Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>Revisado Fevereiro /2024</p><p>Disciplina : legislação social e tributária</p><p>Profa. Msc. Dra. Kátia Lelis</p><p>3ª Atividade</p><p>Encíclica Católica Rerum Novarum 1891, publicada pelo Papa</p><p>Leão XIII, que, sensibilizado pela intensa exploração do homem,</p><p>maquina, tenta estabelecer regras mínimas</p><p>para o trabalho.Essa Encíclica destaca a necessidade de uma</p><p>nova postura das classes dirigentes perante a</p><p>empregados,fixando o salário mínimo, a jornada máxima,</p><p>enfatizando o respeito e a dignidade da classe trabalhadora,</p><p>tanto espiritual quanto fisicamente, por outro lado, o operário</p><p>deveria cumprir fielmente o que havia contratado, nunca usar</p><p>de violência nas suas reivindicações, ou usar de meios</p><p>artificiosos para o alcance de seus objetivos, neste momento,</p><p>busca-se também uma intervenção estatal nas relações de</p><p>trabalho.</p><p>PRINCÍPIO JURÍDICO:</p><p>É o fundamento de uma norma jurídica, são as vigas do direito que</p><p>não estão definidas em nenhum diploma legal.</p><p>1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO</p><p>Destinado a equilibrar a desigualdade contratual que se estabelece</p><p>entre empregado e empregador, o Direito do Trabalho tem, por</p><p>fundamento básico, a proteção ao hipossuficiente.</p><p>Desse princípio, decorre a irrenunciabilidade (em regra) dos direitos</p><p>trabalhistas e a imperatividade e inderrogabilidade das suas normas.</p><p>Isso significa que ainda que o empregado manifeste sua vontade</p><p>dos direitos assegurados pela Legislação, essa</p><p>manifestação de vontade, regra geral, não produzirá efeitos.</p><p>As normas trabalhistas são imperativas e não podem ser validamente</p><p>afastadas pelas partes.</p><p>2.PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA</p><p>Determina que toda circunstância mais vantajosa em que o</p><p>empregado se encontrar habitualmente prevalecerá sobre a situação</p><p>anterior, seja ela oriunda da lei, do contrato, de norma coletiva ou</p><p>regulamento da empresa (salvo se a concessão do benefício for</p><p>submetida a termo ou condição).</p><p>Assim, vale dizer, consoante esse princípio, as benesses concedidas</p><p>com habitualidade pelo empregador irão, regra geral, se incorporar</p><p>aos contratos de trabalho dos seus empregados.</p><p>PRINCÍPIO DO IN DÚBIO PRO MISERO</p><p>Aconselha o intérprete a escolher entre duas ou mais interpretações</p><p>viáveis (possíveis e razoáveis) de um mesmo dispositivo legal, desde</p><p>que seja a mais favorável ao trabalhador e que não afronte a nítida</p><p>manifestação do legislador.</p><p>Exemplo de sua aplicação é o caso do art. 59 da CLT, que limita o labor</p><p>extraordinário a duas horas suplementares diárias. Indaga-se: e se o</p><p>empregado trabalhar três, quatro ou mais horas extras?</p><p>Não será remunerado, então? Responde-se: claro que será. A</p><p>proposta do legislador com essa norma é limitar o trabalho</p><p>extraordinário, visando a proteger a saúde do trabalhador.</p><p>Se, no entanto, o empregador desrespeita essa regra, com base no</p><p>princípio do in dubio pro misero, podemos interpretar esse artigo no</p><p>sentido de penalizar o contratante pela violação perpetrada.</p><p>Quanto ao empregado, diante da impossibilidade de ressarcimento</p><p>da força de trabalho despendida, deverá ser regularmente</p><p>remunerado, inclusive com o adicional de 50%.</p><p>3.PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL</p><p>Independente de sua colocação na escala hierárquica das normas</p><p>jurídicas, na hipótese de existência de duas regras aplicáveis ao</p><p>mesmo trabalhador, deve prevalecer a que for mais favorável.</p><p>Na CLT, esse princípio se exterioriza através da previsão do art. 620,</p><p>que trata do conflito entre o acordo coletivo e a convenção coletiva.</p><p>A doutrina tem interpretado que, nos casos de flexibilização do</p><p>Direito do Trabalho, esse princípio não deve ser aplicado.</p><p>4.PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE</p><p>Tal princípio indica que, no Direito do Trabalho, é a realidade fática</p><p>que irá prevalecer, ainda que encoberta por registros que visem</p><p>distorcê-la ou ocultá-la.</p><p>Daí, a doutrina destaca que o contrato de trabalho é um -</p><p>Assim, à guisa de exemplo, se um empregado assina a</p><p>trabalho até às 20 horas, é a realidade fática que prevalece, podendo</p><p>ser provada, em eventual processo trabalhista, por todos os meios de</p><p>prova em direitos admitidos.</p><p>5.PRINCÍPIOS NA CONSTITUIÇÃO DA OIT</p><p>A Organização Internacional do Trabalho também define qual são</p><p>seus princípios, que muitas vezes são citados como princípios do</p><p>Direito do Trabalho:</p><p>O trabalho não é uma mercadoria. A liberdade de expressão e de</p><p>associação é uma condição indispensável a um progresso</p><p>ininterrupto. A penúria, seja onde for, constitui um perigo para a</p><p>prosperidade geral. A luta contra a carência, em qualquer nação, deve</p><p>ser conduzida com infatigável energia, e por um esforço internacional</p><p>contínuo e conjugado, no qual os representantes dos empregadores e</p><p>dos empregados discutam, em igualdade, com os dos Governos, e</p><p>tomem com eles decisões de caráter democrático, visando o bem</p><p>comum.</p><p>FONTES DO DIREITO:</p><p>Pode ser entendida como as formas pelas quais o Direito se</p><p>manifesta.</p><p>É o vocábulo que designa concretamente o lugar onde brota alguma</p><p>significa o lugar de onde provem a norma jurídica.(José Cretella</p><p>Junior)</p><p>As fontes do Direito do Trabalho podem ser divididas em fontes</p><p>formais e fontes materiais:</p><p>1.Fontes Materiais</p><p>As fontes materiais do Direito do Trabalho são o conjunto de</p><p>regulamentados pelo Direito.</p><p>No Direito do Trabalho, pode-se acrescentar a pressão exercida pelos</p><p>trabalhadores junto ao Estado capitalista, em prol de melhores</p><p>condições de trabalho, o que se caracteriza como fonte material</p><p>específica.</p><p>Exemplo: os avanços no campo da engenharia genética que suscitam,</p><p>com urgência, a elaboração de normas aptas a disciplinarem a sua</p><p>aplicação regular. O trabalho dos profissionais de saúde no período</p><p>pandêmico....</p><p>Fontes Formais</p><p>As fontes formais são meios através dos quais o Direito do Trabalho</p><p>se manifesta em uma dada sociedade, ou seja aquilo que se inscreve</p><p>no Direito Positivo.</p><p>Como diz Délio Maranhão, as fontes formais são as regras gerais,</p><p>abstratas, impessoais escritas ou não que se impõem</p><p>coercitivamente aos agentes sociais.</p><p>O Direito se traduz como uma resposta aos fatos, acontecimentos e</p><p>necessidades que se apresentam no meio social, não se confundindo</p><p>necessariamente com a norma positiva válida proveniente do Poder</p><p>Público.</p><p>Confundido com o sistema normativo, o Direito estará sempre aquém</p><p>das necessidades imediatas de regulação e pacificação das relações</p><p>humanas e a complexidade cada vez mais crescente das sociedades</p><p>impõe a existência de uma diversidade de fontes para o Direito, que</p><p>vai muito além das normas legais.</p><p>As Fontes Formais do Direito, também designadas doutrinariamente</p><p>como Fontes Imediatas do Direito, decorrem da interpretação</p><p>conferida aos fatos pelos próprios agentes sociais (fontes</p><p>autônomas); pelo Estado, através do Poder Legislativo e dos</p><p>Tribunais, e ainda pelos Estudiosos e Autoridades Acadêmicas</p><p>(Fontes</p><p>Exemplos de fontes formais:</p><p>Fontes autônomas,Acordo coletivo,Convenção coletiva,Costume</p><p>Fontes heterônimas,Constituição Federal,Lei Regulamento,Sentença</p><p>normativa.</p><p>*Fontes Heterônomas</p><p>São as normas elaboradas pelo Estado, produzidas sem participação</p><p>direta dos agentes a que se destinam: Constituição Federal, Tratados</p><p>e Convenções Internacionais ratificados pelo Brasil, Leis, Medidas</p><p>Provisórias, Decretos, Sentenças Normativas, Súmulas Vinculantes,</p><p>Sumulas do TST e Laudo.</p><p>De acordo com o § 1º do art. 8º da CLT, o Direito Comum também é</p><p>considerado fonte supletiva ou subsidiária do Direito do Trabalho.</p><p>Para a melhor doutrina, as Portarias, Instruções Normativas e outros</p><p>atos expedidos pelo Poder Público, em princípio, não constituem</p><p>fontes formais do direito, salvo nas hipóteses em que a própria Lei</p><p>atribui a estes Atos Normativos a tarefa de regulamentar</p><p>determinados preceitos nela contidos.</p><p>Por exemplo, as Portarias que trazem as Normas Regulamentadoras</p><p>de Segurança e Saúde do Trabalho.</p><p>As sentenças normativas:</p><p>São decisões proferidas pela Justiça do Trabalho</p><p>em processos de</p><p>dissídios coletivos e possuem vigência máxima de 4 anos, conforme</p><p>dicção expressa do art. 868, parágrafo único da CLT.</p><p>Apesar da controvérsia doutrinária existente, não há como se negar</p><p>o caráter de Fonte Formal da Jurisprudência no Direito do</p><p>Trabalho, mormente após o Sistema de Precedentes criado pelo</p><p>Código de Processo Civil de 2015.</p><p>As Súmulas Vinculantes introduzidas pela Emenda Constitucional nº</p><p>45/04, a qual conferiu ao STF o poder de aprovar súmulas que</p><p>vinculam a Administração Pública. No Sistema de Precedentes como</p><p>nas Súmulas Vinculantes, estão presente os requisitos da</p><p>generalidade, impessoalidade e abstração.</p><p>Fontes Autônomas</p><p>São as normas elaboradas pelos próprios agentes a que se destinam,</p><p>visando regulamentar as suas próprias condições de trabalho. Podem</p><p>ser editadas diretamente (Regulamento da Empresa, Usos,</p><p>Costumes) ou através dos sindicatos (Convenções Coletivas de</p><p>Trabalho e Acordos Coletivos de Trabalho).</p><p>A Convenção Coletiva de Trabalho resulta da negociação entre</p><p>Sindicato Patronal e Sindicato Obreiro.</p><p>Já o Acordo Coletivo de Trabalho é o resultado da negociação entre</p><p>uma ou mais Empresas de um lado e o Sindicato dos Empregados do</p><p>outro.</p><p>Os Usos e Costumes,</p><p>Quando se traduzem em práticas reiteradas de um comportamento</p><p>socialmente aceito e generalizado, são considerados pelos</p><p>doutrinadores como fontes formais autônomas do Direito do</p><p>Trabalho, estabelecendo direitos e obrigações entre as partes da</p><p>relação trabalhista.</p><p>Há um aspecto importante a se considerar na aplicação do Direito do</p><p>Trabalho que é a hierarquia das suas fontes.</p><p>Diferentemente do Ordenamento Jurídico Brasileiro Comum, neste</p><p>Ramo Especializado as normas ocupam graus de importância</p><p>diversos. Esta característica é uma consequência direta do Princípio</p><p>da Proteção. Desse modo, uma convenção coletiva de Trabalho pode</p><p>se colocar numa posição de prevalência em relação à própria</p><p>Constituição Federal, se traz em seu bojo uma norma mais benéfica</p><p>para o trabalhador.</p><p>1- CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO; CONCEITO E</p><p>NATUREZA JURÍDICA;</p><p>1.1CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO</p><p>De acordo com o art. 442, da CLT:</p><p>De acordo com o pensamento de Mauricio Godinho Delgado:</p><p>definir um fenômeno consiste na atividade intelectual de</p><p>apreensão e desvelamento dos elementos componentes</p><p>desse fenômeno e do nexo lógico que os mantém</p><p>integrados. A definição é, pois, uma declaração da essência</p><p>e composição de um determinado fenômeno: supõe, desse</p><p>modo, o enunciado não só de seus elementos integrantes</p><p>como do vínculo que os mantém unidos.</p><p>Assevera ainda que a definição do contrato de trabalho não foge a essa</p><p>regra. Identificados seus elementos componentes e o laço que os</p><p>mantém integrados, define-se o contrato como o negócio jurídico</p><p>expresso ou tácito mediante o qual uma pessoa natural obriga-se</p><p>perante pessoa natural, jurídica ou ente despersonificado a uma</p><p>prestação pessoal, não eventual, subordinada e onerosa de serviços.</p><p>O contrato de trabalho ou realção trabalho pode ser definido o contrato</p><p>empregatício como o acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual</p><p>uma pessoa física coloca seus serviços à disposição de outrem, a serem</p><p>prestados com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e</p><p>subordinação ao tomador.</p><p>A definição, portanto, constrói-se a partir dos elementos fático-jurídicos</p><p>componentes da relação empregatícia, deflagrada pelo ajuste tácito ou</p><p>expresso entre as partes.</p><p>2. NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO</p><p>Existem várias teorias apresentadas pela doutrina que buscam explicar,</p><p>tais como a do entendiemento de Alice Monteiro de Barros que assevera</p><p>que subdividem-se em teorias contratualistas e anticontratualistas, e</p><p>ainda há autores que acrescentam as acontratualistas.</p><p>1.1.2 CARACTERÍSTICAS; REQUISITOS; FORMA E DURAÇÃO;</p><p>EMPREGADOR E EMPREGADO;</p><p>1.1.3 Remuneração;Conceito;Elementos; Classificação; Salário;</p><p>Tipos; Proteção;</p><p>1.1.4 Descontos;Alteração do Contrato de Trabalho;</p><p>1.1.5 Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho; Extinção do</p><p>Contrato de Trabalho;</p><p>1.1.6 Conseqüências da Rescisão do Contrato de Trabalho; Aviso</p><p>Prévio; Estabilidade</p>

Mais conteúdos dessa disciplina