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<p>ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE</p><p>IPIAÇU-MG</p><p>TRABALHO DE ESTUDOS INDEPENDENTES - LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>ESCOLA ESTADUAL BENEDITO WALDEMAR DA SILVA VALOR 60,0</p><p>Nota:</p><p>PROFESSORA Me. Cleuza Leite________________________________</p><p>TURMA: _____ DATA: _____/_____/2024</p><p>ALUNO (A):_____________________________________________________</p><p>Texto: papos</p><p>- Me disseram...</p><p>- Disseram-me.</p><p>- Hein?</p><p>- O correto e "disseram-me". Não "me disseram".</p><p>- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"? - O quê?</p><p>- Digo-te que você...</p><p>- O "te" e o "você" não combinam.</p><p>- Lhe digo?</p><p>- Também não. O que você ia me dizer?</p><p>- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a</p><p>cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?</p><p>- Partir-te a cara.</p><p>- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.</p><p>- É para o seu bem.</p><p>- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.</p><p>Mais uma correção e eu...</p><p>- O quê?</p><p>- O mato.</p><p>- Que mato?</p><p>- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?</p><p>- Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo e elitismo!</p><p>- Se você prefere falar errado...</p><p>- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?</p><p>- No caso... não sei.</p><p>- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?</p><p>- Esquece.</p><p>- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.</p><p>- Depende.</p><p>- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.</p><p>- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.</p><p>- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.</p><p>- Por que?</p><p>- Porque, com todo este papo, esqueci-lo. (Luis Fernando Veríssimo)</p><p>1. O que dá início à discussão entre as personagens?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>2. Por que a forma lhe digo também não foi aprovada?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>3. A forma matar-lhe-ei-te não existe em português. Pesquise por que e surgira uma nova forma.</p><p>4. Qual é o argumento que uma personagem usa para corrigir a outra?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>Texto: A descoberta do mundo</p><p>O que eu quero contar é tão delicado é tão delicado quanto a própria vida. E eu queria poder usar delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva.</p><p>Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em aprender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce , estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo aliás atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.</p><p>Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. Ou será que eu adivinhava mas turvava minha possibilidade de lucidez para poder, sem me escandalizar comigo mesmo, continuar em inocência a me enfeitar para os meninos? Enfeitar-me aos onze anos de idade consistia em lavar o rosto tantas vezes até que a pele esticada brilhasse. Eu me sentia pronta, então. Seria minha ignorância um modo sonso e inconsciente de me manter ingênua para poder continuar, sem culpa, a pensar nos meninos? Acredito que sim. Porque eu sempre soube coisas que nem eu mesma sei que sei.</p><p>As minhas colegas de ginásio sabiam de tudo e inclusive contavam anedotas a respeito. Eu não entendia mas fingia compreender para que elas não me desprezassem e à minha ignorância.</p><p>Enquanto isso, sem saber da realidade, continuava por puro instinto a flertar com os meninos que me agradavam, a pensar neles. Meu instinto precedera a minha inteligência.</p><p>Até que um dia, já passados os treze anos, como se só então eu me sentisse madura para receber alguma realidade que me chocasse, contei a uma amiga íntima o meu segredo: que eu era ignorante e fingira de sabida. Ela mal acreditou, tão bem eu havia fingido. Mas terminou sentindo minha sinceridade e ela própria encarregou-se ali mesmo na esquina de me esclarecer o mistério da vida. Só que também ela era um amenina e não soube falar de um modo que não ferisse a minha sensibilidade de então. Fiquei paralisada olhando para ela, misturando perplexidade, terror, indignação, inocência mortalmente ferida. Mentalmente eu gaguejava: mas por quê? Mas por quê? O choque foi tão grande – e por uns meses traumatizante – que ali mesmo na esquina jurei alto que nunca iria me casar.</p><p>Embora meses depois esquecesse o juramento e continuasse com meus pequenos namoros.</p><p>Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.</p><p>Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amo. Esse adulto saberia como lidar com uma alma infantil sem martirizá-la com a surpresa, sem obrigá-la a ter toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistérios.</p><p>Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continua intacto. Embora eu saiba que de uma planta brotar um flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é pudor apenas feminino.</p><p>Pois juro que a vida é bonita. ( Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco. p. 113-115)</p><p>1.Como a narradora faz sua própria descrição?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>2.Por que o título do texto é “A descoberta do mundo”? Explique?</p><p>________________________________________________________________ ________________________</p><p>3. De acordo com o contexto em que está inserido, a que a narradora-personagem se refere quando menciona “os fatos da vida”?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>Texto: o baile</p><p>Levei um monte de tempo me vestindo. Não tinha roupa que servisse. Não gosto de festas, bailes menos ainda. A Morecy faz 13 anos. Eu não sei que roupa a gente tem que pôr quando a melhor amiga da gente faz 13 anos. Pra falar a verdade, preferia te pego uma gripe e curtido febre na cama. Não pus o vestido verde porque fico com cara de defunto. O amarelo ficou dançando, acho que emagreci. Como sempre, acabei indo com o xadrezinho, que é meio manjado, mas me sinto bem.</p><p>Não consegui entrar em acordo com a minha cara no espelho. Não gosto do meu cabelo liso e muito fino. Nem da minha cara sem pó de arroz. Mas também de pó de arroz não fico bem.</p><p>Acho que levei umas duas horas me aprontando. Cheguei tarde, todo mundo já estava lá. Tinha luz negra, um montão de gente dançando e eu encabulei vendo o Luiz do outro lado do salão, conversando com os amigos.</p><p>Fiquei de pé também, falando com Maria Luíza, aquela bem alta que todo mundo tia sempre pra dançar porque é linda, parece Dominique Sanda. Pegamos uns copos com guaraná e ficamos bebendo, enquanto ela me contava a briga que tinha tido com a D. Rita. Depois nós fomos dançar sozinhas mesmo. E na quarta música o Luiz veio falar comigo.</p><p>Foi daí que a gente saiu pro terraço e ele perguntou se eu gostava mesmo dele. Disse que sim. E é verdade, eu gosto um pouco dele. Então ele disse que se eu gostava mesmo era pra eu dar um beijo nele.</p><p>Eu dei, no rosto. Ele disse que ali não valia, tinha que ser na boca. Ele falava e sorria, mas eu percebi que ele estava um pouco sem jeito, porque toda hora olhava pros lados, pra ver se não vinha ninguém.</p><p>Daí ele pegou na minha mão e depois me abraçou e ficou falando que gostava muito de mim, que eu tinha um cabelo bem macio, e eu pensei que poderia ser macio, mas era fino e liso demais. Daí ele disse que não gostava de menina que usava pintura, que ficava com cara de palhaço e que eu era bem natural. Foi bem essa palavra que ele usou: natural. Achei engraçado falar assim, mas também achei legal ele falar desse jeito. Aí ele foi chegando, me beijando o cabelo, a testa, descendo pelo nariz e eu deixando porque vinha subindo em mim um calor gostoso, uma espécie de moleza que eu nunca tinha sentido antes... (Mirna Pinsky. Iniciação., 1980)</p><p>1. Quem é a principal personagem do texto? Dê duas características dela.</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>2. Como essa personagem se sente em relação à festa?</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>3. Por que a narradora demora “umas duas horas” para se arrumar para a festa?</p><p>______________________________________________________________________________________</p><p>4. Marque a alternativa correta em relação ao(s) sentimento(s) que a narradora precisou vencer para ir ao baile.</p><p>I – Medo II – Angústia  III – Pânico IV – Insegurança V – Euforia</p><p>a) Apenas a I está correta.</p><p>b) Apenas a II e III estão corretas.</p><p>c) Apenas A I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas a II e V estão corretas.</p><p>e) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>5. Muitas vezes o texto nos dá pista do tempo e do espaço da narração. Em sua opinião em que época este tipo de “paquera” ocorreu? Justifique sua resposta com elementos do texto.</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>6.  Leia as frases abaixo, depois classifique os pronomes grifados:</p><p>“Achei engraçado falar assim, mas também achei legal ele fala desse jeito.”</p><p>_________________________________________________________________________________________</p><p>Gari do Rio acha fortuna e devolve</p><p>Numa época em que escândalos de corrupção dão o tom dos noticiários brasileiros, três funcionários da limpeza urbana carioca deram exemplo de honestidade. Durante a Eco-92, quando trabalharam no Riocentro, eles acharam e devolveram duas carteiras com cerca de R$ 115 milhões de dólares e cheques de viagem e uma pulseira de ouro.</p><p>Os três funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana integraram a</p><p>equipe escalada para manter limpo o complexo do Riocentro, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), durante a conferência mundial que reuniu cerca de 110 chefes de Estado e de governo em 15 dias de debates sobre o futuro do planeta.</p><p>A dois dias do encerramento da Eco, em 12 de junho, Joilson Fernandes Lírio, 33, encontrou uma carteira com R$ 105.000,00 mil, quando recolhia papéis no plenário principal do centro de convenções. “Na hora, vi que tinha dinheiro dentro, mas devolvi à recepcionista sem nem contar quanto era”, afirma. A carteira foi devolvida para um membro da delegação dos EUA minutos depois.</p><p>Na mesma tarde, outro gari, Ivanilson José dos Santos, 25, encontrou sobre uma das mesas do plenário outra carteira cheia de cheques de viagem em um valor aproximado de R$ 10.000,00 mil, quantia que ele levaria um ano e meio mais ou menos para juntar.</p><p>Assim como seu colega, ele entregou a carteira ao primeiro agente de segurança das Nações Unidas que encontrou. Meia hora depois, um esquecido ecologista japonês já havia recuperado seus cheques.</p><p>No dia seguinte, foi a vez do encarregado de serviços da empresa, Luís Leitão, 49, recolher no chão do shopping do Rio-centro uma pulseira de ouro cravejada de brilhantes. No seu caso, a devolução à dona foi imediata, porque a pulseira acabara de soltar-se do braço de uma integrante da delegação norte-americana. “Fiquei feliz por ter praticado uma boa ação”, diz Leitão, lembrando-se dos agradecimentos da turista em um complicado “portunhol”.</p><p>Com o fim da conferência, os três voltaram à rotina normal de trabalho no Setor de Emergência da Zona Oeste em Bangu, onde a reação dos colegas se divide entre gozações e elogios. “Não estamos pensando em recompensa, mas se vier uma promoção será uma boa”, disse Ivanildo. (Folha de São Paulo)</p><p>1. Por que os três garis aparecem no jornal?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>2. Como você entende a frase: “Numa época em que escândalos de corrupção dão o tom dos noticiários brasileiros, três funcionários da limpeza urbana carioca deram exemplo de honestidade.”</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>3. Os três garis estão na “contramão da onda da corrupção”. Qual o significado aqui de “contramão”?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>4. Alguns dados sobre a vida dos garis aumentam ainda mais o mérito da atitude que tiveram. Quais?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>5. Como os colegas dos garis receberam a atitude dos três?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>6. Por que alguns colegas dos três funcionários fizeram gozações com eles?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>7. Depois da conferência, para onde voltaram os três?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>8. Que “recompensa” os funcionários estão aguardando? O que isso vem confirmar sobre eles?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>9. O gesto dos garis deveria ser a atitude natural de qualquer pessoa que encontra um objeto que não lhe pertence: devolvê-lo ao verdadeiro dono. Por que nos tempos atuais tal atitude está se tornando cada vez mais rara?</p><p>...................................................................................................................................................................................</p><p>image1.png</p>

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