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<p>OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE</p><p>NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE</p><p>Artigos</p><p>Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3</p><p>Cadernos PDE</p><p>I</p><p>EDUCANDO FINANCEIRAMENTE PARA O CONSUMO CONSCIENTE</p><p>Deise Cristina Nasser</p><p>1</p><p>André Gustavo Oliveira da Silva</p><p>2</p><p>RESUMO</p><p>O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados dos estudos</p><p>realizados no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2014 do Governo</p><p>do Estado do Paraná, com a elaboração de uma unidade didática implementada no</p><p>Colégio Estadual ”Marquês de Caravelas” da cidade de Arapongas no ano de</p><p>2015. A ênfase está na valorização do ensino da educação financeira na disciplina</p><p>de matemática. A estratégia metodológica adotada foi um curso presencial com</p><p>palestras e atividades acerca do tema Educando Financeiramente para o Consumo</p><p>Consciente direcionada a professores e agentes educacionais. Buscamos propiciar</p><p>aos cursistas uma reflexão acerca do consumo consciente e a capacidade de</p><p>planejamento financeiro, nas quais foi fomentada a importância da educação</p><p>financeira no exercício da cidadania, por intermédio da instrumentalização</p><p>matemática para auxiliar na formação continuada de docentes, vislumbrando a</p><p>disseminação desse conhecimento. Utilizamos os recursos da Análise de Conteúdo</p><p>para analisar os dados obtidos. Os resultados revelaram que o processo de</p><p>mudança implica na migração de uma atitude passiva (reconhecimento),</p><p>perpassando por uma atitude reflexiva (reflexão) e transcendendo ao nível prático (</p><p>aplicação). Destacamos a importância desse projeto na participação como</p><p>professora do GTR (Grupo de Trabalho em Rede), no qual educadores refletiram</p><p>coletivamente, trocaram experiências e ideias a respeito do tema.</p><p>Palavras chave: Educação Financeira. Planejamento Financeiro. Consumo</p><p>Consciente.</p><p>ABSTRACT</p><p>The article intends to present the studies in Educational Development Program -</p><p>PDE / 2014 the State Government, with the development of a teaching unit</p><p>implemented in the public school "Marques de Caravelas" in the city of Arapongas in</p><p>2015. The emphasis was on enhancing the financial education teaching in</p><p>mathematics subject. The adopted methodological strategy was through classroom</p><p>course with lectures and activities on the theme Educating Financially for Conscious</p><p>Consumption. It was aimed at teachers and educational agents. We are sought</p><p>propitiate the course participants a reflection on conscious consumption and</p><p>1</p><p>Professora da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná - email: deisecris@seed.pr.gov.br</p><p>2</p><p>Orientador PDE da Universidade UNESPAR campus Apucarana – PR.</p><p>email:andregutoiap@yahoo.com.br</p><p>financial planning capacity. It was highlighted the importance of financial education in</p><p>citizenship, through the continued mathematical instrumentation teaching, providing</p><p>the dissemination of this knowledge . We were used the resources of content</p><p>analysis to check the obtained data. The results revealed that the change process</p><p>involves the migration from a passive attitude to a reflexive one and moreover to real</p><p>implementation. We are stood out the importance of the GTR (Network Working</p><p>Group) teachers´ participation, in which educators collectively reflected, exchanged</p><p>experiences and ideas on the subject.</p><p>Keywords: Financial Education. Financial Planning. Conscious Consumption.</p><p>O presente artigo resulta da pesquisa relacionada ao Programa de</p><p>Desenvolvimento Educacional (PDE) no qual apresentamos uma proposta de</p><p>intervenção por meio de palestras com professores e agentes educacionais do</p><p>Colégio Marquês de Caravelas para provocar reflexões sobre educação financeira e</p><p>apresentar alternativas para o consumo consciente. A pesquisa é composta por: um</p><p>referencial teórico que sustenta os procedimentos metodológicos e a educação</p><p>financeira; a metodologia adotada; os dados obtidos a partir da intervenção proposta</p><p>e as análises dos dados coletados a partir de quatro atividades desenvolvidas nos</p><p>encontros e um relatório de avaliação.</p><p>Nesta proposta constatamos que a tendência metodológica em educação</p><p>matemática – Educação Financeira é uma estratégia capaz de contribuir para o</p><p>ensino e aprendizagem da Matemática podendo despertar nos alunos</p><p>questionamentos e reflexões . A proposta de consumir de forma consciente, estimula</p><p>o raciocínio e abre caminhos para a reflexão e favorece a disseminação do</p><p>conhecimento.</p><p>O objetivo geral visou propiciar aos educadores e agentes educacionais</p><p>reflexões acerca do consumo consciente, a capacidade de planejamento financeiro</p><p>e a instrumentalização matemática para auxiliar a formação continuada,</p><p>vislumbrando a disseminação desse conhecimento.</p><p>Adotamos como objetivos auxiliares no processo de investigação:</p><p>- Resolver situações-problema que envolvam a ideia de compras a prazo e ou</p><p>à vista por meio de estratégias que envolvam simulações ou reproduções de</p><p>situações reais , formulando hipóteses, refinando-as e justificando o raciocínio.</p><p>- Elaborar questões e discutir soluções a partir dos dados coletados com o</p><p>grupo.</p><p>- Refletir acerca do consumismo e suas consequências por meio de trechos</p><p>de filmes.</p><p>- Ler, discutir e refletir a cerca de textos previamente selecionados.</p><p>- Comparar os gastos individuais entre o próprio grupo de participantes.</p><p>- Disseminar o conhecimento da educação financeira em sala de aula.</p><p>Justificamos a escolha desse tema devido a relevância do Projeto de</p><p>Intervenção Pedagógica na Escola uma vez que a educação financeira precisa ser</p><p>mais discutida nas escolas, pois o consumo irrefletido na vida de um analfabeto</p><p>financeiro pode causar efeitos indesejados em sua saúde financeira. O projeto</p><p>“Educando Financeiramente para o Consumo Consciente” se propõe a colaborar no</p><p>preenchimento de tal demanda.</p><p>Com o bombardeio da mídia e das armadilhas do marketing para sedução de</p><p>consumidores desavisados por meio das propagandas, o consumo cresceu muito</p><p>nos últimos anos de forma desenfreada, criando-se necessidades imaginárias,</p><p>despertando a vontade de comprar que se confunde em alguns momentos, com a</p><p>ilusão de poder; com isto as pessoas trabalham cada vez mais para poderem</p><p>consumir mais. No entanto nem sempre conseguem manter em dia suas contas e</p><p>acabam endividadas por inabilidade em administrar a vida financeira.</p><p>Vivendo essa realidade dentro do ambiente de trabalho percebemos a</p><p>necessidade de desenvolver um projeto acerca de educação financeira a fim de</p><p>contribuir com os professores e agentes educacionais, possibilitando o acesso ao</p><p>conhecimento que pode transformar o comportamento do indivíduo, preparando-o</p><p>para o consumo consciente e futuramente, a sociedade, com a disseminação desse</p><p>conhecimento.</p><p>No dia a dia das pessoas assim como dos educadores do Colégio Marquês</p><p>de Caravelas onde trabalho há 14 anos, observamos que nas últimas décadas</p><p>aumentou muito o consumo, sem planejamento financeiro, fato este que pode ser</p><p>constatado em situações tais como:</p><p>Diante da possibilidade da troca de carro a maior preocupação concentra-se</p><p>no fato de saber se as parcelas do financiamento cabem no orçamento e não com a</p><p>evolução dos juros a serem pagos;</p><p>Alguns professores bem sucedidos financeiramente, dentre esses, têm muitos</p><p>com mais de 15 anos de profissão que não conquistaram sua casa própria e ainda</p><p>pagam aluguel;</p><p>Em muitos lares as mulheres são as provedoras e levando em conta que no</p><p>magistério o sexo feminino é predominante, o endividamento decorrente da</p><p>inabilidade em administrar as finanças acabam comprometendo a saúde e</p><p>favorecendo o adoecimento do professor.</p><p>A problemática que incentivou a realização desse trabalho está pautada na</p><p>seguinte questão: Como sensibilizar os professores da necessidade da educação</p><p>financeira como conhecimento indispensável para o equilíbrio das finanças pessoais</p><p>e a possível inclusão</p><p>desse conteúdo nas suas aulas?</p><p>Desta forma, o trabalho aqui apresentado encontra-se dividido em quatro</p><p>seções. Na primeira o referencial teórico em que apresentamos a importância e</p><p>contribuição da Educação Financeira. Na segunda a metodologia utilizada na</p><p>pesquisa. Na terceira seção a análise dos dados obtidos a partir da implementação.</p><p>E finalizando nas considerações finais fizemos uma síntese dos resultados</p><p>encontrados na pesquisa, avaliando o resultado do trabalho.</p><p>1. A importância da Educação Financeira</p><p>KIYOSAKI e LECHTER (2000) argumentam que a educação financeira</p><p>tornou-se uma necessidade nos dias atuais içando-a ao mesmo patamar de</p><p>importância da educação acadêmica e profissional, pois é o tipo de educação que</p><p>contribui para a autonomia nas decisões, a liberdade de enfrentar os desafios do</p><p>cotidiano por meio das propagandas e discernir o que é melhor em cada situação.</p><p>A educação financeira visa preparar o indivíduo para a vida, trabalhando</p><p>questões como ganância, solidariedade, doações, tão relevantes no mundo atual,</p><p>sensibilizando - o, revelando-se um conhecimento pelo qual as pessoas de diversas</p><p>idades, níveis sociais, raça ou cor desenvolvam atividades que auxiliem na</p><p>manipulação do seu dinheiro.</p><p>Neste projeto assumimos educação financeira como sendo um processo no</p><p>qual se objetiva criar um hábito saudável em relação ao dinheiro, isto é, assumir a</p><p>atitude de aprendizado contínuo, no qual o indivíduo vai praticá-lo durante toda a</p><p>vida, na medida em que o pratica, sentir-se-á mais apto a tomar decisões de forma</p><p>autônoma e não se atrelando as armadilhas da mídia.</p><p>Existem vantagens advindas desse processo, podendo-se elencar dentre</p><p>outras o uso das noções matemáticas para o desenvolvimento de uma atitude crítica</p><p>e determinada diante dos desafios: a consciência da necessidade de</p><p>aperfeiçoamento constante; conhecimento básico para elaborar o planejamento</p><p>financeiro; ganho de autonomia na tomada de decisões durante uma compra,</p><p>podendo optar, com critério, pelo pagamento à vista ou a prazo; ter o discernimento</p><p>das melhores propostas na aquisição ou venda de um bem e o cultivo de hábitos de</p><p>poupança, bem como, preparar-se para o futuro.</p><p>1.1 A contribuição Escolar para Educação Financeira</p><p>Considerando que a educação financeira pode contribuir para mudança de</p><p>atitudes frente aos compromissos financeiros, estimulando o consumo3 consciente e</p><p>mediante o desafio que está posto à escola, há que se ressaltar a importância do</p><p>conhecimento matemático para viabilizar a educação financeira.</p><p>De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999), a</p><p>compreensão da matemática é essencial para que o cidadão saiba tomar decisões</p><p>em sua vida profissional e agir com equilíbrio frente às relações de consumo. Os</p><p>PCN ressaltam a importância da matemática para os jovens:</p><p>Em um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais</p><p>ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência</p><p>em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e</p><p>procedimentos matemáticos é necessário tanto para tirar conclusões e fazer</p><p>argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou</p><p>tomar decisões em sua vida pessoal e profissional. A Matemática no Ensino</p><p>Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o pensamento e o</p><p>raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel instrumental,</p><p>pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas</p><p>específicas em quase todas as atividades humanas. (p. 251).</p><p>O conhecimento matemático pode contribuir para o processo conscientização,</p><p>pois oferece ferramentas que permitem fazer uma leitura racional da situação que</p><p>caracteriza envolvimento financeiro, transcendendo e tornando-se suporte de</p><p>decisão na hora do consumo consciente.</p><p>3 Assume-se consumo consciente como resultante de reflexão prévia na qual distingue-se vontade de</p><p>necessidade no ato da compra e também envolve planejamento a respeito das reais condições de</p><p>pagamento do bem a ser adquirido.</p><p>No PCN+ (BRASIL, 2002), estão representadas algumas competências e</p><p>habilidades desejáveis a serem desenvolvidas nos estudantes e diretamente ligadas</p><p>à educação financeira:</p><p>[...] reconhecer e utilizar símbolos, códigos e nomenclaturas da linguagem</p><p>matemática; por exemplo, ao ler embalagens de produtos, manuais técnicos,</p><p>textos de jornais ou outras comunicações, compreender o significado de dados</p><p>apresentados por meio de porcentagens, escritas numéricas, potências de dez,</p><p>variáveis em fórmulas. Ler e interpretar diferentes tipos de textos com</p><p>informações apresentadas em linguagem matemática, desde livros didáticos</p><p>até artigos de conteúdo econômico, social ou cultural, manuais técnicos,</p><p>contratos comerciais, folhetos com propostas de vendas ou com plantas de</p><p>imóveis, indicações em bulas de medicamentos, artigos de jornais e revistas.</p><p>Compreender a responsabilidade social associada à aquisição e uso do</p><p>conhecimento matemático, sentindo-se mobilizado para diferentes ações, seja</p><p>em defesa de seus direitos como consumidor [...]. Conhecer recursos,</p><p>instrumentos e procedimentos econômicos e sociais para posicionar-se,</p><p>argumentar e julgar sobre questões de interesse da comunidade, como</p><p>problemas de abastecimento, educação, saúde e lazer, percebendo que podem</p><p>ser muitas vezes quantificados e descritos através do instrumental da</p><p>Matemática e dos procedimentos da ciência. (pp. 111- 116).</p><p>Apesar da potencialidade inerente à escola como agente socializador do</p><p>conhecimento, percebemos a necessidade da efetivação de meios mais eficazes ao</p><p>se abordar temas pertinentes à educação financeira.</p><p>KIYOSAKI e LECHTER (2000) apresentam uma postura crítica diante da</p><p>omissão do sistema de ensino com relação a uma proposta de Educação Financeira:</p><p>O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram nas</p><p>habilidades acadêmicas e profissionais, mas não nas habilidades</p><p>financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores</p><p>inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas</p><p>financeiros durante toda a sua vida. Nossa impressionante dívida nacional</p><p>se deve em boa medida a políticos e funcionários públicos muito instruídos</p><p>que tomam decisões financeiras com pouco ou nenhum treinamento na</p><p>área do dinheiro. (KIYOSAKI; LECHTER, 2000, p. 22).</p><p>Esta é uma realidade que pode e deve ser revertida por meio de intervenção</p><p>adequada no ambiente escolar, na qual temas relacionados ao valor do dinheiro no</p><p>tempo, o que são juros, as vantagens da compra à vista, o valor da poupança dentre</p><p>outros, sejam abordados de forma clara e objetiva a partir de situações reais.</p><p>Souza & Torralvo (2008) ilustram como consequência do analfabetismo</p><p>financeiro serem comuns as situações em que “alguns preferem pagar a parcela</p><p>mínima da fatura do cartão de crédito para não sacar recursos da poupança”</p><p>(SOUZA & TORRALVO, 2008, p. 17).</p><p>Tais decisões são decorrentes do fato de que dificilmente se ensina às</p><p>pessoas a lidar com o dinheiro, e a falta de formação financeira contribui para que</p><p>sejam feitas escolhas inadequadas.</p><p>Santos (2005) também, reafirma sua preocupação com a pouca importância</p><p>que se dá no currículo escolar, particularmente no ensino médio com a matemática</p><p>financeira, apesar da sua importância na vida das pessoas. Essa realidade pode ser</p><p>constatada por meio da posição que ocupa no Caderno de Expectativas de</p><p>Aprendizagem da Disciplina de Matemática (2012)4 nos conteúdos estruturantes em</p><p>tratamento da informação, a Matemática financeira, que até o 9º ano os alunos tem</p><p>de maneira bem superficial, e a disciplina mesmo fica limitada como último conteúdo</p><p>da 3ª série do ensino médio que dificilmente o professor consegue chegar a esse</p><p>conteúdo.</p><p>Outra questão que merece ser discutida é aversão que muitos</p><p>têm da</p><p>matemática, e por conta disso, excluindo-a na tomada de decisão na hora da</p><p>compra fazendo com que nem pensem nas dívidas que estão assumindo a longo</p><p>prazo e muito menos se tem condições de pagá-las.</p><p>Diante do exposto percebemos que há que se fazer algo; assim evocamos a</p><p>importância do papel do educador, enquanto formador de opinião, a dar sua</p><p>contribuição na interrupção do mundo vicioso do consumo5, por meio da educação</p><p>financeira, orientando jovens e adultos a agirem de forma mais racionais e menos</p><p>impulsiva diante das ofertas e propagandas.</p><p>1.2 METODOLOGIA</p><p>A metodologia utilizada foi pesquisa de campo e para analisar os dados</p><p>adotamos a Análise de Conteúdo, por ter-se apresentado de forma eficaz nas</p><p>pesquisas de cunho qualitativo em temas ligados à Educação Matemática. Análise de</p><p>conteúdo, segundo Bardin é:</p><p>Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por</p><p>procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das</p><p>4</p><p>Documento feito: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação</p><p>Básica. Curitiba: Seed / DEB- PR, 2008.</p><p>5</p><p>“mundo vicioso do consumo” é aquele em que consumir se torna mais que um hábito e sim um vício</p><p>desmedido e inconseqüente.</p><p>mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos</p><p>relativos às condições de produção/recepção destas mensagens.</p><p>(BARDIN, 2004, p. 37)</p><p>A análise de conteúdo pode ser compreendida, segundo Moraes e Galiazzi</p><p>(2007) como um processo auto-organizado de construção e de compreensões em</p><p>que novos entendimentos emergem a partir de uma sequência recursiva de três</p><p>componentes: a desconstrução dos textos do corpus6 seguida pela unitarização; o</p><p>estabelecimento de relações entre os elementos unitários, que converge à</p><p>categorização; o captar o emergente em que a nova compreensão é comunicada por</p><p>meio de um metatexto.</p><p>O trabalho de campo compreendeu a aplicação do questionário que ocorreu</p><p>na semana pedagógica com 113 inscritos, realizada em julho de 2014, na qual 45</p><p>professores e agentes educacionais do Colégio Marquês de Caravelas participaram,</p><p>e 24 dos encontros de intervenção.</p><p>Tais encontros ocorreram mediante a realização de 8 palestras cujos temas</p><p>foram definidos a partir do interesse revelado pelo grupo de colaboradores da</p><p>pesquisa por meio das respostas apresentadas nos questionários. Após a</p><p>realização das 8 atividades sugeridas no cronograma, os cursistas fizeram um</p><p>relatório respondendo a perguntas padronizadas distribuído pela professora.</p><p>Todos os 15 cursistas aderiram voluntariamente a proposta de preencher o</p><p>relatório de avaliação do curso respondendo as questões:</p><p>- Parabenizo;</p><p>- Critico;</p><p>- Dificuldades encontradas;</p><p>- O que este curso significou para mim?</p><p>- Nome do cursista;</p><p>- Nome do Colégio;</p><p>- Cargo ou disciplina;</p><p>- Data;</p><p>- Título do projeto;</p><p>Cada um dos 15 cursistas foi codificado por meio dos símbolos M1,</p><p>M2,...M15.</p><p>6 O conjunto de documentos tido em conta para serem submetidos aos procedimentos analíticos</p><p>(BARDIN, 2004, p.90)</p><p>Os temas abordados bem como as atividades estão discriminados no quadro</p><p>a seguir:</p><p>Encontros/</p><p>Carga horária</p><p>Desenvolvimento da temática Mês/ Ano</p><p>I Encontro/</p><p>4</p><p>horas</p><p>- Apresentação do Projeto de intervenção Pedagógica:</p><p>Leitura, apresentação e discussão da temática abordada</p><p>(objetivo, encaminhamento e avaliação)</p><p>- Vídeo da série “Manda quem pode Obedece quem tem</p><p>juízo” episódios 1 e 2”</p><p>- Tema: Por quê existem os juros?</p><p>- Atividade sugerida: análise da minha fatura de cartão de</p><p>crédito e pedir que tragam para o próximo encontro anotado o</p><p>que cada cursista utiliza, cheque, cartão, financiamentos,</p><p>solicitar que se alguém quiser trazer uma fatura de cartão de</p><p>crédito para analisarmos.</p><p>- Objetivo: mostrar que o juro pode trabalhar contra ou a</p><p>favor, sendo a educação financeira de cada pessoa fator</p><p>decisivo para isto.</p><p>Agosto /2015</p><p>II Encontro/</p><p>4</p><p>horas</p><p>- Vídeo: Pílulas de Coaching - Dinheiro com Ricardo Melo</p><p>- Tema: Quando se justifica contrair uma dívida?</p><p>- Atividade sugerida: aplicação do teste “Você sabe cuidar</p><p>bem do seu dinheiro”</p><p>- Objetivo: por meio desse teste o cursista irá se avaliar</p><p>como bom, médio, ineficiente ou muito ineficiente gestor do seu</p><p>próprio dinheiro e compartilhar os resultados dos testes com os</p><p>outros colegas de curso.</p><p>Agosto/ 2015</p><p>III Encontro/</p><p>4 horas</p><p>- Vídeo: “Manda quem pode Obedece quem tem juízo”</p><p>episódio 3</p><p>- Tema: À vista ou à prazo? A diferença pode ser</p><p>enorme!</p><p>- Atividade sugerida: medir o grau de desconhecimento</p><p>financeiro por meio de teste oral levando os cursistas a reflexão</p><p>- Objetivo: Perceber em qual nível o cursista se enquadra,</p><p>e sensibilizá-los nas mudanças de atitudes.</p><p>Agosto/ 2015</p><p>IV Encontro/</p><p>4 horas</p><p>- Vídeo: “Até que a sorte nos separe 2”</p><p>- Tema: Como liquidar as dívidas?</p><p>- Atividade sugerida: será distribuída impressa uma</p><p>Agosto/2015</p><p>planilha para que cada cursista faça seu orçamento mensal e</p><p>coloque no papel.</p><p>- Objetivo: visualizar o quanto gasta aproximadamente,</p><p>discriminando suas despesas.</p><p>V Encontro/</p><p>4 horas</p><p>- Vídeo: trecho da palestra sobre Coaching Financeiro</p><p>- Tema: Ganho mal ou administro mal o que ganho?</p><p>- Atividade sugerida: responder perguntas e se dar notas</p><p>anotando-as</p><p>- Objetivo: fazer uma auto análise para ver o nível de</p><p>independência financeira</p><p>Agosto/2015</p><p>VI Encontro/</p><p>4 horas</p><p>- Vídeo: “ Até que a sorte nos separe 1”</p><p>- Tema: As estratégias do mercado para fisgar você</p><p>- Atividade sugerida: Pergunta para reflexão: Você tem</p><p>mais que um cartão? Para que 14 cartões de crédito quando um</p><p>resolve? Você conta com o limite do seu cartão de crédito como</p><p>renda do seu orçamento mensal? Deixar a questão em aberto</p><p>para reflexão e discussão</p><p>- Objetivo: Refletir a respeito do consumo consciente, e</p><p>perceber que hábitos podem ser mudados.</p><p>Agosto/2015</p><p>VII Encontro/</p><p>4 horas</p><p>- Trecho da palestra sobre Coaching Financeiro</p><p>- Vídeo: ”Cartomante”</p><p>- Tema: O crédito consignado resolve o meu</p><p>problema?</p><p>- Atividade sugerida: anotar o passo a passo ao adquirir</p><p>uma lavadora de roupas</p><p>- Objetivo: observar se houve mudanças de</p><p>atitudes/hábitos</p><p>Agosto/2015</p><p>VIII Encontro/</p><p>4horas</p><p>- Vídeo“ Delírios de Consumo”</p><p>- Tema: Dicas para alcançar a estabilidade financeira</p><p>- Vídeo trecho da palestra “Equilíbrio na vida financeira”</p><p>- Atividade sugerida: aplicação do teste “ Você sabe</p><p>cuidar bem do seu dinheiro”, o mesmo que fizeram no</p><p>segundo encontro e um relatório</p><p>- Objetivo: a auto-avaliação do cursista e dos encontros</p><p>que irão auxiliar na elaboração do artigo final</p><p>Agosto/2015</p><p>Cada palestra iniciou-se com o trecho de vídeo motivacional para abrir o</p><p>debate do tema a ser abordado, a partir do segundo encontro, fizemos um feedback</p><p>do encontro anterior. Os encontros sempre finalizavam com uma atividade proposta:</p><p>fomentar diálogos entre professor e cursistas e entre os próprios cursistas por meio</p><p>de trocas de experiências, ideias, reflexões e debates.</p><p>2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS</p><p>A análise dos resultados concentrou-se em uma das questões respondida</p><p>pelos cursistas no preenchimento do relatório final, esse relatório foi estudado e</p><p>analisado. Das questões de ordem pessoal, adotamos a pergunta: O que esse curso</p><p>significou para mim? Para nossa pesquisa julgamos ser a que mais traduzia a</p><p>realidade enfrentada pelo cursista diante do cotidiano.</p><p>2.1 As Unidades de registro, categorização e interpretação</p><p>A construção das unidades de registro e a categorização, ocorreu por meio</p><p>dos processos de desconstrução das respostas apresentadas pelos cursistas ao</p><p>aplicarmos procedimentos pertinentes à análise de conteúdo. Esse processo foi</p><p>organizado após realizar inúmeros recortes nas respostas, fazendo uso de um</p><p>aplicativo do Windows – a planilha eletrônica Excel – como instrumento facilitador</p><p>entre as respostas e o respectivo cursista.</p><p>O movimento recursivo de idas e vindas ao corpus viabilizou o recorte e a</p><p>organização, segundo afinidades semânticas, das unidades de registro conforme</p><p>especificadas no Quadro 1. O quadro também contempla a identificação do código</p><p>dos cursistas.</p><p>Quadro 1 – As unidades de análise construídas a partir do corpus:</p><p>Afinidade Semântica Unidade de Registro</p><p>As falas dão evidências de que</p><p>reconhece a importância da</p><p>educação financeira</p><p>"Aprendizado útil e prático". M1</p><p>"aprendizado de como lidar com dinheiro" . M14</p><p>"Oportunidade de aprender". M7</p><p>"Aprendizado".M4</p><p>"Aprendizagem para administrar o dinheiro".M6</p><p>"aprendizado de como lidar com dinheiro, a ter uma educação</p><p>financeira" . M14</p><p>As falas revelam que o cursista</p><p>“enxergou-se” e despertou para a</p><p>necessidade de mudança</p><p>“tomei consciência do quanto sou consumista”.M12</p><p>"um alerta". M8</p><p>"O curso me fez reavaliar alguns aspectos e refletir sobre o</p><p>que e porque consumimos". M15</p><p>“Um termômetro para refletir sobre minhas finanças,reafirmar,</p><p>alertar”. M9</p><p>"Certeza da necessidade de planejamento financeiro".M13</p><p>As falas evidenciam o desejo de</p><p>aplicar o conhecimento adquirido</p><p>“[...]preciso planejar minha vida financeira para ter uma</p><p>qualidade de vida melhor”. M12</p><p>"[...] colocarei em prática na vida" . M14</p><p>" uma iniciativa para poupar e aproveitar melhor meu salário".</p><p>M5</p><p>"Me fez refletir sobre minha vida financeira e me deu dicas de</p><p>como melhorá-la".M11</p><p>Uma nova maneira de repensar minha vida financeira.M3</p><p>“[...]não se endividar".M6</p><p>“[...]saber organizar-se financeiramente”.M9</p><p>"mudança de hábito". M2</p><p>"mudar minha postura sobre o assunto". M10</p><p>Fonte: Dados primários</p><p>A partir da organização das unidades de registro foram construídas 3</p><p>categorias. Tais categorias levaram em consideração os seguintes contextos:</p><p>Categoria C1: Nesta categoria estão todas as falas que expressam o</p><p>reconhecimento da importância do conhecimento teórico de como lidar com as</p><p>finanças, no entanto tais afirmações restringem-se ao nível da compreensão.</p><p>Observamos que a maioria dos cursistas citam o termo “aprendizado”</p><p>revelando que os temas abordados responderam alguns de seus anseios; no</p><p>entanto segundo Godfrey (2007) aprender a lidar bem com o dinheiro está</p><p>diretamente relacionado ao cultivo de outros valores, dentre eles a cidadania. Nesta</p><p>perspectiva as falas assumem uma dimensão sócio-político-pedagógica, pois, além</p><p>de contribuir para a saúde financeira, repercute na formação do cidadão.</p><p>Categoria C2: Nesta categoria estão todas as falas que expressam o</p><p>reconhecimento da assimilação do conteúdo e da necessidade da mudança de</p><p>atitude, em que os cursistas atingiram uma modificação intelectual mais elevada</p><p>proporcionando a compreensão de uma nova realidade, no entanto tais afirmações</p><p>restringem-se ao nível da reflexão. A reflexão é primordial para o processo de</p><p>mudança, pois ela é que nos conduz à tomada de consciência e ao desejo de</p><p>mudança. Assim, as falas apresentadas na categoria 2 expressam essa realidade.</p><p>Categoria C3: Nesta categoria estão todas as falas que expressam atitudes que vão</p><p>além do reconhecimento da importância e o desejo da aplicação do conhecimento</p><p>adquirido. Kotler e Keller (2005, p.185) afirmam que quando as pessoas agem, elas</p><p>aprendem e modificam o comportamento e a experiência é um fator relevante para</p><p>isso. Considerando que as atitudes são aprendidas, Schiffman e Kanuk (2000)</p><p>esclarecem que o aprendizado é essencial para o processo de consumo e que as</p><p>atitudes estão ligadas diretamente aos condicionamentos clássico, condicionamento</p><p>instrumental ou operante e teoria cognitiva da aprendizagem.</p><p>No quadro a seguir estão identificadas as categorias com os respectivos</p><p>códigos dos cursistas.</p><p>Quadro 2 – Categorias construídas a partir das unidades de registro.</p><p>Categorias Cursistas</p><p>C1 - Reconhecimento da importância</p><p>M1, M4, M6, M7, M14</p><p>C2 - Tomada de consciência</p><p>M8, M9,M12, M13, M15</p><p>C3 - Intenção de mudança</p><p>M2, M3, M5,M6,M9,M10,M11,M12,M14</p><p>Fonte: Dados primários</p><p>O movimento viabilizado pela análise de conteúdo permitiu a construção de</p><p>novas compreensões dentre elas percebemos que as falas dos cursistas revelam uma</p><p>migração de atitude passiva para reflexiva a prática.</p><p>A figura a seguir intenta descrever o processo percebido por meio do</p><p>movimento da pesquisa a partir da fala dos cursistas, na qual está evidenciado a</p><p>migração de uma atitude passiva (reconhecimento), perpassando por uma atitude</p><p>reflexiva (reflexão) e transcendendo ao nível prático (aplicação).</p><p>Percebe-se uma evolução nas categorias na forma como estão organizadas,</p><p>partindo do propósito teórico de mudança, passando por uma atitude mais reflexiva e</p><p>culminando com uma manifestação atitudinal.</p><p>2.2 Grupo de Trabalho em Rede (GTR)</p><p>Após a implementação foi disponibilizado e realizado a 20 professores da</p><p>rede pública no Grupo de Trabalho em Rede (GTR), o Projeto de Intervenção; a</p><p>Produção Didática e os resultados da implementação. Houve discussão, interação,</p><p>sugestões entre os participantes e o tutor, o que contribuiu para o enriquecimento</p><p>desse material e das práticas de sala de aula dos cursistas.</p><p>O resultado alcançado por meio dos cursistas, participantes do Grupo de</p><p>Trabalho em Rede (GTR), foi gratificante e serviu para ressaltar a valorização que</p><p>deve ser atribuída em trabalhar a Educação Financeira nas escolas. Bem como,</p><p>fortalecer a ideia de que a temática precisa ser inserida na grade curricular do aluno,</p><p>desde o início da sua vida escolar, destacando-se principalmente a diferenciação em</p><p>forma de palestras com professores, agentes educacionais, e os próprios cursistas</p><p>sugeriram também trabalhar com as famílias e em feiras culturais contemplando</p><p>também a comunidade.</p><p>Reconhecimento Reflexão Aplicação</p><p>3 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O projeto foi um curso de formação pedagógica oferecido a professores e</p><p>agentes educacionais por meio das palestras e trechos de filmes, atividades</p><p>motivadoras sobre Educação Financeira para o Consumo Consciente.</p><p>Os resultados sinalizam uma sensibilização ocorrida nos professores, os</p><p>quais expressaram o reconhecimento da necessidade da educação financeira como</p><p>conhecimento indispensável para o equilíbrio das finanças pessoais. Tal fato</p><p>evidencia-se na reconstrução elaborada por meio da análise de conteúdo que</p><p>revelou um processo de migração da atitude de reconhecimento, deflagrando uma</p><p>atitude reflexiva e revelando a intenção de mudança na prática por meio da</p><p>aplicação no cotidiano do que foi vivenciado no curso.</p><p>Foi consensual por parte dos cursistas a importância e a necessidade da</p><p>inclusão desse conteúdo na grade curricular desde as séries iniciais a fim de</p><p>promover a formação de uma consciência voltada à reflexão acerca do consumismo.</p><p>Aplicar a estratégia metodológica, Educação Financeira, foi uma experiência</p><p>gratificante, pois comprovamos o quanto os professores e agentes educacionais</p><p>sentem-se preocupados e motivados a estudar a temática, a ponto de demonstrarem</p><p>interesse em aprofundarem seus conhecimentos.</p><p>A falta de preparo em lidar com o dinheiro e como conseqüência o</p><p>endividamento foi uma realidade constatada entre os cursistas, realidade esta</p><p>contemplada nas discussões por meio de comparações do próprio dia a dia,</p><p>levantamento de hipóteses, simulações da realidade</p><p>por meio de experiências</p><p>compartilhadas e sugestões de atividades práticas.</p><p>A Educação Financeira produzirá resultados mais consistentes se trabalhada</p><p>desde a infância nas escolas, corroborando ao esforço familiar acerca do uso</p><p>adequado do dinheiro, pois os ensinamentos dos pais pode mostrar-se passível de</p><p>ajustes por advirem de diferentes visões acerca do dinheiro. Fica a sugestão que a</p><p>educação financeira seja inserida na grade curricular, pois assim estaríamos</p><p>disseminando o conhecimento. Precisamos plantar a semente, hoje, pois a criança</p><p>de hoje será o futuro do nosso país.</p><p>A realização da pesquisa agregou valores e conhecimento ao pesquisador,</p><p>apesar de suas limitações. Dentre estas citamos o fato da impossibilidade de</p><p>acompanhamento na fase de aplicação dos conhecimentos obtidos por parte dos</p><p>cursistas, o que provavelmente ocorrerá após o término do curso. Tal limitação pode</p><p>ser vista também como a possibilidade de futuras investigações para novos</p><p>pesquisadores.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo.3ª Ed. Lisboa, Portugal: Edições 70,</p><p>2004.</p><p>BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.</p><p>BRASIL, Ministério de Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.</p><p>PCN+ Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos</p><p>Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas</p><p>Tecnologias. Brasília: MEC, 2002.</p><p>BRASIl, Ministério da Educação .Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino</p><p>Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.</p><p>GODFREY, Neale S. Dinheiro não dá em árvore: um guia para os pais criarem</p><p>filhos financeiramente responsáveis. Tradução de Elizabeth Arantes Bueno. São</p><p>Paulo: Jardim dos Livros, 2007.</p><p>KIYOSAKI, Robert T.; LECHTER, Sharon L. Pai Rico, Pai pobre – O que os ricos</p><p>ensinam para seus filhos sobre dinheiro. 54º Ed., São Paulo: Campus, 2000.</p><p>KOTLER, Philip; KELLER, Lane Kevin.Administração de marketing.ROSENBERG,</p><p>Mônica; FREIRE, Cláudia; FERNANDES, Brasil Ramos (trad). SãoPaulo: Peason,</p><p>2006.</p><p>MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.</p><p>SANTOS, Giovana Lavinia da Cunha; SANTOS, Cesar Sátiro dos. Rico ou pobre:</p><p>uma questão de educação. Campinas: Armazém do Ipê (Autores Associados),</p><p>2005.</p><p>SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do consumidor.6ª</p><p>Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.</p><p>SOUZA, Almir Ferreira de; TORRALVO, Caio Fragata. Aprenda a administrar o</p><p>próprio dinheiro: coloque em prática o planejamento financeiro pessoal e viva</p><p>com mais liberdade. São Paulo: Saraiva, 2008.</p>

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