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<p>Imprimir</p><p></p><p>DIREITO, NORMAS E</p><p>HERMENÊUTICA JURÍDICA.</p><p>FONTES E PRINCÍPIOS DO</p><p>DIREITO</p><p>151 minutos</p><p>Aula 1 - O Direito na Era Moderna (Teórico)</p><p>Aula 2 - Ordenamento Jurídico</p><p>Aula 3 - Direito, Justiça, Ciência e Sociedade</p><p>Aula 4 - Hermenêutica Jurídica. Fontes e Princípios do Direito</p><p>Referências</p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 1/19</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O que de�ne uma norma jurídica como tal? Qual é a sua estrutura? Como classi�car, caracterizar e</p><p>reconhecer-lhe a validade? Tais re�exões são importantes no estudo da norma jurídica, compreender a</p><p>estrutura e a dinâmica dessas normas é fundamental para a compreensão do surgimento, desenvolvimento e</p><p>estágio atual do ordenamento jurídico.</p><p>Além disso, existem vários tipos de classi�cação elencadas pela doutrina. Neste texto, abordaremos a</p><p>principal classi�cação, a partir de Hans Kelsen e Miguel Reale: a divisão entre normas primárias e normas</p><p>secundárias, apresentadas por autores clássicos da Introdução ao Estudo do Direito. Da mesma forma,</p><p>também serão apresentadas neste tópico a classi�cação apresentada por nossos juristas brasileiros.</p><p>VAMOS ESTUDAR SOBRE A NORMA JURÍDICA?</p><p>A norma jurídica é uma expectativa de comportamento genérico que regula o Direito. Em outras palavras, é</p><p>uma previsão do que deve ou não deve ser feito, por isso, é um dever-ser. Dessa forma, é também previsto</p><p>sempre na norma jurídica uma consequência ao caso de não adequação à sua previsão, conhecida como</p><p>sanção ou pena.</p><p>É importante pontuar também que as normas jurídicas, dentro da estrutura da organização normativa são</p><p>divididas em grupos. Ao tratarmos dessa classi�cação das normas, pretendemos entender quais os tipos de</p><p>norma e como podem ser divididas em grupos.</p><p>Para isso, é importante recorrer a Hans Kelsen (2011), o qual nos apresenta dois tipos de norma, a primária e</p><p>a secundária. A norma primária é a que estabelece uma sanção após a ocorrência de uma ilicitude. A norma</p><p>secundária é a que oferece a conceituação do que é lícito ou ilícito. Haja vista que a norma jurídica é</p><p>modulada na forma do dever-ser, considera-se a norma primária como norma por excelência, pois contém</p><p>em si a sanção, seu elemento constitutivo. Por outro lado, a norma secundária apenas existe em função da</p><p>primeira e possuindo a responsabilidade de explicitá-la.</p><p>Aula 1</p><p>O DIREITO NA ERA MODERNA (TEÓRICO)</p><p>Abordaremos a principal classi�cação, a partir de Hans Kelsen e Miguel Reale: a divisão entre normas</p><p>primárias e normas secundárias, apresentadas por autores clássicos da Introdução ao Estudo do Direito.</p><p>35 minutos</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 2/19</p><p>Um outro ponto de discussão sobre a norma jurídica é sobre seu processo de criação e publicação,</p><p>imprescindíveis para sua efetividade e validade no mundo jurídico. Tal processo possui inúmeras</p><p>peculiaridades, como por exemplo, a e�cácia e a produção de efeitos da norma, que devem respeitar os</p><p>parâmetros da vacatio legis e as normas superiores existentes.</p><p>Cumpre salientar que a vigência, validade e e�cácia de uma lei são atributos que estão diretamente</p><p>relacionados ao cumprimento do processo de criação da Lei, de maneira que a Lei somente estará apta a</p><p>produzir efeitos se cumprir com os parâmetros legais.</p><p>A validade diz respeito ao cumprimento de todas as determinações no processo de criação da Lei. Caso a lei</p><p>não cumpra com qualquer um dos andamentos previstos para sua criação, a norma criada não terá validade</p><p>quanto ao cumprimento do seu processo de elaboração.</p><p>Obviamente, conforme analisado anteriormente, precisa-se respeitar o prazo previsto em Lei para o início da</p><p>produção dos efeitos da norma, para que, assim, tal ato normativo passe a ter força e validade até a sua</p><p>revogação futura.</p><p>As medidas provisórias, ou, ainda, Leis com prazo de�nido, têm vigência por prazo determinado. Esses</p><p>instrumentos normativos já nascem com prazo de “validade” e, após a passagem desse tempo, irão perder a</p><p>vigência automaticamente.</p><p>Na mesma linha, não podemos esquecer, ainda, que a norma criada deve, obrigatoriamente, estar de acordo</p><p>com o restante do ordenamento jurídico, pois só assim poderá produzir seus regulares efeitos.</p><p>Pode-se concluir que, para uma norma ser considerada válida e e�caz, não pode haver qualquer vício na sua</p><p>criação e publicação, bem como deve estar de acordo com as demais normas do ordenamento jurídico.</p><p>OS ATRIBUTOS DA NORMA JURÍDICA E SUAS PECULIARIDADES</p><p>Para aprofundar no tema das normas jurídicas, vamos perpassar sobre várias questões relacionadas a seus</p><p>atributos e características essenciais. Vamos lá!</p><p>Qual o conceito de validade?</p><p>Conforme Ricardo Maurício Freire Soares (2019), a validade normativa pode ser veri�cada mediante a</p><p>correspondência vertical de uma norma jurídica inferior com uma norma jurídica superior, seja porque o</p><p>conteúdo é compatível (validade material), seja porque foi produzida por um órgão competente, dentro do</p><p>procedimento previamente estabelecido pela normatividade jurídica superior (validade formal).</p><p>Bittar (2019) acrescenta que a validade é entendida como pertencimento da norma jurídica ao sistema</p><p>jurídico. Tem a ver com reconhecer que a norma jurídica foi formalmente estatuída, pelo procedimento</p><p>adequado, por autoridade competente, não forma da lei autorizante e não se encontra revogada. A</p><p>formalização, portanto, é o rito de pertencimento, enquanto rito que confere condições para que a norma</p><p>jurídica seja considerada válida.</p><p>Qual o conceito de vigência?</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 3/19</p><p>Entende-se por vigência o atributo normativo que expressa o tempo de validade da norma jurídica. Nesse</p><p>sentido, a vigência pode ser determinada, quando o término da validade da norma jurídica é conhecido</p><p>antecipadamente por própria disposição normativa, ou indeterminada, quando não se pode precisar o</p><p>término da validade normativa (SOARES, 2019).</p><p>Qual o conceito de vigor?</p><p>Bittar (2019) a�rma que o conceito de vigor revela a força vinculante da norma jurídica, que incidiu sobre as</p><p>situações fáticas à época de sua validade e vigência e, assim, a imperatividade de sua incidência sobre casos</p><p>concretos. Assim, o vigor da norma jurídica é o atributo atinente à sua força vinculante durante o período de</p><p>sua validade e vigência. A excepcionalidade ocorre no Direito Penal, na lei temporária, em que, embora</p><p>decorrido o período de sua duração, é aplicada ao fato praticado durante a sua vigência.</p><p>Qual o conceito de e�cácia?</p><p>Em linhas gerais, a e�cácia normativa pode ser de�nida como a possibilidade concreta de produção dos</p><p>efeitos jurídicos. Siqueira Jr. (2019) acrescenta que a e�cácia é o fato de que a norma é efetivamente aplicada</p><p>e respeitada. Essa característica é mais próxima da facticidade, uma vez que diz respeito à efetividade da</p><p>norma no meio social, sendo, por isso, também referida pela doutrina como “validade social”.</p><p>Qual o conceito de legitimidade ou justiça?</p><p>A legitimidade designa a relação da norma jurídica com o valor socialmente aceito de justiça. A norma jurídica</p><p>é considerada legítima, portanto, quando alcança o ideal de justiça, de acordo com as circunstâncias histórico-</p><p>culturais. O debate sobre a legitimidade do ordenamento jurídico, principalmente diante da evolução do</p><p>pensamento hermenêutico e da consolidação do paradigma pós-positivista, passou a formular novas</p><p>propostas de compreensão do signi�cado de um direito justo.</p><p>Para Bittar (2019), aqui se encontra o nível mais profundo de compreensão da norma jurídica, na medida em</p><p>que se encontra a relação entre legislador e sociedade, somada à avaliação do conteúdo de justiça nela</p><p>contido. Essa característica da norma é tão importante, que pode fazer com que a norma jurídica deixe de</p><p>existir, por ser extremamente injusta.</p><p>APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE NORMA JURÍDICA</p><p>No estudo da norma jurídica, é possível veri�car diversos juristas que possuem posicionamentos por ora</p><p>divergentes ou semelhantes acerca da natureza e atributos da norma jurídica. Nesse viés, é importante</p><p>entender na prática as principais teorias e seus autores, para uma compreensão ampla da temática.</p><p>Para o jurista austríaco Hans Kelsen (2011), teórico do normativismo, a construção do Direito se dá a partir</p><p>de uma forma hierárquica. Assim, uma norma busca seu fundamento sempre em uma norma mais</p><p>abrangente, como o caso de uma lei ordinária que busca seu fundamento na Constituição da República. Nessa</p><p>medida, a pirâmide normativa é a estrutura mais utilizada para descrever sua teoria: no topo teríamos as</p><p>normas mais abrangentes, como é o caso da Constituição, e, na base, teríamos os atos normativos genéricos,</p><p>comuns. Acima de todas essas normas reside o que se chama de norma fundamental, que dá origem a todas</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 4/19</p><p>as outras normas jurídicas e cuja natureza não se confunde com a Constituição. Em Kelsen, portanto, a</p><p>validade de uma norma está fundamentada no ato que a origina. Desse modo, é válida apenas ao ser</p><p>proferida a partir de um ato legítimo de uma autoridade.</p><p>Miguel Reale (2002), por sua vez, divide a análise da validade em três aspectos que devem coexistir: (1) a</p><p>vigência (ou validade formal), a (2) e�cácia (ou validade social) e (3) o fundamento (ou validade ética). Vejamos:</p><p>1. A vigência corresponde a três requisitos, são eles:</p><p>a. A legitimidade do órgão, pois a autoridade deve ser competente para a emissão da norma;</p><p>b. A competência da matéria, dado que a autoridade deve ter competência para abordar determinada</p><p>matéria;</p><p>c. A legitimidade do procedimento, haja vista que deve estar de acordo com os regimentos e preceituações</p><p>legais que impõem a observância de determinados requisitos.</p><p>Por exemplo, a Lei 10.741, que institui o Estatuto do Idoso, possui legitimidade, tendo em vista que foi</p><p>proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), dentro de uma das casas do congresso, possuindo legitimidade</p><p>também competência de matéria, já que trata de direitos sociais. Também a lei seguiu devidamente o</p><p>processo legislativo vigente, seguindo a iniciativa no senado, a discussão nas casas legislativas, os votos e a</p><p>posterior sanção do Presidente.</p><p>A Doutrina recente em geral, desenvolvem sua teoria com base na teoria de Reale. Bittar (2020) a�rma que, na</p><p>dimensão da validade, as normas são lançadas para se estabilizarem no quadro de um sistema jurídico-</p><p>positivo especí�co, de maneira a criar vínculos com outras normas jurídicas. Para isto, precisa respeitar regras</p><p>formais para sua criação, estatuição e estabilização.</p><p>Além disso, o mesmo autor descreve a validade como um atributo técnico da norma jurídica, que tem a ver</p><p>com a sua função. Ela seria, portanto, uma de suas “camadas internas”, que diz respeito ao pertencimento da</p><p>norma ao sistema jurídico, ou seja, o reconhecimento de que a norma jurídica foi formalmente instituída, pelo</p><p>procedimento adequado, por autoridade competente, na forma da lei autorizante, além de não ter sido</p><p>revogada.</p><p>VÍDEO RESUMO: DIREITO NÃO-EUROPEU (DIREITO COMPARADO)</p><p>A norma jurídica pode ser de�nida como um provimento integrante de um ordenamento jurídico e objeto da</p><p>tutela do Estado, destinado a disciplinar a conduta intersubjetiva e que apresenta cunho bilateral ou</p><p>plurilateral atributivo. Existem inúmeras teorias que classi�cam as normas jurídica, contudo, a aula destaca o</p><p>recorte de Hans Kelsen. Kelsen reputa que o que o Direito disciplina o exercício da violência por parte do</p><p>Estado. Ao �nal, apresenta-se a diferenciação entre validade, vigência e repristinação.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 5/19</p><p> Saiba mais</p><p>O artigo indicado tem por intuito realizar uma análise do diálogo travado entre Hans Kelsen e Carl</p><p>Schmitt acerca do papel do guardião da constituição. Dessa forma, o autor análise os argumentos de</p><p>Kelsen, fundamentando a importância da presença de um órgão, capaz de guardar e defender os</p><p>preceitos constitucionais.</p><p>LIMA, Martonio, B. M. A Guarda da Constituição em Hans Kelsen. Revista Brasileira de Direito</p><p>Constitucional - RBDC v. 1, p. 204-209, 2003. Disponível em: <</p><p>http://esdc.com.br/seer/index.php/rbdc/article/view/31>. Acesso em: nov. 2022</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O estudo da norma jurídica, com suas bases teóricas, sociais e �losó�cas e da estrutura do ordenamento</p><p>jurídico é uma das etapas mais importantes na formação em Direito. É por meio dela que podemos entender</p><p>sua validade e e�cácia, dessa forma, seus efeitos jurídicos, como sanções e revogações.</p><p>Também é no estudo do ordenamento jurídico e da norma jurídica, que é possível traçar a relação entre</p><p>Direito Público e Direito Privado, bem como abarcar a teoria dos Direitos Transindividuais. Além disso, é</p><p>imprescindível compreender, quanto aos efeitos da norma sobre o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a</p><p>coisa julgada.</p><p>VAMOS ESTUDAR SOBRE O ORDENAMENTO JURÍDICO?</p><p>O ordenamento jurídico é compreendido com o conjunto dos elementos que compõem o Direito, organizados</p><p>em forma de sistema, existindo diversas concepções teóricas acerca da sua estrutura e ordenação.</p><p>A visão de ordenamento jurídico mais aceita no pensamento ocidental é aquela elaborada por Hans Kelsen</p><p>em sua teoria pura do direito. Para Kelsen, o ordenamento jurídico possui uma estrutura hierárquica,</p><p>comumente apresentada na forma de uma pirâmide pela literatura jurídica, que contém no seu topo a</p><p>constituição; no degrau abaixo da constituição encontram-se as leis e, abaixo delas, as diversas normas</p><p>infralegais (atos administrativos, portarias etc.).</p><p>Aula 2</p><p>ORDENAMENTO JURÍDICO</p><p>O estudo da norma jurídica, com suas bases teóricas, sociais e �losó�cas e da estrutura do ordenamento</p><p>jurídico é uma das etapas mais importantes na formação em Direito.</p><p>27 minutos</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 6/19</p><p>http://esdc.com.br/seer/index.php/rbdc/article/view/31</p><p>Conforme a visão de ordenamento jurídico de Kelsen, as normas são elaboradas e fundamentadas nos</p><p>costumes e princípios sociais, tendo validade nas normas hierarquicamente superiores, que se vinculam por</p><p>derivação às normas dela inferiores. Assim, o sistema mantém a sua integridade e a coerência entre as</p><p>diversas normas que o integram.</p><p>O ordenamento jurídico, com efeito, possui uma estrutura e o organização especí�ca. Uma dessas</p><p>organizações diz respeito à célebre divisão entre o Direito Público e o Direito Privado. Nesse viés, o Direito</p><p>Público concentrou as matérias estatais, suas funções e organização, a ordem e segurança internas, com a</p><p>tutela do interesse pública e serviços públicos. Enquanto o Direito Privado regula as matérias entre</p><p>particulares, dentro da autonomia privada.</p><p>Nesse contexto de classi�cação, é importante mencionar o surgimento do Direito do Consumidor e o Direito</p><p>Ambiental, que prestigiam aos direitos difusos e coletivos. Nesse aspecto, embora uma relação de consumo</p><p>trate à primeira vista de uma relação entre particulares, no seio da autonomia privada, ao mesmo tempo, tem</p><p>como objeto direitos sociais matéria de ordem pública. Logo, percebe-se a existência de novos ramos do</p><p>direito que atravessam os dois âmbitos tradicionais do público e do privado.</p><p>Nesse sentido, é importante estudar esse conjunto de normas que são divididos dentro do ordenamento</p><p>jurídico.</p><p>Um dos conjuntos normativos mais importantes referem-se aos Direitos e Garantias Fundamentais, previstos</p><p>no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, apesar de não estarem limitados nele, espalhando-se por toda a</p><p>Constituição Federal, e detêm o status de cláusulas pétreas.</p><p>Para o professor Flávio Martins (2020) direitos são normas</p><p>de caráter declaratório (como a vida, a liberdade, a</p><p>propriedade, etc.) enquanto as garantias são normas de conteúdo assecuratório (como a vedação ao</p><p>anonimato, habeas corpus, habeas data, etc.)</p><p>Em relação a ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, temos a previsão na LINDB:</p><p>O ORDENAMENTO JURÍDICO E SUAS PECULIARIDADES</p><p>Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o</p><p>direito adquirido e a coisa julgada.</p><p>1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que</p><p>se efetuou.</p><p>2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa</p><p>exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-�xo, ou condição pré-</p><p>estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.</p><p>§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 7/19</p><p>O ordenamento jurídico possui diversas peculiaridades, dessa forma, não deve ser visto como um bloco sólido</p><p>homogêneo normativo. A realidade é que o ordenamento jurídico representa o conjunto diverso normativo</p><p>existente e expressa os direitos em vigor. Desse modo, estarão presentes o direito público, privado, os direitos</p><p>difusos, entre outros.</p><p>No que tange aos ramos do direito, público e privado trata de uma distinção fundamental entre instituições</p><p>públicas e instituições privada. O Direito Público seria aquele que reúne as normas jurídicas que têm por</p><p>matéria o Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança internas, com a tutela do interesse</p><p>público, tendo em vista a paz social, o que se faz com a elaboração e a distribuição dos serviços públicos,</p><p>através dos recursos indispensáveis à sua execução. (NUNES. 2018) Também é o Direito Público que surge</p><p>como sujeito externo de Direito Internacional, ou seja, aquele que celebrará tratados e acordos</p><p>internacionais.</p><p>Por outro lado, o Direito Privado trata das normas de caráter particular e as relações estabelecidas no</p><p>contexto privado, diante da autonomia da vontade.</p><p>Nesse sentido, o estudo dos direitos fundamentais ou transindividuais é essencial na construção de um</p><p>ordenamento jurídico justo e democrático. Como sabe-se, os direitos transindividuais</p><p>são fruto de um denso processo histórico de conquista e consolidação de garantias. Cada período foi</p><p>assinalado por certas demandas e reivindicações que acabaram por consolidar grupos de direitos que</p><p>compartilham características comuns.</p><p>É importante compreender que esses direitos não se sucedem uns aos outros: na verdade, complementam-</p><p>se. É por isso que parte da doutrina prefere classi�cá-los como “dimensões” em vez de “gerações”. Em</p><p>apertadíssima síntese, pode-se dizer que a primeira dimensão é centrada na ideia de liberdade; a segunda</p><p>volta-se para os direitos sociais; a terceira funda-se na fraternidade e na solidariedade; a quarta visa à</p><p>consecução de direitos para uma sociedade global; e a quinta volta-se à paz, em seu mais amplo sentido.</p><p>Cabe, contudo, pensar criticamente cada uma dessas dimensões e avaliar a concretude dos direitos ora</p><p>garantidos. Sem prejuízo do estudo do passado, devemos estar atentos às novas demandas sociais e</p><p>trabalhar continuamente pela efetividade dos direitos fundamentais já garantidos e daqueles ainda por vir</p><p>Quanto ao ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, temos a previsão expressa na LINDB que</p><p>dispõe que “Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito</p><p>adquirido e a coisa julgada.” Nesse sentido, o ato jurídico perfeito é aquele já consumado segundo a lei</p><p>vigente ao tempo em que se efetuou. Enquanto, o direito adquirido é um direito que o titular pode exercê-lo</p><p>sem qualquer restrição, já havendo um termo pre�xado para seu regular exercício. Por �m, a coisa julgada é a</p><p>decisão judicial incabível de recurso, de modo que seu teor é impassível de ser alterado.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 8/19</p><p>APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE NORMA JURÍDICA</p><p>No estudo do ordenamento jurídico, é possível veri�car diversas situações da aplicação prática do direito e</p><p>suas normas jurídicas, nesse sentido, é importante para o estudo da temática perpassar por alguns desses</p><p>exemplos.</p><p>Nesse sentido, é importante a aplicação dos direitos individuais e coletivos, que embora se manifestem de</p><p>formas diferentes, ambos são elementos centrais para a defesa do indivíduo. Assim, entendendo suas</p><p>estruturas, garante-se ao operador do direito consciência sobre a estrutura constitucional e a instituição de</p><p>garantias amplas aos sujeitos de direito.</p><p>Na esfera dos direitos transindividuais, podemos perceber inúmeros exemplos da aplicação do Direito. Um</p><p>deles ocorreu no julgamento do Recurso Extraordinário 201.819-8/RJ, o STF reconheceu que as violações a</p><p>direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas</p><p>igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos</p><p>fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando</p><p>direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados</p><p>Outro exemplo de aplicação pode ser vislumbrado pela Arguição de Descumprimento de Preceito</p><p>Fundamental 132. A ação foi provocada pelo estado do Rio de Janeiro, a ADPF 132 foi julgada em 2011</p><p>conjuntamente com a ADI 4.277, reconhecendo a constitucionalidade da união homoafetiva. Nesse caso, vê-se</p><p>exatamente, pela hermenêutica constitucional, a leitura ativa da dignidade das pessoas homoafetivas e o</p><p>reconhecimento da sua igualdade perante a lei e, pela historicidade do direito fundamental, com a revisão do</p><p>paradigma sobre as uniões civis, foi reconhecida a extensão desse direito aos casais homossexuais.</p><p>Também podemos citar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 186. Na ADPF 186, foi</p><p>declarada a constitucionalidade da política de reserva de vagas com base em critérios étnico-raciais para</p><p>ingresso de estudantes universitários na UNB (Universidade Nacional de Brasília), considerando que o direito</p><p>à igualdade, em sua previsão constitucional, não implica apenas uma igualdade formal perante a lei, mas a</p><p>operacionalização da igualdade de condições.</p><p>Nesse contexto, uma jurisprudência importantíssima se deu através do Tema 999 da Repercussão Geral do</p><p>STF. Buscando uniformizar a jurisprudência, e em defesa de direito de terceira geração – assim referido no</p><p>próprio acórdão de referência –, o STF reconheceu a imprescritibilidade da pretensão de reparação civil por</p><p>dano ambiental. Assim, buscou-se tutelar o direito difuso e garantido a toda a coletividade de respeito ao</p><p>meio ambiente e seus efeitos positivos.</p><p>Em relação à vigência e revogação das normas dentro do ordenamento jurídico brasileiro, cita-se como</p><p>exemplo as interpretações adotadas pelo CARF (Conselho Administrativo de Recursos Federais, do Ministério</p><p>da Economia) em sessão de julgamento, acerca da vigência de determinados dispositivos normativos. Tal</p><p>julgamento perpassa questões sobre os conceitos de revogação tácita e expressa, relacionando-os com as</p><p>disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito brasileiro.</p><p>VÍDEO RESUMO: GRÉCIA</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 9/19</p><p>A aula apresenta inúmeras e importantes diferenciações sobre questões que perpassam todo o ordenamento</p><p>jurídico, em especial, a sanção, a revogação, o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.</p><p>Primeiro, veri�ca-se que existem duas possibilidades de classi�car a sanção: (i) de forme negativa; ou (ii) de</p><p>forma positiva. A sanção negativa apresenta cunho punitivo e visa a desincentivar condutas socialmente</p><p>indesejáveis. Seu conteúdo</p><p>é uma medida de violência, a ser exercitada pelo Estado; por outro lado, a sanção</p><p>positiva consiste num prêmio e visa a incentivar condutas socialmente desejáveis. O seu conteúdo consiste</p><p>num benefício patrimonial ou não, que será reforçado pelo Estado, mas não necessariamente executado</p><p>diretamente por ele. Posteriormente, apresenta-se a clássica diferenciação entre Direito Público e Direito</p><p>Privado. Ao �nal, enfreta-se a diferenciação entre ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.</p><p> Saiba mais</p><p>O artigo “Revogação tácita e revogação expressa à luz da jurisprudência do Carf”, dos autores Diego Diniz</p><p>Ribeiro e Carlos Augusto Daniel Neto, discute as interpretações adotadas pelo CARF (Conselho</p><p>Administrativo de Recursos Federais, do Ministério da Economia) em sessão de julgamento, acerca da</p><p>vigência de determinados dispositivos normativos. Durante a análise, os autores debruçam-se sobre os</p><p>conceitos de revogação tácita e expressa, relacionando-os com as disposições da Lei de Introdução às</p><p>Normas do Direito Brasileiro.</p><p>Disponível em https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/direto-carf-revogacoes-tacita-expressa-luz-</p><p>jurisprudencia-carf. Acesso em dez. 2022.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O estudo do Direito, Justiça, Ciência e Sociedade são conceitos pilares que dialogam entre si, através de</p><p>construções históricas, numa relação dialética. Isso signi�ca dizer que cada um desses conceitos afetam e são</p><p>afetados pelos demais. O Direito é uma ciência? O que é uma decisão justa? Existe sociedade sem Direito?</p><p>Aula 3</p><p>DIREITO, JUSTIÇA, CIÊNCIA E SOCIEDADE</p><p>O estudo do Direito, Justiça, Ciência e Sociedade são conceitos pilares que dialogam entre si, através de</p><p>construções históricas, numa relação dialética.</p><p>21 minutos</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 10/19</p><p>https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/direto-carf-revogacoes-tacita-expressa-luz-jurisprudencia-carf</p><p>https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/direto-carf-revogacoes-tacita-expressa-luz-jurisprudencia-carf</p><p>https://www.conjur.com.br/2020-jul-01/direto-carf-revogacoes-tacita-expressa-luz-jurisprudencia-carf</p><p>Essas perguntas impulsionam re�exões importantes para o mundo jurídico. Nesse sentido, a Filoso�a e a</p><p>Sociologia terão papel central na busca por explicações �losó�cas e sociais que consigam explicar os</p><p>fenômenos sociais, o ser humano e o ambiente que os cerca, nomes como Sócrates, Aristóteles, Kant,</p><p>Durkheim, Marx e Max Weber serão essenciais nesse percurso.</p><p>VAMOS ESTUDAR SOBRE O DIREITO, JUSTIÇA, CIÊNCIA E SOCIEDADE?</p><p>O estudo do Direito perpassa as noções da �loso�a, da sociologia e os questionamentos essenciais sobre a</p><p>ciência e a justiça. Nesse sentido, é importante que cada um desses conceitos seja estudado, relacionado com</p><p>a perspectiva jurídica.</p><p>De acordo com a teoria dos fatos jurídicos, os atos e fatos capazes de repercutir efeitos no universo do Direito</p><p>podem ser considerados jurídicos, assim como os negócios pactuados entre partes que pretendem regular</p><p>seus interesses pelo ordenamento jurídico. Considerando que o Direito não cria atos, fatos e negócios, mas os</p><p>regula e interpreta, é fundamental compreender cada uma dessas estruturas e sua relação com o universo</p><p>jurídico para integrar adequadamente a realidade às previsões do Direito.</p><p>Em relação ao conceito de �loso�a, primeiro ressalta-se que ela surge na Grécia antiga. Os primeiros �lósofos</p><p>foram os pré-socráticos, através de suas re�exões sobre a natureza das coisas e os fenômenos naturais; e,</p><p>posteriormente, surgiram os so�stas e seus debates sobre as dinâmicas do homem na sociedade. Sócrates</p><p>(469 a.C. - 399 a.C.), grande nome dos primórdios da �loso�a, posicionou-se em oposição aos seus</p><p>antecedentes, pois acreditava que a razão servia para buscar a justiça, não para vender conhecimento, algo de</p><p>que acusava os so�stas.</p><p>De Sócrates podemos tomar a busca pela verdade das coisas, para alcançar o bem, devendo o homem, acima</p><p>de tudo, conhecer a si mesmo. Responsável pelos ensinamentos de seu principal discípulo, Platão (428/427</p><p>a.C. - 348/347 a.C.), que seria mestre de Aristóteles (385 a.C. - 323 a.C.), Sócrates é comumente identi�cado</p><p>como o pensador que deu origem à �loso�a ocidental. Em síntese, Platão foi o primeiro a apresentar uma</p><p>nova forma de governo em sua obra “A República”. Além disso, propôs a divisão da vida em duas esferas: a</p><p>esfera sensível, a dos sentidos, e a esfera das ideias, à qual o homem deve sempre aspirar; divisão essa</p><p>concretizada em seu conhecido “mito da caverna”. Aristóteles, por sua vez, determinava que a justiça era a</p><p>ponderação entre dois excessos, os quais devem sempre ser evitados.</p><p>A Sociologia, diferentemente da Filoso�a, tem uma origem tardia, no século XIX. É, por isso, posterior a</p><p>diversas revoluções e levantes que perduraram nos séculos anteriores, sendo a Revolução Francesa a de</p><p>maior destaque. Dessa maneira, surge após as revoluções cientí�ca e industrial, que alteraram o paradigma</p><p>produtivo e a forma como o homem exerce seu trabalho e interage com a natureza.</p><p>O século XX caracterizou-se pelo desenvolvimento das ciências, que assumiram um papel central no</p><p>desenvolvimento da produção e da tecnologia existente no período. A Sociologia, por sua vez, ainda que seja</p><p>uma ciência, tem um aporte prático. Nesse sentido, além de apresentar as teorias que nos auxiliam a</p><p>compreender a realidade social, ela nos direciona para a política. Um dos responsáveis pela sistematização e</p><p>pelo reconhecimento da Sociologia como ciência social foi Durkheim.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 11/19</p><p>APROFUNDANDO NO ESTUDO DO DIREITO, JUSTIÇA, CIÊNCIA E SOCIEDADE</p><p>Na sociedade, pode-se observar fenômenos complexos, cujos impactos interessam aos �lósofos, sociólogos,</p><p>economistas, entre outros pro�ssionais. Todas essas múltiplas interações podem importar também ao Direito.</p><p>Nesse sentido, Segundo Miguel Reale (2020),  “Filoso�a” é uma palavra de origem grega, de philos (amizade,</p><p>amor) e sophia (ciência, sabedoria).  Diante dessa análise etimológica, portanto, “Filósofo”, não é o senhor de</p><p>todas as verdades, mas apenas um �el amigo da ciência e do conhecimento.</p><p>A Filoso�a merece destaque em seus estudos por se propor a analisar a realidade e a vida a partir de uma</p><p>postura crítica. A Filoso�a é central para o Direito, pois proporciona um posicionamento crítico e consciente</p><p>da localização humana dentro da sociedade, re�etindo sobre as questões universas, sobre os cosmos e a vida,</p><p>bem como relações humanas e os ciclos histórico-culturais.</p><p>Ademais, Direito e Justiça são dois conceitos intrinsecamente relacionados. Apesar da próxima relação entre</p><p>eles, nem tudo o que é direito é justo e nem tudo que é justo é direito. Dessa forma, é essencial reconhecer</p><p>que o conceito de Justiça não é unívoco, tampouco imutável. Como tema de estudos desde a Antiguidade, o</p><p>conceito passou por inúmeras de�nições e interpretações, o que nos impõe sua análise em perspectiva de</p><p>tempo e de espaço.</p><p>Conforme bem pontua Eduardo Bittar (2019) a história humana é uma história que retrata a uma longa e</p><p>incessante busca em torno da ideia de justiça. Esta, por sua vez, encontra-se, muitas vezes, relacionada com</p><p>as condições históricas de uma sociedade, as perguntas - o que é justo? Ou o que é justiça? -  Ganha</p><p>contornos relativos a depender dos elementos histórico materiais que conformam um povo. Pode-se dizer</p><p>que as penas do Império chinês não eram justas, já que era praticamente desumanas, mas também pode-se</p><p>dizer que uma pena de multa, em relação ao cometimento de um crime, também não seria uma pena justa.</p><p>Diante disso, nos colocamos diante da problemática histórico-�losó�ca da justiça, um grande dilema na</p><p>tentativa de de�nir a justiça, tendo em vista a historicidade e a relatividade que atravessa as diferentes formas</p><p>de sociedade atuais.</p><p>Além disso, a representação da Justiça com os olhos vendados e a espada fazem referência à imparcialidade e</p><p>à força, características de que a justiça se reveste por meio do Direito. Ainda que não haja de�nição clara dos</p><p>conceitos de Direito e Justiça, fato é que ambos se determinam mutuamente, justi�cando-se um ao outro. Nas</p><p>lições de Siqueira (2019) defende a presença da justiça na ordem jurídica, a �m de se torne legítima. Para o</p><p>autor, a justiça seria a justi�cação da legitimidade das normas jurídicas, uma espécie de razão de existir do</p><p>Direito, considerando que o objetivo fundamental do direito é exatamente a busca pela efetivação da justiça.</p><p>DIREITO E JUSTIÇA NA PRÁTICA</p><p>Neste tópico, passamos por conceitos importantes ao Direito. Um desses conceitos é essencial para todo o</p><p>desenvolvimento do Direito que é a concepção de Justiça.  Conforme vimos, esse conceito não é estático e,</p><p>com o desenvolver da sociedade e suas mutabilidades, também o Direito será transformado. Nesse viés, John</p><p>Rawls (1921-2002) apresentou sua teoria contemporânea da Justiça como equidade.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 12/19</p><p>Nesse viés, defende que a justiça é uma virtude das instituições sociais, de modo que a perda da liberdade de</p><p>alguns, somente será justi�cada, por um bem maior compartilhado entre todos. Desse modo, o sociólogo</p><p>refuta qualquer teoria utilitarista. Também argumenta sobre os aspectos distributivos da sociedade, chegando</p><p>à conclusão da justiça, enquanto equidade. Isso signi�ca oferecer às pessoas condições para tenham os</p><p>mesmos acessos às oportunidades e não que tenham as mesmas condições, tendo em vista as diferenças</p><p>permanentes na sociedade.</p><p>Para Rawls, a sociedade seria como uma corrida, em que alguns já sairiam na frente e outros, por sua vez,</p><p>atrás. Para tanto, ele refuta as ideias de meritocracia, argumentando que a justiça incide oferecendo as</p><p>condições para que todos tenham as mesmas oportunidades de participar dessa corrida.</p><p>Também é importante perceber a relevância e contribuição da Filoso�a para o Direito, hoje, na prática. Para</p><p>São Tomás de Aquino, a lei pode ser classi�cada em: Lei eterna, Lei Natural, Lei Divina e Lei Humana,</p><p>possuindo diversos métodos e fundamentos dessa classi�cação, além de demonstrar, sendo, inclusive, uma</p><p>obra extremamente atual.</p><p>Por outro lado, Kant é considerado um dos mais importantes �lósofos da era moderna. Pretender avaliar seus</p><p>impactos sobre o direito a um só tempo seria certamente, um reducionismo. Contudo, é importante</p><p>mencionar as in�uências de Kant nas Relações Internacionais. Ainda que as noções de Direito Internacional e</p><p>Direitos Humanos não sejam contemporâneas ao �lósofo, sua teoria a elas se aplicam.</p><p>Uma outra aplicação é notada em relação aos conceitos de fato social e fato jurídico. Esses conceitos são</p><p>comumente aplicados nos tribunais, sobretudo, relacionados aos casos de excludente de responsabilidade,</p><p>demonstrando, desse modo, a importância de analisar a quais fatos pertencem ao mundo jurídico.</p><p>Nesse sentido, a 5ª Câmara Cível do TJMG manteve decisão da comarca de Mantena, processo 0011896-</p><p>86.2017.8.13.0396, que isentou o Estado de Minas Gerais da responsabilidade de indenizar um cidadão</p><p>envolvido em acidente automobilístico, por ocasião de fortes chuvas em São João do Manteninha. Para o</p><p>TJMG, tratou-se de situação inevitável, de força maior, decorrente das chuvas torrenciais que assolaram a</p><p>região.</p><p>Para o cidadão, não havia que se falar em imprevisibilidade dessas chuvas, pois, embora se tratasse de evento</p><p>da natureza, a recorrência das chuvas na região e os acidentes deveriam ensejar do poder público maior</p><p>vigilância, o que não ocorreu. Assim, para o cidadão, o Estado tem dever de indenizar os danos decorrentes da</p><p>prestação de serviço público, por força da aplicação da teoria da responsabilidade objetiva.</p><p>Ocorre que, para o TJMG, foge das contingências normais da Administração Pública Estadual controlar e</p><p>supervisionar, integralmente, toda a área de risco e as consequências de quantidades inesperadas de chuva,</p><p>notadamente tendo em conta a extensão da região e a exorbitante intensidade das tempestades.</p><p>VÍDEO RESUMO: DIREITO ROMANO (ARCAICO)</p><p>Olá, estudante! O Direito Positivo, sendo visto como conjunto de determinações dirigidas à conduta humana,</p><p>cuja existência é comprovável cienti�camente como um fato social, cuja existência se veri�ca num dado</p><p>momento e num dado local. A aula irá expor o que é o fato social e o que é o fato jurídico, bem como</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 13/19</p><p>apresenta as duas diferenças. Por �m, enfrenta o que é Ciência do Direito e Filoso�a do Direito, utilizando-se</p><p>dos ensinamentos de Tércio Sampaio Ferraz.</p><p> Saiba mais</p><p>No artigo “a tradição �losó�ca dos direitos humanos e da tolerância” de autoria de Mário Miranda Filho,</p><p>você conhecerá os fundamentos da tradição humanista no Ocidente e as incursões �losó�cas em que se</p><p>fundam os Direitos Humanos. O autor ressalta: “[m]inha intenção neste texto é formular uma ou duas</p><p>questões: o que a se pode esperar hoje da �loso�a no quesito direitos humanos e tolerância? E ainda:</p><p>que crédito tem a tradição �losó�ca ocidental neste tema?”.</p><p>Disponível em: https://www3.faac.unesp.br/ridh/index.php/ridh/article/view/152 acesso em nov. 2022.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Os fenômenos de aplicação, interpretação e integração do Direito são sensivelmente distintos, embora todos</p><p>sejam fundamentais no dia a dia dos operadores do Direito. A Hermenêutica Jurídica é uma das tarefas</p><p>essenciais na aplicação do Direito, com o intuito de interpretá-lo e analisar suas peculiaridades.</p><p>Ademais, a interpretação não deve limitar-se em uma concepção genérica, devendo buscar integrar a</p><p>realidade social em relação com a ordem e a composição preventiva dos con�itos de interesses previsíveis.</p><p>Dessa forma, sendo o direito um sistema de regras e princípios, por natureza, exige o uso de um aparato</p><p>interpretativo especí�co e próprio para as determinadas situações, por isso, a importância do estudo das</p><p>teorias interpretativas.</p><p>VAMOS ESTUDAR SOBRE HERMENÊUTICA JURÍDICA, FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO?</p><p>Aula 4</p><p>HERMENÊUTICA JURÍDICA. FONTES E PRINCÍPIOS DO</p><p>DIREITO</p><p>Os fenômenos de aplicação, interpretação e integração do Direito são sensivelmente distintos, embora</p><p>todos sejam fundamentais no dia a dia dos operadores do Direito.</p><p>41 minutos</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 14/19</p><p>https://www3.faac.unesp.br/ridh/index.php/ridh/article/download/152/75</p><p>https://www3.faac.unesp.br/ridh/index.php/ridh/article/view/152</p><p>Em termos práticos, é comum alguns autores não diferenciarem o emprego dos termos “Hermenêutica” e</p><p>“interpretação”, utilizando-os como sinônimos. Contudo, boa parte da doutrina esclarece que o conceito de</p><p>interpretação não se confunde com o conceito de hermenêutica. A Hermenêutica (do grego, hermeneia) é</p><p>comumente entendida como a ciência da interpretação. Quando relacionada ao Direito, a Hermenêutica</p><p>encontra-se em alinhamento com a �loso�a do Direito, tornando-se a área responsável pelo estudo das</p><p>teorias da interpretação, organizando-as de forma sistemática. A interpretação (do latim, interpretare), por</p><p>sua vez, sugere a extração do sentido que está entranhado nas normas jurídicas.</p><p>Nesse sentido, a interpretação não se limita a um entendimento da norma em si mesma, considerada em sua</p><p>abstração e generalidade, mas parte de um movimento de integração à ordem jurídica que a envolve, bem</p><p>como ao contexto sócio-histórico que a determinou.</p><p>A doutrina apresenta diversos critérios e formas de classi�cação das espécies e métodos de interpretação do</p><p>direito. Quando distinguimos a interpretação do direito por espécies, podemos identi�car 4 (quatro) delas:</p><p>• (I) doutrinária: a interpretação da norma jurídica por meio de estudos cientí�cos, identi�cando criticamente</p><p>os aspectos que precisam ser aperfeiçoados na norma;</p><p>• (II) autêntica: a interpretação da norma é realizada pelo próprio poder legislativo criador norma jurídica que,</p><p>por meio de lei nova, reproduz ou explica a lei anterior;</p><p>• (III) judicial: a interpretação da norma jurídica é realizada pelos órgãos que compõem o poder judiciário;</p><p>• (IV) administrativa: a interpretação da norma é realizada pelos órgãos da administração pública, mediante</p><p>portarias, despachos, instruções normativas, entre outros.</p><p>Quando distinguimos a interpretação do direito por meio de métodos ou natureza da interpretação, podemos</p><p>encontrar os métodos:</p><p>• (I) gramatical ou literal: a interpretação da norma é limitada ao valor das palavras e ao exame da linguagem</p><p>dos textos;</p><p>• (II) lógica ou racional: a interpretação da norma jurídica considera a ratio iuris ou seja, o fundamento racional</p><p>objetivo da norma;</p><p>• (III) sistemática: a interpretação da norma não é feita de maneira isolada, considerando o direito positivo um</p><p>todo coerente, enquadrando o dispositivo legal ao sistema jurídico;</p><p>• (IV) histórica: a interpretação da norma jurídica parte do pressuposto de que a compreensão do direito</p><p>decorre do entendimento das legislações anteriores são esclarecedores da lei do presente;</p><p>• (V) sociológica: a interpretação da norma se baseia na adaptação do sentido da lei às realidades e</p><p>necessidades sociais.</p><p>No que se refere aos resultados ou extensão da interpretação do direito, fazemos a distinção entre:</p><p>• (I) interpretação declarativa ou especi�cadora: a interpretação da norma jurídica limita-se a declarar o</p><p>pensamento expresso na lei</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 15/19</p><p>• (II) interpretação restritiva: partindo do pressuposto de que o legislador escreveu mais do que pretendia</p><p>(plus scripsit quam voluit), a interpretação da norma diminui o seu alcance</p><p>• (III) interpretação extensiva: partindo do pressuposto de que o legislador escreveu menos do que pretendia</p><p>(minus scripsit quam voluit), a interpretação da norma jurídica amplia o seu alcance para além dos seus</p><p>termos.</p><p>APROFUNDANDO NO ESTUDO DA HERMENÊUTICA JURÍDICA, FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO</p><p>O conceito de interpretação não se confunde com o conceito de Hermenêutica. A Hermenêutica refere-se à</p><p>ciência da interpretação, aproveitando-se das conclusões da �loso�a jurídica para criar processos de</p><p>interpretação, organizando-os de forma sistemática. A interpretação é a aplicação, propriamente dita, da</p><p>Hermenêutica, determinando o sentido e o alcance da norma jurídica.</p><p>Nesse sentido, tem-se que a origem da palavra hermenêutica vem do grego hermeneuein, usualmente</p><p>traduzido por interpretar, bem como no substantivo hermeneia, a designar interpretação. Uma investigação</p><p>etimológica destas duas palavras e das orientações signi�cativas básicas que elas veiculavam no seu antigo</p><p>uso esclarece consideravelmente a natureza da interpretação em teologia, literatura e direito, servindo no</p><p>atual contexto de introdução válida para a compreensão da hermenêutica moderna. (SOARES, 2019)</p><p>Em linhas gerais, interpretar é a ação de explicar, esclarecer, dar signi�cado a uma palavra, texto, atitudes ou</p><p>gestos, produzindo, com isso, a exteriorização de um conteúdo. Extrair de uma frase, sentença ou norma o</p><p>sentido de uma expressão. No Direito, a doutrina preocupou-se em desenvolver uma série de métodos de</p><p>interpretação da norma jurídica, estudado na hermenêutica. A metodologia da interpretação, nesse sentido, é</p><p>a ferramenta de análise do direito voltada a facilitar a aplicação da norma jurídica na resolução do caso</p><p>concreto.</p><p>Uma das teorias mais conhecidas a respeito da interpretação jurídica é a Escola da Exegese. Essa escola valeu-</p><p>se do racionalismo iluminista para sustentar que o Código Napoleônico, fruto da razão, deveria ser universal,</p><p>rígido e atemporal. Os defensores dessa escola não aceitavam a existência de lacunas na lei, pois, sendo ela</p><p>fruto da razão, deveria abranger todo o ordenamento jurídico. Desse modo, somente a lei era admitida como</p><p>fonte do Direito.</p><p>Na Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen, o processo interpretativo da norma jurídica era dividido em:</p><p>• (I) interpretação autêntica, ou seja, a interpretação da norma jurídica realizada pela autoridade habilitada a</p><p>aplicar e a produzir o Direito, não cabendo método interpretativo diverso</p><p>• (II) interpretação não autêntica, que é a efetuada pelos indivíduos e pelo cientista do Direito, que não</p><p>possuem autoridade para aplicar o Direito.</p><p>Em contrapartida, na Teoria do Direito de Ronald Dworkin, propõe-se a adoção de métodos interpretativos da</p><p>norma jurídica como forma de alcançar a melhor aplicação das normas nos casos concretos, evitando-se,</p><p>inclusive, a prolação de decisões judiciais fundamentadas na vontade do julgador.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 16/19</p><p>Por �m, importante destacar as lições do �lósofo Umberto Eco, que tratou da possibilidade de um mesmo</p><p>texto comportar diversas interpretações. Contudo, para o �lósofo, algumas interpretações são</p><p>manifestamente equivocadas, não podendo estas prevalecer sobre as demais, por violarem a materialidade</p><p>do próprio texto. O raciocínio proposto por Umberto Eco, portanto, é no sentido de que a interpretação de um</p><p>texto deve respeitar limites. Nessa linha, Eco sustenta que, em um texto, ainda que haja mais de um sentido,</p><p>não se pode dizer que todos eles sejam bons.</p><p>APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE HERMENÊUTICA E INTEPRETAÇÃO</p><p>As Teorias da Interpretação são métodos da Hermenêutica Jurídica que vão além da simples teoria</p><p>doutrinária. A título de exemplo, em recente acórdão proferido pela 3ª Turma do TST, de relatoria do Ministro</p><p>Alberto Bresciani, �cou claro que a decisão do julgador pautou-se na visão do Direito como integridade, como</p><p>preconizado por Ronald Dworkin: “ao intérprete do direito cabe realizar interpretação coerente com as demais</p><p>decisões políticas da comunidade, ao mesmo tempo em que assume o ônus de fundamentá-la com base em</p><p>princípios reconhecidos por esta mesma coletividade”.</p><p>A Sexta Turma Especializada do TRF2 publicou acórdão que fez uso da interpretação declarativa como</p><p>elemento norteador da sua decisão. O acórdão, de relatoria do Desembargador Reis Friede, julgou o recurso</p><p>de apelação, negando-lhe provimento, partido da análise interpretativa declarativa do artigo 10 do Decreto-Lei</p><p>2.291. Vejamos trecho da ementa do acórdão:</p><p>APELAÇÃO. ALCANCE DO ARTIGO 10º DO DECRETO-LEI 2.291/86. INTERPRETAÇÃO</p><p>DECLARATIVA, LITERAL E TELEOLÓGICA. CARÁTER IMPOSITIVO DA LEI. PRECEDENTES STJ.</p><p>RECURSO DESPROVIDO. I - O art. 1º, § 1º do Decreto-lei nº 2.991/86 determinou que a CEF</p><p>sucedesse ao BNH em todos os seus direitos e obrigações. II - Declaração do caráter</p><p>impositivo da norma expressa no art. 10 do Decreto-lei nº 2.991/86, que obriga a CEF a</p><p>absorver a PREVHAB ou transferir seus bene�ciários para a FUNCEF, não havendo uma</p><p>terceira via. III - Interpretação declarativa, literal e teleológica do diploma legal afasta</p><p>qualquer outra possibilidade senão a opção entre duas hipóteses: a absorção ou</p><p>transferência de bene�ciários. IV - A autorização presente no dispositivo analisado abrange</p><p>a escolha quanto à forma de negociação e à opção pela absorção da Associação ou da</p><p>transferência de seus bene�ciários para a FUNCEF, apenas. V - Precedentes do Superior</p><p>Tribunal de Justiça, entendem que a Caixa Econômica Federal, como patrocinadora e</p><p>mantenedora da PREVHAB, nos termos o artigo 10º do Decreto-Lei n. 2.291/86, está</p><p>autorizada a absorvê-la ou transferir os seus bene�ciários à FUNCEF, excluída qualquer</p><p>outra entidade de previdência privada. VI - Apelação desprovida.</p><p>— (TRF-2 - AC 2013.51.01.000679-9, Relator: REIS FRIEDE, Data de Julgamento: 04/06/2018, VICE-PRESIDÊNCIA)</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 17/19</p><p>No Recurso Extraordinário 368.090, o Supremo Tribunal Federal negou provimento ao recurso extraordinário</p><p>interposto pelas partes interessadas para obter a devolução de bens con�scados ou indenização pelo Estado</p><p>do Paraná. Foi invocado o art. 8º do ADCT que concedeu anistia para os que foram atingidos, em decorrência</p><p>de motivação exclusivamente política, por atos de exceção em período determinado.</p><p>O entendimento do STF é de que esse artigo se aplica apenas aos trabalhadores da iniciativa privada e não</p><p>pode ser estendido a servidores públicos. A natureza jurídica da norma é excepcional, delimitando</p><p>explicitamente os respectivos efeitos. Por isso, o intérprete não pode ir além das situações expressamente</p><p>descritas no dispositivo, sendo que o próprio dispositivo limita expressamente o caráter da anistia. Desse</p><p>modo, o STF aplicou a interpretação restritiva neste caso concreto e declarou que a regra do art. 8º do ADCT</p><p>exige o recurso hermenêutico restritivo.</p><p>VÍDEO RESUMO: DIREITO ROMANO (CLÁSSICO AO PÓS-CLÁSSICO)</p><p>A hermenêutica jurídica é o estudo da teoria e das técnicas pertinentes à revelação do sentido e do conteúdo</p><p>do Direito. Para isso, existem inúmeras técnicas interpretativas, a aula apresenta as seguintes: (i)</p><p>interpretação doutrinária; (ii) interpretação advocatícia; (iii) interpretação pelo Poder Legislativo; (iv)</p><p>interpretação administrativa; e (v) interpretação judicial. Ao �nal, indica os métodos utilizados pela</p><p>hermenêutica jurídica: (i) gramatical ou literal; (ii) histórico; (iii) teleológico; e (iv) sistemático.</p><p> Saiba mais</p><p>A Revista Eletrônica do Mestrado em Direito Da UFAL publicou o artigo “Breves considerações sobre a</p><p>função da lógica na interpretação e aplicação do Direito”, de autoria de Andreas Krell, que aborda de</p><p>maneira objetiva o tema da interpretação lógica do direito. Sob o título “Breves considerações sobre a</p><p>função da lógica na interpretação e aplicação do direito” e de autoria de Andreas J. Krell, o artigo aborda</p><p>a lógica para além de uma simples ferramenta que elucida várias questões na área do direito, inclusive</p><p>voltada para a interpretação dos textos legais. Krell sustenta que é necessário alargar o conceito de</p><p>lógica, de maneira a efetivamente servir de ferramenta auxiliar ao aplicador e ao estudioso do direito na</p><p>solução dos casos concretos e na fundamentação das decisões jurídicas.</p><p>Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/rmdufal/article/view/3098 Acesso em nov. 2022.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 18/19</p><p>https://www.seer.ufal.br/index.php/rmdufal/article/view/3098</p><p>https://www.seer.ufal.br/index.php/rmdufal/article/view/3098</p><p>Aula 1</p><p>BITTAR, Eduardo Carlos B. Introdução ao Estudo do Direito: humanismo, democracia e justiça. 2. ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Teoria do Direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>SOARES, Ricardo Maurício Freire. Elementos de Teoria Geral do Direito. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>Aula 2</p><p>BITTAR, Eduardo Carlos B. Introdução ao Estudo do Direito: humanismo, democracia e justiça. 2. ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>NUNES, R. Manual de introdução ao estudo do direito. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. E-book.</p><p>Aula 3</p><p>BITTAR, Eduardo Carlos B. Introdução ao Estudo do Direito: humanismo, democracia e justiça. 2. ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>NUNES, R. Manual de introdução ao estudo do direito. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. E-book.</p><p>REALE, Miguel. Filoso�a do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002a.</p><p>REALE, Miguel. Lições Preliminares do Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002b.</p><p>Aula 4</p><p>BITTAR, Eduardo Carlos B. Introdução ao Estudo do Direito: humanismo, democracia e justiça. 2. ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>NUNES, R. Manual de introdução ao estudo do direito. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. E-book.</p><p>REALE, Miguel. Filoso�a do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002a.</p><p>REALE, Miguel. Lições Preliminares do Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002b.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>27 minutos</p><p></p><p>09/09/2024, 10:15 pedons_231_u3_fun_his_int_est_dir</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3811586 19/19</p>

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