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Conceito direito alternativo

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Direito Alternativo é o nosso direito cotidiano, e o movimento apenas exibe uma nova forma de praticá-lo. Colocando-o em exercício na sociedade, ele aborda alguns interesses que utilizam o direito em si, o direito dominante, para que o sistema continue demonstram nitidamente que esse Direito Dominante não é imparcial, ele é comprometido com esses interesses. Não existe nenhum escrito alternativo defendendo a idéia de que esse direito defende essa total liberdade do julgador, para julgar somente de acordo o seu senso, indo inclusive contra a lei
O nascimento de diversos estereótipos para o alternativismo, aconteceu por conta do "mundo jurídico ter sido questionado.O Direito e seus aparatos foram todos trazidos para as páginas mundanas dos jornais, discutidos como coisa comum...", , deixando de ser sagrado, tirando-o do seu pedestal, perdendo o respeito que na maioria das vezes chegava a ser reverencial, com isso perdendo a distância que mantinha da sociedade sobretudo dos menos favorecidos. Ao analisar a pretensão estatal de monopólio jurídico chega-se a conclusão da existência de um ordenamento para-estatal que regula as esferas desprovidas (que é a grande parcela da população brasileira e dos países periféricos em geral) do controle jurídico oficial ,neste caso aceita-se a existência de um direito alternativo ao estatal que regularia a convivência social nestas sociedades, visto a insuficiência, inacessibilidade, ou seja, real inexistência do direito oficial dentro destas comunidades.
A crítica ao Direito dominante é no sentido de ao olharmos para a história, nos deparamos com inúmeros episódios de crimes contra a humanidade que eram legais, arquitetados dentro de um domínio jurídico positivo que dava todo uma aparência de legalidade.Um exemplo era o Apartheid, que na África do Sul era considerado legal, devidamente provindo do parlamento, edificado sob leis perfeitas que proibiam a convivência entre brancos e negros. No Brasil o movimento não luta contra um sistema de normas positivadas, mas contra o teor de algumas leis, o não emprego de outras e a interpretação reacionária feitas por inúmeros juristas brasileiros.
É conhecido por todos que o direito alternativo teve suas maiores bases configuratórias nas sociedades grega e romana. A idéia de adequação do direito ao caso concreto e à realidade prática já era debatida por Aristóteles, no seu conceito de equidade, e pelos pretores romanos: "Os pretores e os juristas suavizavam as fórmulas rigorosas das primeiras leis romanas, guiando-se na administração da justiça por princípios de equidade e humanidade. Os pretores tinham autoridade para definir e interpretar a lei e para dar instrumentos ao júri"(1).
O Direito Alternativo, portanto, é preocupação com o Direito. É a busca por uma sociedade radicalmente democrática. Não é meta do Direito Alternativo a extinção das Leis para instauração de um Estado anarquista no Brasil, pois, é unanime a todos alternativistas, que as leis escritas são conquistas da sociedade, e por pior que elas sejam, pelos menos existem, pois a vida em sociedade sem leis não daria certo, pois os homens passaria a ser por demais descricionários.
1. BECKER in Pequena história da Civilização Ocidental apud KLIPPED, Rodrigo Ávila Guedes e KLIPPED, Bruno Ávila Guedes. Direito Alternativo.

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