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<p>DIREITO</p><p>ADMINISTRATIVO I</p><p>@RESUMOSAC</p><p>resumosacarteirinha@gmail.com | (31) 98333-2217</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CAP. VII CF</p><p>NATUREZA</p><p>Direito público com objetivo de regular os</p><p>interesses sociais e as desigualdades nas</p><p>relações jurídicas, prevalecendo o interesse</p><p>público sobre o privado. O Estado age com</p><p>superioridade perante o particular.</p><p>É encarregada de defender, conservar e</p><p>aprimorar os bens, serviços e interesses</p><p>públicos.</p><p>O sistema de freios e contrapesos garante o</p><p>controle dos poderes em sua escassez e seus</p><p>excessos.</p><p>Sistema francês: função jurisdicional,</p><p>conselho de estado (órgão de cúpula), trata</p><p>apenas questões de administração pública.</p><p>Sistema inglês: nenhuma ameaça ou lesão</p><p>deixará de ser apreciada judicialmente.</p><p>(XXXV – inafastabilidade).</p><p>CONCEITO</p><p>A administração é uma atividade neutra,</p><p>hierarquizada com responsabilidade técnica e</p><p>legal de execução, podendo designar pessoas</p><p>e órgãos ou a atividade administrativa. Ou</p><p>seja, é um instrumento do Estado para</p><p>execução das políticas do Governo. Atua na</p><p>gestão de bens e interesses visando o bem</p><p>comum.</p><p>Normalmente a organização é dada por lei e</p><p>de modo excepcional, onde não houver</p><p>relação com a criação de cargos ou despesas</p><p>públicas, é dada por decretos ou normas</p><p>inferiores.</p><p>A supremacia do interesse público e a</p><p>indisponibilidade dele, são a base do direito</p><p>administrativo, são metaprincípios.</p><p>Abrange não só ógãos de poder público como</p><p>também as empresas e instituições</p><p>particulares. Ou seja, a administração</p><p>centralizada, a descentralizada e os entes de</p><p>cooperação.</p><p>ATOS</p><p>Ato de império: a administração profere ordem</p><p>ou decisão coativa ao administrado.</p><p>Ato de gestão: pode tanto ordenar a conduta</p><p>interna ou criar direitos e obrigações para a</p><p>administração.</p><p>Ato de expediente: envolve o processo, seu</p><p>preparo e movimentação e atividades sem</p><p>decisão de mérito.</p><p>AUTONOMIA</p><p>As ordens e intruções dadas ao administrador</p><p>público estão dentro das leis, regulamentos e</p><p>atos. E sua licitude esta condicionada ao</p><p>interesse coletivo. Assim, não pode se omitir</p><p>ou renunciar perante o que for imposto por lei.</p><p>Objeto próprio e princípios específicos.Tem</p><p>por objeto as relações internas à</p><p>administração pública, relação entre</p><p>administração e administrados, atividades da</p><p>administração pública em sentido material.</p><p>Contempla as atividades de todos os poderes,</p><p>visto que, todos eles exercem de forma atípica</p><p>atividades administrativas. Ex: o</p><p>impeachment, é julgado pelo poder legislativo</p><p>(atividade atípica do poder). Processo</p><p>administrativo disciplinar, o executivo exerce</p><p>atividade judiciária.</p><p>FONTES</p><p>O administrador público só pode fazer o que a</p><p>lei determina (legalidade). A lei é fonte</p><p>principal e primária do direito. Mesmo não</p><p>sendo codificado, suas normas se encontram</p><p>na CF, em leis complementares, medidas</p><p>provisórias, regulamentos e decretos. São</p><p>fontes: a lei (fonte primária) a jurisprudência e</p><p>a doutrina (fonte secundária) e os costumes</p><p>(fonte indireta).</p><p>REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO</p><p>A ação da Administração Pública Brasileira,</p><p>órgãos, entidades e agentes, regida pelo</p><p>direito público.</p><p>INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>O regime confere poderes (supremacia do</p><p>interesse público) e impõe restrições</p><p>(indisponibilidade do interesse público),</p><p>através de normas e princípios.</p><p>→ Princípio da supremacia do interesse</p><p>público: a sobreposição do coletivo sobre o</p><p>individual, a administração pública dispõe de</p><p>poderes especiais que não são conferidos aos</p><p>particulares. Ex: desapropriação, polícia.</p><p>→ Princípio da indisponibilidade do interesse</p><p>público: por não deterem os interesses, os</p><p>agentes públicos não podem dispor desses.</p><p>São obrigados a atuar de acordo com a lei e</p><p>não com a sua vontade individual. Ex:</p><p>licitações, concursos públicos.</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - LIMPE</p><p>Legalidade, impessoalidade, moralidade,</p><p>publicidade e eficiência.</p><p>Art. 37. A administração pública direta e</p><p>indireta de qualquer dos Poderes da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios obedecerá aos princípios</p><p>de legalidade, impessoalidade,</p><p>moralidade, publicidade e eficiência e,</p><p>também, ao seguinte:</p><p>CONSTITUCIONALIDADE</p><p>A Constituição Federal é o cerne de todo o</p><p>odenamento jurídico. É um sistema normativo</p><p>formado por princípios (valores éticos, sociais</p><p>e políticos) e normas jurídicas.</p><p>A lei e o ato administrativo devem respeitar os</p><p>limites do princípio, ter o mesmo conteúdo,</p><p>seguir a mesma direção e realçar o espírito.</p><p>A violação de um princípio é mais grave que a</p><p>transgreção de uma norma, sendo a forma</p><p>mais grave de ilegalidade e</p><p>inconstitucionalidade.</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS</p><p>Legalidade → a ação da administração só é</p><p>dada se a lei determinar ou autorizar. A ação</p><p>administrativa fica alheia a vontade do agente,</p><p>explicitando a vontade do povo.</p><p>Impessoalidade → o ato só deve ser praticado</p><p>para seu fim legal, não pode prejudicar ou</p><p>beneficiar determinada pessoa. É o princípio</p><p>determinante da finalidade de toda atuação</p><p>administrativa, sob pena de nulidade por</p><p>desvio de finalidade, já que o administrador</p><p>deve visar o interesse público. Veda ainda o</p><p>benefício ou promoção pessoal do agente</p><p>público por meio das atividades</p><p>administrativas.</p><p>Moralidade → o ato além de obedecer a lei</p><p>deve ser ligado a ética, proibidade e boa-fé.</p><p>Além de legal, a atuação do agente deve ser</p><p>moral, sob pena de anulação, pois nem todo</p><p>ao legal é moral.</p><p>Legalidade + finalidade = moralidade.</p><p>Publicidade → exige-se a públicação em</p><p>órgão oficial, para que o ato produza efeitos.</p><p>Além da transparência na atuação</p><p>administrativa, possibilitando controle da</p><p>administração pública pelo povo, é requisito</p><p>de eficácia e moralidade. Não é absoluto pois</p><p>os casos de segurança nacional,</p><p>investigações policiais ou de interesse</p><p>superior da administração, admitem sigilo.</p><p>Abrange toda a atuação estatal, mas só</p><p>produz efeitos se publicada pelo órgão oficial</p><p>da Administração.</p><p>Eficiência → objetiva a boa prestação dos</p><p>serviços, de modo simplificado, rapido e</p><p>econômico, garantindo a duração razoável do</p><p>processo. O planejamento do agente contribui</p><p>para atingir a finalidade e o interesse público.</p><p>Não se pode afastar as etapas legais sob</p><p>argumentos de maior eficiência do ato.</p><p>PRINCÍPIOS LEGAIS</p><p>Finalidade → buscar alcancar o fim público</p><p>colimado pela lei. Proibe o remanejo de</p><p>prerrogativas funcionais para desvio de</p><p>objetivos. Vedando que o ato administrativo</p><p>seja praticado sem interesse público ou</p><p>administrativo.</p><p>Motivação → é uma exigência do direito</p><p>público e da legalidade. Obriga a motivação</p><p>de todos os atos ao povo, sob pena de</p><p>invalidação, ilegitimidade e controle jurídico.</p><p>Deve indicar as causas e os elementos que</p><p>determinaram tal ato e seu fundamento legal.</p><p>Razoabilidade e proporcionalidade → confere</p><p>adequação entre os meios e o fim do ato, a</p><p>pertinência da edição em relação a previsão</p><p>em lei e dos fatos concretos. Implicitamente</p><p>consagrados na constituição dentro do devido</p><p>PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>Art. 2° IV, lei n° 9.748/99 - atuação</p><p>segundo padrões éticos de probidade,</p><p>decoro e boa-fé;</p><p>Art. 37, CF. A administração pública direta</p><p>e indireta de qualquer dos Poderes da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios obedecerá aos princípios</p><p>de legalidade, impessoalidade,</p><p>moralidade, publicidade e eficiência e,</p><p>também, ao seguinte: Art. 2o, Lei n° 9.784/99 A Administração</p><p>Pública obedecerá, dentre outros, aos</p><p>princípios da legalidade, finalidade,</p><p>motivação, razoabilidade,</p><p>proporcionalidade, moralidade, ampla</p><p>defesa, contraditório, segurança jurídica,</p><p>interesse público e eficiência.</p><p>processo legal e da razoável duração do</p><p>processo. Vedando excessos e conferindo</p><p>equilíbrio, coerência e senso.</p><p>Ampla defesa e contraditório</p><p>→ a previsão</p><p>constitucional estende essas garantias a</p><p>todos os processos administrativos. Dispõe o</p><p>litigante de todos os meio e recursos de</p><p>defesa, além do direito de resistir a dada</p><p>pretensão. Manifestação anterior à decisão</p><p>administrativa, produção de meios e recursos</p><p>de defesa. Decorre do duplo grau de</p><p>jurisdição. Exigências da ampla defesa:</p><p>defesa prévia, direito à informação, garantia</p><p>da produção de provas, direito de recurso,</p><p>defesa técnica (é facultativa).</p><p>Segurança jurídica → fornece maior</p><p>estabilidade para as relações jurídicas, veda</p><p>na administração pública, retroatividade de</p><p>nova lei no direito adquirido, ato jurídico</p><p>perfeito e coisa julgada. Vedando ainda a</p><p>retroatividade dos atos (objetivo) e exigindo</p><p>previsibilidade deles (subjetivo).</p><p>Interesse público → a supremacia do</p><p>interesse público é o princípio geral. O fim do</p><p>estado é o bem comum, prevalecendo o</p><p>coletivo em possíveis confrontos de interesse,</p><p>indisponível para a administração pública.</p><p>Supremacia: é implícito na ordem jurídica,</p><p>porém confere a administração pública</p><p>poderes alheios aos dos particulares.</p><p>Indisponibilidade: os agentes não detém o</p><p>interesse por eles defendidos, são obrigados</p><p>a atuar legalmente, vedada a renuncia.</p><p>PRIMÁRIO X SECUNDÁRIO</p><p>Destinado verdadeiramente pela</p><p>administração pública, o interesse primário</p><p>alcanca a coletividade e possui supremacia.</p><p>O interesse secundário visa o patrimônio</p><p>estatal, onde o Estado defende o seu próprio</p><p>interesse.</p><p>PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS</p><p>Hierarquia → relação de coordenação e</p><p>subordinação entre os órgãos da</p><p>administração pública direta, típico das</p><p>funções administrativas.</p><p>Continuidade dos serviços públicos → a</p><p>execução não pode ser interrompida, não para</p><p>Autotutela → a administração pode rever seus</p><p>atos sem o Poder Judiciário. Deve anular seus</p><p>próprios atos quando ilegais, revogá-los por</p><p>conveniência ou oportunidade. Se equipara</p><p>ao princípio da sindicalidade, onde as</p><p>ilegalidades devem ser investigadas através</p><p>dos meios legais.</p><p>Economicidade → a atuação administrativa</p><p>deve buscar o melhor resultado, melhor</p><p>efetuação da despesa pública, remete ao</p><p>princípio da eficiência.</p><p>Art. 70. A fiscalização contábil, financeira,</p><p>orçamentária, operacional e patrimonial da</p><p>União e das entidades da administração</p><p>direta e indireta, quanto à legalidade,</p><p>legitimidade, economicidade, aplicação</p><p>das subvenções e renúncia de receitas,</p><p>será exercida pelo Congresso Nacional,</p><p>mediante controle externo, e pelo sistema</p><p>de controle interno de cada Poder.</p><p>NATUREZA</p><p>O Estado Democrático assegura a autonomia</p><p>política e administrativa dos Estados-</p><p>Membros, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios.</p><p>A descentralização territorial político-</p><p>administrativa divide o governo em três níveis:</p><p>o federal, o estadual e o municipal.</p><p>Enquanto a descentralização institucional, de</p><p>caráter administrativo, permite a estruturação</p><p>do modo que for conveniente, para que o</p><p>serviço público seja realizado com excelência.</p><p>CONCEITO</p><p>Administração em sentido amplo → são os</p><p>órgãos do governo (que exercem função</p><p>política) e órgãos e pessoas jurídicas de</p><p>função administrativa.</p><p>Função política são as políticas públicas.</p><p>Função administrativa é a execução e</p><p>viabilização dessas políticas.</p><p>Administração em sentido estrito → somente</p><p>os órgãos e pessoas jurídicas de função</p><p>puramente administrativa, de execução de</p><p>programas de governo. Em regra, o estudo da</p><p>administração pública é feito em sentido</p><p>estrito.</p><p>Formal, subjetivo ou orgânico → quem exerce:</p><p>órgãos, entidades e agentes definidos pelo</p><p>ordenamento integrantes da administração</p><p>pública.</p><p>Material, objetivo ou funcional → o que</p><p>exerce: atividades próprias da função</p><p>administrativa, independente de quem exerça.</p><p>Administração direta → órgãos da União, dos</p><p>Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,</p><p>são os serviços da estrutura administrativa da</p><p>Presidência da República e de seus</p><p>ministérios. É imediata pela União, através de</p><p>seus órgãos.</p><p>Administração indireta → são as entidades</p><p>dotadas de personalidade jurídica própria</p><p>vinculadas à um ministério, mas detentoras de</p><p>autonomia administrativa e financeira. Seus</p><p>serviços são relacionados aos das pessoas</p><p>jurídicas diversas da União, realizados</p><p>mediatamente por seus entes vinculados.</p><p>São: as autarquias (INSS, BACEN), as</p><p>fundações públicas (IBGE, FUNAN), asc</p><p>empresas públicas (CEF, CORREIOS), as</p><p>sociedades de economia mista (BB,</p><p>PETROBRÁS).</p><p>CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>Sair do centro → são criadas novas pessoas</p><p>jurídicas – administração indireta – com</p><p>funções atribuídas pela administração direta,</p><p>por lei.</p><p>A centralização retoma as atividades antes</p><p>feitas pela administração indireta.</p><p>CONCENTRAÇÃO X DESCONCENTRAÇÃO</p><p>Dentro da própria estrutura. Aglutinar ou</p><p>distribuir competências.</p><p>Desconcentração → a divisão de</p><p>competências dentro da UNITINS entre as</p><p>unidades: reitoria, pró-reitoria, e outros.</p><p>Concentração → realização de todas as</p><p>atividades unicamente dentro da estrutura.</p><p>Ex: o funcionamento da UNITINS somente</p><p>dentro da reitoria; Exclusão de 18 dos 20</p><p>ministérios e nova atribuição somente dentro</p><p>dos 2 restantes.</p><p>ENTIDADES</p><p>A entidade é pessoa jurídica podendo ser</p><p>pública ou privada. É vinculada aos</p><p>Ministérios correspondentes, de modo que</p><p>essa vinculação apenas assegure a</p><p>autonomia administrativa, financeira e</p><p>operacional, por meio da sueprvisão</p><p>ministerial.</p><p>Entidades estatais: direito público, com</p><p>poderes políticos e administrativos, com</p><p>autonomia financeira, integrantes da estrutura</p><p>constitucional. Ex: estados-membros,</p><p>municípios.</p><p>ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>Entidades autárquicas: direito público, criadas</p><p>por lei específica com natureza administrativa.</p><p>Seu fim é somente a realização das atividades</p><p>descentralizadas da sua entidade estatal</p><p>matriz, mas inexiste relação hierárquica entre</p><p>elas.</p><p>Entidades fundacionais: direito público –</p><p>criada por lei - ou privado – lei autoriza sua</p><p>criação.</p><p>Entidades empresariais: direito privado,</p><p>podendo ser sociedade de economia mista ou</p><p>empresa pública, para prestação de serviço</p><p>de exploração ou prática de atividade</p><p>econômica de relevante interesse coletivo,</p><p>atividades atípicas.</p><p>Empresa pública → pode ser constituida de qualquer</p><p>modalidade de sociedade comercial, seu capital é</p><p>exclusivo da União - a princípio. Ex: Caixa, Correios.</p><p>Sociedade de economia mista → sociedade anônima</p><p>que admite participação minoritária em seu capital por</p><p>outras pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou</p><p>privado, além do controle majoritário por outro ente da</p><p>Administração indireta. Ex: Petrobrás, Banco do Brasil.</p><p>Entidades paraestatais: direito privado,</p><p>autorizadas por lei para prestar serviços ou</p><p>exercer atividades de interesse público.</p><p>Possuem autonomia administrativa e</p><p>financeira, além de patrimônio próprio.</p><p>Operam sob iniciativa particular ficando</p><p>sujeitos a supervizão do órgão da entidade</p><p>estatal. Ex: serviços sociais autônomos como</p><p>o SENAI e organizações sociais.</p><p>ÓRGÃOS</p><p>Não possui personalidade jurídica ou vontade</p><p>própria. Desempenha as funções estatais,</p><p>expressando a vontade da pessoa jurídica a</p><p>qual pertence, sendo a ela vinculada. O órgão</p><p>possui funções, cargos e agentes. Mantendo</p><p>relações funcionais entre si e para terceiros e</p><p>produz efeitos jurídicos internos e externos.</p><p>Embora sua atuação seja imputada a pessoa</p><p>jurídica representada, nenhum órgão a</p><p>representa de forma jurídica, visto que, a</p><p>representação legal é feita pelo agente. Os</p><p>órgãos de uma entidade é a própria entidade,</p><p>mas repartida em competências visando um</p><p>melhor desempenho.</p><p>INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO</p><p>ECONÔMICO</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos</p><p>nesta Constituição, a exploração direta de</p><p>atividade econômica pelo Estado só será</p><p>permitida</p><p>quando necessária aos</p><p>imperativos da segurança nacional ou a</p><p>relevante interesse coletivo, conforme</p><p>definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto</p><p>jurídico da empresa pública, da sociedade</p><p>de economia mista e de suas subsidiárias</p><p>que explorem atividade econômica de</p><p>produção ou comercialização de bens ou</p><p>de prestação de serviços, dispondo</p><p>sobre:</p><p>I - sua função social e formas de</p><p>fiscalização pelo Estado e pela</p><p>sociedade;</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio</p><p>das empresas privadas, inclusive quanto</p><p>aos direitos e obrigações civis, comerciais,</p><p>trabalhistas e tributários;</p><p>III - licitação e contratação de obras,</p><p>serviços, compras e alienações,</p><p>observados os princípios da administração</p><p>pública;</p><p>IV - a constituição e o funcionamento</p><p>dos conselhos de administração e fiscal,</p><p>com a participação de acionistas</p><p>minoritários;</p><p>V - os mandatos, a avaliação de</p><p>desempenho e a responsabilidade dos</p><p>administradores.</p><p>§ 2º As empresas públicas e as</p><p>sociedades de economia mista não</p><p>poderão gozar de privilégios fiscais não</p><p>extensivos às do setor privado.</p><p>§ 3º A lei regulamentará as relações da</p><p>empresa pública com o Estado e a</p><p>sociedade.</p><p>§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder</p><p>econômico que vise à dominação dos</p><p>mercados, à eliminação da concorrência e</p><p>ao aumento arbitrário dos lucros.</p><p>§ 5º A lei, sem prejuízo da</p><p>responsabilidade individual dos dirigentes</p><p>da pessoa jurídica, estabelecerá a</p><p>responsabilidade desta, sujeitando-a às</p><p>punições compatíveis com sua natureza,</p><p>nos atos praticados contra a ordem</p><p>econômica e financeira e contra a</p><p>economia popular.</p><p>Direta → o estado é explorador da atividade</p><p>econômica e disputa diretamente com o</p><p>particular. “Imperativo de segurança nacional</p><p>ou relevante interesse coletivo”.</p><p>Indiretamente → através das agências</p><p>reguladoras, administra as condutas da</p><p>iniciativa privada. Regulador, planejador e</p><p>controlador.</p><p>Art. 174. Como agente normativo e</p><p>regulador da atividade econômica, o</p><p>Estado exercerá, na forma da lei, as</p><p>funções de fiscalização, incentivo e</p><p>planejamento, sendo este determinante</p><p>para o setor público e indicativo para o</p><p>setor privado.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e</p><p>bases do planejamento do</p><p>desenvolvimento nacional equilibrado, o</p><p>qual incorporará e compatibilizará os</p><p>planos nacionais e regionais de</p><p>desenvolvimento.</p><p>§ 2º A lei apoiará e estimulará o</p><p>cooperativismo e outras formas de</p><p>associativismo.</p><p>§ 3º O Estado favorecerá a organização</p><p>da atividade garimpeira em cooperativas,</p><p>levando em conta a proteção do meio</p><p>ambiente e a promoção econômico-social</p><p>dos garimpeiros.</p><p>§ 4º As cooperativas a que se refere o</p><p>parágrafo anterior terão prioridade na</p><p>autorização ou concessão para pesquisa e</p><p>lavra dos recursos e jazidas de minerais</p><p>garimpáveis, nas áreas onde estejam</p><p>atuando, e naquelas fixadas de acordo</p><p>com o art. 21, XXV, na forma da lei.</p><p>PODERES DO ADMINISTRADOR</p><p>São prerrogativas instrumentais para o</p><p>alcance do interesse público, é a legitimação</p><p>dos agentes.</p><p>Os poderes administrativos são difundidos por</p><p>toda a Administração, apresentando meios de</p><p>atuação ao administrador.</p><p>O ato administrativo tem sua validade</p><p>condicionada a competência, finalidade e</p><p>forma.</p><p>PODER HIERÁRQUICO</p><p>Exclusivo do Poder Executivo, é o de</p><p>distribuição de funções, ordenamento de</p><p>atuação, entre outros. É o instrumento que</p><p>organiza e aperfeiçoa o serviço público.</p><p>Além de responsabilizar ao impor obediência,</p><p>sendo o descumprimento passível de falta</p><p>disciplinar, crime funcional ou improbidade</p><p>administrativa. Mesmo que imponha, o</p><p>servidor pode dispor do cumprimento de</p><p>qualquer atividade contrária a lei.</p><p>São faculdades implícitas, decorridas do</p><p>poder hierárquico:</p><p>Dar ordem: determinar ao subordinado de</p><p>modo específico os atos ou condutas a serem</p><p>praticados.</p><p>Fiscalizar: vigiar os atos dos subordinados,</p><p>mantendo os dentro dos padrões legais.</p><p>Delegar: conferir a outra pessoa uma</p><p>atribuição competente ao delegante. Exclui</p><p>delegação entre poderes distintos, dos atos de</p><p>natureza política e as conferidas pela lei a</p><p>determinado agene.</p><p>Avocar: pegar para si atribuições que seriam</p><p>atribuídas ao subordinado.</p><p>Rever: quando o ato ainda não for definitivo ou</p><p>não tiver criado direito ao particular, pode o</p><p>subalterno aprecia-lo em todos os aspectos.</p><p>Subordinação: decorre de uma hierarquia,</p><p>permitindo que o superior controle o inferior.</p><p>PODER DISCIPLINAR</p><p>Admite a punição, das infrações funcionais de</p><p>todas as pessoas sujeitas aos órgãos e</p><p>serviços da Administração, de modo interno.</p><p>Visando o aperfeiçoamento do serviço</p><p>público, só abrange infrações a ele</p><p>relacionadas.</p><p>Tem correlação com o poder hierarquico, por</p><p>controlar o desempenho das funções e</p><p>condutas distribuídas por ele.</p><p>É admitida a aplicação de uma penalidade</p><p>administrativa e de uma punição penal em</p><p>conjunto. Pois todo delito funcional que</p><p>acarretar condenação criminal acompanha</p><p>uma punição disciplinar.</p><p>É um poder discricionário, porque não é</p><p>vinculado a uma definição legal prévia da</p><p>infração e de sua sanção. Cabendo ao</p><p>administrador, aplicar o que achar cabível,</p><p>uma vez que a condescendência é</p><p>considerada crime contra a Administração</p><p>Pública.</p><p>destituição de função comissionada</p><p>destituição de cargo em comissão</p><p>cassação de aposentadoria ou</p><p>disponibilidade</p><p>demissão</p><p>suspensão</p><p>advertência</p><p>Art. 127 Lei n° 8.112/90. São penalidades</p><p>disciplinares:</p><p>I - advertência;</p><p>II - suspensão;</p><p>III - demissão;</p><p>IV - cassação de aposentadoria ou</p><p>disponibilidade;</p><p>V - destituição de cargo em</p><p>comissão;</p><p>VI - destituição de função</p><p>comissionada.</p><p>PODERES ADMINISTRATIVOS</p><p>Apesar de não exigir a complexidade de um</p><p>processo jurídico, o processo disciplinar</p><p>dispõe de um contraditório moderado. Exige a</p><p>motivação que comprove a razão entre a pena</p><p>e a falta, além da realidade e da legitimidade.</p><p>PODER REGULAMENTAR</p><p>É exclusivo, inerente e privativo dos Chefes do</p><p>Executivo, indelegável. Permitindo que esse</p><p>explique a correta execução da lei e a</p><p>expedição de decretos sobre matéria ainda</p><p>não disciplinada por lei, ocorrentes na prática</p><p>administrativa. Possibilita ainda a</p><p>regulamentação da lei e a supressão de</p><p>omissões legislativas em sua alçada. Tudo</p><p>isso desde que não invada as reservas de lei.</p><p>O regulamento é um ato administrativo, geral</p><p>e normativo, podendo ser de execução</p><p>(explicando a lei) ou autônomo e</p><p>independente (situações não disciplinadas).</p><p>Pode ser feito sobre qualquer lei, desde que o</p><p>Poder julgue necessário. Não podendo</p><p>contrariar, restringir ou ampliar o que estiver</p><p>em suas disposições.</p><p>As leis que acompanharem recomendação de</p><p>regulamentação não são exequíveis até a</p><p>expedição de decreto regulamentar. O</p><p>regulamento é condição suspensiva da</p><p>execução deixando os efeitos da norma</p><p>pendentes até a expedição do ato.</p><p>PODER DISCRICIONÁRIO</p><p>O direito concede à administração, explicita ou</p><p>implicitamente, a liberdade na pratica de atos</p><p>administrativos de acordo com a</p><p>conveniência, oportunidade e seu conteúdo.</p><p>A discricionariedade é atribuida por lei.</p><p>Quando houver necessidade de interpretação</p><p>em conceitos indeterminados, só podera ser</p><p>reconhecida a discricionariedade se</p><p>determinada por lei.</p><p>Quando o ato discricionário for autorizado, ele</p><p>detém legalidade e validade. Se o ato não</p><p>detiver autorização, é ilegal e inválido. Não se</p><p>exerce acima ou além, mas sujeito a lei.</p><p>Enquanto o ato vinculado restringe a</p><p>administração a todos os elementos da lei, o</p><p>ato discricionário é livre porque a lei lhe</p><p>concede liberdade. O administrador executa a</p><p>lei vinculado ao que ela discrimina e</p><p>discricionário ao que ela admite opção.</p><p>O ato discricionário existe porque em alguns</p><p>casos, somente o administrador está em</p><p>contato com a realidade, assim, o legislador</p><p>disponibiliza alguns cometimentos a critério</p><p>dele.</p><p>O ato é bifrontal porque: é sujeito</p><p>externamente ao ordenamento jurídio e</p><p>internamente as exigências da moralidade e</p><p>do bem comum.</p><p>PODER VINCULADO</p><p>O agente é ligado inteiramente ao que a lei</p><p>apresentar. No ato vinculado, predomina a</p><p>especificidade da lei sobre a liberdade da</p><p>Administração. São elementos vinculados:</p><p>competência, finalidade e forma.</p><p>Se o administrador for omisso em relação a</p><p>qualquer exposição da lei, seu ato é nulo.</p><p>PODER DE POLÍCIA</p><p>É o poder que a Administração Pública exerce</p><p>sobre atividades e bens relacionados a</p><p>Art. 30, LINDB. As autoridades públicas</p><p>devem atuar para aumentar a segurança</p><p>jurídica na aplicação das normas, inclusive</p><p>por meio de regulamentos, súmulas</p><p>administrativas e respostas a</p><p>consultas.</p><p>Art. 49, CF. É da competência exclusiva do</p><p>Congresso Nacional:</p><p>V - sustar os atos normativos do Poder</p><p>Executivo que exorbitem do poder</p><p>regulamentar ou dos limites de delegação</p><p>legislativa;</p><p>"a legalidade do ato administrativo, cujo</p><p>controle cabe ao Poder Judiciário,</p><p>compreende não só a competência para a</p><p>prática do ato e de suas formalidades</p><p>extrínsecas, como também os seus</p><p>requisitos substanciais, os seus motivos,</p><p>os seus pressupostos de direito e de fato,</p><p>desde que tais elementos sejam definidos</p><p>em lei, como vinuladores do ato</p><p>administrativo" (STF, RDA 42/227).</p><p>coletividade, para condicionar e limitar o uso e</p><p>gozo. É motivado pelo interesse social e se</p><p>fundamenta porque o Estado dispõe de</p><p>supremacia geral, visando proteger os</p><p>interesses coletivos dos abusos individuais.</p><p>A entidade que dispor do poder de</p><p>regulamentação tem competência para</p><p>policiar.</p><p>Sendo a atividade de interesse das três</p><p>entidades estatais, cada uma provem no seu</p><p>limite territorial. Ex: saúde pública, trânsito,</p><p>etc. Qualquer que seja a entidade, fica vedada</p><p>a renúncia do poder de polícia.</p><p>O poder pode ser repressivo ou preventivo e</p><p>serve para conter possíveis abusos do direito</p><p>individual, incidindo sobre bens, direitos e</p><p>atividades individuais que afetem a</p><p>coletividade ou coloquem em risco a</p><p>segurança nacional. Se divide em:</p><p>Polícia administrativa geral → que versa de</p><p>modo genérico sobre segurança, salubridade</p><p>e moralidade.</p><p>Polícia administrativa especial → atua em</p><p>setores específicos que incide sobre o bem de</p><p>interesse coletivo, como por exemplo, água,</p><p>medicamentos, construção, etc.</p><p>Poder de polícia originário → nasce com a</p><p>entidade que o exerce, tendo exercício pleno.</p><p>Poder de polícia delegado → é feito através</p><p>da transferência legal, limitado aos termos da</p><p>delegação, somente para atos de execução.</p><p>Cada direito individual restringido equivale a</p><p>um poder de polícia administrativa, para</p><p>assegurar a utilização normal deste. Pode</p><p>condicionar o exercício, delimitar a execução</p><p>e condicionar o uso, desde que a conduta seja</p><p>prejudicial. São exemplos: polícia sanitária,</p><p>polícia de trânsito, polícia ambiental.</p><p>É um poder discricionário, sendo livre o</p><p>exercicío de acordo com a oportunidade e</p><p>conveniência e os limites legais, buscando</p><p>correspondência e proporcionalidade. Seus</p><p>excessos ou desvios são sujeitos a</p><p>julgamento do Poder Judiciário.</p><p>A decisão e execução é direta da</p><p>administração em seus meios, não intervindo</p><p>o poder judiciário. Isso caracteriza a</p><p>autoexecutoriedade. Entretanto, só pode</p><p>aplicar sanção sem defesa e sumariamente</p><p>quando o caso urgente possa colocar em risco</p><p>a segurança e a saúde pública.</p><p>Permite também a imposição de medidas</p><p>coativas, ao passo que todo ato de polícia é</p><p>obrigatório, o que caracteriza a coercibilidade.</p><p>→ A atuação pode se dar por ordens e</p><p>proibições, normas de limite e sanção –</p><p>limitações administrativas.</p><p>A propriedade e as atividades a serem</p><p>policiadas são condicionadas a um alvará, que</p><p>serve como licença (se definitivo) ou</p><p>autorização (quando precário). É o</p><p>consentimento legal que a Administração da à</p><p>pretensão.</p><p>→ A sanção serve para coagir e intimidar, é</p><p>iniciada com a multa e pode surtir em</p><p>penalidades mais graves. É exigida a</p><p>legalidade e proporcionalidade entre a sanção</p><p>e a infração. O fato punivel pela polícia</p><p>administrativa não constitui crime e pode gerar</p><p>juridicamente mais de um ilícito e mais de uma</p><p>sanção. É prescrito quando o procedimento</p><p>estiver paralisado por mais de 3 anos.</p><p>Sua validade é condicionada aos mesmos</p><p>elementos do ato administrativo comum, junto</p><p>com a proporcionalidade da sanção e a</p><p>legalidade dos meios empregados.</p><p>Art. 78, CTN. Considera-se poder de</p><p>polícia atividade da administração pública</p><p>que, limitando ou disciplinando direito,</p><p>interêsse ou liberdade, regula a prática de</p><p>ato ou abstenção de fato, em razão de</p><p>intêresse público concernente à</p><p>segurança, à higiene, à ordem, aos</p><p>costumes, à disciplina da produção e do</p><p>mercado, ao exercício de atividades</p><p>econômicas dependentes de concessão</p><p>ou autorização do Poder Público, à</p><p>tranqüilidade pública ou ao respeito à</p><p>propriedade e aos direitos individuais ou</p><p>coletivos.</p>

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