Resumo do caderno de Subjetividade e Cultura

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Resumo do caderno de Subjetividade e Cultura
A cultura muda:
MODO DE PENSAR
Modo de agir
Modo de se expressar
Nas ciências sociais a cultura representa:
- Modo de vida global;
-Refinamento intelectual;
-Manifestações artísticas e intelectuais “ modo de se expressar”
- Como o trabalho, dá sentido a vida dos homens, deve ser abordada na totalidade.
Como as ciências sociais se apropriam do termo CULTURA?
Antropologia: Diz que a cultura define a sociedade, é o que da sentido a sociedade, faz uma leitura estática da leitura ( Que diz que quanto menos a cultura de modifica mais pura ela é). Crítica a sociedade capitalista por acreditar que essa promove a perda da cultura, por causar mudanças frequentes. Perde a concepção originária. Os limites da antropologia é conhecer a cultura ( há uma preocupação em demonstrar e conhecer e não explicar a cultura. Seu grau mais evolutivo são estudos comparativos. { 1° item de estudo é conhecer o modo de vida que a sociedade se coloca};
Sociologia: Diz que o Modo de Produção define a sociedade. Fim do séc 18, séc 19 e 20 começam estudos sobre a cultura. A sociologia se preocupa com a inserção dos homens nas relações sociais, entende a cultura um elemento inserido no interior dessas relações. Na perspectiva marxista a cultura já está inserida nas relações sociais. O ser social é objeto da sociologia. Os estudos culturais dizem a respeito de como o ser social constrói a cultura, o modo de vida, refinamento intelectual e manifestação artística. A cultura é dinâmica, esta em constante transformação. As relações sociais são influenciadas pelo modo de produção que por sua vez influencia as relações sociais que modifica a cultura…
Teoria Politica: A cultura parte da compreensão politica, dos valores, costumes, conceitos e preconceitos. Tudo que há de cultura vem das influencias politicas. Estudos mais avançados o EUA, para uma estrutura comportamental. Tem recortes de estudos da sociologia.
A distinção de Cultura e Civilização:
Eram tratados como sinônimos por tratarem do desenvolvimento da sociedade. { A economia media o grau de desenvolvimento da sociedade até o fim do séc. 18} Após o séc. 18 o grau de desenvolvimento da sociedade era medido pela economia e pela cultura. Nesse momento civilização e cultura eram quase sinônimos. Com o desenvolvimento do MPC começaram na Alemanha conhecimento que diferenciavam cultura e civilização..
Na Prussia local pouco desenvolvido economicamente, começou a existir estudos sobre o tema. Frases como ‘’ uma civilização era mais desenvolvida que a outra’’ . Isso só foi possível com a compreensão de culturas. A partir daí houve uma fragmentação dos termos:
Civilização- Grau de desenvolvimento econômico, politico e social; Cultura evoluída. {artificial}
Cultura- Traço característico da própria sociedade.{objetiva, origem}
Sendo assim, conclui-se que o Modo de Produção Capitalista, propõe uma civilização para o desenvolvimento, civilização ( culturas desenvolvidas e evoluídas) é uma dominação superior a cultura.
A contribuição do pensamento Marxista acerca da cultura:
A partir dos anos 50 e 60 do século XX há estudos mais aprofundado acerca da cultura. A tradição Marxista passa a considerar a cultura como objeto de estudo. Nesse período há uma renovação Marxista. (abertura da tradição).
1° Internacional ( AST) – Século XIX com capitalismo já desenvolvido acontece o 1° movimento Marxista. A ampliação de suas ideias, acontece a Organização dos Trabalhadores (que eram classe econômica, mas com movimento se tornaram classe política). Os desafios são: Organização, pauta voltada para as condiçoes econômicas, conhecer a sociedade burguesa { para problematizar/criticar} . Nesse momento ainda não havia espaço para se estudar a cultura, o capital ( MPC) foi prioridade. Obs: isso não quer dizer que Marx não citava cultura, na Ideologia Alemã ele já falava desse fenômeno mas a chama de consciência.
2° Internacional – Internacional Socialista : 2° momento da organização dos trabalhadores, essa organização se consolidou pelo PSDA – Socialista democrata Alemã. Tinha por objetivo – a socialização/ divulgação das ideias marxistas. Simplificação/ vulgarização { quer levar as ideias de Marx para o mundo todo, rompe com a totalidade, criticas, vulgariza a ideia de Marx.}. Os desafios eram: Economico { havia nova fase do Capitalismo, o monopolista, precisava-se nesse periodo da simplificação, para socialização, levar o entendimento do novo modo de produção para a classe operária}, Politico [ já existiam a organização dos trabalhadores, o desafio nessa fase era o de definir a função dessas organização / linha politica de atuação, é nesse contexto que surge e ganha força as teses do revisionismo- que tem por objetivo rever as ideias de Marx e propor novas- Essas teses se tornaram revolucionistas visto que seria impossível lutar contra o K dentro dele.} A 1° guerra mundial { K brigando entre si}- A postura Marxista negou essa guerra pois eram trabalhadores com trabalhadores. – O segundo momento o PSDA investiu na guerra para que surgisse o nacionalismo, e não o internacionalismo. Periodo conhecido como social democrata
3° Internacional- internacional comunista- O partido comunista da URSS. 1° vez depois da comuna de paris que a classe trabalhadora chegou ao poder ( 1917), o desafio era fazer uma revolução { e não organizar a classe trabalhadora ou entender a economia}. A revolução tinha o objetivo de construir o comunismo. Buscaram em Marx { encontraram pouca coisa pois o que ele buscava era superar a sociedade burguesa} . A construção do comunismo buscava criar uma nova economia, politica, social e cultural, sendo essa última a menos prioritária. A que mais ganhava enfoque era a economia. Esse momento há uma continuidade do Marxismo vulgarizado, é uma experiência isolada que cria um dogmatismo. Os valores princípios, custumes e artes- criavam uma cultura comunista baseada no realismo.
No ano de 1956 o congresso do PC do URSS, foi denunciado os crimes de Stalin,. A crise da 3° Internacional e todo Marxismo que ele propunha. Esse momento da crise foi o momento de renovação Marxista “ retorno ao Marx” 
A nova esquerda analisa as experiências e retorna a Marx.
 Luta de classes/ dialética e revolução ( retorno as obras de Marx e Engels)
Retorno/ conhecimento de autores Marxistas ( Luckacs , Gramsci) 
Novos temas para serem rebatidos com heranças de Marx ( discursão do método – que antes era só conclusão-), Estado, revolução ( realidades diferentes, revoluções diferentes), cultura ( que define e é determinada pela sociedade)
O estudo da cultura é uma esfera contributiva da nossa sociedade, das nossas relações sociais.
Marxistas que discutem a cultura: Marx/ Engels, Lukacs e Gramsci.
Marx e Engels – Consciência social da cultura 
A ideologia Alemã.
Marx se apropria de 3 fontes:
Filosofia clássica alemã ( Hegeliana);
Denominam a filosofia Alemã como ideologia. Ideologia ( falsa consciência) . Diz que só foi mostrado a aparência e não a essência. Criticam os jovens Hegelianos. De Hegel originou-se dois grupos: - Hegelianos de Direita ( idealismo) – Hegelianos de esquerda (jovens Hegelianos, marx estava aqui) que herdaram a dialética. Ao escrever a ideologia alemã eles perceberam que já haviam superado os Jovens Hegelianos ( Fazem critica a Bauer e Feubarch); Feubarch desenvolveu o conceito de alienação( pouco), para ele o problema da sociedade era a religião, que faziam que as pessoas se conformassem na sociedade- conformismo- era a ideia de Deus. Esse era o elemento MATERIALISTA. A religião é o que aliena as pessoas, se superada, a sociedade não se alianaria mais. Ele diz que o homen enquanto ser natural pode fazer isso. Mas Marx e Engels diz que não, é o homen enquanto ser social. E eles tbm acreditam que a alienação vai além da religião. Destacando o trabalho.
Ideia Hegelianas:-Idealismo- as ideias constroem a historia, movem a realidade.
-Dialética- Passar das ideias é natural do homem.
Marx e Engels, existe uma relação entre as ideias e a realidade. Mas diferente de Hegel a realidade é que determina as ideias, a essência da consciência da realidade tem que estar concreta. Ideias são determinadas, não determinantes da realidade. Toda construção das ideias necessitam de uma base natural. Nesse contexto surge o materialismo. A objetivação, necessidades, relações sociais – são são um conjunto material- possibilitam a ideia, ou seja, a ideia parte de uma realidade.
O materialismo histórico nasce de uma inversão do sistema Hegeliano.. Marx e Engels desenvolvem uma relação entre o que as pessoas pensam ( consciência) e a realidade. As relações determinam a consciência.
A consciência tem um sentido predicativo, é a linguagem da vida real. A realidade é objetiva, materialidade concreta ( conjunto de relações sociais). Consciencia é determinada e tem um caráter histórico. É contraditória – absorve as contradições da realidade-
A consciência tem:
-Limites
-Potencialidades
-Contradiçoes
O trabalho desenvolve o ser social, chega a consciência, passa pela DST, desenvolvendo a relação em sociedade, esse processo que ele desenvolve em sociedade, propirciona um salto qualitativo para o ser social.
O trabalho {ser social} -> divisão so trabalho { social coletivo} -> Relaçoes de produção { forças produtivas,ser social, relações sociais( que não se limitam a produção, relações politicas, culturais, familiares/ comunitárias, de poder) define o lugar do individuo na sociedade -> Consciencia { expressa o que foi desenvolvido antes, consciência social,}!
O individuo é socialmente determinado, O sujeito esta no interior de todas as relações que ele passou a construir, a consciência manifesta a sua cultura.
O materialismo é que transforma a ideologia, falsa consciencia em consciencia social.
Economia Politica Classica ( Ricardo, Smith)
Socialismo utópico francês ( movimento operário)
P/a Marx e Engels cultura é um reflexo, uma expressão da consciência. Mudar a consciência implica mudar a realidade. Cultura é uma manifestação da consciência social.
Luckács :
Desenvolve estudos sobre a consciência.
Hungrio, que busca entender a sociabilidade humana para além do Capitalismo. Superação da Sociedade Capitalista. Ele busca a ontologia do ser social ( que é o ponto de partida, quando o homem supera o ser natural para ser ser social). O que promove esse salto qualitativo, que diferencia o ser natural do ser social é o trabalho. É uma categoria nova Pois o trabalho é determinado como relação do homen com a natureza. O primeiro determinante dessa relação é a do homem sobreviver, na natureza há limites ( o que acaba por limitar o homem tb). A partir do momento que há uma intencionalidade/ objetivação e se começa a transformar, não só se relacionar com a natureza afasta-se os limites. Ou seja a teologia é a centralidade da sociedade do trabalho.
O trabalho é fundamental, tem uma relação do ser social com natural, e a construção da teologia. Mas o ser social não se limita com trabalho, pois ao se relacionar com a natureza simultaneamente se relaciona com outros homens. Pois sobreviver pressupõe viver em sociedade. A ontologia do ser social passa por um prolongamento constante, seu fundante não o limita. – trabalho-
Praxis laborativa: HXN Posição teológica, primária, trabalho.
Praxis Interativa: HXH Posição teológica, secundaria, relações sociais . Posição mais complexa.
Essas práxis possibilitou a passagem do ser social ao humano genérico, da centralidade do trabalho para a teologia, e a dimensão ética.
O que significa dizer que, organizar outra forma de trabalho é organizar outra forma de Relação social.
A cultura esta presente na dinâmica das relações sociais. Essa é a 1° superação a Marx e Engels. É um reflexo mas vai além, ela constitui a sociedade, está na práxis interativa.
Resumão sobre Lucáks : Processo de humanização do homem. Na medida em que avança a consciência humana, o trabalho avança, se prolonga para outras dimensões da vida social. Nesse avanço o homem se descobre com novas necessidades. Nesse contexto se insere a cultura, que são as novas relações que determinam a consciência. Enfatiza a importância da linguagem no processo de transformação do ser social, a cultura entra nesse universo da linguagem, pois atribui significado. A consciência constitui e reflete a vida social, assim como a cultura.
Gramsci:
Pensador dentro do Marxismo que dá centralidade a cultura.. Nasceu no fim do século XIX, Italiano. Desde a juventude esteve inserido em organizações do movimento operário ( Juventude socialista PSI) busca entender a classe dominada. Ficou conhecido como uma fração culturalista no PSI . Influenciado por Beneditto Croce que era um idealista. Sua preocupação era em tornar a classe trabalhadora uma classe culta. Para dominar. Tornarem uma classe mais critica. Nesse momento idealista de Gramsci, ele buscava mudar as ideias para mudar a realidade. Isso possibilita um salto.
Alfabetizar os trabalhadores para ele era um momento de revolução.
Ele vive a experiência da revolução russa de 1917, e isso promove uma ruptura com sua ideias idealistas. Ele diz que a revolução Russa foi a construção de um novo padrão de costumes.
Ele tem uma concepção de cultura muito tradicional
Aquisição de conhecimento, saber ler e escrever, tem a ver com a 1° educação formal. Uma educação diferente para classes diferentes. Para os trabalhadores tem que ser interessada e objetiva. Tomar a classe trabalhadora vai além da educação , engloba também a luta politica, a organização, e além disso a formação politica- tem que ter trabalho de base, não pode ser parlamentar, envolver o modo de pensar- 
A leitura da realidade possibilita uma compreensão do mundo.
Coloca a questão de se fazer um trabalho cultural com os trabalhadores ( que ele chama de reforma intelectual e moral {no cárcere}), que influenciaria no modo de pensar, viver e expressar.
Para ele, nesse momento, chegar ao poder tem que significar uma reforma de postura, valores. Viver a revolução russa ampliou a concepção de cultura que ele tinha. Possibilitou um reconhecimento da realidade através de um materialismo . Antes de 1917 ele acreditava que a mudança de custumes aconteceram através das ideias. Apos teria q ser através do desenvolvimento da realidade. 
Na Itália os soviets eram chamados de conselhos de fábricas ( que eram espaços autônimos de organização de trabalhadores desntro das fabricas, mas não se limitavam a esses espaços, havia outras org de outros trabalhadores e desempregados);
Em 1919 e 20 . Gramsci pensa em uma série de ocupação de fabricas ( é o Bienio Vermelho). Operarios pararam de produzir e ocuparam as fabricas. Promoveu desperdícios e apropriaram dos meios de produção.
Em 1921 foram reprimidos pela burguesia , estado e PSI. Oque promoveu a ruptura de Gramsci com o partido socialista e a fundação do PCI.
Muda-se nesse momento o pensamento acerca da cultura:
Cabe a organização da classe trabalhadora, ela não é espontânea. – quando o PSI falhou retrocedeu as ideias da classe trabalhadora- Seria necessário unidade e coerência. Dessa forma surgiria a ideia de Intelectualidade ( um processo de formação de consciência precisa ser impulsionado)
Em 21 a 29- houve persegção politica.
Suas ideias desenvolvidas no cárcere:
Hegemonia
Senso comum/ bom senso
Luta intelectual
Cultura: se desenvolve a partir da capacidade intelectiva. Os partidos políticos devem organizar essa forma culta
Segundo ele a cultura já existe.. nos á sugamos. Existe traços que herdamos, mas há relações que se modificam, ela está em constante transformação. A cultura reflete e media as relações sociais ( intervem e influencia)intervindo, mudando a cultura, muda-se a sociedade.
Sobre a Revolução Russa diz que foi uma revolução de costumes.
Obs: Existe uma dimensão cultural no Serviço Social, ele media, interfere no senso comum, na sua prática profissional.Está diretamente relacionado aos valores. Faz uma intervenção cultural, Para se mudar a sociedade.
Gramsci é o 1° autor na tradição Marxista que desenvolve a categoria de POLITICA depois HEGEMONIA. Essa hegemonia está relacionada com uma batalha cultural – está inserida- dentro de uma luta politica.
Desenvolve uma dimensão da politica que abrange:
Cultura:
Senso comum/ bom senso
Luta intelectual – Tradicionais, -Organicos.
Reforma intelectual e moral
Vontade coletiva nacional popular
Essa nova fase de Gramsci acontece devido a uma revolução proletária falida, por conta da repressão. A persegção politica o leva ao cárcere, que o faz refletir a questão do : Porque da derrota da revolução proletária na Italia e porque além disso houve a onda neoconservadora (facismo). Procura o que há de particular na Italia. Leva a questão de o que é uma sociedade oriental e sociedade ocidental:
-Oriental ( Politicamente menos complexa, que não desenvolveu a dimensão de sociedade social – que é a esfera plural, onde as classes se organizam para chegar ao poder-. Onde a sociedade politica tem o poder e uma dominação)
-Ocidental ( Onde a sociedade civil tem uma relação equilibrada com a politica. Na qual a SP tem uma ampliada dominação , pois é dirigente, já se passou pelo processo de ‘aceitação ‘da SC. Ou seja tem uma hegemonia, pois conquistar a direção pressupões isso.)
 Descobre que a revolução Italiana não deu certo por causa da complexificação da sociedade civil, a revolução foi elaborada como a de países orientais, mas a sociedade já estava seguindo modelos da ocidental.
(…) da cultura, na luta por hegemonia é necessário uma direção intelectual ( considerando principior culturais, de valor). A luta por hegemonia contem uma dimensão intelectual ( de ideias e culturas.)
Portanto a Revolução Italiana não dei certo porque não pertencia mais aos modelos orientais como na USRR . E ainda houve o facismo porque ele conquistou hegemonia. Por Isso Gramsci cria a luta contra hegemonia.
A hegemonia começa nas relações econômicas, mas não se limita a elas, há outras relações como politicas, familiares… 
Oque o pensamento marxista pensa sobre a formação da consciência:
Todos concordam que a consciência so existe a partir da realidade, ela é predicativa e particular, pois está relacionada com a posição do individuo na sociedade. Ela é subjetiva e objetiva. Gramsci desenvolve o que a determina ( cabe ressaltar que a cosciencia esta relacionada a cultura)
Vida cotidiana e senso comum:
‘ O homem dentro de sua subjetividade se apropria da objetividade, com uma reflexão acrítica’’
Gramsci afirma que todos nós temos um nível de senso comum, ele pressupor uma superação do senso comum, que levaria ao bom senso.
 Consciencia em si, consciência sindical:
No plano de consciencia em si já é possível enxergar uma consciência. Que se indentifica pela forma e posição que está inserido nas relações sociais. Nesse plano é possível criar elementos ou identidade com outros seres para haver projetos.
Para Gramsci esse nível de consciência em si é o 1° nível da superação do senso comum. Desenvolvendo o bom senso. Esse nível tem limites, pois possui um salto dentro da ordem. Possibilitando o reformismo, não cria elementos para uma revolução.
Consciencia para si ou consciência de classe:
Lenin diz que se passa de consciência sindical para politica universal, começa a construir possibilidades de uma nova ordem. Pode possibilitar uma consciência ético politica que propõe numa ordem na sociedade.
Portanto, a superação do senso comum pelo bom senso se faz pela consciência em si – sindical e consciência para si- politica-de classe- . Se faz por um processo dialético, não é imediato nem por etapas, depende do contexto histórico, politico e econômico. Para superar o senso comum e construir uma formação social é necessário conhecer o nível de consciência do grupo. O processo de superação da classe em si deve ser impulsionado, deve haver no interior da luta de classes a ação de conhecer, entender para transformar.
Superar o senso comum pelo bom senso engloba uma dimensão politica que se faz no cotidiano das lutas. Deve-se superar o equivoco da espontaneidade { que a sociedade K’ promove, pelos processos de mercantilização, alienação que tende a reforçar o senso comum} . Precisa-se de um trabalho intelectual para superar-se o senso comum. Gramsci nega a espontaneidade { que seria a superação do senso comum na cotidianidade das lutas, a consciência sem um direcionador} e Vanguardistas { que seriam pessoas engajadas em movimentos sociais que constroem a consciência pela classe operaria}, pois ele acredita que quem promove essa superação é a classe trabalhadora, numa perspectiva coerente e unitária.
Além disso Gramsci usa o termo Organização da cultura, que pode ser entendida por dois viés: 1°- o que forma, que é estabelecido por organismos como mídia, literatura… e 2°- o que promove a superação do senso comum.
Educação Organizada – Intelectuais:
É feita por alguém que em um processo de coerência de unidade impulsiona o que a sociedade pensa e age. Segundo Gramsci todos os homens são intelectuais, tem capacidades.
Existem duas formas de intelectuais:
Individuais ( Determinada pessoa com conhecimentos filosóficos, científicos, históricos que organiza e politiza as classes. Com o desenvolvimento do K se torna escasso)
Coletivos ( Grupos de pessoas, sindicatos, organizações politicas, ongs que organizam as classes. Com o desenvolvimento do K tende a se intensificar)
Dois tipos de intelectuais:
Tradicionais ( autores que se colocam a cima da luta de classes, tem uma neutralidade, que se fundamentam e deixam heranças intelectuais. Ex Igrejas, professores).
Com o desenvolvimento da sociedade K podem deixar de serem tradicionais, pois com a complexificação das relações sociais tendem a desaparecer.
Organicos ( Educam e organiza, dão coerência a unidade á favor de uma classe. Tem uma posição o que é impressidivel para uma classe que pretende se tornar dirigente.)
Portanto o intelectual que esta inserido nas lutas de classe, é aquele que educa e organiza . A função do intelectual não está na formação que ele possui, mas na capacidade de organização; que busca a coerência e a unidade.. O intelectual privilegiado para esse processo é o Partido Politico, que pode fazer com que as classes não pensem e nem ajam de acordo com interesses econômicos e pensem e ajam com um objetivo ético-politico.
O Partido Politico incorpora projeto ético politico de determinada classe. Mas nem sempre o Partido Politico assume papel de Partido, pois organizações como o MST, ONGs, que tem definido um projeto ético politico com funções definidas, e que a prática seja hegemônica tem um comportamento de centralidade politica, hegemonia cultura. Esses Movimentos podem vir a se tornarem partido, e se enquadram no quadro de intelectuais orgânicos, por organizarem e educarem uma cauda.
‘’’E o Serviço Social? Pertence ao quadro de intelectuais orgânicos? Sua prática é hegemônica? As contradições no âmbito da profissão e a defesa do pluralismo permite que ela assuma partido? Seja defensora de uma determinada classe? Mas se os profissionais da área não são intelectuais orgânicos onde eles se enquadram nessa luta cultural? Porque tradicionais não podem ser. A partir do momento que ele pretende superar o senso comum pelo bom senso ele organiza e reeduca a sociedade.’’’’
O partido Politico é necessário para que determinada classe seja dirigente. O intelectual não tem sua função determinada pelo seu status profissional. E sim pela sua capacidade de organizar e educar.
Reforma intelectual e moral: ( diz respeito a uma transformação) há uma luta ideo-cultural pela hegemonia. Há elementos na cultural que são significativos para mudar a sociedade. Essa reforma intelectual e moral pressupõe:
TRABALHO- existe um trabalho cultural a ser feito com os sujeitos. Pois existem elementos da cultura que são senso comum, que precisam serem superados. A partir da formação da consciência é da prática politica.
DISPUTA– existe uma disputa ideo-cultural na sociedade. O capitalismo tem uma logica ideo-cultural de reproduzir o senso comum, e a organização de um Partido Politico que visa a defesa da classe subalterna tende a superar e senso comum.
CRÍTICA- a parir da criticas é possível construir a ruptura com senso comum.
Vontade coletiva nacional popular:
A perspectiva dessa reforma intelectual e moral é em função dessa vontade.
Mas vontade para Gramsci vai muito além do querer fazer. Vontade é uma consciência da necessidade, mas mais além disso é uma consciência coletiva da necessidade. Que atenda as necessidades da nação, ou seja da maioria. Do popular.
Resumo do 1° texto – Cultura – Williams
Parte dos são problemas nos movimentos históricos.
Sociedade, cultura, economia: cada uma dessas áreas, agora atadas a um conceito, é uma formulação histórica. A Sociedade era companheirismo, associaçao, realização comum, antes de se tornar a descrição de um sistema ou ordem geral. Economia era administração ( casa ou comunidade) antes de se tornara descrição de um determinado sistema de produção ( distribuição e troca). Cultura antes dessas transitaçoes ara o crescimento e cuidado de colheitas e animais, e , por extensão, o crescimento e cuidado das faculdades humanas. Cada uma dessas esferas foi afetada pelo movimento de outros. Cada conceito interagiu com uma historia e experiência em transformação. Sociedade é uma formulação de experiência que hoje resumimos como sociedade burguesa: sua criação ativa, contra a rigidez do Estado feudal.
A maior parte do moderno pensamento social parte desses conceitos, sem as marcas inerentes de sua formação e seus problemas não resolvidos. O pensamento politico, social ou sociológico, e econômico se supõe descreverem áreas, entidades percebidas.
 ( há a psicologia e a cultural tb) . É psicologia individual ( psicológica) ou social? – até perceber-se do que é social que a evolução predominante da sociedade deixou se socluçao. Devemos compreender cultura como as artes, como um sistema de significados e valores, ou como todo um modo de vida.
O conceito de cultura, quando considerado no contexto amplo do desenvolvimento histórico, exerce uma forte pressão contra os termos mimitados de todos outros conceitos. Até o século XVIII ele ainda era um processo objetivo: a cultura de alguma coisa ( colheitas, animeias, mentes). As modificações decisivas em sociedade e economia começaram antes, em fins do século XVI e no século XVII. A evolução na sociedade começou antes da cultura possuir significados novos e alusivos. Uma nova palavra no século XVIII foi civilização.
Civilizar remete a noção de homens por uma organização social, seus adjetivos expressam ordenado, indicando, educado, cortes. Teve um significado positivo no conceito de sociedade civil. Mas civilização deveria significar mais que isso: expressava dois sentidos que estavam historicamente unidos: Um estado realizado, mas também agora um estado realizado de desenvolvimento, que implicava processo histórico e progresso. Foi essa nova racionalidade histórica do iluminismo. Foi um processo secular e evolutivo. Mas ao mesmo tempo foi uma historia que havia culminado num Estado realizado { civilização Inglaterra e frança} A racionalidade insistente que explorou e informou todas as fases e dificuldades desse processo chegaram a uma paralização efetiva no ponto em que se poderia dizer que a civilização havia sido alcançada. { na vdd o que se poderia projetar racionamente era a extençao e o triunfo desses valores}
Essa posição já sob pesado ataque dos sistemas religiosos e metafísicos mais antigos e de suas noções associados a ordem, tornou-se vulnerável, sob novos aspectos. Houve duas reaçoes decisivas, primeiro a ideia de cultura, oferecendo um senso diferente de crescimento e desenvolvimento humanos e segundo, a ideia de socialismo, oferecendo uma critica social e histórica da civilização e sociedade civil.. e uma alternativa a elas como condição fixa e existente.
Civilização e Cultura: sua divergência teve varias causas:
O ataque a civilização como superficial, um estado artificial, em contraposição a um estado natural. Esse ataque a partir de Rosseau e até o movimento romântico, foi a base de um importante sentido alternativo da cultura. O efeito primário dessa alternativa foi associar cultura com religião, arte e família e vida pessoal, em distinção ou mesmo oposição, a civilização e sociedade em seu novo sentido abstrato e general. A partir desse sentido que a cultura se ampliou. E passou a incluir sentido descritivo dos meios e obras desse desenvolvimento, ou seja, a cultura como uma classificação geral das artes, religião e instituições e praticas de significados e valores. Suas relações com a sociedade foram problemáticas. A dificuldade foi solucionada, em geral, relacionando a cultura, mesmo quando era evidentemente social em sua pratica, com a vida interior e suas formas mais acessíveis e seculares> subjetividade, imaginação com o individuo. A ênfase religiosa diminuiu, sendo substituída pelo que era na verdade uma metafisica da subjetividade e processo imaginativo. Cultura ou mais especificamente arte e literatura. Eram consideradas como o regstro mais profundo, o impulso mais profundo e o recurso mais profundo do espirito humano. Cultura foi a secularização e liberação de formas metafisicas anteriores.
Essa decomposição se fez com a civilização em seu significado externo. Houve uma pressão corretada no conceito de civilização, que chegou a um ponto critico durante o desenvolvimento da sociedade industrial e seus prolongamentos conflitos sociais e políticos. Sob um ponto de vista, esse processo era parte do desenvolvimento continuado da civilização: nova elevada ordem. Sob outro ponto de vista a civilização era o estado realizado que tais novidades ameaçavam destruir. Civilização tornou-se de um lado um desenvolvimento esclarecido e progressivo, e do outro um estado realizado e ameaçado- na pratica se identificava como glorias vindas do pssado.-. Nesse sentido posterior, civilização e cultura novamente se confundial, como estados vindos do passado e não como processos de evolução. Uma nov bateria de forças foi estruturada contra a cultura e a civilização: materialismo, comercialismo, democracia e socialismo.
Cultura enquanto isso sofria outro desenvolvimento, como um conceito social, esse sentido em evolução e outro sentido de processo intimo e das artes continuaram evidetntes e importantes. A origem desse segundo sentido tem raízes na ambiguidade de civilização tanto como estado realizado quanto como estado de desenvolvimento realizado. Uma compreensão esclarecida de nos mesmos e do mundo, que nos permite criar formas duperiores de ordem social e natural, superando a ignorância e a supestiçao e as formas sociais e politicas que levaram e q apoiam – a razão- é muito difícil distinguir esse novo senso secular de civilização de um senso igualmente secular de cultura como interpretação de desenvolvimento humano. Cada um deles foi uma ideia moderna no sentido de que ressaltou a capacidade humana não so de compreender, mas de construir uma ordem social.
( foi essa a diferença entre tais ideias e a derivação anterior de conceitos sociais e ordem sociais, apartir de estados religiosos ou metafísicos pressupostos. Mas qnd tratou de identificar as verdadeiras forçs matrizes houve diferenças radicais de opnião)
Nesse caso, e contrariando a tendência da época, nas ciências naturais são rejeitadas, mas as CH recebem uma surpreendente ênfase nova. Houve evolução foamaçao da sociedade e mentes humanas – sentido social geral da cultura- Ele aceitou a ênfase sobre o autodesenvolvimento histórico da humanidade, mas argumentou que era demasiado complexo para ser reduzido a evolução de um único proncipio, a alguma coisa tao abstrata cmo razão. Era necessário falar de culturas, e não de cultura, levando-se em conta a variabilidade, e dentro de qqr cultura reconhecer a complexividade e variabilidade das formas que lhe davam forma.
Sentidosocial- processo social fundamental que modela modos de vida – cuturas.
Cultura tem um conceito complexo: vida intelectual e nas artes, configurações de modo de vida totais, definições de artes e humanidades, desempenhou papel importante das CH 1°e CS2° . Cada tendência se inclina a negar o uso da outra. Em qqr teoria moderna de cultura, mas talvez especialmente na teoria marxista, essa complexidade é motivo de grande dificuldade. O problema que se encontra é saber se se trata de uma teoria das artes da vida intelectual em suas relações com a sociedade, ou uma teoria do processo social que cria modos de vida.
O primeiro problema substancial está nas atitudes para coma civilização, a intervenção decisiva do marxismo foi a analise da sociedade civil. Civilização: forma histórica especifica: a sociedade burguesa, tal como criada pelo MPC . a sociedade burguesa e a produção capitalista foram desde logo atacados com violências e consideradas como histricamente progressistas. O socialismo as substutuiria como a fase seguinte e superior da evolução.
{ perspectiva marxista, radical, socialista, alternativa}
Não foi o caráter progressita, mas o caráter fundamentalmente contraditório dessa elovuçao que teve um papel decisivo. Civilização produziu não so riqueza, ordem e refinamento, mas como parte do mesmo processo, pobreza, desordem e degradação, foi atacada pela sua artificialidade. 
A intervenção seguinte e decisiva do marxismo foi a rejeição daquilo que marx chamou de historiografia marxista, { processos iluministas} A noção originaria do homem que faz a sua própria historia recebeu um novo conteúdo radicak com sua ênfase no homem que se faz a si msm, pela produção de seus próprios meios de vida. Ofereceu a possibilidade de superar-se a dicotomia entre sociedade e natureza, e de descobrirem-se novas relações constitutivas entre sociedade e economia.
Sua ênfase no processo social, de um tipo constitutivo, foi delimitada pela persistência de um tipo anterior de racionalismo, rlacionando com o pressuposto do desenvolvimento progressivo unilinear, como numa versão da descoberta das leis cientificas da sociedade. Enfraqueceu a perspectiva constitutiva e fortaleceu a mais instrumental. ( destaque na historia material). O importante não é o elemento de redução. É a reprodução de forma alterada da separação entre cultura e vida social material, que tem sido a tendência dominante do pensamento cultural idealista. Assim as possibilidades totais do conceito cultura como um processo social sonstitutivo, que cria modos de vida específicos e diferentes, que poderiam ter sidos aprofundados de forma notável pela ênfase no processo social material, foram por longo tempo irrealizadas. Ao msm tempo, a significação do conceito alternativo de cultura, definindo a vida intelectual, e as artes foi comprometido pela evidente redução a uma condição de superestrutura.
No desenvolvimento complexo do conceito de cultura, que foi agora incorporado, decerto a tantos sistemas e praticas diferentes, há uma questão decisiva que se repetiu no periodo de formativo do século XVIII e princípios do século XLX. A questão da língua humana foi uma preocupação dos historiadores da cvilizaçao – questão central do processo construtivo da cultura-.
Dialética e Capitalismo – Octavio Ianni – Texto 2;
O homem vem ao mundo com necessidades. Precisa trabalhar pra viver, no trabalho ele se exterioriza – promove as relações- Antes de possuir alguma coisa o homem a projeta em sua mente. O trabalho não se limita a mudar a forma da matéria oferecida pela natureza, mas realiza nela seu fim. Em essência o homem é trabalho, para viver tem que trabalhar ou apropriar-se do trabalho do outro. O homem tem necessidades cotidianamente { comer beber, reproduzir0se biologicamente e socialmente…} e a partir dessas necessidades que se formam as relações sociais ( família, cidade, povo, nação, implicações sociais- econômicas, politicas e culturais) As msm necessidades que induzem o homem a trabalhar e pensar, o levam a relacionar-se com a natureza e os outros homens, com os instrumentos e produtos de seu trabalho. São relações simples e complexas, nexos visíveis e invisíveis, aparências e essências que constroem o homem como ser social histórico.
A produção de ideia, de representação, da consciência, esta diretamente entrelaçada com a atividade material dos homens, como a linguagem da vida real. O representar, pensar, intercambio espirtual dos homens aparecem aqui como emanação direta do seu comportamento material. Os homens são os produtores de suas representações, de suas ideias, etc. A consciência jamais pode ser outra coisa do que o ser consciente, e o ser dos homens é o seu processo de vida real.
Não se parte daquilo que os homens dizem, imaginam ou representam, para chegar ao homem de carne e osso. Parte-se dos homens realmente ativos e a partir de seu processo de vida real, expõe-se também o desenvolvimento dos reflexos ideológicos e dos ecos desse processo de vida. E mesmo as formações nebulosas no cérebro dos homens são sublimações necessárias do seu processo de vida material, empiricamente constatáveis e ligado a pressupostos materiais. A ideologia como as formas de consciência , perdem toda a aparência de autonomia. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência.
No mundo burguês as condiçoes de criação material e espiritual estão determinadas pela propriedade, o principio da propriedade privada esta presente nas mais diversas relações sociais… sob as condiçoes birguesas de vida, os produtos do trabalho tanto se objetivam como se alienam no mesmo processo são apropriado pelo outro, o proprietário da força de trabalho vende sua ft ao proprietário dos mp, do capital. O produto do trabalho e o próprio trabalhador tendem a ser atravessados, determinados, pela propriedade privada, pela alienação. Os próprios sentidos físicos e espirituais do homem se acham determinados pela propriedade privada;
Esta PPM é a expressão material e sensivel da vida humana alienada. A produção de consumo é a manifestação sensível do movimento de td produção passada. A propriedade privada é apenas a expressão sensível do fato de que o homem se torna objetivo para si, e ao mesmo tempo se converte bem mais em um objeto estranho e inumano. Do fato de que a exterizaçao de sua vida é a alienação de sua vida. A PP tornou-nos tao estúpidos e unilaterais que um objeto so é nosso quando o temos, quando existe para nos como capital ou quando é imediatamente possuído, consumido, bebido ou vestido, habitado. Utilizado por nos.
O sentido humano constituem-se unicamente mediante o modo de existência de seu objeto, mediante a natureza humanizada. O sentido que é prisioneiro da grosseira necessidade pratica tem apensas um sentido limitado.
A sugestão de Marx: abolição da PP, da capitalização, propiciará a emancipação total de tds os sentidos e qualidades humanos.
Na sociedade burguesa o principio da PP continua a atravessar tds as relações sociais, determinar essencialmente a práxis humana. Mesmo sob tais condiçoes e o homem pode modificar, transformar, revolucionar as suas condioes de trabalho e vida.
O modo pelo qual se organiza socialmente o processo de trabalho, enquanto atividade material e espiritual, modifica-se lenta ou drasticamente ao longo do tempo. Tempos históricos de formas de trabalhar e viver, agir e pensar. A divisão do trabalho torna-se realmente divisão a partir do momento que surge uma divisão entre trabalho material e espiritual. A consciência pode realmente imaginar ser algo diferente da consciência da práxis existente, representar realmente algo real. O trabalho intelectual começa a aparecer autônomo, descolado da vida, como se houvesse vida sem espirito, cultura invenção.pag 51. ( processo e burocracia/ capital e o mpc)
As relações sociais estão intimamente ligadas as forças produtivas, os homens transformam seu mdp e ao tranforma-lo alterando o modo de ganhar sua vida, eles transformam todas as suas relações em sociais. ( moinhoa valor , moinho pelo braço.)
Os mesmos homens que estabelecem as relações sociais de acordo com sua produtividade material produzem também os princípios, as ideias, as categorias de acordo com as suas relações sociais. Estas ideias são tao pouco externas quanto as relações que exprimem. São produtos históricos e transitórios.
A economia politica clássica – Ricardo, filosofia clássica alemã- Hegel, socialismo francês – Proudhon, São realizações intelectuais que expressam bastante da revolução cultural contemporânea da revolução burguesa na Europa. São diversas e múltiplas as criações filosóficas., cientificas e artísticas que expressam os movimentos da historia. Filosofia e musica tbm fazem parte dessa construção, em espaços ppara a vida e a intervenção. A politica substituiu.
Nesse nível o homem, produz o mundo no qual vive, produz as condiçoes matérias e espirituais de sua vida. Mas não cria segundo o seu exclusivo descortínio e sim de acordo com as condiçoes herdadas, em conformidade com as realizaços de gerações passadas. É a partir dai que se avança a novas criações.
Os homens fazem sua própria historia, não a fazem sob circunstancias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente legadas e transmitidas pelo passado. É justamente os homens em seu auxilio com espíritos do passado tomando-lhes a fim de apresentar a nova cena da historia do mundo nesse disfarce tradicional e nessa linguagem emprestada.
A atividade humana é sempre prática-teórica. Há sempre alguma correspondência entre o pensamento e o pensado, a consciência e a existência,o ser e o devir. O real e o pensamento constituem-se reciprocamente. A verdade consiste na concordância do pensamento com objeto, o pensamento deve acomodar-se ao objeto. O que é racional é ral e o que é real é racional. O lógico e o histórico constituem-se no andamento da práxis humana.. Uma verdade objetivada não é uma questão teórica, mas prática. Toda vida social é essencialmente pratica,
A relação entre o pensamento e o objeto é uma relação essencial, compreende de um desenvolvimento da práxis humana, como atividade material e espititual. Uma totalidade aberta em movimento.
É precisamente no trabalho que se exterioriza, expressa, Todo produto de atv humana configura-se também como realidade espiritual [ o homem se manifesta em coisas, fatos, acontecimentos que se apresentam como realizações com significado. Ao criar cria-se a coisa e o sentido. Criatura. Tudo expressa a dialética criador e criatura, em tudo o homsm se revela, amplia, modifica-se.
Cultura e hegemonia- Cristina Bezerra . Último texto.
Gramsci desenvolve uma compreensão da esfera cultural com amparos na tradição Marxista, considera-a como um elemento constitutivo de relações sociais e de projetos societários mais amplos. No decorrer de seus escritos a temática da cultura vai ganhando complexividade a partir do momento em que se relaciona intrinsecamente com a discursão de outras esferas do ser social, sobretudo aquela que se refere a politica. Em um primeiro momento podemos perceber uma perspectiva tradicional de cultura, onde esta se refere á educação como atividade do espirito, como unidade de consciência e auto-conhecimento humano. No decorrer de sua produção há uma ampliação desta concepção , a qual passa a ser relacionada com todo o processo histórico, em seus elementos políticos, sociais e econômicos que constituem-se inseparavelmente, essa é a compreensão hegemonica de cultura na orientação Gramsciana.
Produção Pré Carcere
Por estudos de linguística histórica e de literatura italiana. A palavra escrita seria o centro da formulação cultural em indivíduos e em sociedades inteiras. A preocupação com a formação cultural do PSI também era evidente. Gramsci se preocupa desde cedo com o que mais tarde ele denominaria organização cultural, com os organismos construídos no interior de uma sociedade, com a função ideológica de difundir uma determinada cultura, ele publica artigos de critica teatral, literária e de debates sobre temas do cotidiano da vida politica italiana.
Neste momento que vai ate 1917 existia para Gramsci uma intrínseca relação entre a educação formal e a cultural, a primeira era um dos caminhos para se alcançar a segunda. Esta educação não poderia ser alheia e desvinculada da perspectiva de um projeto societário mais amplo. Nesse sentido já se configurava uma luta ideológica que envolvia, em prejetos diferenciados tanto a educação quanto a cultura. 
Em Socialismo e cultura 1916, Gramsci elabora um paralelo e oposição sobre cultura. Uma delas chamada de conservadora, aborda cultura como um saber enciclopédico, como capacidade de acumular dados que faz com que certas pessoas acreditem ser superiores ao resto da humanidade. Gramsci se opõe a esta concepção e defende cultura como processo de auto-dominio e de autoreconhecimento que seria a base de uma consciência critica e unitária { marcada por um idealismo}
Cultura não se forma no homem, enquanto individuo ou coletividade, por uma evolução espontânea. O homem é uma criação histórica , e so como tal pode adquirir mencionada consciência critica, que é a base da cultura.
1916 Gramsci ( já preocupado com o elemento classista na dimensão cultural) critica os socialistas na italia por defenderem um principio genérico da necessidade da cultura. Para ele o modo como o sistema educacional é organizado favorece os ‘filhos da burguesia’ e faz com que a escola e consequentemente , a cultura se transforme em privilegio, relegando o proletariado a perpetuar sua condição de classe. Gramsci afirma então que o proletariado precisa de uma escola ‘ desinteressada’, humanista, uma escola de liberdade e de livre iniciativa, onde possa adiquirir critérios gerais que sirvam para o desenvolvimento daquela consciência critica unitária por ele defendida. Se envolve com uma nova orientação educacional para o proletariado, participando de experiências como a educação de adultos n movimento socialista e fazendo conferencias para círculos culturais de trabalhadores.
Neste primeiro momento levanta elementos em sua discurssao sobre a cultura. É responsabilidade do projeto socialista arrancar o privilegio de acesso de uma classe a cultura e capacitar criticamente o proletariado, com vista a prepara-lo culturalmente para realizar as grandes transformações necessárias em uma sociedade. Através de sua formação cultural, o proletariado poderá superar e abandonar uma compreensão fragmentada e imediata da realidade social em que esta inserido e alcançar uma dimensão coletiva, unitária e revolucionaria. Este é o principio do que mais tarde Gramsci chamara da passagem do momento econômico-corporativo da classe trabalhadora para o momento ético politico. Transformaçao cultural.
A partor de 1917 Gramci intensifica suas atividades como jornalista e sua militância no PSI, aproximand-se com as discurssoes marxistas sobretudo Lenin e com experiências da revolução russa, Gramsci acrescenta sua produção novas decisivas determinações sócio-historicas.
Envolvido com órgão de divulgação e propaganda socialista, ele aponta para o caráter da classe da cultura, para os elementos de composição de uma autentica cultura proletária e para as relações que deveria estabelecer com a cultura burguesa, buscando compreende-la e supera-la através da ação politca da classe trabalhadora. classe da cultura
A necessidade de se eliminar, no interior do partido , aquela concepção cultural como um saber enciclopédico e de se construir outra, capaz de preparar e de capacitar o proletariado para um real processo revolucionário.
1917 e 1918 a precupaçao de Gramsci em consolidar a ideia de que uma renovação ideológica e cultural se fazia urgente no movimento socialista italiano. Até aqui existia uma concepção restrita de cultura, quando Gramsci associa esta esfera a capacidade historicamente construída de reflexão, de critica, de superação, por uma atividade consciente , das perspectivas de alienação e de despolitização. A cultura já se apresenta comouma condição essencial para a emancipação huamana, proposta pela perspectiva socialista.
É necessário que o fato revolucionário se revele, além de um fenômeno de poder, também como um fenômeno de costumes, é necessário que novos costumes sejam criados , instaurando assim uma nova consciência moral.
1917- Gramsci fala da necessidade de uma serie de substituições revolucionarias, a primeira seria aquela em que a inercia mental da lugar a uma vida de pensamento, a um exercício de reflexão critica.
Já existe aqui uma relação clara entre uma capacidade critica e reflexiva , alcançada pela educação, pela militância e pela formação politicas, e um modo de vida mais amplo um conjunto de valores de costumes de praticas . Para Gramsci o elemento de identidade é a situação de classe e as condiçoes que essa classe vive, trabalha e se organiza, e ao mesmo tempo, pensa e problematiza sua vida em sociedade. A base material , a vida social determina a cultura desta classe e a faz projetar um outro projeto societário outro modo de vida, outra cultura em seu sentido mais amplo.
 A vida econômica na Itália estaria conduzindo o PSI para um campo reformista e favorecendo um distanciamento entre o proletariado e suas lideranças socialistas, apos 1917 intensifica o debate da questão cultural. Na concepção de Gramsci, então, era preciso favorecer, no interior do partido, um processo de educação em massa, para que se formasse uma base militante culturalmente preparada e capas de coletivamente, elaborar estratégias e encaminhar deliberações por si mesma.
Esta discursao aponta para as colocações acerca do ‘novo tipo intelectual’ e do partido politico como o grande intelectual coletivo da classe trabalhadora, a necessidade de eliminar a perspectiva de uma camada burocrática teórica e culturalmente preparada, propondo uma formação ampla a todo o conjunto da classe trabalhadora, preparando-a para a atividade deliberativa e revolucionaria . a defesa grasmciana de um intelectual que ‘educa e organiza’, impulsionando a base para uma ação politica consciente e unitária já se apresenta nestes primeiros elementos de critica ao PSI.
‘ p/a uma associação da cultura’ 1917- teria a finalidade de ampliar, ao proletariado enquanto classe, preocupação cultural de discutir os problemas da construção do socialismo, esclarecendo-o, propagando-o e fazendo dele a cultura a ser defendida pela classe trabalhadora; construir as bases de uma cultura proletária e socialista, instituiria no interior da classe trabalhadora novos costumes e valores, mais livre, despreconceituosos e portanto, revolucionário.
A parit de 1917, o contato com marxismo e com o trabalho politico pratico, traz para Gramsci a luta odeo-cultural para conquistar o poder em torno de um novo projeto societário.
Em revolução Russa contra o capital,’ o autor destaca que na russia o proletariado tenha sido capaz de apressar o futuro e de desenvolver uma vontade social, critica, coletiva, instaurando as bases do socialismo. Acreditando que neste pais os fatos superam as ideologias, Gramci defende que os bolcheviques absorveram a proposta marxiana como um elemento cultural vivo e dinâmico, e não como uma doutrina de afirmações dogmáticas e insdiscutiveis
[ cultura: exercício de pensamento, aquisição de ideias gerais, habito de conectar causas e efeitos. Tds são cultos pq relacionam causa e efeito e pensam]
Gramsci afirma que a cultura é um conceito básico para o socialismo, que deve ser organizada, como qualquer outro elemento. Cultura se faz através do processo em que se discutem e se investigam os problemas, onde se permite a participação e a contribuição de todos, onde uma alternativa societária é gestada e assumida como um projeto de uma coletividade.
1918: Primeira questão de Gramsci com a questão Nacional e Nacionalismo, faz uma critica as primeiras formulações do movimento socialista italiano, as quais negligenciam o estudo, o debate e a solução dos grandes problemas nacionais que posteriormente se preocupa em discutir e compreender o capitalismo como um sistema de bases e leis internacionais e supranacionais,só conseguiu se contruir conforme as particularidades naturais e históricas oferecidas por cada pais. Esse é o embrião de algo que posteriormente sera central na obra mais madura de Gramci: { a concepção nacional popular, a necessidade de compreensão , por parte do proletariado, das questões especificas do desenvolvimento capitalista em cada nação e da orientação que este fato acaba danado as diferentes experiências do movimento socialista.}
Neste debate de uma questão nacional, se coloca para Gramsci a questão de uma língua nacional, enquanto construção histórica, esta vinculada a complexividade das atividades sociais das pessoas que a falam. Por isso não é possível criar uma língua universal, nem mesmo uma língua nacional que seja fixa no tempo e no espaço. Novas correntes e novos usos da língua são introduzidos pela dinâmica da luta social de diferentes classes, que surgem na historia de forma politicamente organizada e despertam novas curiosidades morais, intelectuais e linguísticas.
Gramsci estaria preocupado em desenvolver elementos que caracterializariam a cultura socialista, o principio orientador para a organização deveria ser a organização, que substituindo diretamente o individualismo, deveria garantir a cultura proletária., o sentido de responsabilidade, o espirito de iniciativa e respeito pelos outros. Uma associação da cultura vinculada ao movimento socialista deveria educar para o desinteresse, para a iniciativa do individuo coletivo, sem objetivos imediatos de lucro pessoal.
Em cultura de luta de classes 1918,preocupação com uma cultura de bases socialistas, diante de Turim que construir movimentos socialistas complexos com carências intelectuais e culturais. A classe operaria, crescente não compreendiam plenamente a luta de classes e a consequente exploração a qual estavam submetidos. Por isso Gramci reafirmava a urgência do trabalho e da organização cultural.
Educação e cultura que se construíssem coletivamente, cultura solida ampla e critica onde a verdade não deveria ser apresentada de forma dogmática e absoluta. O socialismo se apresenta como um projeto societário a ser construído não so pela organização politica e econômica, mas também por uma intensa atividade cultural, capaz de revolucionar também o saber e a vontade, aprofundando uma consciência de liberdade e ação.
O Bienio Vermelho – 19 e 20- na Italia a qual inova a ação politica do proletário e as formações sobre cultura.
Para Gramsci a especifidade da revolução proletária é sua proposta de instaurar uma nova ordem e uma nova disciplina, não apenas de corrigir a forma da propriedade privada ou da figura do estado. Romper com a cultura atrasada e dominante.
Questão de cultura- 1920, afirma que a revolução proletária pressupõe um novo conjunto de normas, novas maneiras de pensar, agor, sentir e viver que a partit do modo de vida das classes trabalhadoras, deverão se tornar dominantes em uma sociedade pos revolucionaria. Conquistar o poder econômico e politico e o poder intelectual, organizando-se culturalmente para a produção de novos valores.
Influenciado por esta experiência na URSS, Gramsci procurou identificar, na sociedade italiana organizações que pudessem ter esta mesma função dos soviets, conter potencialmente o estado socialista, organizar culturalmente e dar poder ao proletariado na construção das bases de uma nova sociedade.
Os conselhos de fabricas, teriam uma função cultural, de materializar, de tornar real, que num primeiro momento denominou uma cultura socialista. O proletariado teria a oportunidade de exercitar esta cultura, através da resistência a herança do capitalismo e da afirmação de princípios e valores orientados de uma pratica socialista: o autogoverno , a lealdade e a disciplina, a participação ativa e permanente, o sentimento rigoroso de responsabilidade, o coletivismo e a experiência associativa. Concelhos seriam um órgão de educação reciproca e de desencolvimentode um novo espirito social, nova cultura, capaz de garantit uma nova estrutura orgânica de toda a classe trabalhadora.
1917 preocupado com o caráter reformista que ganhava força no socialismo italiano . O parido havia-no desvitalizado em decorrência da perda de contato da direção com as massas em movimento, levando o partido a uma crise de marasmo e de letargia. Faltava a capacidade organizativa de fazer da revolução um ato continuo, de introduzir uma nova ordem e construir um novo estado.
O PSI teria falhado, então, exatamente em sua função cultural de educar, formar politicamente e capacitar as massas a se organizarem em classe dirigente e dominante.
Torna-se urgente p/a Gramsci uma renovação no partido socialista. Era preciso abandonar a atuação meramente parlamentar e os estreitos limites da democracia burguesa, atuando diretamente no cotidiano das lutas empreendidas, no caso, pelo sistema dos conselhos. Era preciso desenvolver um trabalho intensivo de educação politica das massas no sentido de uma orientação comunista. [ afastando o reformismo do socialismo]
Gramsci propõe a renovação do PSI na direção de um partido revolucionário, homogêneo e coeso, com doutrina, tática e disciplina rígidas e com importante trabalho de educação de consciências revolucionarias. Ao fracassar a ocupação de fabricas em Turim Gramsci recoloca o problema de ação reformista e parlamentar do Partido socialista, trazendo a fundação de um novo partido. – o fracasso do partido coloca um novo pensamento: a restauração do estado na italia pela reação neoconservadora e do facismo.
1921- Gramsci assume uma postura de defesa do Estado operário, devendo retomar o trabalho de orientação e de educação politica abandonado pelos socialistas, em bases inclusives culturais, a perspectiva revolucionaria mais ampla, capaz de ultrapassar a orientação parlamentar.
Burguesia e proletariado lutam para conquistar a posição de classe dirigente das grandes massas populares. Esta luta portanto é revolucionaria e só sera levada adiante quando a classe operaria conseguir elevar sua consciência em torno de sua autonomia e de sua personalidade histórica. Gramsci impor a relação intriscica entre cultura e politica.
O partido comunista, incorpora instrumento capaz de congregar as inúmeras lutas particulares da clsse operaria em uma luta. Gramsci visualiza uma maturidade e moral do proletariado, capacitando-o a assumir concretamente um novo poder.
Suas primeiras teses no PCI e critica a elementos facistas. Visualiza o perigo do golpe facista e propõe uma inssureiçao dos comunistas. 
Gramsci reconhece o facismo um marcante elemento cultural, esta experiência expressa costumes e tradições que se identificam com a psicologia barbara e anti-social de alguns estratos do povo italiano. [ que deram a luta de classes um caráter violento] . aluta contra o facismo é uma luta também cultural, a ser levada em diante pelo comunismo, garantindo a estes estratos populares a convivência com uma nova tradição, nova educação, com um estado, bem organizado e bem administrado, sustentado por outras relações, princípios, valores.
Diferentes projetos que se pretendem dominantes e dirigentes de classe trabalhadora italiana. O debate com PSI que hvia aderido a perspectiva reformista. O principal elemento de polarização sera a organização do proletariado em sindicatos ou conselhos. Havia a necessidade do PSI realizar um amplo e efetivo trabalho cultural e politico junto ao proletariado para efetivamente fazer um partido das mais amplas massas, o que ainda não havia acontecido devido a grande desmoralização-fracasso.
Aos comunistas caberiam o papel de criticamente afastar as ilusões das massas populares, realizando um trabalho de reorganização e de desenvolvimento que ia desde a formação politica e culural ate a criação de uma força armada preoletaria capaz de derrotar a burguesia.
O partido politico é o grande intelectual orgânico responsável pela condução de uma luta econômica e politica, que não pode estar desvinculada da luta ideológica e cultural. [ começou a criticar o partido russo- visão autoritária e vanguardista, confundindo centralização com obdiencia e submissão]
Gramsci percebe a desgeneração da experiência russa. Alem da critica a condução politica do estado dos societs e as contradições nas novas medidas econômicas implementadas na URSS, Gramsci manifesta seu descontentamento com o que poderíamos chamar de orientação cultural da revolução russa: a unidade e disciplinas tornaram-se mecânicas. A unidade do partido comunista, na russia e em todo o mundo, estaria ameaçada por uma unidade de fachada.
Gramsci encerra seu momento de militância politica mais diretamente com questões essenciais para sua produção mais madura, as quais envolvem uma compreensão da cultura como elemento de critica e de organização. Seu legado nesse periodo formentara o debate acerca da cultura no interior da tradição marxista: a certeza de que este elemento é fundamental para o processo de organização revolucionaria, para instauração de um novo modo de viver, de pensar e de agir, vinculado ao projeto societário de emancipação da classe trabalhadora.
CULTURA E HEGEMONIA: A PRODUÇAO DOS CADERNOS DO CARCERE