p><p>duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).</p><p>2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.</p><p>2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:</p><p>a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus</p><p>derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, by</p><p>roniano; Taylor, taylorista;</p><p>b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus</p><p>derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;</p><p>c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso</p><p>internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-</p><p>kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>24 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de</p><p>nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à</p><p>nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano,</p><p>de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano,</p><p>de Shakespeare.</p><p>Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de</p><p>certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/</p><p>buganvílea/ bougainvíllea).</p><p>4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da</p><p>tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se</p><p>qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José,</p><p>Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação,</p><p>substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.</p><p>5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas</p><p>formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e</p><p>topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog;</p><p>Bensabat, Josafat.</p><p>Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valhadolid, em</p><p>que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas</p><p>condições.</p><p>Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos em apreço sejam usados sem a</p><p>consoante final Jó, Davi e Jacó.</p><p>6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto</p><p>possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando</p><p>entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg,</p><p>por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano,</p><p>por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.</p><p>Base II</p><p>Do h inicial e final</p><p>1º)O h inicial emprega-se:</p><p>a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor.</p><p>b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!.</p><p>2º)O h inicial suprime-se:</p><p>a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em</p><p>vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste</p><p>com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);</p><p>b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao</p><p>precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver;</p><p>3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que</p><p>está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história,</p><p>sobre-humano.</p><p>4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!</p><p>Base III</p><p>Da homofonia de certos grafemas consonânticos</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>25 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferençar</p><p>os</p><p>seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a</p><p>variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem</p><p>sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em</p><p>que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som.</p><p>Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:</p><p>1º)Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico,</p><p>chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar,</p><p>macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar,</p><p>tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir,</p><p>enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia,</p><p>xerife, xícara.</p><p>2º)Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema,</p><p>algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem,</p><p>frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio,</p><p>sege, Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de</p><p>papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová,</p><p>jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró,</p><p>jiquitaia, jirau, jiriti, jitirana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê,</p><p>pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito.</p><p>3º)Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão,</p><p>aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão,</p><p>remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso,</p><p>valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda,</p><p>codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar,</p><p>dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso,</p><p>remessa, sossegar; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia,</p><p>Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçanje,</p><p>caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar,</p><p>Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama,</p><p>quiçamba, Seiça (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça,</p><p>terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.</p><p>4º)Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor</p><p>fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo,</p><p>espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar,</p><p>extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De</p><p>acordo com esta distinção convém notar dois casos:</p><p>a)Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre que está precedido</p><p>de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear,</p><p>mixto, sixtina, Sixto.</p><p>b)Só nos advérbios em –mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de</p><p>outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s toma sempre o lugar de z: Biscaia, e</p><p>não Bizcaia.</p><p>5º)Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás,</p><p>anis, após atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país,</p><p>português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdés; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz,</p><p>dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz,</p><p>Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final</p><p>equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz.</p><p>6º)Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso,</p><p>analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil,</p><p>brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende,</p><p>frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>26 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, narciso, Nisa, obséquio,</p><p>ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa,</p><p>tisana, transe, trânsito, vaso; exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato,</p><p>inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar,</p><p>beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar,</p><p>lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela.</p><p>Base IV</p><p>Das seqüências consonânticas</p><p>1º)O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de</p><p>sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se</p><p>conservam, ora se eliminam.</p><p>Assim:</p><p>a)Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da</p><p>língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico,</p><p>erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.</p><p>b)Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação,</p><p>acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar,</p><p>batizar, Egito, ótimo.</p><p>c)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer</p><p>geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o</p><p>emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, se</p><p>ctor e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção.</p><p>d)Quando, nas seqüências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado</p><p>nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se,</p><p>respectivamente nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e</p><p>assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.</p><p>2º)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer</p><p>geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da</p><p>seqüência bd, em súbdito; o b da seqüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd,</p><p>em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalot</p><p>omia; o m da seqüência mn,</p><p>em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente,</p><p>etc.; o t, da seqüência tm, em aritmética e aritmético.</p><p>Base V</p><p>Das vogais átonas</p><p>1º)O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, regula-se fundamentalmente</p><p>pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas</p><p>grafias:</p><p>a)Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave</p><p>planta; diferente de cardial = “relativo à cárdia”), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes,</p><p>lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha,</p><p>quase (em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro,</p><p>arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo</p><p>e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir,</p><p>Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual,</p><p>imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;</p><p>b)Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo,</p><p>êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farândola, femoral, Freixoeira, girândola, goela,</p><p>jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>27 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>távola, tômbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir,</p><p>bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo,</p><p>légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua,</p><p>tabuada, tabuleta, trégua, virtualha.</p><p>2º)Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam</p><p>graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou</p><p>dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns</p><p>casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:</p><p>a)Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjetivos que</p><p>procedem de substantivos terminados em – eio e – eia, ou com eles estão em relação direta. Assim</p><p>se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia; areal, areeiro, areento,</p><p>Areosa por areia; aveal por aveia; baleal por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; cent</p><p>eeira e centeeiro por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia.</p><p>b)Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de</p><p>palavras que terminam em e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato: ea, ee): galeão,</p><p>galeota, galeote, de galé; coreano, de Coreia; daomeano, de Daomé; guineense,</p><p>de Guiné; poleame e poleeiro, de polé.</p><p>c)Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos</p><p>derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula – iano e –iense, os quais são o</p><p>resultado da combinação dos sufixos –ano e –ense com um i de origem analógica (baseado em</p><p>palavras onde –ano e –ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense,</p><p>flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis),</p><p>siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense (de Torre(s)).</p><p>d)Uniformizam-se com as terminações –io e –ia (átonas), em vez de –eo e –ea, os substantivos que</p><p>constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em</p><p>vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste.</p><p>e)Os verbos em –ear podem distinguir-se praticamente, grande número de vezes, dos verbos em –</p><p>iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso</p><p>todos os verbos que se prendem a substantivos em –eio ou –eia (sejam formados em português ou</p><p>venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, alheio; cear, por ceia; encadear,</p><p>por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso todos os verbos que têm normalmente flexões</p><p>rizotónicas/rizotônicas em –eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear,</p><p>hastear, nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em –iar, ligados a substantivos com as</p><p>terminações átonas –ia ou –io, que admitem variantes na</p><p>conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prémio/prêmio); etc.</p><p>f)Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso: moto, em</p><p>vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, em vez de tríbu.</p><p>g)Os verbos em –oar distinguem-se praticamente dos verbos em –uar pela sua conjugação nas</p><p>formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o,</p><p>como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o, como destoo, destoas, etc.: mas acentuar, com u,</p><p>como acentuo, acentuas, etc.</p><p>Base VI</p><p>Das vogais nasais</p><p>Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:</p><p>1º)Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen,</p><p>representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro</p><p>timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-</p><p>Bretanha, lã, órfã, sã-braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense = de S. Brás de</p><p>Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>28 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2º)Os vocábulos terminados em –ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em –</p><p>mente que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados</p><p>por z: cristãmente, irmãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira.</p><p>Base VII</p><p>Dos ditongos</p><p>1º)Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois</p><p>grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u: ai, ei,</p><p>éi, ui; au, eu, éu, iu, ou: braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar,</p><p>lençóis (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar,</p><p>ilhéu (mas ilheuzito), mediu, passou, regougar.</p><p>Obs: Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos</p><p>grafados ae(= âi ou ai) e ao (= âu ou au): o primeiro, representado nos</p><p>antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos</p><p>(caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as</p><p>formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos.</p><p>2º)Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos particulares:</p><p>a)É o ditongo grafado ui, e não a seqüência vocálica grafada ue, que se emprega nas formas de 2a e</p><p>3a pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2a pessoa do singular do</p><p>imperativo dos verbos em – uir: constituis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com</p><p>todos os casos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.);</p><p>e ficam assim em paralelo gráfico-fonético com as formas de 2a e 3a pessoas do singular do presente</p><p>do indicativo e de 2a pessoa do singular do imperativo dos verbos em – air e em – oer: atrais, cai,</p><p>sai; móis, remói, sói.</p><p>b)É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u a</p><p>um i átono seguinte. Não divergem, portanto, formas como fluido de formas como gratuito. E isso não</p><p>impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se</p><p>separem: fluídico, fluidez (u-i).</p><p>c)Além, dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes, admite-se, como é</p><p>sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as seqüências</p><p>vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa,</p><p>ua, ue, uo: áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, ténue/tênue, tríduo.</p><p>3º)Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, pertencem</p><p>graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e semivogal;</p><p>ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e</p><p>outros:</p><p>a)Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a</p><p>língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocábulos oxítonos e derivados), ãi (usado em</p><p>vocábulos anoxítonos e derivados), ão e õe. Exemplos: cães,</p><p>Guimarães, mãe, mãezinha; cãibas,</p><p>cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sótão, sotãozinho, tão; Camões, orações,</p><p>oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo ũi; mas</p><p>este, embora se exemplifique numa forma popular como rũi = ruim, representa-se sem o til nas</p><p>formas muito e mui, por obediência à tradição.</p><p>b)Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são dois: am e em.</p><p>Divergem, porém, nos seus empregos:</p><p>i)am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram;</p><p>ii)em (tónico/tônico ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo</p><p>flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela acentuação ou,</p><p>simultaneamente, pela posição e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem,</p><p>quem, sem, tem, virgem; Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>29 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém(variação de ámen), armazém, convém,</p><p>mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3as pessoas do</p><p>plural); armazéns, desdéns, convéns, reténs; Belenzada, vintenzinho.</p><p>Base VIII</p><p>Da acentuação gráfica das palavras oxítonas</p><p>1º)Acentuam-se com acento agudo:</p><p>a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas –a, –e ou –o,</p><p>seguidas ou não de –s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s),</p><p>só(s).</p><p>Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em –e tónico/tônico, geralmente</p><p>provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora</p><p>como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento</p><p>circunflexo: bebé ou bebê; bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guich</p><p>é ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.</p><p>O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente</p><p>admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.</p><p>b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a</p><p>terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada –a, após a assimilação e perda das consoantes finais</p><p>grafadas –r, –s ou –z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-</p><p>lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), trá-la(s)-</p><p>á (de trar-la(s)-á);</p><p>c)As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado –em (exceto as</p><p>formas da 3a pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm,</p><p>sustêm; advêm, provêm; etc) ou –ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns,</p><p>porém, provém, provéns, também;</p><p>d)As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, –éu ou –ói, podendo estes dois últimos</p><p>ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s),</p><p>véu(s); corrói (de corroer), herói(s),remói (de remoer), sóis.</p><p>2º)Acentuam-se com acento circunflexo:</p><p>a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o,</p><p>seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s),</p><p>pôs (de pôr), robô(s).</p><p>b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos –lo(s) ou –la(s), ficam a</p><p>terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda</p><p>das consoantes finais grafadas –r, –s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-</p><p>lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-</p><p>la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).</p><p>3º)Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas</p><p>heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de</p><p>cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da</p><p>preposição por.</p><p>Base IX</p><p>Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas</p><p>1º)As palavras paroxítona não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa,</p><p>Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente,</p><p>moçambicano.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>30 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2º)Recebem, no entanto, acento agudo:</p><p>a)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas</p><p>grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, –n, –r, –x e –ps, assim como, salvo raras</p><p>exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a</p><p>proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), r</p><p>éptil (pl. réptéis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme,</p><p>pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúm</p><p>en (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres),</p><p>caráter ou carácter (mas pl. carateresou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex;</p><p>var. córtice, pl. córtices), índex (pl. index; var. índice, pl. índices), tórax, (pl. tórax ou tóraxes;</p><p>var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps(pl. fórceps; var. fórcipe,</p><p>pl. fórcipes).</p><p>Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de</p><p>sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas</p><p>pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou</p><p>circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ôni</p><p>x.</p><p>b)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,</p><p>o e ainda i ou u e que terminam em –ã(s), –ão(s), –ei(s), –i(s), –um, –uns ou –</p><p>us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóq</p><p>uei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl.</p><p>de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); be</p><p>ribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e</p><p>pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).</p><p>Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de</p><p>sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas</p><p>pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se</p><p>fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus</p><p>e tônus, Vénus e Vênus.</p><p>3º)Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das</p><p>palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na</p><p>sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico,</p><p>epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia,</p><p>boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo</p><p>comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.</p><p>4º)É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do</p><p>tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo</p><p>(amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas</p><p>variantes do português.</p><p>5º)Recebem acento circunflexo:</p><p>a)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas</p><p>com a grafia a, e,</p><p>o e que terminam em –l, –n, –r ou –x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais</p><p>se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon,</p><p>var. cânone,</p><p>(pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer,</p><p>Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).</p><p>b)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,</p><p>o e que terminam em –ão(s), –eis, –i(s) ou –us: bênção(s), côvão(s), Estêvão,</p><p>zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (p</p><p>l. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.</p><p>c)As formas verbais têm e vêm, 3as pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são</p><p>foneticamente paroxítonas (respectivamente /tãjãj/, /vãjãj/ ou /tẽẽj/, /vẽẽj/ ou ainda /tẽjẽj/, /vẽjẽj/; cf. as</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>31 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>antigas grafias preteridas, tẽem, vẽem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3as pessoas do</p><p>singular do presente do indicativo ou 2as pessoas do singular do imperativo; e também as</p><p>correspondentes formas compostas, tais</p><p>como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvê</p><p>m (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. ma</p><p>ntém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).</p><p>Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detẽem, intervẽem, mantẽem, provẽem,</p><p>etc.</p><p>6º)Assinalam-se com acento circunflexo:</p><p>a)Obrigatoriamente, pôde (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue</p><p>da correspondente forma do presente do indicativo (pode).</p><p>b)Facultativamente, dêmos (1a pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da</p><p>correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta</p><p>de forma (substantivo; 3a pessoa do singular do presente do indicativo ou 2a pessoa do singular do</p><p>imperativo do verbo formar).</p><p>7º)Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico</p><p>oral fechado em hiato com a terminação –em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do</p><p>conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem,</p><p>redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.</p><p>8º)Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a</p><p>grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão</p><p>de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.</p><p>9º)Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que,</p><p>tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas.</p><p>Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para,</p><p>preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é),</p><p>flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo,</p><p>e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.</p><p>10º)Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas</p><p>heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão</p><p>de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e</p><p>elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo,</p><p>e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este,</p><p>e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e</p><p>substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc.</p><p>Base X</p><p>Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas</p><p>1º)As vogais tóncias/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo</p><p>quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam</p><p>sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí,</p><p>atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde,</p><p>atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo,</p><p>influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.</p><p>2º)As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento</p><p>agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a</p><p>consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul,</p><p>Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; at-</p><p>rairn. demiuñrgo, influir, influirmos; juiz, raiz; etc.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>32 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3º)Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das</p><p>formas oxítonas terminadas em r dos verbos em –air e –uir, quando estas se combinam com as</p><p>formas pronominais clíticas –lo(s), –la(s), que levam à assimilação e perda daquele –r: atraí-</p><p>lo(s) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-</p><p>ia (de possuir-la(s)-ia).</p><p>4º)Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas,</p><p>quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno,</p><p>cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), saiinha (de saia).</p><p>5º)Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de</p><p>ditongo, pertencem as palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús,</p><p>tuiuiú, tuiuiús.</p><p>Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento</p><p>agudo: cauim.</p><p>6º)Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos de</p><p>vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).</p><p>7º)Os verbos arguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas</p><p>formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas, argua, arguam. Os verbos</p><p>do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar,</p><p>delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas</p><p>igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua,</p><p>averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua,</p><p>enxaguam; enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem;</p><p>mas delinquimos, delinquís) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e</p><p>graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua,</p><p>averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua,</p><p>enxáguaim; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques; delínque,</p><p>delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delinquám).</p><p>Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registre-se que os verbos em –</p><p>ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em –inguir sem prolação</p><p>do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos,</p><p>etc; distingo, distinga, distingue, distinguimos, etc.)</p><p>Base XI</p><p>Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas</p><p>1º)Levam acento agudo:</p><p>a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e,</p><p>o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido,</p><p>exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público,</p><p>rústico, tétrico, último;</p><p>b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais</p><p>abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por</p><p>seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes</p><p>(-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie,</p><p>série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.</p><p>2º)Levam acento circunflexo:</p><p>a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a</p><p>vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,</p><p>êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego,</p><p>nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;</p><p>b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>33 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente</p><p>consideradas como ditongos crescentes:amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.</p><p>3º)Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas</p><p>vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais</p><p>grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas</p><p>da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo,</p><p>fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,</p><p>blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.</p><p>Base XII</p><p>Do emprego do acento grave</p><p>1º)Emprega-se o acento grave:</p><p>a)Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome</p><p>demonstrativo o: à (de a + a), às (de a + as);</p><p>b)Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo ou</p><p>ainda da mesma preposição com os compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s),</p><p>àquilo; àqueloutro(s), àqueloutra(s);</p><p>Base XIII</p><p>Da supressão dos acentos em palavras derivadas</p><p>1º)Nos advérbios em –mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são</p><p>suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), i</p><p>ngenuamente (de ingênuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente</p><p>(de único),</p><p>etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontanea</p><p>mente (de espontâneo),portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico).</p><p>2º)Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam</p><p>vogas tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são</p><p>suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebê), cafezada (de café), chapeu</p><p>zinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãoz</p><p>inho (de órfão), vintenzito (de vintém),</p><p>etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêsseg</p><p>o).</p><p>Base XIV</p><p>Do trema</p><p>O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.</p><p>Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente</p><p>formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que</p><p>trissílabo; etc.</p><p>Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona,</p><p>um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou</p><p>um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou</p><p>de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura,</p><p>paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir,</p><p>bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo,</p><p>ubiquidade.</p><p>Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas de</p><p>nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>34 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Base XV</p><p>Do hífen em compostos, locuções e</p><p>encadeamentos vocabulares</p><p>1º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e</p><p>cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade</p><p>sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento</p><p>estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-</p><p>cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-</p><p>grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-</p><p>escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-</p><p>gotas, finca-pé, guarda-chuva.</p><p>Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição,</p><p>grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,</p><p>paraquedista, etc.</p><p>2º)Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou</p><p>por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-</p><p>Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-</p><p>Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.</p><p>Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem</p><p>hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O</p><p>topónimo/topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.</p><p>3º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas,</p><p>estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-</p><p>doce, feijão-verde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-</p><p>quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-</p><p>capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de</p><p>um pássaro).</p><p>4º)Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o</p><p>elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal</p><p>ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário do mal, pode não se aglutinar com palavras</p><p>começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar,</p><p>bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-</p><p>ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-</p><p>nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).</p><p>Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este</p><p>tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.</p><p>5º)Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico,</p><p>além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem-</p><p>cerimônia, sem-número, sem-vergonha.</p><p>6º)Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,</p><p>prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já</p><p>consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-</p><p>perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem</p><p>hífen as seguintes locuções:</p><p>a)Substantivas: cão</p><p>para quem está estudando</p><p>para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.</p><p>– Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as palavras-chave que</p><p>identificar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas</p><p>sim fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito.</p><p>– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação</p><p>com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,</p><p>justificando o porquê.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>– Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de</p><p>paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar</p><p>setinhas, canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema… Vai do seu gosto!</p><p>3) Leia no papel</p><p>Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um</p><p>tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que</p><p>aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de</p><p>possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas</p><p>e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e,</p><p>portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude</p><p>por livros de papel ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem</p><p>desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à</p><p>mão consegue lembrar melhor do que estuda.</p><p>4) Reserve um tempo do seu dia para ler devagar</p><p>Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem</p><p>dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de</p><p>um mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de</p><p>forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da</p><p>página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa</p><p>frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e</p><p>superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá ―ler mais‖ – a internet é isso) e essa</p><p>leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.</p><p>Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links</p><p>e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do ―slow-reading‖</p><p>(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45</p><p>minutos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá</p><p>recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a</p><p>reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!</p><p>Antes de tudo, vamos explicar como se dá o processo de interpretação. A Hermenêutica, a área da</p><p>filosofia que estuda isso, diz que é preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma</p><p>abordagem eficaz de um texto:</p><p>a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios</p><p>sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do</p><p>3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o</p><p>assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.</p><p>b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com</p><p>informações novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor ―prende‖ a</p><p>informação nova com a dele e ―agarra‖ (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer:</p><p>―Eu entendi, mas não compreendi‖. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das</p><p>palavras, a explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.</p><p>c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de</p><p>compreendê-lo (sim, é preciso ―conversar‖ com o texto para haver a interpretação de fato). É formada</p><p>então o que se chama ―fusão de horizontes‖: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo</p><p>texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.</p><p>5 Dicas Poderosas de Melhorar Suas Chances de Atingir 100% em Interpretação de Texto</p><p>Opa, tudo bem? Como vai a vida? Hoje é um dia lindo para aprendermos a estudar interpretação de</p><p>textos, não acha? :)</p><p>Ahhhh, interpretação de textos.</p><p>Você pensa que domina essa matéria e que está tudo bem se ela for deixada de lado, até que PÁ:</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>tira uma nota RIDÍCULA em português e, justamente, percebe que errou a maioria das questões de</p><p>interpretação ou de gramática aplicada ao texto. Ou você realmente é muito ruim interpretando as</p><p>coisas mesmo.</p><p>Veja o exemplo de um Esquemeiro que me mandou uma dúvida sobre interpretação:</p><p>Tenho um grave problema com português, especialmente interpretação de texto. Meu desempenho</p><p>nunca é regular, sempre sendo 8 ou 80 ( quando vou bem tenho a sensação que pode ser mais no</p><p>chute do que racional).</p><p>Minha bronca é especificamente com o CESPE. Então, você teria alguma dica, material ou técnica de</p><p>estudo para eu quebrar essa barreira com a Língua Portuguesa?</p><p>Agradeço desde já sua atenção, tudo de bom ótima semana.</p><p>Alright, then! Tá beleza, então! Vamos aprender interpretação e mandar a banca para o beleléu.</p><p>1. Leia mais (eu sei que é clichê, então vou te dar alternativas bacanas)</p><p>Algumas pessoas mais espertas do que eu diziam o seguinte sobre leitura:</p><p>Quem não lê mal ouve, mal fala, mal vê. (Monteiro Lobato)</p><p>O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.</p><p>(Mark Twain)</p><p>Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come. (Victor Hugo)</p><p>Se você quiser interpretar melhor, você deve ter O QUE INTERPRETAR. Sabe, não adianta ficar</p><p>querendo tapar o sol com a peneira e pedir para divindades que tudo dê certo. Querer todo mundo</p><p>quer. Você tem que ter seu algo a mais, aqui. Leia.</p><p>―Pô, LER MAIS? Odeio ler!‖</p><p>Não, você não odeia LER. Você odeia ler, sei lá, os livros que as pessoas em geral leem, ou aqueles</p><p>livros chatos que os professores da escola indicam/indicavam. Machado de Assis? Blergh! Olavo</p><p>Bilac? Parnasiano aguado! Manuel Bandeira? No, no, please!</p><p>É claro, então, que você odeia ler o que você odeia ler. Para fugir disso e melhorar sua interpretação</p><p>de textos, leia o que você achar delicioso. Vou te mostrar algumas boas opções para fugir do lugar-</p><p>comum.</p><p>Histórias Em Quadrinhos</p><p>Eu aprendi a ler com Turma da Mônica. Consegui interpretar desde cedo que o Cebolinha falava</p><p>―elado‖ porque ele era uma criança ainda aprendendo a falar com mais dificuldades do que as outras</p><p>crianças.</p><p>Sites de fofocas</p><p>Exemplo: Papel Pop: os sites de fofocas colocam duplo sentido em um milhão de textos, e isso é</p><p>fantástico para você. Toda vez que você não entender alguma coisa, pergunte-se: o que será que o</p><p>autor do texto quis dizer com isso? Você começa entendendo frases simples nesse tipo de site e</p><p>acaba conseguindo interpretar textos em provas de concursos. How great is that? Isso é muito legal,</p><p>né não? :)</p><p>Livros infantojuvenis com personagens maaaais ou menos infantis</p><p>Não é por acaso que Stranger Things é uma das séries originais da Netflix mais adoradas da</p><p>atualidade. Ela tem um ingrediente fascinante para qualquer pessoa de qualquer idade no mundo</p><p>inteiro: crianças pré-adolescentes ou adolescentes enfrentando coisas mais fortes do que elas. Come</p><p>on. Fala sério. Esse roteiro</p><p>de guarda, fim de semana, sala de jantar;</p><p>b)Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho;</p><p>c)Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja;</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>35 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>d)Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe</p><p>a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso;</p><p>e)Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de,</p><p>debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a;</p><p>f)Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.</p><p>7º)Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando,</p><p>não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-</p><p>Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique),</p><p>e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Áustria-</p><p>Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).</p><p>Base XVI</p><p>Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação</p><p>1º)Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-,</p><p>hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por</p><p>recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais</p><p>como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-,</p><p>neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes</p><p>casos:</p><p>a)Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico, circum-</p><p>hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático,</p><p>super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-</p><p>helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.</p><p>Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas</p><p>quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.</p><p>b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o</p><p>segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-</p><p>observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.</p><p>Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo</p><p>quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.</p><p>c)Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por</p><p>vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado,</p><p>circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.</p><p>d)Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados</p><p>por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.</p><p>e)Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-,</p><p>vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-</p><p>piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.</p><p>f)Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o</p><p>segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas</p><p>átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-</p><p>tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).</p><p>2º)Não se emprega, pois, o hífen:</p><p>a)Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa</p><p>por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo</p><p>pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>36 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>comtrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite,</p><p>eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.</p><p>b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa</p><p>por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos.</p><p>Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,</p><p>agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.</p><p>3º)Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de</p><p>origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro</p><p>elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica</p><p>dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.</p><p>Base XVII</p><p>Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver</p><p>1º)Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-</p><p>emos.</p><p>2º)Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do</p><p>indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.</p><p>Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e requer, dos</p><p>verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas formas conservam-se, no</p><p>entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s). Nestes contextos, as formas (legítimas,</p><p>aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usadas.</p><p>2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-</p><p>lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por</p><p>ex.: esperamos que no-lo comprem).</p><p>Base XVIII</p><p>Do apóstrofo</p><p>1º)São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:</p><p>a)Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando</p><p>um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d’ Os</p><p>Lusíadas, d’ Os Sertões; n’ Os Lusíadas, n’ Os Sertões; pel’ Os Lusíadas, pel’ Os Sertões. Nada</p><p>obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o</p><p>exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os</p><p>Lusíadas, etc.</p><p>As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do</p><p>apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares</p><p>imediatos: a A Relíquia, aOs Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os</p><p>Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura</p><p>a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.</p><p>b)Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um</p><p>elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de</p><p>maiúscula: d’Ele, n’Ele, d’Aquele, n’Aquele, d’O, n’O, pel’O, m’O, t’O, lh’O, casos em que a segunda</p><p>parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d’Ela, n’Ela, d’Aquela, d’A, n’A, pel’A, m’A,</p><p>t’A, lh’A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência,</p><p>etc. Exemplos frásicos: confiamos n’O que nos salvou; esse milagre revelou-m’O; está n’Ela a nossa</p><p>esperança; pugnemos pel’A que é nossa padroeira.</p><p>À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do</p><p>apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a</p><p>O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>37 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo</p><p>pode; a</p><p>Aquela que nos protege.</p><p>c)Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando</p><p>importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc. É, pois, correto</p><p>escrever: Calçada de Sant’Ana, Rua de Sant’Ana; culto de Sant’Iago, Ordem de Sant’Iago. Mas, se</p><p>as ligações deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant’Ana e Sant’Iago, se tornam perfeitas</p><p>unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana</p><p>de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém.</p><p>Em paralelo com a grafia Sant’Ana e congêneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de</p><p>duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o</p><p>final: Nun’Álvares, Pedr’Eanes.</p><p>Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de</p><p>modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.</p><p>d)Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da</p><p>preposição de, em combinação com substantivos: borda-d’água, cobra-d’água, copo-d’água, estrela-</p><p>d’alva, galinha-d’água, mãe-d’água, pau-d’água, pau-d’alho, pau-d’arco, pau-d’óleo.</p><p>2º)São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo:</p><p>Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do</p><p>artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (excetuado o que se</p><p>estabelece nas alíneas 1º) a) e 1º) b)). Tais combinações são representadas:</p><p>a)Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas:</p><p>i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses,</p><p>dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra, destoutros,</p><p>destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros,</p><p>daqueloutras; daqui; daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente);</p><p>ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses,</p><p>nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros,</p><p>nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros,</p><p>naqueloutras; num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma,</p><p>nalguns, nalgumas, nalguém.</p><p>b)Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de</p><p>serem correntes com esta feição em algumas pronúncias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum,</p><p>duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de</p><p>alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de</p><p>outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem,</p><p>doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre.</p><p>De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora</p><p>avante como do advérbio que representa a contração dos seus três elementos: doravante.</p><p>Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou</p><p>com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras</p><p>integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com</p><p>a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: a fim de ele compreender; apesar de o</p><p>não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de o conhecer; por causa de aqui</p><p>estares.</p><p>Base XIX</p><p>Das minúsculas e maiúsculas</p><p>1º)A letra minúscula inicial é usada:</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>38 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.</p><p>b)Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.</p><p>c)Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos,</p><p>podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor</p><p>do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore</p><p>e Tambor ou Árvore e tambor.</p><p>d)Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.</p><p>e)Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas); norte, sul (mas: SW sudoeste).</p><p>f)Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com</p><p>maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa</p><p>Filomena (ou Santa Filomena).</p><p>g)Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com</p><p>maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas</p><p>modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).</p><p>2º)A letra maiúscula inicial é usada:</p><p>a)Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.</p><p>b)Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida,</p><p>Hespéria.</p><p>c)Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno.</p><p>d)Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência</p><p>Social.</p><p>e)Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.</p><p>f)Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S.</p><p>Paulo).</p><p>g)Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste</p><p>do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente,</p><p>por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.</p><p>h)Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas,</p><p>iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O; Sr., V. Exa.</p><p>i)Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início</p><p>de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos</p><p>Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de</p><p>edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).</p><p>Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras</p><p>especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas</p><p>(terminologias antropológica, geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de</p><p>entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente.</p><p>Base XX</p><p>Da divisão silábica</p><p>A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-</p><p>nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos</p><p>constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co,</p><p>e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cú-sti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>39 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha,</p><p>mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:</p><p>1º)São indivisíveis no interior da palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a</p><p>frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção</p><p>apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar,</p><p>etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira</p><p>consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a-</p><p>blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado; a- tlético, cáte-</p><p>dra, períme- tro; a- fluir, a- fricano,</p><p>ne- vrose.</p><p>2º)São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem</p><p>propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma</p><p>consoante: ab- dicar, Ed- gardo, op- tar, sub- por, ab- soluto, ad- jetivo, af- ta, bet- samita, íp- silon,</p><p>ob- viar, des- cer, dis- ciplina, flores- cer, nas- cer, res- cisão; ac- ne, ad- mirável, Daf- ne, diafrag-</p><p>ma, drac- ma, ét- nico, rit- mo, sub- meter, am- nésico, interam- nense; bir- reme, cor- roer, pror-</p><p>rogar, as- segurar, bis- secular, sos- segar, bissex- to, contex- to, ex- citar, atroz- mente, capaz-</p><p>mente, infeliz- mente; am- bição, desen- ganar, en- xame, man- chu, Mân- lio, etc.</p><p>3º)As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou</p><p>mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são</p><p>indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante</p><p>ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos,</p><p>a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cam- braia, ec- tlipse,</p><p>em- blema, ex- plicar, in- cluir, ins- crição, subs- crever, trans- gredir, abs- tenção, disp- neia, inters-</p><p>telar, lamb- dacismo, sols- ticial, Terp- sícore, tungs- tênio.</p><p>4º)As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos</p><p>deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem,</p><p>se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na</p><p>escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- ordenar, do- er, flu- idez, perdo- as, vo- os. O mesmo se</p><p>aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai- ais,</p><p>cai- eis, ensai- os, flu- iu.</p><p>5º)Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo</p><p>imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei), do mesmo modo que as combinações gu e qu em que</p><p>o u se pronuncia: á- gua, ambí- guo, averi- gueis, longín-quos, lo- quaz, quais- quer.</p><p>6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um</p><p>hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por</p><p>clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-</p><p>emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.</p><p>Base XXI</p><p>Das assinaturas e firmas</p><p>Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote</p><p>na assinatura do seu nome.</p><p>Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de</p><p>sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.</p><p>ANEXO II</p><p>NOTA EXPLICATIVA DO</p><p>ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>(1990)</p><p>1. Memória breve dos acordos ortográficos</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>40 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido</p><p>considerada como largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu</p><p>prestígio no Mundo.</p><p>Tal situação remonta, como é sabido, a 1911, ano em que foi adotada em Portugal a primeira grande</p><p>reforma ortográfica, mas que não foi extensiva ao Brasil.</p><p>Por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, em consonância com a Academia das Ciências de</p><p>Lisboa, com o objetivo de se minimizarem os inconvenientes desta situação, foi aprovado em 1931 o</p><p>primeiro acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil. Todavia, por razões que não importa agora</p><p>mencionar, este acordo não produziu, afinal, a tão desejada unificação dos dois sistemas</p><p>ortográficos, fato que levou mais tarde à convenção ortográfica de 1943. Perante as divergências</p><p>persistentes nos Vocabulários entretanto publicados pelas duas Academias, que punham em</p><p>evidência os parcos resultados práticos do acordo de 1943, realizou-se, em 1945, em Lisboa, novo</p><p>encontro entre representantes daquelas duas agremiações, o qual conduziu à chamada Convenção</p><p>Ortográfica Luso-Brasileira de 1945. Mais uma vez, porém, este acordo não produziu os almejados</p><p>efeitos, já que ele foi adotado em Portugal, mas não no Brasil.</p><p>Em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram promulgadas leis que reduziram</p><p>substancialmente as divergências ortográficas entre os dois países. Apesar destas louváveis</p><p>iniciativas, continuavam a persistir, porém, divergências sérias entre os dois sistemas ortográficos.</p><p>No sentido de as reduzir, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras</p><p>elaboraram em 1975 um novo projeto de acordo que não foi, no entanto, aprovado oficialmente por</p><p>razões de ordem política, sobretudo vigentes em Portugal.</p><p>E é neste contexto que surge o encontro do Rio de Janeiro, em Maio de 1986, e no qual se</p><p>encontram, pela primeira vez na história da língua portuguesa, representantes não apenas de</p><p>Portugal e do Brasil mas também dos cinco novos países africanos lusófonos entretanto emergidos</p><p>da descolonização portuguesa.</p><p>O Acordo Ortográfico de 1986, conseguido na reunião do Rio de Janeiro, ficou, porém, inviabilizado</p><p>pela reação polêmica contra ele movida sobretudo em Portugal.</p><p>2.Razões do fracasso dos acordos ortográficos</p><p>Perante o fracasso sucessivo dos acordos ortográficos entre Portugal e o Brasil, abrangendo o de</p><p>1986 também os países lusófonos de África, importa refletir seriamente sobre as razões de tal</p><p>malogro.</p><p>Analisando sucintamente o conteúdo dos acordos de 1945 e de 1986, a conclusão que se colhe é a</p><p>de que eles visavam impor uma unificação ortográfica absoluta.</p><p>Em termos quantitativos e com base em estudos desenvolvidos pela Academia das Ciências de</p><p>Lisboa, com base num corpus de cerca de 110.000 palavras, conclui-se que o Acordo de 1986</p><p>conseguia a unificação ortográfica em cerca de 99,5% do vocabulário geral da língua. Mas</p><p>conseguia-a sobretudo à custa da simplificação drástica do sistema de acentuação gráfica, pela</p><p>supressão dos acentos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, o que não foi bem aceito por uma</p><p>parte substancial da opinião pública portuguesa.</p><p>Também o acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica absoluta que rondava os 100% do</p><p>vocabulário geral da língua. Mas tal unificação assentava em dois princípios que se revelaram</p><p>inaceitáveis para os brasileiros:</p><p>a)Conservação das chamadas consoantes mudas ou não articuladas, o que correspondia a uma</p><p>verdadeira restauração destas consoantes no Brasil, uma vez que elas tinham há muito sido</p><p>abolidas.</p><p>b)Resolução das divergências de acentuação das vogais tônicas e e o, seguidas das consoantes</p><p>nasais m e n, das palavras proparoxítonas (ou esdrúxulas) no sentido da prática portuguesa, que</p><p>consistia em as grafar com acento agudo e não circunflexo, conforme a prática brasileira.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>41 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Assim se procurava, pois, resolver a divergência de acentuação gráfica de palavras</p><p>como António e Antônio, cómodo e cômodo, género e gênero, oxigénio e oxigênio, etc., em favor da</p><p>generalização da acentuação com o diacrítico agudo. Esta solução estipulava, contra toda a tradição</p><p>ortográfica portuguesa, que o acento agudo, nestes casos, apenas assinalava a tonicidade da vogal e</p><p>não o seu timbre, visando assim resolver as diferenças de pronúncia daquelas mesmas vogais.</p><p>A inviabilização prática de tais soluções leva-nos à conclusão de que não é possível unificar por via</p><p>administrativa divergências que assentam em claras diferenças de pronúncia, um dos critérios, aliás,</p><p>em que se baseia o sistema ortográfico da língua portuguesa.</p><p>Nestas condições, há que procurar uma versão de unificação ortográfica que acautele mais o futuro</p><p>do que o passado e que não receie sacrificar a simplificação também pretendida em 1986, em favor</p><p>da máxima unidade possível. Com a emergência de cinco</p><p>novos países lusófonos, os fatores de</p><p>desagregação da unidade essencial da língua portuguesa far-se-ão sentir com mais acuidade e</p><p>também no domínio ortográfico. Neste sentido importa, pois, consagrar uma versão de unificação</p><p>ortográfica que fixe e delimite as diferenças atualmente existentes e previna contra a desagregação</p><p>ortográfica da língua portuguesa.</p><p>Foi, pois, tendo presentes estes objetivos, que se fixou o novo texto de unificação ortográfica, o qual</p><p>representa uma versão menos forte do que as que foram conseguidas em 1945 e 1986. Mas ainda</p><p>assim suficientemente forte para unificar ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da</p><p>língua.</p><p>3.Forma e substância do novo texto</p><p>O novo texto de unificação ortográfica agora proposto contém alterações de forma (ou estrutura) e de</p><p>conteúdo, relativamente aos anteriores. Pode dizer-se, simplificando, que em termos de estrutura se</p><p>aproxima mais do acordo de 1986, mas que em termos de conteúdo adota uma posição mais</p><p>conforme com o projeto de 1975, atrás referido.</p><p>Em relação às alterações de conteúdo, elas afetam sobretudo o caso das consoantes mudas ou não</p><p>articuladas, o sistema de acentuação gráfica, especialmente das esdrúxulas, e a hifenação.</p><p>Pode dizer-se ainda que, no que respeita às alterações de conteúdo, de entre os princípios em que</p><p>assenta a ortografia portuguesa, se privilegiou o critério fonético (ou da pronúncia) com um certo</p><p>detrimento para o critério etimológico.</p><p>É o critério da pronúncia que determina, aliás, a supressão gráfica das consoantes mudas ou não</p><p>articuladas, que se têm conservado na ortografia lusitana essencialmente por razões de ordem</p><p>etimológica.</p><p>É também o critério da pronúncia que nos leva a manter um certo número de grafias duplas do tipo</p><p>de caráter e carácter, facto e fato, sumptuoso e suntuoso, etc.</p><p>É ainda o critério da pronúncia que conduz à manutenção da dupla acentuação gráfica do tipo</p><p>de económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou</p><p>de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.</p><p>Explicitam-se em seguida as principais alterações introduzidas no novo texto de unificação</p><p>ortográfica, assim como a respectiva justificação.</p><p>4.Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas seqüências</p><p>consonânticas (Base IV)</p><p>4.1.Estado da questão</p><p>Como é sabido, uma das principais dificuldades na unificação da ortografia da língua portuguesa</p><p>reside na solução a adotar para a grafia das consoantes c e p, em certas seqüências consonânticas</p><p>interiores, já que existem fortes divergências na sua articulação.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>42 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Assim, umas vezes, estas consoantes são invariavelmente proferidas em todo o espaço geográfico</p><p>da língua portuguesa, conforme sucede em casos</p><p>como compacto, ficção, pacto; adepto, aptidão, núpcias; etc.</p><p>Neste caso, não existe qualquer problema ortográfico, já que tais consoantes não podem deixar de</p><p>grafar-se (v. Base IV, 1º a).</p><p>Noutros casos, porém, dá-se a situação inversa da anterior, ou seja, tais consoantes não são</p><p>proferidas em nenhuma pronúncia culta da língua, como acontece</p><p>em acção, afectivo, direcção; adopção, exacto, óptimo; etc. Neste caso existe um problema. É que na</p><p>norma gráfica brasileira há muito estas consoantes foram abolidas, ao contrário do que sucede na</p><p>norma gráfica lusitana, em que tais consoantes se conservam. A solução que agora se adota (v. Base</p><p>IV, 1º b) é a de as suprimir, por uma questão de coerência e de uniformização de critérios (vejam-se</p><p>as razões de tal supressão adiante, em 4.2.).</p><p>As palavras afectadas por tal supressão representam 0,54% do vocabulário geral da língua, o que é</p><p>pouco significativo em termos quantitativos (pouco mais de 600 palavras em cerca de 110.000). Este</p><p>número é, no entanto, qualitativamente importante, já que compreende vocábulos de uso muito</p><p>frequente (como, por ex., acção, actor, actual, colecção, colectivo, correcção, direcção, director,</p><p>electricidade, factor, factura, inspector, lectivo, óptimo, etc.).</p><p>O terceiro caso que se verifica relativamente às consoantes c e p diz respeito à oscilação de</p><p>pronúncia, a qual ocorre umas vezes no interior da mesma norma culta (cf. por</p><p>ex., cacto ou cato, dicção ou dição, sector ou setor, etc.), outras vezes entre normas cultas distintas</p><p>(cf., por ex., facto, receção em Portugal, mas fato, recepção no Brasil).</p><p>A solução que se propõe para estes casos, no novo texto ortográfico, consagra a dupla grafia (v.</p><p>Base IV, 1º c).</p><p>A estes casos de grafia dupla devem acrescentar-se as poucas variantes do tipo</p><p>de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, aritmética e arimética, nas</p><p>quais a oscilação da pronúncia se verifica quanto às consoantes b, g, m e t (v. Base IV, 2º).</p><p>O número de palavras abrangidas pela dupla grafia é de cerca de 0,5% do vocabulário geral da</p><p>língua, o que é pouco significativo (ou seja, pouco mais de 575 palavras em cerca de 110.000),</p><p>embora nele se incluam também alguns vocábulos de uso muito frequente.</p><p>4.2. Justificação da supressão de consoantes não articuladas (Base IV 1º b)</p><p>As razões que levaram à supressão das consoantes mudas ou não articuladas em palavras</p><p>como ação (acção), ativo (activo), diretor (director), ótimo (óptimo) foram essencialmente as</p><p>seguintes:</p><p>a)O argumento de que a manutenção de tais consoantes se justifica por motivos de ordem</p><p>etimológica, permitindo assinalar melhor a similaridade com as palavras congêneres das outras</p><p>línguas românicas, não tem consistência. Por outro lado, várias consoantes etimológicas se foram</p><p>perdendo na evolução das palavras ao longo da história da língua portuguesa. Vários são, por outro</p><p>lado, os exemplos de palavras deste tipo, pertencentes a diferentes línguas românicas, que, embora</p><p>provenientes do mesmo étimo latino, revelam incongruências quanto à conservação ou não das</p><p>referidas consoantes.</p><p>É o caso, por exemplo, da palavra objecto, proveniente do latim objectu-, que até agora conservava</p><p>o c, ao contrário do que sucede em francês (cf. objet), ou em espanhol (cf. objeto). Do mesmo</p><p>modo projecto (de projectu-) mantinha até agora a grafia com c, tal como acontece em espanhol</p><p>(cf. proyecto), mas não em francês (cf. projet). Nestes casos o italiano dobra a consoante, por</p><p>assimilação (cf. oggetto e progetto). A palavra vitória há muito se grafa sem c, apesar do</p><p>espanhol victoria, do francês victoire ou do italiano vittoria. Muitos outros exemplos se poderiam citar.</p><p>Aliás, não tem qualquer consistência a ideia de que a similaridade do português com as outras</p><p>línguas românicas passa pela manutenção de consoantes etimológicas do tipo mencionado.</p><p>Confrontem-se, por exemplo, formas como as seguintes: port. acidente (do lat. accidente-),</p><p>esp. accidente, fr. accident, it. accidente; port. dicionário (do lat. dictionariu-), esp. diccionario,</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>43 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>fr. dictionnaire, it. dizionario; port. ditar (do lat. dictare), esp. dictar, fr. dicter, it. dettare;</p><p>port. estrutura (de structura-), esp. estructura, fr. structure, it. struttura; etc.</p><p>Em conclusão, as divergências entre as línguas românicas, neste domínio, são evidentes, o que não</p><p>impede, aliás, o imediato reconhecimento da similaridade entre tais formas. Tais divergências</p><p>levantam dificuldades à memorização da norma gráfica, na aprendizagem destas línguas, mas não é</p><p>com certeza a manutenção de consoantes não articuladas em português que vai facilitar aquela</p><p>tarefa.</p><p>b)A justificação de que as ditas consoantes mudas travam o fechamento da vogal precedente</p><p>também é de fraco valor, já que, por um lado, se mantêm na língua palavras com vogal pré-tónica</p><p>aberta, sem a presença de qualquer sinal diacrítico, como em corar, padeiro, oblação, pregar (= fazer</p><p>uma prédica), etc., e, por outro, a conservação de tais consoantes não impede a tendência para o</p><p>ensurdecimento</p><p>da vogal anterior em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão, tactear,</p><p>etc.</p><p>c)É indiscutível que a supressão deste tipo de consoantes vem facilitar a aprendizagem da grafia das</p><p>palavras em que elas ocorriam.</p><p>De fato, como é que uma criança de 6-7 anos pode compreender que em palavras</p><p>como concepção, excepção, recepção, a consoante não articulada é um p, ao passo que em</p><p>vocábulos como correcção, direcção, objecção, tal consoante é um c?</p><p>Só à custa de um enorme esforço de memorização que poderá ser vantajosamente canalizado para</p><p>outras áreas da aprendizagem da língua.</p><p>d)A divergência de grafias existente neste domínio entre a norma lusitana, que teimosamente</p><p>conserva consoantes que não se articulam em todo o domínio geográfico da língua portuguesa, e a</p><p>norma brasileira, que há muito suprimiu tais consoantes, é incompreensível para os lusitanistas</p><p>estrangeiros, nomeadamente para professores e estudantes de português, já que lhes cria</p><p>dificuldades suplementares, nomeadamente na consulta dos dicionários, uma vez que as palavras em</p><p>causa vêm em lugares diferentes da ordem alfabética, conforme apresentam ou não a consoante</p><p>muda.</p><p>e)Uma outra razão, esta de natureza psicológica, embora nem por isso menos importante, consiste</p><p>na convicção de que não haverá unificação ortográfica da língua portuguesa se tal disparidade não</p><p>for revolvida.</p><p>f)Tal disparidade ortográfica só se pode resolver suprimindo da escrita as consoantes não articuladas,</p><p>por uma questão de coerência, já que a pronúncia as ignora, e não tentando impor a sua grafia</p><p>àqueles que há muito as não escrevem, justamente por elas não se pronunciarem.</p><p>4.3. Incongruências aparentes</p><p>A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de que as consoantes c e p em certas</p><p>sequências consonânticas se suprimem, quando não articuladas, conduz a algumas incongruências</p><p>aparentes, conforme sucede em palavras como apocalítico ou Egito (sem p, já que este não se</p><p>pronuncia), a par de apocalipse ou egipcio (visto que aqui o p se articula), noturno (sem c, por este</p><p>ser mudo), ao lado de noctívago (com c por este se pronunciar), etc.</p><p>Tal incongruência é apenas aparente. De fato, baseando-se a conservação ou supressão daquelas</p><p>consoantes no critério da pronúncia, o que não faria sentido era mantê-las, em certos casos, por</p><p>razões de parentesco lexical. Se se abrisse tal exceção, o utente, ao ter que escrever determinada</p><p>palavra, teria que recordar previamente, para não cometer erros, se não haveria outros vocábulos da</p><p>mesma família que se escrevessem com este tipo de consoante.</p><p>Aliás, divergências ortográficas do mesmo tipo das que agora se propõem foram já aceites nas Bases</p><p>de 1945 (v. Base VI, último parágrafo), que consagraram grafias como assunção ao lado</p><p>de assumptivo, cativo, a par de captor e captura, dicionário, mas dicção, etc. A razão então aduzida</p><p>foi a de que tais palavras entraram e se fixaram na língua em condições diferentes. A justificação da</p><p>grafia com base na pronúncia é tão nobre como aquela razão.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>44 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>4.4. Casos de dupla grafia (Base IV, 1º c, d e 2º)</p><p>Sendo a pronúncia um dos critérios em que assenta a ortografia da língua portuguesa, é inevitável</p><p>que se aceitem grafias duplas naqueles casos em que existem divergências de articulação quanto às</p><p>referidas consoantes ce p e ainda em outros casos de menor significado. Torna-se, porém,</p><p>praticamente impossível enunciar uma regra clara e abrangente dos casos em que há oscilação entre</p><p>o emudecimento e a prolação daquelas consoantes, já que todas as sequências consonânticas</p><p>enunciadas, qualquer que seja a vogal precedente, admitem as duas alternativas: cacto e cato,</p><p>caracteres e carateres, dicção e dição, facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro; concepção e conce</p><p>ção, recepção e receção; assumpção e assunção, peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso;</p><p>etc.</p><p>De um modo geral pode dizer-se que, nestes casos, o emudecimento da consoante (exceto</p><p>em dicção, facto, sumptuoso e poucos mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países</p><p>africanos, enquanto no Brasil há oscilação entre a prolação e o emudecimento da mesma consoante.</p><p>Também os outros casos de dupla grafia (já mencionados em 4.1.), do tipo</p><p>de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, omnisciente e onisciente, aritmética e arimética</p><p>, muito menos relevantes em termos quantitativos do que os anteriores, se verificam sobretudo no</p><p>Brasil.</p><p>Trata-se, afinal, de formas divergentes, isto é, do mesmo étimo. As palavras sem consoante, mais</p><p>antigas e introduzidas na língua por via popular, foram já usadas em Portugal e encontram-se</p><p>nomeadamente em escritores dos séculos XVI e XVII.</p><p>Os dicionários da língua portuguesa, que passarão a registrar as duas formas, em todos os casos de</p><p>dupla grafia, esclarecerão, tanto quanto possível, sobre o alcance geográfico e social desta oscilação</p><p>de pronúncia.</p><p>5.Sistema de acentuação gráfica (Bases VIII a XIII)</p><p>5.1.Análise geral da questão</p><p>O sistema de acentuação gráfica do português atualmente em vigor, extremamente complexo e</p><p>minucioso, remonta essencialmente à Reforma Ortográfica de 1911.</p><p>Tal sistema não se limita, em geral, a assinalar apenas a tonicidade das vogais sobre as quais</p><p>recaem os acentos gráficos, mas distingue também o timbre destas.</p><p>Tendo em conta as diferenças de pronúncia entre o português europeu e o do Brasil, era natural que</p><p>surgissem divergências de acentuação gráfica entre as duas realizações da língua.</p><p>Tais divergências têm sido um obstáculo à unificação ortográfica do português.</p><p>É certo que em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram dados alguns passos significativos no</p><p>sentido da unificação da acentuação gráfica, como se disse atrás. Mas, mesmo assim, subsistem</p><p>divergências importantes neste domínio, sobretudo no que respeita à acentuação das paroxítonas.</p><p>Não tendo tido viabilidade prática a solução fixada na Convenção Ortográfica de 1945, conforme já foi</p><p>referido, duas soluções eram possíveis para se procurar resolver esta questão.</p><p>Uma era conservar a dupla acentuação gráfica, o que constituía sempre um espinho contra a</p><p>unificação da ortografia.</p><p>Outra era abolir os acentos gráficos, solução adotada em 1986, no Encontro do Rio de Janeiro.</p><p>Esta solução, já preconizada no I Simpósio Luso-Brasileiro sobre a Língua Portuguesa</p><p>Contemporânea, realizada em 1967 em Coimbra, tinha sobretudo a justificá-la o fato de a língua oral</p><p>preceder a língua escrita, o que leva muitos utentes a não empregarem na prática os acentos</p><p>gráficos, visto que não os consideram indispensáveis à leitura e compreensão dos textos escritos.</p><p>A abolição dos acentos gráficos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, preconizada no Acordo</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>45 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>de 1986, foi, porém, contestada por uma larga parte da opinião pública portuguesa, sobretudo por tal</p><p>medida ir contra a tradição ortográfica e não tanto por estar contra a prática ortográfica.</p><p>A questão da acentuação gráfica tinha, pois, de ser repensada.</p><p>Neste sentido, desenvolveram-se alguns estudos e fizeram-se vários levantamentos estatísticos com</p><p>o objetivo de se delimitarem melhor e quantificarem com precisão as divergências existentes nesta</p><p>matéria.</p><p>5.2.Casos de dupla acentuação</p><p>5.2.1.Nas proparoxítonas (Base XI)</p><p>Verificou-se assim que as divergências, no que respeita às proparoxítonas, se circunscrevem</p><p>praticamente, como já foi destacado atrás, ao caso das vogais tônicas e e o, seguidas das</p><p>consoantes nasais m e n, com as quais aquelas não formam sílaba (v. Base XI, 3º).</p><p>Estas vogais soam abertas em Portugal e nos países africanos recebendo, por isso, acento agudo,</p><p>mas são do timbre fechado em grande parte do Brasil, grafando-se por conseguinte com acento</p><p>circunflexo: académico/ acadêmico, cómodo/ cômodo, efémero/ efêmero, fenómeno/ fenômeno, génio</p><p>/ gênio, tónico/ tônico, etc.</p><p>Existem uma ou outra exceção a esta regra, como, por exemplo, cômoro e sêmola, mas estes casos</p><p>não são significativos.</p><p>Costuma, por vezes, referir-se que o a tônico das proparoxítonas, quando seguido de m ou n com</p><p>que não forma sílaba, também está sujeito à referida divergência de acentuação gráfica. Mas tal não</p><p>acontece, porém, já que o seu timbre soa praticamente sempre fechado nas pronúncias cultas da</p><p>língua, recebendo, por isso, acento circunflexo: âmago, ânimo, botânico, câmara, dinâmico, gerânio,</p><p>pânico, pirâmide.</p><p>As únicas exceções a este princípio são os nomes próprios de origem</p><p>grega Dánae/ Dânae e Dánao/ Dânao.</p><p>Note-se que se as vogais e e o, assim como a, formam sílaba com as consoantes m ou n, o seu</p><p>timbre é sempre fechado em qualquer pronúncia culta da língua, recebendo, por isso, acento</p><p>circunflexo: êmbolo, amêndoa, argênteo, excêntrico, têmpera; anacreôntico, cômputo, recôndito,</p><p>cânfora, Grândola, Islândia, lâmpada, sonâmbulo, etc.</p><p>5.2.2.Nas paroxítonas (Base IX)</p><p>Também nos casos especiais de acentuação das paroxítonas ou graves (v. Base IX, 2º), algumas</p><p>palavras que contêm as vogais tônicas e e o em final de sílaba, seguidas das consoantes</p><p>nasais m e n, apresentam oscilação de timbre, nas pronúncias cultas da língua.</p><p>Tais palavras são assinaladas com acento agudo, se o timbre da vogal tônica é aberto, ou com</p><p>acento circunflexo, se o timbre é fechado: fémur ou fêmur, Fénix ou Fênix, ónix ou ônix, sémen ou</p><p>sêmen, xénon ou xênon; bónus ou bônus, ónus ou ônus, pónei ou pônei, ténis ou tênis, Vénus ou Vên</p><p>us; etc. No total, estes são pouco mais de uma dúzia de casos.</p><p>5.2.3.Nas oxítonas (Base VIII)</p><p>Encontramos igualmente nas oxítonas (v. Base VIII, 1º a, Obs.) algumas divergências de timbre em</p><p>palavras terminadas em e tônico, sobretudo provenientes do francês. Se esta vogal tônica soa aberta,</p><p>recebe acento agudo; se soa fechada, grafa-se com acento circunflexo. Também aqui os exemplos</p><p>pouco ultrapassam as duas dezenas: bebé ou bebê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou</p><p>guichê, matiné ou matinê, puré ou purê; etc. Existe também um caso ou outro de oxítonas terminadas</p><p>em o ora aberto ora fechado, como sucede em cocó ou cocô, ró ou rô.</p><p>A par de casos como este há formas oxítonas terminadas em o fechado, às quais se opõem variantes</p><p>paroxítonas, como acontece em judô e judo, metrô e metro, mas tais casos são muito raros.</p><p>5.2.4.Avaliação estatística dos casos de dupla acentuação gráfica</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>46 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Tendo em conta o levantamento estatístico que se fez na Academia das Ciências de Lisboa, com</p><p>base no já referido corpus de cerca de 110.000 palavras do vocabulário geral da língua, verificou-se</p><p>que os citados casos de dupla acentuação gráfica abrangiam aproximadamente 1,27% (cerca de</p><p>1.400 palavras). Considerando que tais casos se encontram perfeitamente delimitados, como se</p><p>referiu atrás, sendo assim possível enunciar a regra de aplicação, optou-se por fixar a dupla</p><p>acentuação gráfica como a solução menos onerosa para a unificação ortográfica da língua</p><p>portuguesa.</p><p>5.3.Razões da manutenção dos acentos gráficos nas proparoxítonas e paroxítonas</p><p>Resolvida a questão dos casos de dupla acentuação gráfica, como se disse atrás, já não tinha</p><p>relevância o principal motivo que levou em 1986 a abolir os acentos nas palavras proparoxítonas e</p><p>paroxítonas.</p><p>Em favor da manutenção dos acentos gráficos nestes casos, ponderaram-se, pois, essencialmente as</p><p>seguintes razões:</p><p>a)Pouca representatividade (cerva de 1,27%) dos casos de dupla acentuação.</p><p>b)Eventual influência da língua escrita sobre a língua oral, com a possibilidade de, sem acentos</p><p>gráficos, se intensificar a tendência para a paroxitonia, ou seja, deslocação do acento tônico da</p><p>antepenúltima para a penúltima sílaba, lugar mais frequente de colocação do acento tônico em</p><p>português.</p><p>c)Dificuldade em apreender corretamente a pronúncia em termos de âmbito técnico e científico,</p><p>muitas vezes adquiridos através da língua escrita (leitura).</p><p>d)Dificuldades causadas, com a abolição dos acentos, à aprendizagem da língua, sobretudo quando</p><p>esta se faz em condições precárias, como no caso dos países africanos, ou em situação de auto-</p><p>aprendizagem.</p><p>e)Alargamento, com a abolição dos acentos gráficos, dos casos de homografia, do tipo de análise(s)/</p><p>analise(v.), fábrica(s.)/ fabrica(v.), secretária(s.)/ secretaria(s. ou v.), vária(s.)/ varia(v.), etc., casos</p><p>que apesar de dirimíveis pelo contexto sintático, levantariam por vezes algumas dúvidas e</p><p>constituiriam sempre problema para o tratamento informatizado do léxico.</p><p>f)Dificuldade em determinar as regras de colocação do acento tônico em função da estrutura mórfica</p><p>da palavra. Assim, as proparoxítonas, segundo os resultados estatísticos obtidos da análise de</p><p>um corpus de 25.000 palavras, constituem 12%. Destes, 12%, cerca de 30% são falsas esdrúxulas</p><p>(cf. génio, água, etc.). Dos 70% restantes, que são as verdadeiras proparoxítonas (cf. cômodo,</p><p>gênero, etc.), aproximadamente 29% são palavras que terminam em –ico /–ica (cf. ártico, econômico,</p><p>módico, prático, etc.). Os restantes 41% de verdadeiras esdrúxulas distribuem-se por cerca de</p><p>duzentas terminações diferentes, em geral de caráter erudito (cf. espírito, ínclito,</p><p>púlpito;filólogo; filósofo; esófago; epíteto; pássaro; pêsames; facílimo; lindíssimo; parêntesis; etc.).</p><p>5.4.Supressão de acentos gráficos em certas palavras oxítonas e paroxítonas (Bases VIII, IX e</p><p>X)</p><p>5.4.1.Em casos de homografia (Bases VIII, 3º e IX, 9º e 10º)</p><p>O novo texto ortográfico estabelece que deixem de se acentuar graficamente palavras do tipo</p><p>de para (á), flexão de parar, pelo (ê), substantivo, pelo (é), flexão de pelar, etc., as quais são</p><p>homógrafas, respectivamente, das proclíticas para, preposição, pelo, contração de per e lo, etc.</p><p>As razões por que se suprime, nestes casos, o acento gráfico são as seguintes:</p><p>a)Em primeiro lugar, por coerência com a abolição do acento gráfico já consagrada pelo Acordo de</p><p>1945, em Portugal, e pela Lei nº 5.765, de 18/12/1971, no Brasil, em casos semelhantes, como, por</p><p>exemplo: acerto (ê),substantivo, e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo</p><p>(ó), flexão de acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locação de cor; sede (ê) e sede</p><p>(é), ambos substantivos; etc.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>47 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>b)Em segundo lugar, porque, tratando-se de pares cujos elementos pertencem a classes gramaticais</p><p>diferentes, o contexto sintático permite distinguir claramente tais homógrafas.</p><p>5.4.2.Em paroxítonas com os ditongos ei e oi na sílaba tônica (Base IX, 3º)</p><p>O novo texto ortográfico propõe que não se acentuem graficamente os ditongos ei e oi tônicos das</p><p>palavras paroxítonas. Assim, palavras como assembleia, boleia, ideia, que na norma gráfica brasileira</p><p>se escrevem com acento agudo, por o ditongo soar aberto, passarão a escrever-se sem acento, tal</p><p>como aldeia, baleia, cheia, etc.</p><p>Do mesmo modo, palavras como comboio, dezoito, estroina, etc., em que o timbre do ditongo oscila</p><p>entre a abertura e o fechamento, oscilação que se traduz na facultatividade do emprego do acento</p><p>agudo no Brasil, passarão a grafar-se sem acento.</p><p>A generalização da supressão do acento nestes casos justifica-se não apenas por permitir eliminar</p><p>uma diferença entre a prática ortográfica brasileira e a lusitana, mas ainda pelas seguintes razões:</p><p>a) Tal supressão é coerente com a já consagrada eliminação do acento em casos de homografia</p><p>heterofônica (v. Base IX, 10º, e, neste texto atrás, 5.4.1.), como sucede, por exemplo, em acerto,</p><p>substantivo, e acerto, flexão de acertar, acordo, substantivo, e acordo, flexão de acordar, fora, flexão</p><p>de ser e ir, e fora, advérbio, etc.</p><p>b)No sistema ortográfico português não se assinala, em geral, o timbre das vogais tônicas a,</p><p>e e o das palavras paroxítonas, já que a língua portuguesa se caracteriza pela sua tendência</p><p>para a</p><p>paroxitonia. O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por exemplo cada (â) e fada</p><p>(á), para (â) e tara (á); espelho (ê) e velho (é), janela (é) e janelo (ê), escrevera (ê), flexão</p><p>de escrever, e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô), virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc.</p><p>Então, se não se torna necessário, nestes casos, distinguir pelo acento gráfico o timbre da vogal</p><p>tónica, por que se há-de usar o diacrítico para assinalar a abertura dos ditongos ei e oi nas</p><p>paroxítonas, tendo em conta que o seu timbre nem sempre é uniforme e a presença do acento</p><p>constituiria um elemento perturbador da unificação ortográfica?</p><p>5.4.3.Em paroxítons do tipo de abençoo, enjoo, voo, etc. (Base IX, 8º)</p><p>Por razões semelhantes às anteriores, o novo texto ortográfico consagra também a abolição do</p><p>acento circunflexo, vigente no Brasil, em palavras paroxítonas como abençoo, flexão</p><p>de abençoar, enjoo, substantivo e flexão de enjoar, moo, flexão de moer, povoo, flexão</p><p>de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.</p><p>O uso do acento circunflexo não tem aqui qualquer razão de ser, já que ele ocorre em palavras</p><p>paroxítonas cuja vogal tônica apresenta a mesma pronúncia em todo o domínio da língua portuguesa.</p><p>Além de não ter, pois, qualquer vantagem nem justificação, constitui um fator que perturba a</p><p>unificação do sistema ortográfico.</p><p>5.4.4.Em formas verbais com u e ui tônicos, precedidos de g e q (Base X, 7º)</p><p>Não há justificação para se acentuarem graficamente palavras como apazigue, arguem, etc., já que</p><p>estas formas verbais são paroxítonas e a vogal u é sempre articulada, qualquer que seja a flexão do</p><p>verbo respectivo.</p><p>No caso de formas verbais como argui, delinquis, etc., também não há justificação para o acento, pois</p><p>se trata de oxítonas terminadas no ditongo tónico ui, que como tal nunca é acentuado graficamente.</p><p>Tais formas só serão acentuadas se a seqüência ui não formar ditongo e a vogal tônica for i, como,</p><p>por exemplo, arguí (1a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo).</p><p>6.Emprego do hífen (Bases XV a XVIII)</p><p>6.1.Estado da questão</p><p>No que respeita ao emprego do hífen, não há propriamente divergências assumidas entre a norma</p><p>ortográfica lusitana e a brasileira. Ao compulsarmos, porém, os dicionários portugueses e brasileiros</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>48 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>e ao lermos, por exemplo, jornais e revistas, deparam-se-nos muitas oscilações e um largo número</p><p>de formações vocabulares com grafia dupla, ou seja, com hífen e sem hífen, o que aumenta</p><p>desmesurada e desnecessariamente as entradas lexicais dos dicionários. Estas oscilações verificam-</p><p>se sobretudo nas formações por prefixação e na chamada recomposição, ou seja, em formações com</p><p>pseudoprefixos de origem grega ou latina.</p><p>Eis alguns exemplos de tais oscilações: ante-rosto e anterrosto, co-educação e coeducação, pré-</p><p>frontal e prefrontal, sobre-saia e sobressaia, sobre-saltar e sobressaltar, aero-espacial e aeroespacial,</p><p>auto-aprendizagem e autoaprendizagem, agro-industrial e agroindustrial, agro-pecuária e</p><p>agropecuária, alvéolo-dental e alveolodental, bolbo-raquidiano e bolborraquidiano, geo-história e</p><p>geoistória, micro-onda e microonda; etc.</p><p>Estas oscilações são, sem dúvida, devidas a uma certa ambiguidade e falta de sistematização das</p><p>regras que sobre esta matéria foram consagradas no texto de 1945. Tornava-se, pois, necessário</p><p>reformular tais regras de modo mais claro, sistemático e simples. Foi o que se tentou fazer em 1986.</p><p>A simplificação e redução operadas nessa altura, nem sempre bem compreendidas, provocaram</p><p>igualmente polêmica na opinião pública portuguesa, não tanto por uma ou outra incongruência</p><p>resultante da aplicação das novas regras, mas sobretudo por alterarem bastante a prática ortográfica</p><p>neste domínio.</p><p>A posição que agora se adota, muito embora tenha tido em conta as críticas fundamentadas ao texto</p><p>de 1986, resulta, sobretudo, do estudo do uso do hífen nos dicionários portugueses e brasileiros,</p><p>assim como em jornais e revistas.</p><p>6.2.O hífen nos compostos (Base XV)</p><p>Sintetizando, pode dizer-se que, quanto ao emprego do hífen nos compostos, locuções e</p><p>encadeamentos vocabulares, se mantém o que foi estatuído em 1945, apenas se reformulando as</p><p>regras de modo mais claro, sucinto e simples.</p><p>De fato, neste domínio não se verificam praticamente divergências nem nos dicionários nem na</p><p>imprensa escrita.</p><p>6.3.O hífen nas formas derivadas (Base XVI)</p><p>Quanto ao emprego do hífen nas formações por prefixação e também por recomposição, isto é, nas</p><p>formações com pseudoprefixos de origem grega ou latina, apresenta-se alguma inovação. Assim,</p><p>algumas regras são formuladas em termos contextuais, como sucede nos seguintes casos:</p><p>a)Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal</p><p>ou consoante com que termina o prefixo ou pseudoprefixo (por ex. anti-higiênico, contra-</p><p>almirante, hiper-resistente).</p><p>b)Emprega-se o hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em m e o segundo elemento começa</p><p>por vogal, m ou n (por ex. circum-murado, pan-africano).</p><p>As restantes regras são formuladas em termos de unidades lexicais, como acontece com oito delas</p><p>(ex-, sota- e soto-, vice- e vizo-; pós-, pré- e pró-).</p><p>Noutros casos, porém, uniformiza-se o não emprego do hífen, do modo seguinte:</p><p>a)Nos casos em que o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa</p><p>por r ou s, estas consoantes dobram-se, como já acontece com os termos técnicos e científicos (por</p><p>ex. antirreligioso, microssistema).</p><p>b)Nos casos em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por</p><p>vogal diferente daquela, as duas formas aglutinam-se, sem hífen, como já sucede igualmente no</p><p>vocabulário científico e técnico (por ex. antiaéreo, aeroespacial)</p><p>6.4.O hífen na ênclise e tmese (Base XVII)</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>49 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Quanto ao emprego do hífen na ênclise e na tmese mantêm-se as regras de 1945, exceto no caso</p><p>das formas hei de, hás de, há de, etc., em que passa a suprimir-se o hífen. Nestas formas verbais o</p><p>uso do hífen não tem justificação, já que a preposição de funciona ali como mero elemento de ligação</p><p>ao infinitivo com que se forma a perífrase verbal (cf. hei de ler, etc.), na qual de é mais proclítica do</p><p>que apoclítica.</p><p>7.Outras alterações de conteúdo</p><p>7.1.Inserção do alfabeto (Base I)</p><p>Uma inovação que o novo texto de unificação ortográfica apresenta, logo na Base I, é a inclusão do</p><p>alfabeto, acompanhado das designações que usualmente são dadas às diferentes letras. No alfabeto</p><p>português passam a incluir-se também as letras k, w e y, pelas seguintes razões:</p><p>a)Os dicionários da língua já registram estas letras, pois existe um razoável número de palavras do</p><p>léxico português iniciado por elas.</p><p>b)Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que aquelas letras ocupam.</p><p>c)Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que se escrevem com</p><p>aquelas letras.</p><p>Apesar da inclusão no alfabeto das letras k, w e y, mantiveram-se, no entanto, as regras já fixadas</p><p>anteriormente, quanto ao seu uso restritivo, pois existem outros grafemas com o mesmo valor fônico</p><p>daquelas. Se, de fato, se abolisse o uso restritivo daquelas letras, introduzir-se-ia no sistema</p><p>ortográfico do português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar,</p><p>indiscriminadamente, por aquelas letras fonemas que já são transcritos por outras.</p><p>7.2.Abolição do trema (Base XIV)</p><p>No Brasil, só com a Lei nº 5.765, de 18/12/1971, o emprego do trema foi largamente restringido,</p><p>ficando apenas reservado às sequências gu e qu seguidas de e ou i, nas quais u se pronuncia</p><p>(cf. aguentar, arguente, eloquente, equestre, etc.).</p><p>O novo texto ortográfico propõe a supressão completa do trema, já acolhida, aliás, no Acordo de</p><p>1986, embora não figurasse explicitamente nas respectivas bases. A</p><p>única ressalva, neste aspecto,</p><p>diz respeito a palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema (cf. mülleriano,</p><p>de Müller, etc.).</p><p>Generalizar a supressão do trema é eliminar mais um fator que perturba a unificação da ortografia</p><p>portuguesa.</p><p>8.Estrutura e ortografia do novo texto</p><p>Na organização do novo texto de unificação ortográfica optou-se por conservar o modelo de estrutura</p><p>já adotado em 1986. Assim, houve a preocupação de reunir, numa mesma base, matéria afim,</p><p>dispersa por diferentes bases de textos anteriores, donde resultou a redução destas a vinte e uma.</p><p>Através de um título sucinto, que antecede cada base, dá-se conta do conteúdo nela consagrado.</p><p>Dentro de cada base adotou-se um sistema de numeração (tradicional) que permite uma melhor e</p><p>mais clara arrumação da matéria aí contida.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Pontuação:</p><p>Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita edesempenham a</p><p>função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limitesde estruturas sintáticas nos</p><p>textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados</p><p>na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de</p><p>sentido.</p><p>Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com</p><p>nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de</p><p>pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de</p><p>sentidos dos enunciados.</p><p>Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:</p><p>Ponto ( . )</p><p>Indicar o final de uma frase declarativa:</p><p>Gosto de sorvete de goiaba.</p><p>b) Separar períodos:</p><p>Fica mais um tempo. Ainda é cedo.</p><p>c) Abreviar palavras:</p><p>Av. (Avenida)</p><p>V. Ex.ª (Vossa Excelência)</p><p>p. (página)</p><p>Dr. (doutor)</p><p>Dois-pontos ( : )</p><p>Iniciar fala de personagens:</p><p>O aluno respondeu:</p><p>– Parta agora!</p><p>b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que</p><p>explicam e/ou resumem ideias anteriores.</p><p>Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.</p><p>Anote o número do protocolo: 4254654258.</p><p>c) Antes de citação direta:</p><p>Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja</p><p>infinito enquanto dure.”</p><p>Reticências ( ... )</p><p>Indicar dúvidas ou hesitação:</p><p>Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.</p><p>b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:</p><p>Quem sabe se tentar mais tarde...</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:</p><p>“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”</p><p>(Cecília - José de Alencar)</p><p>d) Suprimir palavras em uma transcrição:</p><p>“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)</p><p>Parênteses ( )</p><p>Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a</p><p>vírgula ou o travessão:</p><p>Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922).</p><p>"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma</p><p>grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)</p><p>Ponto de Exclamação ( ! )</p><p>Após vocativo</p><p>Ana, boa tarde!</p><p>b) Final de frases imperativas:</p><p>Cale-se!</p><p>c) Após interjeição:</p><p>Ufa! Que alívio!</p><p>d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:</p><p>Que pena!</p><p>Ponto de Interrogação ( ? )</p><p>Em perguntas diretas:</p><p>Quantos anos você tem?</p><p>b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:</p><p>Não brinca, é sério?!</p><p>Vírgula ( , )</p><p>De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de</p><p>funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de</p><p>nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração,</p><p>não formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos</p><p>da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.</p><p>Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro</p><p>os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:</p><p>Sujeito de Predicado;</p><p>Objeto de Verbo;</p><p>Adjunto adnominal de nome;</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Complemento nominal de nome;</p><p>Predicativo do objeto do objeto;</p><p>Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na</p><p>ordem inversa).</p><p>Casos em que devemos utilizar a vírgula:</p><p>A vírgula no interior da oração</p><p>Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:</p><p>Ana, traga os relatórios.</p><p>O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.</p><p>b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:</p><p>Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.</p><p>Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula.</p><p>c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:</p><p>Quando chegar do trabalho, procurarei por você.</p><p>Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.</p><p>d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:</p><p>Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.</p><p>Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.</p><p>e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:</p><p>Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.</p><p>f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:</p><p>Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.</p><p>g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado:</p><p>A ele, nada mais abala.</p><p>h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas:</p><p>Goiânia, 01 de novembro de 2016.</p><p>Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos:</p><p>É pau, é pedra, é o fim do caminho.</p><p>Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo:</p><p>Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)</p><p>Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:</p><p>Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:</p><p>Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia</p><p>(polissíndeto):</p><p>E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval.</p><p>3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam</p><p>sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):</p><p>Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância.</p><p>A vírgula entre orações</p><p>A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações:</p><p>Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:</p><p>Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000.</p><p>b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações</p><p>iniciadas pela conjunção “e”:</p><p>Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado.</p><p>Estudei muito, mas não consegui ser aprovada.</p><p>c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se</p><p>estiverem antepostas à oração principal:</p><p>"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o</p><p>gancho." (O selvagem - José de Alencar)</p><p>d) Para separar as orações intercaladas:</p><p>"– Senhor,</p><p>disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”</p><p>e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:</p><p>Quando sai o resultado, ainda não sei.</p><p>Ponto e vírgula ( ; )</p><p>Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:</p><p>Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas:</p><p>O que dizer;</p><p>A quem dizer;</p><p>Como dizer;</p><p>Por que dizer;</p><p>Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?</p><p>Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações</p><p>coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:</p><p>“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente</p><p>vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde</p><p>moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto</p><p>tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)</p><p>Travessão ( — )</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto:</p><p>A mãe perguntou ao filho:</p><p>— Já lavou o rosto e escovou os dentes?</p><p>b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:</p><p>— Filho, você já fez a sua lição de casa?</p><p>— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.</p><p>c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários:</p><p>Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.</p><p>d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:</p><p>Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.</p><p>Aspas ( “ ” )</p><p>As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:</p><p>Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,</p><p>neologismos, arcaísmos e expressões populares:</p><p>A aula do professor foi “irada”.</p><p>Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.</p><p>b) Indicar uma citação direta:</p><p>“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz</p><p>a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)</p><p>Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por</p><p>aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").</p><p>Veja Agora Algumas Observações Relevantes:</p><p>Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.</p><p>Observe:</p><p>Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango.</p><p>Não gosto nem desgosto.</p><p>Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás.</p><p>Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a</p><p>finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.</p><p>Observe:</p><p>Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Acentuação</p><p>Regras de Acentuação Gráfica</p><p>Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são</p><p>as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -</p><p>em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas</p><p>graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.</p><p>Proparoxítonas</p><p>Sílaba tônica: antepenúltima</p><p>As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:</p><p>trágico, patético, árvore</p><p>Paroxítonas</p><p>Sílaba tônica: penúltima</p><p>Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:</p><p>l fácil</p><p>n pólen</p><p>r cadáver</p><p>ps bíceps</p><p>x tórax</p><p>us vírus</p><p>i, is júri, lápis</p><p>om, ons iândom, íons</p><p>um, uns álbum, álbuns</p><p>ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos</p><p>ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis</p><p>Acentuação Gráfica</p><p>O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda</p><p>palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas</p><p>tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba</p><p>inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.</p><p>Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as</p><p>palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A</p><p>tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É</p><p>importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto</p><p>relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação</p><p>de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.</p><p>A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte</p><p>de acentuação gráfica.</p><p>• 11Acentuam-se as palavras monossílabas tônicasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.</p><p>Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.</p><p>• 22Acentuam-se as palavras oxítonasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em,</p><p>ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.</p><p>Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i,</p><p>seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las</p><p>Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.</p><p>• 33Acentuam-se as palavras paroxítonasexceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de</p><p>s, em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.</p><p>Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,</p><p>socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.</p><p>Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.</p><p>Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos.</p><p>• 44Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.</p><p>Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,</p><p>relâmpago, têmpora.</p><p>• 55Acentuam-se os ditongos abertosei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e</p><p>oxítonas.</p><p>Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.</p><p>Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em</p><p>palavras paroxítonas.</p><p>Ex: ideia, plateia, assembleia.</p><p>• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.</p><p>Ex: voos, enjoo, abençoo.</p><p>• 77Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee.</p><p>Ex: creem, leem, veem, deem.</p><p>• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas</p><p>sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem</p><p>repetidas.</p><p>Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta</p><p>acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.</p><p>• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:</p><p>argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,</p><p>arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,</p><p>coração, devoções, maçã, relação etc.</p><p>• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir</p><p>uma da outra que se grafa de igual maneira:</p><p>A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-</p><p>se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado</p><p>com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou</p><p>menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas</p><p>de maneira mais sutil, como átonas.</p><p>Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de</p><p>ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica.</p><p>Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes</p><p>a esta. Para tanto, analisemos:</p><p>De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:</p><p>Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba.</p><p>Exemplos: café, cipó, coração, armazém...</p><p>Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba.</p><p>Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...</p><p>Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.</p><p>Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...</p><p>Monossílabos átonos e tônicos</p><p>Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também</p><p>são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal</p><p>ocorrência, analisemos:</p><p>Que lembrança darei ao país que me deu</p><p>tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti? (Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos,</p><p>visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os</p><p>monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética,</p><p>caracterizando-se, portanto, como tônicos.</p><p>Regras fundamentais:</p><p>Monossílabos tônicos</p><p>Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:</p><p>-a(s): chá, pá...</p><p>-e(s): pé, ré,...</p><p>-o(s): dó, nó...</p><p>Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.</p><p>Observações passíveis de nota:</p><p>* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento:</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos: réis, véu, dói.</p><p>* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem.</p><p>Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba:</p><p>Ele vê - Eles veem</p><p>Ele crê – Eles creem</p><p>Ele lê – Eles leem</p><p>Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.</p><p>* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira</p><p>pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:</p><p>Ele tem – Eles têm</p><p>Ela vem – Elas vêm</p><p>* Oxítonas:</p><p>Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.</p><p>Pará, café, carijó, armazém, parabéns...</p><p>* Paroxítonas:</p><p>Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:</p><p>-l: amável, fácil, útil...</p><p>-r: caráter, câncer...</p><p>-n: hífen, próton...</p><p>Observação: Quando grafadas no plural, não recebem acento: polens, hifens...</p><p>-x: látex, tórax...</p><p>-ps: fórceps, bíceps...</p><p>-ã(s): ímã, órfãs...</p><p>-ão(s): órgão, bênçãos...</p><p>-um(s): fórum, álbum...</p><p>-on(s): elétron, nêutron...</p><p>-i(s): táxi, júri...</p><p>-u(s): Vênus, ônus...</p><p>-ei(s): pônei, jóquei...</p><p>-ditongo oral(crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”:</p><p>história, série, água, mágoa...</p><p>Observações importantes:</p><p>a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais</p><p>acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:</p><p>chapéu – herói - fiéis...</p><p>b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note:</p><p>No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou</p><p>no final da palavra. Confira:</p><p>Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s)...</p><p>O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:</p><p>saída – saúde – juíza – saúva – ruído...</p><p>* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e</p><p>seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:</p><p>Atenção:</p><p>- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão</p><p>acentuadas:</p><p>Exemplos:</p><p>eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).</p><p>tu apazíguas, que eles apazíguem.</p><p>- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:</p><p>Exemplos:</p><p>Eu averiguo, eu aguo.</p><p>* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:</p><p>Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)</p><p>pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder)</p><p>pôr = verbo</p><p>por = preposição</p><p>Livro Didático: Seu Papel nas Aulas de Acentuação Gráfica</p><p>Com a difusão da "Pedagogia Tecnicista" no sistema educacional brasileiro, a partir da década de</p><p>1970, o uso do livro didático sofreu alterações quanto aos conceitos e a forma como passaram a ser</p><p>apresentados. Anteriormente a esta fase, os materiais didáticos - As Antologias - desempenhavam o</p><p>papel de auxílio das aulas. O caráter auxiliar dos materiais didáticos, depois da década de 1960, foi</p><p>praticamente extinto e substituído por um papel de destaque.</p><p>Em razão das necessidades econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma</p><p>preocupação essencialmente conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque</p><p>e levaram os livros didáticos a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O</p><p>professor assumiu o "segundo plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o</p><p>"primeiro plano". Em lugar do material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades</p><p>didáticas favorecendo a leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se</p><p>obrigatório no sistema educacional brasileiro.</p><p>A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de</p><p>conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança</p><p>provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De</p><p>acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem</p><p>acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua</p><p>Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002)</p><p>mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente,</p><p>cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que</p><p>deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o</p><p>desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de</p><p>ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao</p><p>ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência</p><p>de graves lacunas teóricas e práticas.</p><p>Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente</p><p>também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por</p><p>parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são</p><p>obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a</p><p>matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem</p><p>formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é</p><p>utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações</p><p>não é novo: existe em Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, E.</p><p>T., Sexto Sentido, Guerra dos Tronos (sim! Geral se interessou por Guerra dos Tronos por causa do</p><p>Jon, da Dany, da Arya, da Sansa, do Jofrey, do Bran…) todo mundo adora uma creepy child (criança</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>esquisita), e os livros relacionados a elas são do tipo que você começa pela manhã e só termina</p><p>quando chega à última página.</p><p>Letras de músicas</p><p>Você está a fim de decorar uma nova música? Pegue a letra dela, não tente decorar somente pela</p><p>cantoria da pessoa. Além de treinar sua interpretação, você treinará sua memória (é mais fácil</p><p>decorar uma letra entendendo o sentido dela).</p><p>Esse assunto de música nos leva ao próximo tópico.</p><p>2. Veja Se O Sentido Faz Sentido</p><p>Eu já ouvi um incontável número de pessoas cantando músicas que não condiziam com a letra</p><p>original, trocando totalmente o sentido da coisa. Isso acontece por dois motivos simples:</p><p>1. O som da música não permite que as pessoas entendam direito o que se fala; e</p><p>2. Ninguém interpreta o que está cantando.</p><p>Quer alguns exemplos?</p><p>O texto original fala:</p><p>Na madrugada a vitrola rolando um blues</p><p>Tocando B. B. King sem parar</p><p>Não faz sentido, em um contexto comum, rolar um blues na madrugada e trocar de biquíni sem parar</p><p>ao mesmo tempo!</p><p>Outra:</p><p>O texto original fala:</p><p>Eu perguntava ―Do you wanna dance?‖ (Você quer dançar?)</p><p>Faz sentido você estar em uma festinha belezera, conhecer alguém e perguntar as coisas em</p><p>Holandês? Só na Holanda, né?</p><p>Vou mandar mais um exemplo:</p><p>Ahahaha! Só na psicanálise para entender essa!</p><p>O texto original fala:</p><p>Analisando essa cadeia hereditária</p><p>Quero me livrar dessa situação precária</p><p>E há vááários outros exemplos! Amar a pé, amar a pé… (amar até, amar até); Ôh Macaco cidadão,</p><p>macaco da civilização… (Ôh pacato cidadão); Leste, oeste solidão… (S.O.S. solidão); São tantas</p><p>avenidas… (São tantas já vividas); e assim vai hehehe!</p><p>A dica que fica é: o que você interpretou não fez sentido? Então procure ENTENDER o que</p><p>você ouviu! Fazendo isso, você conseguirá conectar os fatos muito melhor e até memorizar mais</p><p>rápido.</p><p>Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.</p><p>Eu vou repetir.</p><p>Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.</p><p>Você ouve ―trocando‖ ―de‖ ―biquíni‖ ―sem‖ ―parar‖. Só que, se você junta tudo isso, o troço não vai</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>fazer sentido algum! Não trate as palavras como se elas fossem alone in the dark (sozinhas no</p><p>escuro).</p><p>3. Pratique Com Frases De Motivação</p><p>Frases de motivação são umas lindas. Além de ensinar tudo sobre mindset(mentalidade de</p><p>aprovados) elas são ótimas professoras de interpretação. Veja os exemplos que eu trouxe (logo</p><p>abaixo, há os significados das frases, caso você ainda esteja com a interpretação em baixa):</p><p>Perfeição é uma palavra capciosa. Ela denota algo positivo, mas leva a resultados negativos.</p><p>Na busca pela perfeição ao estudarmos para concursos públicos, acabamos por perder tempo</p><p>demais com assuntos que não nos levarão a nada (aliás, essa é a minha grande lição no Ritmo de</p><p>Estudos, o meu curso oficial – eu ensino a excluir conteúdo que não interessa).</p><p>Perfeição é uma grande inimiga do resultado. Enquanto a maioria entra em concursos públicos</p><p>pensando que deve estudar todo o edital de uma mesma maneira, sem colocar os devidos pesos,</p><p>poucos são os que realmente conseguem grandes notas por terem sido mais espertos.</p><p>Não busque a perfeição. Busque os resultados. Seja real.</p><p>Essa frase é de George Eliot. O sr. Eliot mal saberia que muitos anos após sua morte, em um</p><p>país far, far away, grupos de concurseiros falariam coisas como:</p><p>―Eu tenho filhos.‖</p><p>―Eu tenho pais.‖</p><p>―Sou muito magro.‖</p><p>―Sou muito gordo.‖</p><p>―Não gosto de português.‖</p><p>―Nunca me dei bem em matemática.‖</p><p>Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas que têm algum motivo sem noção para desistir (ou</p><p>para não entrar em ação). A idade é um dos campeões do desculpismo.</p><p>A verdade, entretanto, é só uma: ficar na inércia é que não vai trazer resultados a ninguém.</p><p>Colonel Sanders chegou a pensar no suicídio aos 65 anos de idade. Quando começou a escrever sua</p><p>carta de adeus, decidiu falar tudo o que faria diferente para que sua vida tivesse seguido o rumo que</p><p>ele sempre quis. Ao invés de se matar, Sanders começou a vender sua própria receita de frango frito</p><p>de porta em porta. Aos 88 anos, o fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC), nos Estados Unidos,</p><p>tornou-se um bilionário.</p><p>Como fangirl da Apple, eu não poderia deixar de citar uma do Steve Jobs.</p><p>Nos concursos públicos, chegará um momento em que você achará que já sabe demais. Até você</p><p>passar, você perceberá, entretanto, que precisa sempre de honestidade para entender que não sabe</p><p>de tudo, e sempre deve correr atrás de mais e mais conhecimento.</p><p>E isso vale para depois que passar, também. Do contrário, você será daquele tipo de concursado</p><p>aposentado: morre aos 25 e só é enterrado aos 85.</p><p>Napoleon Hill estava no ápice da genialidade quando disso isso. Se você consegue ENTENDER</p><p>alguma coisa, você consegue fazer essa coisa. Se você consegue entender o processo de passar em</p><p>concursos públicos, você conseguirá passar muito mais rápido.</p><p>Por fim, mas não menos importante: você só aprenderá a interpretar se você aplicar todas as dicas</p><p>que eu dei (e darei) neste artigo. Conhecimento só é válido quando se consegue agir sobre ele.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Basicamente: coloque a mão na massa, brother :)</p><p>Existem milhares de outras frases de motivação por aí. Faça uma por dia. E, claro, interprete cada</p><p>uma delas.</p><p>4. Interprete as Coisas em sua Vida – E Reflita sobre O Que os Outros Falam</p><p>Existe um livro em inglês chamado Happy for No Reason (Feliz sem Ter Motivo), da autora Marci</p><p>Shimoff. De acordo com Shimoff, existem as pessoas que não são felizes, existem as pessoas que</p><p>são felizes por algum motivo (geralmente por estarem com outras pessoas) e existem as pessoas que</p><p>são felizes sem ter motivo.</p><p>No primeiro caso, de acordo com a autora, as pessoas estão em um estágio de depressão profunda;</p><p>no segundo caso, as pessoas estão felizes, mas, como estão felizes por um MOTIVO, esse motivo</p><p>pode ser retirado delas; e no terceiro caso as pessoas são felizes apenas por ser (entretanto, poucas</p><p>conseguem chegar lá).</p><p>Um dos casos em que as pessoas buscam a felicidade por um motivo (aquela que pode ser tirada</p><p>delas) é o da má interpretação. A pessoa se martiriza internamente por uma frase que pegou fora de</p><p>contexto, ou cria algum tipo de raiva por algo que ouviu falar por terceiros, e a infelicidade a encontra.</p><p>Por isso, interpretar o que ocorre em sua vida dentro de um contexto lógico também te ajudará em</p><p>provas de concursos públicos. Em 90% dos casos, você perceberá que não é pessoal, e isso não</p><p>será problema seu. Nos outros 10% (se for pessoal), o problema também não é seu.</p><p>5. Aprenda Gramática Aplicada ao Texto, e Não Gramática Pura</p><p>Querendo ou não, interpretar textos também significa aprender a Língua Portuguesa. Saber qual é o</p><p>sujeito, qual é o advérbio, qual é o objeto indireto poderá te salvar de várias situações ruins.</p><p>O lance é que a gramática pura (por si só) não te ajudará em basicamente nada se você não</p><p>conseguir aplicá-la. E aprender gramática consiste no seguinte:</p><p>6. DICA EXTRA: Don’t Overthink! Não Pense Demais!</p><p>Um erro comum é pensar demais. Depois de muito treino (com todas as outras dicas), você estará</p><p>com a preparação em nível avançado na interpretação de textos.</p><p>Daí, chega o momento da prova e você começa a querer pensar demais: ―e se não for realmente</p><p>isso? E se for um peguinha? E se? E se?‖.</p><p>Para evitar que isso aconteça, só existe um remédio: fazer muitas provas de interpretação de textos,</p><p>e de preferência da banca que fará seu certame.</p><p>muito especiais (palestras,</p><p>apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento</p><p>sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como</p><p>a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura</p><p>(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais</p><p>incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância</p><p>dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua</p><p>portuguesa.</p><p>Frente às considerações sobre as defasagens existentes no processo de aprendizagem da língua</p><p>portuguesa, este artigo tem por objetivo identificar os procedimentos utilizados por dois professores -</p><p>um de final do primeiro ciclo e outro de início do segundo ciclo fundamental - de uma escola pública</p><p>central do município de Maringá-PR, no ensino de um conteúdo de gramática. Buscou-se verificar o</p><p>uso do livro didático em sala de aula no ensino de acentuação gráfica, um tema que tem gerado</p><p>confusão conceitual dos alunos por envolver conceitos e procedimentos geralmente ensinados sem a</p><p>necessária distinção do conceito de tonicidade. Não ensinados adequadamente, esses conteúdos</p><p>além de gerar confusão conceitual favorecem a instalação de obstáculos epistemológicos que</p><p>dificultam ou impedem aprendizagens posteriores.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Uso do Livro Didático no Ensino de Gramática</p><p>Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser</p><p>fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a</p><p>vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao</p><p>encontro da necessidade de escolarização rápida e técnica dos trabalhadores que precisavam</p><p>qualificar-se como mão-de-obra industrial.</p><p>Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia</p><p>Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse</p><p>período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em</p><p>pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento</p><p>e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o</p><p>professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor.</p><p>Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação</p><p>ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos</p><p>exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático.</p><p>Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma</p><p>crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de</p><p>acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores,</p><p>pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao</p><p>processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente</p><p>relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais</p><p>que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros</p><p>didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma</p><p>forma de ensinar ao professor.</p><p>Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos</p><p>desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que</p><p>compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e</p><p>ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo</p><p>como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas</p><p>existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência,</p><p>para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem</p><p>conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes</p><p>nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos</p><p>incompletos.</p><p>Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se</p><p>transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros</p><p>com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na</p><p>sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro</p><p>[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que</p><p>seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de</p><p>que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa</p><p>estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros</p><p>didáticos adotados pela instituição escolar.</p><p>Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996)</p><p>constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa</p><p>qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da</p><p>maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do</p><p>estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é</p><p>imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e</p><p>das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no</p><p>ensino escolar.</p><p>Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais</p><p>didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica</p><p>escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula</p><p>(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns</p><p>casos, tornarem-se irreconhecíveis.</p><p>Tonicidade e acentuação gráfica</p><p>A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta</p><p>capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua.</p><p>Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao</p><p>indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o</p><p>falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o</p><p>falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto</p><p>de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem</p><p>simultaneamente no ato da fala.</p><p>Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de</p><p>maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos</p><p>órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o</p><p>mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da</p><p>língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as</p><p>possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser</p><p>separadas em unidades menores.</p><p>Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação</p><p>envolve</p><p>elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura,</p><p>intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão</p><p>relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos</p><p>diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a</p><p>distinção e significação de um vocábulo.</p><p>Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve</p><p>um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas.</p><p>Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina</p><p>marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há</p><p>palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a</p><p>penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes</p><p>de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente</p><p>simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas</p><p>herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já</p><p>usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros.</p><p>A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os</p><p>estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970)</p><p>define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba,</p><p>dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior</p><p>energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke</p><p>(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação</p><p>da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a</p><p>enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas,</p><p>assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]".</p><p>Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que,</p><p>pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao</p><p>pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente.</p><p>A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a</p><p>tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a</p><p>vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal</p><p>como ápice, sendo a outra denominada semivogal.</p><p>Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de</p><p>forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de</p><p>aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização.</p><p>Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a</p><p>tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é</p><p>identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a</p><p>sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a</p><p>diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser</p><p>estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala.</p><p>Desenvolvimento da pesquisa</p><p>O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros</p><p>didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em</p><p>relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por</p><p>dois professores do ensino fundamental - um de 4.ª e um de 5.ª série de uma escola pública de</p><p>Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa.</p><p>Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por</p><p>uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da</p><p>dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos:</p><p>observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que</p><p>abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de</p><p>observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações</p><p>contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro</p><p>didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos</p><p>procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo.</p><p>Apresentação e discussão dos resultados</p><p>Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004)</p><p>- 4.ª série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando</p><p>sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados -</p><p>acentuação gráfica e tonicidade.</p><p>Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5.ª série da coleção Ler,</p><p>entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume</p><p>é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e</p><p>tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve.</p><p>O livro didático da 4.ª série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras</p><p>de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de</p><p>Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma</p><p>desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias</p><p>vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e</p><p>exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas,</p><p>paroxítonas e proparoxítonas.</p><p>Ao explicar a acentuação gráfica de palavras oxítonas, apresenta várias palavras</p><p>como amor, cipó, calor, funil e José, com o intuito de demonstrar que nem todas essas palavras são</p><p>acentuadas e que para fazê-lo corretamente deve-se observar sua terminação. O exercício</p><p>denominado Complete solicitado para treinar esses conteúdos parece induzir os alunos à observação</p><p>da terminação de cada vocábulo descartando a identificação da sílaba tônica.</p><p>Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento</p><p>gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são</p><p>consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de</p><p>acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o</p><p>acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa</p><p>de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento,</p><p>não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba</p><p>tônica, com exceção dos monossílabos átonos.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um</p><p>quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois</p><p>exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno</p><p>por</p><p>ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e</p><p>revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e</p><p>acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba</p><p>tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a</p><p>tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1)</p><p>O livro didático da 5.ª série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no</p><p>tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se</p><p>diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta</p><p>unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica</p><p>dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra</p><p>leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as</p><p>sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é</p><p>desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos</p><p>estudados anteriormente integrando-os à atividade presente.</p><p>Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como</p><p>a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos,</p><p>vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados</p><p>importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento</p><p>gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso</p><p>dos acordos ortográficos.</p><p>Para a introdução da acentuação gráfica de palavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos</p><p>com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto</p><p>a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua</p><p>classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos</p><p>com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical</p><p>apresentada em um quadro logo abaixo.</p><p>Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras</p><p>oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases</p><p>permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da</p><p>localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais</p><p>e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do</p><p>primeiro ciclo.</p><p>Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta</p><p>unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a</p><p>literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso,</p><p>nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema</p><p>relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação</p><p>gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de</p><p>sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas</p><p>para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é</p><p>solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma</p><p>relação direta entre tonicidade e acento gráfico.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no</p><p>tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três</p><p>exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das</p><p>palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação</p><p>e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das</p><p>unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras</p><p>que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras.</p><p>A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de</p><p>forma integrada e o de 5.ª série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é</p><p>abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação</p><p>gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao</p><p>desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem</p><p>uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro</p><p>direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades</p><p>distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os</p><p>vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à</p><p>classificação das palavras quanto à sua tonicidade.</p><p>Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade</p><p>e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e</p><p>professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de</p><p>acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses</p><p>dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos.</p><p>Quanto às observações de aulas</p><p>Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais</p><p>(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta</p><p>uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-</p><p>metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115</p><p>min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses</p><p>exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas</p><p>observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1).</p><p>Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de</p><p>23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos,</p><p>20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do</p><p>conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da</p><p>aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2%</p><p>(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para</p><p>o ensino do conteúdo em foco.</p><p>As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.ª série e</p><p>o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos</p><p>entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o</p><p>desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento</p><p>da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os</p><p>professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho.</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o</p><p>pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações</p><p>realizadas</p><p>na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo</p><p>Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada</p><p>um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de</p><p>saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades</p><p>necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos,</p><p>pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a</p><p>todos os cidadãos de forma equitativa.</p><p>Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do</p><p>tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de</p><p>exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o</p><p>livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a</p><p>acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se</p><p>abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas</p><p>convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para</p><p>aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita.</p><p>Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.ª séries do</p><p>ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e</p><p>acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas</p><p>quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais.</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Classes de Palavras</p><p>Você sabe o que são as classes gramaticais e para que elas servem?</p><p>Bom, a língua portuguesa é um rico objeto de estudo – você certamente já percebeu isso. Por</p><p>apresentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em diferentes áreas, o que facilita</p><p>sua análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da</p><p>classificação das palavras. Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente,</p><p>desconsiderando-se a função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela</p><p>Sintaxe. Nos estudos morfológicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser</p><p>chamadas de classes de palavras ou classes gramaticais. São elas:</p><p>Substantivo: palavra que dá nome aos seres em geral, podendo nomear também ações, conceitos</p><p>físicos, afetivos e socioculturais, entre outros que não podem ser considerados “seres” no sentido</p><p>literal da palavra;</p><p>Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou</p><p>geral (indefinido);</p><p>Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados dos seres;</p><p>Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a</p><p>posição que um ser ocupa em determinada sequência;</p><p>Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de</p><p>significação;</p><p>Verbo: palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e localiza-o no</p><p>tempo;</p><p>Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo,</p><p>de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal;</p><p>Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas</p><p>relações de sentido e dependência;</p><p>Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma</p><p>oração;</p><p>Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime</p><p>sentimentos, emoções e reações psicológicas.</p><p>A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja vista que a</p><p>língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as necessidades dos falantes.</p><p>Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, prova disso é que na língua portuguesa</p><p>todos os vocábulos estão incluídos dentro de uma das dez classes de palavras. Conhecer a</p><p>gramática que rege nosso idioma é fundamental para aprimorarmos a comunicação. Foi por essa</p><p>razão que o Brasil Escola preparou uma seção voltada ao estudo das classes gramaticais. Nela você</p><p>encontrará diversos artigos que explicarão a morfologia da língua de maneira simples e direta por</p><p>meio de textos e variados exemplos.</p><p>A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do</p><p>discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são</p><p>reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,</p><p>verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.</p><p>Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso</p><p>acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo</p><p>todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda</p><p>vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua</p><p>portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas</p><p>características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo =</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as</p><p>relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem</p><p>influenciá-la, mas somente a forma da palavra.</p><p>Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes</p><p>gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:</p><p>SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como</p><p>também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.</p><p>Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.</p><p>ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,</p><p>antecedendo-os.</p><p>Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.</p><p>ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos</p><p>substantivos.</p><p>Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente,</p><p>sábio, triste, amarelo, etc.</p><p>PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a</p><p>pessoa do discurso.</p><p>Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.</p><p>VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.</p><p>Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.</p><p>ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.</p><p>Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.</p><p>NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.</p><p>Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.</p><p>PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.</p><p>Exemplo: em, de, para, por, etc.</p><p>CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação</p><p>ou subordinação.</p><p>Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.</p><p>INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de</p><p>suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como</p><p>palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.</p><p>Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!</p><p>Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e</p><p>catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo,</p><p>artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.</p><p>Substantivo</p><p>Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre</p><p>outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau</p><p>(diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde</p><p>estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Substantivos simples</p><p>• casa;</p><p>• amor;</p><p>• roupa;</p><p>• livro;</p><p>• felicidade.</p><p>Substantivos compostos</p><p>• passatempo;</p><p>• arco-íris;</p><p>• beija-flor;</p><p>• segunda-feira;</p><p>• malmequer.</p><p>Substantivos primitivos</p><p>• folha;</p><p>• chuva;</p><p>• algodão;</p><p>• pedra;</p><p>• quilo.</p><p>Substantivos derivados</p><p>• território;</p><p>• chuvada;</p><p>• jardinagem;</p><p>• açucareiro;</p><p>• livraria.</p><p>Substantivos próprios</p><p>• Flávia;</p><p>• Brasil;</p><p>• Carnaval;</p><p>• Nilo;</p><p>• Serra da Mantiqueira.</p><p>Substantivos comuns</p><p>• mãe;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• computador;</p><p>• papagaio;</p><p>• uva;</p><p>• planeta.</p><p>Substantivos coletivos</p><p>• rebanho;</p><p>• cardume;</p><p>• pomar;</p><p>• arquipélago;</p><p>• constelação.</p><p>Substantivos concretos</p><p>• mesa;</p><p>• cachorro;</p><p>• samambaia;</p><p>• chuva;</p><p>• Felipe.</p><p>Substantivos abstratos</p><p>• beleza;</p><p>• pobreza;</p><p>• crescimento;</p><p>• amor;</p><p>• calor.</p><p>Substantivos comuns de dois gêneros</p><p>• o estudante / a estudante;</p><p>• o jovem / a jovem;</p><p>• o artista / a artista.</p><p>Substantivos sobrecomuns</p><p>• a vítima;</p><p>• a pessoa;</p><p>• a criança;</p><p>• o gênio;</p><p>• o indivíduo.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Substantivos epicenos</p><p>• a formiga;</p><p>• o crocodilo;</p><p>• a mosca;</p><p>• a baleia;</p><p>• o besouro.</p><p>Substantivos de dois números</p><p>• o lápis / os lápis;</p><p>• o tórax / os tórax;</p><p>• a práxis / as práxis.</p><p>Leia mais sobre substantivos.</p><p>Artigo</p><p>Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos</p><p>mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam</p><p>também o gênero e o número dos substantivos que determinam.</p><p>Artigos definidos</p><p>• o;</p><p>• a;</p><p>• os;</p><p>• as.</p><p>Artigos indefinidos</p><p>• um;</p><p>• uma;</p><p>• uns;</p><p>• umas.</p><p>Leia mais sobre artigos.</p><p>Adjetivo</p><p>Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade,</p><p>característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número</p><p>(singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo).</p><p>Adjetivos simples</p><p>• vermelha;</p><p>• lindo;</p><p>• zangada;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• branco.</p><p>Adjetivos compostos</p><p>• verde-escuro;</p><p>• amarelo-canário;</p><p>• franco-brasileiro;</p><p>• mal-educado.</p><p>Adjetivo primitivo</p><p>• feliz;</p><p>• bom;</p><p>• azul;</p><p>• triste;</p><p>• grande.</p><p>Adjetivo derivado</p><p>• magrelo;</p><p>• avermelhado;</p><p>• apaixonado.</p><p>Adjetivos biformes</p><p>• bonito;</p><p>• alta;</p><p>• rápido;</p><p>• amarelas;</p><p>• simpática.</p><p>Adjetivos uniformes</p><p>• competente;</p><p>• fácil;</p><p>• verdes;</p><p>• veloz;</p><p>• comum.</p><p>Adjetivos pátrios</p><p>• paulista;</p><p>• cearense;</p><p>• brasileiro;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• italiano;</p><p>• romeno.</p><p>Leia mais sobre adjetivos.</p><p>Pronome</p><p>Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que</p><p>acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características</p><p>aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número</p><p>(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).</p><p>Pronomes pessoais retos</p><p>• eu;</p><p>• tu;</p><p>• ele;</p><p>• nós;</p><p>• vós;</p><p>• eles.</p><p>Pronomes pessoais oblíquos</p><p>• me;</p><p>• mim;</p><p>• comigo;</p><p>• o;</p><p>• a;</p><p>• se;</p><p>• conosco;</p><p>• vos.</p><p>Pronomes pessoais de tratamento</p><p>• você;</p><p>• senhor;</p><p>• Vossa Excelência;</p><p>• Vossa Eminência.</p><p>Pronomes possessivos</p><p>• meu;</p><p>• tua;</p><p>• seus;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• nossas;</p><p>• vosso;</p><p>• sua.</p><p>Pronomes demonstrativos</p><p>• este;</p><p>• essa;</p><p>• aquilo;</p><p>• o;</p><p>• a;</p><p>• tal.</p><p>Pronomes interrogativos</p><p>• que;</p><p>• quem;</p><p>• qual;</p><p>• quanto.</p><p>Pronomes relativos</p><p>• que;</p><p>• quem;</p><p>• onde;</p><p>• a qual;</p><p>• cujo;</p><p>• quantas.</p><p>Pronomes indefinidos</p><p>• algum;</p><p>• nenhuma;</p><p>• todos;</p><p>• muitas;</p><p>• nada;</p><p>• algo.</p><p>Leia mais sobre pronomes.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Numeral</p><p>Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de</p><p>elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e</p><p>número (singular e plural), outros são invariáveis.</p><p>Numerais cardinais</p><p>• um;</p><p>• sete;</p><p>• vinte e oito;</p><p>• cento e noventa;</p><p>• mil.</p><p>Numerais ordinais</p><p>• primeiro;</p><p>• vigésimo segundo;</p><p>• nonagésimo;</p><p>• milésimo.</p><p>Numerais multiplicativo</p><p>• duplo;</p><p>• triplo;</p><p>• quádruplo;</p><p>• quíntuplo.</p><p>Numerais fracionários</p><p>• um meio;</p><p>• um terço;</p><p>• três décimos.</p><p>Numerais coletivos</p><p>• dúzia;</p><p>• cento;</p><p>• dezena;</p><p>• quinzena.</p><p>Leia mais sobre numerais.</p><p>Verbo</p><p>Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência,</p><p>um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e</p><p>futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).</p><p>Verbos regulares</p><p>• cantar;</p><p>• amar;</p><p>• vender;</p><p>• prender;</p><p>• partir;</p><p>• abrir.</p><p>Verbos irregulares</p><p>• medir;</p><p>• fazer;</p><p>• ouvir;</p><p>• haver;</p><p>• poder;</p><p>• crer.</p><p>Verbos anômalos</p><p>• ser;</p><p>• ir.</p><p>Verbos principais</p><p>• comer;</p><p>• dançar;</p><p>• saltar;</p><p>• escorregar;</p><p>• sorrir;</p><p>• rir.</p><p>Verbos auxiliares</p><p>• ser;</p><p>• estar;</p><p>• ter;</p><p>• haver;</p><p>• ir.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Verbos de ligação</p><p>• ser;</p><p>• estar;</p><p>• parecer;</p><p>• ficar;</p><p>• tornar-se;</p><p>• continuar;</p><p>• andar;</p><p>• permanecer.</p><p>Verbos defectivos</p><p>• falir;</p><p>• banir;</p><p>• reaver;</p><p>• colorir;</p><p>• demolir;</p><p>• adequar.</p><p>Verbos impessoais</p><p>• haver;</p><p>• fazer;</p><p>• chover;</p><p>• nevar;</p><p>• ventar;</p><p>• anoitecer;</p><p>• escurecer.</p><p>Verbos unipessoais</p><p>• latir;</p><p>• miar;</p><p>• cacarejar;</p><p>• mugir;</p><p>• convir;</p><p>• custar;</p><p>• acontecer.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Verbos abundantes</p><p>• aceitado / aceito;</p><p>• ganhado / ganho;</p><p>• pagado / pago.</p><p>Verbos</p><p>pronominais essenciais</p><p>• arrepender-se;</p><p>• suicidar-se;</p><p>• zangar-se;</p><p>• queixar-se;</p><p>• abster-se;</p><p>• dignar-se.</p><p>Verbos pronominais acidentais</p><p>• pentear / pentear-se;</p><p>• sentar / sentar-se;</p><p>• enganar / enganar-se</p><p>• debater / debater-se.</p><p>Leia mais sobre verbos.</p><p>Advérbio</p><p>Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma</p><p>circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero</p><p>e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau.</p><p>Advérbio de lugar</p><p>• aqui;</p><p>• ali;</p><p>• atrás;</p><p>• longe;</p><p>• perto;</p><p>• embaixo.</p><p>Advérbio de tempo</p><p>• hoje;</p><p>• amanhã;</p><p>• nunca;</p><p>• cedo;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• tarde;</p><p>• antes.</p><p>Advérbio de modo</p><p>• bem;</p><p>• mal;</p><p>• rapidamente;</p><p>• devagar;</p><p>• calmamente;</p><p>• pior.</p><p>Advérbio de afirmação</p><p>• sim;</p><p>• certamente;</p><p>• certo;</p><p>• decididamente.</p><p>Advérbio de negação</p><p>• não;</p><p>• nunca;</p><p>• jamais;</p><p>• nem;</p><p>• tampouco.</p><p>Advérbio de dúvida</p><p>• talvez;</p><p>• quiçá;</p><p>• possivelmente;</p><p>• provavelmente;</p><p>• porventura.</p><p>Advérbio de intensidade</p><p>• muito;</p><p>• pouco;</p><p>• tão;</p><p>• bastante;</p><p>• menos;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• quanto.</p><p>Advérbio de exclusão</p><p>• salvo;</p><p>• senão;</p><p>• somente;</p><p>• só;</p><p>• unicamente;</p><p>• apenas.</p><p>Advérbio de inclusão</p><p>• inclusivamente;</p><p>• também;</p><p>• mesmo;</p><p>• ainda.</p><p>Advérbio de ordem</p><p>• primeiramente;</p><p>• ultimamente;</p><p>• depois.</p><p>Leia mais sobre advérbios.</p><p>Preposição</p><p>Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da</p><p>oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro</p><p>termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.</p><p>Preposições simples essenciais</p><p>• a;</p><p>• após;</p><p>• até;</p><p>• com;</p><p>• de;</p><p>• em;</p><p>• entre;</p><p>• para;</p><p>• sobre.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Preposições simples acidentais</p><p>• como;</p><p>• conforme;</p><p>• consoante;</p><p>• durante;</p><p>• exceto;</p><p>• fora;</p><p>• mediante;</p><p>• salvo;</p><p>• segundo;</p><p>• senão.</p><p>Preposições compostas ou locuções prepositivas</p><p>• acima de;</p><p>• a fim de;</p><p>• apesar de;</p><p>• através de;</p><p>• de acordo com;</p><p>• depois de;</p><p>• em vez de;</p><p>• graças a;</p><p>• perto de;</p><p>• por causa de.</p><p>Leia mais sobre preposições.</p><p>Conjunção</p><p>Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos</p><p>de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São</p><p>invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.</p><p>Conjunções coordenativas aditivas</p><p>• e;</p><p>• nem;</p><p>• também;</p><p>• bem como;</p><p>• não só...mas também.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Conjunções coordenativas adversativas</p><p>• mas;</p><p>• porém;</p><p>• contudo;</p><p>• todavia;</p><p>• entretanto;</p><p>• no entanto;</p><p>• não obstante.</p><p>Conjunções coordenativas alternativas</p><p>• ou;</p><p>• ou...ou;</p><p>• já…já;</p><p>• ora...ora;</p><p>• quer...quer;</p><p>• seja...seja.</p><p>Conjunções coordenativas conclusivas</p><p>• logo;</p><p>• pois;</p><p>• portanto;</p><p>• assim;</p><p>• por isso;</p><p>• por consequência;</p><p>• por conseguinte.</p><p>Conjunções coordenativas explicativas</p><p>• que;</p><p>• porque;</p><p>• porquanto;</p><p>• pois;</p><p>• isto é.</p><p>Conjunções subordinativas integrantes</p><p>• que;</p><p>• se.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais causais</p><p>• porque;</p><p>• que;</p><p>• porquanto;</p><p>• visto que;</p><p>• uma vez que;</p><p>• já que;</p><p>• pois que;</p><p>• como.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais concessivas</p><p>• embora;</p><p>• conquanto;</p><p>• ainda que;</p><p>• mesmo que;</p><p>• se bem que;</p><p>• posto que.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais condicionais</p><p>• se;</p><p>• caso;</p><p>• desde;</p><p>• salvo se;</p><p>• desde que;</p><p>• exceto se;</p><p>• contando que.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais conformativas</p><p>• conforme;</p><p>• como;</p><p>• consoante;</p><p>• segundo.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais finais</p><p>• a fim de que;</p><p>• para que;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• que.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais</p><p>• à proporção que;</p><p>• à medida que;</p><p>• ao passo que;</p><p>• quanto mais… mais,…</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais temporais</p><p>• quando;</p><p>• enquanto;</p><p>• agora que;</p><p>• logo que;</p><p>• desde que;</p><p>• assim que;</p><p>• tanto que;</p><p>• apenas.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais comparativas</p><p>• como;</p><p>• assim como;</p><p>• tal;</p><p>• qual;</p><p>• tanto como.</p><p>Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas</p><p>• que;</p><p>• tanto que;</p><p>• tão que;</p><p>• tal que;</p><p>• tamanho que;</p><p>• de forma que;</p><p>• de modo que;</p><p>• de sorte que;</p><p>• de tal forma que.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Interjeição</p><p>Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e</p><p>seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.</p><p>Interjeições de alegria</p><p>• Oh!;</p><p>• Ah!;</p><p>• Oba!;</p><p>• Viva!;</p><p>• Opa!.</p><p>Interjeições de estímulo</p><p>• Vamos!;</p><p>• Força!;</p><p>• Coragem!;</p><p>• Ânimo!;</p><p>• Adiante!.</p><p>Interjeições de aprovação</p><p>• Apoiado!;</p><p>• Boa!;</p><p>• Bravo!.</p><p>Interjeições de desejo</p><p>• Oh!;</p><p>• Tomara!;</p><p>• Oxalá!.</p><p>Interjeições de dor</p><p>• Ai!;</p><p>• Ui!;</p><p>• Ah!;</p><p>• Oh!.</p><p>Interjeições de surpresa</p><p>• Nossa!;</p><p>• Cruz!;</p><p>• Caramba!;</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Opa!;</p><p>• Virgem!;</p><p>• Vixe!.</p><p>Interjeições de impaciência</p><p>• Diabo!;</p><p>• Puxa!;</p><p>• Pô!;</p><p>• Raios!;</p><p>• Ora!.</p><p>Interjeições de silêncio</p><p>• Psiu!;</p><p>• Silêncio!.</p><p>Interjeições de alívio</p><p>• Uf!;</p><p>• Ufa!;</p><p>• Ah!.</p><p>Interjeições de medo</p><p>• Credo!;</p><p>• Cruzes!;</p><p>• Uh!;</p><p>• Ui!.</p><p>Interjeições de advertência</p><p>• Cuidado!;</p><p>• Atenção!;</p><p>• Olha!;</p><p>• Alerta!;</p><p>• Sentido!.</p><p>Interjeições de concordância</p><p>• Claro!;</p><p>• Tá!;</p><p>• Hã-hã!.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Interjeições de desaprovação</p><p>• Credo!;</p><p>• Francamente!;</p><p>• Xi!;</p><p>• Chega!;</p><p>• Basta!;</p><p>• Ora!.</p><p>Interjeições de incredulidade</p><p>• Hum!;</p><p>• Epa!;</p><p>• Ora!;</p><p>• Qual!.</p><p>Interjeições de socorro</p><p>• Socorro!;</p><p>• Aqui!;</p><p>• Piedade!;</p><p>• Ajuda!.</p><p>Interjeições de cumprimentos</p><p>• Olá!;</p><p>• Alô!;</p><p>• Ei!;</p><p>• Tchau!;</p><p>• Adeus!.</p><p>Interjeições de afastamento</p><p>• Rua!;</p><p>• Xô!;</p><p>• Fora!;</p><p>• Passa!.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concordância Nominal e Verbal</p><p>Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo.</p><p>Exemplos de concordância verbal</p><p>• Eu li;</p><p>• Ele leu;</p><p>• Nós lemos;</p><p>• Eles leram.</p><p>Casos Particulares de Concordância Verbal</p><p>Concordância com pronome relativo que</p><p>O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que</p><p>queremos, são eles que querem.</p><p>Concordância com pronome relativo quem</p><p>O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:</p><p>sou eu quem quero, sou eu quem quer.</p><p>Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...</p><p>Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da</p><p>3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas</p><p>querem.</p><p>Concordância com um dos que</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos</p><p>que estudarão, um dos que sabem.</p><p>Concordância com nem um nem outro</p><p>O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro</p><p>veio, nem um nem outro vieram.</p><p>Concordância com verbos impessoais</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um</p><p>sujeito:</p><p>havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.</p><p>Concordância com a partícula apassivadora se</p><p>O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente,</p><p>podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.</p><p>Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por</p><p>verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de</p><p>funcionários.</p><p>Concordância com o infinitivo pessoal</p><p>O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho</p><p>necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.</p><p>Concordância com o infinitivo impessoal</p><p>O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da</p><p>segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e</p><p>com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.</p><p>Concordância com o verbo ser</p><p>O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:</p><p>isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.</p><p>Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração,</p><p>ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.</p><p>Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.</p><p>Concordância em número indica a flexão em singular e plural.</p><p>Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.</p><p>Exemplos de concordância nominal</p><p>• O vizinho novo;</p><p>• A vizinha nova;</p><p>• Os vizinhos novos;</p><p>• As vizinhas novas.</p><p>Casos particulares de concordância nominal</p><p>Concordância com pronomes pessoais</p><p>O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,</p><p>ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.</p><p>Concordância com vários substantivos</p><p>O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:</p><p>caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma</p><p>no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.</p><p>Concordância com vários adjetivos</p><p>Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se</p><p>houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito</p><p>no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.</p><p>Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom</p><p>Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando há um</p><p>artigo que determina o substantivo, mas permanecem invariáveis no masculino singular quando não</p><p>há artigo: é permitida a entrada, é permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda.</p><p>Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato</p><p>Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem</p><p>função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes</p><p>pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concordância com menos</p><p>A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos</p><p>tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.</p><p>Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso</p><p>Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados</p><p>anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas.</p><p>Concordância com um e outro</p><p>Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o</p><p>substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Regência Verbal e Nominal</p><p>Definição:</p><p>Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e</p><p>seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não</p><p>ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.</p><p>Regência Verbal</p><p>Termo Regente: VERBO</p><p>A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os</p><p>complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).</p><p>O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece</p><p>oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples</p><p>mudança ou retirada de uma preposição. Observe:</p><p>A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar.</p><p>A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.</p><p>Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".</p><p>Saiba que:</p><p>O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do</p><p>estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar</p><p>completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:</p><p>Cheguei ao metrô.</p><p>Cheguei no metrô.</p><p>No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por</p><p>mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a</p><p>que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum</p><p>existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência</p><p>culta.</p><p>Para estudar a regência verbal, agruparemos os</p><p>verbos de acordo com sua transitividade. A</p><p>transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em</p><p>frases distintas.</p><p>Verbos Intransitivos</p><p>Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns</p><p>detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.</p><p>a) Chegar, Ir</p><p>Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições</p><p>usadas para indicar destino ou direção são: a, para.</p><p>Exemplos:</p><p>Fui ao teatro.</p><p>Adjunto Adverbial De Lugar</p><p>Ricardo foi para a Espanha.</p><p>Adjunto Adverbial de Lugar</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o</p><p>retorno.</p><p>Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja:</p><p>Cheguei a Roma em outubro.</p><p>Adjunto Adverbial de Tempo</p><p>Chegamos no trem das dez.</p><p>Adjunto Adverbial de Meio</p><p>b) Comparecer</p><p>O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.</p><p>Verbos Transitivos Diretos</p><p>Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem</p><p>preposiçãopara o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos</p><p>lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem</p><p>assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos,</p><p>nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando</p><p>complementos verbais, objetos indiretos.</p><p>São Verbos Transitivos Diretos, Dentre Outros:</p><p>abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar,</p><p>amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger,</p><p>estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver,</p><p>visitar.</p><p>Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:</p><p>Amo aquele rapaz. / Amo-o.</p><p>Amo aquela moça. / Amo-a.</p><p>Amam aquele rapaz. / Amam-no.</p><p>Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.</p><p>Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que</p><p>atuam como adjuntos adnominais).</p><p>Exemplos:</p><p>Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)</p><p>Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)</p><p>Verbos Transitivos Indiretos</p><p>Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses</p><p>verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes</p><p>pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe,</p><p>lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos</p><p>de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se</p><p>pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe,</p><p>lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros:</p><p>a) Consistir</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Tem complemento introduzido pela preposição "em".</p><p>Por Exemplo:</p><p>A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.</p><p>b) Obedecer e Desobedecer:</p><p>Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".</p><p>Por Exemplo:</p><p>Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.</p><p>Eles desobedeceram às leis do trânsito.</p><p>c) Responder</p><p>Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a</p><p>quem" ou "ao que" se responde.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Respondi ao meu patrão.</p><p>Respondemos às perguntas.</p><p>Respondeu-lhe à altura.</p><p>Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se</p><p>responde, admite voz passiva analítica. Veja:</p><p>O questionário foi respondido corretamente.</p><p>Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.</p><p>d) Simpatizar e Antipatizar</p><p>Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".</p><p>Por Exemplo:</p><p>Antipatizo com aquela apresentadora.</p><p>Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.</p><p>Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos</p><p>Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso</p><p>implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:</p><p>Abdicar</p><p>Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.</p><p>Acreditar</p><p>Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.</p><p>Almejar</p><p>Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.</p><p>Ansiar</p><p>Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.</p><p>Anteceder</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos</p><p>estranhos.</p><p>Atender</p><p>Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.</p><p>Atentar</p><p>Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar.</p><p>Cogitar</p><p>Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia.</p><p>Consentir</p><p>Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados</p><p>consentiram naadoção de novas medidas econômicas.</p><p>Deparar</p><p>Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa</p><p>trilha.</p><p>Gozar</p><p>Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.</p><p>Necessitar</p><p>Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para</p><p>preparar a apresentação.</p><p>Preceder</p><p>Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações</p><p>precederam àmudança de regime.</p><p>Presidir</p><p>Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.</p><p>Renunciar</p><p>Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.</p><p>Satisfazer</p><p>Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.</p><p>Versar</p><p>Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.</p><p>Verbos Transitivos Diretos e Indiretos</p><p>Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto.</p><p>Merecem destaque, nesse grupo:</p><p>Agradecer, Perdoar e Pagar</p><p>São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado</p><p>a pessoas. Veja os exemplos:</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Agradeço aos ouvintes a audiência.</p><p>Objeto Indireto Objeto Direto</p><p>Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.</p><p>Objeto Direto Objeto Indireto</p><p>Paguei o débito ao cobrador.</p><p>Objeto Direto Objeto Indireto</p><p>O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe:</p><p>Agradeci o presente. / Agradeci-o.</p><p>Agradeço a você. / Agradeço-lhe.</p><p>Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.</p><p>Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.</p><p>Paguei minhas contas. / Paguei-as.</p><p>Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.</p><p>Saiba que:</p><p>Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto</p><p>indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos:</p><p>A empresa não paga aos funcionários desde setembro.</p><p>Já perdoei aos que me acusaram.</p><p>Agradeço aos eleitores que confiaram em mim.</p><p>Informar</p><p>Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Informe os novos preços aos clientes.</p><p>Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)</p><p>Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções:</p><p>Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.</p><p>Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)</p><p>Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar,</p><p>notificar, cientificar, prevenir.</p><p>Comparar</p><p>Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para</p><p>introduzir o</p><p>complemento indireto.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.</p><p>Pedir</p><p>Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e</p><p>indireto de pessoa.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Pedi-lhe favores.</p><p>Objeto Indireto Objeto Direto</p><p>Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva</p><p>Objetiva Direta</p><p>Saiba que:</p><p>1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito</p><p>limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver</p><p>subentendida.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.</p><p>Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial</p><p>final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).</p><p>2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente</p><p>considerada incorreta.</p><p>Preferir</p><p>Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a".</p><p>Por Exemplo:</p><p>Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.</p><p>Prefiro trem a ônibus.</p><p>Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais</p><p>como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo</p><p>existente no próprio verbo (pre).</p><p>Mudança De Transitividade Versus Mudança De Significado</p><p>Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O</p><p>conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois</p><p>além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a</p><p>quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:</p><p>Agradar</p><p>1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.</p><p>Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.</p><p>2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege</p><p>complemento introduzido pela preposição "a".</p><p>Por Exemplo:</p><p>O cantor não agradou aos presentes.</p><p>O cantor não lhes agradou.</p><p>ASPIRAR</p><p>1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.</p><p>Por Exemplo:</p><p>Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.)</p><p>Obs.: como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as</p><p>formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja</p><p>o exemplo:</p><p>Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.)</p><p>Assistir</p><p>1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.</p><p>Por Exemplo:</p><p>As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.</p><p>As empresas de saúde negam-se a assisti-los.</p><p>2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.</p><p>Exemplos:</p><p>Assistimos ao documentário.</p><p>Não assisti às últimas sessões.</p><p>Essa lei assiste ao inquilino.</p><p>Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de</p><p>adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em".</p><p>Por Exemplo:</p><p>Assistimos numa conturbada cidade.</p><p>Chamar</p><p>1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.</p><p>Por exemplo:</p><p>Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.</p><p>Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.</p><p>2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se</p><p>refere predicativo preposicionado ou não.</p><p>Exemplos:</p><p>A torcida chamou o jogador mercenário.</p><p>A torcida chamou ao jogador mercenário.</p><p>A torcida chamou o jogador de mercenário.</p><p>A torcida chamou ao jogador de mercenário.</p><p>Custar</p><p>1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto</p><p>adverbial.</p><p>Por exemplo:</p><p>Frutas e verduras não deveriam custar muito.</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.</p><p>Por exemplo:</p><p>Muito custa viver tão longe da família.</p><p>Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva</p><p>Intransitivo Reduzida de Infinitivo</p><p>Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.</p><p>Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva</p><p>Indireto Reduzida de Infinitivo</p><p>Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um</p><p>sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo:</p><p>Custei para entender o problema.</p><p>Forma correta: Custou-me entender o problema.</p><p>Implicar</p><p>1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:</p><p>a) Dar a entender, fazer supor, pressupor</p><p>Por exemplo:</p><p>Suas atitudes implicavam um firme propósito.</p><p>b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar</p><p>Por exemplo:</p><p>Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.</p><p>2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver</p><p>Por exemplo:</p><p>Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.</p><p>Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com</p><p>preposição "com".</p><p>Por Exemplo:</p><p>Implicava com quem não trabalhasse arduamente.</p><p>Proceder</p><p>1) Proceder é intransitivo no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção, vem</p><p>sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.</p><p>Exemplos:</p><p>As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las.</p><p>Você procede muito mal.</p><p>2) Nos sentidos de ter origem ou dar início é transitivo indireto.</p><p>Exemplos:</p><p>O avião procede de Maceió.</p><p>Procedeu-se aos exames.</p><p>O delegado procederá ao inquérito.</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Querer</p><p>1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar.</p><p>Querem melhor atendimento.</p><p>Queremos um país melhor.</p><p>2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar.</p><p>Exemplos:</p><p>Quero muito aos meus amigos.</p><p>Ele quer bem à linda menina.</p><p>Despede-se o filho que muito lhe quer.</p><p>VISAR</p><p>1) Como transititvo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.</p><p>Por Exemplo:</p><p>O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.</p><p>2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a</p><p>preposição "a".</p><p>Exemplos:</p><p>O ensino deve sempre visar ao progresso social.</p><p>Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>COLOCAÇÃO PRONOMINAL</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Colocação Pronominal</p><p>É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.</p><p>Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas</p><p>normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.</p><p>Dicas:</p><p>Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois</p><p>mesóclise e em último caso, ênclise.</p><p>Próclise</p><p>É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:</p><p>1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do</p><p>verbo. São elas:</p><p>a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.</p><p>Ex.: Não se esqueça de mim.</p><p>b) Advérbios.</p><p>Ex.: Agora se negam a depor.</p><p>c) Conjunções subordinativas.</p><p>Ex.: Soube que me negariam.</p><p>d) Pronomes relativos.</p><p>Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.</p><p>e) Pronomes indefinidos.</p><p>Ex.: Poucos te deram a oportunidade.</p><p>f) Pronomes demonstrativos.</p><p>Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.</p><p>2) Orações iniciadas por palavras interrogativas.</p><p>Ex.: Quem te fez a encomenda?</p><p>3) Orações iniciadas por palavras exclamativas.</p><p>Ex.: Quanto se ofendem por nada!</p><p>4) Orações que exprimem desejo (orações optativas).</p><p>Ex.: Que Deus o ajude.</p><p>Mesóclise</p><p>É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:</p><p>1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses</p><p>verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.</p><p>Exemplos:</p><p>Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.</p><p>Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.</p><p>COLOCAÇÃO PRONOMINAL</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ênclise</p><p>É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não</p><p>forem possíveis:</p><p>1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.</p><p>Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.</p><p>2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.</p><p>Ex.: Não era minha intenção machucar-te.</p><p>3) Quando o verbo iniciar a oração.</p><p>Ex.: Vou-me embora agora mesmo.</p><p>4) Quando houver pausa antes do verbo.</p><p>Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.</p><p>5- Quando o verbo estiver no gerúndio.</p><p>Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.</p><p>Dicas:</p><p>O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra</p><p>atrativa.</p><p>Exemplos:</p><p>É preciso encontrar um meio de não o magoar.</p><p>É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.</p><p>Colocação pronominal nas locuções verbais</p><p>1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio</p><p>a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.</p><p>Ex.: Haviam-me convidado para a festa.</p><p>b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo</p><p>auxiliar.</p><p>Ex.: Não me haviam convidado para a festa.</p><p>Dicas:</p><p>Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a</p><p>mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.</p><p>Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.</p><p>2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:</p><p>a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois</p><p>do verbo principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.</p><p>Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.</p><p>COLOCAÇÃO PRONOMINAL</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou</p><p>depois do verbo principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.</p><p>Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.</p><p>Observações importantes:</p><p>Emprego de o, a, os, as</p><p>1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.</p><p>Exemplos:</p><p>Chame-o agora.</p><p>Deixei-a mais tranquila.</p><p>2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.</p><p>Exemplos:</p><p>(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.</p><p>(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.</p><p>3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as</p><p>alteram-se para no, na, nos, nas.</p><p>Exemplos:</p><p>Chamem-no agora.</p><p>Põe-na sobre a mesa.</p><p>4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso,</p><p>podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise.</p><p>Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>CRASE</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Crase</p><p>A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que</p><p>se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o</p><p>artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele</p><p>(s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave (</p><p>` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das</p><p>duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e</p><p>nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a veri-</p><p>ficar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:</p><p>Vou a a igreja.</p><p>Vou à igreja.</p><p>No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a</p><p>ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse</p><p>encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os</p><p>outros exemplos:</p><p>Conheço a aluna.</p><p>Refiro-me à aluna.</p><p>No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposi-</p><p>ção e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo</p><p>ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja</p><p>feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.</p><p>Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demons-</p><p>trativo "a" (s) após uma preposição "a":</p><p>1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a for-</p><p>ma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.</p><p>Veja os exemplos:</p><p>Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.</p><p>Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.</p><p>2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição</p><p>diferente (para, em, de,</p><p>Eu não estou falando de fazer duas, três provas. Eu</p><p>estou falando de 20, 30 provas, cada uma com 15, 20 questões, cada uma com 3, 4 textos. Lembre-</p><p>se: permaneça ignorante. Permaneça com fome.</p><p>Pegou as dicas? Aplique-as!</p><p>Agora, vá interpretar textos</p><p>Nos vemos nos próximos artigos. E não se esqueça de se cadastrar no Esquemaria para pegar mais</p><p>e mais dicas</p><p>Um beijo e uma ótima vida para você!</p><p>Dicas Para Uma Boa Interpretação De Texto</p><p>Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, por isso</p><p>elaboramos algumas dicas preciosas para auxiliar você nos seus estudos.</p><p>Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim, não se desespere, você</p><p>não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos leitores.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o</p><p>desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de</p><p>nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma</p><p>boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. O</p><p>analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois</p><p>a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer</p><p>analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos</p><p>algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas.</p><p>Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos</p><p>de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados,</p><p>descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz</p><p>suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois, uma</p><p>segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente.</p><p>Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos</p><p>frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.</p><p>Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira</p><p>aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação</p><p>hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos</p><p>conceitos.</p><p>Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos</p><p>argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente</p><p>contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise</p><p>ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições</p><p>vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um</p><p>analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim</p><p>como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece</p><p>nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!</p><p>Interpretação de Texto: veja como fazer.</p><p>É o que mais cai no Enem.</p><p>Interpretação de Texto: veja os principais pontos nos quais você deve focar durante a leitura dos</p><p>textos nas provas do Enem, dos vestibulares e do Encceja. Revise como interpretar um texto, e</p><p>mande bem nos Exames!</p><p>Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem. A</p><p>compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas.</p><p>Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares. Aqui</p><p>vão algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o ato de interpretar um texto mais</p><p>rápido e eficaz.</p><p>A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas ―ideias</p><p>básicas‖. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta</p><p>operação fará com que o significado do texto ―salte aos olhos‖ do leitor. É assim que se estuda</p><p>interpretação de texto para o Enem.</p><p>Veja neste exemplo:</p><p> ―Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a</p><p>formação da personalidade humana‖.</p><p> Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique</p><p>humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos</p><p>anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e</p><p>Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p> Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela</p><p>psicanálise: o das ‗livres associações‘ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por</p><p>palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.</p><p> Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da</p><p>linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos</p><p>insatisfeitos na fase de vigília.</p><p> ―Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação</p><p>da tese de que toda neurose é de origem sexual.‖ (Salvatore D‘Onofrio). IDEIAS – NÚCLEO. Veja a</p><p>seguir o Passo inicial da Interpretação de Texto</p><p>O Primeiro Conceito Do Texto:</p><p> * ―Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a</p><p>formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas</p><p>camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente‖.</p><p> O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis</p><p>mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.</p><p>O Segundo Conceito Do Texto:</p><p>* ―Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da</p><p>hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria,</p><p>1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado</p><p>pela psicanálise: o das ‗livres associações‘ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta</p><p>por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais‖.</p><p>A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos</p><p>humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das ―livres</p><p>associações de ideias e de sentimentos‖.</p><p>O Terceiro Contexto Do Texto:</p><p>* ―Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua</p><p>gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na</p><p>fase de vigília‖.</p><p>Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão</p><p>dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do</p><p>dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto.</p><p>Quarto Conceito Do Texto:</p><p>* ―Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação</p><p>da tese de que toda neurose é de origem sexual.‖.</p><p>Conclusão: Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a</p><p>novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.</p><p>A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e</p><p>captar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer</p><p>uma leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa</p><p>ser feita uma análise mais a</p><p>por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou</p><p>seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.</p><p>Veja os exemplos:</p><p>- Penso na aluna.</p><p>- Apaixonei-me pela aluna.</p><p>- Começou a brigar. - Cansou de brigar.</p><p>- Insiste em brigar.</p><p>- Foi punido por brigar.</p><p>- Optou por brigar.</p><p>Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é</p><p>preciso provar que existem os dois.</p><p>Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá</p><p>crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:</p><p>- Diante de substantivos masculinos:</p><p>Andamos a cavalo.</p><p>Fomos a pé.</p><p>CRASE</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Passou a camisa a ferro.</p><p>Fazer o exercício a lápis.</p><p>Compramos os móveis a prazo.</p><p>Assisitimos a espetáculos magníficos.</p><p>- Diante de verbos no infinitivo:</p><p>A criança começou a falar.</p><p>Ela não tem nada a dizer.</p><p>Estavam a correr pelo parque.</p><p>Estou disposto a ajudar.</p><p>Continuamos a observar as plantas.</p><p>Voltamos a contemplar o céu.</p><p>Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas</p><p>preposição, logo não ocorrerá crase.</p><p>- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das for-</p><p>mas senhora, senhorita e dona:</p><p>Diga a ela que não estarei em casa amanhã.</p><p>Entreguei a todos os documentos necessários.</p><p>Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.</p><p>Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.</p><p>Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.</p><p>Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.</p><p>Isso não interessa a nenhum de nós.</p><p>Aonde você pretende ir a esta hora?</p><p>Agradeci a ele, a quem tudo devo.</p><p>Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método</p><p>explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção</p><p>surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:</p><p>Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)</p><p>Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)</p><p>Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)</p><p>- Diante de numerais cardinais:</p><p>Chegou a duzentos o número de feridos.</p><p>Daqui a uma semana começa o campeonato.</p><p>Casos em que a crase SEMPRE ocorre:</p><p>- Diante de palavras femininas:</p><p>Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.</p><p>Sempre vamos à praia no verão.</p><p>Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.</p><p>Sou grata à população.</p><p>Fumar é prejudicial à saúde.</p><p>Este aparelho é posterior à invenção do telefone.</p><p>- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique</p><p>subentendida):</p><p>O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.</p><p>Usava sapatos à (moda de) Luís XV.</p><p>O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.</p><p>- Na indicação de horas:</p><p>CRASE</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Acordei às sete horas da manhã.</p><p>Elas chegaram às dez horas.</p><p>Foram dormir à meia-noite.</p><p>Ele saiu às duas horas.</p><p>Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.</p><p>Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.</p><p>- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por</p><p>exemplo:</p><p>à tarde às ocultas às pressas à medida que</p><p>à noite às claras às escondidas à força</p><p>à vontade à beça à larga à escuta</p><p>às avessas à revelia à exceção de à imitação de</p><p>à esquerda às turras às vezes à chave</p><p>à direita à procura à deriva à toa</p><p>à luz à sombra de à frente de à proporção que</p><p>à semelhança de às ordens à beira de</p><p>Crase Diante de Nomes de Lugar</p><p>Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o arti-</p><p>go, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para</p><p>saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o</p><p>termo regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da contra-</p><p>ção "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:</p><p>Vou à França. (Vim da França. Estou na França.)</p><p>Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)</p><p>Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)</p><p>Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)</p><p>Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.)</p><p>Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.)</p><p>ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:</p><p>Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.</p><p>Irei à Salvador de Jorge Amado.</p><p>Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo</p><p>Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por</p><p>exemplo:</p><p>Refiro-me a aquele atentado.</p><p>Preposição Pronome</p><p>Refiro-me àquele atentado.</p><p>CRASE</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e</p><p>exige preposição, portanto, ocorre a crase.</p><p>Observe este outro exemplo:</p><p>Aluguei aquela casa.</p><p>O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre</p><p>nesse caso. Veja outros exemplos:</p><p>Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.</p><p>Quero agradecer àqueles que me socorreram.</p><p>Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.</p><p>Não obedecerei àquele sujeito.</p><p>Assisti àquele filme três vezes.</p><p>Espero aquele rapaz.</p><p>Fiz aquilo que você disse.</p><p>Comprei aquela caneta.</p><p>Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais</p><p>A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo</p><p>que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da</p><p>crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculi-</p><p>no. Por exemplo:</p><p>A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.</p><p>O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.</p><p>Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.</p><p>Veja outros exemplos:</p><p>São normas às quais todos os alunos devem obedecer.</p><p>Esta foi a conclusão à qual ele chegou.</p><p>Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões.</p><p>A sessão à qual assisti estava vazia.</p><p>Crase com o Pronome Demonstrativo "a"</p><p>A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substitui-</p><p>ção do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:</p><p>Minha revolta é ligada à do meu país.</p><p>Meu luto é ligado ao do meu país.</p><p>As orações são semelhantes às de antes.</p><p>Os exemplos são semelhantes aos de antes.</p><p>Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa.</p><p>Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.</p><p>Suas perguntas são superiores às dele.</p><p>Seus argumentos são superiores aos dele.</p><p>Sua blusa é idêntica à de minha colega.</p><p>Seu casaco é idêntico ao de minha colega.</p><p>A Palavra Distância</p><p>Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:</p><p>Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)</p><p>Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)</p><p>Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:</p><p>CRASE</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Os militares ficaram a distância.</p><p>Gostava de fotografar a distância.</p><p>Ensinou a distância.</p><p>Dizem que aquele médico cura a distância.</p><p>Reconheci o menino a distância.</p><p>Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:</p><p>Gostava de fotografar à distância.</p><p>Ensinou à distância.</p><p>Dizem que aquele médico cura à distância.</p><p>Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA</p><p>- Diante de nomes próprios femininos:</p><p>Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o</p><p>uso do artigo. Observe:</p><p>Paula é muito bonita. Laura</p><p>é minha amiga.</p><p>A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.</p><p>Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos,</p><p>então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:</p><p>Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.</p><p>Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.</p><p>Contei a Laura o que havia ocorrido na noite pas-</p><p>sada.</p><p>Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite pas-</p><p>sada.</p><p>Contei à Laura o que havia ocorrido na noite pas-</p><p>sada.</p><p>Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite</p><p>passada.</p><p>- Diante de pronome possessivo feminino:</p><p>Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é faculta-</p><p>tivo o uso do artigo. Observe:</p><p>Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.</p><p>A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.</p><p>Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então pode-</p><p>mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:</p><p>Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.</p><p>Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.</p><p>Diga a sua irmã que estou esperando por ela. Diga a seu irmão que estou esperando por ele.</p><p>CRASE</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Diga à sua irmã que estou esperando por ela. Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.</p><p>- Depois da preposição até:</p><p>Fui até a praia. ou Fui até à praia.</p><p>Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.</p><p>A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________</p><p>SINTAXE</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sintaxe</p><p>Objeto direto, Objeto indireto, Complemento Nominal e Agente da Passiva</p><p>TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO</p><p>1. OBJETO DIRETO</p><p>Para Identificar o</p><p>OBJETO DIRETO</p><p>faça a pergunta</p><p>VERBO +</p><p>O quÊ?</p><p>Quem?</p><p>VOZ ATIVA</p><p>Ex.: O rapaz perdeu os sentidos.</p><p>OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO</p><p>Como você percebeu, o objeto liga-se ao verbo sem auxílio da preposição. Entretanto, há casos em</p><p>que ele admite a construção com o conectivo preposicional, sendo denominado, então, de objeto</p><p>direto preposicionado.</p><p>Casos em que ele ocorre:</p><p>• quando o objeto direto é constituído por pronomes pessoais tônicos. Ex.:</p><p>Luíza amava mais a mim do que a seus irmãos.</p><p>objeto direto preposicionado: a mim</p><p>O professor Gustavo não entende a nós, nem nós entendemos a ele.</p><p>objeto direto preposicionado: a nós, a ele</p><p>• quando o objeto direto é constituído por nomes próprios ou comuns principalmente com verbos que</p><p>expressem sentimentos. Ex.:</p><p>Devemos amar, sobretudo, a Deus.</p><p>Estimar aos pais é dever de todo bom filho.</p><p>• quando o objeto direto é constituído por pronome indefinido, que se refira a pessoa, ou pronome de</p><p>tratamento. Ex.:</p><p>Não quero amar a ninguém.</p><p>Não aborreça a Sua Excelência.</p><p>• quando se deseja evitar ambiguidade (duplo sentido). Ex.:</p><p>Chama, finalmente, ao pai, o filho emocionado.</p><p>Note que, se não houvesse a preposição diante do objeto, não se poderia identificar qual o sujeito:</p><p>o filho emocionado; e qual o objeto: ao pai.</p><p>SINTAXE</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• quando o objeto está anteposto para dar ênfase.</p><p>A mim, é que não enganam!</p><p>A Rogério, ninguém controlava.</p><p>2. OBJETO INDIRETO</p><p>Para Identificar o</p><p>OBJETO INDIRETO</p><p>faça a pergunta</p><p>VERBO +</p><p>A quÊ(M)?</p><p>DE Que(m)?</p><p>EM QUE(M)?</p><p>Ex.: Aparício duvidava de seus próprios companheiros</p><p>Observação</p><p>O objeto indireto pode ser representado também pelos pronomes oblíquos lhe, lhes, me, te, nos, vos,</p><p>de acordo com a transitividade verbal.</p><p>“Não estou entendendo — disse-lhe — você vai dar um salto?”</p><p>Carlos Eduardo Novaes</p><p>3. COMPLEMENTO NOMINAL</p><p>Assim como os verbos, certos nomes também são transitivos, necessitando de um termo que os</p><p>complete. Tal complemento denomina-se complemento nominal. Ex.:</p><p>“Ele tem medo de você.”</p><p>O substantivo medo é completado pelo termo de você que constitui o complemento nominal.</p><p>O complemento nominal caracteriza-se por:</p><p>SER INTRODUZIDO POR PREPOSIÇÃO</p><p>Todo ser humano tem direito à felicidade.</p><p>Viviane tinha certeza de sua amizade.</p><p>COMPLETAR O SENTIDO DE UM</p><p>• Substantivo</p><p>Áurea e Roselaine não tinham receio da bronca do patrão.</p><p>• adjetivo</p><p>A água é benéfica à saúde do homem.</p><p>• ADVÉRBIO</p><p>SINTAXE</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Roberval agiu contrariamente aos costumes de sua família.</p><p>4. AGENTE DA PASSIVA</p><p>Para Identificar o</p><p>AGENTE DA PASSIVA</p><p>faça a pergunta</p><p>VERBO + POR QUEM?</p><p>VOZ PASSIVA</p><p>Ex.: A velha igreja de Ouro Preto foi visitada por engenheiros.</p><p>Objeto direto e indireto</p><p>1. Objeto direto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem</p><p>necessitar de preposição.</p><p>Exemplo:</p><p>O objeto direto também completa o sentido de um verbo transitivo direto e indireto.</p><p>Exemplo:</p><p>Se o objeto direto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva direta. É</p><p>substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto direto.</p><p>Exemplo:</p><p>Quero que você estude.</p><p>2. Objeto indireto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo</p><p>indireto necessitando de preposição.</p><p>Exemplo:</p><p>Se o objeto indireto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva indireta.</p><p>É substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto indireto.</p><p>Exemplo:</p><p>Concordo (com) que você trabalhe. (Observe que a preposição com está subentendida.)</p><p>SINTAXE</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Os objetos podem ser representados por:</p><p>a) um substantivo:</p><p>Exemplo:</p><p>b) um pronome substantivo:</p><p>Exemplo:</p><p>c) um numeral:</p><p>Exemplo:</p><p>d) uma palavra substantivada:</p><p>Exemplo:</p><p>e) uma oração subordinada:</p><p>Exemplo:</p><p>Objeto formado por um pronome oblíquo</p><p>Os pronomes oblíquos geralmente assumem a função de complementos verbais (objeto direto e</p><p>objeto indireto). Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam</p><p>como objeto direto. Os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os demais pronomes</p><p>oblíquos (me, te, se, nos, vos)</p><p>podem exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.</p><p>Para substituir o objeto direto de 3ª pessoa, devemos usar as formas o (s), a (s), lo (s), la (s), no (s),</p><p>na (s). Nunca a forma lhe (s).</p><p>SINTAXE</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>As formas pronominais o e a variam para -lo e -la, quando estiverem colocadas depois de verbos que</p><p>terminem com as letras r, s, z. Neste caso, eliminam-se tais letras. Mas lembre-se que no falar diário</p><p>tais formas não são usadas; fica muito pedante. Devemos conhecer estes usos apenas para aplicá-</p><p>los a uma linguagem especial, culta.</p><p>Exemplo:</p><p>Esta é a casa de meus sonhos. Vou comprá-la, sem dúvida. Reformá-la-ei para meu próprio uso.</p><p>Meus empregados preparam-na para meu conforto.</p><p>2. As formas pronominais -no e -na são usadas depois de verbos que terminem em sons nasais, ou</p><p>seja, em am, em, ão ou õe.</p><p>SINTAXE</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O pronome lhe nunca substitui objeto direto! Ele é usado para substituir o objeto indireto.</p><p>Exemplo:</p><p>Entreguei a carta ao mensageiro. (objeto indireto)</p><p>Entreguei-lhe a carta.</p><p>Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos e vos tanto podem exercer a função de objeto direto</p><p>quanto a de objeto indireto. Isto depende da regência verbal, ou seja, é necessário perceber a</p><p>exigência do verbo. Todavia, fica fácil identificar essas funções. Vamos aplicar um "jeitinho" infalível?</p><p>Na dúvida, retire o pronome oblíquo e em seu lugar use a expressão "o garoto" para identificar o</p><p>objeto direto e "ao garoto", para identificar o objeto indireto.</p><p>Exemplos:</p><p>Ela me ama. (Ela ama o garoto? - objeto direto)</p><p>Ela me entrega a encomenda. (Ela entrega a encomenda ao garoto. - objeto indireto)</p><p>Observação:</p><p>SINTAXE</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Você pode aplicar essa substituição para descobrir a função sintática de qualquer pronome deste</p><p>grupo.</p><p>Objeto Direto Preposicionado</p><p>Como estudamos anteriormente, o objeto direto é o termo da oração que completa a significação de</p><p>um verbo transitivo direto sem necessitar de uma preposição.</p><p>Há casos em que o objeto pode ser antecedido por uma preposição. Esta, porém, não é obrigatória.</p><p>Exemplos:</p><p>Lembre-se que o objeto indireto é complemento do verbo transitivo indireto. Já o objeto direto</p><p>preposicionado é complemento de verbo transitivo direto.</p><p>Objeto Pleonástico</p><p>Muitas vezes, com o objetivo de dar ênfase, é antecipado o objeto, colocando-o no início da frase e,</p><p>depois ele é repetido através de um pronome oblíquo. Objeto pleonástico é o nome dado a esse</p><p>objeto repetido.</p><p>Exemplos:</p><p>Objeto Direto Interno</p><p>Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que</p><p>ele completa, receberá o nome de objeto direto interno.</p><p>Exemplos:</p><p>SINTAXE</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Observação:</p><p>O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto; caso contrário,</p><p>pode haver pleonasmo.</p><p>Orações Coordenadas e Subordinadas</p><p>Orações Coordenadas</p><p>As orações coordenadas não exercem função sintática umas em relação às outras, ou seja, não</p><p>apresentam dependência entre elas.</p><p>Exemplo de Oração Coordenada Sindética Aditiva</p><p>Ela acordou cedo e foi ao parque com as amigas.</p><p>Como pode-se observar, as orações são independentes do ponto de vista sintático e estão</p><p>relacionadas através da conjunção e.</p><p>As orações coordenadas podem ser classificadas em assindéticas, quando não são introduzidas por</p><p>conjunção, ou sindéticas, quando são introduzidas por conjunção. Essas ainda são divididas em</p><p>aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.</p><p>Orações Subordinadas</p><p>Diferentemente do que acontece com as orações coordenadas, as orações subordinadas apresentam</p><p>uma dependência sintática em relação à oração principal. Elas são classificadas de acordo com a sua</p><p>função sintática: oração subordinada substantiva, oração subordinada adjetiva e oração subordinada</p><p>adverbial.</p><p>Orações Subordinadas Substantivas</p><p>Normalmente são introduzidas por conjunções subordinadas integrantes e podem fazer o papel de</p><p>um substantivo nos períodos. Elas são classificadas de acordo com a sua função: subjetiva,</p><p>completiva nominal, predicativa, apositiva, objetiva direta e objetiva indireta.</p><p>Exemplo de Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta</p><p>Acreditamos que a jogada do zagueiro foi desleal.</p><p>Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>As orações subordinadas adjetivas exercem a mesma função de um adjetivo, pois modificam um</p><p>substantivo. Elas são classificadas em dois tipos: explicativas e restritivas.</p><p>Exemplo de Oração Subordinada Adjetiva Explicativa</p><p>Os alunos, que estudaram pro vestibular, conseguiram boas notas.</p><p>Orações Subordinadas Adverbiais</p><p>Essas orações exercem a função de adjunto averbial em relação ao verbo da oração princial. Elas</p><p>são classificadas em nove tipos: causais, consecutivas, comparativas, condicionais, conformativas,</p><p>concessivas, finais, proporcionais e temporais.</p><p>Exemplo de Oração Subordinada Adverbial Condicional</p><p>SINTAXE</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Se estudar bastante, passará no vestibular da Unicamp.</p><p>Orações coordenadas e orações subordinadas</p><p>A seção com a qual você se depara neste momento diz respeito às orações coordenadas e orações</p><p>subordinadas. Pois bem, sem nenhuma dúvida, tal fato linguístico o (a) faz relembrar algo: período</p><p>composto.</p><p>Ora, se se trata de um período, obviamente que nele há duas orações, e éexatamente no estudo</p><p>delas que reside todo o conhecimento que a partir de agora você irá adquirir. Nesse sentido,</p><p>gostaríamos - ainda que de forma superficial- que você se atentasse para os dois exemplos que</p><p>abaixo se mostram evidentes:</p><p>Ela chegou e apresentou as novas ações a serem executadas.</p><p>Em termos de construção sintática, não precisamos ir muito além para constatarmos que as duas</p><p>orações não mantêm entre si nenhuma relação de dependência para que se tornem decifráveis,</p><p>completas. Isso significa dizer que se classificam como orações coordenadas.</p><p>Assim que ela chegou, apresentou as novas ações a serem executadas.</p><p>Em se tratando dos elementos sintáticos, não podemos afirmar que tais orações se assemelham às</p><p>coordenadas, haja vista que a primeira oração (assim que ela chegou) apresenta uma relação de</p><p>dependência para com a segunda – o que significa afirmar que se classificam como orações</p><p>subordinadas.</p><p>Sinais de Pontuação</p><p>Compartilhar</p><p>Email</p><p>Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem</p><p>como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica. São eles: o ponto (.), a vírgula (,),</p><p>o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),</p><p>as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).</p><p>Como Usar e Exemplos</p><p>Ponto (.)</p><p>O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. O</p><p>ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.</p><p>Exemplos:</p><p>• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e</p><p>pedir perdão.</p><p>• O filme recebeu várias indicações para o óscar.</p><p>• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.</p><p>• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.</p><p>Vírgula (,)</p><p>A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado</p><p>quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para separar termos</p><p>com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.</p><p>Exemplos:</p><p>SINTAXE</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.</p><p>• Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. (aposto)</p><p>• Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)</p><p>Ponto e Vírgula (;)</p><p>O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma</p><p>frase e para separar uma</p><p>relação de elementos.</p><p>É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa</p><p>que a vírgula e ora mais breve que o ponto.</p><p>Exemplos:</p><p>• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente.</p><p>• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.</p><p>• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.</p><p>Dois Pontos (:)</p><p>Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma</p><p>enumeração.</p><p>Exemplos:</p><p>• Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão.</p><p>• Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.</p><p>Ponto de Exclamação (!)</p><p>O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam</p><p>sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.</p><p>Exemplos:</p><p>• Que horror!</p><p>• Ganhei!</p><p>Ponto de Interrogação (?)</p><p>O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas ou</p><p>indiretas-livre.</p><p>Exemplos:</p><p>• Quer ir ao cinema comigo?</p><p>• Será que eles prefere jornais ou revistas?</p><p>Reticências (...)</p><p>As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito</p><p>mais além do que está expresso na frase.</p><p>Exemplos:</p><p>• Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…</p><p>SINTAXE</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Não sei… Preciso pensar no assunto.</p><p>Aspas (" ")</p><p>É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de</p><p>obras.</p><p>Exemplos:</p><p>• Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.</p><p>• Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do</p><p>meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."</p><p>Parênteses ( ( ) )</p><p>Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.</p><p>Exemplos:</p><p>• O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.</p><p>• Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.</p><p>Travessão (—)</p><p>O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para</p><p>substituir os parênteses ou dupla vírgula.</p><p>Exemplos:</p><p>• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois teremos</p><p>problemas mais tarde.</p><p>• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.</p><p>Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça também a Acentuação</p><p>Gráfica.</p><p>Concordância Verbal e Nominal</p><p>Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo.</p><p>Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração,</p><p>ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.</p><p>Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.</p><p>Concordância em número indica a flexão em singular e plural.</p><p>Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.</p><p>Exemplos de concordância verbal</p><p>• Eu li;</p><p>• Ele leu;</p><p>• Nós lemos;</p><p>• Eles leram.</p><p>Exemplos de concordância nominal</p><p>• O vizinho novo;</p><p>SINTAXE</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• A vizinha nova;</p><p>• Os vizinhos novos;</p><p>• As vizinhas novas.</p><p>Casos Particulares de Concordância Verbal</p><p>Concordância com pronome relativo que</p><p>O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que</p><p>queremos, são eles que querem.</p><p>Concordância com pronome relativo quem</p><p>O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:</p><p>sou eu quem quero, sou eu quem quer.</p><p>Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...</p><p>Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da</p><p>3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas</p><p>querem.</p><p>Concordância com um dos que</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos</p><p>que estudarão, um dos que sabem.</p><p>Concordância com nem um nem outro</p><p>O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro</p><p>veio, nem um nem outro vieram.</p><p>Concordância com verbos impessoais</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um</p><p>sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.</p><p>Concordância com a partícula apassivadora se</p><p>O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente,</p><p>podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.</p><p>Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se</p><p>O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por</p><p>verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de</p><p>funcionários.</p><p>Concordância com o infinitivo pessoal</p><p>O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o</p><p>sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho</p><p>necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.</p><p>Concordância com o infinitivo impessoal</p><p>O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da</p><p>segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e</p><p>com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.</p><p>Concordância com o verbo ser</p><p>O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:</p><p>isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.</p><p>Casos particulares de concordância nominal</p><p>Concordância com pronomes pessoais</p><p>O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,</p><p>ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.</p><p>SINTAXE</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concordância com vários substantivos</p><p>O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:</p><p>caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma</p><p>no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.</p><p>Concordância com vários adjetivos</p><p>Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se</p><p>houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito</p><p>no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.</p><p>Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom</p><p>Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando há um</p><p>artigo que determina o substantivo, mas permanecem invariáveis no masculino singular quando não</p><p>há artigo: é permitida a entrada, é permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda.</p><p>Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato</p><p>Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem</p><p>função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes</p><p>pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.</p><p>Concordância com menos</p><p>A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos</p><p>tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.</p><p>Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso</p><p>Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados</p><p>anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas.</p><p>Concordância com um e outro</p><p>Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o</p><p>substantivo esteja no singular: um e outro aluno</p><p>estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.</p><p>Sintaxe de concordância, regência e colocação</p><p>Você sabe o que é sintaxe? A área da gramática que estuda a relação entre as palavras na oração e</p><p>no discurso subdivide-se em sintaxe de concordância, regência e colocação.</p><p>Você sabe o que é sintaxe?</p><p>A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das</p><p>frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as</p><p>frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de</p><p>maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba</p><p>– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas</p><p>regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja</p><p>acessível e compreensível. Observe:</p><p>Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos</p><p>da cidade</p><p>ou</p><p>Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas as congestionado ficou trânsito e o cidade da em</p><p>pontos vários?</p><p>Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade?</p><p>Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a</p><p>segunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem dispostos, tornando-a agramatical.</p><p>Por isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras</p><p>nas orações.</p><p>SINTAXE</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Pensando em sintaxe, falemos sobre suas subdivisões: a sintaxe de concordância, regência e</p><p>colocação. Você sabe para que serve cada uma delas? Vamos conhecer um pouco mais sobre a</p><p>língua portuguesa e sua gramática? Fique atento à explicação e bons estudos!</p><p>Conhecer as sintaxes de concordância, regência e colocação é importante para aprimorar a</p><p>comunicação verbal e escrita</p><p>O que é sintaxe de concordância?</p><p>A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser</p><p>verbal ou nominal. Observe os exemplos:</p><p>► Concordância verbal:</p><p>Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu</p><p>ou</p><p>Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu?</p><p>A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito</p><p>(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural:</p><p>eles 'ficaram'.</p><p>► Concordância nominal:</p><p>Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola</p><p>ou</p><p>Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola?</p><p>O segundo exemplo obedece às regras da concordância nominal porque nele o substantivo –</p><p>alunos – concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A</p><p>concordância nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração.</p><p>O que é sintaxe de regência?</p><p>A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência</p><p>verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos</p><p>regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que</p><p>complementam o sentido dos termos regentes.</p><p>► Regência verbal:</p><p>SINTAXE</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os</p><p>complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois</p><p>a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados.</p><p>Observe:</p><p>Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (implicar =</p><p>envolver)</p><p>e</p><p>Os alunos implicaram com o novo coordenador. (implicar = ter implicância, aversão).</p><p>► Regência nominal:</p><p>A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os</p><p>termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos.</p><p>Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos.</p><p>Eles preferiram ficar longe de todos.</p><p>Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos</p><p>verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos</p><p>nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:</p><p>As crianças devem obedecer às regras.(obedecer = verbo)</p><p>Eles foram obedientes às regras. (obediente = nome cognato)</p><p>O que é sintaxe de colocação?</p><p>A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de</p><p>maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses</p><p>termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo.</p><p>Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:</p><p>► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os exemplos:</p><p>Não se esqueça de comprar novos livros.</p><p>Não me fale novamente sobre esse assunto.</p><p>Aqui se vive melhor do que na cidade grande.</p><p>Tudo me incomoda quando não estou em casa.</p><p>Quem te chamou para a festa?</p><p>► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito</p><p>do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem</p><p>literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os</p><p>exemplos:</p><p>Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe)</p><p>Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam + me)</p><p>► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-complemento.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Diga-me o que você fez nas férias.</p><p>Espero encontrar-lhe na festa hoje à noite.</p><p>Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida.</p><p>Sinônimos e Antônimos</p><p>Compartilhar</p><p>SINTAXE</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Email</p><p>Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos,</p><p>etc.), que segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos).</p><p>A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para</p><p>tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.</p><p>Para saber mais: Semântica e Homônimos e Parônimos</p><p>Sinônimos</p><p>Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome),</p><p>ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não</p><p>obstante, a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que</p><p>possuem significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma</p><p>vez que a repetição das palavras empobrece o conteúdo.</p><p>Tipos de Sinônimos</p><p>Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor</p><p>semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com</p><p>a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:</p><p>• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico</p><p>e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.</p><p>• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não</p><p>idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.</p><p>Exemplos de Sinônimos</p><p>Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:</p><p>• Adversário e antagonista</p><p>• Adversidade e problema</p><p>• Alegria e felicidade</p><p>• Alfabeto e abecedário</p><p>• Ancião e idoso</p><p>• Apresentar e expor</p><p>• Belo e bonito</p><p>• Brado e grito</p><p>• Bruxa e feiticeira</p><p>• Calmo e tranquilo</p><p>• Carinho e afeto</p><p>• Carro e automóvel</p><p>• Cão e cachorro</p><p>• Casa e lar</p><p>• Contraveneno e antídoto</p><p>SINTAXE</p><p>17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Diálogo e colóquio</p><p>• Encontrar e achar</p><p>• Enxergar e ver</p><p>• Extinguir e abolir</p><p>• Gostar e estimar</p><p>• Importante e relevante</p><p>• Longe e distante</p><p>• Moral e ética</p><p>• Oposição e antítese</p><p>• Percurso e trajeto</p><p>• Perguntar e questionar</p><p>• Saboroso e delicioso</p><p>• Transformação e metamorfose</p><p>• Translúcido e diáfano</p><p>Antônimos</p><p>Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e</p><p>“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras</p><p>antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos</p><p>estilísticos na produção dos textos.</p><p>Exemplos de Antônimos</p><p>Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:</p><p>• Aberto e fechado</p><p>• Alto e baixo</p><p>• Amor e ódio</p><p>• Ativo e inativo</p><p>• Bendizer e maldizer</p><p>• Bem e mal</p><p>• Bom e mau</p><p>• Bonito e feio</p><p>• Certo e errado</p><p>• Doce e salgado</p><p>• Duro e mole</p><p>• Escuro e claro</p><p>SINTAXE</p><p>18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Forte e fraco</p><p>• Gordo e magro</p><p>• Grosso e fino</p><p>• Grande e pequeno</p><p>• Inadequada e adequada</p><p>• Ordem e anarquia</p><p>• Pesado e leve</p><p>• Presente e ausente</p><p>• Progredir e regredir</p><p>• Quente e frio</p><p>• Rápido e lento</p><p>• Rico e pobre</p><p>• Rir e chorar</p><p>• Sair e entrar</p><p>• Seco e molhado</p><p>• Simpático e antipático</p><p>• Soberba e humildade</p><p>• Sozinho e acompanhado</p><p>A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do</p><p>discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os</p><p>significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus</p><p>significados.</p><p>SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que</p><p>possuem significado ou sentido semelhante.</p><p>Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.</p><p>Estas palavras são chamadas de sinônimos.</p><p>Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.</p><p>Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.</p><p>A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:</p><p>• adversário e antagonista;</p><p>• translúcido e diáfano;</p><p>• semicírculo e hemiciclo;</p><p>• contraveneno e antídoto;</p><p>• moral e ética;</p><p>SINTAXE</p><p>19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• colóquio e diálogo;</p><p>• transformação e metamorfose;</p><p>• oposição e antítese.</p><p>ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto</p><p>Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe</p><p>ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.</p><p>Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.</p><p>Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.</p><p>Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:</p><p>• bendizer e maldizer;</p><p>• simpático e antipático;</p><p>• progredir e regredir;</p><p>• concórdia e discórdia;</p><p>• ativo e inativo;</p><p>• esperar e desesperar;</p><p>• comunista e anticomunista;</p><p>• simétrico e assimétrico.</p><p>Parônimos e Homônimos</p><p>Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas</p><p>como parônimos e homônimos.</p><p>Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se</p><p>constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é um</p><p>fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita.</p><p>Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial</p><p>dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante</p><p>da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para</p><p>o aprimoramento da competência linguística.</p><p>Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no processo de</p><p>significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer familiaridade com alguns</p><p>aspectos relacionados à homonímia e à paronímia.</p><p>Homônimos</p><p>São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade</p><p>gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os</p><p>homônimos se subdividem em três grupos.</p><p>Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado.</p><p>Vejamos alguns exemplos:</p><p>almoço → substantivo / almoço → verbo</p><p>colher → substantivo / colher → verbo</p><p>começo → substantivo / começo → verbo</p><p>SINTAXE</p><p>20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>jogo → substantivo / jogo → verbo</p><p>sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade</p><p>Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São</p><p>exemplos:</p><p>Palavras homófonas são iguais na pronúncia e diferentes no significado e na escrita</p><p>Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no</p><p>significado. Observemos alguns exemplos:</p><p>cedo → verbo / cedo → advérbio</p><p>caminho → substantivo / caminho → verbo</p><p>livre → adjetivo / livre → verbo</p><p>Parônimos</p><p>São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns</p><p>casos:</p><p>SINTAXE</p><p>21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Palavras parônimas: semelhanças gráficas e sonoras, porém com significados distintos</p><p>Verso - Estrofe - Rima</p><p>Um poema é constituído de verso e estrofe, seus versos podem apresentar ou não rima.</p><p>Por tratar-se de texto poético, nada mais sugestivo que admirarmos a beleza da poesia retratada a</p><p>seguir:</p><p>Soneto</p><p>Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades,</p><p>Muda-se o ser, muda-se a confiança;</p><p>Todo mundo é composto de mudança,</p><p>Tomando sempre novas qualidades.</p><p>Continuamente vemos novidades,</p><p>Diferentes em tudo da esperança;</p><p>Do mal ficam as mágoas na lembrança,</p><p>E do bem, se algum houve, as saudades.</p><p>O tempo cobre o chão de verde manto,</p><p>Que já coberto foi de neve fria,</p><p>E em mim converte em choro o doce canto.</p><p>E, afora este mudar-se cada dia,</p><p>Outra mudança faz de mor espanto:</p><p>Que não se muda já como soía.</p><p>Luís Vaz de Camões</p><p>Esteticamente, percebemos que se trata de um soneto, uma vez que o mesmo é constituído por</p><p>quatro estrofes, sendo que uma possui quatro versos e a outra, três versos.</p><p>Vejamos agora o conceito de cada uma das partes constituintes da poesia:</p><p>Verso - É cada linha poética. Como o soneto é uma forma fixa, há sempre quatorze versos.</p><p>Estrofe - É o conjunto de versos. Como já foi mencionado, o soneto é formado por dois quartetos</p><p>(estrofe com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos).</p><p>Os versos de uma poesia podem ter rima, ou seja, semelhança sonora entre as palavras, seja no final</p><p>ou no meio dos versos (rima interna).</p><p>Quanto à disposição, as rimas podem ser:</p><p>Interpoladas (intercaladas ou expostas)</p><p>“Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades, (a)</p><p>Muda-se o ser, muda-se a confiança; (b)</p><p>Todo mundo é composto de mudança, (b)</p><p>Tomando sempre novas qualidades”. (a)</p><p>Cruzadas (ou alternadas)</p><p>“O tempo cobre o chão de verde manto, (a)</p><p>Que já coberto foi de neve fria, (b)</p><p>E em mim converte em choro o doce canto”. (a)</p><p>Emparelhadas</p><p>“O universo não é uma idéia minha. (a)</p><p>SINTAXE</p><p>22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha. (a)</p><p>A noite não anoitece pelos meus olhos. (b)</p><p>A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos”. (b)</p><p>Fernando Pessoa</p><p>Encadeadas</p><p>“Voai, zéfiros mimosos</p><p>Vagarosos, com cautela”.</p><p>Silva Alvarenga</p><p>Não só o número de versos, estrofes e a presença de rimas que são fatores preponderantes numa</p><p>poesia, mas também outros elementos formais, tais como: Métrica (medida dos versos)</p><p>e Ritmo (alternância de sílabas quanto à intensidade).</p><p>É importante sabermos que existem poemas escritos com ou sem rima, e com ou sem regularidade</p><p>métrica. Os versos sem métrica regular</p><p>(possuem tamanhos diferentes) são versos livres, e os</p><p>versos soltos, sem rima entre si, são chamados de versos brancos.</p><p>Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e</p><p>estabelece relação entre duas orações.</p><p>Nós conhecemos o professor. O professormorreu.</p><p>Nós conhecemos o professor que morreu.</p><p>Como se pode perceber, o que, nessa frase, está substituindo o termo professor e está relacionando</p><p>a segunda oração com a primeira.</p><p>Os pronomes relativos são os seguintes:</p><p>Variáveis Invariáveis</p><p>O qual, a qual Que (quando equivale a o qual e flexões)</p><p>Os quais, as quais Quem (quando equivale a o qual e flexões)</p><p>Cujo, cuja Onde (quando equivale a no qual e flexões)</p><p>Cujos, cujas</p><p>Quanto, quanta</p><p>Quantos, quantas</p><p>Emprego dos pronomes relativos</p><p>1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.</p><p>Este é o pintor a cuja obra me refiro.</p><p>Este é o pintor de cuja obra gosto.</p><p>2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas:</p><p>Não conheço o político de quem você falou.</p><p>SINTAXE</p><p>23 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo</p><p>indefinido.</p><p>Quem faltou foi advertido.</p><p>4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.</p><p>Marcelo era o homem a quem ela amava.</p><p>5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser</p><p>empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.</p><p>Não conheço o rapaz que saiu.</p><p>Gostei muito do vestido que comprei.</p><p>Eis os ingredientes de que necessitamos.</p><p>6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as.</p><p>Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)</p><p>7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com</p><p>preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).</p><p>Aquele é o livro com que trabalho.</p><p>Aquela é a senhora para a qual trabalho.</p><p>8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do qual, de que, de quem.</p><p>Deve concordar com a coisa possuída.</p><p>Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.</p><p>9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os</p><p>pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.</p><p>Comprou tudo quanto viu.</p><p>10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.</p><p>Este é o país onde habito.</p><p>a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem</p><p>antecedente.</p><p>Sempre morei no país onde nasci.</p><p>b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo</p><p>resultado da combinação da preposição a + onde.</p><p>Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Estruturas Lógicas</p><p>Estrutura Lógicas: caracterizam-se por apresentarem um conjunto de afirmações (PREMISSAS),</p><p>formando por proposições compostas (os termos são interligados pelos CONECTIVOS LÓGICOS: e,</p><p>ou, se...então, se e somente se), e também podem apresentar proposições simples.</p><p>Lógica De Argumentação</p><p>A lógica é utilizada como uma etapa do pensamento humano há vários séculos e ajuda a</p><p>compreender e trabalhar o raciocínio. A lógica pode ser dividida de duas formas: a lógica formal e a</p><p>lógica material. A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de</p><p>alguma coisa. Para argumentar faz-se uso de vários tipos de raciocínio que devem ser baseados em</p><p>normas sólidas e em argumentos aceitáveis.</p><p>A lógica formal preocupa-se com a finalização da coerência interna mesmo que ela pareça absurda.</p><p>Os computadores funcionam dessa forma, uma vez que eles tem a capacidade de processar apenas</p><p>as informações que já estavam inseridas em seu contexto e atestar as informações. No entanto, a</p><p>lógica material aborda a utilização dessas operações de acordo com a realidade, com o raciocínio</p><p>certo e o respeito a matéria do objeto em questão.</p><p>A mente humana é capaz de realizar as seguintes operações: a simples apreensão, os juízos e o</p><p>raciocínio. A simples apreensão refere-se a compreensão direta de uma situação formando um</p><p>conceito que por fim passa a ter uma denominação. O juízo aborda ideias relacionadas ou separadas</p><p>que fazem surgir um julgamento da realidade. Já o raciocínio faz parte de uma situação que envolve</p><p>juízos e proposições no intuito de chegar em conclusões adequadas.</p><p>Tipos De Raciocínio</p><p>Raciocínio Analógico</p><p>A analogia é uma das melhores formas para utilizar o raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a</p><p>comparação de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma analogia depende de três</p><p>situações:</p><p>• os fundamentos precisam ser verdadeiros e importantes;</p><p>• a quantidade de elementos parecidos entre as situações deve ser significativo;</p><p>• não pode existir conflitos marcantes.</p><p>Raciocínio Indutivo</p><p>A indução está relacionada a diversos casos pequenos que chegam a uma conclusão geral. Nesse</p><p>sentido podemos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa indução forte ocorre quando</p><p>não existe grandes chances de que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca refere-se a falta</p><p>de sustentabilidade de um conceito ou conclusão.</p><p>Raciocínio Dedutivo</p><p>Nesse tipo específico de raciocínio não se leva em conta os problemas enfrentados na analogia e na</p><p>indução. A dedução parte de uma premissa geral para outra mais específica. Esse tipo de raciocínio</p><p>trabalha para provar a veracidade de uma proposição com base na veracidade de outras</p><p>proposições.</p><p>Noções De Lógica</p><p>Tautologia</p><p>É uma proposição formada por duas ou mais proposições que recebe o nome de tautologia quando</p><p>for sempre considerada verdadeira e não leva em consideração os valores lógicos.</p><p>Ex: Maria foi para a escola ou Maria não vai para a escola.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A primeira proposição recebe o nome “p” e a outra será chamada de ~p.</p><p>Situação 1: P: Maria foi para a escola. ~p: Maria não vai para a escola.</p><p>Situação 2: P: Maria não foi estudar. ~p: Maria foi para a escola p ~p pv~p</p><p>P ~P pV~p</p><p>Situação 1 V F V</p><p>Situação 2 F V V</p><p>Contradição</p><p>É uma proposição que possui duas ou mais proposições recebe o nome de contradição quando</p><p>sempre for considerada falsa não levando em consideração os valores lógicos.</p><p>Ex: Ronaldinho é jogador do Flamengo e Ronaldinho não é jogador do flamengo.</p><p>A primeira situação será chamada de p e a segunda de ~p. Ou seja, p^~p</p><p>P ~p p^~p</p><p>Situação 1 V F F</p><p>Situação 2 F V F</p><p>Contingência</p><p>É toda proposição que possui em sua tabela-verdade uma última coluna com as letras V e F pelo</p><p>menos uma vez.</p><p>Ex: A proposição p -->> ~p é uma contingência.</p><p>p ~p p -> ~p</p><p>V V V</p><p>F V V</p><p>O Que É Lógica De Argumentação</p><p>A Lógica de Argumentação pode ser entendida como o estudo criterioso da correção de um</p><p>raciocínio.</p><p>Leia o que diz um dos grandes teóricos da lógica, Cezar Mortari, em seu livro “Introdução à Lógica”:</p><p>A Lógica não procura dizer como as pessoas raciocinam (mesmo porque elas “raciocinam errado”,</p><p>muitas vezes). Mas se interessa primeiramente pela questão de se aquelas coisas que sabemos ou</p><p>em que acreditamos – o ponto de partida do processo – de fato constituem uma boa razão</p><p>para</p><p>aceitar a conclusão alcançada, isto é, se a conclusão é uma consequência daquilo que sabemos.</p><p>Ou, em outras palavras, se a conclusão está adequadamente justificada em vista da informação</p><p>disponível, se a conclusão pode ser afirmada a partir da informação que se tem.</p><p>Cezar Mortari</p><p>Podemos substituir a palavra “raciocínio” pela palavra “inferência”, ou seja, o ato de concluir algo a</p><p>partir de duas ou mais informações conhecidas. A Lógica de Argumentação analisa a validade dos</p><p>raciocínios e das inferências.</p><p>Por exemplo, considere as seguintes informações:</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Todo padre é homem. José é padre. Logo, José é homem.</p><p>A partir de duas “informações” (Todo padre é homem/José é padre) chegamos à conclusão de que</p><p>José é homem.</p><p>A Lógica de Argumentação verifica justamente se raciocínios assim são válidos.</p><p>Com essa noção geral, vamos para os conceitos específicos, para que tudo fique mais claro e</p><p>preciso.</p><p>O Que É Proposição</p><p>A partícula básica do estudo da Lógica de Argumentação é a proposição, que nada mais é que</p><p>a expressão linguística que pode ser verdadeira ou falsa.</p><p>Citando outro grande teórico da Lógica, Irving Copi, fica mais fácil compreender:</p><p>As proposições são verdadeiras ou falsas, e nisto diferem das perguntas, ordens e exclamações.</p><p>Só as proposições podem ser afirmadas ou negadas; uma pergunta pode ser respondida, uma ordem</p><p>dada e uma exclamação proferida, mas nenhuma delas pode ser afirmada ou negada. Não é possível</p><p>julgá-las como verdadeiras ou falsas.</p><p>Irving Copi</p><p>Retomando o nosso exemplo, podemos dizer que “Todo padre é homem” é uma proposição, assim</p><p>como as duas outras afirmações – José é padre/Logo, José é homem.</p><p>Eu tanto posso afirmar essas expressões como negá-las.</p><p>(Alguns autores chamam as proposições de enunciado ou sentença. Mas o termo proposição é muito</p><p>mais comum).</p><p>O Que É Um Argumento?</p><p>Agora que sabemos o que é uma proposição, fica mais fácil entender o que é um argumento.</p><p>Vou citar novamente Copi:</p><p>Um argumento é qualquer grupo de proposições tal que se afirme ser uma delas derivada das outras,</p><p>as quais são consideradas provas evidentes da verdade da primeira.</p><p>Irving Copi</p><p>Sim, o exemplo citado acima é um argumento. A proposição “José é homem” é derivada das</p><p>proposições anteriores – Todo padre é homem/José é padre.</p><p>Um argumento é dividido em algumas partes. Entenda melhor a seguir.</p><p>Premissas E Conclusões</p><p>A conclusão de um argumento é a proposição encontrada ao final da análise das premissas, que são</p><p>as proposições iniciais.</p><p>Voltemos ao nosso exemplo:</p><p>PREMISSA 1: Todo padre é homem.</p><p>PREMISSA 2: José é padre.</p><p>CONCLUSÃO: José é homem.</p><p>Veja mais um exemplo para você fixar melhor o que são as premissas e as conclusões:</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>PREMISSA 1: Nenhum boi bebe vinho.</p><p>PREMISSA 2: Russo é um boi.</p><p>CONCLUSÃO: Russo não bebe vinho.</p><p>Compreendeu?</p><p>Se você teve alguma dúvida até aqui deixe um comentário para que possamos sanar suas</p><p>dificuldades.</p><p>Verdade E Validade</p><p>Quando estamos falando de Lógica de Argumentação não importa muito se as proposições são</p><p>verdadeiras ou não.</p><p>Considere o argumento a seguir:</p><p>PREMISSA 1: Toda planta tem asas</p><p>PREMISSA 2: A laranjeira é uma planta</p><p>CONCLUSÃO: A laranjeira é uma planta</p><p>Esse é um argumento válido, mesmo que as proposições que o integram sejam falsas.</p><p>Validade diz respeito à correção do raciocínio. Verdade diz respeito à correspondência entre o que se</p><p>afirma e a realidade.</p><p>Para a lógica, não importa se as proposições são verdadeiras ou falsas, quem estuda isso são as</p><p>outras disciplinas. Na biologia, seria absurdo dizer que uma planta tem asas.</p><p>A lógica não se preocupa com isso. O importante é que o raciocínio desenvolvido está correto.</p><p>Argumento Conjuntivo</p><p>Agora vamos começar a conhecer alguns tipos de argumento. O primeiro deles é o argumento</p><p>conjuntivo.</p><p>Os argumentos conjuntivos são aqueles em que ocorre a conjunção “e” em alguma das premissas.</p><p>Veja um exemplo:</p><p>PREMISSA 1: Todo padre é homem e possui nível superior.</p><p>PREMISSA 2: José é padre.</p><p>CONCLUSÃO: José é homem e possui nível superior.</p><p>A conjunção nos leva à ideia de intersecção. Ou seja, um ou mais elementos que faz parte de mais</p><p>de um conjunto. Nesse caso, “padre” faz parte do conjunto dos homens e do conjunto do nível</p><p>superior.</p><p>Argumento Disjuntivo</p><p>Os argumentos disjuntivos são aqueles onde pelo menos uma das premissas possui uma disjunção</p><p>“ou”.</p><p>Veja o exemplo a seguir:</p><p>PREMISSA 1: Todo padre é homem ou tem nível superior.</p><p>PREMISSA 2: Padre José é homem.</p><p>CONCLUSÃO: Padre José não tem nível superior.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A disjunção traz a ideia de exclusividade de um elemento em relação a dois conjuntos. No nosso</p><p>exemplo, quem é padre não pode ser, ao mesmo tempo homem e ter nível superior. Se for um dos</p><p>dois, não é o outro.</p><p>Argumento Condicional</p><p>Esse é um tipo de argumento bastante comum para ser analisado em provas de concursos.</p><p>Caracteriza-se pela utilização da forma “Se… Então…”.</p><p>Entenda melhor:</p><p>PREMISSA 1: Se o Palmeiras é campeão, irei comemorar.</p><p>PREMISSA 2: O Palmeiras é campeão.</p><p>CONCLUSÃO: Irei comemorar.</p><p>Esse tipo de argumento é bem autoexplicativo. A premissa impõe uma condição para que algo</p><p>ocorra.</p><p>Argumento Bicondicional</p><p>Nesse caso, a expressão que caracteriza o argumento é “se, e somente se…”.</p><p>Veja um exemplo:</p><p>PREMISSA 1: O padre reza a missa se, e somente se, for domingo.</p><p>PREMISSA 2: O padre reza a missa.</p><p>CONCLUSÃO: É domingo.</p><p>Argumento Dedutivo</p><p>Você já ouviu falar da diferença entre dedução e indução? Ter essa compreensão é bastante</p><p>importante na Lógica de Argumentação.</p><p>Primeiro, vamos conhecer o que é um argumento dedutivo. Ele ocorre quando partimos do geral para</p><p>o particular.</p><p>A conclusão do argumento está implícito nas premissas, como no nosso primeiro exemplo:</p><p>PREMISSA 1: Todo padre é homem.</p><p>PREMISSA 2: José é padre.</p><p>CONCLUSÃO: José é homem.</p><p>Argumento Indutivo</p><p>Já no argumento indutivo ocorre o contrário, passamos do particular para o geral. Ou seja, a partir da</p><p>observação de vários casos particulares chegamos a uma conclusão geral.</p><p>Veja um exemplo:</p><p>PREMISSA 1: Os padres do Hemisfério Norte são homens.</p><p>PREMISSA 2: Os padres do Hemisfério Sul são homens.</p><p>CONCLUSÃO: Todos os padres são homens.</p><p>O Que São Falácias</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Provavelmente você já deve ter ouvido falar que alguém estava dizendo uma falácia. Você sabe o</p><p>que isso significa? Sabia que isso tem muito a ver com Lógica de Argumentação?</p><p>Falácia nada mais é que um argumento inválido. É quando alguém utiliza premissas que parecem</p><p>sustentar a conclusão, mas que, após uma análise criteriosa percebe-se que a sustentação é</p><p>inválida.</p><p>A seguir, 4 tipos de falácias bastante comuns:</p><p>Falácia Do Falso Dilema</p><p>Quando limitamos as opções de escolha a um dilema, escondendo as demais possibilidades</p><p>existentes.</p><p>Exemplo: ou vota no PSDB, ou vota no PT.</p><p>Na verdade, é possível votar em qualquer outro partido político.</p><p>Falácia Do Apelo À Ignorância</p><p>É quando consideramos que algo é verdadeiro só porque não há provas de que é falso.</p><p>Exemplo: existe vida após a morte. Nunca se provou o contrário!</p><p>O fato de não ter sido provado o contrário não garante que há, de fato, vida após a morte.</p><p>Falácia ad hominem</p><p>É quando desconsideramos a verdade para atacar quem profere a verdade.</p><p>Exemplo: João nunca jogou futebol, então não pode falar sobre as regras de uma partida.</p><p>Mesmo não tendo jogado futebol, João pode saber as regras de uma partida.</p><p>Falácia Do Apelo À Autoridade</p><p>Nesse caso, consideramos um argumento verdadeiro apenas porque determinada autoridade falou.</p><p>Exemplo: Caetano Veloso disse que o violão tem cinco cordas. Como ele é um grande violonista, a</p><p>afirmação é verdadeira.</p><p>A autoridade de Caetano Veloso como violonista não</p><p>torna verdadeira a afirmação.</p><p>Questões De Lógica De Argumentação</p><p>Agora vamos responder algumas questões de Lógica de Argumentação que caíram em concursos</p><p>recentes.</p><p>Responder questões é importante para que saibamos na prática como o assunto que estudamos é</p><p>cobrado pelas bancas:</p><p>BANCA: IBADE/2017</p><p>Sabe-se que se Zeca comprou um apontador de lápis azul, então João gosta de suco de laranja. Se</p><p>João gosta de suco de laranja, então Emílio vai ao cinema. Considerando que Emílio não foi ao</p><p>cinema, pode-se afirmar que:</p><p>a) Zeca não comprou um apontador de lápis azul.</p><p>b) Emílio não comprou um apontador de lápis azul.</p><p>c) Zeca não gosta de suco de laranja.</p><p>d) João não comprou um apontador de lápis azul.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>e) Zeca não foi ao cinema.</p><p>REPOSTA CERTA: letra “A”</p><p>***</p><p>BANCA: FCC/2016</p><p>Considere que todo técnico sabe digitar. Alguns desses técnicos sabem atender ao público externo e</p><p>outros desses técnicos não sabem atender ao público externo. A partir dessas afirmações é correto</p><p>concluir que</p><p>a) os técnicos que sabem atender ao público externo não sabem digitar.</p><p>b) os técnicos que não sabem atender ao público externo não sabem digitar.</p><p>c) qualquer pessoa que sabe digitar também sabe atender ao público externo.</p><p>d) os técnicos que não sabem atender ao público externo sabem digitar.</p><p>e) os técnicos que sabem digitar não atendem ao público externo.</p><p>RESPOSTA CERTA: letra “D”</p><p>***</p><p>BANCA: COPEVE-UFAL/2016</p><p>Qual dos argumentos é válido?</p><p>a) Natália vai à praia se Beto for. Logo, Natália não vai a praia, pois Beto não vai.</p><p>b) Jorge ou Antônia gostam de ir à praia. Assim, Jorge gosta de ir à praia, pois Antônia também</p><p>gosta.</p><p>c) Se Joana não estuda, então dorme cedo. Sabe-se que Joana estuda. Logo, Joana não dorme</p><p>cedo.</p><p>d) Pedro é nutricionista. Se Pedro cuida de sua saúde, então é nutricionista. Logo, Pedro cuida de</p><p>sua saúde.</p><p>e) Se Paula não é médica, então não pode prescrever medicamentos. Como Paula pode prescrever</p><p>medicamentos, ela é médica.</p><p>RESPOSTA CERTA: letra “E”</p><p>***</p><p>BANCA: Cespe/2016</p><p>As proposições seguintes constituem as premissas de um argumento.</p><p>• Bianca não é professora.</p><p>• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é professora.</p><p>• Se Ana não trabalha na área de informática, então Paulo é técnico de contabilidade.</p><p>• Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca</p><p>é professora.</p><p>• Assinale a opção correspondente à conclusão que torna esse argumento um argumento válido.</p><p>a) Carlos não é especialista em recursos humanos e Paulo não é técnico de contabilidade.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>b) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é técnico de contabilidade.</p><p>c) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana trabalha na área de informática.</p><p>d) Bianca não é professora e Paulo é técnico de contabilidade.</p><p>e) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não trabalha na área de informática.</p><p>RESPOSTA CERTA: letra “C”</p><p>Diagramas Lógicos</p><p>Os diagramas são utilizados como uma representação gráfica de proposições relacionadas a uma</p><p>questão de raciocínio lógico. Esse tema é muito cobrado em provas que tenha por matéria raciocínio</p><p>lógico para concursos, em questões que envolvem o termo “todo”, “algum” e “nenhum”.</p><p>Conjunto: Um conjunto constitui-se em um número de objetos ou números com características</p><p>semelhantes. Podem ser classificados assim:</p><p>Conjunto finito: possui uma quantidade determinada de elementos;</p><p>Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de elementos;</p><p>Conjunto unitário: apenas um elemento;</p><p>Conjunto Vazio: sem elemento no conjunto;</p><p>Conjunto Universo: esse caso tem todos os elementos de uma situação.</p><p>Esses elementos podem ser demonstrados da seguinte forma:</p><p>Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}</p><p>Compreensão: Escreve-se a caraterística em questão do conjunto mencionado.</p><p>Diagrama de Venn: Os elementos são inseridos em uma figura fechada e aparecem apenas uma vez.</p><p>Todo A é B: Nesse caso o conjunto A é um subconjunto do B, sendo que A está contido em B.</p><p>Nenhum A é B: Nesse caso os dois conjuntos não tem elementos comuns.</p><p>Algum A é B: Esse diagrama representa a situação em que pelo menos um elemento de A é comum</p><p>ao elemento de B.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Inclusão</p><p>Todo, toda, todos, todas.</p><p>Interseção</p><p>Algum, alguns, alguma, algumas.</p><p>Ex: Todos brasileiros são bons motoristas</p><p>Negação lógica: Algum brasileiro não é bom motorista.</p><p>Disjunção</p><p>Nenhum A é B.</p><p>Ex: Algum brasileiro não é bom motorista.</p><p>Negação lógica: Nenhum brasileiro é bom motorista.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Números Inteiros</p><p>Os números inteiros são os números positivos e negativos, que não apresentam parte decimal e, o zero.</p><p>Estes números formam o conjunto dos números inteiros, indicado por ℤ.</p><p>Não pertencem aos números inteiros: as frações, números decimais, os números irracionais e os com-</p><p>plexos.</p><p>O conjunto dos números inteiros é infinito e pode ser representado da seguinte maneira:</p><p>Os números inteiros negativos são sempre acompanhados pelo sinal (-), enquanto os números inteiros</p><p>positivos podem vir ou não acompanhados de sinal (+).</p><p>O zero é um número neutro, ou seja, não é um número nem positivo e nem negativo.</p><p>A relação de inclusão no conjunto dos inteiros envolve o conjunto dos números naturais (ℕ).</p><p>Todo número inteiro possui um antecessor e um sucessor. Por exemplo, o antecessor de -3 é -4, já o</p><p>seu sucessor é o -2.</p><p>Representação na Reta Numérica</p><p>Os números inteiros podem ser representados por pontos na reta numérica. Nesta representação, a</p><p>distância entre dois números consecutivos é sempre a mesma.</p><p>Os números que estão a uma mesma distância do zero, são chamados de opostos ou simétricos.</p><p>Por exemplo, o -4 é o simétrico de 4, pois estão a uma mesma distância do zero, conforme assina- lado</p><p>na figura abaixo:</p><p>Subconjuntos de ℤ</p><p>O conjunto dos números naturais (ℕ) é um subconjunto de ℤ, pois está contido no conjunto dos núme-</p><p>ros inteiros. Assim:</p><p>Além do conjunto dos números naturais, destacamos os seguintes subconjuntos de ℤ:</p><p>ℤ* : é o subconjunto dos números inteiros, com exceção do zero. ℤ* = {..., -3,-2,-1, 1, 2, 3, 4, ...}</p><p>ℤ+ : são os números inteiros não-negativos, ou seja ℤ+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>ℤ _ : é o subconjunto dos números inteiros não-positivos,</p><p>ou seja ℤ_= {..., -4,-3,-2,-1, 0}</p><p>ℤ*+ : é o subconjunto dos números inteiros, com exceção dos negativos e do zero. ℤ*+ = {1,2,3,4, 5...}</p><p>ℤ*_ : são os números inteiros, com exceção dos positivos e do zero, ou seja ℤ*_= {..., -4,-3,-2,-1} Ope-</p><p>rações Entre Números Inteiros</p><p>O conjunto dos números inteiros é formado pelos algarismos inteiros positivos e negativos e o zero.</p><p>Eles são importantes para o cotidiano, principalmente nas situações envolvendo valores negativos,</p><p>como escalas de temperatura, saldos bancários, indicações de altitude em relação ao nível do mar,</p><p>entre outras situações.</p><p>As adições e subtrações envolvendo estes números, requerem a utilização de regras matemáticas en-</p><p>volvendo os sinais positivos (+) e negativos (–). Devemos também dar ênfase ao estudo do módulo de</p><p>um número, que significa trabalhar o valor absoluto de um algarismo, observe:</p><p>Vamos determinar o módulo dos números a seguir:</p><p>Módulo de + 4 = |+4| = 4 Módulo de –6 = |–6| = 6 Módulo de –10 = |–10| = 10 Módulo de +20 = |+20|=20</p><p>Adição e subtração de números inteiros sem a presença de parênteses. 1ª propriedade → sinais iguais:</p><p>soma e conserva o sinal.</p><p>2ª propriedade → sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do número de maior módulo.</p><p>+ 5 + 6 = + 11 →1ª propriedade</p><p>+ 9 + 10 = +19 → 1ª propriedade</p><p>– 6 + 2 = – 4 → 2ª propriedade</p><p>+ 9 – 7 = +2 → 2ª propriedade</p><p>– 3 – 5 = –8 →1ª propriedade</p><p>–18 – 12 = –30 → 1ª propriedade</p><p>Adição e subtração de números inteiros com a presença de parênteses. Para eliminarmos os parênte-</p><p>ses devemos realizar um jogo de sinal, observe:</p><p>+ ( + ) = +</p><p>+ ( – ) = –</p><p>– ( + ) = –</p><p>– ( – ) = +</p><p>Após a eliminação dos parênteses, basta aplicarmos a 1ª ou a 2ª propriedade.</p><p>+ (+9) + (–6) → + 9 – 6 → + 3</p><p>– (– 8) – (+6) → +8 – 6 → +2</p><p>+ (– 14) – (– 8) → –14 + 8 → – 6</p><p>– (+ 22) − (– 7) → –22 + 7 → –15</p><p>– ( + 9 ) + (– 12) → – 9 – 12 → – 21</p><p>Todos os números positivos, negativos e o zero pertencem aos conjunto dos números inteiros Antes</p><p>de tratarmos das operações com números inteiros, devemos recordar quais elementos fazem</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>parte desse conjunto. Pertencem ao conjunto dos números inteiros todos os números positivos, nega-</p><p>tivos e o zero. Sendo assim:</p><p>Z = {… - 3, - 4, - 3, - 2, - 1, 0, + 1, + 2, + 3, + 4...}</p><p>As operações com números inteiros estão relacionadas com a soma, subtração, divisão e multiplica-</p><p>ção. Ao realizar alguma das quatro operações com esses números, devemos também operar o sinal</p><p>que os acompanha.</p><p>Adição de números inteiros: Na adição de números inteiros, somam-se as parcelas: Sinais iguais na</p><p>soma ou na subtração: some os números e conserve o sinal.</p><p>Regra do sinal: (+) + (+) = +</p><p>(–) + (–) = –</p><p>Exemplos:</p><p>+ 2 + 5 = + 7</p><p>+ 10 + 22 = + 32</p><p>– 5 – 4 = – 9</p><p>– 56 – 12 = – 68</p><p>Sinais diferentes: conserve o sinal do maior número e subtraia. Regra do sinal:</p><p>(+) + (–) = – → Esse menos indica que a operação a ser realizada é de subtração. (–) + (+) = – → Esse</p><p>menos indica que a operação a ser realizada é de subtração. Exemplos:</p><p>3 – 4 = – 1 → O maior número é o quatro; logo, o sinal no resultado foi negativo.</p><p>– 15 + 20 = + 5 → O maior número é o vinte; logo, o sinal no resultado foi positivo. Multiplicação e</p><p>divisão de números inteiros:</p><p>Sinais iguais na multiplicação ou na divisão sempre resultam em sinal positivo.</p><p>Regra do sinal: (+) . (+) = (+) → Operação de Multiplicação (–) . (–) = (+) → Operação de Multiplicação</p><p>(+) : (+) = (+) → Operação de Divisão (–) : (–) = (+) → Operação de Divisão</p><p>Exemplos:</p><p>(+ 2) . (+ 4) = + 8</p><p>(- 4) . (- 10) = + 40</p><p>(- 20) : (- 2) = + 10</p><p>(+ 15) : (+ 3) = + 5</p><p>Sinais diferentes na multiplicação ou na divisão sempre resultam em sinal negativo</p><p>Regra do sinal: (+) . (–) = (–) → Operação de Multiplicação (–) . (+) = (–) → Operação de Multiplicação</p><p>(+) : (–) = (–) → Operação de Divisão</p><p>(–) : (+) = (–) → Operação de Divisão Exemplos:</p><p>(+ 6) . (– 7) = – 42</p><p>(– 12) . (+ 2) = – 24</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>(+ 100) : (– 2) = – 50</p><p>(– 125) : (+ 5) = - 25</p><p>Em relação à multiplicação e à divisão, podemos estabelecer a seguinte regra geral: 1 – Se os dois</p><p>números possuírem o mesmo sinal, o resultado será positivo.</p><p>2 – Se os dois números possuírem sinais diferentes, o resultado será negativo.</p><p>A subtração é uma operação básica da Matemática, sendo representada pelo sinal de –. O desenvol-</p><p>vimento da subtração entre números Naturais é de certa forma bem simples. Observe os exemplos:</p><p>As operações de subtração envolvendo os números Inteiros requerem algumas situações teóricas que</p><p>relacionam os possíveis sinais operatórios. Para realizar a subtração entre os números inteiros preci-</p><p>samos ter conhecimento sobre o módulo de um número. Módulo de um número inteiro é calcu- lado</p><p>obtendo o seu valor real. Observe:</p><p>Módulo de +1: representado por |+1| = 1</p><p>| – 3| = 3</p><p>| – 7| = 7</p><p>Regras operatórias:</p><p>Sinais iguais: soma e conserva o sinal.</p><p>Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo. Operações sem parênteses</p><p>+ 10 – 7 = + 3 (Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo)</p><p>3 – 3 = – 6 (Sinais iguais: soma e conserva o sinal)</p><p>+ 20 – 30 = – 10 (Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo)</p><p>– 12 + 3 = – 9 (Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo)</p><p>– 9 + 9 = 0 (operação entre números opostos, resultado sempre será 0)</p><p>– 25 + 24 = – 1 (Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo) Operações com parên-</p><p>teses</p><p>Nesse caso, as operações de subtração podem ser resolvidas eliminando os parênteses, isso será feito</p><p>aplicando algumas regras que envolvem jogo de sinal, observe:</p><p>Eliminado os parênteses, passa a valer as regras operatórias:</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>(+10) – (–23) = +10 + 23 = + 33</p><p>(+20) – (+12) = +20 – 12 = + 8</p><p>(–32) + (–5) = – 32 – 5 = – 37</p><p>(–27) – (–30) = –27 + 30 = + 3</p><p>Em um jogo de somar, as fichas são amarelas ou vermelhas.</p><p>Ao tirarmos uma ficha temos que adicionar o número tirado, se a ficha for amarela o número é positivo</p><p>e se a ficha for vermelha o número é negativo.</p><p>Ganha aquele jogador que conseguir ter maior quantidade de pontos. Eduardo e Mônica começaram a</p><p>jogar. Eduardo na primeira rodada ficou com +16 pontos, retirounas rodadas seguintes as fichas</p><p>19,12,52,48, Qual é a situação de Eduardo.</p><p>Vamos fazer os cálculos:</p><p>Portanto, Eduardo ao final do jogo estava com – 97 pontos. Com os cálculos acima podemos concluir</p><p>que:</p><p>Na soma de dois números inteiros com sinais iguais, o valor absoluto será a soma das parcelas, e o</p><p>sinal será o mesmo das parcelas.</p><p>Exemplo: (+ 5) + (+ 4) = + 9</p><p>(- 5) + (- 4) = - 9</p><p>Na soma de dois números inteiros com sinais diferentes, o valor absoluto será a diferença das parcelas</p><p>e o sinal será o da parcela de maior valor absoluto.</p><p>Exemplo: (- 5) + (+ 4) = - 1</p><p>A Soma de dois números inteiros opostos é ZERO. Exemplo: (+ 10) + (- 10) = 0</p><p>Simplificando a escrita:</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Propriedades da Adição:</p><p>► Propriedade do fechamento (+15) + (+8) = +23</p><p>(-34) + (+20) = -14</p><p>(-60) + (+60) = 0</p><p>A soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro.</p><p>► Propriedade Comutativa (+20) + (-43) = -23</p><p>(-43) + (+20) = -23</p><p>(+20) + (-43) = (-43) + (+20)</p><p>A ordem das parcelas não altera a soma</p><p>Propriedade Associativa</p><p>[(+10) + (-6)] + (-80) (+10) + [(-6) + (-80)] =</p><p>= (+4) + (-80) = -76 (+10) + (-86) = -76</p><p>Numa adição de três ou mais parcelas, podemos associar as parcelas de formas diferentes, que os</p><p>resultados serão iguais.</p><p>► Elemento Neutro</p><p>(-32) + 0 = 0 + (-32) = -32</p><p>(+250) + 0 = 0 + (+250) = +250</p><p>O zero é o elemento neutro da adição.</p><p>O conjunto dos números inteiros é formado pelos números inteiros positivos e seus respectivos negati-</p><p>vos, denominado oposto ou simétrico. A multiplicação entre esses números deverá respeitar algumas</p><p>regras</p><p>fundo do mesmo.</p><p>Ler e interpretar um texto parece muito simples, e de fatoé. Mas, existem os segredos da</p><p>Interpretação de Texto nas provas do Enem e similares. Foram estes segredos que você aprendeu</p><p>nesta aula.</p><p>11 Dicas Para Fazer Interpretação De Texto</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o conteúdo da questão. A decepção</p><p>quando a gente erra uma questão por besteira é enorme, né?</p><p>A interpretação afeta o nosso relacionamento com amigos, familiares, colegas e professores. E</p><p>também a diversão ao assistir a um filme, ouvir uma música, ver uma série…</p><p>As próximas dicas tem a intenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as provas e</p><p>também para o dia a dia.</p><p>1. Aprenda A Interpretar Gráficos E Tabelas</p><p>Gráficos e tabelas caem com muita frequência no Enem, nos vestibulares e concursos públicos. Além</p><p>dos processos seletivos, eles também são bastante utilizados por jornais e pelo mercado de trabalho.</p><p>Entendê-los pode não ser fácil, mas não desista. Muitas vezes, ao se deparar com esse tipo de dado</p><p>em um exercício, a gente coloca barreiras como ―não sei, sou de Humanas―. Mas não deve ser assim</p><p>Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada vez mais fácil fazer a interpretação desse</p><p>tipo de texto.</p><p>Com o passar do tempo (e depois de praticar bastante), é possível que você comece a gostar de criar</p><p>gráficos e tabelas. Eles são uma maneira prática de resumir um conjunto de informações importantes.</p><p>Obs: Você percebeu que recomendei uma aula de Português e outra de Matemática para aprender</p><p>gráficos? Esse conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo a redação.</p><p>2. Coloque As Orações Na Ordem Direta</p><p>A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte forma: sujeito + predicado + complemento</p><p>Esse é o jeito objetivo de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as orações que</p><p>estão na ordem indireta, principalmente os enunciados das questões.</p><p>3. Fique Atento A Todos Os Detalhes</p><p>Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, gráficos, tabelas, imagens, citações e</p><p>poemas).</p><p>Circule os nomes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do texto. Tais detalhes talvez</p><p>revelem o tema da questão e até mesmo a resposta.</p><p>Basta olhar as referências para saber que o texto acima é relacionado aos Direitos Humanos,</p><p>aproximadamente sobre 2016.</p><p>Olhando o título, vejo que ele é sobre intolerância religiosa. Depois de analisar o infográfico e o</p><p>gráfico, tenho uma ideia das principais religiões discriminadas e da evolução da violência de 2013 a</p><p>2014.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Talvez eu não saiba que a liberdade para expressar a religião é um dos Direitos Humanos. Mas a</p><p>referência me ajuda a saber que existe uma relação entre os direitos humanos e a intolerância</p><p>religiosa no Brasil (título do texto).</p><p>4. Pratique A Interpretação Com Posts Das Redes Sociais</p><p>Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. Para entender o que significam, é</p><p>preciso interpretar, no mínimo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar na imagem.</p><p>No primeiro post, você precisa saber colocação pronominal segundo a norma culta e saber como são</p><p>entrevistas de emprego para entender a referência. No segundo post, deve conhecer o que é um</p><p>elétron e a marca Ricardo Eletro.</p><p>Para praticar, experimente anotar em um papel o que é engraçado no post e quais são os elementos</p><p>que causam esse efeito de sentido.</p><p>5. Leia Textos Longos Impressos (Como As Provas Do Enem)</p><p>Depois de um hora fazendo uma leitura densa, ficamos cansados. Precisamos ter resistência para</p><p>não fazer análises equivocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resistência é se</p><p>acostumar a compreender textos longos.</p><p>Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda no dia a dia. As provas do Enem, além</p><p>de serem úteis para praticar e simular a avaliação deste ano, podem ajudar a acostumar com a leitura</p><p>desse tipo de texto.</p><p>Experimente baixá-las e interpretar os dados na coletânea da redação. Analise também os</p><p>enunciados das questões de diferentes áreas do conhecimento.</p><p>Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso e na tela do celular ou computador é</p><p>diferente. Se você irá fazer provas impressas, prefira ler textos assim.</p><p>Dica: lembre de reescrever as orações na ordem direta.</p><p>6. Compreenda Músicas</p><p>As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam muitas figuras de linguagem (a gente</p><p>explica as principais neste outro artigo).</p><p>Depois de escutar uma música de que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer com</p><p>ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de cada estrofe.</p><p>7. Leia Tirinhas</p><p>O Enem costuma avaliar habilidades importantes na vida prática. Tirinhas são facilmente</p><p>encontradas, são uma leitura leve, divertida e sempre precisam de interpretação.</p><p>Muitas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem uma crítica implícita.</p><p>8. Olhe Para Os Períodos, Versos E Parágrafos Em Conjunto</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu nos trechos menores, para se lembrar</p><p>depois.</p><p>Em seguida, procure relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de oposição, causa e</p><p>consequência, adição.</p><p>Fazemos o procedimento acima para classificar orações subordinadas, mas ele também pode ser útil</p><p>para a interpretação como um todo.</p><p>9. Use Um Dicionário</p><p>Quando estiver lendo em casa, tenha um dicionário por perto e pesquise o que não entender. Só</p><p>assim vai ser possível interpretar depois.</p><p>Para memorizar, anote as palavras que você descobriu o que significam em um caderninho. Elas</p><p>poderão ser úteis para resolver exercícios e também para a redação.</p><p>Algumas obras literárias utilizam palavras antigas e de difícil entendimento. Vale lembrar que existem</p><p>vestibulares que apresentam pequenos glossários nas questões. Então não dê muita atenção aos</p><p>termos arcaicos na hora da leitura.</p><p>10. Peça A Ajuda De Vídeo Aulas E Do Google</p><p>Todos nós já passamos por alguma situação confusa, que não fez muito sentido. Pode ser na hora de</p><p>resolver uma lista de exercícios ou em uma conversa com seus parentes, por exemplo.</p><p>Quando isso acontece, pode ser porque você não conseguiu interpretar corretamente. Então é útil</p><p>procurar ajuda em um dicionário, videoaula ou no Google.</p><p>11. Reescreva Ou Explique Para Você Mesmo</p><p>Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e utilizando sinônimos. Se preferir,</p><p>escreva em tópicos.</p><p>O objetivo desta dica é ter certeza de que você interpretou o texto e também consegue explicar de</p><p>maneira simples.</p><p>Interpretação De Textos</p><p>A interpretação de textos é um exercício que requer técnica e dedicação. Existem algumas dicas que</p><p>ajudam o leitor a aprimorar a compreensão dos mais variados gêneros textuais.</p><p>Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o</p><p>que lê. No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que</p><p>nada mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos</p><p>mais simples — de gêneros muito acessados no cotidiano.</p><p>O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de</p><p>interpretação textual é reduzida. Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com</p><p>os mais variados níveis de escolaridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo</p><p>sistematizado foi reduzida. Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio</p><p>de Português elaborou algumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de</p><p>quaisquer mal-entendidos. Boa leitura e bons estudos!</p><p>Cinco Dicas De Interpretação De Textos</p><p>Dica 1: Livre-Se Das Interferências Externas</p><p>Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade</p><p>envolvendo jogo de sinais.</p><p>Produto de dois números inteiros com sinais diferentes. Quando realizamos a multiplicação:</p><p>5 x 6 é o mesmo que 6 + 6 + 6 + 6+ 6. Então, para multiplicarmos dois números inteiros com sinais</p><p>diferentes, iremos utilizar a mesma ideia.</p><p>(+5) * (– 2)</p><p>(– 2) + (– 2) + (– 2) + (– 2) + (– 2) (Escrevendo uma adição de parcelas iguais)</p><p>– 2 – 2 – 2 – 2 – 2 = – 10 (Simplificando a escrita e calculando o resultado) (+5) * (– 2) = –10</p><p>O produto de dois números inteiros, diferente de zero, e de sinais diferentes é um número inteiro de:</p><p>Valor absoluto igual ao produto dos valores absolutos dos fatores e sinal negativo (–).</p><p>Produto de dois números inteiros com sinais iguais.</p><p>Nesse caso há duas possibilidades: dos fatores serem positivos ou dos fatores serem negativos. Vamos</p><p>calcular o produto de (+ 8) * (+5) = + 40</p><p>Vamos calcular o produto de (– 6) * (– 15) = + 90</p><p>O produto de dois números inteiros diferentes de zero e de sinais iguais é um número inteiro de: Valor</p><p>absoluto igual ao produto dos valores absolutos dos fatores e sinal positivo (+).</p><p>Elemento Neutro</p><p>NÚMEROS INTEIROS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O elemento neutro da multiplicação é 1 ou + 1.</p><p>Pois qualquer número inteiro multiplicado por 1 (positivo) será ele mesmo.</p><p>Exemplo:</p><p>(– 4) * 1 = – 4</p><p>(+ 5) * (+ 1) = 5</p><p>(–10) * (+1) = – 10</p><p>(+ 9) * ( 1 ) = + 9</p><p>A multiplicação dos números inteiros é mais simples que a adição e subtração, pois basta multiplicarmos</p><p>os valores absolutos e o sinal fica conforme a regra:</p><p>Segundo o dicionário Aurélio, divisão significa “partir ou distinguir em diversas partes; separar as di-</p><p>versas partes de.”</p><p>Na divisão utilizamos praticamente o mesmo método da multiplicação. Devemos, em primeiro lugar,</p><p>relembrar o jogo de sinais:</p><p>- Divisão de números com mesmo sinal = +</p><p>- Divisão de números com sinais diferentes = -</p><p>Numa divisão exata de dois números inteiros, o quociente é um número inteiro e o resto é igual a zero.</p><p>O quociente de uma divisão exata entre dois números inteiros, com divisor diferente de zero e sinais</p><p>diferentes é um número inteiro de:</p><p>Valor absoluto: igual ao quociente dos valores absolutos dos termos. Sinal: negativo (-).</p><p>O quociente de uma divisão exata entre dois números inteiros, com divisor diferente de zero e sinais</p><p>iguais é um número inteiro de:</p><p>Valor absoluto: igual ao quociente dos valores absolutos dos termos. Sinal: positivo (+).</p><p>Acontece da mesma forma que na multiplicação, dividimos os valores absolutos e o sinal é conforme a</p><p>regra:</p><p>- : + = -</p><p>+ : + = +</p><p>- : - = +</p><p>Observações:</p><p>Não existe divisão por zero. Exemplo: 15 : 0, pois não existe um número inteiro cujo produto por zero</p><p>seja 15.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>MÚLTIPLOS E DIVISORES</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Múltiplos e Divisores</p><p>Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primeiro é resultado da multiplicação entre o</p><p>segundo e algum número natural. Nesse mesmo caso, também é possível dizer que o segundo é divi-</p><p>sor do primeiro.</p><p>Em outras palavras, dados os números x e y, dizemos que x é múltiplo de y se existir algum número</p><p>natural n tal que:</p><p>x = y·n</p><p>Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e podemos escrever:</p><p>x = n</p><p>y</p><p>Dessa maneira, um bom teste para descobrir se um número qualquer y é divisor de outro número x é</p><p>observar o resultado da divisão de x por y. Se o resultado for exato, y é divisor de x.</p><p>Por exemplo: 70 é múltiplo de 2, pois o número natural 35 multiplicado por 2 tem 70 como resultado.</p><p>Em outras palavras:</p><p>70 = 2·35</p><p>Também podemos afirmar que 10 é divisor de 70, pois</p><p>70 = 7</p><p>10</p><p>Múltiplos de Um Número Natural</p><p>O conjunto que contém os múltiplos de um número natural é um subconjunto infinito do conjunto dos</p><p>números naturais. Isso acontece porque os múltiplos são obtidos ao multiplicar o número em questão</p><p>por todos os números naturais. Assim, o conjunto dos múltiplos do número 2 pode ser obtido da se-</p><p>guinte maneira:</p><p>2·0 = 0</p><p>2·1 = 2</p><p>2·2 = 4</p><p>2·3 = 6</p><p>Esses resultados podem ser escritos na notação de conjuntos:</p><p>P = {0, 2, 4, 6, 8, …}</p><p>Esses resultados são conhecidos como conjunto dos números pares.</p><p>Observe que é possível listar os múltiplos de um número qualquer realizando um procedimento exata-</p><p>mente igual ao de construir a tabuada daquele número.</p><p>Divisores de Um Número Natural</p><p>Já o conjunto dos divisores de um número natural é um subconjunto finito dos números naturais. Isso</p><p>acontece em virtude de alguns resultados diretos da definição de divisores:</p><p>a) O número 1 sempre é o menor divisor de qualquer número natural;</p><p>b) O próprio número sempre é o seu maior divisor;</p><p>c) Zero não é divisor de nenhum número.</p><p>MÚLTIPLOS E DIVISORES</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Como existe um “maior elemento” no conjunto dos divisores de um número natural qualquer, esse con-</p><p>junto é finito.</p><p>Para encontrar os divisores de um número natural, é necessário dividir esse número por todos os na-</p><p>turais menores que ele. Assim, os divisores do número 48, por exemplo, são:</p><p>1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24 e 48</p><p>Dizemos que o número 48 é divisível por qualquer elemento da lista acima.</p><p>Muitas vezes não é necessário realizar a divisão para saber se um número é divisível (ou divisor de)</p><p>por outro. Basta consultar os critérios de divisibilidade, que podem ser encontrados aqui.</p><p>Números Primos</p><p>São números primos aqueles que não são divisíveis por nenhum número natural, exceto 1 e o próprio</p><p>número. Lembre-se de que qualquer número é divisível por 1 e por ele mesmo, mas nem sempre existe</p><p>outro divisor para esse número. Por exemplo: o número 2 é divisível apenas por 1 e pelo próprio 2.</p><p>2 = 2</p><p>1</p><p>2 = 1</p><p>2</p><p>O conjunto dos números primos também é infinito. Contudo, quanto maior o número natural, menor a</p><p>probabilidade de ele ser primo.</p><p>O procedimento usado para garantir que um número é primo é tentativa e erro. É necessário dividir um</p><p>número por todos os naturais menores que ele para comprovar que ele é primo.</p><p>Mínimo Múltiplo Comum</p><p>Ao analisar dois ou mais números, é possível identificar o menor múltiplo comum que eles possuem,</p><p>ou seja, escrevendo a lista de múltiplos de ambos, destacar o menor dos múltiplos que aparecem em</p><p>ambas as listas simultaneamente. Por exemplo: O mínimo múltiplo comum (também chamado de MMC</p><p>ou apenas mínimo) entre 6 e 20 é:</p><p>Múltiplos do 6: 0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, 60, 66, …</p><p>Múltiplos do 20: 0, 20, 40, 60, 80, …</p><p>Observe que o primeiro número que aparece nas duas listas ao mesmo tempo é 60. Logo, o MMC entre</p><p>6 e 20 é 60.</p><p>Um método prático para fazer esses cálculos pode ser encontrado aqui.</p><p>Máximo divisor comum</p><p>Segue a mesma ideia do mínimo múltiplo comum, porém, procurando o maior divisor nas duas listas.</p><p>Por exemplo: o máximo divisor comum (também chamado de MDC) entre 6 e 20 é:</p><p>Divisores do 6: 1, 2, 3 e 6</p><p>Divisores do 20: 1, 2, 4, 5, 10 e 20</p><p>O número 2 é o maior dos divisores comuns entre os números 6 e 20 (e o único).</p><p>Máximo Divisor Comum</p><p>MDC significa máximo divisor comum. O máximo divisor comum entre dois ou mais números naturais é</p><p>o maior de seus divisores. Dois números naturais sempre tem divisores em comum.</p><p>MÚLTIPLOS E DIVISORES</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Os divisores de um número natural podem ser encontrados dividindo este número pelos números natu-</p><p>rais maiores que zero. Quando a divisão for exata, ou seja, com resto zero, então tal número é divisor</p><p>do número dado.</p><p>Como Calcular o MDC de Dois ou Mais Números?</p><p>Para calcular o MDC devemos fazer o seguinte: decomposição em fatores primos ou decomposição</p><p>simultânea.</p><p>Decomposição em fatores primos</p><p>Para encontrar o MDC pela decomposição em fatores primos devemos seguir as seguintes regras:</p><p>• Decompor os números dados em fatores primos.</p><p>• Pegar os fatores primos comuns com seus expoentes menores.</p><p>• Fazer o produtos desses fatores.</p><p>desejada para estudar, ainda mais quando</p><p>somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre</p><p>de interferências externas e escolha ambientes adequados para a leitura. Um ambiente adequado é</p><p>aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fatores influenciam de maneira</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>positiva os estudos. Ruídos e interferências durante a leitura reduzem drasticamente nossa</p><p>capacidade de concentração e, consequentemente, de interpretação.</p><p>Dica 2: Sempre Recorra A Um Bom Dicionário</p><p>Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma</p><p>situação corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que</p><p>desconhecer o significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o</p><p>ideal é que você, diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário. Na impossibilidade de</p><p>consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim que um bom</p><p>vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos constantemente</p><p>em aprendizado.</p><p>Dica 3: Prefira A Leitura No Papel</p><p>Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e</p><p>que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou</p><p>documentos físicos, isto é, impressos. O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele</p><p>podemos fazer anotações de maneira rápida e prática, além de ser a melhor opção para quem tem</p><p>dificuldades de interpretação textual.</p><p>Dica 4: Faça Paráfrases</p><p>A paráfrase consiste em uma explicação livre e desenvolvida de um fragmento do texto e também</p><p>dele completo. Ao ler um parágrafo mais complexo, você pode fazer uma pausa para tentar explicá-lo</p><p>com suas próprias palavras: isso facilitará a compreensão e a assimilação daquilo que está sendo</p><p>lido.</p><p>Dica 5: Leia Devagar</p><p>Ler apressadamente é um exercício que dificilmente transformará informação em conhecimento. O</p><p>cérebro precisa de tempo para processar a leitura, por isso, evite ler em situações adversas. Uma</p><p>leitura feita com calma permitirá que você retome parágrafos — e poucas coisas são mais eficientes</p><p>para a interpretação textual do que a releitura —, consulte o dicionário e faça paráfrases e anotações,</p><p>ou seja, todas as dicas anteriormente citadas dependem, sobretudo, dessa leitura cuidadosa.</p><p>Explicações Preliminares</p><p>I) Para Interpretar Bem</p><p>Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável.</p><p>Importante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com</p><p>atenção os itens abaixo.</p><p>1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas</p><p>telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção,</p><p>tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é ―ler por ler‖, para se livrar.</p><p>2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios</p><p>de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção</p><p>dedicada a isso.)</p><p>3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos</p><p>oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e</p><p>seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso.</p><p>4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar</p><p>responder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê- lo como um todo,</p><p>e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada</p><p>leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois</p><p>tente resolver as questões propostas.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um</p><p>determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não</p><p>apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se:</p><p>quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai</p><p>acostumar-se a agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo.</p><p>6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma</p><p>determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome</p><p>dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura,</p><p>como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.</p><p>II) Paráfrase</p><p>Chama-se paráfrase a reescritura de um texto sem alteração de sentido. Questões de interpretação</p><p>com freqüência se baseiam nesse conhecimento, nessa técnica. Vários recursos podem ser utilizados</p><p>para parafrasear um texto.</p><p>1) Emprego de sinônimos.</p><p>Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os</p><p>genitores preocupados.</p><p>2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa.</p><p>Ex.: Ele era fraco. Ele não era forte.</p><p>3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto.</p><p>Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram.</p><p>Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio</p><p>4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa.</p><p>Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do</p><p>grupo. Quero que o grupo me respeite.</p><p>5) Omissão de termos facilmente subentendidos.</p><p>Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais</p><p>delicada e importante.</p><p>6) Mudança de ordem dos termos no período.</p><p>Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro</p><p>meses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro</p><p>meses de pesquisa, seria esquecido.</p><p>7) Mudança de voz verbal</p><p>Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em</p><p>seu jardim. (voz passiva analítica)</p><p>Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase),</p><p>haverá duas mudanças possíveis.</p><p>Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)</p><p>Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética)</p><p>8) Troca de discurso</p><p>Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto)</p><p>Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto)</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa</p><p>Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.</p><p>10) Troca de locuções por palavras e vice-versa:</p><p>Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a</p><p>linguagem celeste.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Significado de Palavras</p><p>Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:</p><p>Sinônimos</p><p>As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:</p><p>casa - lar - moradia - residência</p><p>longe - distante</p><p>delicioso - saboroso</p><p>carro - automóvel</p><p>Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes.</p><p>Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma</p><p>coisa que outra.</p><p>Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que,</p><p>embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um</p><p>novo lar.</p><p>Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de</p><p>elementos que inter-relacionam as partes dos textos.</p><p>Antônimos</p><p>São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:</p><p>mal / bem</p><p>ausência / presença</p><p>fraco / forte</p><p>claro / escuro</p><p>subir / descer</p><p>cheio / vazio</p><p>possível / impossível</p><p>Significação Contextual De Palavras E Expressões</p><p>Este é mais um daqueles tópicos que as bancas gostam de falar diferente da mesma coisa. Conforme</p><p>pesquisei na internet e inclusive na videoaula no final da postagem o professor diz claramente que</p><p>este assunto tem haver com a semântica, ou seja, a significação das palavras.</p><p>Na videoaula ele diz apenas que seria sinônimos, antônimos e polissemia, mas eu aconselho ampliar</p><p>mais o assunto incluindo também denotação e conotação, Homônimos e parônimos e fechando</p><p>ambiguidade.</p><p>Já tenho postagens sobre este assunto, e para te facilitar organizei logo abaixo.</p><p>E você, qual o concurso você vai fazer? Deixe um comentário para mim, pois posso fazer postagens</p><p>direcionadas para ele e te ajudar mais. Aproveita também para inscrever seu e-mail para receber</p><p>conteúdos todos os dias.</p><p>Significado Contextual De Palavras E Expressões</p><p>Explicitação: Ato ou efeito de tornar explícito, derivado da forma verbal "explicitar". Redução de um</p><p>texto ou frase a um único título ou termo. Ação de revelar algo, fazê-lo conhecido.</p><p>Admoesta – perdão, isenção, arrego, repreensão, reprimenda.</p><p>Alarido – confusão, algazarra, farra.</p><p>Fleumático – imperturbável.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Homizio – refúgio, guarida, abrigo, esconderijo.</p><p>Ígneo – próprio do fogo.</p><p>Ignóbil – sem caráter, vergonhoso.</p><p>Irrupção – entrada violenta, pancada forte.</p><p>Jaez – tipo, categoria.</p><p>Janota – bem vestida.</p><p>Loquaz – falador.</p><p>Nódoa – sujeira, mancha. Pode ser também a alcunha de uma pessoa de má fama.</p><p>Pachorrento – calmo, sereno, acomodado.</p><p>Pacóvio – imbecil ignorante.</p><p>Parco – moderado, econômico, diminuto.</p><p>Pedante – nojento, exibido, audacioso.</p><p>Perdulário – que gasta mais.</p><p>Pernóstico – pretensioso esnobe.</p><p>Petiz – criança, adolescente.</p><p>Plissado – com rugas.</p><p>Prescrutar – vasculhar, procurar, revirar.</p><p>Pândego – feliz, alegre.</p><p>Pérfido – cruel , traidor , desgraçado.</p><p>Ruar – sair sem destino , andar à toa.</p><p>Recôndito – escondido, encoberto, secreto, oculto</p><p>Rubicundo – avermelhado.</p><p>Sumidade – personalidade importante , sábio.</p><p>Tergiversar – desculpar-se.</p><p>Taciturno – calado.</p><p>Veneta – ataque , acesso de loucura.</p><p>Inexorável - Algo que não pode ser evitado ou mudado.</p><p>Inelutável - Que não pode ser evitado, impedido.</p><p>Significados E Sentidos Das Palavras</p><p>Redação</p><p>Escrever… escrever… escrever…</p><p>Significados e sentidos das palavras – Redação Nota 10</p><p>Significados e sentidos das palavras</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>As palavras expressam idéias, ações, conceitos – mas podem ser usadas em sentido figurado, com</p><p>diferentes significados</p><p>Cada Palavra Tem Um Significado?</p><p>Pode-se dizer que toda palavra ou todo signo lingüístico é constituído por um significante (a forma) e</p><p>um significado (a idéia, o conceito). Por exemplo, a palavra sapo tem como significante as letras s-a-</p><p>p-o e os fonemas /s/ /a/ /p/ /o/ e como significado animal anfíbio. Isso não quer dizer, porém, que</p><p>esse significado seja exclusivo dessa palavra e vice-versa. A mesma idéia pode ser expressa por</p><p>palavras distintas: sapo = batráquio</p><p>Uma mesma palavra também pode ter diversos significados. Com eles, formam-se várias expressões.</p><p>Ao dizer:</p><p>Foi preciso engolir sapos para manter a paz.</p><p>Ninguém está afirmando literalmente que os batráquios desceram goela abaixo.</p><p>1. Significante</p><p>Significante é a forma, a parte concreta da palavra, suas letras e seus fonemas:</p><p>Rasguei a manga da camisa.</p><p>Adoro sorvete de manga.</p><p>As duas palavras grifadas têm o mesmo significante, porém dois significados perfeitamente distintos.</p><p>2. Significado</p><p>Significado é o conteúdo, a parte abstrata. É a idéia, o conceito transmitido pela palavra:</p><p>Ele ficou pálido ao receber a notícia.</p><p>Ele ficou lívido ao receber a notícia.</p><p>As duas palavras grifadas têm o mesmo significado, porém dois significantes diferentes. O significado</p><p>pode ter origem na monossemia ou na polissemia.</p><p>3. Monossemia</p><p>A monossemia (de monos = um; semia = significado) é a característica das palavras que têm um só</p><p>significado. Isso dificilmente acontece, uma vez que o significado é passível de interpretações</p><p>variadas. Em princípio, as palavras técnicas são monossêmicas:</p><p>logaritmo, manganês, decassílabo</p><p>Num texto literário, porém, qualquer palavra pode ganhar outros significados. É o que acontece</p><p>quando Caetano Veloso diz em sua música “O Querer”:</p><p>“Onde queres o ato eu sou o espírito</p><p>E onde queres ternura eu sou tesão</p><p>Onde queres o livre, decassílabo</p><p>E onde buscas o anjo sou mulher […]”</p><p>Nesse contexto, decassílabo ganha como significado a idéia de tradicional, bem-comportado ou</p><p>organizado, entre inúmeras outras possibilidades de interpretação.</p><p>4. Polissemia</p><p>A polissemia (de poli = muitos; semia = significado) é o fenômeno pelo qual uma palavra vai</p><p>adquirindo vários significados. Estes, em geral, têm</p><p>algo em comum. A cada um deles dá-se o nome</p><p>de acepção:</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.</p><p>Ele é o cabeça da rebelião.</p><p>Sabrina tem boa cabeça.</p><p>Origem da polissemia</p><p>São muitos os fatores que possibilitam a polissemia.</p><p>A metáfora, pela qual a palavra ganha outro significado devido a uma relação de semelhança:</p><p>o pé da mesa, o pé da montanha</p><p>(por sua semelhança com o pé humano)</p><p>A metonímia, pela qual a palavra adquire outro significado devido a uma relação de implicância:</p><p>o lanterninha do cinema</p><p>(o funcionário usa uma lanterninha)</p><p>A passagem de um termo da linguagem específica para a linguagem comum:</p><p>parênteses (sinal de pontuação)</p><p>Colocar parênteses nesta explicação. (interrupção)</p><p>A passagem de um termo da linguagem comum para a linguagem específica:</p><p>Veja esta pilha de papel.</p><p>(reunião de objetos superpostos)</p><p>O carrinho é movido a pilha.</p><p>(gerador de corrente elétrica)</p><p>A polissemia possibilita que se tenha, com um pequeno número de palavras, um grande número de</p><p>significados. Mas favorece riscos, também, como o de ambigüidade e o de imprecisão. Se o contexto</p><p>não for suficiente para determinar o significado da palavra, é bem melhor trocá-la por outra de</p><p>significado mais definido:</p><p>Marcos é uma pessoa difícil.</p><p>A frase é muito vaga porque a palavra difícil sugere várias interpretações, como irritadiço, tímido ou</p><p>ocupado. Nesse caso, o melhor é usar outra palavra. No entanto, se for preciso manter a original, é</p><p>aconselhável contextualizá-la:</p><p>Marcos é uma pessoa difícil: não come enlatados, detesta congelados e não admite comida</p><p>requentada.</p><p>5. Sinonímia</p><p>A sinonímia (de sin = união; onoma = nome) é o fenômeno pelo qual duas palavras possuem</p><p>significados equivalentes ou semelhantes, ou seja, são sinônimas. Uma pode substituir a outra num</p><p>mesmo contexto:</p><p>Só um bom sabão garante a brancura dos lençóis.</p><p>Só um bom sabão garante a alvura dos lençóis.</p><p>É muito raro encontrar sinônimos perfeitos, que possam ser utilizados em qualquer contexto.</p><p>Cada um deles expressa um matiz diferente, seja de significado, seja de valor estilístico:</p><p>admirado, espantado, chocado</p><p>Essas palavras podem ser usadas como sinônimos, mas cada uma expressa uma intensidade</p><p>diferente.</p><p>Origens da sinonímia</p><p>Por empréstimos de palavras estrangeiras:</p><p>Meu chofer conhece bem as ruas do centro.</p><p>Meu motorista conhece bem as ruas do centro.</p><p>Pelo uso comum de palavras técnicas ou da linguagem específica:</p><p>Vou fazer um hemograma.</p><p>Vou fazer um exame de sangue.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Por diferentes registros de linguagem:</p><p>espalhar a notícia — (coloquial)</p><p>divulgar a notícia — (formal)</p><p>propalar a notícia — (erudito)</p><p>6. Homonímia</p><p>A homonímia (de homo = igual; onoma = nome) acontece quando duas palavras de origem e</p><p>significado diferentes coincidem quanto à pronúncia, tornando-se homônimas:</p><p>pena (pluma), pena (dó)</p><p>Possibilidade de homônimas</p><p>Homófonas, quando a coincidência é de pronúncia:</p><p>sírio (da Síria), círio (vela)</p><p>Homógrafas, quando a coincidência é de grafia:</p><p>sede (necessidade de beber)</p><p>sede (casa central, matriz)</p><p>Atenção: nem sempre é possível distinguir a homonímia da polissemia. No caso das homônimas,</p><p>trata-se de duas palavras. No caso das homógrafas, trata-se de uma palavra com dois significados.</p><p>Para estabelecer uma diferença, é preciso levar em conta a etimologia da palavra (o que nem sempre</p><p>é possível) e outros dados subjetivos, como o grau de diferença dos significados.</p><p>7. Antonímia</p><p>A antonímia (de anti = oposição; onoma = nome) é a propriedade que duas palavras possuem de se</p><p>oporem quanto ao significado. São antônimas:</p><p>ir/voltar</p><p>nascimento/morte</p><p>Os antônimos podem apresentar diversos graus de oposição</p><p>Antônimos complementares, quando a afirmação de um supõe a negação do outro:</p><p>par/ímpar</p><p>gordo/magro</p><p>Antônimos recíprocos, quando as duas palavras supõem-se mutuamente:</p><p>perguntar/responder</p><p>vender/comprar</p><p>Antônimos graduais, quando entre as duas palavras existem outras de grau intermediário:</p><p>quente/morno</p><p>temperado/frio</p><p>A antonímia também é definida pelo contexto. Assim, na canção de Caetano Veloso, “O Quereres”,</p><p>anjo é antônimo de mulher. Em outros contextos, as duas palavras podem ser sinônimas.</p><p>Quanto à forma, os antônimos podem ser:</p><p>Léxicos</p><p>Se têm radicais diferentes: claro/escuro, bom/mau</p><p>Gramaticais</p><p>Se a oposição é expressa por meio de radicais: arrumar/desarrumar, incluir/excluir</p><p>8. Contexto/Situação</p><p>São dois os fatores básicos que interferem na significação das palavras:</p><p>O contexto lingüístico, pois toda palavra aparece, habitualmente, rodeada de outras palavras, em</p><p>frases orais ou escritas. São elas que ajudam a definir o exato significado da palavra:</p><p>Este café é muito doce.</p><p>Nesta frase, doce significa açucarado, significado diferente do que apresenta nesta outra frase:</p><p>Uma doce melodia preenchia o ambiente.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A situação, ou contexto extralingüístico, e tudo mais que possa estar relacionado ao ato da</p><p>comunicação, como época, lugar, hábitos lingüísticos, grupo social, cultural ou etário dos falantes:</p><p>Fogo!</p><p>Esta expressão não significa o mesmo diante de um edifício em chamas e dentro de um campo de</p><p>tiro.</p><p>9. Denotação e conotação</p><p>A denotação é o conjunto de significados de uma palavra por si mesma. É o valor objetivo, original da</p><p>palavra:</p><p>caminho</p><p>(faixa de terreno destinada ao trânsito, estrada, trilho)</p><p>A conotação refere-se ao conjunto de significados subjetivos, afetivos, que vão se acrescentando a</p><p>uma palavra e que dependem de uma interpretação:</p><p>caminho</p><p>(pode significar destino, futuro, orientação)</p><p>A humanidade não encontra o seu caminho.</p><p>O Significado De Algumas Palavras Ou Expressões Comuns No Meio Evangélico</p><p>ALELUIA - É uma palavra de origem hebraica - ָּהַלְלוּיה(Halləluyahebraico padrão ou</p><p>Halləlûyāhtiberiano - Lendo-se da direita para a esquerda, como se faz em hebraico) a primeira parte</p><p>da palavra Hallelu(ּלו significa "Louvem! Adorem!" ou "Elogio"; a segunda parte da palavra é Yah (הַלְּ</p><p>(Jah) (ָּיה), uma forma abreviada do nome de Deus, Javé. Yah ou Jah constitui a primeira metade</p><p>do tetragramaהוהי,(YHWH, IHVH, JHVH ), o nome do único Deus vivo e verdadeiro, o Deus da Bíblia,</p><p>pronunciado em português como Iawé ou Javé. Yah escreve-se com as letras yod (י) e he (ה),</p><p>respectivamente a décima e a quinta letra do alfabeto hebraico. Portanto, aleluia significa "Louvem</p><p>Deus Javé", ou "Adorem Deus Javé", ou "Elogio a Deus Javé".</p><p>Esta palavra de elogio ou louvor a Deus é utilizada em cultos e orações da maioria dos cristãos. A</p><p>forma latina aleluia é usada em muitos idiomas tanto por evangélicos cheios do Espírito Santo como</p><p>por católicos em preferência à forma Hallelujah.</p><p>A palavra Hallelujah é usada no Judaísmo como parte das orações de Hallel. A palavra aleluia</p><p>aparece 24 vezes no Velho Testamento, em nossa Bílbia, que corresponde grosso modo aos</p><p>conjuntos de livros Tanach ( Torah, Neviim e Kethuvim) do Judaísmo. O termo é usado para iniciar</p><p>e/ou concluir os Salmos (em hebraico תהלים, Tehillim), com exceção do Sl 135:3 . Aleluia aparece</p><p>junto com a palavra "amém" no Sl 106:48 . A palavra aleluia aparece quatro vezes no Novo</p><p>Testamento e no livro do Apocalipse foi transliterado em grego como Αλληλούια.</p><p>AMÉM - (Hebraico: אָמֵן, Árabe: آمين, ’Āmīn). É a palavra hebraica que indica uma afirmação ou</p><p>adesão às vezes matizada de desejo, e pela qual terminam muitas orações no Cristianismo, no</p><p>Islamismo e no Judaísmo. Pode traduzir-se</p><p>em português, pelas expressões "assim seja",</p><p>"verdadeiramente" etc, ainda que Amém seja um anagrama da frase hebraica “Ani Maamim” que a</p><p>tradução literal para a língua portuguesa é “Eu Acredito”. Tendo também adquirido como o passar do</p><p>tempo o significado na vulgata popular de concordância de pensamento ou sinônimo de expressão</p><p>em relação à esperança futura como por ex. "Que assim seja".</p><p>Amén, além destes significados ja descritos, também vem a ser uma sigla. A palavra é composta de 3</p><p>letras em hebraico: אָמֵן Esta sigla sintetiza a frase " Deus, Rei, Fiel", que em hebraico se lê El Melech</p><p>Neeman. Ou seja EMN, que pode ser escrita em hebraico com as mesmas letras de amem. Esta</p><p>palavra é de força incalculavel durante as orações judaicas, e é cobrada como parte essencial na</p><p>resposta da comunidade durante o rito diario.</p><p>BELIAL - Segundo a mitologia cananéia trata-se de um demônio considerado o chefe dos</p><p>adversários do povo escolhido por Deus. Consideram que ele ocupava a maior posição na hierarquia</p><p>dos anjos guerreiros, sendo maior até que o Arcanjo Miguel, mas, que participou da rebelião de</p><p>Lúcifer, sendo, portanto, destituído e transformado em um dos mais perigosos demônios. O seu nome</p><p>é símbolo de arrogância, loucura e luxúria.</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Na Bíblia, pessoas desrespeitosas, rebeldes, incorrigíveis, são chamados de "filhos de Belial" ou</p><p>"filhos da indignidade", "filhos incorrigíveis".</p><p>Quando se observa a etimologia da palavra Belial belî que significa ‘não’ e ya’al que tem sentido de</p><p>‘sem’, a conclusão a que se chega é que os filhos de Belial eram na verdade, filhos que não servem</p><p>para nada, filhos inúteis, imprestáveis.</p><p>EBENÉZER - Trata-se de uma pedra de testemunho, erguida por Samuel, o último juiz, que também</p><p>foi profeta e sacerdote. A nação se Israel, sob seu comando espiritual, venceu uma batalha e no</p><p>retorno eles pararam fara agradecer ao Senhor pela vitória. Então, o profeta Samuel ergueu uma</p><p>pedra, a ungiu e deu a ela o nome Ebenézer, quer quer dizer: Até aqui nos ajudou o Senhor - 1Sm</p><p>7:12 .</p><p>EL-SHADDAY - O Deus Todo-Poderoso - Esse é um dos títulos atribuídos a Deus, inicialmente no</p><p>livro de Gênesis, onde a expressão aparece pelo menos seis vezes - Gn 17:1 , em maior número de</p><p>vezes no livro de Jó, onde esse título é atribuído a Deus 31 vezes e por fim no Apocalipse, onde por</p><p>nove vezes Deus é apresentado como o Todo-Poderoso. Ao todo, esse título aparece em 55</p><p>referências ao longo de toda a Bíblia. Deus sempre usava esse título quando se apresentava a</p><p>alguém que estava diante de uma situação que pela sua própria natureza, não tinha solução, como</p><p>por exemplo, a incapacidade que o organismo de Sara tinha de gerar filhos. Assim, Ele se</p><p>apresentava como o Deus capaz de transformar situações criadas pela fraqueza humana. Quando os</p><p>filhos de Jacó achavam que estavam encrencados e que voltar ao Egito para se apresentarem diante</p><p>do governador seria colocar a cabeça na forca, Jacó os recomendou que confiassem em El-Shadday,</p><p>o Deus Todo-Poderoso, Aquele mesmo que havia se revelado a ele em Betel e que o havia</p><p>abençoado - Gn 48:3 .</p><p>MARANATA - (do original תא מרנא ) é uma expressão aramaica que ocorre uma vez na Bíblia,</p><p>empregada pelo Apóstolo Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios - 1Co 16:22 . O termo é a</p><p>composição de duas palavras, que transliteradas dão origem à palavra Maranata e que significa "O</p><p>Senhor vem!" ou ainda "Nosso Senhor vem!". No desfecho do livro do Apocalipse, a mesma</p><p>expressão é utilizada como uma oração ou pedido, desta feita na língua grega, e traduzida por: “Vem,</p><p>Senhor” - Ap 22:20 .</p><p>SHALOM - Vem de hebraico שָלוֹם, geralmente traduzido como paz. Significa paz entre duas</p><p>entidades (geralmente duas nações) ou a paz interior de um indíviduo. Também é utilizada como</p><p>cumprimento dentro da comunidade judaica à semelhança do salaamser completo, ser cheio ou ser</p><p>pleno, aparecendo em diversos textos com o sentido de paz, salvação e prosperidade de indivíduos e</p><p>nações. árabe. A palavra shalom deriva da raiz shin-lamedh-mem ( ם.ל.ש ), que nas línguas semíticas</p><p>aparece com o sentido de paz, salvação e prosperidade de indivíduos e nações.</p><p>VASO - Esta palavra, que no sentido bíblico significa aquela pessoa a quem Deus usa, um</p><p>instrumento para a glória de Deus, passou a representar, nos dias atuais, a pessoa que faz uso</p><p>indevido do dom da profecia e que procura reviver o ministério profético que encerrou-se em João</p><p>Batista. Toda pessoa que é consultada para transmitir uma revelação ou profecia, nos dias de hoje é</p><p>chamada de vaso. É uma pena! Por que essas pessoas, na verdade, são vasos do espírito do</p><p>engano que as usam para causar enormes problemas na vida dos crentes incautos e que nunca se</p><p>libertaram das superstições e crendices.</p><p>Expressões Linguísticas No Brasil</p><p>Existem algumas expressões que são muito comuns em nosso dia como por exemplo: “Você acertou</p><p>na mosca!” ou “Pode tirar seu cavalinho da chuva!”. Você provavelmente já escutou isso várias vezes</p><p>não é mesmo? Mas quando dizemos que alguém acertou na mosca, essa pessoa realmente</p><p>conseguiu acertar uma mosca? Sabemos que esse tipo de expressão é no sentido figurado, mas</p><p>você sabe por que isso acontece?</p><p>O Que São?</p><p>As expressões linguísticas são aqueles termos ou frases que possuem um significado diferente</p><p>daquele que as palavras teriam isoladamente. Esses termos trazem com eles traços culturais de</p><p>determinada região onde são utilizados. Boa parte deles possui origem de alguma situação histórica</p><p>SIGNIFICADO DE PALAVRAS</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>ou de alguns hábitos que eram praticados pelas populações antigamente e que nos dias de hoje</p><p>podem ter sido esquecidos.</p><p>O uso dessas expressões é muito importante para a comunicação informal, tanto na escrita quanto na</p><p>fala, sendo bastante utilizadas em discursos e correspondência formal.</p><p>A pessoa que escreve ou fala, ao usar expressões idiomáticas tem como motivo a vontade de incluir</p><p>na frase algo diferente que do que é pregado pela linguagem convencional. Ao utilizar esse tipo de</p><p>expressão, essa pessoa pode fazer com que a frase tenha mais força ou suavidade, deixando-a mais</p><p>rica. O poder de enfatizar os sentimentos de alguém fica mais claro. E o uso das expressões</p><p>idiomáticas para alguém que fala, pode definir o seu grau de domínio. Vejamos alguns exemplos:</p><p>Acabar em pizza Geralmente é usada quando uma situação mal</p><p>resolvida chega-se ao fim.</p><p>A dar com pau Significa em grande quantidade</p><p>Água que passarinho não bebe Significa cachaça, pinga.</p><p>Acertar na mosca Acertar no alvo, ser preciso.</p><p>Acha (produrar) chifre em cabeça de cavalo. Procurar algum problema onde não existe.</p><p>A céu aberto Significa fazer algo ao ar livre.</p><p>Advogado do diabo Pessoa que defende alguém que não é digno de</p><p>defesa.</p><p>Agarrar com unhas e dentes Fazer de tudo para não perder aquele algo. Por</p><p>exemplo, uma oportunidade de emprego.</p><p>O Significado Histórico</p><p>Essas expressões idiomáticas não vieram do nada. No Passado essas expressões eram utilizadas</p><p>mas com tendo um sentido diferente da que conhecemos hoje.</p><p>Por exemplo, a expressão tirar o cavalo da chuva é entendida como tirar a intenção de alguém, de</p><p>fazer algo que estava pensando. Mas antigamente, como foi observado no livro “A casa da Mãe</p><p>Joana”, essa expressão estava relacionada à maneira de como se recebia as pessoas no ambiente</p><p>doméstico. Pois os cavalos naquela época eram os meios de transporte, e ao chegar em algum lugar</p><p>o local onde o cavalo fosse amarrado definiria se a pessoa iria ou não demorar naquela residência.</p><p>Outro exemplo se dá na expressão “motorista barbeiro”. Entendemos na atualidade como sendo</p><p>aquele motorista que</p>

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