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<p>PATOLOGIA</p><p>Processos PatológicosIvanildo Vieira Pereira Filho</p><p>Farmacêutico</p><p>Mestre e Doutorando em</p><p>Imunologia Básica e</p><p>Aplicada</p><p>ivanildo.vpf16@gmail.com</p><p>MANAUS</p><p>AGOSTO, 2024</p><p>2</p><p>Processos Patológicos</p><p>3</p><p>Processos Patológicos</p><p>SAÚDE</p><p>4</p><p>Processos Patológicos</p><p>DOENÇA</p><p>5</p><p>Processos Patológicos</p><p>6</p><p>Doença:</p><p>- Refere-se a uma condição específica de saúde</p><p>caracterizada por sinais e sintomas particulares.</p><p>- É um estado anormal do organismo que pode ser</p><p>identificado por testes clínicos e laboratoriais e pode ter</p><p>uma causa específica, como infecções, lesões, ou</p><p>desequilíbrios bioquímicos.</p><p>Patologia:</p><p>- É o campo da medicina que estuda as doenças e suas</p><p>causas, desenvolvimento, e efeitos no organismo.</p><p>- A patologia investiga as alterações estruturais e</p><p>funcionais que ocorrem nos tecidos e órgãos em resposta</p><p>a uma doença.</p><p>Em resumo, a "doença" é o fenômeno específico do</p><p>organismo, enquanto a "patologia" é a ciência que estuda e</p><p>compreende essas doenças.</p><p>Processos Patológicos</p><p>DOENÇA</p><p>PATOLOGIA</p><p>7</p><p>Processos Patológicos</p><p>SISTEMAS ÓRGÃOS</p><p>TECIDOS</p><p>CÉLULAS</p><p>METABOLIMO/SUBSTÂNCIAS</p><p>Processos Patológicos</p><p>INJÚRIA/AGRESSÃO</p><p>DOENTE</p><p>8</p><p>ETIOLOGIA PATOGENIA ANATOMIA</p><p>PATOLÓGICA FISIOPATOLOGIA PROPEDÊUTICA</p><p>CAUSA MECANISMOS LESÕES ALTERAÇÕES</p><p>FUNCIONAIS SINAIS E SINTOMAS</p><p>DIAGNÓSTICOPATOLOGIA</p><p>Processos Patológicos</p><p>ÁREAS DA PATOLOGIA:</p><p>9</p><p>ETIOLOGIA PATOGENIA ANATOMIA</p><p>PATOLÓGICA FISIOPATOLOGIA PROPEDÊUTICA</p><p>CAUSAS MECANISMOS LESÕES ALTERAÇÕES FUNCIONAIS SINAIS</p><p>Processos Patológicos</p><p>ÁREAS DA PATOLOGIA:</p><p>10</p><p>NORMAL ALTERADO</p><p>Processos Patológicos</p><p>11</p><p>AGRESSÃO DEFESA</p><p>ADAPTAÇÃO</p><p>LESÃO</p><p>• LESÃO OU PROCESSO PATOLÓGICO:</p><p>É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos</p><p>após agressões. É um processo dinâmico.</p><p>• Alterações Morfológicas → macroscópicas ou microscópicas.</p><p>• Alterações Moleculares → métodos bioquímicos ou de biologia molecular.</p><p>• Alterações Funcionais → transtornos fisiopatológicos.</p><p>Existem muitos agentes lesivos, mas pouca variação no tipo de lesão e na resposta do</p><p>organismo.</p><p>Processos Patológicos</p><p>12</p><p>QUEM PODE SER AGREDIDO?</p><p>● Células;</p><p>● Componentes intercelulares ou do interstício;</p><p>● Circulação Sanguínea e Linfática;</p><p>● Inervação.</p><p>Processos Patológicos</p><p>13</p><p>QUEM PODE AGREDIR?</p><p>● No conceito de saúde e doença, entende-se que os</p><p>ambientes físico, psíquico e social em que o indivíduo</p><p>vive são muito importantes para a homeostase.</p><p>● As causas exógenas englobam os agentes do</p><p>ambiente físico; as endógenas incluem, entre</p><p>outros, os do ambiente psíquico (fator emocional).</p><p>● O ambiente social relaciona-se com causas</p><p>exógenas e endógenas: pobreza associa-se a</p><p>desnutrição, falta de habitação relaciona-se a</p><p>problemas sanitários, desemprego provoca</p><p>transtornos emocionais.</p><p>Processos Patológicos</p><p>14</p><p>Privação de Oxigênio</p><p>● Diminuição na oferta de O2 às células ou</p><p>interferência na sua utilização é condição muito</p><p>frequente em várias situações patológicas.</p><p>● Redução no fornecimento de O2 é chamada</p><p>hipóxia, enquanto sua interrupção é denominada</p><p>anóxia.</p><p>● A hipóxia pode ser distinguida da isquemia, que é a</p><p>perda do suprimento sanguíneo em um tecido devido</p><p>ao impedimento do fluxo arterial ou à redução da</p><p>drenagem venosa.</p><p>● Enquanto a isquemia é a causa mais comum de</p><p>hipóxia, a deficiência de oxigênio pode resultar</p><p>também da oxigenação inadequado sangue, como na</p><p>pneumonia.</p><p>15</p><p>Agentes Químicos</p><p>● Enorme número de substâncias químicas que</p><p>podem lesar as células é amplamente conhecido.</p><p>● Mesmo substâncias inócuas, como glicose, o sal</p><p>ou mesmo água, se absorvidas ou administradas em</p><p>excesso podem perturbar o ambiente osmótico,</p><p>resultando em lesão ou morte celular.</p><p>● Outros agentes químicos lesivos:</p><p>- Venenos;</p><p>- Pesticidas;</p><p>- Drogas e fármacos;</p><p>- Oxigênio.</p><p>16</p><p>Agentes Infecciosos</p><p>● Esses agentes variam desde vírus</p><p>submicroscópicos a tênias grandes; entre eles estão</p><p>as bactérias, os fungos e os protozoários.</p><p>Vírus</p><p>Fungos</p><p>Helmintos</p><p>Protozoários</p><p>Bactérias</p><p>17</p><p>Reações Imunológicas</p><p>● Embora o sistema imune defenda o corpo contra</p><p>micróbios patogênicos, as reações imunes podem</p><p>também resultar em lesão à célula ou ao tecido.</p><p>● Os exemplos incluem as reações autoimunes</p><p>contra os próprios tecidos e as reações alérgicas</p><p>contra substâncias ambientais.</p><p>18</p><p>Fatores Genéticos</p><p>● Os defeitos genéticos causam</p><p>lesão celular por causa da</p><p>deficiência de proteínas funcionais,</p><p>como os defeitos enzimáticos nos</p><p>erros inatos do metabolismo ou a</p><p>acumulação de DNA danificado ou</p><p>proteínas mal dobradas, ambos</p><p>disparando a morte celular quando</p><p>são irreparáveis.</p><p>19</p><p>Desequilíbrios Nutricionais</p><p>● Até mesmo na presente era de borbulhante riqueza</p><p>global, as deficiências nutricionais permanecem</p><p>como a principal causa de lesão celular.</p><p>● As deficiências proteico-calóricas entre as</p><p>populações desfavorecidas é o exemplo mais óbvio.</p><p>● Deficiências de vitaminas específicas não são</p><p>incomuns, mesmo em países desenvolvidos com alto</p><p>padrão de vida.</p><p>● Os excessos nutricionais são também causas</p><p>importantes de morbidade e mortalidade; por</p><p>exemplo, a obesidade aumenta consideravelmente o</p><p>risco para diabetes melito tipo 2.</p><p>20</p><p>Agentes Físicos</p><p>● O trauma, os extremos de temperatura, a radiação,</p><p>o choque elétrico e as alterações bruscas na pressão</p><p>atmosférica exercem profundos efeitos nas células.</p><p>21</p><p>Envelhecimento</p><p>● A senescência celular leva a alterações nas</p><p>habilidades replicativas e de reparo das células e</p><p>tecidos.</p><p>● Essas alterações levam à diminuição da</p><p>capacidade de responder ao dano e, finalmente, à</p><p>morte das células e do organismo.</p><p>22</p><p>Processos Patológicos</p><p>23</p><p>Processos Patológicos</p><p>24</p><p>HOMEOSTASIA E ADAPTAÇÃO</p><p>● As células são participantes ativos em seu ambiente,</p><p>ajustando constantemente sua estrutura e função para</p><p>se adaptarem às demandas de alterações e de estresse</p><p>extracelular.</p><p>● Normalmente, as células mantêm um estado normal</p><p>chamado homeostasia.</p><p>● Quando encontram um estresse fisiológico ou um</p><p>estímulo patológico, podem sofrer uma adaptação,</p><p>alcançando um novo estado constante, preservando</p><p>sua viabilidade e função.</p><p>Principais Respostas Adaptativas</p><p>Hipertrofia Hiperplasia</p><p>Atrofia Metaplasia</p><p>Processos Patológicos</p><p>25</p><p>● A hipertrofia é um aumento do tamanho das</p><p>células que resulta em aumento do tamanho do</p><p>órgão.</p><p>● Na hipertrofia pura não existem células novas,</p><p>apenas células maiores, contendo quantidade</p><p>aumentada de proteínas estruturais e de</p><p>organelas.</p><p>● A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica</p><p>e é causada pelo aumento da demanda funcional</p><p>ou por fatores de crescimento ou estimulação</p><p>hormonal específica.</p><p>Adaptação</p><p>26</p><p>● A hiperplasia é caracterizada por aumento do</p><p>número de células devido à proliferação de células</p><p>diferenciadas e substituição por células-tronco do</p><p>tecido.</p><p>● Ocorre se o tecido contém populações celulares</p><p>capazes de se dividir; ocorre simultaneamente com</p><p>a hipertrofia e sempre em resposta ao mesmo</p><p>estímulo.</p><p>● A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica.</p><p>Adaptação</p><p>27</p><p>Adaptação</p><p>28</p><p>● A diminuição do tamanho da célula, pela perda de</p><p>substância celular, é conhecida como atrofia.</p><p>● Quando um número suficiente de células está</p><p>envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em</p><p>tamanho, tornando-se atrófico.</p><p>● Deve ser enfatizado que, embora as células</p><p>atróficas tenham sua função diminuída, elas não</p><p>estão mortas.</p><p>● As causas da atrofia incluem a diminuição da carga</p><p>de trabalho (p. ex., a imobilização de um membro</p><p>para permitir o reparo de uma fratura), a perda da</p><p>inervação, a diminuição do suprimento sanguíneo, a</p><p>nutrição inadequada, a perda da estimulação</p><p>endócrina e o envelhecimento (atrofia senil).</p><p>Adaptação</p><p>29</p><p>● Metaplasia é uma alteração reversível na</p><p>qual um tipo celular adulto (epitelial ou</p><p>mesenquimal) é substituído por outro tipo</p><p>celular adulto.</p><p>● Nesse tipo de adaptação celular, uma</p><p>célula sensível a determinado estresse é</p><p>substituída por outro tipo celular mais</p><p>capaz</p><p>de suportar o ambiente hostil.</p><p>● A metaplasia epitelial é exemplificada pela</p><p>mudança escamosa que ocorre no epitélio</p><p>respiratório em fumantes habituais de cigarros</p><p>Adaptação</p><p>30</p><p>A lesão celular ocorre quando as células são</p><p>estressadas tão excessivamente que não são mais</p><p>capazes de se adaptar ou quando são expostas a</p><p>agentes lesivos ou são prejudicadas por anomalias</p><p>intrínsecas.</p><p>Lesão celular reversível. Nos estágios iniciais ou nas</p><p>formas leves de lesão, as alterações morfológicas e</p><p>funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for</p><p>removido. Nesse estágio, embora existam anomalias</p><p>estruturais e funcionais significativas, a lesão ainda</p><p>não progrediu para um dano severo à membrana e</p><p>dissolução nuclear.</p><p>Lesão Celular Reversível</p><p>31</p><p>Lesão Celular Reversível</p><p>As lesões celulares reversíveis ou degenerações</p><p>resultam no acúmulo intracelular de substâncias,</p><p>culminando em alterações morfológicas e</p><p>funcionais nas células.</p><p>Classificação de Letterer: considera a composição</p><p>química da substância que se acumula no interior</p><p>da célula.</p><p>- Degeneração por acúmulo de água e eletrólitos;</p><p>- Degeneração por acúmulo de gordura;</p><p>- Degeneração por acúmulo de glicídios;</p><p>- Degeneração por acúmulo de proteínas.</p><p>32</p><p>DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE ÁGUA E</p><p>ELETRÓLITOS;</p><p>A tumefação celular é resultado da falência das</p><p>bombas de íons dependentes de energia na</p><p>membrana plasmática, levando a uma</p><p>incapacidade de manter a homeostasia iônica e</p><p>líquida.</p><p>É a primeira manifestação de quase todas as</p><p>formas de lesão celular. Trata-se de uma</p><p>alteração morfológica reversível, de difícil</p><p>observação na microscopia óptica, podendo ser</p><p>mais visível ao nível do órgão inteiro.</p><p>Lesão Celular Reversível</p><p>33</p><p>Lesão Reversível</p><p>DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE GORDURA</p><p>A degeneração gordurosa ocorre na lesão hipóxica e</p><p>em várias formas de lesão metabólica ou tóxica e</p><p>manifesta-se pelo surgimento de vacúolos lipídicos,</p><p>grandes ou pequenos, no citoplasma.</p><p>É encontrada principalmente em células que</p><p>participam do metabolismo da gordura (p. ex.,</p><p>hepatócitos e células miocárdicas) e também é</p><p>reversível.</p><p>As células lesadas podem exibir também coloração</p><p>eosinofílica que se torna muito mais pronunciada</p><p>com a progressão para a necrose.</p><p>34</p><p>Lesão Reversível</p><p>DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE PROTEÍNAS</p><p>Degeneração Hialina: acúmulo de material proteico,</p><p>acidófilo e vítreo no interior das células.</p><p>É a produção e acúmulo de proteínas no interior de</p><p>células ou em tecidos, que tomam aspecto hialino</p><p>(homogêneo e eosinófilo). Hialino vem de hyalos, que</p><p>significa vidro.</p><p>As proteínas têm histologicamente aspecto</p><p>homogêneo e brilhante, ou refringente, que lembra</p><p>vidro, e cor rósea forte quando coradas por</p><p>hematoxilina e eosina</p><p>35</p><p>36</p><p>DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE PROTEÍNAS</p><p>Degeneração Hialina:</p><p>Corpúsculo Hialino de Mallory;</p><p>Corpúsculo Hialino de Councilmam e Rocha Lima;</p><p>Corpúsculo de Russel.</p><p>Aspectos</p><p>Microscópicos</p><p>Lesão Reversível</p><p>Lesão Reversível</p><p>Corpúsculo Hialino de Mallory</p><p>DEGENERAÇÃO HIALINA</p><p>37</p><p>Grumos densos e grosseiros que se</p><p>destacam do citoplasma finamente</p><p>granuloso em torno.</p><p>Estes corpúsculos são acúmulos de</p><p>proteínas do grupo das citoqueratinas,</p><p>associadas a outras.</p><p>Essas massas apresentam-se eosinófilas</p><p>e localizam-se próximas ao núcleo da</p><p>célula, que muitas vezes é circundada por</p><p>leucócitos</p><p>Lesão Reversível</p><p>DEGENERAÇÃO HIALINA</p><p>Corpúsculo Hialino de Mallory</p><p>38</p><p>Lesão Reversível</p><p>DEGENERAÇÃO</p><p>HIALINACorpúsculo de Russel</p><p>39</p><p>São imunoglobulinas – IgG</p><p>(substância hialina)</p><p>hiperproduzidas ou não</p><p>excretadas pelos</p><p>plasmócitos, e se</p><p>cristalizam neste, formando</p><p>o corpúsculo hialino.</p><p>Encontrado em alguns tipos</p><p>de neoplasias malignas e</p><p>em processos</p><p>inflamatórios.</p><p>Lesão Reversível</p><p>Gotículas de proteína, são encontradas em processos inflamatórios inespecíficos de</p><p>longa duração, e atribuídos a produção de imunoglobulinas por plasmócitos.</p><p>Corpúsculos de Russell</p><p>DEGENERAÇÃO</p><p>HIALINACorpúsculo de Russel</p><p>40</p><p>41</p><p>São encontrados em</p><p>hepatócitos que entraram em</p><p>apoptose. Os hepatócitos são</p><p>diminuídos com citoplasma</p><p>hialino e núcleo picnótico.</p><p>Este evento pode acontecer</p><p>nas doenças hepáticas virais</p><p>(Hepatite A ou B) e na febre</p><p>amarela.</p><p>Lesão Reversível</p><p>DEGENERAÇÃO</p><p>HIALINACorpúsculo de Councilman Rocha</p><p>Lima</p><p>DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE PROTEÍNAS</p><p>Degeneração mucoide: células mucíparas como hiperprodução de</p><p>muco no trato digestivo e respiratório.</p><p>Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinoma.</p><p>Lesão Reversível</p><p>42</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>Morte celular. Com a</p><p>persistência do dano, a lesão</p><p>torna-se irreversível e, com o</p><p>tempo, a célula não pode se</p><p>recuperar e morre. Existem dois</p><p>tipos de morte celular — necrose</p><p>e apoptose — que diferem em</p><p>suas morfologias, mecanismos e</p><p>papéis na fisiologia e na doença.</p><p>43</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>44</p><p>MORTE CELULAR</p><p>Acidental</p><p>→Traumatismo ou doença;</p><p>→ Tipo passivo de morte celular;</p><p>→ Processo patológico.</p><p>NECROSE</p><p>Programada</p><p>→ Processo fisiológico normal;</p><p>→ Participação ativa da célula;</p><p>→ Programa geneticamente regulado.</p><p>APOPTOSE</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>45</p><p>Por definição, Apoptose ou Morte Celular</p><p>Programada é um tipo de "autodestruição celular"</p><p>que requer energia e síntese proteica para a sua</p><p>execução.</p><p>Está relacionado com a homeostase na regulação</p><p>fisiológica do tamanho dos tecidos, exercendo um</p><p>papel oposto ao da mitose.</p><p>O termo é derivado do grego, que referia-se à queda</p><p>das folhas das árvores no outono - um exemplo de</p><p>morte programada fisiológica e apropriada que</p><p>também implica em renovação.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>46</p><p>MORTE CELULAR PROGRAMADAPROLIFERAÇÃO CELULAR</p><p>Regulação do Número de Células nos</p><p>Organismos</p><p>Quando a morte celular é</p><p>benéfica?</p><p>- Na presença de parasitas intracelulares;</p><p>- Quando as células tornam-se</p><p>desnecessárias;</p><p>- Quando as células são danificadas;</p><p>- Perdem a sua função normal.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>47</p><p>• Hiperplasia;</p><p>• Neoplasia.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>48</p><p>• Hipoplasia;</p><p>• Agenesia;</p><p>• Aplasia.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>49</p><p>APOPTOSE</p><p>- Retração celular → As células ficam menores, citoplasma mais denso (podendo</p><p>gerar eosinofilia) e organelas mais empacotadas;</p><p>- Condensação nuclear → núcleo picnótico que agrega na periferia, aderindo na</p><p>membrana celular;</p><p>- Fragmentação nuclear (cariorrexe).</p><p>- Integridade de membrana, porém com formação de bolhas.</p><p>- Fagocitose por macrófagos, sem processo inflamatório.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>50</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>APOPTOSE</p><p>51</p><p>Necrose é o tipo de morte celular que está associado</p><p>à perda da integridade da membrana e</p><p>extravasamento dos conteúdos celulares,</p><p>culminando na dissolução das células, resultante da</p><p>ação degradativa de enzimas nas células lesadas</p><p>letalmente.</p><p>Os conteúdos celulares que escapam sempre iniciam</p><p>uma reação local do hospedeiro, conhecida como</p><p>inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e</p><p>iniciar o processo de reparo subsequente.</p><p>Existem vários padrões morfológicos distintos de</p><p>necrose tecidual, os quais podem fornecer pistas</p><p>sobre a causa básica.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>52</p><p>NECROSE</p><p>Inchaço celular → Grande influxo de água, Na+ e Ca++ (falha nas bombas de membrana).</p><p>Queda na produção de energia (ATP) → Função mitocondrial comprometida.</p><p>Núcleo picnótico → Picnose da cromatina (sem marginalização).</p><p>Células eosinofílicas → Liberação do conteúdo citoplasmático, levando a desnaturação de proteínas e</p><p>formação de complexo eosina-proteínas.</p><p>Perda de compartimentalização citoplasmática → Lise dos lisossomos.</p><p>Ruptura da célula (espalhamento do conteúdo celular) → Inflamação.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>53</p><p>O núcleo vai</p><p>desaparecendo</p><p>Dissolução da cromatina devido</p><p>a ação de DNAses e RNAses</p><p>O núcleo encolhe</p><p>Condensação de DNA numa</p><p>massa basófila que encolhe</p><p>Fragmentação do núcleo</p><p>Rompe a membrana do núcleo</p><p>picnótico e o núcleo fragmenta-se</p><p>Dissolução nuclear</p><p>CÉLULA NECRÓTICA ANUCLEAR</p><p>CARIÓLISE</p><p>PICNOSE CARIORREXE</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>54</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>NECROSE</p><p>55</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>NECROSE</p><p>56</p><p>PADRÕES DE NECROSE</p><p>Quando um grande um número de células morrem em um tecido ou órgão, diz-</p><p>se que ele está necrótico. Um infarto do miocárdio é a necrose de uma porção</p><p>do coração pela morte de inúmeras células miocárdicas. De acordo com o</p><p>tecido, a necrose pode apresentar padrões morfológicos distintos.</p><p>Necrose</p><p>coagulativa</p><p>Necrose</p><p>liquefativa</p><p>Necrose</p><p>gangrenosa</p><p>Necrose</p><p>caseosa</p><p>Necrose</p><p>gordurosa</p><p>Necrose</p><p>fibrinoide</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>A necrose coagulativa é a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos</p><p>mortos é preservada por um intervalo de alguns dias. A lesão desnatura as proteínas estruturais e</p><p>também as enzimas, bloqueando, assim, a proteólise das células mortas. Uma área de necrose</p><p>coagulativa é chamada de infarto.</p><p>Necrose coagulativa em células miocárdicas Necrose coagulativa em rim</p><p>https://blog.jaleko.com.br/necrose-de-coagulacao-e-infarto-agudo-do-miocardio/</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>A necrose gangrenosa não é um padrão específico</p><p>de morte celular, mas o termo ainda é usado</p><p>comumente na prática clínica.</p><p>Em geral, é aplicado a um membro, comumente a</p><p>perna, que tenha perdido seu suprimento sanguíneo e</p><p>que sofreu necrose de coagulação, envolvendo várias</p><p>camadas de tecido.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>59</p><p>Necrose liquefativa é observada em infecções</p><p>bacterianas focais ou, ocasionalmente, nas infecções</p><p>fúngicas porque os micróbios estimulam o acúmulo de</p><p>células inflamatórias e as enzimas dos leucócitos a</p><p>digerirem (“liquefazer”) o tecido.</p><p>Se o processo foi iniciado por inflamação aguda,</p><p>como na infecção bacteriana, o material é</p><p>frequentemente amarelo cremoso e é chamado de</p><p>pus</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>60</p><p>A necrose caseosa é encontrada mais</p><p>frequentemente em focos de infecção tuberculosa.</p><p>O termo caseoso (semelhante a queijo) é derivado da</p><p>aparência friável branco-amarelada da área de</p><p>necrose.</p><p>Diferentemente da necrose de coagulação, a</p><p>arquitetura do tecido é completamente obliterada, e</p><p>os contornos celulares não podem ser distinguidos.</p><p>A área de necrose caseosa é frequentemente</p><p>encerrada dentro de uma borda inflamatória nítida;</p><p>essa aparência é característica de um foco de</p><p>inflamação conhecido como granuloma.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>61</p><p>A necrose gordurosa refere-se a áreas focais de</p><p>destruição gordurosa, tipicamente resultantes da</p><p>liberação de lipases.</p><p>Os ácidos graxos liberados combinam-se com o</p><p>cálcio, produzindo áreas brancas gredosas</p><p>macroscopicamente visíveis (saponificação da</p><p>gordura), que permitem ao cirurgião e ao patologista</p><p>identificar as lesões</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>62</p><p>A necrose fibrinoide é uma forma especial de</p><p>necrose, visível à microscopia óptica, geralmente</p><p>observada nas reações imunes, nas quais complexos</p><p>de antígenos e anticorpos são depositados nas</p><p>paredes das artérias.</p><p>Os imunocomplexos depositados, em combinação</p><p>com a fibrina que tenha extravasado dos vasos,</p><p>resulta em aparência amorfa e róseo-brilhante.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>63</p><p>CARACTERÍSTICA APOPTOSE NECROSE</p><p>Tamanho da célula Reduzido. Aumentado.</p><p>Núcleo Picnótico ou fragmentado</p><p>(cariorrexe).</p><p>Picnótico, fragmentado</p><p>(cariorrexe) ou dissolvido</p><p>(cariólise).</p><p>Membrana Íntegra, porém alterada. Rota, desintegrada.</p><p>Inflamação adjacente Ausente. Frequente.</p><p>Papel desempenhado Frequentemente</p><p>fisiológico, porém pode</p><p>ser patológico.</p><p>Patológico sempre.</p><p>Lesão Celular Irreversível</p><p>64</p><p>65</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28</p><p>Slide 29</p><p>Slide 30</p><p>Slide 31</p><p>Slide 32</p><p>Slide 33</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35</p><p>Slide 36</p><p>Slide 37</p><p>Slide 38</p><p>Slide 39</p><p>Slide 40</p><p>Slide 41</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43</p><p>Slide 44</p><p>Slide 45</p><p>Slide 46</p><p>Slide 47</p><p>Slide 48</p><p>Slide 49</p><p>Slide 50</p><p>Slide 51</p><p>Slide 52</p><p>Slide 53</p><p>Slide 54</p><p>Slide 55</p><p>Slide 56</p><p>Slide 57: PADRÕES DE NECROSE</p><p>Slide 58</p><p>Slide 59</p><p>Slide 60</p><p>Slide 61</p><p>Slide 62</p><p>Slide 63</p><p>Slide 64</p><p>Slide 65</p>