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DIREITO AGRÁRIO

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DIREITO AGRÁRIO
Conceito
Segundo Wellington Pacheco Barros :
 O Direito Agrário pode ser conceituado como o ramo do direito que regula as relações jurídicas do homem com a terra
Joaquim Osório:
“Direito Agrário é o conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações concernentes às pessoas e aos bens rurais”. 
Malta Cardoso:
“Direito Agrário é o conjunto de normas que asseguram a vida e o desenvolvimento econômico da agricultura e das pessoas que a ela dedicam profissionalmente”. 
Objeto do Direito Agrário:
São os fatos jurídicos que emergem do campo, consequência da atividade agrária, da estrutura agrária, da empresa agrária e da política agrária; o que caracteriza a relação jurídica agrária..”. 
Características do Direito Agrário
segundo Wellington de Barros Pacheco
IMPERATIVIDADE DE SUAS REGRAS:
“ Existe uma forte intervenção do Estado nas relações agrárias. Os sujeitos dessas relações quase não tem disponibilidade de vontade, porque tudo já está previsto em lei, cuja aplicação é obrigatória”.
2) AS REGRAS DO DIREITO AGRÁRIO SÃO SOCIAIS:
As regras do direito agrário carregam uma forte proteção social. 
O legislador procurou dar àqueles que trabalham no campo uma forte proteção jurídica, social.
FONTES DO DIREITO AGRÁRIO
LEI (Constituição Federal, Estatuto da Terra, etc)
Costumes
Doutrina
Jurisprudência
 Natureza Jurídica:
Ramo do Direito Público ou do Direito Privado? 
“Não há como pretender-se que esse ramo de Direito só exista em um ou em outro, isto é, só em dirteito Público ou só em Direito Privado, uma vez que há um entrosamento perfeito entre os dois na caracterização do direito Agrário”. 
Augusto Zenun
PRINCÍPIOS DO DIREITO AGRÁRIO
Função social da propriedade
Justiça social
Prevalência do interesse coletivo sobre o individual
Reformulação da estrutura fundiária
Progresso econômico e social
RELAÇÃO DO DIREITO AGRÁRIO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Civil
Direito Processual Civil
Direito do Trabalho
Direito Ambiental
Função social da propriedade
 CF/88
Art. 5º, caput; 
Art. 5º, XXII;
Art. 5º, XXIII;
Art. 170, II e III
Art. 184, caput;
Art. 186, caput, I a IV;
Art. 225
Função social da propriedade
Estatuto da Terra 
Lei 4504/64
Arts. 2º, §1º, alíneas “a” a “d”; 
Arts. 12, 13 e 18;
Lei 8629/93 
Art. 2º, 
Art. 6º, §§ 1º ao 7º;
Art. 9º, §§ 2º ao 3º;
Art. 9º, I a IV;
Lei 8171/99
Art. 2º, I;
Art. 3º, IV;
Art. 19 a 26.
Estatuto da Terra 
Art. 2° É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social, na forma prevista nesta Lei.
 § 1° A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando, simultaneamente:
 a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias;
 b) mantém níveis satisfatórios de produtividade;
 c) assegura a conservação dos recursos naturais;
 d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem.
Estatuto da Terra
Art. 12. À propriedade privada da terra cabe intrinsecamente uma função social e seu uso é condicionado ao bem-estar coletivo previsto na Constituição Federal e caracterizado nesta Lei.
Art. 13. O Poder Público promoverá a gradativa extinção das formas de ocupação e de exploração da terra que contrariem sua função social.
Estatuto da Terra
 
Art. 18. À desapropriação por interesse social tem por fim:
 a) condicionar o uso da terra à sua função social;
 Lei 8629/93
Dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.
Art. 2º A propriedade rural que não cumprir a função social prevista no art. 9º é passível de desapropriação, nos termos desta lei, respeitados os dispositivos constitucionais.
	§ 1º Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social.
Lei 8629/93
Art. 9º A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo graus e critérios estabelecidos nesta lei, os seguintes requisitos:
 I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
 § 1º Considera-se racional e adequado o aproveitamento que atinja os graus de utilização da terra e de eficiência na exploração especificados nos §§ 1º a 7º do art. 6º desta lei.
§ 2º Considera-se adequada a utilização dos recursos naturais disponíveis quando a exploração se faz respeitando a vocação natural da terra, de modo a manter o potencial produtivo da propriedade.       
Lei 8629/93
Art. 9º
§ 3º Considera-se preservação do meio ambiente a manutenção das características próprias do meio natural e da qualidade dos recursos ambientais, na medida adequada à manutenção do equilíbrio ecológico da propriedade e da saúde e qualidade de vida das comunidades vizinhas.
 § 4º A observância das disposições que regulam as relações de trabalho implica tanto o respeito às leis trabalhistas e aos contratos coletivos de trabalho, como às disposições que disciplinam os contratos de arrendamento e parceria rurais.
  § 5º A exploração que favorece o bem-estar dos proprietários e trabalhadores rurais é a que objetiva o atendimento das necessidades básicas dos que trabalham a terra, observa as normas de segurança do trabalho e não provoca conflitos e tensões sociais no imóvel.
  § 6º (Vetado.)
ESTATUTO DA TERRA- DEFINIÇÕES
ARTIGO 4º
a)Propriedade Famíliar – É o imóvel rural, que direta e pessoalmente, explorada pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalhado com ajuda de terceiro. (art. 4º inciso II do ET). 
b) Minifúndio – O imóvel rural de área e possibilidade inferiores as da propriedade famíliar (art. 4º inciso IV do ET).
c) Latifúndio – É o imóvel rural que: 
1) Exceda a dimensão máxima fixada na forma do art. 46 § 1º) alínea “b” do ET, tendo se em vista as condições ecológicas , sistemas agrícolas regionais e o fim a que se destine; 
2) Não execedendo o limite mencionado acima e tendo área igual o superior à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins expeculativos, ou seja, deficiente ou inadequadamente inexplorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural. (Art. 4º, inciso V do ET).
d) Empresa Rural – É o empreendimento de pessoa física ou jurídica pública ou privada que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condição de rendimento econômico, da região em que situe e que explore área mínima agricultável de imóvel segundo padrões fixados, pública e préviamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se às áreas cultivadas , as pastagens, as matas naturais e artificiais e áreas ocupadas com benfeitorias. (art. 4º inciso VI do ET).
Módulo Rural: 
Módulo rural é uma medida mínima de área rural em que um imóvel possa ser partilhado para constituir uma nova propriedade autônoma.
Presume-se que um módulo seja suficiente para uma família extrair dali o sustento ou condições de sobreviver. 
OBS: Para a fixação do quantum do módulo rural não existe um padrão geral, porque ele pode variar segundo a qualidade da terra para fins agricultáveis ou pecuário.
Módulo Rural 
segundo Wellington Pacheco Barros 
É “a propriedade rústica, de área contínua, qualquer que seja a sua localização, desde que se destine à exploração agrícola, pecuáriaou agroindustrial, e seja executada, direta e pessoalmente, pelo agricultor e sua família, absorvendo-lhes toda a força de trabalho, garantindo-lhes a sobrevivência e o progresso social e econômico e sofrendo ainda variações pela região em que se situe e o tipo de exploração que se pratique”
 MÓDULO FISCAL
“O módulo fiscal é uma unidade de medida expressa em hectares. Seu tamanho varia para cada município e depende principalmente das condições de produção: dinâmica do mercado, infraestrutura instalada, disponibilidade tecnológica, além de aspectos naturais como solo e água. 
 Quanto mais disponíveis estiverem essas condições,menor o tamanho da área necessária para obtenção de rentabilidade da atividade ali desenvolvida.Municípios paulistas, por exemplo, contam com estradas, acesso a portos, energia elétrica, centros de pesquisa, além de proximidade com mercados dinâmicos. Já cidades do interior do Amazonas estão mais isoladas, distantes de mercados e com pouco acesso a tecnologias. Naturalmente, o módulo fiscal no amazonas será maior que em São Paulo. Para diversos municípios da Região Norte o tamanho estipulado para um módulo fiscal é 100 hectares- tamanho máximo no país. Já o menor módulo fiscal é fixado em 5 hectares e vale para diversas capitais e alguns municípios de São Paulo.”
Fonte: http://www12.senado.gov.br/codigoflorestal/infograficos/pequena-propriedade-e-agricultura-familiar. Acesso em 05-11-2012
 MÓDULO FISCAL
Unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município, considerando os seguintes fatores:
► Tipo de exploração predominante no município;
► Renda obtida com a exploração predominante;
► Outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam significativas em função da renda ou da área utilizada;
► Conceito de propriedade familiar.
URL de origem: http://www.ambienteduran.eng.br/o-que-e-modulo-fiscal
 
 PARA QUE SERVE O MÓDULO FISCAL?
O módulo fiscal serve de parâmetro para classificação do imóvel rural quanto ao tamanho, na forma do art 4º da Lei nº 8.629/93:
Pequena Propriedade - o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais;
 Média Propriedade - o imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais.
Serve também de parâmetro para definir os beneficiários do PRONAF (pequenos agricultores de economia familiar, proprietários, meeiros, posseiros, parceiros ou arrendatários de até quatro módulos fiscais).
URL de origem: http://www.ambienteduran.eng.br/para-que-serve-o-modulo-fiscal
 Política Agrícola
Um conjunto de ações voltadas para o planejamento, o financiamento e o seguro da produção constitui a base da Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Por meio de estudos na área de gestão de risco, linhas de créditos, subvenções econômicas e levantamentos de dados, o apoio do estado acompanha todas as fases do ciclo produtivo. Essas ações se dividem em três grandes linhas de atuação: gestão do risco rural, crédito e comercialização.
A gestão do risco rural realiza-se em duas frentes. Antes de iniciar o cultivo, o agricultor conta com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Essa ferramenta tecnológica indica o melhor período para se plantar em cada município do País, conforme a análise histórica do comportamento do clima. E, para se proteger dos prejuízos causados por eventos climáticos adversos, o produtor pode contratar o Seguro Rural com parte do prêmio subsidiado pelo ministério.
As políticas de mobilização de recursos viabilizam os ciclos do plantio. O homem do campo tem acesso a linhas de crédito para custeio, investimento e comercialização. Vários programas financiam diversas necessidades dos produtores, desde a compra de insumos até a construção de armazéns.
Fonte: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola. Acesso: 05-11-2012
CONTRATOS AGRÁRIOS
Arrendamento rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de imóvel rural, parte ou partes do mesmo, incluindo, ou não, outros bens, benfeitorias e ou facilidades, com o objetivo de nêle ser exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa ou mista, mediante, certa retribuiç ão ou aluguel , observados os limites percentuais da Lei.
(artigo 3º do Decreto 59.566/66)
CONTRATO AGRÁRIO
Parceria – 
Parceria rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por te mpo determinado ou não, o uso especifico de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, incluindo, ou não, benfeitorias, outros bens e ou facilidades, com o objetivo de nele ser exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa vegetal ou mista; e ou lhe entrega animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extração de matérias primas de origem animal, mediante partilha de riscos do caso fortuito e da força maior do empreendimento rural, e dos frutos, produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, observados os limites percentuais da lei (artigo 96, VI do Estatuto da Terra).
Parágrafo único. para os fins deste Regulamento denomina-se parceiro outorgante, o cedente, proprietário ou não, que entrega os bens; e parceiro-outorgado, a pessoa ou o conjunto familiar, representado pelo seu chefe, que os recebe para os fins próprios das modalidades de parcerias definidas no art. 5º.
( Dec. 59.566/66 art. 4º)

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