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<p>Lipoproteína Triglicerídeo Colesterol Origem Função</p><p>Quilomicron 86% 3% Intestino</p><p>Transporte de</p><p>TG endógeno</p><p>VLDL 55% 12%</p><p>Fígado e</p><p>intestino</p><p>Transporte de</p><p>TG endógeno</p><p>LDL 6% 42% Intravascular</p><p>Transporte de</p><p>colesterol aos</p><p>tecidos</p><p>HDL 3% 15%</p><p>Fígado e</p><p>intestino</p><p>Transporte</p><p>reverso de</p><p>colesterol aos</p><p>tecidos para</p><p>fígado</p><p>Hipolipemiantes</p><p>Introdução</p><p>▪Os lipídios são moléculas insolúveis ou escassamente</p><p>solúveis que são essenciais na biogênese das</p><p>membranas e na manutenção da integridade das</p><p>membranas.</p><p>▪Os lipídios também atuam como fontes de energia,</p><p>precursores de hormônios e moléculas de sinalização.</p><p>Para facilitar o seu transporte através do sangue</p><p>relativamente aquoso, os lipídios não-polares, como os</p><p>ésteres de colesterol ou triglicerídios, são acondicionados</p><p>dentro de lipoproteínas.</p><p>▪ As apos têm diversas funções no metabolismo das</p><p>lipoproteínas:</p><p>Formação intracelular das partículas lipoproteicas</p><p>(apoB-100 e apoB-48);</p><p>Atuação como ligantes a receptores de membrana</p><p>(apoB-100 e apoE);</p><p>Cofatores enzimáticos (apoC-II, apoC-III e apoA-I)</p><p>Lipoproteínas</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>▪As lipoproteínas permitem</p><p>a solubilização e o</p><p>transporte dos lipídeos, que</p><p>são substâncias geralmente</p><p>hidrofóbicas, no meio</p><p>aquoso plasmático. São</p><p>compostas por lipídeos e</p><p>proteínas denominadas</p><p>apolipoproteínas (apos).</p><p>▪Quilomicron: São formados no intestino e transportam</p><p>triglicerídeos de origem nutricional, colesterol não</p><p>esterificado e ésteres de colesterol. Eles percorrem o ducto</p><p>torácico e dirigem-se para a corrente sanguínea.</p><p>▪ Lipoproteína de densidade</p><p>muito baixa: As VLDL são</p><p>secretadas pelo fígado e</p><p>exportam triglicerídeos para os</p><p>tecidos periféricos.</p><p>▪ Lipoproteína de densidade intermediária(IDL): É</p><p>formada na transformação de VLDL em LDL.</p><p>▪ Lipoproteínas de baixa densidade: As LDL são</p><p>catabolizadas principalmente nos hepatócitos e em outras</p><p>células por meio de endocitose mediada por receptores.</p><p>Os ésteres de colesterol das LDL são hidrolisados,</p><p>produzindo colesterol livre para a síntese de membranas</p><p>celulares. --> Principal transportadora de colesterol,</p><p>seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco</p><p>de infarto agudo do miocárdio.</p><p>▪ Lipoproteínas de alta densidade: A HDL também</p><p>adquire colesterol a partir dos tecidos periféricos,</p><p>protegendo a homeostasia do colesterol das células. --></p><p>Atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis</p><p>aumentados no sangue estão associados a uma</p><p>diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio.</p><p>Classe de lipoproteínas</p><p>Apolipoproteínas</p><p>▪Apo A: Estratifica o</p><p>colesterol da HDL</p><p>▪ Apo B-48: Vincula os</p><p>triglicerídeos do enterócito para</p><p>dentro do quilomícron.</p><p>▪ Apo E: Leva as</p><p>lipoproteínas de</p><p>volta ao fígado .</p><p>▪ Apo B-100: Interage com</p><p>receptores LDL facilita a saída do</p><p>colesterol da lipoproteína.</p><p>Hiperlipidemia</p><p>Aterosclerose Coronariopatia</p><p>Doença vascular</p><p>periférica</p><p>Isquemia</p><p>Doenças</p><p>cardiovasculares</p><p>Maior causa de</p><p>morbimortalidade no mundo</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Doenças cardiovasculares</p><p>Síntese endógena do colesterol</p><p>Transporte e metabolismo</p><p>▪ Chegam até o intestino os lipídios da dieta, os ácidos</p><p>biliares e o colesterol endógeno que é secretado pelo</p><p>fígado, por isso vai chegar até o intestino, tudo isso vai</p><p>ser emulsificado, tudo isso vai ser digerido e absorvido</p><p>pelas células intestinais, vai ser absorvido pelos</p><p>enterócitos. Ao serem absorvidos vão formar os</p><p>quilomícrons, que é a primeira lipoproteína a ser</p><p>formada no intestino, são formadas apenas com uma</p><p>apolipoproteína Apo B-48 aí se tem a necessidade de</p><p>uma outra Apo que vai completar o quilomícron que é a</p><p>HDL, ela via doar duas Apo a ApoE e Apo C-II, a Apo C-II</p><p>ativa a LPS. Esse quilomícron vai seguir do intestino, cair</p><p>na corrente linfática, percorrer a corrente sanguínea e,</p><p>ao chegar nos vasos sanguíneos de tecidos como</p><p>tecido adiposo ou muscular a Apo C-II vai ativar a</p><p>Lipase Lipoproteica(LPS) que vai quebrar os</p><p>triglicerídeos, esses triglicerídeos ao serem quebrados</p><p>vão liberar ácidos graxos livres, que serão uma</p><p>excelente fonte de energia para o músculo e ao serem</p><p>armazenados no tecido adiposo ao reduzirem de tamanho</p><p>até se transformarem nos chamados quilomícrons</p><p>remanescentes, quando isso ocorre os próprios</p><p>quilomícrons devolvem as Apo que recebeu, devolve a Apo</p><p>C-II para a HDL novamente, como a Apo E presente nos</p><p>quilomícrons remanescentes podem retornar até fígado,</p><p>onde serão utilizadas pelo fígado, serão desmontadas</p><p>pelas células hepáticas.</p><p>▪ O conteúdo lipoproteico poderá ser utilizado para</p><p>produção de outras proteínas, a principal lipoproteína</p><p>produzida pelo fígado vai ser a VLDL que vai ser</p><p>constituída pelo seu conteúdo lipídico endógeno, pelo</p><p>próprio fígado e pela proteína BC e a proteína E, VLDL</p><p>não tem a Apo C-II precisa que a HDL transfira essa Apo</p><p>para ela, para que ela se transforme em uma outra</p><p>lipoproteína a IDL, ao se transformar em IDL ela devolve a</p><p>ApoC-II para a HDL, a IDL tem dois caminhos a seguir ela</p><p>pode retornar ao fígado porque ela tem a Apo E, ou ela</p><p>pode devolver a Apo E do HDL, também ao se transformar</p><p>em LDL que só possui a Apo B-100, poderá interagir com</p><p>receptores de LDL encontrado nos tecidos extra-hepático e</p><p>aí os tecidos extra-hepático poderão utilizar o conteúdo</p><p>principalmente colesterol para o seu metabolismo</p><p>intracelular, a HDL vai fazer o transporte inverso .</p><p>▪ O transporte reverso, ela catar o colesterol dos</p><p>tecidos extra-hepáticos, a HDL possui a Apo A que vai</p><p>ativar LCAT plasmática( Lecitina Colesterol Acil-</p><p>Transferase), ela têm a capacidade de esterificar o</p><p>colesterol, pois para o colesterol entrar no HDL ele</p><p>precisa se esterificar, ela vai levar esse colesterol até o</p><p>fígado porque ela possui a Apo E, a HDL transfere colesterol</p><p>e recebe triglicerídeos.</p><p>▪ Apo C-2: Quebra triglicerídeos e glicerol em ácidos</p><p>graxos, para para que tecidos consiga fazer a oxidação</p><p>de AG e o músculo energético consiga um potencial</p><p>energético maior.</p><p>▪ A Acetil-CoA é sintetizada em Colesterol, o colesterol</p><p>pode sintetizar os sais biliares, os hormônios esteroides,</p><p>lipoproteínas e pode ser enviado para as membranas para</p><p>conferir rigidez de modo que não se deforme com</p><p>facilidade.</p><p>▪As estatinas inibem a enzima HMG-CoA redutase.</p><p>▪A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de</p><p>origem multifatorial, que ocorre em resposta à agressão</p><p>endotelial, acometendo principalmente a camada</p><p>íntima de artérias de médio e grande calibre.</p><p>▪A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a</p><p>agressão ao endotélio vascular por diversos fatores de</p><p>risco, como dislipidemia, hipertensão arterial ou tabagismo.</p><p>Como consequência, a disfunção endotelial aumenta a</p><p>permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas,</p><p>favorecendo a retenção destas no espaço subendotelial.</p><p>▪ O depósito de lipoproteínas na parede arterial,</p><p>processo chave no início da aterogênese, ocorre de</p><p>maneira proporcional à concentração destas lipoproteínas</p><p>no plasma. Além do aumento da permeabilidade às</p><p>lipoproteínas, outra manifestação da disfunção endotelial</p><p>é o surgimento de moléculas de adesão leucocitária na</p><p>superfície endotelial, processo estimulado pela presença</p><p>de LDL oxidada.</p><p>Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76</p><p>Níveis elevados de CT, LDL, TG -</p><p>Nível baixo de HDL</p><p>Hiperlipoproteinemias primárias</p><p>→ Tipo I – Deficiência da Lipase Lipoproteica,</p><p>Deficiência de apo C-II;</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Dislipidemias</p><p>Aterogênese</p><p>▪ “Desregulação” no transporte e metabolismo das</p><p>lipoproteínas.</p><p>▪Designam-se dislipidemias as alterações metabólicas</p><p>lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do</p><p>metabolismo lipídico, que ocasione repercussão nos níveis</p><p>séricos das lipoproteínas.</p><p>▪ A hipertrigliceridemia está associada a um risco</p><p>aumentado de doença coronariana. Foi constatada a</p><p>presença de VLDL e IDL nas placas ateroscleróticas..</p><p>Esses pacientes tendem a apresentar VLDL ricas em</p><p>colesterol de pequeno diâmetro e pequenas LDL densas.</p><p>▪A hipertrigliceridemia é um componente essencial da</p><p>síndrome metabólica, que também inclui baixos níveis de</p><p>LPL, resistência à insulina, hipertensão e obesidade</p><p>abdominal.</p><p>Com frequência, ocorre hiperuricemia. A</p><p>resistência à insulina parece ser central nesse distúrbio.</p><p>Fonte: V Diretriz Brasileira de Dislipidemias, 2013</p><p>Classificação das Hiperlipidemias</p><p>DISLIPOPROTEINEMIAS</p><p>→ Causas secundárias de hiperlipidemia;</p><p>Sedentarismo, doença hepática,</p><p>insuficiência renal, diabetes,</p><p>hipotireoidismo.</p><p>→ Causas primárias de hiperlipidemia:</p><p>Aumento da produção;</p><p>Deficiência no processamento;</p><p>Deficiência na captura celular;</p><p>Remoção inadequada;</p><p>→ A lipase lipoproteica é uma enzima que está localizada</p><p>no endotélio vascular de alguns vasos sanguíneos, em</p><p>que tem a função de quebrar os triglicerídeos</p><p>encontrados em algumas lipoproteínas liberando o</p><p>glicerol e ácido graxo. Essa proteína na superfície de</p><p>algumas lipoproteínas é responsável pela ativação da</p><p>lipase lipoproteica. APO-CII ativa essa lipase.</p><p>→ Tipo IIa –IIa – Hipercolesterolemia Familiar (Defeito</p><p>no receptor LDL);</p><p>→ Tipo IV, V – Hipertrigliceridemia Familiar (Aumento da</p><p>prod. VLDL e def. no receptor da Apo E);</p><p>→ As lipoproteínas que são levadas até o fígado não</p><p>conseguem ser processadas pelas células hepáticas,</p><p>consequentemente, o conteúdo lipídico irá aumentar, como</p><p>exemplo os quilomícrons que são ricos em triglicerídeos.</p><p>Também há o aumento da produção de VLDL que é</p><p>convertida em IDL que vai ser transformada em LDL.</p><p>→ Além da deficiência no receptor de LDL, ocorre uma</p><p>superprodução de VLDL, fazendo com que aumenta ainda</p><p>mais a qtd. de LDL.</p><p>Mudança no Estilo</p><p>de Vida</p><p>Tratamento</p><p>farmacológico</p><p>Atorvastatina Rosuvastatina Sinvastatina</p><p>Aspectos farmacológicos e terapêuticos</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>→ Tem-se a deficiência no receptor de LDL, e a LDL que</p><p>vai ser produzida a partir da VLDL não consegue ser</p><p>capturada pelos tecidos periféricos, passando mais tempo</p><p>circulando na corrente sanguínea.</p><p>→ Tipo IIb – Hiperlipidemia combinada familiar (Def.</p><p>Receptor LDL e aumento da produção VLVL);</p><p>→ Os receptores do fígado pra apoproteína E estão</p><p>deficientes, então se tem um acúmulo de quilomícrons que</p><p>foram produzidos no intestino, isso produz</p><p>consequentemente um aumento de triglicerídeo (pois os</p><p>quilomícrons produzidos não conseguem chegar até o</p><p>fígado para que seja processado), um aumento de</p><p>colesterol porque tema aumento de IDL, de modo que seja</p><p>produzido mais LDL.</p><p>→ Tipo III- Disbetalipoproteinemia (Def. Receptor para</p><p>apo E(precisam voltar para o fígado (quilomícrons,</p><p>VLDL e IDL); Essas proteínas não conseguem voltar para o</p><p>fígado então terão sua concentração elevada</p><p>Inibidores da HMG-CoA redutase</p><p>▪Estatinas</p><p>▪ Tratamento de primeira escolha e mais eficaz para</p><p>pacientes com LDL-c elevado</p><p>▪ Benefícios terapêuticos: estabilização das placas,</p><p>melhora da função endotelial coronariana, inibição da</p><p>formação do trombo plaquetário, atividade</p><p>antiinflamatória.</p><p>▪ Os hipolipemiantes devem ser empregados sempre</p><p>que não houver efeito satisfatório das MEV(Mudanças</p><p>no Estilo de Vida) ou impossibilidade de aguardar os</p><p>efeitos da MEV por prioridade clínica;</p><p>→ A escolha da classe terapêutica está condicionada ao</p><p>tipo de dislipidemia presente.</p><p>Valores de referências</p><p>→ Reduzem o LDL-C de 15% a 55% em adultos;</p><p>→ Reduzem os Triglicerídeos de 7% a 28%;</p><p>→ Elevam o HDL-C de 2% a 10%;</p><p>→ Efeitos colaterais são</p><p>raros no tratamento com</p><p>estatinas.</p><p>▪ Dentre estes, os efeitos</p><p>musculares são os mais</p><p>comuns e podem surgir em</p><p>semanas ou anos após o início</p><p>do tratamento. Variam desde</p><p>mialgia, com ou sem</p><p>elevação da Creatinoquinase</p><p>(CK), até a rabdomiólise. A</p><p>dosagem de CK deve ser</p><p>avaliada no início do</p><p>tratamento, principalmente</p><p>em indivíduos de alto risco de</p><p>eventos adversos musculares,</p><p>como pacientes com</p><p>▪ As estatinas agem por meio da inibição da enzima</p><p>HMG-CoA redutase, que é a enzima que converte o</p><p>HMG-CoA em Ácido Mevalônico e, consequentemente, em</p><p>colesterol. Com isso, essas estatinas vão conseguir</p><p>reduzir os níveis intracelulares de colesterol. A baixa</p><p>de colesterol vai estimular o DNA a sintetizar um RNAm</p><p>e, após isso, estimulara a síntese proteica de receptores</p><p>de LDL.</p><p>▪Com o aumento da densidade de receptores de LDL</p><p>vai aumentar a captura de lipoproteínas LDL que vão ser</p><p>processadas pelo fígado e aproveitar o conteúdo lipídico.</p><p>Pela baixa do colesterol, vai ter uma reduzida síntese de</p><p>lipoproteína VLDL que é rica em triglicerídeo.</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Interações medicamentosas</p><p>▪ A lovastatina e a sinvastatina são profármacos da</p><p>lactona ina tivos, que são hidrolisados no trato</p><p>gastrintestinal aos deriva dos β-hidroxila ativos, ao passo</p><p>que a pravastatina possui um anel de lactona aberto e</p><p>ativo</p><p>▪ Antibióticos macrolídeos, ciclosporina e cetoconazol</p><p>podem acumular a quantidade de paravastatina no</p><p>plasma por inibição da via de metabolização deste</p><p>(CYP3A4);</p><p>▪ Fenitoína, alguns barbitúricos e a rifampicina podem</p><p>aumentar a atividade da CYP3A4 diminuindo a</p><p>concentração destes fármacos no plasma.</p><p>▪ Amiodarona ou verapamil junto com inibidores da</p><p>redutase podem aumentar o risco de miopatia</p><p>Mecanismo de ação</p><p>Usos terapêuticos</p><p>▪Mostram-se uteis isoladamente ou em associação</p><p>(resinas, niacina ou ezetimiba) na redução dos níveis de</p><p>LDL-c;</p><p>▪ Altas doses de atorvastatina e sinvastatina também</p><p>podem reduzir TG;</p><p>▪ No entanto há comprovação podem também aumentar</p><p>HDL;</p><p>▪ Inibidores de redutase devem ser administrados a noite:</p><p>Em decorrência da síntese de colesterol ocorre</p><p>predominantemente a noite exceto rosuvastatina e</p><p>atorvastatina.</p><p>Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76</p><p>antecedentes de intolerância à estatina; principalmente</p><p>em indivíduos de alto risco de eventos adversos</p><p>musculares, como pacientes com antecedentes de</p><p>intolerância à estatina; indivíduos com antecedentes</p><p>familiares de miopatia; o uso concomitante de fármacos</p><p>que aumentem o risco de miopatia.</p><p>▪Fígado: aumento das transaminases (em até 3x)</p><p>Monitorização hepática durante o uso</p><p>Sequestradores dos ácidos biliares</p><p>Colestiramina Colestipol Colesevelam</p><p>▪ São fármacos que reduzem a absorção intestinal de sais</p><p>biliares, interrompendo a circulação êntero- hepática;</p><p>▪ Com a redução da absorção, reduz-se o colesterol</p><p>intracelular no hepatócito e, por este motivo, aumenta-se o</p><p>número de receptores de LDL;</p><p>▪ Não reduzem a absorção de triglicerídeos, podendo</p><p>inclusive aumenta-la.</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Interações medicamentosas</p><p>▪ Reduz em média 20% dos valores basais de LDL-C;</p><p>É potencializado pelo uso de estatinas;</p><p>Pode promover pequena elevação do HDL-C;</p><p>Pode ser utilizada em crianças, sendo a única</p><p>liberada para mulheres no período reprodutivo</p><p>sem método anticoncepcional efetivo.</p><p>Usados como alternativa quando os níveis de</p><p>colesterol não são reduzidos o suficiente com as</p><p>estatinas;</p><p>O aumento na síntese de ácidos biliares é</p><p>acompanhada da síntese de TG (Não deve ser usada</p><p>em pacientes com hipertrigliceridemia);</p><p>A colestiramina é administrada antes das</p><p>refeições.</p><p>▪ Ingerir misturada com água, sempre no desjejum e</p><p>antes do jantar;</p><p>▪ Dose inicial: 2x/dia e aumentar nas semanas</p><p>subsequentes;</p><p>▪Colesevelam: envelopes com dose 1,875 g ou 3,75 g;</p><p>comprimidos de 0.625 g.</p><p>▪A resina de colestiramina está disponível à granel (com</p><p>colheres que fornecem doses de 4g ou envelopes</p><p>individuais); Colestipol (envelope de 5g ou comprimido</p><p>de 1g)</p><p>▪ Interferem na absorção intestinal de vários fármacos:</p><p>tetraciclina, fenobarbital, digoxina, varfarina, ácido</p><p>acetilsalicílico e diuréticos tiazídicos;</p><p>▪Devem ser administrados em horários diferentes</p><p>Inibidor da absorção de colesterol</p><p>Ezetimiba</p><p>▪ É o primeiro composto aprovado para reduzir os</p><p>níveis de colesterol e LDL-c através da inibição da</p><p>absorção do colesterol pelos enterócitos no intestino</p><p>delgado.</p><p>▪É um inibidor de absorção do colesterol que atua na</p><p>borda em escova das células intestinais inibindo a ação da</p><p>proteína transportadora do colesterol;</p><p>→ Usada isoladamente, reduz cerca de 20% o LDL-C.</p><p>mecanismo de ação</p><p>▪ São resinas que realizam trocas de ânions e que se</p><p>ligam aos ácidos e sais biliares com carga negativa no</p><p>intestino delgado.</p><p>▪O complexo resina/ácido biliar é excretado nas fezes,</p><p>evitando, dessa forma, que os ácidos</p><p>biliares retornem ao</p><p>fígado através da circulação enteroepática. A redução da</p><p>concentração de ácidos graxos faz com que os</p><p>hepatócitos aumentem a conversão de colesterol em</p><p>ácidos biliares, restabelecendo o suprimento desses</p><p>compostos, componentes essenciais da bile.</p><p>Consequentemente, a concentração de colesterol</p><p>intracelular diminui, o que ativa uma maior absorção de</p><p>colesterol contendo partículas LDL, levando a uma redução</p><p>do LDL plasmático. (Nota: esse aumento na absorção é</p><p>mediado por maior ativação dos receptores de LDL da</p><p>superfície celular.) Em alguns pacientes também se</p><p>observa um leve aumento nos níveis plasmáticos de HDL. O</p><p>resultado final dessa sequência de eventos é a redução da</p><p>concentração plasmática de colesterol total.</p><p>Formas de uso e dosagem</p><p>Uso terapêutico</p><p>▪ Hiperlipidemia do tipo IIa e IIb (em alguns raros</p><p>indivíduos homozigotos para o tipo IIa, i.e. naqueles que</p><p>não há receptores para LDL, esse fármaco tem pouco</p><p>efeito sobre os níveis de LDL plasmáticos.)</p><p>Efeitos adversos</p><p>▪ Constipação intestinal de distensão abdominal,</p><p>ocorrência de pirose e diarreia</p><p>▪Deficiência de absorção: em altas doses a colestiramina</p><p>e o colestipol prejudicam a absorção das vitaminas</p><p>lipossolúveis (A,D,E,K)</p><p>▪ Os fibratos são fármacos úteis nas</p><p>hipertrigliceridemias em que predominam as VLDL e na</p><p>disbetalipoproteinemia. Além disso, podem ser benéficos</p><p>no tratamento da hipertrigliceridemia que surge em</p><p>decorrência do tratamento com inibidores das proteases</p><p>virais. A dose habitual de genfibrozila é de 600 mg por via</p><p>oral, 1 ou 2 vezes ao dia. A dose de fenofibrato é de 1 a 3</p><p>comprimidos de 48 mg (ou um único comprimido de 145 mg)</p><p>ao dia. A absorção da genfibrozila melhora quando o</p><p>fármaco é tomado com alimento.</p><p>▪ A proteína transportadora NPC1L1 leva o colesterol</p><p>que chegou da alimentação e que constitui os</p><p>quilomícrons.</p><p>▪Com isso, a Ezetimibe inibe esse transportador, assim</p><p>o colesterol não consegue entrar por esse</p><p>transportador e , portanto , não consegue formar os</p><p>quilomícrons no fígado. Uma consequência disso é o</p><p>aumento da síntese de colesterol para compensar a</p><p>reduzida absorção dessa molécula no fígado.</p><p>→ Tem sido mais frequentemente empregada em</p><p>associação com as estatinas, em função da potenciação</p><p>da redução do colesterol intracelular;</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Interações medicamentosas</p><p>▪Diminuem a lipólise no tecido adiposo, reduzindo a</p><p>oferta de ácidos graxos ao fígado, levando a menor</p><p>síntese de triglicérides e consequentemente de VLDL.</p><p>▪Estimulam a atividade da lipase lipoprotéica.</p><p>▪Aumentam a excreção do colesterol hepático pelas vias</p><p>biliares.</p><p>Fibratos</p><p>▪Absorção inibida pelo uso concomitante com resinas.</p><p>▪ Não interfere na absorção de outras gorduras (TG e</p><p>vitaminas lipossoluveis).</p><p>Mecanismo de ação</p><p>Formas de uso</p><p>▪ Estimulação dos receptores alfa ativados pelo</p><p>proliferador peroxissomo (PPARα), que regulam a</p><p>transcrição gênica.</p><p>Os fibratos se ligam ao PPARα (fígado e no tecido adiposo)</p><p>reduzem os TG pela estimulação da oxidação dos ácidos</p><p>graxos mediada pelo PPARα, por aumento da síntese de LPL</p><p>e diminuição de apoC-III</p><p>↑LPL ↓lipoproteínas ricas em TG circulantes</p><p>↓apoC-III (inibidor do processo lipolítico)</p><p>↑ depuração de VLDL</p><p>▪O aumento dos níveis de HDL-c mediado pelos fibratos</p><p>são devidos a estimulação da expressão de apoA-I e da</p><p>apoA-II pelo PPARα</p><p>▪O efeito da ezetimiba na absorção do colesterol é</p><p>constante em uma faixa posológica de 5 a 20 mg/dia.</p><p>Por conseguinte, utiliza--se uma dose diária de 10 mg. Em</p><p>pacientes com hipercoles terolemia primária, a redução</p><p>média do LDL-colesterol com a administração isolada de</p><p>ezetimiba é de cerca de 18%, com aumentos mínimos do</p><p>HDL-colesterol.</p><p>▪Pode ser administrada a qualquer hora do dia, com ou</p><p>sem alimentação, não interferindo na absorção de</p><p>gorduras e vitaminas lipossolúveis.</p><p>▪Estimuladores de PPAR-a</p><p>▪São fármacos derivados do ácido fíbrico que agem</p><p>estimulando os receptores nucleares denominados</p><p>“receptores alfa ativados de proliferação dos</p><p>peroxissomas” (PPAR-α).</p><p>Mecanismo de ação</p><p>usos terapêuticos e dosagem</p><p>▪ A genfibrozila é absorvida de modo quantitativo pelo</p><p>intestino e liga-se fortemente às proteínas plasmáticas.</p><p>Sofre circulação êntero-hepática e atravessa a placenta</p><p>com facilidade.</p><p>▪A meia-vida plasmática é de 1,5 hora.</p><p>▪Ocorre eliminação de 70% pelos rins, a maior parte em</p><p>sua forma inalterada. O fígado modifica parte do fármaco a</p><p>derivados hidroximetila, carboxila ou quinol.</p><p>▪ O fenofibrato é um éster isopropil totalmente</p><p>hidrolisado no intestino. A sua meia-vida plasmática é de</p><p>20 horas. Ocorre excreção de 60% na urina, na forma de</p><p>glicuronídeo, ao passo que cerca de 25% são excretados</p><p>nas fezes.</p><p>Farmacocinética</p><p>▪ Niacina ou ácido nicotínico afeta de modo favorável</p><p>todos os parâmetros lipídicos, sendo o fármaco mais</p><p>eficaz para aumentar os níveis de HDL (30-40%);</p><p>▪O ácido nicotínico reduz a ação da lipase tecidual</p><p>nos adipócitos, levando à menor liberação de ácidos</p><p>graxos livres para a corrente sanguínea;</p><p>→ Como consequência, reduz-se a síntese de TG pelos</p><p>hepatócitos;</p><p>▪ A niacina é uma vitamina do complexo B</p><p>hidrossolúvel que funciona como vitamina apenas após</p><p>sua conversão em NAD ou NADP, na qual ocorre como</p><p>amida. Os efeitos hipolipêmicos são observados em</p><p>doses mais altas (g) que as necessárias para seus efeitos</p><p>como vitamina (B3). Reduz TG (35-45%), reduz LDL-c (20-</p><p>30%)</p><p>A niacina eleva os níveis de HDL-c ao</p><p>diminuir a fração de depuração da</p><p>apoA-I nas HDL e não por aumentar a</p><p>sua síntese aumentando o transporte</p><p>reverso do colesterol.</p><p>Estatina</p><p>+</p><p>Resinas</p><p>▪ Intenso rubor cutâneo, calor e prurido (associar com</p><p>AAS);</p><p>▪Náuseas e dor abdominal; Inibição da secreção tubular</p><p>de ácido úrico (gota);</p><p>▪Hepatotoxicidade;</p><p>▪Intolerância à glicose.</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Interações medicamentosas</p><p>▪A Niacina vai agir no receptor de Niacina diminuindo</p><p>a atividade da lipase sensível ao hormônio, essa lipase</p><p>que digere os triglicerídios acumulados no tecido adiposo</p><p>liberando os ácidos graxos para a corrente sanguínea,</p><p>fazendo com que se tenha uma redução dos níveis</p><p>plasmáticos de ácidos graxos livres.</p><p>▪ A partir disso, vai ter uma redução da síntese de</p><p>triglicerídios no fígado, como estes triglicerídios compõe</p><p>principalmente a VLDL partindo do fígado, haverá uma</p><p>redução dos níveis de VLDL e como a VLDL é precursora</p><p>para a LDL, também haverá uma redução da LDL e, por</p><p>isso, vai ter uma menor entrega de colesterol para as</p><p>células periféricas.</p><p>Niacina</p><p>Efeitos adversos</p><p>▪ Os fibratos competem com os anticoagulantes do tipo</p><p>cumarina por sítios de ligação nas proteinas</p><p>plasmáticas → potencialização transitória da atividade</p><p>anticoagulante monitorar temo de protrombina.</p><p>▪ De forma semelhante podem aumenta transitoriamente</p><p>os níveis de sulfoniuréias .</p><p>→ É contraindicado em pacientes com insuficiência</p><p>hepática ou renal grave e pacientes com doenças</p><p>preexistentes na vesícula biliar</p><p>▪ Distúrbios no TGI;</p><p>▪Litíase (o aumento da excreção biliar do colesterol leva a</p><p>formação de cálculos biliares);</p><p>▪ Miosite, miopatia*, rabdomiólise* (*em pacientes que</p><p>usavam genfibrosila e lovastatina)</p><p>Redutores de Triglicerídeos</p><p>▪Outra função da Niacina é diminuir a depuração de</p><p>apoA1 que faz parte da HDL, o que promoverá o aumento</p><p>das HDL do plasma, de modo que vai aumentar a remoção</p><p>do colesterol periférico, aumentando a entrega do</p><p>colesterol para o fígado e, consequentemente a excreção</p><p>aumentada de colesterol na bile.</p><p>Melhor fármaco para aumentar os níveis de HDL;</p><p>Farmacocinética</p><p>▪ As doses administradas por via oral sofrem absorção</p><p>quase completa;</p><p>▪Convertida em nicotinamida no organismo</p><p>▪ Concentrações plasmáticas máximas em 30-60 min;</p><p>Meia vida: aprox 60 m</p><p>Efeitos adversos</p><p>▪ Ácidos graxos ômega 3 óleo de peixe ácidos graxos</p><p>poli-insaturados → reduzem CT, TG, VLDL e LDL e podem</p><p>aumentar HDL;</p><p>▪Niacina ou ácido nicotínico;</p><p>▪Derivados do ácido fíbrico → genfibrozila, fenofibrato;</p><p>▪ Estatinas de maior potência → atorvastatina,</p><p>rosuvastatina</p><p>Associações</p><p>↓LDL</p><p>Fibratos</p><p>+</p><p>Resinas</p><p>↓LDL</p><p>Niacina</p><p>+</p><p>Resinas</p><p>↓LDL</p><p>Estatina</p><p>+</p><p>Ezetimiba</p><p>↓LDL</p><p>Fibratos</p><p>+</p><p>Niacina</p><p>↑HDL</p><p>Mecanismo de ação</p><p>▪Seu efeito terapêutico é exercido na cavidade gástrica</p><p>e na luz do intestino delgado mediante formação de uma</p><p>ligação covalente no sítio ativo das lipases gástrica e</p><p>pancreática. A inativação enzimática impede a hidrólise</p><p>das gorduras, em forma de triglicerídeos, para originar</p><p>ácidos graxos livres e monoglicerídeos absorvíveis.</p><p>ROSANA mACHADO</p><p>Orlistat</p><p>▪ Xenical</p><p>▪Controle de peso à longo prazo, manutenção de peso e</p><p>prevenção do “efeito sanfona”.</p><p>▪ Inibidor das lipases intestinais. Atua ligando-se</p><p>covalentemente aos sítios catalíticos das lipases</p><p>gástrica e pancreática. No qual hidrolisa os triacilgliceróis</p><p>(triglicérides) no trato gastrintestinal em ácidos graxos</p><p>livres, promovendo dessa forma a sua excreção.</p><p>→ Diminui a absorção de triglicerídios ingeridos em 30%;</p><p>→ Dose recomendada de 360mg/dia;</p><p>→ Não se conhece definitivamente o papel do seu uso na</p><p>prevenção da aterosclerose.</p><p>Farmacocinética</p><p>Efeitos adversos</p><p>Mecanismo de ação</p><p>Efeitos terapêuticos</p><p>▪ Mais de 30% das gorduras ingeridas na alimentação</p><p>atravessam o tubo digestivo sem ser digeridas nem</p><p>absorvidas.</p><p>▪Dose recomendada: 360 mg/dia</p><p>▪ A absorção gastrintestinal deste agente é muito baixa</p><p>após administração por via oral e, 8 horas após, já não é</p><p>detectado no plasma;</p><p>▪ Sua bio-transformação na parede gastrintestinal dois</p><p>metabólitos principais: M1 e M3 que são praticamente</p><p>desprovidos de ação inibitória sobre as lipases;</p><p>▪Eliminação fecal (97% da dose administrada) e a maior</p><p>parte (83%) é feita sem modificações; eliminação renal do</p><p>fármaco e dos seus metabólitos é mínima.</p><p>▪ Desconfortos gastrintestinais: fezes gordurosas,</p><p>flatulência, premência fecal, entre outros.</p><p>▪Estes efeitos são mais frequentes quando o conteúdo de</p><p>gorduras na dieta aumenta.</p>

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