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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Regras básicas de apresentação. Vistas ortográficas de peças mecânicas simples. Cortes e seções.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Compreender as regras básicas de apresentação do desenho técnico de peças mecânicas, destacando a execução das vistas ortográficas e</p><p>o complemento com cortes e seções.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos o material para elaboração de desenho técnico: folha de papel liso (tamanho A4),</p><p>lápis com grafite preto, borracha branca macia, instrumentos básicos (régua, par de esquadros, transferidor, compasso).</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Descrever as regras básicas de apresentação do desenho técnico de peças mecânicas</p><p>MÓDULO 2</p><p>Empregar o desenho técnico das vistas ortográficas de peças mecânicas no 1º diedro</p><p>MÓDULO 3</p><p>Classificar o recurso de cortes e seções</p><p>BEM-VINDO AO ESTUDO DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE</p><p>PEÇAS MECÂNICAS</p><p>MÓDULO 1</p><p> Descrever as regras básicas de apresentação do desenho técnico de peças mecânicas</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Surge uma ideia, uma necessidade: nasce um projeto. Em Engenharia, o desenho técnico é a ferramenta de expressão gráfica. É por meio</p><p>do desenho técnico que o engenheiro desenvolve e orienta a execução, seja para fabricação de um produto ou a prestação de um serviço.</p><p>Mesmo com a utilização de computação gráfica, vimos que os conhecimentos sobre desenho técnico são fundamentais.</p><p>Tão importante quanto ter uma ideia ou atender a uma necessidade, é apresentar os desenhos técnicos de um projeto em uma linguagem</p><p>que todos entendam. Afinal, esse projeto deverá ser interpretado e executado por equipes multidisciplinares para que se obtenha o resultado</p><p>esperado. Assim, deve haver uma forma padronizada de elaboração e apresentação dos desenhos, possibilitando haver comunicação entre</p><p>as equipes.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>No Brasil existe uma entidade sem fins lucrativos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas, considerada o Foro Nacional de</p><p>Normalização, que estabelece normas para a elaboração e apresentação de desenhos técnicos. Apesar de as normas serem de uso</p><p>voluntário, quase sempre são usadas por representar consenso sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas.</p><p>NORMAS BRASILEIRAS</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma entidade privada e sem fins lucrativos, que cuida de diferentes normalizações no</p><p>país. Criada em 1940, a organização estuda e propõe formas de sistematizar processos, sejam eles de cunho tecnológico, industrial ou</p><p>acadêmico.</p><p>A ABNT elabora as Normas Brasileiras (NBR), identificadas por números. Essas normas são reconhecidas pelo governo federal e seguidas</p><p>por profissionais, empresas e entidades acadêmicas de todo o Brasil. Cada norma é criada por meio de comissões ou comitês formados por</p><p>pessoas que possuem conhecimentos técnicos em diferentes áreas de atuação.</p><p>Já imaginou se não existissem as normas da ABNT? Cada engenheiro faria os desenhos do projeto de sua forma, ou fabricaria um produto</p><p>do jeito que achasse melhor. É fundamental utilizar essas normas, pois elas transmitem conhecimento sistematizado, que já foi avaliado em</p><p>diferentes aspectos.</p><p>“AS NORMAS ASSEGURAM AS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE PRODUTOS</p><p>E SERVIÇOS, COMO QUALIDADE, SEGURANÇA, CONFIABILIDADE, EFICIÊNCIA,</p><p>INTERCAMBIALIDADE, BEM COMO RESPEITO AMBIENTAL — E TUDO ISTO A UM</p><p>CUSTO ECONÔMICO”</p><p>(ABNT, s. d.).</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Tornam o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos e serviços mais eficientes, mais seguros e mais limpos.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Facilitam o comércio entre países tornando-o mais justo.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Fornecem aos governos uma base técnica para saúde, segurança e legislação ambiental, e avaliação da conformidade.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Compartilham os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Disseminam a inovação.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Protegem os consumidores e usuários em geral, de produtos e serviços.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Tornam a vida mais simples provendo soluções para problemas comuns.</p><p>Como estamos tratando da expressão gráfica por meio do desenho técnico instrumental, vamos apresentar, destacar e comentar alguns</p><p>aspectos importantes das principais normas da ABNT, que, juntas, nos permitem executar e apresentar o desenho técnico de peças</p><p>mecânicas.</p><p>Vamos começar listando o objetivo de várias Normas Brasileiras (NBR), indicando as que serão exploradas em outros temas e escolhendo as</p><p>que iremos explorar neste módulo:</p><p>ABNT NBR 8196:1999 – DESENHO TÉCNICO: EMPREGO DE ESCALAS</p><p>Esta Norma foi cancelada em agosto de 2016. A ABNT NBR 16752:2020 sintetiza o assunto em seu item 6 (EMPREGO DE ESCALAS). O</p><p>assunto foi abordado em outro tema.</p><p>ABNT NBR 8402:1994 – EXECUÇÃO DE CARACTER PARA ESCRITA EM DESENHO</p><p>TÉCNICO:</p><p>Esta Norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. Apresenta a caligrafia</p><p>técnica. Abordaremos neste módulo.</p><p>ABNT NBR 8403:1984 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE</p><p>LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS:</p><p>Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. Abordaremos</p><p>neste módulo.</p><p>ABNT NBR 10067:1995 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM</p><p>DESENHO TÉCNICO:</p><p>Esta Norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. Trata dos métodos de projeção ortográfica (1º e 3º diedros) e</p><p>denominação das vistas, além da representação de cortes e seções nas vistas. Os métodos de projeção e a denominação das vistas serão</p><p>tratados em outro tema, enquanto a representação de cortes e seções será abordada em outro módulo do tema atual.</p><p>ABNT NBR 10068:1987 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES –</p><p>PADRONIZAÇÃO:</p><p>Esta Norma foi cancelada em janeiro de 2020 e substituída pela ABNT NBR 16752:2020. Abordaremos neste módulo a nova norma.</p><p>ABNT NBR10126:1998 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO:</p><p>Esta Norma fixa os princípios gerais de contagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. O assunto foi abordado em outro tema.</p><p>ABNT NBR 10582:1988 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO:</p><p>Esta Norma foi cancelada em janeiro de 2020. A ABNT NBR 16752:2020 sintetiza o assunto no seu item 5 (CONTEÚDO E DISPOSIÇÃO</p><p>DOS ESPAÇOS NA FOLHA DE DESENHO). Abordaremos neste módulo a nova norma.</p><p>ABNT NBR 12298:1995 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE</p><p>HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO:</p><p>Esta Norma fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico. O assunto será abordado em outro</p><p>módulo do tema atual.</p><p>ABNT NBR 13142:1999 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS:</p><p>Esta Norma foi cancelada em junho de 2017. A ABNT NBR 16752:2020 sintetiza o assunto no seu item 7 (DOBRAMENTO DA FOLHA DE</p><p>DESENHO). Abordaremos neste módulo a nova norma.</p><p>ABNT NBR 16752:2020 – DESENHO TÉCNICO – REQUISITOS PARA</p><p>APRESENTAÇÃO EM FOLHAS DE DESENHO:</p><p>Esta Norma especifica o formato das folhas de desenho e os elementos gráficos, a localização e a disposição do espaço para desenho,</p><p>espaço para informações complementares e legenda, o dobramento de cópias e o emprego de escalas a serem utilizadas em desenhos</p><p>técnicos. Abordaremos neste módulo.</p><p>ABNT NBR 8402:1994</p><p>A ABNT estabelece na NBR 8402:1994 (EXECUÇÃO DE CARACTER PARA ESCRITA EM DESENHO TÉCNICO) as condições exigíveis para</p><p>a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes, conhecida como caligrafia técnica.</p><p>Vamos apresentar uma síntese comentada dessas condições, o quadro de proporções e dimensões de símbolos gráficos, o esquema com as</p><p>características das aplicações desses parâmetros na caligrafia técnica e alguns exemplos de letras.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Cabe aqui ressaltar que isso não nos isenta de conhecer a norma na íntegra.</p><p>As principais condições apresentadas nessa norma são:</p><p>As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: legibilidade, uniformidade e adequação à microfilmagem e a outros processos</p><p>de reprodução.</p><p>Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para</p><p>evitar qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal.</p><p>Para microfilmagem e outros processos de reprodução é necessário que a distância entre caracteres (a) corresponda, no mínimo, a duas</p><p>vezes a largura da linha (d).</p><p>No caso de larguras de linha diferentes, a distância deve corresponder à da linha (d) mais larga.</p><p>Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas.</p><p>Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto.</p><p>A altura h possui razão 2 correspondente à razão dos formatos de papel para desenho técnico.</p><p>A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o dimensionamento.</p><p>As alturas h e c não devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicação simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura h não deve ser</p><p>menor do que 3,5 mm.</p><p>A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15° para a direita em relação à vertical.</p><p>Características Relação Dimensões (mm)</p><p>Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20</p><p>Altura das letras maiúsculas c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14</p><p>Distância mínima entre caracteres a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4</p><p>Distância mínima entre linhas de base b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28</p><p>Distância mínima entre palavras e (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12</p><p>Largura da linha d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Quadro: Proporções e dimensões de símbolos gráficos. Fonte: NBR 8402 (1994)</p><p>Fonte: NBR 8402 (1994)</p><p> Figura: Parâmetros aplicados na caligrafia técnica.</p><p>Fonte: NBR 8402 (1994)</p><p> Figura: Forma da escrita vertical e inclinada (exemplos).</p><p>ABNT NBR 8403:1984</p><p>A ABNT estabelece na NBR 8403:1984 (APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DE LINHAS) tipos de</p><p>linhas, suas denominações e aplicações, suportados por condições gerais e específicas estabelecidas. A utilização de diferentes tipos e</p><p>larguras (espessuras) de linhas no desenho técnico permite diferenciar os elementos.</p><p>Linha Denominação Aplicação Geral</p><p>A</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Contínua larga A1 contornos visíveis</p><p>A2 arestas visíveis</p><p>B</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Contínua estreita B1 linhas de interseção imaginárias</p><p>B2 linhas de cotas</p><p>B3 linhas auxiliares</p><p>B4 linhas de chamadas</p><p>B5 hachuras</p><p>Linha Denominação Aplicação Geral</p><p>B6</p><p>contornos de seções rebatidas na própria</p><p>vista</p><p>B7 linhas de centros curtas</p><p>C</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Contínua estreita à mão livre C1</p><p>limites de vistas ou cortes parciais ou</p><p>interrompidas se o limite não coincidir com</p><p>linhas traço e ponto</p><p>D</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Contínua estreita em zigue-zague D1</p><p>esta linha destina-se a desenhos</p><p>confeccionados por máquinas</p><p>E</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Tracejada larga E1 contornos não visíveis</p><p>E2 arestas não visíveis</p><p>F Tracejada estreita F1 contornos não visíveis</p><p>Linha Denominação Aplicação Geral</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>F2 arestas não visíveis</p><p>G</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Traço e ponto estreita G1 linhas de centro</p><p>G2 linhas de simetrias</p><p>G3 trajetórias</p><p>H</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Traço e ponto estreita, larga nas</p><p>extremidades e na mudança de</p><p>direção</p><p>H1 planos de cortes</p><p>J</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Traço e ponto largo J1</p><p>indicação das linhas ou superfícies com</p><p>indicação especial</p><p>Linha Denominação Aplicação Geral</p><p>K</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Traço e dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes</p><p>K2 posição limite de peças móveis</p><p>K3 linhas de centro de gravidade</p><p>K4 cantos antes da conformação</p><p>K5 detalhes situados antes do plano de corte</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Quadro: Tipos de linhas e suas aplicações. Fonte: NBR 8403 (1984)</p><p>Vamos apresentar uma síntese comentada dessas condições, além do quadro de tipos de linhas e suas aplicações, ressaltando que isso não</p><p>nos isenta de conhecer a norma na íntegra.</p><p>As principais condições apresentadas nessa norma são:</p><p>A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a dois. Assim, devemos ter o traço da linha larga com pelo</p><p>menos o dobro da espessura da linha estreita. Logicamente, o tipo de lápis ou caneta técnica utilizado no desenho influenciará na</p><p>execução dessas linhas.</p><p>As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho. Se o desenho for</p><p>pequeno (podemos imaginar uma redução em escala, desenhado em folha A4) e tiver muitas linhas, por exemplo, a largura (espessura)</p><p>da linha não será a mesma de um desenho maior (podemos imaginar uma ampliação em escala, desenhado em folha A0).</p><p>Para diferentes vistas de uma mesma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas.</p><p>O espaçamento mínimo entre linhas paralelas, inclusive na representação de hachuras, não deve ser menor do que duas vezes a</p><p>largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm.</p><p>Se ocorrer a coincidência (sobreposição) de duas ou mais linhas de diferentes tipos, deve ser considerada a seguinte ordem de</p><p>prioridade: arestas e contornos visíveis (tipo A) => aresta e contornos não visíveis (tipos E e F) => superfícies de cortes e seções (tipo</p><p>H) => linhas de centro (tipo G) => linha de centro de gravidade (tipo K) => linhas de cota e auxiliar (tipo B).</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Fonte: NBR 8403 (1984)</p><p> Figura: Tipos de linhas: exemplo de aplicação.</p><p>ABNT NBR 16752:2020</p><p>A ABNT estabelece na NBR 16752:2020 (DESENHO TÉCNICO – REQUISITOS PARA APRESENTAÇÃO EM FOLHAS DE DESENHO), em</p><p>tópicos, temas de diversas normas que foram canceladas. Essa NBR especifica o formato das folhas de desenho e os elementos gráficos; a</p><p>localização e a disposição do espaço para desenho, espaço para informações complementares e legenda; o dobramento de cópias e o</p><p>emprego de escalas a serem utilizadas em desenhos técnicos.</p><p>Vamos apresentar uma síntese comentada dos principais tópicos dessas normas, que não tenham sido apresentados em outros módulos do</p><p>conteúdo dos temas da disciplina, ressaltando que isso não nos isenta de conhecer a norma na íntegra.</p><p>ABNT E A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS BRASILEIRAS</p><p>FOLHA DE DESENHO</p><p>O formato básico para folha de desenho é o retângulo com área igual a 1,0 m² e de lados medindo 841 mm × 1.189 mm, mantendo entre si a</p><p>mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e a sua diagonal. Desse formato básico, denominado A0 (A zero), deriva-se a série</p><p>ISO-A de tamanhos de folha, pela sua bipartição sucessiva.</p><p>Fonte: NBR 16752 (2020)</p><p> Figura: Origem, semelhanças e formatos da série ISSO-A.</p><p>Convém que a representação do desenho seja executada em menor formato de folha possível, desde que a sua interpretação não seja</p><p>prejudicada. As medidas dos formatos de folha de desenho da série ISO-A mais utilizados são apresentados na tabela a seguir:</p><p>Designação Dimensões (mm)</p><p>A0 841 x 1.189</p><p>A1 594 x 841</p><p>A2 420 x 594</p><p>A3 297 x 420</p><p>A4 210 x 297</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela: Dimensões das folhas da série ISO-A. Fonte: NBR 16752 (2020)</p><p>Essas folhas de desenho podem ser utilizadas tanto na posição vertical (retrato) como na posição horizontal (paisagem), sendo conveniente</p><p>que os formatos maiores do que A4 sejam utilizados na posição horizontal.</p><p> DICA</p><p>Todas as folhas de desenho devem apresentar margens e quadro limitando o espaço para desenho. A margem esquerda deve ter 20 mm de</p><p>largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada, e todas as outras margens devem ter 10 mm de largura.</p><p>CONTEÚDO E DISPOSIÇÃO DOS ESPAÇOS DA FOLHA DE</p><p>DESENHO</p><p>O espaço da folha de desenho é dividido em: espaço para desenho, legenda e espaço para informações complementares, quando</p><p>necessário.</p><p>Fonte: NBR 16.752 (2020)</p><p> Figura: Disposição dos espaços na folha de desenho.</p><p>O desenho deve ser realizado no espaço destinado</p><p>para desenho. Havendo mais de um desenho, eles devem estar dispostos</p><p>ordenadamente na horizontal e na vertical, sendo o desenho principal, se houver, posicionado acima e à esquerda desse espaço. Em relação</p><p>à legenda, deve ser elaborada na forma de um quadro subdividido em campos de dados, contendo informações, indicações e identificações</p><p>relevantes associadas ao desenho.</p><p>Fonte: NBR 16752 (2020)</p><p> Figura: Exemplo de preenchimento de legenda.</p><p>Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do desenho devem ser inseridas no espaço para informações</p><p>complementares, independentemente da ordem de apresentação, exceto aquelas que necessitem estar posicionadas junto ao desenho.</p><p> DICA</p><p>O espaço para informações complementares normalmente deve ser alocado próximo à margem direita e acima da legenda. A largura do</p><p>espaço deve ser no máximo igual à largura da legenda, ou seja, 180 mm.</p><p>DOBRAMENTO DA FOLHA DE DESENHO</p><p>Para arquivamento, as folhas de desenho devem ser dobradas, sendo o seu tamanho final o do formato A4.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Após os dobramentos a legenda do desenho deve estar visível.</p><p>Os dobramentos devem ser iniciados do lado direito e verticalmente a partir da legenda. Uma vez efetuado o dobramento vertical, devem ser</p><p>realizadas as dobras horizontais. As folhas de formatos A0, A1 e A2 devem ter o canto superior esquerdo dobrado para trás.</p><p>Fonte: NBR 16752 (2020)</p><p> Figura: Dobramento de folha A3.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. SOBRE OS TIPOS DE LINHAS, CONFORME A NBR 8403:1984, PODEMOS AFIRMAR, EXCETO:</p><p>A) As linhas contínuas largas são aplicadas nos contornos visíveis.</p><p>B) As linhas tracejadas largas são aplicadas nos contornos não visíveis.</p><p>C) As linhas traço e ponto estreitas são aplicadas nas linhas (eixos) de simetria.</p><p>D) As linhas tracejadas estreitas são aplicadas nos planos de cortes.</p><p>E) As linhas traço ponto representam linhas de concreto.</p><p>2. EM RELAÇÃO À FOLHA DE DESENHO, CONFORME A NBR 16752:2020, PODEMOS AFIRMAR, EXCETO:</p><p>A) O formato básico é o retângulo com área igual a 1,0 m².</p><p>B) Convém que a representação do desenho seja executada no maior formato de folha possível, desde que a sua interpretação não seja</p><p>prejudicada.</p><p>C) O formato básico mede 841 mm × 1189 mm.</p><p>D) O formato básico, denominado A0 (A zero), deriva-se a série ISO-A de tamanhos de folha.</p><p>E) A divisão da folha de desenho é feita em: espaço para desenho, legenda e espaço para informações complementares.</p><p>GABARITO</p><p>1. Sobre os tipos de linhas, conforme a NBR 8403:1984, podemos afirmar, EXCETO:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>As linhas utilizadas nos planos de cortes são as linhas traço e ponto estreitas, largas nas extremidades e nas mudanças de direção.</p><p>2. Em relação à folha de desenho, conforme a NBR 16752:2020, podemos afirmar, EXCETO:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A representação do desenho deve ser executada no menor formato de folha possível, desde que a sua interpretação não seja prejudicada.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Empregar o desenho técnico das vistas ortográficas de peças mecânicas no 1º diedro</p><p>A NBR 10067:1995 (PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO – PROCEDIMENTO) apresenta os métodos</p><p>para projeção ortogonal de objetos nos 1º e 3º diedros, que nos permitem representar um objeto a partir de suas projeções ortogonais, as</p><p>chamadas vistas ortográficas.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>O método do 3º diedro, chamado de Método Americano de projeção, é adotado pela ANSI (American National Standards Institute – Instituto</p><p>Nacional de Padrões Americanos), sendo utilizado nos Estados Unidos e no Canadá. Já o método do 1º diedro, conhecido como Método</p><p>Europeu de projeção, é adotado na Europa e no Brasil.</p><p>Diante disso, vamos dedicar um pouco mais de tempo para complementar alguns tópicos dessa norma e elaborar as vistas ortográficas de</p><p>peças com características e detalhes distantes, ampliando a nossa capacidade de raciocínio espacial.</p><p>VISTAS ORTOGRÁFICAS (1º DIEDRO)</p><p>O foco deste módulo será o método do 1º diedro, conhecido como Método Europeu de projeção, adotado no Brasil.</p><p>Você se lembra do “cubo transparente” no qual colocamos a nossa peça dentro? As projeções do objeto nas faces desse “cubo” serão as</p><p>vistas de um observador posicionado em frente a cada uma das faces, do lado de fora do cubo, olhando para o objeto.</p><p>Ordem a ser seguida para a projeção de objetos no 1º diedro:</p><p>OBSERVADOR</p><p></p><p>OBJETO</p><p></p><p>PLANO DE PROJEÇÃO</p><p> RESUMINDO</p><p>O observador “vê” o objeto e a imagem “vista” é projetada no plano paralelo à face observada, posterior ao objeto.</p><p>Para escolha das vistas que deverão ser representadas, vamos recorrer novamente à NBR 10067:1995, merecendo destaque os seguintes</p><p>trechos:</p><p>VISTA PRINCIPAL</p><p>A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente, essa vista representa a peça na sua</p><p>posição de utilização.</p><p>OUTRAS VISTAS</p><p>Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: a) usar o</p><p>menor número de vistas; b) evitar repetição de detalhes; c) evitar linhas tracejadas desnecessárias.</p><p>DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE VISTAS</p><p>Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes e/ou</p><p>seções ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas.</p><p>DETALHES AMPLIADOS</p><p>Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua,</p><p>conforme a NBR 8403, e designado com letra maiúscula, conforme a NBR 8402. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada</p><p>e identificada.</p><p>VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM DESENHO ISOMÉTRICO? QUAL A DIFERENÇA EM</p><p>RELAÇÃO À PERSPECTIVA ISOMÉTRICA?</p><p>Podemos dizer que o desenho isométrico é uma versão simplificada da perspectiva isométrica. Ambos são recursos para a representação de</p><p>formas geométricas tridimensionais. A diferença é que, ao elaborarmos a peça utilizando os três eixos isométricos (que formam entre si três</p><p>ângulos de 120°), não utilizamos para o desenho isométrico nenhum coeficiente de redução das medidas obtidas nas vistas; já no caso da</p><p>perspectiva isométrica, utilizamos um coeficiente de redução de 0,82. Os motivos dessa redução de medidas serão esclarecidos em outro</p><p>tema.</p><p>Para melhor entendimento dos desenhos isométricos das peças e de suas vistas ortográficas (projeção no 1º diedro) apresentados a seguir,</p><p>será feita uma divisão em três grupos, os quais terão elementos adicionados gradativamente, aumentando a complexidade dessas peças e</p><p>os detalhes nas vistas.</p><p>PEÇAS COM FACES ISOMÉTRICAS E CONTORNOS RETOS</p><p>Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica; as perspectivas das arestas de um cubo e as linhas a elas paralelas,</p><p>por exemplo, são linhas isométricas; assim, as perspectivas das faces do cubo e outras que forem a elas paralelas, são chamadas faces</p><p>isométricas; portanto, as faces isométricas são paralelas a um dos planos do triedro; as faces formam entre si ângulos de 90°.</p><p>PEÇAS COM FACES NÃO ISOMÉTRICAS E CONTORNOS RETOS:</p><p>As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas; as arestas de um objeto não paralelas aos eixos do triedro têm</p><p>como perspectiva linhas não isométricas; as medidas dessas arestas não podem ser transferidas diretamente para a perspectiva; as faces</p><p>podem formar entre si ângulos diferentes de 90° (agudos ou obtusos).</p><p>PEÇAS COM CONTORNOS, FUROS E RASGOS ARREDONDADOS</p><p>Nessas peças são utilizados os traçados de perspectivas isoméricas de círculos. O círculo em uma perspectiva isomérica se parece com uma</p><p>elipse. E mesmo sendo uma face da peça, terá caraterística elíptica.</p><p>Veremos que, em alguns casos, o ideal seria obter maior detalhamento dos contornos não visíveis que, a princípio, aparecem tracejados.</p><p>Nesses casos, a utilização dos cortes e seções nos permitirá visualizar detalhes internos nas vistas. Isso será objeto de estudo no próximo</p><p>módulo.</p><p>Para facilitar o entendimento das vistas</p><p>ortográficas apresentadas, vamos “ligar três lanternas coloridas”, uma em cada ponto em que o</p><p>observador estiver posicionado:</p><p>Uma lanterna amarela na vista frontal (VF);</p><p>Uma vermelha na vista lateral esquerda (VLE);</p><p>Uma azul na vista superior (VS).</p><p>Quando a face for isométrica, apenas uma lanterna irá iluminá-la. Quando a face não for isométrica, dependendo da posição, pode ser</p><p>iluminada por uma ou duas lanternas, simultaneamente.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Não apresentaremos peças com faces que sejam iluminadas pelas três lanternas.</p><p>Para esses casos, teremos uma mistura de cores: verde (amarelo + azul), roxo (vermelho + azul) e laranja (amarelo + vermelho).</p><p>ESCOLHA DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS</p><p>PEÇAS COM FACES ISOMÉTRICAS E CONTORNOS RETOS</p><p>PEÇA 1</p><p>A peça é formada por dois blocos em formato de paralelepípedo sobrepostos: por baixo um bloco de 60 mm de largura, 20 mm de altura e 40</p><p>mm de profundidade, que teve uma quina (lado esquerdo, parte posterior) cortada; por cima um bloco de 30 mm de largura, 20 mm de altura</p><p>e 20 mm de profundidade, que teve uma quina (posterior, superior) cortada.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces isométricas).</p><p>PEÇA 2</p><p>Inicialmente, um bloco de 60 mm de largura, 40 mm de altura e 40 mm de profundidade, foi transformado em um “L” (vista lateral esquerda) e,</p><p>em seguida, teve as duas quinas da parte vertical do “L” cortadas e um rasgo passante feito na parte horizontal (bem na frente da peça).</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces isométricas).</p><p>PEÇA 3</p><p>O mesmo bloco inicial da peça 2 (60 mm de largura, 40 mm de altura e 40 mm de profundidade) foi “esculpido” de forma diferente. Veja a</p><p>quantidade de arestas deixadas nas vistas frontal e, principalmente, lateral da peça.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces isométricas).</p><p>PEÇAS COM FACES NÃO ISOMÉTRICAS E CONTORNOS RETOS</p><p>PEÇA 4</p><p>O rasgo lateral direito é reto e passante. O rasgo inclinado na parte mais alta está centralizado.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces não isométricas).</p><p>PEÇA 5</p><p>O rasgo posterior não é passante, avança 30 mm a partir da lateral esquerda da peça. A elevação de 14 mm vai até o limite lateral direito da</p><p>peça. Feitos dois chanfros (cortes oblíquos, em bisel): um na frente da peça e outro no meio.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces não isométricas).</p><p>PEÇA 6</p><p>Inicialmente, um bloco de 40 mm de largura, 40 mm de altura e 40 mm de profundidade foi transformado em um “L” invertido (vista frontal) e,</p><p>em seguida, foi feito um rasgo longitudinal passante na parte vertical do “L” e um chanfro (corte oblíquo, em bisel) com rasgo no meio na</p><p>parte horizontal do “L”.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (faces não isométricas).</p><p>PEÇAS COM CONTORNOS, FUROS E RASGOS ARREDONDADOS</p><p>PEÇA 7</p><p>A peça foi “esculpida” a partir de um bloco em formato de cubo, de aresta 80 mm. O rasgo na parte lateral e o furo frontal (borda circular de</p><p>270°) não atravessam a peça (não passantes), avançando metade da medida do bloco. Chanfro (corte oblíquo, em bisel) na parte superior.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (furos e rasgos).</p><p>PEÇA 8</p><p>A peça foi “esculpida” a partir de um bloco em formato de cubo, de aresta 80 mm. O rasgo posterior não é passante, avançando metade da</p><p>medida do bloco. O furo lateral (borda circular de 270°) atravessa a peça. Dois chanfros (cortes oblíquos, em bisel) na parte superior formam</p><p>o que lembra um telhado.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (furos e rasgos).</p><p>PEÇA 9</p><p>A peça foi “esculpida” a partir de um bloco em formato de “L” invertido (vista frontal): parte vertical de 40 mm de espessura e a parte</p><p>horizontal com 30 mm de espessura. Em cada uma dessas partes foi feito um chanfro (corte oblíquo, em bisel). No topo da parte vertical do</p><p>“L” foi feito um rasgo semicircular não passante.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura: Peça mecânica simples (furos e rasgos).</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. ANALISE AS SENTENÇAS A SEGUIR REFERENTES À NORMA NBR 10067:1995:</p><p>I. A VISTA MAIS IMPORTANTE DE UMA PEÇA DEVE SER UTILIZADA COMO VISTA FRONTAL OU PRINCIPAL.</p><p>GERALMENTE, ESTA VISTA REPRESENTA A PEÇA NA SUA POSIÇÃO DE UTILIZAÇÃO.</p><p>II. QUANDO OUTRAS VISTAS FOREM NECESSÁRIAS, INCLUSIVE CORTES E/OU SEÇÕES, ELAS DEVEM SER</p><p>SELECIONADAS CONFORME OS SEGUINTES CRITÉRIOS: A) USAR O MAIOR NÚMERO DE VISTAS; B)</p><p>REPETIR DETALHES NAS VISTAS; C) ACRESCENTAR O MÁXIMO DE LINHAS TRACEJADAS.</p><p>III. QUANDO A ESCALA UTILIZADA NÃO PERMITE DEMONSTRAR DETALHE OU COTAGEM DE UMA PARTE</p><p>DA PEÇA, ESTE É CIRCUNDADO COM LINHA ESTREITA CONTÍNUA, CONFORME A NBR 8403, E DESIGNADO</p><p>COM LETRA MAIÚSCULA, CONFORME A NBR 8402. O DETALHE CORRESPONDENTE É DESENHADO EM</p><p>ESCALA AMPLIADA E IDENTIFICADA.</p><p>ESTÁ(ÃO) CORRETA(S), APENAS:</p><p>A) I e III</p><p>B) I, II e III</p><p>C) Somente II</p><p>D) II e III</p><p>E) Somente III</p><p>2. EM RELAÇÃO ÀS ARESTAS E FACES DAS PEÇAS ESTUDADAS PODEMOS AFIRMAR QUE:</p><p>A) As perspectivas das arestas de um cubo e as linhas a elas paralelas não são consideradas linhas isométricas, mesmo que as faces desse</p><p>cubo sejam paralelas aos planos de projeção.</p><p>B) As faces isométricas não são paralelas a um dos planos do triedro.</p><p>C) Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.</p><p>D) As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas isométricas.</p><p>E) Qualquer reta concorrente a um eixo isomérico é simétrica e isomérica.</p><p>GABARITO</p><p>1. Analise as sentenças a seguir referentes à norma NBR 10067:1995:</p><p>I. A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente, esta vista representa a peça</p><p>na sua posição de utilização.</p><p>II. Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes</p><p>critérios: a) usar o maior número de vistas; b) repetir detalhes nas vistas; c) acrescentar o máximo de linhas tracejadas.</p><p>III. Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha</p><p>estreita contínua, conforme a NBR 8403, e designado com letra maiúscula, conforme a NBR 8402. O detalhe correspondente é</p><p>desenhado em escala ampliada e identificada.</p><p>Está(ão) correta(s), apenas:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: a) usar o</p><p>menor número de vistas; b) evitar repetição de detalhes; c) evitar linhas tracejadas desnecessárias.</p><p>2. Em relação às arestas e faces das peças estudadas podemos afirmar que:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>As perspectivas das arestas de um cubo e as linhas a elas paralelas são consideradas linhas isométricas (letra A), as faces isométricas são</p><p>paralelas a um dos planos do triedro (letra B) e as linhas paralelas aos eixos isométricos são linhas isométricas (letra D).</p><p>MÓDULO 3</p><p> Classificar o recurso de cortes e seções</p><p>O desenho das vistas ortográficas de objetos com muitos detalhes internos apresenta arestas invisíveis (linhas tracejadas) que podem ser</p><p>uma dificuldade na interpretação das características desse objeto. Para contorná-las, utilizamos como recurso a representação das vistas em</p><p>corte.</p><p> DICA</p><p>Dependendo das características do objeto, inclusive de suas condições de simetria, podemos adotar diferentes tipos de cortes.</p><p>Esse recurso é tratado em duas normas: a NBR 10067:1995 (PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO) trata</p><p>da representação de cortes e seções nas vistas e a NBR 12298:1995 (REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE</p><p>HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO) fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico. É o que</p><p>veremos neste módulo.</p><p>CORTE</p><p>O corte (ou vista em corte) é um recurso de desenho técnico que facilita a representação de objetos com detalhes presentes em seu interior.</p><p>Esses detalhes podem ser furos, ressaltos, rebaixos, entre outros.</p><p>Na vista em corte, o objeto é cortado por um plano secante imaginário e a</p><p>parte posterior ao plano é vista pelo observador, que se mantém na</p><p>posição que ficaria na vista ortográfica convencional e olha o objeto cortado. A porção sólida do objeto, cortada pelo plano secante, é indicada</p><p>na vista em corte pela presença de hachuras, internas às arestas cortadas pelo plano.</p><p>TIPOS DE CORTE</p><p>Os tipos de corte mais comuns utilizados no desenho técnico tradicional são apresentados na tabela a seguir:</p><p>Tipo de corte Resumo das características</p><p>Corte pleno ou total Corte do objeto ao longo de toda a sua extensão.</p><p>Meio corte Corte usado em peças com simetria, pois somente metade do objeto é representada em corte.</p><p>Corte em desvio Corte aplicado quando o posicionamento de detalhes impõe desvios no plano secante.</p><p>Corte parcial Corte aplicado somente em parte da vista do objeto.</p><p>Tipo de corte Resumo das características</p><p>Seção Corte em que são representados somente as regiões efetivamente cortadas pelo plano secante.</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>CONCEITOS E TIPOS DE CORTE</p><p>CORTE PLENO OU CORTE TOTAL</p><p>O corte pleno ou total é aquele em que o plano secante corta toda a extensão do objeto. Na figura a seguir, um objeto é representado em</p><p>perspectiva com dois planos secantes:</p><p>LONGITUDINAL</p><p>Plano paralelo ao maior comprimento do objeto.</p><p></p><p>TRANSVERSAL</p><p>Plano paralelo ao menor comprimento do objeto.</p><p>Agora, a região anterior aos planos será desprezada, dando origem a duas vistas em corte do objeto em questão. Na vista em corte, as</p><p>regiões cortadas pelo plano secante imaginário são hachuradas. As hachuras estão presentes em toda face em contato com o plano secante.</p><p>Fonte: Estephanio, 1996 (Adaptada)</p><p> Figura: Representação espacial de objeto cortado por planos secantes longitudinal e transversal.</p><p>Considerando-se a vista frontal aquela que apresenta o maior comprimento, a vista lateral principal é a vista lateral esquerda. O plano</p><p>secante longitudinal será o plano associado ao corte pleno longitudinal, e esse corte substituirá a vista frontal na representação planificada</p><p>das vistas ortográficas principais.</p><p>Da mesma forma, o plano secante transversal será o plano associado ao corte pleno transversal, e esse corte substituirá a vista lateral</p><p>esquerda na representação planificada das vistas ortográficas principais.</p><p>Fonte: Estephanio, 1996 (Adaptada)</p><p> Figura: Perspectivas dos cortes longitudinal e transversal.</p><p> ATENÇÃO</p><p>As representações em perspectiva não são usuais e estão sendo apresentadas somente para facilitar o entendimento do objeto.</p><p>Fonte: Estephanio, 1996 (Adaptada)</p><p> Figura: Vistas ortográficas principais, com cortes plenos substituindo a VF e VLE (1º diedro).</p><p>Vamos analisar algumas das características presentes nas vistas ortográficas e cortes representados na figura anterior. Essas análises são</p><p>importantes, pois referem-se às condições obrigatórias e necessárias na representação de cortes:</p><p>A posição dos planos secantes é indicada na vista superior com linha mista: traço e ponto fina (estreita) com extremos em linha</p><p>contínua larga. As setas junto das linhas contínuas grossas indicam a visualização do observador do corte (que deve ser a mesma</p><p>posição adotada para a vista ortográfica que está sendo substituída). Junto das setas, as letras maiúsculas colocadas servem para dar</p><p>nome aos cortes (CORTE A-A e CORTE B-B, para o exemplo analisado);</p><p>Abaixo de cada corte deve ser colocada a nomenclatura do corte (CORTE A-A e CORTE B-B, para o exemplo analisado). É importante</p><p>lembrar da necessidade de colocação do nome dos cortes durante o desenho, pois é preciso deixar o espaçamento adequado entre as</p><p>vistas para escrever o nome de cada uma;</p><p>A linha traço e ponto fina (estreita) desenhada na vista lateral esquerda indica que a peça possui simetria em relação a esse eixo. No</p><p>nosso exemplo, a linha de simetria na vista superior coincide com a posição do plano de corte;</p><p>Nas vistas em corte, não são representadas arestas invisíveis. Note que, se as linhas tracejadas fossem representadas, haveria duas</p><p>linhas tracejadas no CORTE A-A. Tal condição é adotada para evitar a sobreposição entre hachuras e linhas tracejadas, o que poderia</p><p>prejudicar a leitura do desenho;</p><p>Caso existam, as linhas traço e ponto indicativas de linhas de eixo e de centro devem ser posicionadas adequadamente no corte.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>MEIO CORTE</p><p>O meio corte é um tipo de corte aplicado quando existe condição de simetria no objeto analisado. Com isso, somente metade do objeto é</p><p>representado em corte; a outra metade é mantida em vista.</p><p>Na figura a seguir, um objeto é representado em perspectiva com dois planos secantes concorrentes entre si. Um dos quadrantes formados</p><p>pelos planos contém ¼ do objeto analisado, em função da dupla simetria geométrica.</p><p>Agora, a região anterior aos planos será desprezada (retira-se o ¼ de objeto anterior aos planos), dando origem a vistas em meio corte do</p><p>objeto em questão. Na vista em meio corte, as regiões cortadas pelo plano secante imaginário são hachuradas. As hachuras estão presentes</p><p>em toda face em contato com o plano secante.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Representação espacial de objeto cortado por planos secantes concorrentes</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Vista superior e meio corte substituindo a VF (1º diedro).</p><p>Analisando as vistas ortográficas anteriores, vemos o meio corte substituindo a vista frontal. Vejamos as condições obrigatórias e necessárias</p><p>na representação do meio corte e outras considerações importantes:</p><p>A posição dos planos secantes é indicada na vista superior com linha mista: traço e ponto fino (estreita) com extremos em linha</p><p>contínua larga. A seta indicativa do plano de corte é representada somente em uma das linhas contínuas grossas do plano secante,</p><p>indicando apenas a visualização do observador da vista frontal. Junto da seta, a letra maiúscula colocada serve para dar nome ao corte</p><p>(CORTE A-A, para o exemplo analisado);</p><p>Abaixo do corte deve ser colocado o seu nome (CORTE A-A, para o exemplo analisado). É importante lembrar da necessidade de</p><p>colocação do nome dos cortes durante o desenho, pois é preciso deixar o espaçamento adequado entre as vistas;</p><p>Na parte em vista do objeto, não são representadas linhas tracejadas referentes às arestas e contornos não visíveis, visto que a</p><p>condição de simetria e a representação da metade em corte já será suficiente para a compreensão do objeto analisado;</p><p>Caso existam, as linhas traço e ponto indicativas de linhas de eixo e de centro devem ser posicionadas adequadamente no corte;</p><p>A linha de simetria deve estar representada na vista superior e na vista frontal;</p><p>A linha que divide a metade em vista e a metade em corte deve ser linha traço e ponto, pois não configura uma aresta do objeto e sim o</p><p>lugar geométrico do eixo de simetria;</p><p>A condição de dupla simetria ocorrerá nos objetos representados em meio corte, o que significa que podemos omitir a vista lateral, já</p><p>que ela é exatamente igual à vista frontal do objeto analisado. Esse procedimento pode ser adotado sempre na representação das</p><p>vistas ortográficas de objetos com dupla simetria.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>CORTES EM DESVIO</p><p>O corte em desvio é aplicado em objetos quando os detalhes presentes nele não podem ser cortados por um único plano secante em um</p><p>corte pleno. Dependendo da posição dos detalhes no objeto, os cortes com desvio podem ser desenhados utilizando-se planos paralelos,</p><p>planos concorrentes ou planos sucessivos, como veremos a seguir.</p><p>CORTE EM DESVIO POR PLANOS PARALELOS</p><p>Na figura adiante, um objeto é representado em perspectiva com planos secantes paralelos com desvio.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Os desvios são necessários para que o plano de corte passe nos furos e na reentrância presentes no objeto.</p><p>A região anterior aos planos é desprezada, dando origem ao corte em desvio do objeto em questão, que</p><p>substituirá a vista frontal. Na vista</p><p>em corte, as regiões cortadas pelo plano secante imaginário são hachuradas, como já foi visto nos cortes anteriores. As hachuras estão</p><p>presentes em todas as faces em contato com os planos secantes.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Representação espacial de objeto cortado por planos secantes paralelos, com desvio.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Vista superior e corte com desvio por planos paralelos substituindo a VF (1º diedro).</p><p>Analisando as vistas apresentadas, vejamos as condições obrigatórias e necessárias na representação do corte em desvio com planos</p><p>paralelos e outras considerações importantes:</p><p>Da mesma forma que no corte pleno, linhas tracejadas não devem ser colocadas na vista em corte;</p><p>Caso existam, as linhas traço e ponto indicativas de linhas de eixo e de centro devem ser posicionadas adequadamente no corte;</p><p>A posição dos planos secantes é indicada na vista superior com linha mista: traço e ponto fino (estreita) com extremos em linha</p><p>contínua larga. As setas junto das linhas contínuas grossas indicam a visualização do observador do corte (que deve ser a mesma</p><p>posição adotada para a vista ortográfica que está sendo substituída). Junto das setas, as letras maiúsculas colocadas servem para dar</p><p>nome ao corte (CORTE A-A, para o exemplo analisado);</p><p>Abaixo do corte deve ser colocado o seu nome (CORTE A-A, para o exemplo analisado). É importante lembrar da necessidade de</p><p>colocação do nome dos cortes durante o desenho, pois é preciso deixar o espaçamento adequado entre as vistas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>CORTE EM DESVIO POR PLANOS CONCORRENTES</p><p>Na figura a seguir, um objeto é representado em perspectiva com planos de corte secantes concorrentes. Da mesma forma, os desvios</p><p>empregados são necessários para que o plano de corte passe nos furos presentes no objeto.</p><p>A região anterior aos planos é desprezada, dando origem ao corte em desvio do objeto em questão.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Nesse tipo de corte, é preciso fazer o rebatimento das medidas para uma única direção.</p><p>Valem as mesmas premissas anteriores quanto à hachura nas regiões cortadas pelo plano secante, ou seja, hachurar as regiões em contato</p><p>com o plano secante.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Representação espacial de objeto cortado por planos secantes paralelos, com desvio.</p><p>A seguir, você pode perceber que o corte que substituiu a vista frontal é obtido pelo rebatimento das arestas em vista e em corte, fazendo</p><p>com que os planos de corte fiquem coplanares.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Vista superior com corte com desvio por planos concorrentes substituindo a VF (1º diedro).</p><p>Analisando as vistas apresentadas, vejamos as condições obrigatórias e necessárias na representação do corte em desvio com planos</p><p>concorrentes e outras considerações importantes:</p><p>Da mesma forma que os demais cortes, as linhas tracejadas não devem ser colocadas na vista em corte;</p><p>Caso existam, as linhas traço e ponto indicativas de linhas de eixo e de centro devem ser posicionadas adequadamente no corte. Note</p><p>que no CORTE A-A as linhas de eixo dos furos e da geometria completa do objeto foram posicionadas adequadamente;</p><p>A posição dos planos secantes concorrentes é indicada na vista superior com linha mista: traço e ponto fina (estreita) com extremos em</p><p>linha contínua larga. As setas junto das linhas contínuas grossas indicam a visualização do observador do corte. Junto das setas, as</p><p>letras maiúsculas colocadas servem para dar nome ao corte (CORTE A-A, para o exemplo analisado);</p><p>Abaixo do corte deve ser colocado o seu nome (CORTE A-A, para o exemplo analisado). É importante lembrar da necessidade de</p><p>colocação do nome dos cortes durante o desenho, pois é preciso deixar o espaçamento adequado entre as vistas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>CORTE EM DESVIO POR PLANOS CONCORRENTES</p><p>SUCESSIVOS</p><p>Se for necessário, uma sequência de planos sucessivos concorrentes pode ser utilizada para representação de uma vista em corte. A imagem</p><p>a seguir apresenta uma figura em que três planos sucessivos foram utilizados para a vista em corte (que substitui a vista frontal.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Representação espacial de objeto cortado por planos concorrentes sucessivos, com desvio.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Vista superior com corte com desvio por planos concorrentes substituindo a VF (1º diedro).</p><p>CORTE PARCIAL</p><p>O corte parcial é recomendado quando existe a necessidade de visualizar internamente somente uma parte de determinado objeto, e quando</p><p>sua geometria não justifica a aplicação de cortes como os vistos anteriormente.</p><p> DICA</p><p>Para delimitar a parte “cortada” do objeto com relação ao restante da vista, usa-se uma linha de ruptura (linha fina irregular).</p><p>Vejamos alguns exemplos de cortes parciais:</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Exemplos de partes de objetos em vista e em corte parcial.</p><p>SEÇÃO</p><p>O corte em seção, ou simplesmente seção, é a representação gráfica da efetiva interseção do plano secante com o objeto, e não apresenta a</p><p>parte visível ao observador posicionada posteriormente ao plano secante. Existem três formas de representar seções:</p><p>A seção é desenhada sobre a vista, utilizando linha contínua fina.</p><p>A seção é desenhada fora da vista, deslocada, ligada à vista cortada por uma linha traço e ponto fina (estreita).</p><p>A seção é desenhada fora da vista, deslocada para uma posição qualquer. Nesse caso, deverá apresentar nomenclatura que a identifique</p><p>com relação ao plano secante posicionado na vista.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A figura a seguir apresenta 4 (quatro) seções, para exemplificar as formas de representação de seções descritas acima.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Note que a seção transversal representada dentro da peça reflete as características geométricas transversais do objeto naquele trecho. A</p><p>seção representada abaixo do objeto, ligada a ele por uma linha traço e ponto fina (estreita), mostra as características geométricas na região</p><p>onde a linha traço e ponto é posicionada.</p><p>Por fim, as seções A-A e B-B são desenhadas fora da vista, deslocadas. Essas seções precisam de nomenclatura, pois não estão</p><p>posicionadas com linhas que indicam a região efetiva onde passa o plano secante.</p><p>A vista apresentada é a vista frontal de um objeto, submetida a um conjunto de seções transversais. Todas as seções são representadas,</p><p>portanto, considerando que o observador está “olhando” a vista lateral do objeto.</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Representação espacial de um objeto com planos secantes transversais.</p><p>Fonte: Estephanio, 1996 (Adaptada)</p><p> Figura: Vista frontal e seções em um objeto (1º diedro).</p><p>HACHURAS</p><p>Ao longo de todas as explicações e exemplos, vimos que os cortes e seções devem ter hachuras representadas nas regiões efetivamente</p><p>cortadas pelo plano secante imaginário, o chamado plano de corte. As hachuras são linhas ou formas que têm dois objetivos principais:</p><p>indicar a face cortada pelo plano de corte e indicar o material presente na área cortada.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A norma brasileira que indica os tipos de hachuras normatizadas é a NBR 12298 (REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE</p><p>HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO – PROCEDIMENTO).</p><p>Em todos os nossos exemplos, utilizamos uma hachura genérica, que pode ser utilizada em qualquer tipo de material, representada por</p><p>linhas finas equidistantes e inclinadas em 45º em relação às linhas principais de contorno dos cortes ou de seus eixos de simetria.</p><p> ATENÇÃO</p><p>No caso de objetos inclinados, é preciso cuidado em manter o máximo possível essa condição da norma para não prejudicar a visualização</p><p>do desenho.</p><p>Quando houver diversas hachuras em um mesmo desenho, elas devem ser feitas sempre em uma mesma direção. Em caso de objetos</p><p>compostos, formados por um conjunto de objetos, é recomendado alterar a direção da hachura,</p><p>indicando os limites entre as arestas dos</p><p>objetos que formam o conjunto. A figura a seguir apresenta um exemplo em que essa situação ocorre:</p><p>Fonte: NBR 12298 (1995, Fig. 9, p. 2)</p><p> Figura: Representação de hachura em objeto composto.</p><p>A NBR 12298 indica 5 (cinco) padrões de hachuras específicas, dependendo do material representado em corte. Além desses tipos, existem</p><p>outros, de comum uso na área técnica.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Caso seja da vontade do desenhista, é permitido utilizar outras hachuras, desde que devidamente indicadas em uma legenda, na prancha de</p><p>desenho.</p><p>No caso de peças de pequena espessura, em que a visualização da hachura seria prejudicada, é permitido preencher toda a figura em preto,</p><p>“pintando” todo o interior da peça cortada. As hachuras mais comuns estão representadas a seguir:</p><p>Fonte: Material da disciplina CCE1857</p><p> Figura: Hachuras específicas, de acordo com os materiais.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. O MEIO CORTE É UM TIPO DE CORTE APLICADO QUANDO:</p><p>A) Não indicamos a posição do plano secante.</p><p>B) As hachuras não estão presentes na face em contato com o plano secante.</p><p>C) Utilizamos apenas um plano secante que atravessa o objeto.</p><p>D) Existe condição de simetria no objeto analisado.</p><p>E) Existe condição de paralelismo no objeto analisado.</p><p>2. EM RELAÇÃO AOS TIPOS DE CORTE MAIS COMUNS UTILIZADOS NO DESENHO TÉCNICO PODEMOS</p><p>AFIRMAR QUE:</p><p>A) Corte pleno ou total é aplicado quando o posicionamento de detalhes impõe desvios no plano secante.</p><p>B) Corte em desvio é o corte do objeto ao longo de toda a sua extensão.</p><p>C) Corte parcial é o corte aplicado somente em parte da vista do objeto.</p><p>D) Seção é o corte usado em peças com simetria, pois somente metade do objeto é representada em corte.</p><p>E) Corte pleno ou total é aplicado na indicação de demarcação de telhado.</p><p>GABARITO</p><p>1. O meio corte é um tipo de corte aplicado quando:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Sempre indicamos a posição do plano secante (letra A); as hachuras estão presentes na face em contato com o plano secante (letra B); e no</p><p>meio corte utilizamos dois planos secantes concorrentes entre si (letra C).</p><p>2. Em relação aos tipos de corte mais comuns utilizados no desenho técnico podemos afirmar que:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O corte pleno é o corte do objeto ao longo de toda a sua extensão (letra A); corte em desvio é o corte aplicado quando o posicionamento de</p><p>detalhes impõe desvios no plano secante (letra B); e seção é o corte em que são representados somente as regiões efetivamente cortadas</p><p>pelo plano secante (letra D).</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Vimos que as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), apesar de serem de uso voluntário, são amplamente</p><p>utilizadas por representarem o consenso sobre o estado da arte obtido entre especialistas. Com a utilização dessas normas, a elaboração e a</p><p>apresentação dos desenhos técnicos nos projetos de Engenharia proporcionam uma forma padronizada e eficiente de comunicação entre as</p><p>equipes envolvidas.</p><p>Além disso, como complemento da representação plana de objetos tridimensionais, apresentamos o recurso de cortes e seções, que</p><p>possibilita o desenho das vistas ortográficas de objetos com muitos detalhes internos. Pode-se adotar diferentes tipos de corte, dependendo</p><p>das características do objeto, inclusive de suas condições de simetria.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8402: Execução de caracter para escrita em desenho técnico. Rio de</p><p>Janeiro: ABNT, 1994.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8403: Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras</p><p>das linhas. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio</p><p>de Janeiro: ABNT, 1995.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12298: Representação de área de corte por meio de hachuras em</p><p>desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 16752: Desenho técnico – Requisitos para apresentação em folhas</p><p>de desenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.</p><p>ESTEPHANIO, C. A. A. Desenho técnico – Uma linguagem básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Carlos Estephanio, 1996.</p><p>PERES, M. P.; IZIDORO, N. Curso de desenho técnico e AutoCAD. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Biblioteca Virtual.</p><p>ZATTAR; I. C. Introdução ao desenho técnico. Curitiba: Intersaberes, 2016. Biblioteca Virtual.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:</p><p>O capítulo 5 do livro Curso de desenho técnico e AutoCAD, dos autores Antônio Clélio Ribeiro, Mauro Pedro Peres e Nacir Izidoro. Tente</p><p>refazer os exercícios resolvidos desse capítulo para fixação do conteúdo estudado.</p><p>As páginas 145 a 157 do livro Introdução ao Desenho Técnico, de Izabel Cristina Zattar. Exercícios são apresentados no final do</p><p>capítulo.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Luiz di Marcello Senra Santiago</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p>