Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>Fase de acabamento da obra</p><p>Introdução</p><p>Olá, bem-vindo ao 4° módulo onde serão ministradas as últimas etapas da obra!</p><p>Serão abordados aqui os serviços de instalações, revestimento, cobertura, pintura, esquadrias, vidros e limpeza. Temos ciência de que nem toda obra possui esses serviços listados, por isso focaremos neste módulo, as obras civis.</p><p>Objetivos da aula</p><p>· Apresentar os principais critérios de recebimento dos materiais no canteiro de obras.</p><p>· Recordar os conceitos fundamentais sobre os serviços de instalações, revestimento, cobertura, pintura, esquadrias e vidros.</p><p>· Discutir a importância do controle das inspeções dos materiais recebidos</p><p>· Apresentar dicas práticas nas etapas finais da obra.</p><p>· Calcular por estimativa o quantitativo de materiais usados na obra.</p><p>Resumo</p><p>a) Instalações prediais</p><p>As instalações prediais são compostas por instalações hidro sanitárias, instalações elétricas e demais cabos de rede.</p><p>Os principais cuidados na execução dos serviços de instalação de água e esgoto são:</p><p>· Posicionar corretamente, na concretagem dos elementos estruturais de uma edificação, as aberturas para a passagem de tubulação, consultando sempre os projetos.</p><p>· Verificar o local exato do rasgo na parede e o posicionamento correto da tubulação, conexões e equipamentos baseados em projeto.</p><p>· Verificar o caimento dos trechos horizontais da tubulação e as instalações das caixas de inspeção, seja de concreto ou PVC, nas mudanças de direção e trechos longos.</p><p>· Testar as instalações antes da aplicação dos revestimentos das paredes, tapar todas as saídas com conexões (tampão) e encher a caixa d'água e a tubulação.</p><p>Uma instalação elétrica é composta por eletrodutos, (rígidos ou flexíveis), condutores, chaves (fusíveis e disjuntores), caixas de passagem, luminárias, tomadas e demais acessórios. Segue alguns cuidados a serem tomados na sua execução:</p><p>· Antes da concretagem na laje, deve-se instalar os eletrodutos embutidos na laje antes da concretagem e os eletrodutos verticais após o levantamento da alvenaria, verificando sempre os diâmetros especificados em projeto;</p><p>· Usar as caixas para pontos de entrada e saída dos fios e cabos em locais de emendas ou derivações, quadros de energia (circuito) e instalação de tomadas e pontos de luz;</p><p>· Diferenciar os diversos circuitos do projeto com cores diferentes para fases, neutro, retorno e aterramento;</p><p>· No uso de tubos flexíveis, ficar atento para que não ocorra o seu amassamento durante a concretagem dos elementos estruturais.</p><p>b) Cobertura</p><p>A cobertura tem como principal função a proteção da construção contra as intempéries, assim como, dependendo do tipo de telha escolhida (cerâmica, metálica, PVC, fibrocimento), fazer um controle térmico e acústico no interior das instalações, contribuir com a estética da construção e agregar valor ao empreendimento. É formado por um conjunto de elementos como pode ser observado na figura 1.</p><p>Figura 1: (a) Partes de uma cobertura (b) Partes de uma tesoura para uma cobertura</p><p>Fonte: Adaptado de SALGADO (2014) p. 115.</p><p>Os seguintes cuidados devem ser tomados, na execução e manutenção do telhado, verificar o alinhamento das telhas, usar tábuas sobre as telhas para servir de passarela, verificar a qualidade das telhas cerâmicas, ter cuidado ao apertar demais os parafusos de fixação para não gerar rompimento da telha de fibrocimento, amarrar as telhas de um telhado muito inclinado ou sujeito a grandes rajadas de vento, dentre outros especificados na aula gravada.</p><p>Para verificar a qualidade da telha que chega ao canteiro de obras, o profissional técnico responsável deve inspecionar de forma visual, durante a descarga, se existem defeitos como trincas, deformações, falta de homogeneidade no material (que pode ser verificada pela coloração não homogênea) e identificação adequada. Além disso, deve fazer a análise visual seguindo os padrões listados em seu PPT (vídeo 3);</p><p>c) Revestimento e demais trabalhos de acabamento</p><p>A fase de acabamento da obra é de vital importância para a sua estética e valorização financeira. É nesta hora que o empreendimento a ser construído começa a receber os preparativos para ser finalizado. Quanto aos revestimentos, os mais comuns são os de argamassa, de pedras, os cerâmicos e similares.</p><p>As argamassas de revestimento são compostas por diferentes camadas:</p><p>· Chapisco- camada de preparo da base para melhorar a aderência. Traço 1:3 (cimento e areia) e espessura de 3 a 5mm;</p><p>· Emboço – camada para cobrir e regularizar a base. Traço variável em função do tipo de insumos escolhidos (argamassa convencional ou industrial). Espessura interna de 1,5 a 2cm e espessura externa (fachada) de 3 a 4cm.</p><p>· Reboco – Camada para cobrir o emboço e deixar a superfície da alvenaria mais lisa e propícia para receber revestimento decorativo (tinta) Espessura de 5mm.</p><p>· Camada única – revestimento de um único tipo de argamassa aplicada na base, substituindo o emboço e reboco. No Brasil é denominado de “emboço paulista”.</p><p>Os revestimentos cerâmicos são fabricados por processos de extrusão ou de prensagem da matéria prima, sendo fabricados em diversos tamanhos e tipos. A escolha do tipo de revestimento a ser aplicado deve ser em função de suas características/propriedades (informadas pelo fabricante), sendo algumas: absorção de água, resistência à abrasão, facilidade de limpeza e resistência aos agentes químicos.</p><p>O assentamento dos revestimentos pode ser feito com o uso de uma argamassa convencional a base de cimento produzida na obra, ou uma argamassa industrializada do tipo AC-I (indicada para ambientes internos), AC-II (indicada ambientes externos com pouca umidade) e AC-III (indicada para fachadas, piscinas e saunas).</p><p>Após o assentamento dos revestimentos, ainda é necessário aplicar outro tipo de argamassa, só que agora nas juntas de assentamento, de dessolidarização, de movimentação e, quando necessário, na junta estrutural. Este material é o rejunte, responsável por acomodar movimentações oriundas de variações térmicas e higroscópicas; dar estanqueidade e auxiliar no acabamento estético.</p><p>Além dos revestimentos, são realizadas nesta fase diversas etapas, tais como:</p><p>· Colocação dos marcos.</p><p>· Colocação das esquadrias.</p><p>· Colocação dos vidros.</p><p>· Pintura.</p><p>· Peças metálicas e aparelhos sanitários.</p><p>· Arremates.</p><p>· Limpeza.</p><p>Inspeção dos materiais</p><p>Além da inspeção visual verificando imperfeições visuais, quantitativo, lote, integridade do material e da embalagem, além de outros aspectos, é importante que se faça uma verificação mais detalhada por meio de amostragem. Segue abaixo alguns exemplos:</p><p>- Para os revestimentos cerâmicos – Separar 5 caixas e executar um painel de 1 a 2m² dependendo das dimensões da cerâmica: executar: análise visual e geométrica;</p><p>- Para telhas – Para cada lote de até 500 exemplares, uma amostragem de 13 peças deve ser realizada verificando suas características geométricas conforme consta em seu PPT;</p><p>- Para esquadrias – Amostragem com análise dimensional conforme seu PPT em função do tipo de material usado (madeira ou metal);</p><p>- Para tintas – Além dos cuidados na preparação e execução, deve-se separar 10% da carga e verificar prazo de validade, integridade da lata, tipo local e uso.</p><p>Como aplicar na prática o que aprendeu</p><p>Como engenheiro, gosto de trabalhar com equipes multidisciplinares relacionadas a projeto, execução e gerenciamento de obras, empregando métodos, técnicas e processos estabelecidos, a fim de garantir a qualidade e a produtividade dos processos da construção civil.</p><p>Você, como engenheiro/arquiteto, deve compreender e empregar as formas contemporâneas de linguagem, adotando sempre uma comunicação clara e aberta com os demais colaboradores preparando-os para a realização de um trabalho bem executado. Você pode começar treinando seus pares em algo simples, porém importantíssimo, que é a inspeção dos insumos que chegam no canteiro de obras. Para isso, você deve criar uma metodologia com um "check list” para a verificação da qualidade desses materiais. Por que não adotar um infográfico, por exemplo?</p><p>Conteúdo</p><p>bônus</p><p>Determinação de quantitativo</p><p>Que tal um "gostinho" do conteúdo que será estudado na disciplina de “Orçamentação de Obras”?</p><p>Imagine: Você será responsável pela execução de um edifício multifamiliar contemplando 1 subsolo, 1 térreo e 8 pavimentos tipo. Cada laje possui 250m² de área.</p><p>Demais dados:</p><p>· Quantitativo da estrutura –estimativa pela metragem quadrada das lajes;</p><p>· Quantitativo de alvenaria – usar tijolos de 20x20x10cm – 2 kg/unidade;</p><p>· Consumo de bloco: estimativo para dimensionamento de estoque: 1,5 m² parede/m² piso. m²;</p><p>· Juntas – argamassa de assentamento: 1cm (horizontal e vertical);</p><p>· Argamassa a ser utilizada – a seu critério;</p><p>· Espessura da argamassa do contrapiso=4cm;</p><p>· Espessura da argamassa de revestimento=2,5cm (em cada face);</p><p>· Fator de segurança: 1,5;</p><p>· Sacos de cimento: 1 saco= 50 kg / (0,4 x 0,7) = dimensões do saco = 178,5 kg/m2;</p><p>· Pelo cronograma: 3 pavimentos por mês (exemplo);</p><p>· Argamassa de assentamento: considerar uma perda de material de x%;</p><p>· Pelo cronograma: 2 pavimentos por mês;</p><p>· Argamassa de assentamento: considerar uma perda de material de x%.</p><p>Você consegue estimar os volumes de concreto, argamassa, quantidade de blocos (entre outros materiais) que são necessários no estoque da obra com apenas essas informações?</p><p>Se a resposta for SIM, maravilha, já é um grande passo. Sendo NÃO, fique tranquilo, você vai estudar ao longo do seu curso. Neste exemplo específico, entre no meu canal do YouTube e assista o vídeo “Exercício de estimativa de quantitativo para canteiro de obras" ou acesse o arquivo complementar em pdf com esta resolução.</p><p>Referência Bibliográfica</p><p>AMBROZEWICZ, P. H. L. Construção de edifícios – do início ao fim da obra. 1. ed. São Paulo: Ed. PINI, 2015.</p><p>CUNHA, A. M.; ABITANTE, A. L.; LUCIO, C. S.; ESPARTEL, L.; STEIN, R. T.; SIMIONATO, V.   Construção Civil. Porto Alegre: SAGAH, 2017.</p><p>GONÇALVES, G. P. Edificações. Itaperuna/RJ: Instituto Begni Ltda, 2018.</p><p>SALGADO, J. C. P. Técnicas e práticas construtivas: da implantação ao acabamento. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

Mais conteúdos dessa disciplina