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<p>Imprimir</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A superfície terrestre pode ser toda representada na forma matricial (raster), ou seja, todos os fenômenos,</p><p>processos e atributos podem ser demonstrados a partir de uma imagem ou modelos digitais. Esses modelos</p><p>digitais consistem em um conjunto de informações que representam algum alvo ou objeto, e o</p><p>processamento desses modelos podem gerar outras variáveis.</p><p>Um exemplo de modelo muito utilizado é o MDE (Modelo Digital de Elevação), que consiste em nada mais do</p><p>que a elevação/altitude da superfície terrestre. A utilização de SIGs (Sistemas de Informação Geográ�ca) para</p><p>processar esses modelos pode gerar informações que são geralmente aplicadas a estudos ambientais,</p><p>principalmente no âmbito dos recursos hídricos.</p><p>Bons estudos!</p><p>Aula 1</p><p>MODELAGEM DE DADOS GEOGRÁFICOS</p><p>A utilização de SIGs (Sistemas de Informação Geográ�ca) para processar esses modelos pode gerar</p><p>informações que são geralmente aplicadas a estudos ambientais, principalmente no âmbito dos recursos</p><p>hídricos.</p><p>ELABORAÇÃO DE MAPAS DIGITAIS</p><p> Aula 1 - Modelagem de dados geográ�cos</p><p> Aula 2 - Interpretação e classi�cação de imagens</p><p> Aula 3 - Tomada de decisão</p><p> Aula 4 - Metodologias de análise de dados</p><p> Aula 5 - Revisão da unidade</p><p> Referências</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 1/30</p><p>A SUPERFÍCIE TERRESTRE REPRESENTADA POR MATRIZES</p><p>Olá, estudante! Você se lembra como os dados do sensoriamento remoto podem ser apresentados?</p><p>Relembrar os tipos de dados ou como os dados podem ser apresentados espacialmente é muito importante</p><p>para entender como as variáveis podem ser representadas/visualizadas. A partir disso, é essencial</p><p>compreender essas representações para conhecer e entender os modelos e a modelagem. Vamos lá?!</p><p>Dentre os modelos utilizados na representação das informações, temos o modelo vetorial e o matricial. O</p><p>modelo vetorial consiste na representação de alvos e objetos utilizando pontos polígonos e linhas. Já o modelo</p><p>matricial (raster) é composto por uma matriz que possui linhas e colunas, formando assim os pixels. O pixel é</p><p>o elemento que possui a informação referente à variável ou ao atributo estudado na superfície da terra. Na</p><p>Figura 1 segue um esquema de representação do modelo vetorial e matricial.</p><p>Figura 1 | Modelos de representação vetorial e matricial</p><p>Fonte: Macário et al. (2020, p. 97).</p><p>Os dados matriciais possuem muitas vantagens, por exemplo, a estrutura de dados é mais simples quando</p><p>comparada com o modelo vetorial; possui capacidade de representação de um grande volume de dados; é um</p><p>modelo fácil de modi�car através do uso de softwares; é bom para representação de imagens e possui a</p><p>facilidade de fazer a superposição com outras informações e também de modelagem (CARVALHO; SILVA,</p><p>2008).</p><p>Os modelos ou representações matriciais podem ter origem de diversas fontes, as mais comuns utilizadas são</p><p>as provindas da interpolação e informações que são geradas por sensores remotos. São exemplos desde</p><p>aqueles sensores que obtêm uma informação de forma direta, como os sensores que operam em bandas do</p><p>espectro eletromagnético, até ao processamento dessas informações para gerar resultados de forma indireta.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 2/30</p><p>Os modelos espacial ou digital de informações geralmente são feitos utilizando esses dados matriciais, pois a</p><p>capacidade de predição de grandes volumes de dados tem aumentado com o avanço das tecnologias da</p><p>informação, como é o caso do desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográ�ca (SIG) (REDDY, 2018).</p><p>Portanto, algoritmos cada vez mais robustos estão surgindo, associados à rede mundial de computadores,</p><p>que são implementados para análises rápidas e com acurácia de dados de naturezas variadas (MILLER et al.,</p><p>2017).</p><p>Várias técnicas de estatística, como regressão e/ou classi�cação, potencializam a capacidade de percepção</p><p>humana da realidade, pois permitem a antecipação ou recuperação de eventos e, dessa forma, a observação</p><p>de tendências e padrões de comportamento dos dados para orientação, quanto à tomada de decisão em</p><p>diversos campos da ciência (HENGL; MACMILLAN, 2019).</p><p>Os modelos digitais podem ter várias aplicações nas mais diversas áreas, principalmente na área ambiental.</p><p>Existem diversos modelos voltados para a representação dos atributos da superfície da terra, que servem</p><p>essencialmente para questões/resoluções de problemas. Esses modelos possuem diversas aplicações,</p><p>podendo ser de caráter ambiental, negócios e marketing, aplicados à saúde, infraestrutura, urbanismo,</p><p>hidrologia, mineração, gestão de recursos naturais, de questões climáticas e populacionais, contemplando os</p><p>domínios do espaço (mapas) e tempo (simulações).</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 3/30</p><p>MODELOS DIGITAIS</p><p>Você sabe de onde são obtidos os modelos digitais? O que eles representam? Os modelos podem ser obtidos</p><p>ou processados de diversas formas e representar inúmeros atributos. A maioria das informações podem ser</p><p>obtidas por sensores multiespectrais como os sensores acoplados em satélites, sonares (sensores acústicos)</p><p>(Figura 2), que são muito utilizados em embarcações, radares e LIDAR (Pulsos de laser formando nuvens de</p><p>pontos) (Figura 3).</p><p>Figura 2 | Exemplo de sonar acoplado em uma embarcação</p><p>Fonte: Wikimedia Commons.</p><p>Figura 3 | Exemplo de produto gerado a partir de um sensor LIDAR</p><p>Fonte: Wikimedia Commons.</p><p>Agora que podemos ter várias informações, provindas de diversos sensores, o que fazer? Como posso</p><p>modelar as informações matriciais/raster?</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 4/30</p><p>As informações podem ser modeladas de diversas formas. Um exemplo disso é a sobreposição de várias</p><p>camadas (pixel a pixel), gerando a composição colorida de imagens. Esse procedimento consiste na</p><p>sobreposição de bandas espectrais obtidas de satélites (sensores multiespectrais). Essas informações</p><p>espectrais são divididas em bandas, cada banda representa uma parte do espectro eletromagnético, portanto,</p><p>podem representar o espectro do visível, como as cores primárias correspondentes ao verde, azul e vermelho,</p><p>que quando sobrepostas geram uma imagem colorida (Figura 4).</p><p>Figura 4 | Imagem em composição colorida</p><p>Fonte: Inpe ([s. d.]).</p><p>A modelagem também pode ser feita a partir de álgebra de mapas, ou seja, através de operações de divisão,</p><p>subtração, adição, entre outras. Essas operações podem gerar outras informações, como a obtenção de</p><p>índices de vegetação, água, solo etc.</p><p>Um dos modelos mais utilizados para processamento de informações são os Modelos Digitais de Elevação</p><p>(MDE) ou os Modelos Numéricos de Terreno (MNT). O MDE e MNT podem ser obtidos a partir de sensores</p><p>orbitais ou até mesmo de levantamentos topográ�cos. Esses modelos representam a altitude da superfície</p><p>terrestre e o seu processamento pode gerar diversas outras informações. O MNT é utilizado na forma de uma</p><p>variável “z” de uma dada área da superfície terrestre; essa variável pode ser de qualquer natureza, podendo</p><p>ser dados de relevo, levantamentos de profundidades de um curso d’água ou do mar, informação geológicas,</p><p>informações meteorológicas e dados geoquímicos e geofísicos. Já o MDE é utilizado exclusivamente para a</p><p>modelagem de relevo. O MNT pode ser obtido</p><p>1, 2017.</p><p>YAGER, R. R. On ordered weighted averaging aggregation operators in multicriteria decisionmaking. IEEE</p><p>Transactions on systems, Man, and Cybernetics, v. 18, n. 1, p. 183-190, 1988.</p><p>YALCIN, A. GIS-based landslide susceptibility mapping using analytical hierarchy process and bivariate statistics</p><p>in Ardesen (Turkey): comparisons of results and con�rmations. Catena, v. 72, n. 1, p. 1-12, 2008.</p><p>Aula 5</p><p>BARBOSA, C. C. Álgebra de mapas e suas aplicações em sensoriamento remoto e geoprocessamento.</p><p>Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Paulo, 1997.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 29/30</p><p>Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.</p><p>COLWELL, R. N. Photographic interpretation for civil purposes. In: AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY.</p><p>Manual of Photographic Interpretation. 2. ed. Washington, 1952. p. 535-602.</p><p>GARCIA, G. J. Sensoriamento remoto: princípios e interpretação de imagens. São Paulo: Nobel, 1982. 357p.</p><p>TAFFARELLO, D.; CALIJURI, M. C.; VIANI, R. A. G.; MARENGO, J. A.; MENDIONDO, E. M. Hydrological services in</p><p>the Atlantic Forest, Brazil: An ecosystem-based adaptation using ecohydrological monitoring. Climate</p><p>Services, v. 8, p. 1-16, 2017.</p><p>ZOLIN, C. A.; FOLEGATTI, M. V.; MINGOTI, R.; SÁNCHEZ-ROMÁN, R. M.; PAULINO, J.; GONZÁLES, A. M. G. O.</p><p>Minimização da erosão em função do tamanho e localização das áreas de �oresta no contexto do programa</p><p>conservador das águas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, p. 2157-2166, 2011.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 30/30</p><p>https://storyset.com/</p><p>https://www.shutterstock.com/pt/</p><p>por meio da interpolação de curvas de nível extraídas de uma</p><p>carta topográ�ca ou através de imagens de sensores remotos.</p><p>Um dos Modelos Digitais de Elevação mais utilizados são os provindos do sensor SRTM (Shuttle Radar</p><p>Topography Mission) e do projeto TOPODATA. O SRTM é uma missão desenvolvida pela National Imagery and</p><p>Mapping Agency (NIMA) e a National Aeronautics and Space Administration (NASA), com o objetivo da</p><p>produção de um banco de dados digitais para todo o planeta, necessários na elaboração de um Modelo Digital</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 5/30</p><p>de Elevação (MDE) das terras continentais. Já o projeto TOPODATA oferece o Modelo Digital de Elevação (MDE)</p><p>e suas derivações locais básicas em cobertura nacional, elaborados a partir dos dados SRTM disponibilizados</p><p>pelo USGS na rede mundial de computadores.</p><p>Entender e saber interpretar essas informações, como o MDE e MNT, pode ser de grande utilidade e</p><p>importância, pois muitas variáveis obtidas do processamento dessas informações têm alta aplicação em</p><p>diversos estudos da área ambiental.</p><p>MDE – DELIMITAÇÃO DE BACIAS E DRENAGEM</p><p>O relevo pode ser representado de algumas formas, como linhas digitalizadas (curvas de nível), em grade TIN</p><p>(Triangular Irregular Network), que também é conhecida como grade triangular irregular e representada em</p><p>grade ou matriz. Esses tipos de formas ajudam a estudar processos que são in�uenciados pelo relevo, pois a</p><p>estimativa morfológica da superfície da terra é essencial ao conhecimento dos processos químicos, físicos e</p><p>biológicos que acontecem na paisagem.</p><p>O Modelo Digital de Elevação (MDE) é a representação digital de uma área da superfície, dada por uma matriz</p><p>de pixels com coordenadas (x, y) e um valor de intensidade do pixel (z), correspondente à elevação, como</p><p>representado na Figura 5.</p><p>Figura 5 | Modelo Digital de Elevação – SRTM</p><p>Fonte: elaborada pelo autor.</p><p>Esses modelos (MDE) permitem que as delimitações automáticas das bacias hidrográ�cas sejam feitas com</p><p>maior precisão, pois consideram os dados altimétricos do terreno em suas etapas de processamento. Dentre</p><p>as vantagens do uso do MDE, destaca-se a possibilidade de representar o relevo de forma �dedigna;</p><p>assegurar a direção e o acúmulo do escoamento super�cial para a drenagem mapeada e garantir a</p><p>consistência hidrológica. Para realizar esse tipo de processamento, é necessária a utilização de um Sistema de</p><p>Informação Geográ�ca (SIG), que apresenta plug-ins ou pacotes especí�cos para processar a imagem. Os</p><p>MDEs apresentam uma coincidência entre os cursos d’água (rede de drenagem) derivados numericamente e a</p><p>hidrogra�a real, estando isentos de sumidouros (depressões espúrias), vazamentos de bacias, cavernas e</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 6/30</p><p>estruturas que bloqueiem o trajeto do escoamento super�cial. Portanto, caso a drenagem possua um</p><p>barramento do tipo reservatório, como aqueles utilizados para represar água, estes não serão considerados</p><p>na geração da drenagem.</p><p>Resumindo, a partir do MDE pode ser gerada a delimitação de bacias hidrográ�cas, os cursos d’água, a</p><p>declividade do terreno, índices topográ�cos, curvas de nível etc. Para gerar a delimitação da bacia e a</p><p>drenagem (Figura 6), são feitos alguns procedimentos que consistem em completar falhas provindas do MDE.</p><p>Caso a imagem possua falhas quanto ao valor da elevação, é necessário realizar a correção dessas</p><p>depressões/espúrias. Além disso, é necessário estimar a direção e a acumulação do �uxo, que objetivam</p><p>processar pixel a pixel qual a direção para qual a água está escoando e onde ela irá se acumular, formando a</p><p>calha do rio.</p><p>Após isso, é de�nido um exutório, ou seja, um ponto onde toda a água irá convergir, e a partir desse ponto é</p><p>feita a delimitação da bacia e geração dos cursos d’água. A densidade de rios gerados também irá depender</p><p>do número de pixels que são considerados como bacia. No processamento, é informado um valor de número</p><p>pixels que são considerados uma área mínima de bacia hidrográ�ca e quanto menor for o número de pixels</p><p>informado, maior será a densidade de drenagem gerada.</p><p>Figura 6 | Exemplo de delimitação de bacia e criação da drenagem</p><p>Fonte: elaborada pelo autor.</p><p>Por �m, conhecer e saber quais informações podem ser geradas desse tipo de modelo são de suma</p><p>importância para estudos ambientais, principalmente os estudos que avaliam a velocidade e quantidade do</p><p>�uxo d'água, o transporte de sedimentos, os processos geológicos e de intemperismo e, por �m, servem de</p><p>ferramenta para a gestão e o planejamento de recursos hídricos.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 7/30</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Você sabe o que são modelos digitais? Já ouviu falar sobre MDE (Modelo Digital de Elevação) ou MNT (Modelo</p><p>Numérico de Terreno)? Sabe como o processamento desses modelos podem gerar diversas outras</p><p>informações que são de extrema importância e aplicados a estudos ambientais, principalmente no que diz</p><p>respeito a recursos hídricos? Não! Então venha conferir no vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>Caro, estudante, para conhecer mais sobre a delimitação de bacias e drenagem, acesse o artigo a seguir:</p><p>ÁLVARES, M. L. P. et al. Delimitação das Bacias Hidrográ�cas e de Drenagem Natural da Cidade de</p><p>Salvador. RIGS revista interdisciplinar de gestão social, jan./abr., 2012, v. 1, n. 1, p. 107-129.</p><p>Caso queira aprender como delimitar uma bacia utilizando o QGIS, acesse o documento a seguir:</p><p>FAN, F. M. Atividade prática orientada: delimitação de bacias hidrográ�cas usando o QGIS. Relatório</p><p>Técnico GPDEN nº 06. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A fotointerpretação consiste na identi�cação de feições e saber o que elas signi�cam, no entanto, para realizar</p><p>esses procedimentos tem-se o auxílio de elementos da fotointerpretação. Esses elementos consistem em</p><p>textura, tonalidade/cor, forma, tamanho, sombra, localização, padrão e contexto. Além disso, a</p><p>fotointerpretação possui algumas etapas, que são: fotoleitura, fotoanálise, fotodedução e fotointerpretação.</p><p>As técnicas e os métodos de fotointerpretação são muito utilizados e aplicados em diversas áreas,</p><p>principalmente na área ambiental, por exemplo, na classi�cação supervisionada do uso e da ocupação do solo</p><p>e também na elaboração de mapas temáticos relacionados à geomorfologia, geologia, vegetação, recursos</p><p>hídricos, erosão, relevo, entre outros. Vamos aprender um pouco mais sobre isso?</p><p>Bons estudos!</p><p>Aula 2</p><p>INTERPRETAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS</p><p>A fotointerpretação consiste na identi�cação de feições e saber o que elas signi�cam, no entanto, para</p><p>realizar esses procedimentos tem-se o auxílio de elementos da fotointerpretação.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 8/30</p><p>https://periodicos.ufba.br/index.php/rigs/article/view/10192/7268</p><p>https://periodicos.ufba.br/index.php/rigs/article/view/10192/7268</p><p>INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS</p><p>Olá, estudante! Você já parou para pensar em como uma imagem pode ser interpretada? Quais características</p><p>e elementos podem ser identi�cados em uma imagem para posteriormente saber o que os objetos que a</p><p>compõem signi�cam? Não! Vamos aprender?!</p><p>Primeiramente é necessário saber qual tipo e de que fonte as imagens/fotos aqui citadas serão</p><p>interpretadas.</p><p>Nesse caso, dentre as diversas formas de se obter informações espaciais, o sensoriamento remoto é a mais</p><p>utilizada, e dentre as diversas técnicas e sensores utilizados, as fotos podem ser obtidas de satélites, imagens</p><p>de radar e principalmente fotogra�as aéreas. No que diz respeito à obtenção dessas informações, duas</p><p>vertentes precisam ser citadas: fotointerpretação e fotogrametria.</p><p>Muitas pessoas confundem a fotogrametria com a fotointerpretação. A fotointerpretação pode ser de�nida</p><p>como sendo a técnica de examinar imagens fotográ�cas de objetos com o intuito de identi�cá-los e deduzir</p><p>seu signi�cado (COLWELL, 1952), focando mais no aspecto qualitativo e não no quantitativo. A</p><p>fotointerpretação se difere da fotogrametria no que diz respeito ao tratamento do dado, ou seja, a</p><p>fotogrametria está relacionada com a acurácia geométrica e posicional, focando nas informações métricas da</p><p>imagem, como área, perímetro, coordenadas etc.</p><p>Para examinar as fotogra�as e identi�car o que os objetos signi�cam, é utilizada a técnica da interpretação</p><p>visual. A tarefa do intérprete consiste em identi�car e apresentar os objetos com precisão, além de de�nir</p><p>áreas/regiões que apresentam uniformidade com relação à composição e aparência.</p><p>A fotointerpretação pode ser desenvolvida a partir de três etapas, segundo Soares e Fiori (1976):</p><p>1. Fotoleitura: que consiste no reconhecimento/identi�cação dos alvos da imagem com as feições de</p><p>superfície terrestre. Como exemplo tem-se a fotointerpretação de casas, telhados, rios, vias, �oresta etc.</p><p>2. Fotoanálise: nessa etapa estuda-se as relações entre os objetos/alvos da imagem. Nesse processo, o</p><p>intérprete separa as zonas homogêneas do terreno, isso é, onde as feições apresentam similaridades entre si,</p><p>permitindo de�nir do que se trata ou o que signi�ca tal feição.</p><p>3. Fotodedução ou fotointerpretação: assim como nas duas outras etapas, busca-se descobrir e/ou avaliar o</p><p>signi�cado dos alvos/objetos e de suas relações. Essa é a etapa mais complexa e requer tanto informações,</p><p>como as apresentadas nas fases da fotoleitura e fotoanálise, quanto uma análise e avaliação detalhada de</p><p>todos os elementos que podem ser apresentados na imagem/foto.</p><p>Para a aplicação das etapas de fotointerpretação mencionadas, é muito importante a percepção de feições</p><p>retratadas por meio de características, que são denominadas elementos de fotointerpretação, dentre eles,</p><p>Garcia (1982) cita: textura, tonalidade/cor, forma, tamanho, sombra, localização, padrão e contexto.</p><p>As imagens/fotos podem ser processadas e posteriormente analisadas. Existem diversos tipos de</p><p>processamento de imagens que geram subprodutos, no entanto uma das técnicas mais conhecidas e</p><p>utilizadas é a classi�cação do uso e da ocupação do solo a partir dos métodos de classi�cação supervisionada</p><p>e não supervisionada, e os elementos considerados na fotointerpretação são de grande ajuda para realizar</p><p>essas classi�cações.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescrica… 9/30</p><p>Os métodos de classi�cação e fotointerpretação são muito utilizados e aplicados em diversas áreas,</p><p>principalmente na área ambiental, como elaboração de mapas temáticos relacionados à geomorfologia,</p><p>geologia, vegetação, uso e ocupação do solo, recursos hídricos, erosão, relevo, entre outros.</p><p>ELEMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO</p><p>Saber o que signi�ca e representa cada elemento utilizado na fotointerpretação é muito importante para</p><p>avaliar, analisar, interpretar e saber o que os objetos signi�cam. Você sabe como os elementos com textura,</p><p>tonalidade/cor, forma, tamanho, sombra, localização, padrão e contexto podem ser utilizados na</p><p>fotointerpretação? Vamos entendê-los?!</p><p>Esses elementos são devidamente explicados por Garcia (1982):</p><p>Tonalidade/cor: esses dois elementos estão relacionados com a quantidade de energia eletromagnética</p><p>re�etida/emitida pelos alvos e suas interações na superfície terrestre.</p><p>Textura: é o elemento que diz respeito à variação da tonalidade, cor ou matiz de cor dentro de um mesmo</p><p>alvo/objeto. A textura de um alvo pode ser classi�cada como rugoso, áspero ou suave. A textura é utilizada</p><p>para identi�car diversos tipos de objetos, por exemplo, as folhas de árvores, turbidez de corpos d’água,</p><p>diferenciação de vegetação replantada e nativa, o tipo de pavimento, tipo de solo exposto, entre outras</p><p>feições.</p><p>Tamanho: o tamanho de uma determinada feição é diretamente proporcional à escala que está se</p><p>trabalhando, e mesmo que a foto/imagem analisada não tenha uma escala de representação conhecida, o</p><p>tamanho dos objetos pode ser importante na identi�cação da feição. Nesse caso, as feições da imagem são</p><p>comparadas entre si e, dependendo do tamanho do objeto, é possível fazer distinções entre as feições.</p><p>Forma: a forma é de�nida como a geometria das feições, além disso, os limites de uma feição podem ser</p><p>de�nidos como formas regulares ou irregulares. A forma é, dentre todos os elementos, a de mais fácil</p><p>reconhecimento e percepção. Nas formas irregulares estão associadas as feições naturais, como: rochas,</p><p>vegetação e rios. Já as formas regulares correspondem às obras arti�ciais criadas/construídas, como as</p><p>edi�cações, estradas etc.</p><p>Sombra: em alguns casos a sombra pode contribuir negativamente para a interpretação da imagem, pois</p><p>interfere em características das outras feições, por exemplo, escurece detalhes de feições com pequenas</p><p>dimensões. Contudo, a sombra pode ser um elemento auxiliar na interpretação da altura dos objetos. Esse</p><p>elemento é muito útil em casos como a avaliação da geomorfologia e do relevo de uma região. Um fator que</p><p>deve ser considerado na utilização desse elemento é que as imagens sejam obtidas sob a luz solar e em</p><p>horário que se tenha a formação de sombras.</p><p>Padrão: é um elemento caracterizado pela extensão ou união das várias características visuais, ou seja, é</p><p>caracterizado pela distribuição e pelo arranjo espacial entre os alvos em uma imagem. A repetição de outros</p><p>elementos como formas, textura, cores ou tonalidades pode indicar o que determinada feição corresponde,</p><p>pois a repetição desses elementos é característica de algumas paisagens, revelando que as feições e os</p><p>elementos preservam relações uns com os outros.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 10/30</p><p>Localização: o local de obtenção da foto pode dizer muito sobre as feições que contêm nela. Esse elemento</p><p>está associado à localização geográ�ca e ao entendimento ou à familiarização com a região estudada, ou seja,</p><p>dependendo do conhecimento da localização pode-se inferir sobre o clima, a vegetação, uso do solo etc.</p><p>Contexto: é um elemento complexo de interpretação. Ele ocorre quando as observações de uma feição</p><p>podem indicar o relacionamento ou a ocorrência de uma outra determinada feição. Um exemplo disso é que a</p><p>presença de um pequeno curso d’água está diretamente relacionado à existência próxima de uma nascente</p><p>de água.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO E OS ELEMENTOS DA FOTOINTERPRETAÇÃO</p><p>O uso e a ocupação do solo podem ser obtidos a partir da classi�cação de uma imagem. Um ponto importante</p><p>sobre a classi�cação é que a maioria das técnicas disponíveis se fundamentam no agrupamento de valores de</p><p>intensidade espectral, representados pelos pixels presentes na imagem. Assim, a classi�cação proporciona</p><p>resultados aceitáveis na indicação de tipos de cobertura e uso do solo caracterizadas apenas por assinaturas</p><p>espectrais. Basicamente existem dois métodos para realizar esse procedimento, conhecidos como</p><p>classi�cação supervisionada e não supervisionada.</p><p>Na classi�cação não supervisionada, o algoritmo decide, com base em</p><p>regras estatísticas, quais serão as</p><p>classes determinadas e quais os pixels pertencentes a cada classe. Já na classi�cação supervisionada, o</p><p>usuário faz a coleta de alguns dos pixels pertencentes às classes que se deseja obter e o algoritmo faz a tarefa</p><p>de localizar/classi�car todos os demais pixels similares pertencentes àquelas classes, tudo isso baseado em</p><p>alguma estatística preestabelecida.</p><p>Como os elementos da fotointerpretação podem ajudar na classi�cação do uso e da ocupação do solo? Na</p><p>classi�cação supervisionada é necessária a coleta de amostras por parte do usuário, ou seja, é preciso</p><p>selecionar o pixel que represente uma determinada classe de uso e ocupação do solo, no entanto, para a</p><p>coleta dessas amostras é necessário o conhecimento das características dos elementos utilizados na</p><p>fotointerpretação. Portanto, a utilização desses elementos pode auxiliar a classi�cação supervisionada de</p><p>forma a identi�car os objetos com maior facilidade. Vamos ver alguns exemplos aplicados sobre a utilização</p><p>dos elementos da fotointerpretação na classi�cação de imagens?!</p><p>A tonalidade e cor são elementos que estão relacionados com a quantidade de energia eletromagnética</p><p>re�etida/emitida pelos alvos e suas interações na superfície terrestre. Esses elementos são muito abordados</p><p>no sensoriamento remoto para a classi�cação de imagens, pois as classes de�nidas em uma imagem são com</p><p>base na assinatura espectral. Assim, feições com a mesma tonalidade e cor podem representar a mesma</p><p>classe e facilitam a coleta das amostras a serem de�nidas pelo usuário.</p><p>A textura pode ser utilizada para identi�car e diferenciar diversos tipos de amostras a serem coletadas. Por</p><p>exemplo, as texturas suaves estão relacionadas a áreas que contenham vegetação com a mesma altura, isto é,</p><p>vegetação plantada (silvicultura, pastagem, culturas com cana-de-açúcar, soja, milho etc.) e lagoas de água</p><p>parada. Por outro lado, as texturas rugosas e ásperas são encontradas em �orestas nativas (diferentes</p><p>alturas), áreas pedregosas, entre outras.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 11/30</p><p>O tamanho e a forma também são elementos que podem ajudar na classi�cação. O elemento tamanho auxilia</p><p>a eliminar as chances de se pensar que feições similares são iguais, nesse caso, é possível fazer a distinção</p><p>pelo tamanho. Já a forma facilita distinguir as formas geometricamente regulares, como plantação em linhas,</p><p>campo de futebol, das formas irregulares, como os cursos d’água, fragmento �orestal, entre outros.</p><p>Entre todos os elementos, o padrão é o mais relacionado com a classi�cação de imagens, pois os métodos de</p><p>classi�cação seguem um padrão para determinar as classes de uso e ocupação de solo, ou seja, o algoritmo</p><p>utiliza o padrão de intensidade espectral para de�nir os pixels de mesma classe.</p><p>Então, a utilização dos elementos da fotointerpretação é essencial no auxílio dos métodos de classi�cação do</p><p>uso e ocupação do solo de uma imagem, desde a identi�cação e diferenciação das feições até a seleção das</p><p>amostras de classes/pixels.</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Você sabe o que é fotointerpretação e para que ela serve? A fotointerpretação possui alguns elementos, como</p><p>textura, tonalidade/cor, forma, tamanho, sombra, localização, padrão e contexto. Você já parou para pensar</p><p>como esses elementos podem ser utilizados na área ambiental? Eles são de extrema importância para o</p><p>auxílio da classi�cação do uso e ocupação do solo. Não sabia?!</p><p>Então venha conferir no vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>Caro, estudante, para conhecer mais sobre a fotointerpretação para avaliação do uso e da cobertura do</p><p>solo, acesse o artigo a seguir:</p><p>COVIZZI, M. C.; CAMARGO, D. M.; GOBBI, E. S. Fotointerpretação aplicada à análise das alterações do</p><p>uso e cobertura da terra e a situação das áreas de preservação permanente. v. 1 (2017): EBOOK.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Aula 3</p><p>TOMADA DE DECISÃO</p><p>A álgebra de mapas consiste em operações matemáticas realizadas usando informações espaciais,</p><p>gerando assim diversas outras informações especializadas.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 12/30</p><p>https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/1797</p><p>https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/1797</p><p>https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/1797</p><p>A álgebra de mapas consiste em operações matemáticas realizadas usando informações espaciais, gerando</p><p>assim diversas outras informações especializadas. Geralmente, as informações utilizadas são em formato</p><p>raster/matricial e é utilizado um Sistema de Informação Geográ�ca para realizar o processamento.</p><p>As operações com raster podem ser locais ou pontuais, zonal ou global e de vizinhança. Um tipo de mapa que</p><p>pode ser obtido a partir da álgebra de mapas é a perda de solo, no entanto, são necessárias diversas outras</p><p>variáveis para realizar a multiplicação dos planos de informações.</p><p>A obtenção da perda de solo pode ajudar a planejar estratégias de ação, como a recuperação e o</p><p>re�orestamento das áreas com maior perda de solo, identi�cação de áreas vulneráveis e frágeis, implantação</p><p>de práticas conservacionistas, entre outros. Portanto, a partir álgebra de mapas é possível obter várias</p><p>informações que podem ser utilizadas no processo de tomada de decisão.</p><p>Bons estudos!</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E A TOMADA DE DECISÃO</p><p>Olá, estudante! Você já percebeu que o processamento e a análise de dados em um Sistema de Informação</p><p>Geográ�ca (SIG) pode gerar diversas informações?! Você sabe onde e como essas informações podem ser</p><p>utilizadas? Vamos descobrir!</p><p>Como já dito nas aulas anteriores, o SIG pode ser considerado uma geotecnologia que está inserida dentro do</p><p>ambiente que se convencionou chamar de geoprocessamento. Assim, uma de�nição básica para SIG é que</p><p>são ferramentas computacionais para geoprocessamento e também são sistemas computadorizados usados</p><p>para capturar, armazenar, gerenciar, analisar e apresentar informações geográ�cas (BURROUGH;</p><p>MCDONNELL, 1998).</p><p>A utilização de SIG possui a vantagem de realizar análises espaciais complexas, integração de dados de</p><p>diversas fontes, manipulação de grande volume de dados e recuperação rápida de informações armazenadas.</p><p>Além disso, tornam ainda possível automatizar a produção de documentos cartográ�cos.</p><p>Os SIGs possuem componentes de�nidos como hardware, software, peopleware e dataware e também</p><p>possuem uma estrutura constituída por aquisição de dados: captura, importação, validação e edição são as</p><p>etapas necessárias à alimentação do sistema; gerenciamento de banco de dados, que envolve o</p><p>armazenamento dos dados de forma estruturada, de modo a possibilitar e facilitar a realização de análises;</p><p>visualização e apresentação cartográ�ca, um SIG necessita ter agilidade para utilizar as diversas camadas de</p><p>dados e exibir esse resultado através de mapas de síntese com boa qualidade grá�ca; consulta e análise, uma</p><p>função que pode ser considerada como a principal de um SIG, pois possibilita operações de extração e</p><p>geração de novas informações sobre o espaço geográ�co, a partir de critérios especi�cados pelo próprio</p><p>usuário.</p><p>Uma das formas de expressar a informação é na forma espacial e, com a ajuda dos SIGs, isso se torna uma</p><p>técnica mais fácil. Geralmente, as empresas, instituições de pesquisa e organizações necessitam dessa</p><p>tecnologia para solucionar problemas.  O SIG é capaz de realizar operações de forma mais complexa sobre os</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 13/30</p><p>dados</p><p>geográ�cos e proporcionar análises integradas entre as informações, sendo uma ferramenta</p><p>indispensável para a tomada de decisão no que diz respeito às variáveis espaciais.</p><p>Assim, é possível que os analistas ou partes interessadas avaliem a evolução espacial/temporal de um</p><p>determinado fenômeno e façam inter-relações com diversos outros fatores espaciais que podem ser a causa</p><p>de um problema e, por �m, essas informações e esses cruzamentos podem ajudar no processo decisório.</p><p>Diante disso, várias técnicas, ferramentas e processamentos podem ser utilizados para gerar informações que</p><p>auxiliem na tomada de decisão, dentre esses, pode-se citar a modelagem utilizando a álgebra de mapas. A</p><p>álgebra de mapas é a combinação de dados espaciais, principalmente no formato raster/matricial, feita pixel a</p><p>pixel. Muito interessante, não é mesmo?</p><p>A utilização do geoprocessamento e dos Sistemas de Informação Geográ�ca tem atingido diversos segmentos</p><p>pro�ssionais e áreas, satisfazendo as demandas das pesquisas cientí�cas e as do mercado de trabalho. Um</p><p>exemplo disso é a utilização dessa tecnologia associada ao campo das ciências ambientais, da ecologia e da</p><p>geogra�a (BLUME; DESSIMON MACHADO, 2006).</p><p>ÁLGEBRA DE MAPAS</p><p>Você já ouviu falar sobre álgebra de mapas? Você sabe o que é álgebra de mapas e para que serve? Como isso</p><p>pode ser aplicado à tomada de decisão/processo decisório na área de ciências ambientais? Vamos descobrir?!</p><p>A álgebra de mapas é a combinação de dados espaciais, principalmente no formato raster/matricial, feita pixel</p><p>a pixel. Esse arranjo de combinação e sobreposição espacial resulta, consequentemente, em um vasto grupo</p><p>de funções locais, funções de vizinhança e de funções globais para dados matriciais. Os grupos de dados</p><p>matriciais/raster podem ser combinados com operações básicas, tais como: adição, divisão, subtração,</p><p>multiplicação, entre outros (BARBOSA, 1997).</p><p>A álgebra de mapas é fundamentada em operações matemáticas aplicadas a um ou mais grupos de dados</p><p>matriciais/raster. Por exemplo, a adição de dois mapas de dados raster pode ser especi�cada como Mapa A +</p><p>Mapa B = Mapa (A + B) (Figura 1), já para a multiplicação, Mapa A x Mapa B = Mapa (A x B), e assim para as</p><p>demais operações. Isso também pode ser aplicado para equações empíricas ou não, que descrevem uma</p><p>determinada variável ou fenômeno ambiental (variáveis meteorológicas, erosão, declividade, índices de</p><p>vegetação, vulnerabilidade e fragilidade ambiental, entre outros).</p><p>Resumindo, a álgebra de mapas consiste em sobrepor planos de informação (mapas) com a �nalidade de</p><p>obter uma nova variável ou fenômeno. No entanto, alguns requisitos devem ser levados em consideração, um</p><p>deles é a resolução espacial, ou seja, o tamanho dos pixels ou das células devem ser o mesmo, considerando</p><p>mapas diferentes. Além disso, a extensão dos conjuntos que serão utilizados para realizar as operações</p><p>também deve ser do mesmo tamanho. São apresentados nas Figuras 2 e 3 esquemas que representam a</p><p>álgebra de planos de informação.</p><p>Figura 1 | Adição de duas matrizes (pixels)</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 14/30</p><p>Fonte: elaborada pelo autor.</p><p>Figura 2 | Desenho esquemático da sobreposição/operação de vários planos de informação para geração de cenários</p><p>Fonte: Cardoso et al. (2015, p. 517).</p><p>Figura 3 | Desenho esquemático da sobreposição/operação de vários planos de informação</p><p>Fonte: Júnior, Oliveira e Albuquerque Nóbrega (2016, p. 75).</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 15/30</p><p>As operações com raster podem ser locais ou pontuais, zonal ou global e de vizinhança (BARBOSA, 1997). A</p><p>operação local ou pontual é feita em uma área especí�ca, às vezes considerando somente um pixel. Já as</p><p>operações que envolvem vizinhança dependem do valor do pixel vizinho, geralmente utilizado em mapas de</p><p>interpolação. Por exemplo, declividade, aspecto, entre outras.</p><p>Já as operações zonais ou globais na álgebra de mapas são de�nidas sobre áreas especí�cas de um</p><p>determinado mapa, onde as restrições são fornecidas por outro mapa. Exemplo: dado um mapa de uso e</p><p>ocupação do solo e um mapa de declividade da mesma área estudada, obtenha a declividade média para cada</p><p>tipo de uso e ocupação do solo. A partir das operações zonais é possível ainda retirar informações como</p><p>valores máximos, mínimos, de maioria, média, diversidade e estatística.</p><p>PERDA DE SOLO</p><p>Já parou para pensar como a álgebra de mapas pode ser aplicada a um tipo de estudo ambiental?</p><p>Aqui veremos uma aplicação da álgebra de mapas para obtenção da perda de solo (erosão) de uma região.</p><p>Vamos lá!</p><p>Primeiramente, vamos entender o que é a perda de solo e erosão. A erosão do solo é uma das maiores</p><p>ameaças ao meio ambiente global e, consequentemente, afeta negativamente os recursos hídricos e a</p><p>produção agrícola. A erosão ocorre quando o solo é exposto à chuva ou energia eólica (PIMENTEL; BURGES,</p><p>2013). Após o solo ser desprendido da superfície, ele é carregado pela água que �ui em direção aos vales, rios</p><p>e reservatórios, aumentando o nível natural de sedimentação e reduzindo sua capacidade de armazenamento</p><p>e vida útil (PANDEY; CHOWDARY; MAL, 2007). Esses processos também podem afetar o alcance dos níveis de</p><p>biodiversidade, produção de alimentos, estoque de carbono e serviços ecossistêmicos (PANAGOS; BORRELLI;</p><p>MEUSBURGER, 2015). O impacto da erosão do solo é intensi�cado por fatores relacionados à estrutura do</p><p>solo, cobertura vegetal e topogra�a do solo.</p><p>Sabendo disso, é possível estimar a perda de solo por equações empíricas que consideram diversas variáveis.</p><p>Dentre os modelos para estimar a perda de solo, a USLE é uma das mais conhecidas e utilizadas. USLE</p><p>signi�ca, em inglês, Universal Soil Loss Equation, ou seja, Equação Universal de Perda de Solo.</p><p>Os fatores condicionantes da equação é R = erosividade da chuva (Mj.mm ha .h .ano ) (é a energia da chuva</p><p>para desprender as partículas do solo); K = erodibilidade do solo (o quão o solo é suscetível a ser erodido); L =</p><p>comprimento de rampa (é o comprimento de uma vertente de uma área); S = declividade da vertente; C = uso</p><p>e manejo do solo (fator que considera o tipo de uso do solo e o quanto esse uso do solo in�uencia na perda</p><p>de solo); e P = práticas conservacionistas (fator que considera se a área estudada tem práticas de conservação</p><p>da vegetação e do solo, como terraços, plantio direto etc.). A partir da multiplicação de todas essas variáveis é</p><p>obtida a perda média anual de solo por unidade de área (ton ha ano ).</p><p>Assim, com o uso da álgebra de mapas é possível obter a perda média anual de solo para uma determinada</p><p>região utilizando um SIG. No entanto, para isso é necessário ter todos os fatores condicionados da USLE</p><p>espacializados, ou seja, a sobreposição de todos os mapas multiplicados informará a perda de solo, como no</p><p>exemplo da Figura 4.</p><p>-1 -1 -1</p><p>-1 -1</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 16/30</p><p>Figura 4 | Perda de solo anual na Bacia do Rio Corrente – GO</p><p>Fonte: Carneiro, Faria e Rosa (2021, p. 454).</p><p>Tendo o mapa de perda de solo em mãos, é possível tomar decisões sobre diversos aspectos e planejar</p><p>múltiplas ações, como estratégias de recuperação e re�orestamento das áreas com maior perda de solo,</p><p>identi�cação de áreas vulneráveis e frágeis, implantação de práticas conservacionistas, como adubação verde,</p><p>adubação orgânica, culturas em faixas e cordões de vegetação, utilização de cobertura morta e curvas</p><p>de</p><p>nível, preparo do solo e plantio em contorno para o controle da erosão, entre outras.</p><p>Portanto, com base no exposto, a álgebra de mapas pode fornecer informações detalhadas sobre os planos</p><p>de informação, que são de suma importância no processo decisório.</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Você sabe o que é álgebra de mapas e para que ela serve? Como utilizar SIG para fazer álgebra de mapas?</p><p>Como essa ferramenta pode ajudar no processo de tomada de decisão em estudos ambientais? A perda de</p><p>solo é uma informação que pode ser obtida utilizando essa técnica e, além disso, a informação é</p><p>espacializada.</p><p>Venha conferir no vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 17/30</p><p>Caro estudante, para conhecer mais sobre a perda de solo, aplicação da USLE e SIGs utilizados, acesse o</p><p>artigo a seguir:</p><p>BARBOSA, A. F. Aplicação da Equação Universal de Perda do Solo (USLE) em Softwares Livres e Gratuitos.</p><p>Anuário do Instituto de Geociências. UFRJ. Vol. 38 – 1, Rio de Janeiro, 2015, p. 170-179.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Análise Multicriterial (AMC) consiste em abordagens exploratórias e estruturadas de tomada de decisão,</p><p>voltadas para a otimização de funções-objetivo, sujeitas a um conjunto de fatores e restrições. Portanto, a</p><p>AMC consiste em um conjunto de técnicas para auxiliar o tomador de decisão acerca de um problema,</p><p>avaliando e escolhendo alternativas para a solução diante de diferentes critérios e pontos de vista.</p><p>Existem diversos métodos de análise multicritério que podem ser utilizados em ambiente SIG. O método WLC</p><p>(Combinação Linear Ponderada) e OWA (Ordered Weighted Averaging) são dois métodos muito utilizados e</p><p>aplicados à área ambiental, principalmente para de�nir áreas de fragilidade e vulnerabilidade ambiental,</p><p>como também de�nir áreas prioritárias, sejam áreas prioritárias ao re�orestamento, a conservação do solo e</p><p>da água, a redução da erosão, entre outros.</p><p>Bons estudos!</p><p>ANÁLISE MULTICRITÉRIO E MODELAGEM HIDROLÓGICA</p><p>Olá, estudante! Você já ouviu falar sobre o processamento de imagens utilizando o método de análise</p><p>multicritério?! Onde e como será que podemos utilizar essa metodologia e ferramenta? Vamos descobrir!</p><p>Além do uso de dados mais especí�cos, atualizados e con�áveis nas atividades de gestão e de planejamento</p><p>ambiental, inicia-se também a utilização de técnicas mais estruturadas para análise, tratamento e uso no</p><p>processo decisório em empresas públicas, organizações, concessionárias de serviços e de Políticas Públicas.</p><p>Uma dessas técnicas é a Análise Multicriterial (AMC) ou Apoio Multicritério à Decisão (AMD), que é uma</p><p>ferramenta de grande utilidade nos processos decisórios em Políticas Públicas e muito aplicada a estudos</p><p>Aula 4</p><p>METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE DADOS</p><p>A Análise Multicriterial (AMC) consiste em abordagens exploratórias e estruturadas de tomada de</p><p>decisão, voltadas para a otimização de funções-objetivo, sujeitas a um conjunto de fatores e restrições.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 18/30</p><p>https://ppegeo.igc.usp.br/index.php/anigeo/article/view/5823/5332</p><p>https://ppegeo.igc.usp.br/index.php/anigeo/article/view/5823/5332</p><p>ambientais. Ela é utilizada em situações em que a tomada de decisão precisa ser pautada por critérios</p><p>técnicos objetivos e transparentes e também incorpora a opinião e participação de natureza política e</p><p>subjetiva dos gestores públicos e partes interessadas envolvidas (JANNUZZI; MIRANDA; SILVA, 2009).</p><p>No processo de planejamento, a participação do público e de especialistas pode aumentar a legitimidade de</p><p>uma decisão e facilitar a implementação (NORDSTRÖM; ERIKSSON; ÖHMAN, 2010; KARJALAINEN et al., 2013).</p><p>Os métodos AMC se mostram promissores quando se objetiva um processo participativo, integrando</p><p>questões das instituições governamentais, das organizações não governamentais e das comunidades locais,</p><p>por exemplo (GROŠELJ; HODGES;</p><p>STIRN, 2016; LANGEMEYER et al., 2016).</p><p>A AMC é uma técnica quali-quantitativa que separa as abordagens puramente exploratórias e pouco</p><p>estruturadas de tomada de decisão e os modelos quantitativos rigidamente estruturados, voltados para a</p><p>otimização de funções-objetivo, sujeitas a um conjunto de restrições. Resumindo, a AMC consiste em um</p><p>conjunto de técnicas para auxiliar um agente decisor a tomar decisões acerca de um problema, avaliando e</p><p>escolhendo alternativas para solução diante de diferentes critérios e pontos de vista. O propósito da AMC é,</p><p>portanto, auxiliar pessoas e/ou organizações em situações nas quais é necessário identi�car prioridades,</p><p>considerando, ao mesmo tempo, diversos aspectos.</p><p>Uma das limitações e di�culdades para aplicar uma técnica/método de AMC é a escolha e disponibilidade de</p><p>critérios a serem utilizados. Existem métodos de AMC desenvolvidos para ambientes SIG, facilitando assim o</p><p>processamento e a tomada de decisão através de planos de informação espacialmente distribuídos, ou seja,</p><p>são considerados como critérios diferentes mapas e, a partir da sobreposição dessas informações, é possível</p><p>achar a solução de um determinado problema.</p><p>Uma ferramenta que pode ser utilizada em conjunto e a favor da AMC é a modelagem, pois a partir dela é</p><p>possível obter diversas informações que podem ser utilizadas como critérios. Dentre os tipos de modelagem,</p><p>a hidrológica é uma ótima alternativa, pois considera a distribuição espacial e temporal de variáveis iniciais</p><p>para o escoamento de água e geração de sedimentos. A utilização dessa técnica é indispensável para</p><p>conhecer informações e prever fenômenos relacionados aos processos hidrológicos.</p><p>Um dos principais objetivos relacionados ao desenvolvimento de modelos hidrológicos é o de</p><p>simular/predizer como as alterações no ambiente (sistema solo, planta e água), resultantes do ambiente,</p><p>re�etem nas alterações do balanço de água no solo e afeta o transporte de sedimentos e erosão, o que, por</p><p>sua vez, causam diversas modi�cações nos ecossistemas aquáticos e terrestres (NETO et al., 2014).</p><p>PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE MULTICRITERIAL</p><p>Na área ambiental, a análise multicriterial é muita aplicada para de�nir áreas de fragilidade e vulnerabilidade</p><p>ambiental, como também de�nir áreas prioritárias, seja elas prioritárias ao re�orestamento, à conservação do</p><p>solo e da água, à redução da erosão, entre outros.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 19/30</p><p>No processo de de�nição de áreas prioritárias para a Análise Multicriterial são estabelecidos critérios</p><p>relevantes para a tomada de decisão. Os critérios são divididos em fatores e restrições, sendo os primeiros</p><p>referentes às características da paisagem e/ou processo (topográ�cos, climatológicos, por exemplo) que</p><p>devem ser considerados no estudo, sendo as restrições aquelas responsáveis por limitar espacialmente os</p><p>locais em que não são possíveis/necessárias aplicar as ações (SILVA et al., 2017).</p><p>Um método muito utilizado para ponderar os critérios utilizados na Análise Multicritério é o AHP (Analytic</p><p>Hierarchy Process). O método AHP foi desenvolvido por Tomas L. Saaty no início da década de 1970 (SAATY,</p><p>1980). Esse método é muito utilizado e reconhecido no que diz respeito à tomada de decisão em problemas</p><p>com vários critérios. O método AHP consiste na comparação pareada dos fatores com base em uma escala</p><p>contínua, na qual “1” tem igual importância, valores acima tem maior grau de importância e valores abaixo</p><p>menor grau de importância (Figura 1).</p><p>Figura 1 | Escala contínua para elaboração</p><p>da matriz de comparação pareada</p><p>Fonte: adaptada de Sartori, Silva, Zimback (2012, p. 1.085).</p><p>Para realizar a comparação pareada são consultados especialistas, tomadores de decisão, população</p><p>envolvida e partes interessadas. Esses participantes de�nem o ranking dos critérios preestabelecidos e</p><p>analisam a importância dos fatores quando pareados seguindo a escala da Figura 1. O julgamento re�ete as</p><p>respostas de duas perguntas: qual dos dois elementos é mais importante com respeito a um critério de nível</p><p>superior e com que intensidade, usando a escala da Figura 1.</p><p>Após o julgamento dos participantes é preenchida a matriz de comparação pareada e encontrados os pesos</p><p>fatoriais, por meio do método AHP, considerando o grau de importância de cada fator. Nesse caso, cada</p><p>julgamento da matriz deve re�etir quantas vezes determinado critério é mais importante que o outro e com o</p><p>qual está sendo comparado. O decisor deverá de�nir qual dos dois critérios é dominante e qual a intensidade</p><p>dessa dominância, conforme escala fundamental (SAATY, 1980). Um exemplo é demonstrado na Figura 2.</p><p>Figura 2 | Exemplo de aplicação do método AHP</p><p>Fonte: Lorem ipsum dolor sFonte: adaptada de Júnior e Nóbrega (2016, p. 76).it amet.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 20/30</p><p>Após de�nidos os pesos de cada fator/mapa, a partir da matriz de comparação pareada, é escolhido um</p><p>método de AMC para realizar o procedimento de sobreposição considerada a in�uência/peso de cada fator. É</p><p>realizada a álgebra de mapas com os fatores espacializados, obtendo assim o mapa �nal de áreas prioritárias,</p><p>vulnerabilidade ou fragilidade ambiental. Esse tipo de aplicação pode ser amplamente usado na tomada de</p><p>decisões em áreas de grande interesse ambiental, gestão e gerenciamento dos recursos hídricos e até mesmo</p><p>no processo de licenciamento ambiental e avaliação de impactos ambientais.</p><p>MÉTODOS E APLICAÇÃO DA ANÁLISE MUTICRITÉRIO</p><p>Existem diversos métodos de análise multicritério que podem ser utilizados em ambiente SIG. O método WLC</p><p>(Combinação Linear Ponderada) e OWA (Ordered Weighted Averaging) são dois métodos muito utilizados e</p><p>aplicados à área ambiental para de�nição de áreas prioritárias.</p><p>A WLC consiste na padronização dos fatores para uma escala numérica comum, a partir da atribuição de</p><p>pesos de importância relativa aos mapas de adequação. Em seguida, os mapas e os pesos são combinados</p><p>por meio de média ponderada para obter uma pontuação geral (YALCIN, 2008).</p><p>O Ordered Weighted Averaging (OWA) é um dos métodos de combinação multicriterial (YAGER, 1988), no qual</p><p>a alteração dos critérios e parâmetros pode gerar diferentes mapas e cenários (FIROZJAEI et al., 2019). Nesse</p><p>método, é possível controlar o nível de risco a ser assumido na análise multicriterial e o grau de ponderação</p><p>dos fatores que in�uenciará no mapa �nal.</p><p>Que tal aplicarmos uma AMC para uma determinada área? Por onde começar? O que deve ser feito? Vamos</p><p>descobrir?!</p><p>O primeiro passo é de�nir o objetivo, então suponha que se deseja obter áreas prioritárias para conservação</p><p>da água e do solo em uma bacia hidrográ�ca. Posteriormente, é necessário fazer a escolha dos fatores e das</p><p>restrições. Os fatores compreendem os mapas que se deseja utilizar para de�nir as áreas prioritárias, já as</p><p>restrições são áreas onde não é necessário ou não é possível de�nir o objetivo proposto. Então, nesse caso,</p><p>suponha que seja escolhido e obtido a partir da modelagem hidrológica os seguintes fatores: sedimentos,</p><p>declividade, escoamento super�cial e proximidade aos cursos d’água. Assim, serão de�nidas as áreas</p><p>prioritárias à conservação da água e do solo, áreas que possuam alta produção de sedimentos, alta</p><p>declividade, alto escoamento super�cial e quanto mais próximo for dos cursos d’água.</p><p>No entanto, antes de sobrepor os mapas e coincidir essas áreas, é preciso aplicar o método AHP para</p><p>confecção da matriz de comparação pareada. Para isso, especialistas, tomadores de decisão ou partes</p><p>interessadas devem avaliar os fatores, ou seja, comparar a importância dos fatores pareados para de�nir as</p><p>áreas prioritárias. Um exemplo disso seria comparar o fator declividade com o fator sedimentos e perguntar o</p><p>quanto o fator declividade é mais ou menos importante para de�nir áreas prioritárias à conservação da água</p><p>e do solo e, então, o especialista daria uma nota de acordo com a escala de Saaty (Figura 3). O procedimento é</p><p>repetido, garantindo a probabilidade de combinação possível entre todos os fatores e montada a matriz para</p><p>obtenção dos pesos.</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 21/30</p><p>Com a obtenção dos pesos, é feita a álgebra de mapas utilizando um método de AMC (WLC ou OWA),</p><p>considerando a importância (peso) de cada fator e obtido o mapa de áreas de prioridade à conservação da</p><p>água e do solo. Um exemplo de áreas prioritárias é apresentado na Figura 3.</p><p>Figura 3 | Áreas prioritárias para conservação �orestal</p><p>Fonte: Silva et al., (2017, p. 7).</p><p>Por �m, a de�nição de áreas prioritárias por meio da AMC representa uma ferramenta relevante, na qual se</p><p>pode prever diversos cenários e, assim, auxiliar os tomadores de decisão no planejamento e na de�nição de</p><p>estratégias de ação para a área estudada.</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Você sabe o que a Análise Multicriterial (AMC) e como ela pode ser aplicada na área ambiental? A AMC tem</p><p>como propósito auxiliar pessoas e/ou organizações em situações nas quais é necessário identi�car</p><p>prioridades, considerando, ao mesmo tempo, diversos aspectos, ou seja, são de�nidas prioridades a partir de</p><p>um conjunto de fatores. Essas prioridades podem ajudar os tomadores de decisão no planejamento e na</p><p>de�nição de estratégias de ação relacionadas ao meio ambiente.</p><p> Saiba mais</p><p>Caro, estudante, para conhecer mais sobre a análise multicriterial, acesse o trabalho a seguir:</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 22/30</p><p>REISSLER, J. Análise multicriterial e multivariada na de�nição de áreas prioritárias à restauração</p><p>�orestal visando a conservação dos recursos hídricos na sub-bacia do Alto Pardo – SP. 2019. Tese</p><p>(Doutorado em Agronomia – Irrigação e Drenagem) – Faculdade de Ciências Agronômicas. Botucatu,</p><p>2019.</p><p>PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES ESPACIAIS</p><p>A elaboração de mapas digitais utilizando tecnologias do geoprocessamento pode ser feita de várias</p><p>maneiras. Dentro do ambiente dos Sistemas de Informação Geográ�ca (SIG) existem diversas ferramentas que</p><p>possibilitam processar e obter essas informações. Alguns exemplos para obtenção de mapas digitais</p><p>temáticos são a partir da modelagem de dados espaciais, interpretação e classi�cação de imagens, álgebra de</p><p>mapas e a Análise Multicritério (AMC).</p><p>As informações utilizadas para modelagem de dados espaciais podem ser obtidas de várias fontes, mas</p><p>principalmente do sensoriamento remoto a partir de satélites que operam em bandas do espectro</p><p>eletromagnético. Dentre as informações/modelos obtidos pelos sensores remotos, tem-se o Modelo Digital de</p><p>Elevação (MDE), muito utilizado em diversos tipos de processamento. Um dos tipos de processamento que</p><p>essa informação faz é amplamente utilizada na área ambiental, como para a delimitação e geração dos cursos</p><p>d’água de uma bacia hidrográ�ca. Outro tipo de dado e informação que pode ser gerado a partir de imagens</p><p>de satélite é a composição colorida a partir das bandas espectrais.</p><p>Para interpretação e classi�cação de imagens, uma técnica que é utilizada é a</p><p>fotointerpretação. A</p><p>fotointerpretação pode ser de�nida como sendo a técnica de examinar imagens fotográ�cas de objetos com o</p><p>intuito de identi�cá-los e deduzir seu signi�cado (COLWELL, 1952). Para aplicação das etapas de</p><p>fotointerpretação (fotoleitura, fotoanálise e fotoredução ou fotointerpretação), é muito importante a</p><p>percepção de feições retratadas por meio de características, que são denominadas elementos de</p><p>fotointerpretação, dentre eles, Garcia (1982) cita: textura, tonalidade/cor, forma, tamanho, sombra,</p><p>localização, padrão e contexto. Esses elementos auxiliam a classi�cação de imagens, ajudando a de�nir quais</p><p>são as informações, os alvos e os objetos apresentados na superfície terrestre, sendo assim, torna-se possível</p><p>identi�car qual é o uso e a ocupação do solo, por exemplo.</p><p>Existem basicamente dois métodos de classi�cação do uso e ocupação do solo: classi�cação supervisionada e</p><p>não supervisionada. Na classi�cação não supervisionada o algoritmo decide quais serão as classes</p><p>determinadas e quais os pixels pertencentes a cada classe, nesse caso, o usuário só de�nirá o número de</p><p>Aula 5</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 23/30</p><p>https://repositorio.unesp.br/handle/11449/193241</p><p>https://repositorio.unesp.br/handle/11449/193241</p><p>https://repositorio.unesp.br/handle/11449/193241</p><p>classes. Já na classi�cação supervisionada, o usuário faz a coleta de amostras/pixels pertencentes às classes</p><p>de uso e ocupação do solo e posteriormente o algoritmo localiza e classi�ca todos os demais pixels similares</p><p>pertencentes às amostras e classes coletadas, tudo isso baseado em um processamento estatístico</p><p>preestabelecido.</p><p>Outra técnica utilizada para elaboração de mapas digitais é a álgebra de mapas. A álgebra de mapas é a</p><p>combinação de dados espaciais, onde o arranjo de combinação e sobreposição espacial resulta,</p><p>consequentemente, em um vasto grupo de funções locais, funções de vizinhança e de funções globais para</p><p>dados matriciais. Os grupos de dados matriciais/raster podem ser combinados com operações matemáticas</p><p>(BARBOSA, 1997).</p><p>Além disso, também existe a AMC, que consiste em um conjunto de técnicas para auxiliar a tomada de</p><p>decisões acerca de um problema, avaliando e escolhendo alternativas para solução diante de diferentes</p><p>critérios e pontos de vista. A AMC tem como propósito, portanto, auxiliar pessoas e/ou organizações em</p><p>situações nas quais é necessário identi�car prioridades, considerando, ao mesmo tempo, diversos aspectos.</p><p>Dentre as várias técnicas apresentadas, todas podem ser aplicadas principalmente para auxiliar a tomada de</p><p>decisão e solução de problemas ambientais.</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p>A elaboração de mapas digitais pode ser feita utilizando diversas técnicas. Você sabe quais são essas técnicas</p><p>e como/onde esses mapas digitais podem ser aplicados na área ambiental? Dentre as técnicas, pode-se citar o</p><p>processamento de informações a partir da álgebra de mapas, da modelagem espacial, da fotointerpretação,</p><p>da classi�cação supervisionada e não supervisionada de imagens, da análise multicriterial, entre outros</p><p>métodos.</p><p>Venha conferir no vídeo!</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Você sabe o que é Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)? Sabe que tipo de estudo e informações</p><p>precisam ser levantadas para esses tipos de projeto? Qual a relação entre a elaboração digital de imagens e a</p><p>elaboração de mapas digitais? Vamos descobrir!?</p><p>O PSA é uma compensação por serviços ambientais, ou seja, é a transferência de recursos com a �nalidade de</p><p>contribuir para a conservação e manutenção dos serviços ambientais, como re�orestamento, redução da</p><p>perda de solo, utilização de práticas conservacionistas, entre outros (ZOLIN et al., 2011). Em bacias</p><p>hidrográ�cas, os PSA estão relacionados à implementação de mecanismos para remunerar usuários com a</p><p>�nalidade de que eles mantenham ou modi�quem o uso da terra que está afetando a quantidade e qualidade</p><p>dos recursos hídricos. Resumindo, caso uma propriedade tenha problemas com erosão e nessa região exista</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 24/30</p><p>um projeto de Pagamentos por Serviços Ambientais, o proprietário pode vir a participar do projeto, sendo ele</p><p>remunerado (monetariamente) para realizar práticas conservacionistas para conter ou reduzir a erosão em</p><p>sua propriedade e, assim, ajudar em outros fatores como na qualidade e disponibilidade de água nos rios.</p><p>Existem diversos programas de projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais no Brasil. Em 2005 foi criado</p><p>o primeiro projeto brasileiro de PSA, conhecido como Projeto Conservador de Águas, que visa manter a</p><p>qualidade dos mananciais do município de Extrema. O projeto visa promover a adequação ambiental das</p><p>propriedades rurais, sendo que a restauração �orestal está focada em áreas ribeirinhas, com o objetivo de</p><p>fornecer serviços hidrológicos, reduzindo a erosão e a sedimentação (TAFFARELLO et al. 2017). Outro projeto</p><p>muito conhecido é o Projeto Produtor de Águas, criado para restaurar a “saúde ecossistêmica” de microbacias</p><p>do Sistema Cantareira. O projeto visa bene�ciar agricultores e contribuir para aumentar a in�ltração de água,</p><p>reduzir efetivamente a erosão e sedimentação por meio de práticas e manejos de conservação e melhoria da</p><p>vegetação (TAFFARELLO et al. 2017).</p><p>Essas iniciativas necessitam de diversas informações e se essas informações estão espacializadas, podem</p><p>auxiliar na implantação de projetos, na identi�cação de áreas prioritárias, na resolução de problemas e</p><p>principalmente na tomada de decisão quanto ao uso, ao planejamento e à gestão dos recursos ambientais. No</p><p>entanto, para isso é importante aplicar os métodos de processamento e a elaboração de mapas digitais.</p><p>Então, diante do contexto dos métodos utilizados para elaboração de mapas, imagine que você trabalhe em</p><p>um projeto que deseja implantar em uma bacia hidrográ�ca um programa de Pagamentos por Serviços</p><p>Ambientais, no entanto, para selecionar quem participará do projeto é necessário saber quais propriedades</p><p>possuem problemas de erosão e quais seriam as áreas prioritárias dentro um determinado contexto.</p><p>Como será possível realizar esse estudo? Vamos descobrir?</p><p> Re�ita</p><p>Como é possível obter a perda de solo ou erosão espacializada para uma bacia hidrográ�ca a partir da</p><p>álgebra de mapas?</p><p>RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO</p><p>Diante do exposto no tópico anterior com relação aos Pagamentos por Serviços Ambientais e os métodos que</p><p>podem ser utilizados na elaboração de mapas digitais, como poderíamos implantar um projeto de PSA e</p><p>selecionar áreas prioritárias com problemas de erosão/perda de solo?</p><p>Uma solução para isso é aplicar o método da álgebra de mapas para estimar a perda de solo. Um dos</p><p>modelos mais utilizados para determinar a perda de solo é a Equação Universal da Perda de Solo (USLE), que</p><p>consiste em uma fórmula empírica que combina diversos fatores. Dentre os fatores considerados na equação,</p><p>estão o fator R = erosividade da chuva (Mj.mm ha .h .ano ); K = erodibilidade do solo; L = comprimento de</p><p>rampa; S = declividade da vertente; C = uso e manejo do solo; e P = práticas conservacionistas. Tendo todas</p><p>-1 -1 -1</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 25/30</p><p>essas variáveis especializadas dentro de um ambiente SIG, é possível obter a perda média anual de solo por</p><p>unidade de área (ton ha ano ) a partir da multiplicação de todas essas variáveis, aplicando a álgebra de</p><p>mapas.</p><p>Outra opção</p><p>para o caso proposto, é aplicar um método de análise multicritério. Nessa situação, vamos</p><p>utilizar o método WLC (Combinação Linear Ponderada). Para isso é necessário decidir os fatores para</p><p>posteriormente de�nir áreas prioritárias, ou seja, são os mapas que possuem informações que indiquem</p><p>áreas com maior perda de solo ou suscetibilidade à perda de solo. Exemplo de fatores/mapas que podem ser</p><p>considerados: perda de solo, proximidade aos cursos d’água, declividade, escoamento super�cial. Na</p><p>sequência, é preciso atribuir pesos/ponderações a esses mapas a partir do método AHP, que compara a</p><p>importância entre os fatores, como exempli�cado na Tabela 1.</p><p>Tabela 1 | Matriz de comparação pareada entre os mapas e o peso de cada fator</p><p>Critério A B C D Peso do fator</p><p>Perda de solo (A) 1.0 0,3908</p><p>Declividade (B)  1/2 1.0 0,2261</p><p>Escoamento super�cial (C)  1/2 1.0 1.0 0,2568</p><p>Proximidade aos cursos d’água</p><p>(D)</p><p>1/2  1/2  1/3 1.0 0,1264</p><p>Fonte: elaborada pelo autor.</p><p>Após obter os pesos (Tabela 1), os mapas são sobrepostos e ponderados pelo seu respectivo peso, sendo o</p><p>fator de perda de solo com maior peso (0,3908) e o fator proximidade o de menor peso (0,1264), ou seja, o</p><p>fator perda de solo terá mais importância para de�nir áreas prioritárias. Por �m, será de�nido que as áreas</p><p>com maior prioridade serão aquelas com maior perda de solo, maior declividade, maior escoamento e quanto</p><p>mais próximo aos cursos d’água. Então, a partir disso é possível veri�car as propriedades que possam</p><p>participar do projeto de PSA.</p><p>RESUMO VISUAL</p><p>-1 -1</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 26/30</p><p>Fonte: elaborada pela autora.</p><p>Aula 1</p><p>CARVALHO, S. S. D.; SILVA, B. C. N. Geoprocessamento: conceitos e aplicações. SEMOC-Semana de</p><p>Mobilização Cientí�ca-Agenda 21 Compromisso Com a Vida, 2008.</p><p>HENGL, T.; MACMILLAN, R. A. Predictive soil mapping with R. OpenGeo Hub foundation, Wageningen, the</p><p>Netherlands, 2019. 370 p.</p><p>MACÁRIO, C. G. N.; ESQUERDO, J. C. D. M.; COUTINHO, A. C.; SPERANZA, E. A.; SILVA, J. dos S. V.; ANTUNES, J. F.</p><p>G.; VENDRÚSCULO, L. G.; CRUZ, S. A. B. Geotecnologias na agricultura digital. Embrapa Agricultura Digital-</p><p>Capítulo em livro cientí�co (ALICE), 2020.</p><p>MILLER, J. D. Statistics for Data Science: Leverage the power of statistics for Data Analysis, Classi�cation,</p><p>Regression, Machine Learning, and Neural Networks. Packt Publishing Ltd, 2017.</p><p>REDDY, G. P. Geographic Information System: Principles and Applications. In: GEOSPATIAL Technologies in</p><p>Land Resources Mapping, Monitoring and Management. Springer, Cham, 2018. p. 45-62.</p><p>Aula 2</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>10/09/2024, 13:52 wlldd_242_u4_sen_geo_apl_mei</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=camila.areis%40yahoo.com.br&usuarioNome=CAMILA+ALVES+DOS+REIS&disciplinaDescricao=&atividadeId=4139491&atividadeDescric… 27/30</p><p>COLWELL, R. N. Photographic interpretation for civil purposes. In: AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY.</p><p>Manual of Photographic Interpretation. 2. ed. Washington, 1952. p. 535-602.</p><p>GARCIA, G. J. Sensoriamento remoto: princípios e interpretação de imagens. São Paulo: Nobel, 1982. 357p.</p><p>SOARES, P.  C.; FIORI, A.  P.  Lógica e sistemática na análise e interpretação de fotogra�as aéreas em geologia.</p><p>Notícia Geomorfológica, v. 16, n. 32, p. 71-104, 1976.</p><p>Aula 3</p><p>BARBOSA, C. C. Álgebra de Mapas e suas aplicações em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento.</p><p>Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Paulo, 1997.</p><p>BLUME, R.; DESSIMON MACHADO, J. A. Tomada de decisão: o sistema de informações geográ�cas como</p><p>ferramenta de apoio à gestão de propriedades rurais. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE</p><p>ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44., 2006, Fortaleza-CE. Anais [...]. Fortaleza-CE, 2006.</p><p>BURROUGH, P. A.; MCDONNELL, R. A. Principles of Geographical Information Systems. 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