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<p>Sistema Esquelético Apendicular</p><p>O esqueleto apendicular, formado por 126 ossos, contém os ossos dos membros superiores e</p><p>inferiores, ou apêndices, mais os grupos de ossos chamados de cíngulos, que conectam os membros</p><p>ao esqueleto axial.</p><p>Cíngulos</p><p>Os cíngulos dos membros superiores fixam os ossos dos membros superiores ao esqueleto axial.</p><p>Cada cíngulo do membro superior, direito e esquerdo, consiste em dois ossos: clavícula e escápula.</p><p>A clavícula, o componente anterior, se articula com o esterno, e a escápula, o componente posterior,</p><p>se articula com a clavícula e o úmero. Os cíngulos dos membros superiores não se articulam com a</p><p>coluna vertebral. As articulações dos cíngulos dos membros superiores são livremente móveis e,</p><p>desse modo, permitem movimentos em muitas direções.</p><p>Clavícula Cada clavícula é um osso em forma de S, delgado e longo, posicionado horizontalmente</p><p>acima da primeira costela. A extremidade medial da clavícula se articula com o esterno, sendo</p><p>chamada de extremidade esternal; e a extremidade lateral, com o acrômio da escápula, sendo</p><p>chamada de extremidade acromial. Em virtude de sua posição, a clavícula transfere força mecânica</p><p>do membro superior para o tronco.</p><p>Escápula Cada escápula é um osso triangular plano grande, situado na parte posterior do tórax. Uma</p><p>crista proeminente, a espinha da escápula, cruza diagonalmente a face posterior do corpo triangular</p><p>e achatado da escápula. A extremidade lateral da espinha, o acrômio, é facilmente percebido como o</p><p>ponto elevado do ombro e local de articulação com a clavícula. Inferiormente ao acrômio, está uma</p><p>depressão chamada cavidade glenoidal. Essa cavidade se articula com a cabeça do úmero (osso do</p><p>braço) para formar a articulação do ombro. Está presente também na escápula uma projeção</p><p>chamada processo coracoide, na qual os músculos se fixam.</p><p>Membro Superior</p><p>Cada membro superior possui 30 ossos: um úmero no braço; a ulna e o rádio no antebraço; e oito</p><p>ossos carpais (ossos do pulso), cinco ossos metacarpais (ossos da palma) e 14 falanges (ossos dos</p><p>dedos) na mão.</p><p>O úmero, ou osso do braço, é o maior e mais longo osso do membro superior. No ombro, se articula</p><p>com a escápula, e, no cotovelo, se articula com a ulna e o rádio. A extremidade proximal do úmero</p><p>consiste na cabeça, que se articula com a cavidade glenoidal da escápula. Além disso, possui um colo</p><p>anatômico, o antigo local da lâmina epifisial (crescimento), que é um sulco imediatamente distai à</p><p>cabeça. Também são encontrados um tubérculo maior e um tubérculo menor, separados por um</p><p>sulco intertubercular. O colo cirúrgico está abaixo do colo anatômico e é assim nomeado porque</p><p>nesse local, frequentemente, ocorrem fraturas. O corpo do úmero contém uma área rugosa em</p><p>forma de V, chamada tuberosidade para o músculo deltoide, na qual o músculo deltoide se fixa. Na</p><p>extremidade distai do úmero, o capítulo do úmero, é uma protuberância arredondada que se</p><p>articula com a cabeça do rádio. A fossa radial é uma depressão que recebe a cabeça do rádio,</p><p>quando o antebraço é fletido (flexionado). A tróclea do úmero é uma superfície em forma de</p><p>carretel que se articula com a ulna. A fossa coronóidea é uma depressão que recebe parte da ulna,</p><p>quando o antebraço está fletido. A fossa do olécrano é uma depressão, na parte posterior do osso,</p><p>que recebe o olécrano da ulna, quando o antebraço está estendido (esticado).</p><p>Ulna e Rádio A ulna está na face medial (no lado do dedo mínimo) do antebraço e é mais longa do</p><p>que o rádio. Na extremidade proximal da ulna, está o olécrano, que forma a proeminência do</p><p>cotovelo. O processo coronoide, em conjunto com o olécrano, recebe a tróclea do úmero. Esta</p><p>também se encaixa na incisura troclear, uma grande área curva entre o olécrano e o processo</p><p>coronoide. A incisura radial da ulna é uma depressão para a cabeça do rádio. O processo estiloide</p><p>está na extremidade distai da ulna.</p><p>O rádio está localizado na face lateral (no lado do polegar) do antebraço. A extremidade proximal do</p><p>rádio possui uma cabeça discoidal que se articula com o capítulo do úmero e a incisura radial da ulna.</p><p>Possui uma área rugosa e elevada, chamada de tuberosidade do rádio, que fornece um ponto de</p><p>fixação para o músculo bíceps braquial. A extremidade distai do rádio se articula com três ossos</p><p>carpais do carpo. Além disso, na terminação distai, encontra-se o processo es tilo ide do rádio. A</p><p>fratura da extremidade distai do rádio é a fratura mais comum em adultos com mais de 50 anos,</p><p>geralmente ocorrendo durante uma queda.</p><p>O carpo (pulso) é a região proximal da mão e contém oito pequenos ossos, os carpais, interligados</p><p>por ligamentos. Os ossos carpais estão dispostos em duas fileiras transversais, com quatro ossos em</p><p>cada fileira, e são nomeados de acordo com sua forma. Na posição anatômica, os carpais na fileira</p><p>superior, da posição lateral para a medial, são escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Em</p><p>aproximadamente 70% das fraturas do carpo, apenas o escafoide é fraturado, em decorrência da</p><p>força transmitida através dele para o rádio. Os carpais na fileira inferior, da posição lateral para a</p><p>medial, são trapézio, trapezoide, capitato (o maior osso carpal, cuja projeção arredondada, a</p><p>cabeça, se articula com o semilunar) e hamato (assim chamado em virtude de uma grande projeção</p><p>em forma de gancho na sua face anterior). Juntos, a cavidade formada pelo pisiforme e pelo hamato</p><p>(no lado ulnar), e pelo escafoide e pelo trapézio (no lado radial), constitui um espaço chamado túnel</p><p>do carpo, por onde passam os tendões flexores longos dos dedos e do polegar e o nervo mediano. O</p><p>metacarpo (palma) é a região intermediária da mão e contém cinco ossos chamados metacarpais.</p><p>Cada osso metacarpal consiste em uma base proximal, um corpo intermediário e uma cabeça distai.</p><p>Os ossos metacarpais são numerados de I a V (ou de 1 a 5), começando com o osso lateral no polegar.</p><p>As cabeças dos ossos metacarpais são comumente chamadas de “nós dos dedos” e são facilmente</p><p>visíveis em um punho cerrado. As falanges formam a região distai da mão e são os ossos dos dedos,</p><p>totalizando 14 em cada mão. Como os ossos metacarpais, as falanges são numeradas de I a V (ou de</p><p>1 a 5), começando com o polegar. Um único osso de um dedo da mão ou do pé é denominado</p><p>falange. Como os ossos metacarpais, cada falange consiste em uma base proximal, um corpo</p><p>intermediário e uma cabeça distai. Existem duas falanges (proximal e distai) no polegar e três</p><p>falanges (proximal, média e distai) em cada um dos outros quatro dedos. Em ordem, a partir do</p><p>polegar, esses outros quatro dedos são comumente referidos como indicador, dedo médio, dedo</p><p>anular e dedo mínimo.</p><p>Cíngulo do Membro Inferior</p><p>O cíngulo do membro inferior consiste nos dois ossos do quadril, também chamados de ossos coxais</p><p>ou pélvicos. O cíngulo do membro inferior proporciona uma sustentação estável e consistente para a</p><p>coluna vertebral, protege as vísceras pélvicas e une os membros inferiores ao esqueleto axial. Os</p><p>ossos do quadril se unem um ao outro, anteriormente, em uma articulação chamada sínfise púbica;</p><p>posteriormente, se unem ao sacro na articulação sacroilíaca. Cada um dos dois ossos do quadril de</p><p>um recém-nascido é composto por três partes: o ílio, o púbis e o ísquio. O ílio é a maior das três</p><p>subdivisões do osso do quadril. Sua margem superior é a crista ilíaca. Na face inferior está a incisura</p><p>isquiática maior, pela qual passa o nervo isquiático, o nervo mais longo do corpo. O ísquio é a parte</p><p>inferoposterior do osso do quadril. O púbis é a parte inferoanterior do osso do quadril. Por volta dos</p><p>23 anos de idade, os três ossos separados já estão fundidos em um só. A fossa profunda (depressão)</p><p>na qual os três ossos se encontram é o acetábulo, o encaixe para a cabeça do fêmur. O ísquio se une</p><p>ao púbis e, em conjunto, eles circundam o forame obturado, o maior forame</p><p>do esqueleto.</p><p>Os ossos de um homem geralmente são maiores e mais pesados do que os de uma mulher. As</p><p>extremidades articulares são mais espessas em relação aos corpos dos ossos. Além disso, como</p><p>determinados músculos dos homens são maiores do que os das mulheres, os pontos de fixação</p><p>muscular - tuberosidades, linhas e cristas - são maiores no esqueleto masculino. Muitas diferenças</p><p>estruturais significativas entre os esqueletos dos homens e das mulheres estão relacionadas à</p><p>gravidez e ao parto. Como a pelve feminina é mais larga e rasa do que a masculina, existe mais</p><p>espaço na pelve menor da mulher, especialmente nas aberturas superior e inferior da pelve, que</p><p>acomodam a passagem da cabeça do feto no nascimento. Várias diferenças significativas entre as</p><p>pelves masculina e feminina são mostradas na Tabela a seguir:</p><p>Membro Inferior</p><p>Cada membro inferior é composto por 30 ossos: o fêmur na coxa; a patela (rótula, no passado); a</p><p>tíbia e a fíbula na perna (a parte do membro inferior entre o joelho e o tarso); e sete ossos tarsais</p><p>(ossos do tarso), cinco ossos metatarsais e 14 falanges (dedos) no pé.</p><p>O fêmur (osso da coxa) é o osso mais resistente, pesado e longo do corpo. Sua extremidade proximal</p><p>se articula com o osso do quadril, e sua extremidade distai se articula com a tíbia e a patela. O corpo</p><p>do fêmur se inclina medialmente, e, como resultado, as articulações do joelho ficam mais próximas</p><p>da linha mediana do corpo. A inclinação é maior em mulheres, porque a pelve feminina é mais larga.</p><p>A cabeça do fêmur se articula com o acetábulo do osso do quadril, para formar a articulação do</p><p>quadril. O colo do fêmur é uma região constrita, abaixo da cabeça. Uma fratura bastante comum no</p><p>idoso ocorre no colo do fêmur, que se torna tão fraco que não consegue sustentar o peso do corpo.</p><p>Embora, na realidade, seja o fêmur que sofra fratura, essa condição é comumente conhecida como</p><p>fratura do quadril. O trocanter maior é uma projeção palpada e visualizada anteriormente à</p><p>concavidade no lado do quadril. É o local em que alguns músculos da coxa e da região glútea se</p><p>fixam e atua como um ponto de referência para as injeções intramusculares na coxa. A extremidade</p><p>distal do fêmur se expande no côndilo medial e no côndilo lateral, projeções que se articulam com a</p><p>tíbia. A face patelar está localizada na face anterior do fêmur, entre os côndilos.</p><p>A patela ou, no passado, rótula, é um osso triangular pequeno na frente da articulação entre o fêmur</p><p>e a tíbia, comumente conhecida como a articulação do joelho. A patela se desenvolve no tendão do</p><p>músculo quadriceps femoral. Suas funções são aumentar a ação de alavanca do tendão, manter a</p><p>posição do tendão quando o joelho é fletido e proteger a articulação do joelho. Durante a flexão e a</p><p>extensão normais do joelho, a patela se movimenta (desliza) para cima e para baixo no sulco entre</p><p>os dois côndilos femorais.</p><p>A tíbia, ou “osso da canela”, é o maior osso medial de sustentação de peso da perna. A tíbia se</p><p>articula, em sua extremidade proximal, com o fêmur e a fíbula e, em sua extremidade distai, com a</p><p>fíbula e o tálus do tarso. A extremidade proximal da tíbia se expande em um côndilo lateral e em um</p><p>côndilo medial, projeções que se articulam com os côndilos do fêmur para formar a articulação do</p><p>joelho. A tuberosidade da tíbia se encontra na face anterior, abaixo dos côndilos, e é um ponto de</p><p>fixação para o ligamento da patela. A face medial da extremidade distai da tíbia forma o maléolo</p><p>medial, que se articula com o tálus do tarso e forma a proeminência que é palpada na face medial do</p><p>tarso. A fíbula é paralela e lateral à tíbia , sendo consideravelmente menor. A cabeça da fíbula se</p><p>articula com o côndilo lateral da tíbia abaixo da articulação do joelho. A extremidade distal possui</p><p>uma proeminência chamada maléolo lateral, que se articula com o tálus do tarso. O maléolo lateral</p><p>forma a proeminência na face lateral do tarso. A fíbula também se articula com a tíbia na incisura</p><p>fibular.</p><p>O tarso é a região proximal do pé e contém sete ossos, os ossos tarsais, interligados por ligamentos.</p><p>Desses ossos, o tálus (osso do tarso) e o calcâneo (osso do calcanhar) estão localizados na parte</p><p>posterior do pé. A parte anterior do tarso contém o cuboide, o navicular e três ossos cuneiformes,</p><p>chamados medial, intermédio e lateral. O tálus é o único osso do pé que se articula com a fíbula e a</p><p>tíbia. Articula-se medialmente com o maléolo medial da tíbia e, lateralmente, com o maléolo lateral</p><p>da fíbula. Durante a marcha, o tálus inicialmente suporta todo o peso do corpo. Aproximadamente</p><p>60% do peso é, em seguida, transmitida ao calcâneo. O peso restante é transmitido a outros ossos</p><p>tarsais. O calcâneo é o mais resistente e maior dos ossos tarsais. O metatarso forma a região</p><p>intermediária do pé e consiste em cinco ossos chamados metatarsais. Os ossos são numerados de I a</p><p>V (ou 1 a 5) da posição medial para a lateral. Como os ossos metacarpais da palma, cada osso</p><p>metatarsal consiste em uma base proximal, um corpo intermediário e uma cabeça distai. O primeiro</p><p>osso metatarsal, que está conectado ao hálux, é mais espesso do que os outros, porque suporta mais</p><p>peso. As falanges compreendem a região distai do pé e se assemelham àquelas da mão, tanto em</p><p>número quanto em disposição. Cada uma consiste também de uma base proximal, um corpo</p><p>intermediário e uma cabeça distai. O hálux possui duas falanges pesadas e grandes - a proximal e a</p><p>distai. Os outros quatro dedos do pé possuem, cada um, três falanges - proximal, média e distai.</p>