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GEOGRAFIA FÍSICA DE MOÇAMBIQUE

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<p>APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS NA PROVÍNCIA DE NAMPULA</p><p>1. Introdução</p><p>O presente trabalho debruça sobre a aptidão agrícola dos solos na província de Nampula que é um factor crucial para o desenvolvimento da agricultura em qualquer região, e na província de Nampula, em Moçambique, essa aptidão é influenciada por uma combinação de fatores climáticos, edáficos e geográficos. A região do Corredor de Nacala, que se estende entre os paralelos 13ºS e 17ºS, apresenta uma diversidade significativa de solos que variam em suas características físicas e químicas, impactando diretamente a capacidade produtiva das terras.</p><p>Na província de Nampula, os solos variam entre os argilosos, arenosos e de terras vermelhas (latossolos), cada um com características específicas que determinam sua adequação para o cultivo de diferentes tipos de culturas. Os solos argilosos, por exemplo, têm boa retenção de água e são mais indicados para o cultivo de culturas como o arroz e o milho. Já os solos arenosos, que possuem menor capacidade de retenção de água, são mais adequados para culturas resistentes à seca, como a mandioca.</p><p>A aptidão agrícola dos solos na província de Nampula é determinada por uma complexa interação entre suas características físicas e químicas, as condições climáticas locais e as práticas agrícolas adotadas pelos produtores rurais.</p><p>Para atingir os Objectivos propostos no trabalho, foi usado a método bibliográfico, onde foram consultadas alguns livros, internet e outros documentos que abordam sobre o tema do trabalho.</p><p>1.1. Objectivo geral:</p><p>· Falar sobre Aptidão Agrícola dos Solos na província de Nampula.</p><p>1.2. Objectivos específicos:</p><p>· Apresentar o conceito de solo segundo alguns autores;</p><p>· Caractererizar os solos da província de Nampula</p><p>· Descrever a aptidão desses solos para a práctica da agricultura;</p><p>· Identificar os factores que influencia na qualidade ou aptidão desses solos;</p><p>· Mencionar algumas medidas de correcção ou melhoria desses solos.</p><p>2. O conceito de solo segundo alguns autores</p><p>O conceito de solo pode variar de acordo com diferentes autores e disciplinas, mas geralmente envolve a definição de solo como um recurso natural fundamental para o suporte da vida. Aqui estão algumas definições segundo diferentes autores:</p><p>· De acordo com Conti e Furlan (1996), o solo é descrito como um corpo dinâmico de origem mineral e orgânica que reveste a superfície do planeta Terra. Eles enfatizam que os solos são produtos da ação dos agentes intempéricos sobre as rochas, sendo constituídos pela ação lenta e continuada das águas, dos ventos, da variação de temperatura, além da influência de animais e micro-organismos. Essa definição ressalta a complexidade do solo como um sistema em constante transformação (Pg.207).</p><p>· Dokuchaev (1898): Considerado o "pai" da pedologia, ele definiu o solo como um corpo natural que resulta da interação de fatores como clima, organismos, material de origem, relevo e tempo.</p><p>· Jenny (1941): Hans Jenny desenvolveu a equação dos factores de formação do solo, definindo-o como o produto de cinco fatores principais: material de origem, clima, organismos, relevo e tempo.</p><p>· Buol et al. (2003): Eles definem o solo como uma camada superficial da crosta terrestre que serve como um meio para o crescimento das plantas. Esta camada é composta por partículas minerais, matéria orgânica, água e ar.</p><p>· Brady e Weil (2008): Definem o solo como uma mistura dinâmica de minerais, matéria orgânica, organismos vivos, ar e água que suportam a vida das plantas. Eles enfatizam o solo como um sistema complexo e essencial para o ecossistema global.</p><p>· Embrapa (2013): A Embrapa define solo como a camada superficial da crosta terrestre composta por partículas minerais e matéria orgânica, que suporta as raízes das plantas e abriga inúmeros organismos vivos, desempenhando papel crucial nos ciclos de nutrientes e na filtração da água.</p><p>Cada definição pode refletir a ênfase em diferentes aspectos do solo, seja como um recurso natural, um ambiente biológico ou um produto da interação entre diversos fatores naturais.</p><p>3. Contextualização sobre aptidão Agrícola dos Solos na Província de Nampula</p><p>A província de Nampula, localizada em Moçambique, apresenta uma diversidade significativa em termos de aptidão agrícola dos solos, que pode ser classificada em três zonas principais:</p><p>1.Zona do Litoral</p><p>Nesta zona, os solos são predominantemente arenosos e caracterizados por uma fertilidade muito baixa. A fraca retenção de água resulta em frequentes secas, especialmente nos distritos como Memba, Nacala-a-Velha, Nacala Porto, Mossuril, Ilha de Moçambique, Mogincual, Angoche e Larde. Essa condição limita severamente a prática agrícola sustentável e a produção alimentar.</p><p>2. Zona Intermédia</p><p>Situada entre o litoral e o interior da província, esta zona é composta por solos francos argiloso-arenosos avermelhados. Os distritos que compõem esta área incluem Eráti, Muecate, Nampula, Rapale, Meconta e Monapo. De acordo com a legislação sobre uso e aproveitamento de terras em Moçambique, essa zona é classificada como boa para a agricultura. A combinação de solo mais fértil e condições climáticas favoráveis permite um desenvolvimento agrícola mais robusto nesta região. (MICOA, 1994).</p><p>3. Zona do Interior</p><p>Localizada na parte oeste da província de Nampula, esta zona abrange os distritos de Mecubúri, Ribáuè, Murrupula, Lalaua e Malema. Os solos aqui são argilosos, vermelhos e profundos com boa permeabilidade e drenagem. Esses solos são classificados como excelentes para práticas agrícolas devido à sua alta capacidade de retenção de água e nutrientes.</p><p>A aptidão agroecológica da província possibilita o desenvolvimento de várias cadeias produtivas estratégicas. As cadeias prioritárias incluem milho (em Murrupula e Ribáuè), arroz (em Angoche), feijões (praticamente em todos os distritos), mandioca (em Malema e Eráti), avicultura (em Rapale) e pecuária (em Mogovolas). Além disso, outras culturas como frutas e vegetais também têm potencial significativo nas áreas mencionadas. (MICOA, 1994).</p><p>O potencial total para atividade agrícola na província é estimado em 4.678.036 hectares de área arável disponível para cultivo. No entanto, a implementação bem-sucedida da agricultura deve considerar não apenas as características dos solos mas também fatores sociais e ambientais que podem impactar a sustentabilidade das práticas agrícolas. (MICOA, 1994).</p><p>4. Características dos Solos na Província de Nampula</p><p>A província de Nampula, localizada no norte de Moçambique, possui uma diversidade de características edáficas que são influenciadas por fatores climáticos, topográficos e biológicos. Os solos da região são predominantemente do tipo Miombo, que é característico das savanas tropicais. A seguir estão algumas das principais características dos solos na província de Nampula:</p><p>Textura do Solo: Os solos em Nampula apresentam uma variação na textura, sendo comuns os solos argilosos e os de textura média. Essa diversidade permite uma boa capacidade de retenção de água, o que é crucial para a agricultura na região.</p><p>Capacidade de Retenção de Água: A maioria dos solos em Nampula tem alta capacidade de retenção de água, especialmente aqueles classificados como argilosos ou com textura média. Isso é benéfico para as culturas agrícolas, pois garante um suprimento adequado de água durante as estações secas.</p><p>Declividade: A topografia da região apresenta áreas com declividades relativamente baixas (≤ 12%), o que favorece a mecanização agrícola e reduz a erosão do solo. Aproximadamente 94% da área do Corredor de Nacala, que inclui partes da província de Nampula, apresenta essa característica.</p><p>Fertilidade do Solo: Embora muitos solos na região tenham potencial agrícola significativo devido à sua textura e capacidade de retenção de água, a fertilidade pode ser limitada por fatores como acidez e baixa disponibilidade de nutrientes essenciais como nitrogênio e fósforo. O uso adequado de fertilizantes químicos é frequentemente necessário para maximizar a produtividade agrícola.</p><p>Uso Agrícola: Os</p><p>principais produtos cultivados na província incluem milho e mandioca, que são adaptados às condições edáficas locais. A agricultura em Nampula é predominantemente familiar e depende fortemente das chuvas sazonais.</p><p>Impacto Ambiental: É importante considerar o impacto ambiental das práticas agrícolas sobre os solos da região. O uso excessivo de fertilizantes químicos pode levar à poluição dos recursos hídricos e à degradação do solo ao longo do tempo. (MICOA, 1994).</p><p>Os solos da província de Nampula são caracterizados por sua textura variada, boa capacidade de retenção hídrica e adequação para práticas agrícolas, embora desafios relacionados à fertilidade e sustentabilidade devam ser abordados para garantir um desenvolvimento agrícola eficaz.</p><p>5. Aptidão dos Solos para a Prática da Agricultura</p><p>A aptidão dos solos para a prática da agricultura é um conceito fundamental que envolve a análise de várias características do solo, que determinam sua capacidade de suportar o crescimento de plantas e a produção agrícola. A seguir, descreverei os principais fatores que influenciam essa aptidão.</p><p>a) Composição do Solo</p><p>A composição do solo é um dos fatores mais críticos na determinação da sua aptidão agrícola. Os solos são compostos por partículas minerais (areia, silte e argila), matéria orgânica, água e ar. A proporção dessas partículas afeta a textura do solo, que pode ser classificada como arenosa, argilosa ou franca. Solos com uma textura equilibrada (franca) geralmente têm melhor capacidade de retenção de água e nutrientes, tornando-os mais adequados para a agricultura.</p><p>b) Fertilidade do Solo</p><p>A fertilidade refere-se à capacidade do solo de fornecer nutrientes essenciais às plantas. Os principais nutrientes incluem nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), além de micronutrientes como ferro, manganês e zinco. A análise química do solo pode determinar os níveis desses nutrientes e ajudar na aplicação de fertilizantes adequados para melhorar a produtividade das culturas.</p><p>c) pH do Solo</p><p>O pH do solo influencia diretamente a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Solos com pH entre 6 e 7 são geralmente considerados ideais para a maioria das culturas, pois nesse intervalo os nutrientes estão mais disponíveis. Solos muito ácidos (pH abaixo de 5) ou muito alcalinos (pH acima de 8) podem limitar o crescimento das plantas devido à toxicidade ou à imobilização de nutrientes. (MICOA, 1994).</p><p>d) Estrutura do Solo</p><p>A estrutura do solo refere-se à maneira como as partículas se agregam formando blocos ou grânulos. Uma boa estrutura permite uma adequada circulação de ar e água no solo, além de facilitar o desenvolvimento radicular das plantas. Solos compactados ou mal estruturados podem dificultar o crescimento das raízes e reduzir a produtividade agrícola.</p><p>e) Capacidade de Retenção de Água</p><p>A capacidade do solo em reter água é crucial para o cultivo agrícola, especialmente em regiões onde as chuvas são irregulares. Solos com alta porcentagem de argila tendem a reter mais água, enquanto solos arenosos drenam rapidamente. O manejo adequado da irrigação também é importante para maximizar essa capacidade.</p><p>f) Drenagem</p><p>A drenagem adequada é essencial para evitar o acúmulo excessivo de água no solo, que pode levar ao apodrecimento das raízes e ao desenvolvimento de doenças nas plantas. Solos bem drenados promovem um ambiente saudável para o crescimento das culturas.</p><p>g) Presença de Organismos Vivos</p><p>Os organismos vivos presentes no solo, como bactérias, fungos e minhocas, desempenham um papel vital na decomposição da matéria orgânica e na ciclagem dos nutrientes. Um solo rico em vida microbiana tende a ser mais fértil e produtivo.</p><p>h) Uso Sustentável do Solo</p><p>Finalmente, práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais para manter a aptidão dos solos ao longo do tempo. Isso inclui rotação de culturas, uso adequado de fertilizantes orgânicos e químicos, controle da erosão e conservação da umidade do solo.</p><p>A aptidão dos solos para a prática da agricultura depende da composição mineralógica, fertilidade química, pH adequado, estrutura física saudável, capacidade de retenção e drenagem eficiente da água, além da presença ativa de organismos vivos no solo e práticas agrícolas sustentáveis que preservem essas características ao longo do tempo. (MADR,1987).</p><p>Figura 1: Aptidão dos solos para a Prática da Agricultura no distrito de Rapale. (Fonte: FNDS)</p><p>6. Os factores que influenciam na qualidade solos</p><p>A qualidade dos solos na província de Nampula, Moçambique, é influenciada por uma série de factores que podem ser naturais ou antropogénicos (causados por atividades humanas). Aqui estão alguns dos principais factores:</p><p>6.1. Factores Naturais</p><p>i) Tipo de Solo: Nampula possui diferentes tipos de solo, como arenosos, argilosos e lateríticos. A composição mineral e a textura influenciam a capacidade do solo de reter nutrientes e água.</p><p>ii) Clima: A quantidade de precipitação e as temperaturas influenciam a erosão, lixiviação e a atividade biológica do solo. A região de Nampula tem um clima tropical, com uma estação chuvosa que pode levar à erosão do solo.</p><p>iii) Topografia: A inclinação do terreno afeta a drenagem da água e a erosão. Áreas com declives acentuados são mais propensas à erosão, o que pode diminuir a qualidade do solo.</p><p>iv) Cobertura Vegetal: A presença de vegetação ajuda a proteger o solo da erosão, aumenta a matéria orgânica e melhora a estrutura do solo. A perda de cobertura vegetal devido ao desmatamento pode reduzir a qualidade do solo.</p><p>6.2. Factores Antropogénicos</p><p>As práticas agrícolas utilizadas pelos agricultores locais têm um impacto direto na qualidade dos solos. O uso excessivo de fertilizantes químicos pode levar à acidificação dos solos e à contaminação das águas subterrâneas. Por outro lado, técnicas como rotação de culturas, plantio direto e agroflorestas melhoram significativamente a saúde do solo. (MADR,1987).</p><p>O manejo sustentável inclui também o controle da erosão através da cobertura vegetal adequada e técnicas que minimizam o impacto das chuvas intensas.</p><p>7. Medidas de Correção ou Melhoria dos Solos na Província de Nampula</p><p>A correção e melhoria dos solos é uma prática essencial para aumentar a produtividade agrícola, especialmente em regiões como a província de Nampula, em Moçambique. Abaixo estão algumas medidas que podem ser implementadas para melhorar as condições do solo nesta região:</p><p>a) Análise do Solo</p><p>Antes de qualquer intervenção, é crucial realizar uma análise detalhada do solo. Isso envolve a coleta de amostras de solo para determinar sua composição química e física, incluindo pH, níveis de nutrientes (como nitrogênio, fósforo e potássio) e a presença de contaminantes. Essa análise ajuda a identificar as necessidades específicas do solo.</p><p>b) Correção da Acidez do Solo</p><p>Os solos ácidos são comuns em muitas áreas tropicais, incluindo Nampula. Para corrigir a acidez, pode-se aplicar calcário dolomítico ou calcário agrícola. Esses materiais aumentam o pH do solo e fornecem cálcio e magnésio, essenciais para o crescimento das plantas.</p><p>c) Adição de Matéria</p><p>Orgânica A incorporação de matéria orgânica, como composto orgânico ou esterco animal, melhora a estrutura do solo, aumenta a capacidade de retenção de água e fornece nutrientes essenciais às plantas. A rotação de culturas também pode ajudar na adição natural de matéria orgânica ao solo.</p><p>Rotação de Culturas: Alternar as culturas cultivadas em uma mesma área para evitar o esgotamento de nutrientes específicos do solo.</p><p>Figura 2: Processo de rotação de cultura, na província de Nampula. (Fonte: NIA, 1995).</p><p>d) Uso de Fertilizantes</p><p>Com base nos resultados da análise do solo, é importante aplicar fertilizantes adequados para suprir as deficiências nutricionais identificadas. Fertilizantes químicos ou orgânicos podem ser utilizados conforme necessário.</p><p>e) Práticas de Conservação do Solo</p><p>Implementar práticas como terraceamento e plantio em contorno ajuda a reduzir a erosão e melhorar a infiltração da água no solo. Essas técnicas são particularmente importantes</p><p>em áreas montanhosas ou com declives acentuados.</p><p>f) Culturas Cobertas</p><p>O uso de culturas cobertas (plantas que são cultivadas principalmente para proteger o solo) pode ajudar na prevenção da erosão, na melhoria da estrutura do solo e na adição de nutrientes quando essas plantas são incorporadas ao solo após o seu ciclo.</p><p>g) Irrigação Adequada</p><p>A gestão eficiente da irrigação é fundamental para evitar problemas como salinização do solo e erosão hídrica. Sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão podem ser mais eficazes em comparação com métodos tradicionais.</p><p>h) Educação Agrícola</p><p>Promover programas educacionais para agricultores sobre práticas sustentáveis e técnicas modernas pode resultar em melhorias significativas nas práticas agrícolas locais.</p><p>Essas medidas não apenas melhoram as condições dos solos na província de Nampula mas também contribuem para um aumento sustentável da produtividade agrícola.</p><p>Conclusão</p><p>Conclui-se que, a aptidão agrícola dos solos na província de Nampula é determinada por uma complexa interação entre suas características físicas e químicas, as condições climáticas locais e as práticas agrícolas adotadas pelos produtores rurais. Para maximizar o potencial agrícola da região é essencial promover pesquisas contínuas sobre o uso sustentável dos recursos naturais disponíveis.</p><p>A aptidão agrícola dos solos na Província de Nampula é um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico e social da região, dada sua forte dependência da agricultura. A diversidade de tipos de solos, juntamente com o clima tropical favorável, oferece um grande potencial para o cultivo de uma ampla variedade de culturas, desde alimentos básicos como milho e mandioca até culturas de rendimento, como algodão.</p><p>No entanto, a sustentabilidade dessa aptidão agrícola enfrenta desafios significativos, como a degradação dos solos devido à erosão e práticas de manejo inadequadas, além da baixa fertilidade de algumas áreas. Para garantir o uso eficiente e sustentável dos solos, é essencial investir em práticas agrícolas mais avançadas, como a rotação de culturas, o uso de fertilizantes naturais e a conservação do solo.</p><p>Portanto, a gestão adequada da aptidão agrícola dos solos de Nampula é fundamental para aumentar a produtividade, melhorar a segurança alimentar e promover um desenvolvimento agrícola sustentável e equilibrado a longo prazo na província.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>· Afonso, R.S. (1978). A geologia de Moçambique (2ª ed.). Maputo.</p><p>· Araújo, Manuel Gomes Mendes. (1997). Geografia dos povoamentos. Maputo.</p><p>· Berg, M., & Boot, U.A. (1994). Tecnologia e conservação do solo. Maputo.</p><p>· Conti, J. B., & Furlan, S. Â. (1996). Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In J. L. S. Ross (Ed.), Geografia do Brasil. EDUSP.</p><p>· Diuk, Korianan. (1997). Erosão e conservação de solos em Moçambique. Maputo</p><p>· Dokuchaev, V.V. (1948). Teoria das zonas naturais. Em russo.</p><p>· Embrapa (2006). Manejo de solos: Sistema plantio direto. Sete Alagoas.</p><p>· NIA. (1995). Relatório sobre os solos da província de Nampula. Maputo.</p><p>· MADR. (1987). Extensão e formação agrária para o desenvolvimento rural integrado. Maputo.</p><p>· MICOA. (1994). Utilização dos recursos naturais nas zonas rurais. Maputo.</p><p>· Serno, G. (1995). Série Terra e Água, província de Nampula, relatório provincial, volume comunicação n° 77. Maputo.</p><p>7</p><p>image1.png</p><p>image2.jpeg</p>

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