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<p>Sistema Urinário</p><p>Entrada diária de água:</p><p>O volume de água contabilizado no corpo surge</p><p>de 2 formas:</p><p>● água ingerida de bebidas ou alimentos;</p><p>● sintetizada a partir da oxidação carboidratos.</p><p>Perda diária de água:</p><p>Perda insensível de água: perda constante de</p><p>água por evaporação e difusão através da pele.</p><p>Aumenta no inverno.</p><p>● Perda de líquido no suor;</p><p>● Perda de água nas fezes;</p><p>● Perda de água pelos rins.</p><p>Líquidos corporais:</p><p>Os líquidos corporais são distribuídos em</p><p>líquidos extra e intracelulares:</p><p>● Líquido extracelular: dividido em líquido</p><p>intersticial e plasma sanguíneo. Constitui cerca de</p><p>20% do peso corporal. Os líquidos estão sempre</p><p>em contato, pois eles trocam substâncias através</p><p>dos poros das membranas capilares.</p><p>● Líquido intracelular: constitui cerca de 40%</p><p>do peso corporal. O líquido em cada célula contém</p><p>sua composição individual de diferentes</p><p>substâncias, porém similar às outras células.</p><p>Um compartimento menor chamado de líquido</p><p>transcelular inclui os líquidos dos espaços</p><p>sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e</p><p>o líquido cefalorraquidiano.</p><p>Com o envelhecimento o percentual total de</p><p>água diminui devido ao aumento de tecido adiposo.</p><p>Mulheres, por tendência a terem mais tecido</p><p>adiposo, têm menor porcentagem de água.</p><p>Equilíbrio Osmótico</p><p>Altas pressões osmóticas podem ser</p><p>desenvolvidas através da membrana celular com</p><p>alterações relativamente pequenas da</p><p>concentração de solutos no líquido extracelular. A</p><p>água se move entre a membrana celular quando os</p><p>líquidos intra e extracelular não estão em equilíbrio</p><p>osmótico.</p><p>● Solução isotônica: não altera o volume da</p><p>célula.</p><p>● Solução hipotônica: a água se difunde do</p><p>líquido extracelular para a célula causando</p><p>inchaço.</p><p>● Solução hipertônica: a água sai da célula para</p><p>o líquido extracelular.</p><p>Funções dos rins</p><p>Excreção de produtos indesejáveis: ureia,</p><p>creatinina, ácido úrico, produtos finais da</p><p>degradação da hemoglobina, metabólitos de</p><p>vários hormônios. Esses produtos indesejáveis</p><p>devem ser eliminados do corpo tão rápido</p><p>quanto produzidos;</p><p>Regulação do balanço hídrico e de</p><p>eletrólitos; para manter a homeostase, a</p><p>excreção de água e eletrólitos devem ser</p><p>calculados de forma a igualar entrada e saída;</p><p>Regulação da osmolaridade;</p><p>Regulação da pressão arterial: controla a</p><p>pressão arterial a longo prazo pela excreção de</p><p>água e sódio. A curto prazo regulam a pressão</p><p>arterial pela secreção de hormônios e</p><p>fatores/substâncias vasoativas;</p><p>Regulação do balanço ácido básico: excretam</p><p>ácidos e regulam os estoques de tampões dos</p><p>líquidos corporais;</p><p>Secreção, metabolismo e excreção de</p><p>hormônios;</p><p>Regulação da produção de eritrócitos: os rins</p><p>secretam eritropoetina que estimula a produção</p><p>de hemácias pelas células tronco</p><p>hematopoiéticas. Pessoas com doença renal</p><p>podem desenvolver anemia grave;</p><p>Gliconeogênese;</p><p>Regulação da produção de vitamina D.</p><p>O rim</p><p>O néfron e a unidade funcional do rim</p><p>O rim não pode regenerar novos néfrons. Cada néfron contém um grupo de capilares glomerulares que têm</p><p>pressão hidrostática alta e longo túbulo no qual o líquido filtrado é convertido em urina no trajeto para a pelve renal.</p><p>O glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman.</p><p>O líquido filtrado dos capilares flui para o interior da cápsula e, a partir disso, para o interior do túbulo proximal</p><p>que se situa na zona cortical renal. O próximo lugar é para o interior da alça de Henle que mergulha na medula renal.</p><p>Cada alça consiste em ramos ascendentes e descendentes. A parte descendente e inferior é chamada de segmento</p><p>delgado da alça de Henle, já a porção ascendente é chamada de segmento espesso do ramo ascendente.</p><p>A partir disso se chega na mácula densa, passando para o túbulo conector e o túbulo coletor cortical e</p><p>medular. Eles, finalmente, desembocam na pelve renal pelas papilas renais.</p><p>Formação da Urina</p><p>Filtração glomerular - a primeira etapa da formação de urina</p><p>A formação de urina começa quando grande quantidade de líquido sem proteínas é filtrada dos capilares</p><p>glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. A maior parte das substâncias livres no plasma, exceto as</p><p>proteínas, é livremente filtrada.</p><p>Para cada substância plasmática, ocorre a combinação de filtração, reabsorção e secreção. A intensidade</p><p>com que cada substância é excretada na urina depende das intensidades relativas desses 3 processos básicos.</p><p>A maior parte das substâncias que têm que ser eliminadas do corpo é pouco reabsorvida e excretada em</p><p>grandes quantidades na urina. De modo oposto, íons úteis são muito reabsorvidos e aparecem em poucas</p><p>concentrações na urina, já os aminoácidos e a glicose, em condições normais, são completamente reabsorvidos e</p><p>não aparecem na urina. Cada um dos processos é regulado conforme as necessidades do corpo. A alta taxa de</p><p>filtração glomerular permite o controle rápido e preciso do volume e da composição dos líquidos corporais.</p><p>A membrana capilar glomerular é composta por endotélio capilar, membrana basal e uma camada de células</p><p>epiteliais (podócitos) sobre a superfície externa da membrana basal capilar. Juntas, essas camadas, compõem a</p><p>barreira à filtração.</p><p>A filtrabilidade dos solutos é inversamente relacionada ao seu tamanho, eletrólitos e pequenos compostos</p><p>orgânicos como a glicose são livremente filtrados. Partículas maiores que a albumina e de carga negativa têm</p><p>filtração restrita. Moléculas positivas são filtradas mais rapidamente.</p><p>Aumentando-se a pressão hidrostática na cápsula de Bowman, reduz-se a filtração glomerular; enquanto que</p><p>se diminui a pressão hidrostática, aumenta a filtração.</p><p>Variações da pressão hidrostática glomerular servem como modo primário para a regulação fisiológica da FG.</p><p>A pressão hidrostática é determinada por 3 variáveis: pressão arterial, resistência arteriolar aferente e resistência</p><p>arteriolar eferente:</p><p>● Pressão arterial: eleva a pressão hidrostática glomerular e portanto aumenta a filtração glomerular.</p><p>● Resistência arteriolar aferente: reduz a pressão hidrostática glomerular e diminui a FG. De modo oposto, a</p><p>dilatação das arteríolas aferentes aumenta tanto a pressão hidrostática glomerular quanto a FG.</p><p>● Resistência arteriolar eferente: essa constrição aumenta a resistência do fluxo de saída dos capilares</p><p>glomerulares elevando a pressão hidrostática glomerular e a FG. Constrições eferentes graves tendem a</p><p>reduzir a FG.</p><p>Essas variáveis são influenciadas pelo sistema nervoso simpático, por hormônios e por autacóides</p><p>(substâncias vasoativas são liberadas nos rins e agem localmente) e outros controles por feedback intrínsecos aos</p><p>rins.</p><p>A ativação do Sistema Nervoso Simpático diminui a FG: produz constrição das arteríolas renais e diminui</p><p>o fluxo sanguíneo arterial e a FG, porém um estímulo fraco ou moderado não interfere. Os hormônios que causam</p><p>essa constrição são a endotelina, norepinefrina e epinefrina. A angiotensina II provoca constrição das arteríolas</p><p>eferentes. O óxido nítrico diminui a resistência vascular renal e aumenta a FG. Assim como a prostaglandina e</p><p>bradicininas tendem a aumentar a FG.</p><p>Após o filtrado entrar nos túbulos renais, ele flui para as porções sucessivas: túbulo proximal ⇒ alça de</p><p>Henle⇒ túbulo distal ⇒ túbulo coletor⇒ ducto coletor. Ao longo desse curso, algumas substâncias são seletivamente</p><p>reabsorvidas enquanto outras são secretadas.</p><p>Excreção urinária = �ltração glomerular - reabsorção tubular</p><p>+ secreção tubular</p><p>A reabsorção, para muitas substâncias, têm papel bem mais importante do que o da secreção na</p><p>determinação da intensidade final da excreção urinária. No entanto, a secreção é responsável por quantidades</p><p>significativas de íons potássio, íons hidrogênio e de outras poucas substâncias que aparecem na urina.</p><p>Reabsorção tubular</p><p>A reabsorção tubular é muito seletiva. Algumas substâncias como glicose e aminoácidos são quase 100%</p><p>reabsorvidas, já outros como sódio, cloreto e bicarbonato também são muito reabsorvidos, porém a sua regulação se</p><p>dá conforme a necessidade e concentração no organismo. Resíduos de produtos como ureia e creatinina, são pouco</p><p>reabsorvidos sendo excretados</p><p>em altas quantidades.</p><p>Para que a substância seja reabsorvida, ela deve ser transportada através das membranas epiteliais</p><p>tubulares para o líquido intersticial renal e posteriormente através da membrana dos capilares peritubulares para o</p><p>líquido intersticial que inclui o transporte ativo ou passivo.</p><p>Transporte ativo primário: é acoplado diretamente à fonte de energia. Pode mover solutos contra seu</p><p>gradiente eletroquímico.</p><p>Exemplo: bomba de sódio potássio.</p><p>Transporte ativo secundário: é acoplado indiretamente à fonte de energia.</p><p>Exemplo: glicose</p><p>A reabsorção passiva de água por osmose está acoplada principalmente à reabsorção de sódio. No túbulo</p><p>proximal, a permeabilidade à água é sempre elevada e ela é rapidamente absorvida quanto os solutos. No ramo</p><p>ascendente da Alça de Henle a permeabilidade à água é sempre baixa de forma que não ocorre reabsorção. Já nas</p><p>últimas porções - túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores - pode ser alta ou baixa dependendo do ADH.</p><p>Túbulo Contorcido Proximal</p><p>Absorve a totalidade da glicose e aminoácidos e aproximadamente 70% da água, além de bicarbonato,</p><p>cloreto de sódio, íons de cálcio e fosfato. O sódio é reabsorvido de forma ativa pela enzima Na K-ATPase. Quando a</p><p>quantidade de glicose excede a capacidade de absorção dos túbulos, forma a glicosúria. Além disso, ocorre a</p><p>secreção de creatinina e substâncias estranhas ao organismo.</p><p>Alça de Henle</p><p>A sua função é retenção de água. O segmento delgado descendente é altamente permeável à água devido</p><p>aos canais de aquaporina. Já o segmento delgado ascendente é pouco permeável. Os diuréticos de alça aumentam</p><p>a excreção de sódio e cloro e indiretamente de cálcio e magnésio, com a queda dos solutos no interstício medular,</p><p>reduz a reabsorção de água no túbulo coletor aumentando a sua eliminação.</p><p>Túbulo Contorcido Distal</p><p>Esta porção não é permeável à água nem à ureia, entretanto, na sua membrana, o carreador Na - Cl promove</p><p>a entrada de sódio e cloreto na célula tubular.</p><p>Túbulos Coletores</p><p>O filtrado que deixa o túbulo contorcido distal e entra nos túbulos coletores é hipotônico. Ele também é</p><p>submetido aos mesmos gradientes osmóticos dos segmentos descendentes e ascendentes da alça de Henle. Na</p><p>ausência do hormônio antidiurético (ADH), as células são impermeáveis à água e a urina permanece hipotônica. Sob</p><p>a influência do ADH, as células se tornam permeáveis à água e à ureia e a urina fica hipertônica.</p>