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<p>UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES</p><p>FACULDADE DE EDUCAÇÃO</p><p>Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD</p><p>Avaliação a Distância – AD 1 – 2024.2</p><p>Disciplina: Educação e Trabalho – EAD08030</p><p>Coordenador: Carlos Soares</p><p>Nome: Adriana de Mello Barbosa</p><p>Polo: Magé Matrícula: 17112080089</p><p>Nota =</p><p>Questão 1: (2 pontos)</p><p>No texto de Saviani (2007) é possível perceber que educação e trabalho eram ações realizadas pelos seres humanos de forma integrada. Em um determinado período histórico houve a separação dessas atividades. O que determinou essa separação e qual/quais a/s consequência/s produzidas para o trabalho e a educação a partir dessa separação?</p><p>RESPOSTA: A educação e o trabalho são atividades essencialmente humanas, pois só os seres humanos (dotados da racionalidade) são capazes de executá-los. Para Marx e Engels “a educação se constitui um elemento de manutenção da hieraruqia social”.</p><p>O processo de separação entre trabalho e educação teve início na Idade Média, com o surgimento dos burgos, e se deu por meio da divisão entre as classes de proletariados e não-proletariados, isso porque a partir do escravismo antigo passa a surgir por conta desta divisão de classes, a educação de homens livres e a de escravistas. A primeira deu origem à escola que identificou-se como educação propriamente dita pela sua especificidade, em contraposição àquela do processo produtivo. Essa separação atendia às necessidades da cultura da época, por exemplo os homens livres eram direcionados para as atividades intelectuais, arte da palavra e atividades físicas lúdicas ou militares, enquanto ao grupo de serviçais era focado o ensino para suas atribuições para o processo de trabalho. Com a introdução das máquinas nas fábricas, houve uma necessidade de especialização da mão-de-obra, dividindo as classes operárias. Porém, não se pode deixar de evidenciar que isso foi possível por meio da própria prerrogativa imposta pelo processo de trabalho. Como resultado, a maneira como o homem cria seu modo de vida permitiu a organização da escola como um espaço segregado da produção.</p><p>Atualmente ainda vemos essa divisão e podemos perceber que, mesmo de forma sutil, ela ainda existe, pois a educação nas escolas particulares de classe alta é mais voltada para o capital cultural, exposições de artes, leituras de obras conhecidas, do que as escolas públicas que atendem às classes menos favorecidas. Além disso, mesmo com todo desenvolvimento tecnológico, as classes menos favorecidas usufruem minoritariamente dessa tecnologia, dependendo ainda na sua grande maioria, do seu trabalho braçal.</p><p>Questão 2: (3 pontos)</p><p>“[...] o que o homem é, o é pelo trabalho. A essência do homem é um feito humano. É um trabalho que se desenvolve, se aprofunda e se complexifica ao longo do tempo: é um processo histórico” (Lombardi, 2011, p. 103).</p><p>Com base no fragmento acima e no texto da aula 1, de autoria de Demerval Saviani, explique quando e de que forma ocorreu a subsunção real do trabalho ao capital. Explique também como essa subsunção se manifesta na sociedade atual.</p><p>RESPOSTA: No texto de Dermeval Saviani, podemos entender, com base em um conceito materialista, que o trabalho é fundamental para a essência humana, “onde o que o homem é, o é pelo trabalho”, indicando que o trabalho não é simplesmente uma atividade financeira, mas definitiva ao ser humano. Esse pensamento, se solidifica nas ideias marxistas, onde o trabalho é formador do homem e da sociedade em que ele vive, do mundo em si.</p><p>Segundo Marx, “a produção da mais-valia absoluta gira apenas em torno da duração da jornada de trabalho; a produção da mais-valia relativa revoluciona de alto a baixo os processos técnicos do trabalho e os agrupamentos sociais”, transformado a subsunção formal em subsunção real por conta da evolução tecnológica, do constante revolucionamento das forças produtivas e controle do trabalho pelo capital.</p><p>Na sociedade atual, através da automação e da globalização, por exemplo, o controle exercido pelo capital, não dita quem faz o quê, mas regula a forma, os métodos e condições de trabalho, exigindo uma adaptação constante às exigências do mercado de trabalho e suas evoluções e alterações.</p><p>Questão 3: (3 pontos)</p><p>Sbardelotto e Nascimento (2008) retratam as principais ideias defendidas pelo pensador italiano Antonio Gramsci, sobretudo, a concepção de escola que ele defendia para os filhos dos trabalhadores, denominada de Escola Unitária. Com base nos textos 1 e 2 da disciplina:</p><p>a) Identifique duas ou mais características da Escola Unitária.</p><p>· Uma escola politécnica.</p><p>· Processo de ensino-aprendizagem voltados para a formação geral do indivíduo.</p><p>b) Identifique duas ou mais semelhanças ou diferenças entre a formação defendida pelos liberais e a formação defendida por Gramsci.</p><p>SEMELHANÇAS:</p><p>· Assumir o trabalho como princípio educativo.</p><p>· O processo educativo se baseia na articulção da luta de classes.</p><p>Questão 3: (2 pontos)</p><p>Se na Antiguidade a escola era uma instituição reservada à classe dos proprietários, com a organização da sociedade capitalista a escola passou a ser destinada também para os filhos dos trabalhadores. De acordo com os textos estudados na disciplina Educação e Trabalho:</p><p>a) O que motivou essa mudança?</p><p>RESPOSTA: A mudança se deu devido à necessidade de qualificação da mão de obra, imposta pelo nova organização do sistema capitalista, preparando os filhos dos trabalhadores para o mercado de trabalho.</p><p>b) Qual a função da escola no capitalismo?</p><p>RESPOSTA: A função da escola no capitalismo é promover a disseminação dos ideais das classes dominantes e seus interesses e atender às demandas do capital, imprimindo ao homem os valores de mercado.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>