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Aula Direito Civil I das Pesoas Naturais

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Direito Civil I.
 Tema:
1. Das Pessoas naturais
1.1 – Da Personalidade e da Capacidade. 
1. Das Pessoas Naturais 
1.1 – Da Personalidade e da Capacidade 
Só o ser humano pode ser titular das relações jurídicas. No estágio atual do Direito, entende-se por pessoa o ser ao qual se atribuem direitos e obrigações 
Das Pessoas Naturais .
Conceito: 
“Ser humano considerado como sujeito de obrigações e direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (art. 1º, CC)
1.1 – Da Personalidade e da Capacidade 
“A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (art. 2º, CC).
Personalidade Civil 
Inicia-se
Nascimento com vida
Ressalvado os direitos do nascituro
A capacidade consiste em medida da personalidade :
Capacidade de direito (de aquisição ou de gozo)
Aptidão para ser titular do direitose obrigações na órbita civil (todos os indivíduos detêm);
Capacidade de fato(de exercício ou de ação)
Aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil (nem todos possuem).
Capacidade 
Segundo Orlando Gomes:
“ A capacidade de Direito confunde-se, hoje, com a personalidade, porque toda pessoa é capaz de direitos. Ninguém pode ser totalmente privado dessa espécie de capacidade”. E mais adiante: “A capacidade de fato condiciona-se à capacidade de direito. Não se pode exercer um direito sem ser capaz de adquiri-lo. Uma não se concebe, portanto, sem a outra. Mas a recíproca não é verdadeira. Pode-se ter capacidade de direito, sem capacidade de fato; adquirir o direito e não poder exercê-lo por si. A impossibilidade do exercício é,” tecnicamente, incapacidade”. 
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Incapacidade. 
A incapacidade consiste na restrição legal ao exercício de atos da vida civil, sendo: 
Incapacidade
Absoluta
Relativa
São Absolutamente incapazes
(art. 3º, CC)
Os menores de dezesseis anos;
Os que,por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art.4º, CC: São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
Os maiores de dezesseis e menoresdedezoito anos;
os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
Os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. (lei nº 6.001/73)
Cessação da incapacidade:
Cessa a incapacidade quando desaparece a sua causa. Se esta for a menoridade, cessará em dois casos:
Pela maioridade, aos dezoito anos; e, 
Pela emancipação. (art. 5º, CC e parágrafo único do). 
Art. 5º:A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único.Cessará, para os menores, a incapacidade:
Pala concessão dos pais,ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Pelo casamento;
Pelo exercício de emprego público efetivo;
Pela colação de grau em curso de ensino superior;
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Fim da Personalidade Natural. A morte presumida no Atual Código.
“A existência da pessoa termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. (art. 6º, CC).
O Ordenamento jurídico atual, autoriza a declaração de morte presumida:
Art.7º.Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
Se for extremamente provávela morte de quem estava em perigo de vida;
Se alguém, desaparecer em campanha ou feito prisioneiro,não forencontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração de morte presumida, nessescasos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguação, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Comoriência. 
A personalidade natural do ser humano chega ao seu fim através da morte real, que pode ser simultânea (comoriência), ou seja, quando duas pessoas, ligadas por um vínculo jurídico, falecem na mesma ocasião.
Art.8º do CC reza que, “se dois ou mais indivíduos faleceram na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comoriêntes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”.
OBS: A comoriência tem especial relevância para fins sucessórios.
Pode-serequerer a sucessão definitiva.
quandodecorridos 10 nosdo trânsitoem julgado da sentença que concede a abertura da sucessão provisória ( art. 37 do CC);
quando se demonstra que oausente conta 80 anos de idade, e já fizer 5 de suas últimas notícias (art. 38 do CC);
quando restarprovadaa ocorrência de sua morte.
Estado das Pessoas 
Segundo Orlando Gomes (1938: 180), estado é uma qualificação “que encerra elementos de individualização da personalidade”. 
Conceito
Estado éa soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. É o seu modo particular de existir.
Aspectos
Individual –diz respeitoàs características físicas da pessoa (idade, sexo, cor, altura)
Familiar –indica a sua situação na família, em relação ao matrimonio e ao parentesco.
Político -Concerne à posição do indivíduo na sociedade política.
Principais características do estado da pessoa natural. 
Características quanto ao estudo da pessoa .
Indisponibilidade
O estado é insuscetível de renúncia e alienação;
Indivisibilidade
O estado é uno, de modo queuma pessoa não pode ostentar mais de um estado concomitantemente
Imprescritibilidade
Oestado da pessoa natural nasce com ela e com ela desaparece, de forma que não pode ser perdido ou adquirido através da prescrição .
Dos Registros e Averbações. 
Art.9º . Serão registrados em registro público :
Os nascimentos,casamentos e óbitos;
A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
A interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
A sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Art.10º . Far-se-á averbação em registro público:
das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
Dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
Dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção.
Registro x Averbação.
Registro
“Éo lançamento, transcrição, integral,ou por extrato, em livro próprio, de fatos ou atos escritos , escrituras, títulos e documentos”. Ex. casamento, nascimento.
Averbação
Éum dos atos do registro, além da inscrição transcrição e arquivamento. Trata-se de uma anotação à margem de um registro público, alterando-o.
Ex: divórcio.

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