Buscar

aula_8

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEMANA 8
RESPONSABILIDADE PELO FATO DAS COISAS
A VIDA MODERNA E AS COISAS PERIGOSAS
A coisa dá causa ao evento sem a conduta direta de alguém
A coisa não é capaz de fato; por trás do fato da coisa inanimada há sempre o fato do homem – responsabilidade indireta
CASO EXTRA
A, dirigindo o automóvel de B, pouco antes furtado, atropela e mata C. Os pais da vítima movem ação de indenização por danos materiais e morais contra B, sob o argumento de que este teria agido com culpa in vigilando. 
Em contestação, o réu alega que não se pode exigir de um cidadão comum medidas extraordinárias para se garantir contra o furto, fato suficiente para excluir o nexo causal da
sua responsabilidade. Resolva a questão indicando os fundamentos de fato e de direito aplicáveis à espécie.
ESCOLA FRANCESA
Art. 1.384, 1ª alínea do Código Napoleônico:
“Cada um é responsável não só pelo prejuízo que causa pelo seu próprio ato, mas também pelo que é causado pelas pessoas por quem deve responder ou das coisas de que tem a guarda”
b) Quem é o guardião? O dono? Quem tem detenção material? Preposto?
c) Guarda intelectual
VEÍCULO FURTADO OU ROUBADO
CASO EXTRA
A, filha de B, com apenas 3 anos de idade, foi atropelada e morta por um veículo que, em alta velocidade, perdeu direção e subiu na calçada onde a criança brincava, fugindo a seguir.
Anotada a placa do veículo atropelador, apurou-se junto ao DETRAN que o veículo estava registrado em nome de C. 
Procurado por B, C recusou-se a pagar qualquer indenização alegando já ter vendido o veículo, meses antes, para D, tendo inclusive apresentado o recibo com firma reconhecida.
Localizado D, constatou-se que o veículo era dirigido na hora do atropelamento por E, filho de D, de 19 anos de idade, habilitado. D se nega a indenizar por dupla razão:
Atribui responsabilidade a C, porque a propriedade do veículo ainda não havia sido transferida no DETRAN, pelo que o veículo era dele;
b) se assim não se entender, a responsabilidade deve ser atribuída ao seu filho E, porquanto já habilitado para dirigir.
Em face do exposto, responda fundamentadamente:
1) Em face de quem deverá B ajuizar a ação indenizatória C, D, E, ou todos?
2) Indique os dispositivos legais aplicáveis à espécie.
3) Sobre que espécie de responsabilidade versa o caso? (contratual, extracontratual, direta, indireta, subjetiva, objetiva)
4) Que poderá pedir B a título de indenização, esclarecendo cada parte do pedido.
INEXISTÊNCIA DE REGRA NO CÓDIGO CIVIL
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA OU OBJETIVA?
INCIDÊNCIA DO CDC / SUPERAÇÃO DA RESPONSABILIDADE INDIRETA / FATO DO PRODUTO
LEASING
b) “A arrendadora não é responsável pelos danos causados pelo arrendatário. Não se confundem o contrato de arrendamento mercantil e a locação, não se aplicando àquela a Súmula 492 do STF” (REsp5.508/90-SP)
CASO EXTRA
RESPONSABILIDADE POR FATO DE ANIMAIS
Luiz Eduardo propôs ação Indenizatória em face de Mário, objetivando o ressarcimento de danos materiais e morais sofridos em virtude de ataque de cão da raça pit bull, enquanto fazia entrega de encomenda no sítio do réu. 
Alega o autor que, ao ser permitida sua entrada no sítio em questão, o ataque do referido cão provocou sua queda sobre corrente de tração, que estava indevidamente exposta, de um mini trator em funcionamento no local, conduzido por preposto do réu, do qual resultou a amputação de parte dos dedos de sua mão esquerda.
Em contestação, sustenta o réu causa superveniente absolutamente independente, e culpa exclusiva da vítima, como causas excludentes de sua responsabilidade, tendo em vista que não foram as lesões causadas pelo seu cão, mas sim em virtude de queda sobre o trator, em função de susto que o autor levou com a presença do cão. 
Aduz que o seu cão encontrava-se solto em área de sua propriedade e não na rua ou em local proibido para entrada de cães, portanto, não houve culpa de sua parte. 
Resolva a questão fundamentadamente.
Art. 936 do C.Civil
“O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.”
CASO 1 DA COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS
Em ação ressarcitória, movida contra o Banco Quebrado S/A, pleiteia o autor indenização por dano morais e materiais decorrentes da queda de um letreiro de propaganda que se encontrava instalado na fachada do prédio onde funciona uma das agências do réu.
Em contestação, o réu não nega que a queda do letreiro feriu o autor, mas alega ser parte passiva ilegítima, uma vez que o imóvel não lhe pertence, sendo apenas locatário.
No mérito, sustenta que o autor não provou a sua culpa, ensejadora da responsabilidade civil, e, ainda, que tomou todas as providências exigíveis, contratando firma especializada do letreiro, que assumiu toda a responsabilidade pela instalação.
Decida a questão, indicando os dispositivos legais aplicáveis.
RESPONSABILIDADE PELA RUÍNA DE EDIFÍCIO
Art. 937 do C.Civil
“O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta”
RESPONSABILIDADE POR COISAS CAÍDAS DOS PRÉDIOS
b) Art. 938 do C.Civil
“Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido”
c) Diferença entre os arts. 937 e 938
CASO EXTRA
A ponta do cigarro, lançada de um apartamento, causou incêndio na sala do apartamento de Carlos. Não foi identificada a unidade da qual foi lançado o foco incendiário. Carlos propõe em face do condomínio ação indenizatória pleiteando danos morais e materiais com fundamento no art.938 do Código Civil.
Em contestação, o Condomínio alega ilegitimidade passiva ad causam e, no mérito, a inexistência de culpa in vigilando, uma vez que não há como impedir que alguém lance pontas de cigarros das unidades.
Pergunta-se: quem deverá figurar no pólo passivo da demanda? Qual a caracterização do presente caso? Indique os fundamentos legais, resolvendo a questão fundamentadamente.
d) Coisa jogada de edifício sem que seja possível identificar de onde foi lançada – causalidade alternativa
QUESTÃO OBEJTIVA DA COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS
Enquanto estavam no cinema, o cachorro de Mário e Maria saiu pela porta do terraço, subiu no parapeito e caiu do 9º andar sobre Antônio que passava pela rua. Gravemente ferido, Antônio ficou internado um mês e sofreu redução permanente de sua capacidade laborativa de 30%. Antônio quer ser indenizado. No caso pode-se dizer: 
Antônio poderá pleitear indenização de Mário e Maria; 
A ação indenizatória terá por fundamento o art.936 do Código Civil; 
Antônio poderá pleitear indenização por danos materiais (dano emergente e lucro cessante) e danos morais; 
Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual; 
Antônio terá que provar a culpa de Mario e Maria por se tratar de responsabilidade subjetiva
todas as afirmativas são corretas; 
todas as afirmativas são incorretas; 
apenas as afirmativas das letras b e e estão incorretas; 
apenas as afirmativas das letra a e d estão incorretas.
___________________________________________________________________________________
SEMANA 1
 
Marcos, tendo seu veículo fechado por outro carro, desvia com o intuito de evitar a colisão, sobe na calçada e atropela João, transeunte que retornava de seu trabalho. Reconhecido o estado de necessidade de Marcos na esfera criminal, com sua absolvição nesta seara, respaldada pelo ato justificado de fugir ao perigo iminente à própria vida, bem como dos passageiros de seu automóvel, pergunta-se: Marcos será compelido a indenizar João? Justifique.
O motorista que age em estado de necessidade e causa dano em terceiro que não provocou o perigo deve a este indenizar, com direito regressivo contra o que criou o perigo (arts.188, II e 929 do CC). Apesar da absolvição na esfera criminal por excludente de ilicitude, na seara cível Marcos deverá indenizar João, fundada na responsabilidade civil por ato lícito de acordo com o Parágrafo Único do art. 188, inciso II c/c 929 do CC.
Ao se desviarde uma brusca fechada dada por um ônibus, Antônio subiu com seu veículo na calçada e atropelou Benedito, ferindo-o gravemente. Antônio:
 
a) terá que indenizar Benedito porque praticou ato ilícito.
b) não terá que indenizar Benedito porque não praticou ato ilícito.
c) não terá que indenizar Benedito porque o ato praticado foi no exercício regular de um direito.
d) terá que indenizar Benedito mesmo tendo praticado o ato em estado de necessidade.
e) todas as respostas estão incorretas. 
 
Gabarito: LETRA D - Embora tendo praticado o ato em estado de necessidade, o que exclui a sua ilicitude (C.C. art. 188, II), Antônio terá que indenizar porque não foi a vítima que causou o perigo, consoante art. 929 do C. Civil. É caso de reparação por ato lícito. Antônio terá ação regressiva contra a empresa cujo ônibus lhe deu a fechada (C. Civil, art. 930)
 
SEMANA 2
 
	Em discussão ocorrida no trânsito, Antonio (25 anos) depredou com uma barra de ferro o veículo de José (75 anos), tendo este sido acometido de infarto fulminante, morrendo no local. Antonio responde civilmente pela morte de José? Por que? Resposta fundamentada.
No caso, a responsabilidade de Antonio (motorista jovem) é subjetiva, fundada na culpa. Esta tem por elemento mínimo a previsibilidade. O fato imprevisível não pode ser evitado, por maior que seja a conduta do agente. Embora Antonio, com sua conduta, tenha dado causa à morte de José, não pode ser responsabilizado por esse resultado porque era imprevisível. Não é esperável que alguém, em razão de um incidente de trânsito, venha a morrer de enfarto. Não é o que normalmente ocorre ou pode ocorrer. Só por ter 75 anos de idade não importa dizer que a pessoa pode morrer por algum dissabor ou aborrecimento. José morreu porque tinha um problema cardíaco, e se Antonio não tinha conhecimento, não pode ser responsabilizado pela morte de José. Em suma, embora Antonio tenha dado causa ao evento morte, por ele não responde porque não houve culpa de sua parte.
Na culpa lato sensu é correto dizer que abrange:
a) o dolo e a culpa em sentido estrito;
b) a culpa provada e a culpa presumida;
c) a culpa in eligendo e a culpa in vigilando;
d) a culpa grave e a culpa contra a legalidade;
e) a culpa concorrente.
Letra A
 
SEMANA 4
  Antonia teve o seu veículo apreendido em ação de busca e apreensão movida pelo Banco X. Pagas as prestações em atraso, seis meses depois o veículo lhe foi devolvido, mas inteiramente danificado, inclusive com subtração de peças e acessórios. Alega também Antonia que não poderá usar o seu veículo, enquanto não for consertado, no fornecimento de quentinhas para cerca de 80 pessoas, o que lhe daria um ganho diário de R$ 120,00. Em ação indenizatória contra o Banco X o que Antonia poderá pedir?
O Banco tinha obrigação de devolver o veículo a Antonia tal como o recebeu. No tempo que o teve como depositário tinha o dever de conservar o veículo, o que não ocorreu. Pode Antonia pleitear indenização por dano material, na modalidade de dano emergente correspondente à quantia necessária para o conserto do veículo – valor das peças, acessórios, mão de obra etc, e lucro cessante, aquilo que razoavelmente deixar de ganhar enquanto o veículo não for consertado. Se Antonia provar que não pôde fornecer as quentinhas, deixando assim de ganhar R$ 120,00 diários, esse será um critério razoável para se estabelecer a indenização pelo lucro corrente. Dano moral poderá ser pleiteado, mas não será certo o seu deferimento.
 
No que diz respeito ao dano é CORRETO afirmar:
I – O dano material se divide em dano emergente e lucro cessante. 
II – No dano material sempre estará presente o dano emergente.
III – No dano material nem sempre haverá o dever de indenizar pelo lucro cessante.
 
A) Somente I e II estão corretas.
B) Somente I e III estão corretas.
C) Somente II e III estão corretas.
D) Todas estão corretas. 
 
GABARITO: Letra D

Outros materiais