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Legitimidade para pleitear dano moral e transmissibilidade da indenização

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RESPONSABILIDADE CIVIL – Aula 5
- LEGITIMAÇÃO PARA PLEITEAR O DANO MORAL-
Não se discute que tem legitimidade àquele que sofreu a lesão.
Mas, existe limites de legitimados para pleitear o Dano Moral?
Pai, mãe, marido, filhos, irmão amigo....
Fãs de um artista famoso
- INDETERMINAÇÃO DE OFENDIDOS -
 a) Art. 496, nº 2 do Código Civil Português
 “No caso de morte da vítima, o direito à indenização por danos não patrimoniais cabe, em conjunto ao cônjuge e aos descendentes da vítima; na falta destes, aos pais ou outros ascendentes, e por último aos irmãos ou sobrinhos que o representem.”
 b) Parágrafo único do art. 20, do C.Civil
 “Em se tratando de morte, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.”
 c) Têm legitimidade para pleitear dano moral os que estavam em estreito relação com a vítima.
- TRANSMISSIBILIDADE DO DANO MORAL –
Leon Mazeaud – “O herdeiro não sucede no sofrimento da vítima”.
Dano Moral é personalíssimo
Personalidade extingue com a morte – art. 11, CC
COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS
CASO 1
 Joana e João da Silva moveram ação de indenização por dano moral contra o Estado do Rio de Janeiro porque dois servidores estaduais, José da Silva e Aroldo dos Santos, assinaram, divulgaram e promoveram distribuição de aviso de suspeita de caso de AIDS no Município do Rio das Pedras, indicando o nome do filho dos autores, Antonio da Silva, como sendo portador de tal doença. Sustentam que o mencionado aviso, além de violar o direito à intimidade e à vida privada de Antonio, debilitou ainda mais o seu estado de saúde, apressando a sua morte, ocorrida poucos meses depois da divulgação. Em contestação o Estado alega não terem os autores, pais de Antonio, legitimidade para pleitearem a indenização porque o dano moral, por se tratar de direito personalíssimo, é intransmissível, desaparece com o próprio indivíduo, impossibilitado a transmissibilidade sucessória e o exercício da ação indenizatória por via subrogatória. Diante do caso concreto, aborde a possibilidade de os pais de Antonio obterem a reparação civil pelos danos causados ao seu filho. 
 b) O que se extingue com a morte é a personalidade, e não o dano consumado, nem o direito à indenização. 
 c) Art. 943 do Código Civil
 “O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.”
 d) O que se transmite é o direito à indenização pelo dano moral e não o próprio dano moral.
Situações: 1) Vítima falece no curso da ação (art. 6º c/c 3º, CPC); 2) Dano sofrido com vítima viva/ sem propor ação (art. 943, CC);
- LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E INVIOLABILIDADE DA VIDA PRIVADA -
 
 a) Art. 5º, IX da CF
 “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura.”
 b) Art. 220 da CF
“A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.”
 c) O que dispõe a Constituição, Art. 5º, X
 “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
 d) “Privacidade é o refúgio da dignidade pessoal, o núcleo inexplorável do indivíduo, pelo que somente ele, e exclusivamente ele, pode autorizar sua desprivatização. E esta regra não comporta exceções. Tudo que é informado se torna público, deixa de ser íntimo ou privado, de onde se conclui que, nessa área, permitir a informação é eliminar a privacidade, sacrificar irremediavelmente o direito à intimidade.” (JJ Calmon de Passos)
 e) § 1º do art. 220 da CF
 “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XII e XIV.”
DANO ESTÉTICO OU MORFOLÓGICO
V. 1.538, § 1º, CC (1916) c/c parte final do art. 949, NCC
Art. 1.538 - No caso de ferimento ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além de lhe pagar a importância da multa no grau médio da pena criminal correspondente.
§ 1º - Esta soma será duplicada, se do ferimento resultar aleijão ou deformidade.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
a) Alteração da forma plástica, da aparência física, da harmonia estética de uma pessoa
b) Vai desde as deformidades físicas que provocam aleijão e repugnância, até a pequenas lesões que produzem cicatrizes, marcas e defeitos físicos
Ex: cicatriz no rosto de artista
*Pode gerar também dano material !!!
c) É uma terceira espécie de dano? 
d) Posição do STJ
“As indenizações pelos danos moral e estético podem ser cumuladas, se inconfundíveis suas causas e passíveis de apuração em separado. O dano estético é uma alteração morfológica corporal que agride à visão, causando desagrado e repulsa; o dano moral corresponde ao sofrimento mental a que a vítima é submetida. Um é de ordem puramente psíquico, pertence ao foro íntimo, outro é visível, porque concretizado na deformidade.” (REsp 65.393/RJ e 84.752/RJ)
 Súmula 387 STJ
É lícita a acumulação das indenizações de dano estético e dano moral
- DANO À IMAGEM -
 
a) Imagem é o conjunto de traços e caracteres de uma pessoa que a individualiza no meio social – rosto, olhos, cabelos, perfil etc.
 É um bem personalíssimo, emanação de uma pessoa, através da qual projeta-se, identifica-se e individualiza-se no meio social.
b) Disponibilidade 
 Art. 20 do Código Civil - “Salvo se autorizados, ou se necessários à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública... a utilização da imagem de uma pessoa poderá ser proibida, o seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingir a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinar a fins comerciais.” 
CASO EXTRA
No final de um jogo de futebol no Maracanã, os câmeras de uma emissora de televisão focalizaram um casal feliz comemorando a vitória do seu time. A esposa do torcedor, que assistia o jogo em casa reconheceu o marido e pediu a separação judicial. Há no caso violação ao direito de imagem? Pode o torcedor (marido) obter indenização a esse título da emissora de televisão? Resposta fundamenta. 
- USO DA IMAGEM DE PESSOA FALECIDA - 
Parágrafo único do art. 20 do C.Civil - “Em se tratando de morto ou ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descentes.”
COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS
QUESTÃO OBJETIVA 
Com relação ao dano estético é CORRETO afirmar: 
I- Existe jurisprudência que coloca o dano estético como um terceiro tipo de dano ao lado do dano material e moral. 
II- Há quem defenda que o dano estético não é um tipo autônomo de dano. 
III- Não há qualquer controvérsia sobre o tema. 
Somente a I e II estão corretas. 
Somente a I e III estão corretas. 
Somente a II e III estão corretas. 
Nenhuma está correta.

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