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<p>Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE IESTUDOS DISCIPLINARES I 6552-20_SEI_PD_1021_R_20242 CONTEÚDO</p><p>Usuário NALDEREIZ R N MATOS</p><p>Curso ESTUDOS DISCIPLINARES I</p><p>Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE I</p><p>Iniciado 06/09/24 13:36</p><p>Enviado 06/09/24 15:18</p><p>Status Completada</p><p>Resultado da tentativa 5 em 5 pontos</p><p>Tempo decorrido 1 hora, 42 minutos</p><p>Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente</p><p>Pergunta 1</p><p>Em 2022, havia, no país, 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais</p><p>151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Ou</p><p>seja, a taxa de alfabetização foi 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi 7,0% deste</p><p>contingente populacional.</p><p>No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%. Em</p><p>1940, menos da metade da população de 15 anos ou mais (44,0%) era alfabetizada.</p><p>Os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas de</p><p>analfabetismo (1,5%) e o de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%).</p><p>Porém o grupo de idosos teve a maior queda em duas décadas, passando de 38,0% em</p><p>2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 p.p. (queda de - 46,7%).</p><p>As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais que o dobro da taxa</p><p>dos brancos (4,3%). Para cor ou raça indígena (16,1%), é quase quatro vezes maior.</p><p>Leia o texto I, trecho do romance A palavra que resta, de Stênio Gardel, e o texto II, que apresenta dados do censo</p><p>do IBGE.</p><p>Texto I</p><p>Ficou de noite. Raimundo passou o dia soltando palavras, perdeu a hora da aula. Foi bom, para não esquecer as</p><p>letras, como disse a professora, tão nova, tão inteligente, Ana, o nome dela, mais fácil que esse não tinha, será?</p><p>Mas encheu mesmo as folhas do caderno foi com seu nome, sua assinatura. Daqui a pouco, assinatura também. E</p><p>iria trocar de identidade. Era homem que sabia assinar o nome. Dava gosto ter isso no documento. Dava gosto ter</p><p>isso nele, agora que conseguia colocar as palavras para fora, porque dentro elas alvoroçavam a cabeça,</p><p>engasgavam a goela. Não podia mais �car assim. Tinha que lhes dar um corpo próprio, só delas. A professora Ana</p><p>disse que ele conseguiria. Foi se arrumar para a aula. Eram três noites por semana na escola do bairro. Raimundo</p><p>e mais onze.</p><p>GARDEL, Stênio. A palavra que resta. São Paulo: Companhia das Letras, 2021, p.17.</p><p>Texto II</p><p>Censo 2022: Taxa de analfabetismo cai de 9,6% para 7,0% em 12 anos, mas desigualdades persistem</p><p>Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/40098-ce</p><p>nso-2022-taxa-de-analfabetismo-cai-de-9-6-para-7-0-em-12-anos-mas-desigualdades-persistem. Acesso em: 4 jul.</p><p>2024.</p><p>Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as a�rmativas:</p><p>CONTEÚDOS ACADÊMICOS BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAIS LABORATÓRIOSUNIP EAD</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 1/14</p><p>http://company.blackboard.com/</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_374031_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_374031_1&content_id=_4269584_1&mode=reset</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_64_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout</p><p>Resposta Selecionada: e.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>I. No texto I, �ca evidente que a alfabetização está relacionada com a cidadania e com a</p><p>autoestima do indivíduo.</p><p>II. Desigualdades étnico-raciais são re�etidas nas taxas de analfabetismo no Brasil.</p><p>III. Desde meados do século XX, a taxa de analfabetismo no Brasil tem apresentado declínio.</p><p>IV. No país, a modalidade da EJA (Educação de Jovens e Adultos) visa a erradicar o</p><p>analfabetismo de adultos como o personagem Raimundo, do texto I.</p><p>É correto o que se a�rma em:</p><p>I, II, III e IV.</p><p>I, II e III, apenas.</p><p>II, III e IV, apenas.</p><p>I, II e IV, apenas.</p><p>I, III e IV, apenas.</p><p>I, II, III e IV.</p><p>I. A�rmativa correta: No trecho, o personagem Raimundo está</p><p>aprendendo a ler e escrever depois de adulto. Sente-se orgulhoso</p><p>disso e imagina uma nova vida.</p><p>II. A�rmativa correta: O texto apresenta as taxas de analfabetismo de</p><p>pretos (10,1%), pardos (8,8%) e brancos (4,3%).</p><p>III. A�rmativa correta: O texto a�rma que, na década de 1940, o</p><p>analfabetismo atingia mais da metade da população. Atualmente,</p><p>essa taxa é de 7%.</p><p>IV. A�rmativa correta: Como o nome indica, a EJA é destinada a pessoas</p><p>que não frequentaram a escola de modo regular, na idade adequada.</p><p>Atua tanto na alfabetização quanto na conclusão da educação básica.</p><p>Resposta: E.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>Pergunta 2</p><p>Uma das habilidades pretendidas na formação de um docente consciente de seu papel de educador é elaborar</p><p>propostas educacionais que promovam o direito às identidades sexuais, de gênero, étnicas, religiosas e etárias e</p><p>às manifestações artísticas e culturais, a �m de garantir o respeito e a convivência democrática. Nesse contexto,</p><p>leia o trecho do artigo sobre o ensino religioso.</p><p>A LDB (1996) traz o ensino religioso como parte da formação para construção da cidadania do sujeito, mas não prevê o</p><p>fortalecimento da fé ou crença. Quando é pretendido fortalecer a fé, essa prática implica estabelecer um credo a ser</p><p>enaltecido. Devemos ressaltar que a lei que rege a educação ignora qualquer forma de proselitismo, ou seja, de</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 2/14</p><p>Resposta Selecionada: b.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário</p><p>da resposta:</p><p>I. A educação autêntica pensada por Paulo Freire (autor citado no artigo), aquela que se faz</p><p>de A com B é coerente com a laicidade preconizada na LDB.</p><p>II. Ao privilegiar o ensino de uma religião seguida pela maioria dos indivíduos de</p><p>determinada comunidade, o espaço educativo trabalha com a homogeneidade,</p><p>contribuindo para o fortalecimento de uma sociedade plural e democrática.</p><p>III. Com base na citação de Paulo Freire, quando o docente conduz uma discussão religiosa</p><p>em sala de aula, baseada na consulta prévia sobre as crenças e as experiências de seus</p><p>alunos, pratica uma educação de A com B.</p><p>preferência religiosa. O ensino religioso não tem a função de fortalecer a fé, e sim de promover o respeito, a tolerância</p><p>com o credo do outro. E, ainda, que cada aluno perceba a variedade religiosa de sua sociedade.</p><p>A educação autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo.</p><p>Mundo que impressiona e desa�a a uns e a outros, originando visões ou pontos de vistas sobre ele. Visões impregnadas</p><p>de anseios, dúvidas, de esperança ou desesperança que implicitam temas signi�cativos (FREIRE, 2011, p. 116).</p><p>Uma ação pedagógica não pode estar pautada no anúncio de uma visão de mundo. Essa prática, em que o professor é</p><p>quem ensina e o aluno é quem aprende, é totalmente opressora, incoerente com a atualidade. A educação se faz com</p><p>professor e aluno, ambos, juntos, constroem um caminho de conhecimentos. Quando o educador traz uma discussão</p><p>religiosa para o seu roteiro de aula, sem a consulta prévia de seus alunos e de suas crenças, de suas experiências, está</p><p>estabelecendo uma educação do professor para o aluno.</p><p>Não há uma interação ou respeito à opinião do aluno, há uma</p><p>imposição que gera uma desumanização do sujeito.</p><p>SILVA, T.G. Considerações em torno da manifestação do cristianismo católico no espaço escolar: um estudo sobre</p><p>as relações entre diversidade religiosa e o currículo escolar. In: AGUIAR, M. A. S.; PACHECO, J. A. B.; MENDES, G. M.</p><p>L. (org.). Currículo, cultura, inclusão e diferenças – Anais do XII Colóquio sobre questões curriculares/VIII Colóquio</p><p>luso-brasileiro de currículo/II Colóquio luso-afro-brasileiro de questões curriculares, 2016. p. 456-464. Disponível em:</p><p>https://www.academia.edu. Acesso em: 11 jul. 2024 (com adaptações).</p><p>Com base na leitura, avalie as a�rmativas:</p><p>É correto o que se a�rma em:</p><p>I e III, apenas.</p><p>I, apenas</p><p>I e III, apenas.</p><p>I e II, apenas.</p><p>II e III, apenas.</p><p>I, II e III.</p><p>Resposta: B.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>I. A�rmativa correta: Na educação que se faz de A com B, existe interação entre docente e aluno,</p><p>que juntos constroem o conhecimento. Nela, o aluno é ouvido e respeitado em suas escolhas e</p><p>crenças, não se privilegia ou se de�ne uma religião como o�cial e obrigatória a todos os</p><p>indivíduos. Isso é coerente com a laicidade prevista na LDB, a qual pode ser veri�cada na</p><p>a�rmação do autor: “devemos ressaltar que a lei que rege a educação ignora qualquer forma de</p><p>proselitismo, ou seja, de preferência religiosa”.</p><p>II. A�rmativa incorreta: De fato, ao privilegiar o ensino de uma religião seguida pela maioria dos</p><p>indivíduos de determinada comunidade, o espaço educativo trabalha com a homogeneidade;</p><p>entretanto, isso não contribui para o fortalecimento de uma sociedade plural e democrática, pois</p><p>não respeita o direito à identidade religiosa de diferentes alunos. O texto esclarece que “a lei que</p><p>rege a educação ignora qualquer forma de proselitismo, ou seja, de preferência religiosa. O ensino</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 3/14</p><p>religioso não tem a função de fortalecer a fé, e sim de promover o respeito, a tolerância com o credo</p><p>do outro. E, ainda, que cada aluno perceba a variedade religiosa de sua sociedade”.</p><p>III. A�rmativa correta: A a�rmativa é coerente com a citação de Paulo Freire, “a educação</p><p>autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B”, e com o que o</p><p>autor do texto defende no trecho a seguir: “Quando o educador traz uma discussão religiosa para o</p><p>seu roteiro de aula, sem a consulta prévia de seus alunos e de suas crenças, de suas experiências, está</p><p>estabelecendo uma educação do professor para o aluno. Não há uma interação ou respeito da</p><p>opinião do aluno, há uma imposição que gera uma desumanização do</p><p>Pergunta 3</p><p>Resposta Selecionada: c.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário</p><p>da resposta:</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>Entende-se como letramento cientí�co a capacidade de empregar o conhecimento cientí�co para identi�car questões,</p><p>adquirir novos conhecimentos, explicar fenômenos cientí�cos e tirar conclusões baseadas em evidências sobre questões</p><p>cientí�cas. Também faz parte do conceito de letramento cientí�co a compreensão das características que diferenciam a</p><p>ciência como uma forma de conhecimento e investigação; a consciência de como a ciência e a tecnologia moldam nosso</p><p>meio material, cultural e intelectual; e o interesse em engajar-se em questões cientí�cas, como cidadão crítico capaz de</p><p>compreender e tomar decisões sobre o mundo natural e as mudanças nele ocorridas.</p><p>Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/article/view/13884/10252.</p><p>Acesso em: 4 jul. 2024.</p><p>Com base no texto e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.</p><p>I. O letramento cientí�co refere-se tanto à compreensão de conceitos cientí�cos quanto à capacidade de aplicar</p><p>esses conceitos e de pensar sob uma perspectiva cientí�ca.</p><p>PORQUE</p><p>II. A ciência utiliza hipóteses irrefutáveis como pontos de partida para experimentos controlados e observações</p><p>sistemáticas e busca validar essas proposições por meio de evidências empíricas.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justi�ca a I.</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justi�ca a I.</p><p>A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.</p><p>A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.</p><p>As asserções I e II são falsas.</p><p>Resposta: C.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das asserções.</p><p>I. Asserção verdadeira: O letramento cientí�co envolve a compreensão dos conceitos cientí�cos e</p><p>a habilidade de aplicar esses conceitos em contextos diversos. Compreender conceitos cientí�cos</p><p>implica não apenas memorizar informações, mas também entender como esses conceitos são</p><p>fundamentados em evidências empíricas e como podem ser aplicados para explicar fenômenos</p><p>naturais, tecnológicos ou sociais. Além disso, o letramento cientí�co envolve desenvolver o</p><p>pensamento crítico e a capacidade de questionar, avaliar evidências, formular hipóteses e realizar</p><p>experimentos ou investigações para testar essas hipóteses. Portanto, o letramento cientí�co</p><p>abrange tanto conhecimento teórico quanto habilidades práticas e atitudes necessárias para uma</p><p>compreensão completa e efetiva da ciência.</p><p>II. Asserção falsa: As hipóteses são propostas testáveis que guiam a investigação e a</p><p>experimentação. Elas são formuladas com base em observações preliminares ou teorias</p><p>existentes e representam tentativas de explicar fenômenos naturais ou comportamentais. A</p><p>ciência utiliza hipóteses como pontos de partida para experimentos controlados e observações</p><p>sistemáticas, buscando validar ou refutar essas proposições por meio de evidências empíricas.</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 4/14</p><p>Pergunta 4</p><p>Resposta Selecionada: c.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>Identidade: memória e atualidade</p><p>Apesar das di�culdades relativas à formação docente, experiências da Educação Escolar Indígena buscam cumprir o</p><p>papel de fortalecimento da cultura dos povos. Até o início dos anos 2000, por exemplo, o tupi, língua materna dos</p><p>Potiguara da Paraíba, estava praticamente extinto na região. “A articulação da comunidade fez a demanda chegar à</p><p>Universidade de São Paulo (USP), que enviou um linguista especializado em tupi”, conta Pedro Lôbo, arte-educador</p><p>indígena e doutorando em Educação na Universidade Federal da Paraíba. A iniciativa resultou na formação de 15</p><p>professores potiguares, que passaram a ser multiplicadores. Assim, o tupi voltou a ser ensinado nas escolas da Terra</p><p>Indígena Potiguara. Pedro estima que atualmente existam mais de cem falantes da língua nas aldeias. O número ainda</p><p>é pequeno em relação ao total de indígenas no local. No entanto, é signi�cativo considerando que a língua não era mais</p><p>falada por quase ninguém. Na aldeia Guarani Mbya da capital paulista, ainda que o tupi estivesse vivo na boca dos</p><p>habitantes, outra tradição estava sendo perdida. O aumento da presença de tecnologias, como a televisão e a internet,</p><p>estava afastando os jovens do convívio comunitário. “Na nossa cultura, temos de ir para casa de reza todos os dias, à</p><p>tarde. É o momento de os mais velhos passarem conhecimento para os mais jovens. Mas eles não compareciam”, a�rma</p><p>Priscila Parapoty. A solução foi incorporar atividades realizadas na casa de reza durante o período de aulas. “A escola</p><p>hoje oferece o conhecimento não indígena, e na casa de reza acontece a educação tradicional do nosso povo. Esse</p><p>equilíbrio é importante”, reforça Priscila. Se na escola de São Paulo a tecnologia estava desviando a atenção dos</p><p>costumes tradicionais, na EM Kanata T-Ykua, em Manaus, ela foi utilizada para divulgá-los. Por meio do projeto</p><p>Tecnologia e o Conhecimento Tradicional Kambeba, os estudantes foram</p><p>convidados a usar as redes sociais para</p><p>mostrarem aspectos de sua cultura. Ainda que não fosse a intenção, a iniciativa viralizou. O diretor da Kanata T-Ykua,</p><p>Raimundo Cruz da Silva, conta que hoje a comunidade tem alunas e ex-alunas in�uenciadoras digitais. Uma delas, a</p><p>ativista Tainara da Costa Cruz, foi selecionada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para participar da</p><p>27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, em 2022. “A internet</p><p>serviu para potencializar as nossas tradições, virou uma vitrine para a nossa cultura”, diz Raimundo.</p><p>Minha aldeia é o mundo</p><p>À sua maneira, cada um dos educadores indígenas ouvidos pela reportagem apresenta a ideia de que o ambiente em</p><p>que as comunidades estão tem o potencial de promover tanto os saberes tradicionais quanto os do currículo comum.</p><p>Das questões do território, podem surgir projetos de Geogra�a, como pesquisas de campo e estudos da vegetação e do</p><p>relevo. Atividades de caça e pesca ensejam assuntos sobre o estudo da fauna e da biologia animal. O conhecimento das</p><p>plantas medicinais pode ser uma ótima entrada para o estudo da botânica e do uso de diferentes substâncias para o</p><p>tratamento de doenças. O artesanato, as músicas, as danças e as pinturas corporais fazem a conexão com os</p><p>componentes curriculares de Arte e de Matemática. “É bom que os alunos conheçam Caetano Veloso, Gilberto Gil. Mas</p><p>eles também precisam conhecer Válber, professor que é formado em música, e Clara, que é cantora. Ambos fazem parte</p><p>do nosso povo. É bem-vindo que saibam quem foram Picasso e Van Gogh, mas também precisam conhecer os artesãos e</p><p>artistas indígenas. E saber que por meio de colares é possível trabalhar com etnomatemática”, diz Pedro. “De onde eu</p><p>venho, mestrado era inalcançável, não era para indígena”, fala. De acordo com ele, a grande conquista é ver os</p><p>estudantes retornando para as terras indígenas com Ensino Superior. “Temos dentistas, veterinários, fonoaudiólogos,</p><p>enfermeiros… Pro�ssões que antes não eram acessíveis para o nosso povo. A Educação Escolar Indígena está ajudando</p><p>a formar pro�ssionais para contribuir com o bem-estar da aldeia”, �naliza.</p><p>Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/21632/educacao-escolar-indigena-identidades?gad_source=1&</p><p>gclid=CjwKCAjw48-vBhBbEiwAzqrZVLGtqQPxb-uM8qMVQ6G2IStGAZ_zZEwj_SjtWEfjMY8bmumPFXbbURoC-kEQAvD</p><p>_BwE. Acesso em: 15 mar. 2024 (com adaptações).</p><p>Com base na leitura, avalie as a�rmativas:</p><p>I. A Educação Escolar Indígena visa eliminar as diferenças culturais, integrando os indígenas à sociedade</p><p>tecnológica, uma vez que os benefícios da internet à comunidade são evidentes.</p><p>II. De acordo com o texto, o ensino de tupi nas escolas da Terra Indígena Potiguara procurou reativar o uso da</p><p>língua nativa e faz parte da ideia de valorização da cultura indígena.</p><p>III. As redes sociais têm sido usadas por alguns indígenas para divulgar os costumes e as tradições do seu povo.</p><p>É correto o que se a�rma em:</p><p>II e III, apenas.</p><p>I, II e III.</p><p>I e II, apenas.</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 5/14</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>II e III, apenas.</p><p>I e III, apenas.</p><p>III, apenas.</p><p>Resposta: C.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>I. A�rmativa incorreta: A Educação Escolar Indígena busca fortalecer a cultura dos povos</p><p>indígenas, e não os integrar ao modo de vida da sociedade tecnológica.</p><p>II. A�rmativa correta: De acordo com o texto, o tupi voltou a ser ensinado nas escolas, o que</p><p>contribui para o fortalecimento da cultura indígena.</p><p>III. A�rmativa correta: Segundo o texto, a internet serviu para potencializar as tradições</p><p>indígenas, como uma espécie de vitrine.</p><p>Pergunta 5</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>Como a Educação Escolar Indígena pode fortalecer a identidade local</p><p>A modalidade cumpre um importante papel para reforço do protagonismo dos povos originários e valorização</p><p>da cultura, mas precisa ser fortalecida</p><p>Bruno Mazzoco – 30/03/2023</p><p>As cerimônias de formatura dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio das escolas na</p><p>Terra Indígena Potiguara, em Baía da Traição e Mataraca (PB), destoam dos eventos que acontecem em grande parte</p><p>das escolas brasileiras. A celebração acontece em meio à natureza, em vez de um auditório com alunos no palco para</p><p>receber o diploma e a comunidade escolar na plateia.</p><p>A turma de estudantes indígenas potiguares que encerra o Ensino Fundamental se reúne no meio da mata, no Terreiro</p><p>Sagrado. E os mais velhos vão para as coroas de areia que se formam no encontro do rio Camaratuba com o mar.</p><p>Caciques e pajés das aldeias conduzem, respectivamente, a dança do toré e o ritual espiritual. Só depois disso, a equipe</p><p>da direção escolar entrega os diplomas. O que acontece na cena descrita acima é um bom exemplo de</p><p>interculturalidade, conceito que se refere a práticas de intercâmbio entre diferentes culturas e grupos étnicos. E é</p><p>justamente esse que deve ser o eixo central da Educação Escolar Indígena. “A interculturalidade tem de ser contemplada</p><p>no Projeto Político-Pedagógico (PPP) das escolas indígenas”, diz Pedro Lôbo, arte-educador indígena e doutorando em</p><p>Educação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O documento norteador das escolas da região também</p><p>contempla visita a roçados, cultivo de hortas na escola para consumo na merenda escolar e atividades ligadas a cultura,</p><p>arte e história do povo Potiguara da Paraíba. A adoção de uma Educação “diferenciada, especí�ca e bilíngue”, que une</p><p>os saberes tradicionais de cada povo às disciplinas curriculares convencionais, é fruto da luta dos povos indígenas pelo</p><p>direito à liberdade de ensino ao longo de décadas. Essas demandas começaram a se consolidar com a Constituição de</p><p>1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. A partir da discussão levantada com base nesses e</p><p>outros marcos legais – como o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI) e o Plano Nacional de</p><p>Educação (PNE) –, �cou estabelecida a Educação Escolar Indígena.</p><p>O que difere a Educação Indígena da Educação Escolar Indígena?</p><p>“Quando nos tornamos humanos, temos como função passar o conhecimento para novas gerações. Os povos indígenas</p><p>foram desenvolvendo uma metodologia baseada na oralidade, na educação da mente, do corpo e da alma. Essa é</p><p>basicamente a Educação Indígena”, explica o professor e escritor Daniel Munduruku. A Educação Indígena está ligada às</p><p>tradições de cada povo e não precisa necessariamente da escola para acontecer. A Educação Escolar Indígena é uma</p><p>reivindicação que surge a partir da articulação e da luta de diferentes povos, a partir principalmente da década de</p><p>1970. É como uma reação à imposição do modelo escolar ao longo dos anos de “colonização”, denunciada pelos</p><p>indígenas como tentativa de etnocídio [...].</p><p>Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/21632/educacao-escolar-indigena-identidades?gad_source=1&</p><p>gclid=CjwKCAjw48-vBhBbEiwAzqrZVLGtqQPxb-uM8qMVQ6G2IStGAZ_zZEwj_SjtWEfjMY8bmumPFXbbURoC-kEQAvD</p><p>_BwE. Acesso em: 15 mar. 2024 (com adaptações).</p><p>Com base na leitura, avalie as a�rmativas:</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 6/14</p><p>Resposta Selecionada: e.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>I. O objetivo da Educação Escolar Indígena é fazer com que os indígenas assimilem os conhecimentos da</p><p>sociedade tecnológica, a �m de substituir a cultura própria.</p><p>II. O eixo central da Educação Escolar Indígena é a interculturalidade, marcada pelo intercâmbio e pelo respeito às</p><p>culturas diferentes.</p><p>III. A Educação Escolar Indígena é fruto da imposição do Estado colonizador sobre os povos tradicionais, que</p><p>preferem manter seus saberes inalterados.</p><p>É correto o que se</p><p>público.</p><p>4) Políticas públicas regulatórias</p><p>Como o próprio nome revela, essas políticas têm a função de regular o Estado, estabelecendo regras de comportamento</p><p>e contribuindo para a organização de processos burocráticos. Esse tipo de política pública é mais abrangente, assim</p><p>como o anterior, e, por isso, afeta mais pessoas do que as ações distributivas, por exemplo. Diante disso, essas políticas</p><p>são apresentadas em forma de lei, como é o caso do Código de Trânsito Brasileiro, que dispõe sobre as regras de</p><p>trânsito e determina as penalidades em caso de descumprimento dessas normas. Segundo essa legislação, por exemplo,</p><p>o uso do cinto de segurança é obrigatório a todos os passageiros do veículo.</p><p>Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/politicas-publicas/.</p><p>Acesso em: 13 fev. 2024 (com adaptações).</p><p>Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas:</p><p>I. As políticas públicas têm como objetivo melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e atuam em diversas áreas.</p><p>PORQUE</p><p>II. As políticas redistributivas são fundamentadas na premissa de justiça social, buscando corrigir desigualdades</p><p>socioeconômicas pela redistribuição de recursos retirados do orçamento público.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justi�ca a I.</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justi�ca a I.</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justi�ca a I.</p><p>A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.</p><p>A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.</p><p>As asserções I e II são falsas.</p><p>Resposta: B.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das asserções.</p><p>I. Asserção verdadeira: Segundo o texto, o “conceito de políticas públicas descreve as ações</p><p>desenvolvidas pelo governo para garantir direitos à população em diversas áreas, como saúde,</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_id… 9/14</p><p>educação e lazer, com o objetivo de promover qualidade de vida e bem-estar aos brasileiros”.</p><p>II. Asserção verdadeira: De acordo com o texto, o objetivo das políticas redistributivas é</p><p>redistribuir bens, recursos e serviços.</p><p>Não há relação de causa/explicação entre as asserções.</p><p>Pergunta 8</p><p>Resposta Selecionada: a.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>I. A tirinha ilustra a situação relatada no texto: muitas crianças têm na escola sua principal</p><p>refeição.</p><p>II. Na tirinha, enfatiza-se a hora do lanche como um período de diversão, o que comprova o</p><p>fato relatado de que a comida oferecida nas escolas é pouca.</p><p>III. De acordo com o texto, 41% das crianças brasileiras vivem em insegurança alimentar.</p><p>Leia a tirinha e o texto a seguir:</p><p>Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/2461767563868535/?typ</p><p>e=3. Acesso em: 8 jul. 2024.</p><p>Merenda escolar é principal refeição do dia para maioria dos estudantes da rede pública do RJ</p><p>Estudo mostra ainda que 41% dos alunos consideram pouca ou muito pouca a quantidade de comida oferecida</p><p>nas escolas</p><p>Jéssica Rodrigues – Brasil de Fato – Rio de Janeiro (RJ) – 29/03/2023</p><p>A pesquisa “Conta pra Gente Estudante – Grande Rio” revelou dados alarmantes sobre a insegurança alimentar no</p><p>estado do Rio: a maioria dos estudantes da rede pública de ensino da região metropolitana tem a merenda escolar</p><p>como única ou principal refeição do dia, ou seja, 56% dessas crianças dependem dos alimentos oferecidos na escola. O</p><p>Observatório da Alimentação Escolar (ÓAÊ), em parceria com a Ação da Cidadania, entrevistou 1.046 estudantes e seus</p><p>responsáveis para o levantamento. Os dados mostram também que para 41% dos estudantes a quantidade de comida é</p><p>pouca ou muito pouca. O programa “Bem Viver”, uma produção do “Brasil de Fato”, conversou com Patrícia Marino, de</p><p>28 anos. Ela é moradora do Parque Esperança, no Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio, e tem seis �lhos, mas</p><p>apenas três estão matriculados na escola. Ela conta que está desempregada e seu marido recolhe materiais recicláveis</p><p>como fonte de renda, mas o dinheiro não é su�ciente para garantir a alimentação da família. “A gente passa muita</p><p>necessidade, então eles indo para escola já é uma boa porque eles almoçam na escola, lancham na escola e é muito</p><p>bom isso porque às vezes não tem nada em casa, e já é um alívio. Às vezes tem dois pães, aí já divide para os três que</p><p>estão em casa, porque para mim e meu marido a gente não se importa se comeu ou não comeu, o que importa é a</p><p>criança tá alimentada”, conta Patrícia.</p><p>Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2023/03/29/merenda-escolar-e-principal-refeicao-do-dia-para-ma</p><p>ioria-dos-estudantes-da-rede-publica-do-rj. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>Com base na leitura, avalie as a�rmativas:</p><p>É correto o que se a�rma apenas em:</p><p>I.</p><p>I.</p><p>II.</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 10/14</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>III.</p><p>I e III.</p><p>I e II.</p><p>Resposta: A.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>I. A�rmativa correta: O título da matéria a�rma que a merenda escolar é a principal refeição</p><p>para muitas crianças, fato que aparece também na tirinha, com a fala de um personagem.</p><p>II. A�rmativa incorreta: A tirinha tem como foco mostrar que existem crianças que não têm</p><p>comida em casa, não que a hora do lanche é momento de diversão.</p><p>III. A�rmativa incorreta: De acordo com o texto, 41% dos alunos da rede pública do Rio de</p><p>Janeiro consideram pouca a comida oferecida nas</p><p>Pergunta 9</p><p>Leia o texto:</p><p>Uso de IA nas escolas automatiza aprendizagem e impede a liberdade criativa dos alunos</p><p>Carlota Boto analisa os impactos da implementação, sem as devidas precauções, de recursos digitais no aprendizado</p><p>dos estudantes</p><p>Por Julio Silva – 24/04/2024</p><p>O governo de São Paulo anunciou um novo projeto que pretende utilizar recursos de Inteligência Arti�cial (IA) para a</p><p>preparação de aulas e atividades escolares a partir do segundo semestre deste ano. O projeto, que ainda está em</p><p>estágio inicial, impactará alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública estadual. Carlota Boto, diretora da</p><p>Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo, organizadora e uma das autoras do livro “Cultura Digital e</p><p>Educação” (2023), explica quais são os riscos do uso dessa ferramenta na preparação das aulas e qual a importância do</p><p>professor nesse processo. A especialista explica que é terminantemente contra a implementação desse projeto e a�rma</p><p>que não observa benefícios no uso das inteligências arti�ciais no ensino público. Ela conta que essas ferramentas</p><p>podem causar um efeito negativo no aprendizado dos estudantes, já que, muitas vezes, elas não articulam os dados de</p><p>maneira coerente e podem divulgar inclusive informações equivocadas sem a devida checagem. Segundo a diretora,</p><p>cada disciplina do ensino básico tem um modo de existir que corresponde a um acervo cultural historicamente</p><p>acumulado e essa lógica, que é intrínseca à construção da disciplina, constitui um corpo que não será redesenhado pela</p><p>tecnologia arti�cial. Por isso, segundo ela, a produção de aulas precisa ser realizada por pessoas físicas e, de</p><p>preferência, por professores. “A rede de ensino deve ter um currículo, mas a organização de cada aula é tarefa do</p><p>professor. Para isso, deve haver investimento na formação desse pro�ssional e ele precisa ser bem pago, porque é dele a</p><p>tarefa de transformação do currículo na proposição didática de uma aula”, conta.</p><p>Processo automatizado</p><p>De acordo com Carlota, o uso das ferramentas de IA nas aulas pode automatizar o ensino e desconsiderar os processos</p><p>críticos e criativos envolvidos na aprendizagem, tanto do professor quanto do estudante. Ela reforça a importância da</p><p>construção de um currículo que permita o processo de debates e diálogos dentro das salas de aula a �m de que a</p><p>formação do jovem seja acrescida da possibilidade</p><p>de analisar e construir pensamentos críticos sobre variados</p><p>assuntos. “É preciso ter cautela para que essa inteligência arti�cial não se transforme em um Oráculo de Delfos, através</p><p>do qual você busca irracionalmente qualquer conteúdo como se esse conteúdo não fosse passível de ser criticado,</p><p>revisto e refutado. É preciso que haja muita precaução, porque a aula é algo sério e que precisa ser preparada por um</p><p>professor”, discorre. Como explica, a escola moderna foi �rmada e se estruturou no Ocidente a partir da expansão da</p><p>cultura letrada e da tipogra�a, acompanhadas do surgimento dos livros. Ela a�rma que esse modelo de escola precisa</p><p>ser preservado a partir do momento em que é parcialmente substituído pela cultura digital. “É preciso que essa análise</p><p>seja feita nas universidades e redes públicas com os professores em sala de aula dialogando e estabelecendo critérios</p><p>para con�uir essa transposição didática dos conteúdos digitais para a ação docente. Isso é uma coisa que só os</p><p>professores podem fazer, não vir da Secretaria de Educação e muito menos ser um decalque da inteligência arti�cial”.</p><p>Emprego dos professores</p><p>Conforme a diretora, o uso das inteligências arti�ciais, assim como em várias outras pro�ssões, pode representar um</p><p>risco grave aos professores, os quais podem se tornar �guras descartáveis nas escolas, caso comecem a surgir</p><p>demissões e afastamento de pro�ssionais de suas funções. Ela, contudo, reforça que todas as novas tecnologias podem</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 11/14</p><p>Resposta Selecionada: e.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>ser úteis, desde que sejam usadas conscientemente e aliadas ao trabalho dos professores. Carlota diz que a escola</p><p>moderna surgiu com a cultura impressa, que foi responsável pela construção de um acervo cultural que a escola</p><p>transmite desde o século 16. Ela esclarece que os pro�ssionais da educação precisam se valer da educação digital de</p><p>uma maneira criativa e organizada para não se distanciar dos benefícios que a cultura impressa trouxe. “Não adianta</p><p>pensar em alfabetizar uma criança via computador se não alfabetizarmos essa criança no caderno, se não</p><p>alfabetizamos essa criança com a ajuda do livro. Então, a cultura digital pode ser uma aliada, mas ela precisa ser uma</p><p>aliada inteligente”, aponta.</p><p>Pobreza digital</p><p>A docente destaca ainda que as diferenças socioeconômicas da população brasileira impedem que todos os estudantes</p><p>tenham acesso igualitário às ferramentas digitais. Ela conta que a pandemia de covid-19 explicitou a falta de</p><p>investimento público dos governos em relação à internet banda larga nas escolas, por isso, grande parte dos alunos tem</p><p>di�culdade em acessar os conteúdos digitais. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE),</p><p>de 2021, mostrou que cerca de 4,1 milhões estudantes da rede pública não tinham acesso à internet, número que</p><p>representa 12% dos alunos totais do país, com as Regiões Norte e Nordeste sendo as mais afetadas. O celular, aparelho</p><p>mais utilizado para acesso aos recursos digitais, só estava disponível para 64,8% dos alunos da rede pública. A pesquisa</p><p>mostrou ainda que a cada 20 alunos sem acesso à internet, 19 são de escolas públicas. “O fato é que temos que nos</p><p>debruçar sobre essa cultura digital como política pública. No entanto, as políticas públicas voltadas para incorporação</p><p>da tecnologia digital não signi�cam adesão imediata à inteligência arti�cial, pois não há pesquisas su�cientes para nos</p><p>assegurar quais são os benefícios dessas ferramentas”, �naliza.</p><p>Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/uso-de-ia-nas-escolas-automatiza-aprendizagem-e-impede-a-liberd</p><p>ade-criativa-dos-alunos/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Com base na leitura, avalie as a�rmativas:</p><p>I. As ferramentas de Inteligência Arti�cial (IA) tendem, de acordo com a professora entrevistada, a promover um</p><p>ensino automatizado, sem o desenvolvimento do senso crítico e da criatividade.</p><p>II. Entre os benefícios do uso de ferramentas de Inteligência Arti�cial (IA) estão a democratização do ensino e o</p><p>acesso igualitário a informações de qualidade, o que reduz a desigualdade social.</p><p>III. A Inteligência Arti�cial (IA) seleciona informações de forma rápida e sem equívocos, o que provoca melhora da</p><p>qualidade do ensino, especialmente nas escolas públicas, segundo a professora entrevistada.</p><p>IV. De acordo com a professora, as ferramentas de Inteligência Arti�cial (IA) devem substituir su�cientemente o</p><p>professor na elaboração de aulas e atividades e, também, na sala de aula.</p><p>É correto o que se a�rma apenas em:</p><p>I.</p><p>I e II.</p><p>II e III.</p><p>I e IV.</p><p>I, III e IV.</p><p>I.</p><p>Resposta: E.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>I. A�rmativa correta: De acordo com a professora, as ferramentas de IA promovem um ensino</p><p>automatizado. O senso crítico e a criatividade são deixados de lado.</p><p>II. A�rmativa incorreta: No Brasil, não há acesso igualitário a informações porque as</p><p>condições socioeconômicas impedem que os estudantes tenham os mesmos recursos, como</p><p>aparelhos e internet disponível.</p><p>III. A�rmativa incorreta: A professora é contra o projeto de uso das ferramentas de IA nas</p><p>escolas públicas. Além disso, atualmente, as ferramentas cometem, sim, equívocos.</p><p>IV. A�rmativa incorreta: A professora a�rma que o planejamento das aulas e das atividades</p><p>só deve ser feito por professores.</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 12/14</p><p>Pergunta 10</p><p>Resposta Selecionada: b.</p><p>Respostas: a.</p><p>b.</p><p>c.</p><p>d.</p><p>e.</p><p>Comentário da</p><p>resposta:</p><p>Leia o texto e a charge a seguir.</p><p>Segundo a ONG “Todos Pela Educação”, atualmente, cerca de 425 mil crianças de 4 a 5 anos não frequentam a pré-</p><p>escola no Brasil. Dessas, 180 mil declaram não comparecer ao ambiente estudantil em decorrência de di�culdades de</p><p>acesso, já que, muitas vezes, as escolas mais próximas de determinados municípios e periferias se encontram em</p><p>localidades distantes ou não aceitam as crianças por conta de sua idade. O Plano Nacional de Educação (PNE)</p><p>apresentava como uma de suas metas centrais a universalização, até 2016, da educação infantil na pré-escola para</p><p>crianças dessa faixa etária. Além disso, a ampliação do ensino infantil deveria atender, no mínimo, 50% das crianças de</p><p>até 3 anos.</p><p>Anete Abramowicz, professora da Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo, destaca a importância que</p><p>a educação infantil apresenta, não só para a criança, como também para a sociedade como um todo. “Do ponto de</p><p>vista econômico, por exemplo, inúmeras pesquisas nacionais e internacionais revelam um aumento signi�cativo do PIB</p><p>de um país quando as crianças têm acesso a uma educação infantil de qualidade”, comenta a especialista.</p><p>Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/cerca-de-180-mil-criancas-nao-tem-acesso-a-pre-escola-no-brasi</p><p>l/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Disponível em: https://umbrasil.com/charges/charge-15012018/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as a�rmativas.</p><p>I. O texto aponta que o acesso físico a escolas é uma das razões pelas quais crianças não frequentam a Educação</p><p>Infantil, fato também criticado na charge.</p><p>II. O objetivo da charge é incentivar a força de vontade das pessoas para estudarem, pois é possível vencer as</p><p>di�culdades.</p><p>III. Na pré-escola são oferecidas apenas atividades recreativas, sem �nalidades pedagógicas que tenham impacto</p><p>no futuro.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>Apenas a a�rmativa I é correta.</p><p>Nenhuma a�rmativa é correta.</p><p>Apenas a a�rmativa I é correta.</p><p>Apenas a a�rmativa II é correta.</p><p>Apenas as a�rmativas I e II são corretas.</p><p>Apenas as a�rmativas II e III são corretas.</p><p>Resposta: B.</p><p>Comentário:</p><p>Análise das a�rmativas.</p><p>I. A�rmativa correta: Na charge,</p><p>vemos que a criança tem que ir à escola em um barco, pois o</p><p>acesso é difícil. Esse fato é apontado no texto: “muitas vezes, as escolas mais próximas de</p><p>determinados municípios e periferias se encontram em localidades distantes”.</p><p>0,5 em 0,5 pontos</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 13/14</p><p>Sexta-feira, 6 de Setembro de 2024 15h18min51s BRT</p><p>II. A�rmativa incorreta: O objetivo da charge é criticar a falta de acesso a escolas em algumas</p><p>localidades do país.</p><p>III. A�rmativa incorreta: As atividades desenvolvidas na pré-escola têm �nalidades</p><p>pedagógicas e impactos futuros.</p><p>← OK</p><p>06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...</p><p>https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 14/14</p>vemos que a criança tem que ir à escola em um barco, pois o
acesso é difícil. Esse fato é apontado no texto: “muitas vezes, as escolas mais próximas de
determinados municípios e periferias se encontram em localidades distantes”.
0,5 em 0,5 pontos
06/09/24, 15:20 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I – ESTUDOS...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_106954171_1&course_id=_374031_1&content_i… 13/14
Sexta-feira, 6 de Setembro de 2024 15h18min51s BRT
II. A�rmativa incorreta: O objetivo da charge é criticar a falta de acesso a escolas em algumas
localidades do país.
III. A�rmativa incorreta: As atividades desenvolvidas na pré-escola têm �nalidades
pedagógicas e impactos futuros.
← OK
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