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<p>Proteção Contra</p><p>Incêndios com</p><p>Inflamáveis</p><p>—</p><p>2 / 43</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 – INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4</p><p>2 – AGENTES EXTINTORES ........................................................................................................ 4</p><p>2.1 Agente extintor: água ...................................................................................................... 4</p><p>2. 1. 1 Restrições da água .................................................................................................. 5</p><p>2.2 Agente extintor: espuma ............................................................................................... 6</p><p>2.2.1 Restrições da espuma .............................................................................................. 6</p><p>2.3 Agente extintor: dióxido de carbono (CO2) ................................................................. 7</p><p>2.4 Agente extintor: pó químico........................................................................................... 9</p><p>2.5 Agentes extintores limpos ...........................................................................................10</p><p>3 – MÉTODOS DE EXTINÇÃO ...................................................................................................10</p><p>4 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR ÁGUA ..............................................................................11</p><p>4. 1 Componentes fixos ........................................................................................................11</p><p>4.2 Tipos e características ...................................................................................................13</p><p>5 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES ..................................................................17</p><p>6 – EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO ..........................................................................................22</p><p>7 – EXTINTORES DE ÁGUA .......................................................................................................23</p><p>8 – EXTINTOR DE ESPUMA ......................................................................................................24</p><p>9 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR ESPUMA ..........................................................................26</p><p>9.1 Proteção primária ..........................................................................................................30</p><p>10 – SISTEMA DE ASPERSÃO POR ÁGUA .............................................................................32</p><p>11 – SISTEMA DE DILÚVIO .......................................................................................................33</p><p>12 – SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME ..............................................................................38</p><p>12.1 – Detector de chamas ..................................................................................................39</p><p>3 / 43</p><p>13 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR GASES ...........................................................................39</p><p>14 – CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................42</p><p>4 / 43</p><p>1 – INTRODUÇÃO</p><p>A proteção contra incêndios com inflamáveis é algo muito inerente à atividade de</p><p>segurança e à nossa empresa.</p><p>Ao finalizar este material, você terá a capacidade de reconhecer quais são os agentes</p><p>extintores dispostos dentro das nossas unidades e as suas respectivas finalidades.</p><p>Quando se fala sobre agentes extintores, o mais conhecido de todos é o extintor de</p><p>água, além de ser o mais viável. Um recurso universal para extinguir fogo. Lembrando</p><p>que esse extintor não serve para combater todos os tipos de incêndio; existem</p><p>restrições quanto ao uso desse extintor e sobre sua eficiência.</p><p>Ao combater um incêndio, é preciso ir de encontro ao fogo e ser eficiente na atividade;</p><p>para isso, é preciso adquirir conhecimento. A intensão não é treiná-lo para combater</p><p>um incêndio, mas, sim, para saber quais são tipos de incêndio existentes e os agentes</p><p>extintores que estão dispostos na nossa unidade, até mesmo para reconhecer o que</p><p>se deve fazer e o que não se deve fazer em um momento de trabalho.</p><p>2 – AGENTES EXTINTORES</p><p>Líquido, gasoso ou sólido: prevenção e extinção de incêndios.</p><p>Extinção: física, química ou ambas.</p><p>Extintores ou instalações serão dispostos de acordo com o ambiente em questão,</p><p>pois podemos estar em unidade de processo ou em um local onde existam muitos</p><p>ambientes administrativos.</p><p>2.1 Agente extintor: água</p><p>Esse agente tem suas propriedades e atua em incêndios ou princípios de incêndios.</p><p>Água: resfria, abafa, dilui e emulsifica.</p><p>A água, quando se converte para gás, expande-se 1.600 vezes (1 litro de água = 1.600</p><p>litros de vapor).</p><p>5 / 43</p><p>Há duas formas de aplicação da água: jato e neblina; ambas podem ser aplicadas por</p><p>meio de um agente extintor de capacidade de 10 litros.</p><p>Existem determinados princípios de incêndio nos quais não se pode aplicar</p><p>diretamente o jato. Exemplo: não se deve apontar diretamente um jato de extintor</p><p>de incêndio em uma queima causada por líquido inflamável que esteja situada em</p><p>um recipiente ou poça, pois esse procedimento pode causar o derramamento e/ou</p><p>espalhamento do produto, aumentando, assim, o foco do incêndio.</p><p>Então, o importante é saber a técnica correta para a situação presenciada e a melhor</p><p>maneira de aplicação.</p><p>2. 1. 1 Restrições da água</p><p>• Líquidos inflamáveis: a água pode ser aplicada em líquidos inflamáveis; porém,</p><p>com uma técnica específica.</p><p>• Eletricidade: a água é um condutor elétrico; portanto, quando aplicada em</p><p>equipamento energizado, automaticamente cria um caminho de energia do</p><p>equipamento para o trabalhador, colocando a vida em risco.</p><p>• Substâncias que reagem com a água: roda de magnésio, entre outras.</p><p>• Líquidos superaquecidos (T > 100ºC): a água em estado gasoso expande-se</p><p>1.600 vezes; então, quando aplicada em um líquido superaquecido, ocasiona uma</p><p>expansão instantânea, fazendo com que o líquido seja projetado.</p><p>6 / 43</p><p>2.2 Agente extintor: espuma</p><p>É um agente muito utilizado em nossas unidades, pois tem ação peculiar para quem</p><p>trabalha com líquidos inflamáveis. Esse agente tem características de atuação</p><p>interessantes, visto que abafa e resfria o que está sendo incendiado.</p><p>Propriedades:</p><p>• Baixa densidade: flutua nos líquidos.</p><p>• Expansão >> volume da solução.</p><p>• Drenagem: libera solução (água + LGE).</p><p>2.2.1 Restrições da espuma</p><p>• Líquidos em movimento: quando se fala em abafamento, precisam-se ter os</p><p>líquidos contidos, pois a espuma tem baixa densidade, ficando na superfície</p><p>do líquido inflamável incendiado; então, se existe um líquido em movimento,</p><p>automaticamente a espuma fica na superfície, e o líquido corre, perdendo assim o</p><p>abafamento.</p><p>• Eletricidade: por obter a componente água em sua composição.</p><p>• Substâncias que reagem com a água.</p><p>• Líquidos superaquecidos (T > 100ºC).</p><p>7 / 43</p><p>2.3 Agente extintor: dióxido de carbono (CO2)</p><p>É um agente muito utilizado em ambientes administrativos devido à grande</p><p>quantidade de equipamentos energizados, materiais nos quais esse agente tem alta</p><p>eficiência. O extintor de CO2 também pode ser aplicado em outros produtos tendo</p><p>em vista as suas características de resfriamento e abafamento contra princípios de</p><p>incêndio.</p><p>Extinção:</p><p>• Equipamentos energizados.</p><p>• Líquidos (em locais com pouca ventilação).</p><p>Eficiência reduzida:</p><p>• Líquidos em movimento – similar ao extintor de espuma; por ser um agente de</p><p>forma gasosa, tem boa eficiência, mas baixo alcance.</p><p>• Locais ventilados – por ser gás, pode perder a sua eficiência.</p><p>• Combustíveis sólidos (classe A) – incêndios em classe A possuem queima em</p><p>superfície e em profundidade, e o CO2, por ser gás, só atua na superfície, não</p><p>gerando abafamento/extinção do incêndio em profundidade, causando falsa</p><p>impressão de extinção do fogo, visto que ele pode se autoignitar. Então, utiliza-se</p><p>com cautela esse agente nessas condições.</p><p>Esse agente é muito utilizado em locais onde se tem um grande número de</p><p>equipamentos energizados; por exemplo, uma subestação com painéis elétricos.</p><p>8 / 43</p><p>Essa maior utilização se explica, pois existe um sistema fixo de CO2 que atua por</p><p>abafamento e, quando há um local enclausurado/fechado e se faz o acionamento</p><p>desse extintor, todo o ar do ambiente é retirado, inserindo-se CO2. De acordo com o</p><p>triângulo do princípio do fogo (que demonstra a necessidade de oxigênio para que</p><p>haja queima), ao retirar o oxigênio, o fogo será extinto.</p><p>Caraterísticas do extintor de CO2:</p><p>• Densidade: 1,5 d ar.</p><p>• Inerte – devido a essa característica, propicia a extinção do fogo por abafamento,</p><p>o que é um ponto negativo em locais fechados por ocasionar a retirada do oxigênio</p><p>do ambiente. Portanto, ao utilizar esse agente em locais enclausurados, deve-se</p><p>acionar o temporizador para que a pessoa que o acionou tenha a chance de sair do</p><p>ambiente em segurança antes do uso do extintor.</p><p>• Asfixiante simples – um gás que, utilizado em grande quantidade, pode causar</p><p>asfixia devido à retirada do oxigênio do ambiente.</p><p>Em sua aplicação, o CO2, apesar de estar em baixa temperatura, ocasiona uma</p><p>coloração; assim, na retirada da humidade do ar do ambiente, haverá uma aparente</p><p>formação de flocos de gelo com a coloração branca.</p><p>Outras peculiaridades do CO2:</p><p>• Insípido, incolor, inodoro.</p><p>• Boa penetração.</p><p>• Expansão: 500 vezes.</p><p>• O CO2, quando exposto à pressão, reduz seu tamanho e entra na fase líquida;</p><p>quando há contato com a parte atmosférica, ele se expande, retornando à fase</p><p>gasosa. Ou seja: 1 kg (líquido) = 500 L gás.</p><p>• Não corrosivo.</p><p>• Não deixa resíduos.</p><p>Depois da sua aplicação, em questão de segundos, não haverá mais a presença de</p><p>CO2. Além</p><p>de fazer a extinção do fogo, não danifica o equipamento e não deixa resíduo.</p><p>9 / 43</p><p>2.4 Agente extintor: pó químico</p><p>Tem sua atuação em:</p><p>• Líquidos e gases.</p><p>• Equipamentos energizados.</p><p>Em relação a equipamentos energizados, o uso de pó químico é eficaz, mas, como se</p><p>trata de materiais que envolvem circuitos e componentes elétricos, é um agente pouco</p><p>recomendado, pois atua de maneira corrosiva, deixando resíduos e ocasionando a</p><p>perda do equipamento.</p><p>Como a intenção é combater o incêndio e conservar o patrimônio, deve-se utilizar,</p><p>então, outro agente extintor, no caso o CO2, para equipamentos energizados.</p><p>Esse agente interfere na reação em cadeia, representada pelo triângulo do fogo, que</p><p>apresenta oxigênio, combustível e comburente. Todo agente extintor interfere nessa</p><p>reação em cadeia; portanto, ao tirar um desses elementos, o fogo é extinto.</p><p>No caso do pó químico, retira-se o oxigênio, visto que há abafamento da queima.</p><p>Esse agente, que possui ação superficial, tem sua eficiência reduzida em:</p><p>• Incêndio classe A.</p><p>• Bicarbonatos (sódio e potássio).</p><p>Fosfato de mono amônia (NH4HPO4), conhecido como extintor de pó ABC (universal),</p><p>é destinado a incêndios das classes A, B e C; além disso, é diferente do extintor pó</p><p>químico comum (BC).</p><p>Classes B e C: mais eficiente NaHCO3.</p><p>Classe A: depósito sobre o material em combustão (abafamento).</p><p>Não atua em profundidade, mas tem boa eficiência em incêndios de classe A.</p><p>Lembrando que ambos (BC ou ABC) podem apagar incêndios em equipamentos</p><p>energizados; porém, não são muito indicados por ocasionarem perda do equipamento.</p><p>Características</p><p>10 / 43</p><p>• Pode causar irritação leve em mucosas, além de dificuldade respiratória e visual.</p><p>• Corrosivo, em caso de contato prolongado.</p><p>• Não conduz eletricidade.</p><p>• Deixa resíduo.</p><p>• Recipientes pressurizados: N2 ou CO2.</p><p>2.5 Agentes extintores limpos</p><p>• Halogenados.</p><p>• Inertes.</p><p>De acordo com a NFPA 2001, são gases de supressão.</p><p>Características fundamentais:</p><p>• Não causa dano à camada de ozônio.</p><p>• Não contribui para o efeito estufa.</p><p>• Alta eficiência na extinção.</p><p>• Não danifica equipamentos.</p><p>• Não é corrosivo.</p><p>• Não deixa resíduos.</p><p>• Não é tóxico, nem asfixiante.</p><p>É um extintor de alto custo financeiro, sendo utilizado em locais específicos, como,</p><p>por exemplo, aviões e ambientes onde é necessário um rápido, preciso e eficiente</p><p>combate. Nas unidades da Petrobras, não é muito comum o uso desse agente.</p><p>3 – MÉTODOS DE EXTINÇÃO</p><p>• Resfriamento.</p><p>• Abafamento.</p><p>• Interferência na reação em cadeia.</p><p>• Isolamento ou remoção do combustível.</p><p>• Diluição.</p><p>• Emulsificação.</p><p>11 / 43</p><p>Todos esses métodos são aplicados para que, de alguma forma, seja interrompida a</p><p>reação em cadeia do fogo e, automaticamente, haja a extinção do incêndio.</p><p>4 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR ÁGUA</p><p>São sistemas fixos. De acordo com a norma do Corpo de Bombeiros, toda instalação</p><p>deve ter um ambiente munido de instrumentos para prevenção e combate a incêndios.</p><p>Quando se fala em sistemas fixos de combate a incêndio, existem vários elementos,</p><p>como:</p><p>• Reservatórios de água.</p><p>• Tubulações.</p><p>• Conjuntos motor-bomba.</p><p>• Hidrantes.</p><p>• Canhões-monitores – estes são muito peculiares nas instalações da Petrobras,</p><p>principalmente naquelas em que há tanques de combustível e esferas. Não é muito</p><p>comum ver esses elementos em unidades administrativas; porém, para combate</p><p>em tanque de combustível e esfera, são de extrema importância.</p><p>Os componentes portáteis também fazem parte do sistema de proteção por água;</p><p>são eles:</p><p>• Mangueiras.</p><p>• Divisores, reduções e esguichos.</p><p>• Canhões-monitores (portáteis).</p><p>• Conjuntos lançadores de espuma.</p><p>• Chaves de conexões.</p><p>4. 1 Componentes fixos</p><p>12 / 43</p><p>A imagem acima ilustra parte de um sistema de componentes fixos, onde se encontram</p><p>o reservatório, motor-bomba, válvula de alívio para caso de subpressão e sistema de</p><p>proteção.</p><p>Reservatório de incêndio é a quantidade mínima, exigida por lei, que toda instalação</p><p>industrial ou residencial necessita ter para que haja, no mínimo, 2 horas de combate</p><p>a um incêndio até a chegada do Corpo de Bombeiros.</p><p>Algumas instalações da Petrobras e da Transpetro são beneficiadas por ter uma</p><p>reserva técnica infinita; como exemplo, um terminal localizado em uma ilha, onde a</p><p>sucção de água é feita do mar, ou seja, uma reserva infinita.</p><p>Toda instalação industrial precisa ter uma reserva técnica de incêndio, com uma</p><p>capacidade volumétrica de acordo com a sua área edificada.</p><p>13 / 43</p><p>4.2 Tipos e características</p><p>Reservatório de água:</p><p>• Elevado – reduzindo a potência da bomba através da própria gravidade já é possível</p><p>imprimir pressão na rede. Geralmente, todo sistema trabalha com pressurização e,</p><p>quando se tem queda na pressão, a moto-bomba ou a bomba elétrica pressurizará</p><p>o sistema, dando a carga necessária para combater o incêndio.</p><p>• Semienterrado.</p><p>• Nível do solo.</p><p>• Enterrado – principalmente em prédios administrativos.</p><p>• Fontes naturais – como exemplificado acima, a unidade estabelecida em uma ilha</p><p>visando à captação de água infinita.</p><p>Casa de bombas:</p><p>Funciona como coração do sistema de proteção por água, pois não adianta ter uma</p><p>grande infraestrutura se não há pressão na linha de combate a incêndio. Então, a casa</p><p>de bombas deve:</p><p>• Estar em local seguro.</p><p>• Possuir área externa (15,3 m de risco).</p><p>• Ter edificação (resistência às chamas por 2 horas) – em determinados locais, as</p><p>casas de bombas ficam dentro da instalação; caso sofra um incêndio, ela precisa</p><p>ser revestida e protegida de forma a garantir duas horas de combate a incêndio.</p><p>• Possuir fácil operação e manutenção.</p><p>• Ser bem ventilada.</p><p>• Ter boa drenagem</p><p>• Possuir iluminação de emergência</p><p>• Ter instrução de operação/sinalização (mesmo que todos os operadores da casa de</p><p>bombas tenham conhecimento para a função).</p><p>Conjunto motor-bomba:</p><p>Há dois tipos de bomba de incêndio: automática (elétrica) e manual (combustível</p><p>líquido).</p><p>14 / 43</p><p>Toda instalação precisa ter esse dispositivo, pois, em caso de sinistro, há interrupção</p><p>da energia; com isso, é necessário ter o suprimento para a linha de combate a incêndio.</p><p>Hidrantes:</p><p>É o ponto do sistema de proteção por água. O hidrante é uma válvula que tem uma</p><p>conexão estorce, que é a mais utilizada para conectar a mangueira.</p><p>15 / 43</p><p>Canhões fixos (“neblina”):</p><p>Jato pleno:</p><p>Possuem sistemas oscilatórios ou parados, garantindo boa eficiência no combate,</p><p>pois, ao ser acionado e direcionado, seja ele “neblina” ou jato pleno, já é um sistema</p><p>pronto. Em um acionamento rápido, efetua o combate diretamente, de maneira</p><p>diferente de uma linha de mangueira que necessita de montagem.</p><p>16 / 43</p><p>No canhão portátil, é necessário montar a linha de incêndio.</p><p>Redução e divisor</p><p>Nas instalações, os hidrantes têm uma medida padrão (duas polegadas e meia), mas</p><p>existem mangueiras com medidas diferentes; então, é preciso fazer a redução. Como</p><p>ela tem conexões macho e fêmea, é possível tanto reduzir de duas polegadas e meia</p><p>para uma polegada e meia como também é possível aumentar de uma e meia para</p><p>duas e meia.</p><p>17 / 43</p><p>O divisor é um utensílio muito importante na linha de combate a incêndio. Entretanto,</p><p>há possibilidade de ter que montar duas linhas de incêndio, mas ter apenas um</p><p>hidrante; perceba, então, a importância da utilização desse equipamento para fazer</p><p>essa divisão.</p><p>Esses equipamentos são dispostos por válvula-esfera, pois, caso o sistema já esteja</p><p>pressurizado, fica mais fácil a abertura, além de aguentar o alto impacto.</p><p>Esguichos:</p><p>Na atualidade, existem tecnologias e inúmeros tipos de esguichos; os mais comuns</p><p>são os reguláveis.</p><p>São esguichos reguláveis, que alternam entre o jato neblina e o jato regulável. O</p><p>modelo apresentado acima não é de abertura rápida. Esse esguicho pode ser de 1 ½”</p><p>e 2 ½”.</p><p>5 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES</p><p>Já foram analisados neste material os quatro tipos de extintores; então, o sistema de</p><p>proteção por extintores também deve seguir uma orientação quanto à sua disposição</p><p>dentro da instalação. Por ser mais barato e simples, o sistema de proteção por extintor</p><p>18 / 43</p><p>é o mais utilizado. Seus objetivos são:</p><p>• Armazenamento dos agentes extintores.</p><p>• Facilitação do alcance, penetração e distribuição.</p><p>• Proteção ao operador.</p><p>Por terem a carga extintora limitada, os extintores de incêndio devem ser utilizados</p><p>somente em combates a princípios de incêndios.</p><p>Existem extintores para princípios de incêndios de vários tipos e tamanhos, que</p><p>podem ser utilizados em diversas classes de incêndio.</p><p>Os extintores devem ser instalados em locais seguros, desobstruídos e de fácil</p><p>visualização e alcance. Para sua instalação, deve-se ter em mente materiais e/ou</p><p>ambientes passíveis de queima e se o local é seguro e de fácil visualização, pois, em</p><p>caso de incêndio, é necessário atuar no princípio, o que exige rapidez no procedimento.</p><p>O ponto de atenção é a obstrução dos extintores; então, é preciso se atentar para esse</p><p>fato, pois pode haver prejuízo devido a não instrução sobre uma possível obstrução.</p><p>Todo extintor de incêndio deve ser classificado de acordo com a classe de incêndio.</p><p>Atualmente, há normas regulamentadoras que orientam como devem ser realizadas</p><p>essas classificações e quais são os padrões que devem ser seguidos. Elas devem</p><p>seguir os seguintes critérios:</p><p>Peso (NBR 12693:2010)</p><p>• Portáteis: total 20 Kg (cilindro, componentes e agentes extintores).</p><p>• Sobre rodas (carretas): > 20 até 250 kg.</p><p>Pressão (NBR 15808:2010 e 15809:2010)</p><p>Mesmo não sendo muito utilizados, os extintores apressurizados ainda são</p><p>encontrados. Neles, o recipiente no qual contém o agente extintor, seja ele água ou</p><p>pó químico, não tem pressão, tem somente o agente extintor. Na sua parte externa,</p><p>há uma ampola com gás inerte, que pode ser nitrogênio ou CO2; Para combater o</p><p>incêndio, deve-se pressurizar o invólucro maior, que contém o agente extintor.</p><p>19 / 43</p><p>Ele deixou de ser utilizado porque era difícil controlá-lo após o início da pressurização,</p><p>fazendo com que toda a carga fosse utilizada de uma única vez.</p><p>• Pressurização direta – N2CO2</p><p>Na figura abaixo, há uma carreta extintor de pó com uma válvula de fechamento.</p><p>Não é indicado que este extintor permaneça com o mangote pressurizado; por esse</p><p>motivo, este equipamento também deixou de ser utilizado.</p><p>20 / 43</p><p>Pressurização indireta</p><p>Existem agentes extintores que já são pressurizados, que são os extintores de água</p><p>e de pó, chamados de AP (água pressurizada). Esses modelos possuem o invólucro</p><p>com agente extintor e com o gás inerte já pressurizado pela válvula de acionamento.</p><p>Os extintores de CO2 devem seguir uma das seguintes normatizações para sua</p><p>confecção:</p><p>NBR 15808:2010</p><p>NBR 15809:2010</p><p>21 / 43</p><p>Portáteis sobre rodas</p><p>Todos esses extintores, após construídos, precisam ser submetidos a testes por um</p><p>órgão fiscalizador, no caso o INMETRO, que garante que esses produtos estão sendo</p><p>produzidos de acordo com as normas brasileiras citadas acima.</p><p>Característica física de um extintor de CO2</p><p>22 / 43</p><p>É um extintor diferente dos demais, sem soldas. Confeccionado por alta pressão, sua</p><p>pressão interna é de 126 Kgf/cm2, pois tem o objetivo de compactar o gás para que</p><p>possa armazenar mais agente extintor, propiciando um combate com maior duração.</p><p>Esse extintor possui baixa temperatura. Por esse motivo, na sua aplicação, há um</p><p>punho, feito de material plástico, isolado da borracha, pois o contato com a mangueira</p><p>pode ocasionar queimaduras por baixa temperatura. Então, é necessário tomar</p><p>cuidado para não encostar-se a essa mangueira.</p><p>6 – EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO</p><p>São extintores similares aos de água. Seu corpo é confeccionado com a mesma</p><p>estrutura e com a mesma característica. Esse tipo de extintor é mais eficiente em</p><p>líquidos inflamáveis, como visto anteriormente.</p><p>Devem ser especificados somente extintores com carga de pó químico pela pressão e</p><p>tratamento interno, lembrando que o pó é corrosivo.</p><p>Depois de serem utilizados, os profissionais da área devem mandar os extintores</p><p>para recarga. É importante ressaltar que não se deve colocar outro agente que não</p><p>seja pó, sob o risco de haver incompatibilidade e ineficiência.</p><p>NBR 15808:2010</p><p>NBR 15809:2010</p><p>23 / 43</p><p>Existem extintores de pó químico pressurizado e os apressurizados; estes devem</p><p>passar por uma pressurização indireta.</p><p>7 – EXTINTORES DE ÁGUA</p><p>Em treinamentos de combate a incêndio, ensinam-se as características dos extintores</p><p>de água e de pó. A título de curiosidade, ao pegar o mangote e bater no corpo de um</p><p>extintor de água, este faz um som similar a um sino; o mesmo procedimento em um</p><p>extintor de pó ocasiona um som mais oco. Entretanto, a principal identificação se dá</p><p>através da etiqueta.</p><p>24 / 43</p><p>NBR 15808:2010</p><p>NBR 15809:2010</p><p>8 – EXTINTOR DE ESPUMA</p><p>Esse extintor possui características similares às dos extintores de água e de pó; porém,</p><p>o mangote é diferente. Dentro do agente extintor, existe uma concentração de água</p><p>e uma concentração de líquido gerador de espuma; para que a espuma seja criada,</p><p>é preciso que o material entre em contato com o ar, sendo, então, necessária uma</p><p>passagem de ar neste produto. Espumas são bolhas de ar; por isso, é fundamental</p><p>que o ar esteja presente.</p><p>NBR 15808:2010</p><p>25 / 43</p><p>O conjunto para lançar espuma não é apenas um extintor portátil, visto que não está</p><p>pronto para aplicação direta. É um mecanismo que visa à aplicação de espuma em</p><p>pontos que não sejam fixos.</p><p>Exemplo: existe um princípio de incêndio que está tomando uma proporção maior,</p><p>e o extintor de espuma disponível não pode ser mais utilizado. Nesse caso, deve-</p><p>se pegar o conjunto lançador de espuma, levá-lo próximo ao ponto (sempre com</p><p>uma distância segura) e conectar a mangueira desse conjunto em um hidrante. Em</p><p>seguida, é necessário utilizar o proporcionador, que faz a captação do líquido gerador</p><p>de espuma através de sucção, que acontece quando a rede é pressurizada. A linha que</p><p>foi conectada ao hidrante até este proporcionador por tubo venture, na passagem da</p><p>água, gera uma pressão negativa, fazendo a sucção desse líquido gerador de espuma</p><p>na proporção correta, obtendo, assim, uma mangueira de lançamento de espuma</p><p>com maior capacidade.</p><p>26 / 43</p><p>9 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR ESPUMA</p><p>Existem dois tipos de sistema de proteção por espuma: fixo e semifixo.</p><p>Dentro de algumas unidades, existem os chamados sistemas fixos, que, através de</p><p>linhas de bombas, pressurizam uma linha direta do líquido gerador de espuma até</p><p>um tanque de combustível.</p><p>Já o sistema semifixo é relacionado a tubulações que direcionam para o topo do</p><p>tanque, para os aplicadores de espuma ou para as câmeras de espuma, e que</p><p>necessitam de um sistema auxiliar.</p><p>Esses dois tipos são divididos em:</p><p>Sistema superficial (utilizado na Petrobras).</p><p>Sistema subsuperficial (não utilizado na Petrobras).</p><p>27 / 43</p><p>No diagrama acima, está ilustrado um sistema superficial de aplicação de espuma.</p><p>Analise que a alimentação ocorre pelo sistema fixo de LGE, no qual há um reservatório</p><p>(tubulação e em conjunto); com isso, tem-se a alimentação da água. Os dois juntos</p><p>passam por um proporcionador; assim, é direcionado para o aplicador de espuma ou</p><p>para a câmera de espuma, de acordo com o tanque. O importante é perceber que os</p><p>dois precisam trabalhar em conjunto.</p><p>Esse sistema é colocado no topo dos tanques de combustível disponíveis na Petrobras.</p><p>28 / 43</p><p>Na imagem acima, é possível analisar como é aplicado o sistema superficial. Ele é</p><p>derramado do topo do tanque, inundando toda a superfície que está pegando fogo,</p><p>fazendo o abafamento do incêndio.</p><p>Há dois sistemas superficiais de combate a incêndio de espuma:</p><p>• CÂMARA DE ESPUMA.</p><p>• APLICAÇÃO DE ESPUMA.</p><p>SISTEMA DE CÂMARA DE ESPUMA</p><p>29 / 43</p><p>Esse sistema é colocado no topo do tanque, e a quantidade de câmara de espuma</p><p>será de acordo com a norma e com o produto armazenado neste tanque. A mistura de</p><p>água e espuma já vem direta. Existe um aerador que faz a entrada do ar para ser feita</p><p>a solução da espuma, que é jogada diretamente na superfície do tanque.</p><p>30 / 43</p><p>Todas essas câmaras de espuma devem dispor de um selo de vidro, pois estamos</p><p>falando de um líquido inflamável que, com a temperatura ambiente, pode vaporizar;</p><p>assim, se não tiver esse selo, automaticamente todo o vapor que sair do tanque</p><p>inundará o sistema de proteção.</p><p>Deu-se o nome selo de vidro devido à sua facilidade de rompimento com a pressão</p><p>da água.</p><p>9.1 Proteção primária</p><p>É possível fazer a aplicação da espuma através de um sistema de jato direto por meio</p><p>de:</p><p>• Linhas de mangueiras.</p><p>• Canhões-monitores.</p><p>O sistema de espuma é o mais eficiente para combate de incêndio em um tanque</p><p>inflamável por fazer o abafamento de forma muito mais assertiva que os demais</p><p>31 / 43</p><p>equipamentos.</p><p>Então, no caso de situação em que se perca a câmara de espuma ou o aplicador, é</p><p>preciso dispor de um sistema secundário de lançamento. Na imagem abaixo, pode-</p><p>se perceber que é uma proteção suplementar, um galão com o líquido gerador de</p><p>espuma, uma admissão de água com o proporcionador, uma mangueira e um KR, que</p><p>é o esguicho para o lançamento da espuma.</p><p>Na imagem a seguir, é possível analisar como funciona o esquema da aplicação da</p><p>espuma: são dois galões que alimentam o sistema com o líquido gerador de espuma,</p><p>a admissão de água e o proporcionador, e que analisam o líquido sendo direcionado</p><p>para a bacia de contensão para fazer a extinção.</p><p>32 / 43</p><p>10 – SISTEMA DE ASPERSÃO POR ÁGUA</p><p>Aplicado para proteção contra incêndios relacionados a:</p><p>• Combustíveis líquidos e gasosos.</p><p>• Equipamentos elétricos (transformadores, motores, bandejas de cabos, etc.).</p><p>33 / 43</p><p>• Combustíveis ordinários (papéis, madeiras, plásticos, etc.).</p><p>• Proteções de estruturas e equipamentos contra radiação.</p><p>É importante observar que se trata de aspersão por água, não de um jato direto</p><p>de água. Esse sistema funciona de forma diferente: ele divide as partículas em</p><p>micropartículas e faz a extinção do fogo não somente por resfriamento, mas também</p><p>por abafamento. São sistemas já montados, que não dependem diretamente da</p><p>intervenção humana; são sistemas fixos, predeterminados e testados para que o</p><p>combate seja eficiente e não tenha interferência do ser humano. Então, mesmo que</p><p>tenha risco acidental de energização, o trabalhador não estará em contato direto com</p><p>a área energizada.</p><p>11 – SISTEMA DE DILÚVIO</p><p>Cilindros de GLP</p><p>A figura acima é um sistema de aspersão para proteção de dois cilindros horizontais</p><p>de gases, GLP. Lembrando que um incêndio causado por gás não deve ser apagado,</p><p>pois, se o fogo for apagado, o vazamento continuará, criando, assim, uma atmosfera</p><p>explosiva.</p><p>Assim sendo, o sistema de aspersão de água é muito importante, pois mantém</p><p>a estrutura resfriada para que não haja um colapso e, consequentemente, uma</p><p>explosão, atuando, então, na interrupção do vazamento a fim de evitar um colapso</p><p>do recipiente.</p><p>34 / 43</p><p>Cilindros de GLP</p><p>A imagem acima é um sistema de dilúvio, que não extingue o incêndio, apenas resfria</p><p>os tanques. Se um desses tanques pegar fogo, é preciso resfriar os demais para não</p><p>gerar outros focos e ocasionar o colapso de todo o sistema.</p><p>Esferas</p><p>Essa imagem refere-se ao sistema de dilúvio nas esferas. Nesse sistema, deve-se</p><p>atentar para as pernas que a sustentam. Geralmente, as esferas são confeccionadas</p><p>em concreto com estruturas de ferro; se estiver em alta temperatura ocasionada por</p><p>um incêndio, o concreto pode rachar, e a esfera, se soltar.</p><p>Então, realiza-se um sistema de dilúvio nas bases de sustentação para que elas não</p><p>sofram nenhum dano e para que a esfera não role na área operacional.</p><p>35 / 43</p><p>Torres e outros equipamentos</p><p>Também existe o sistema de dilúvio no conjunto de linhas, representado nas imagens</p><p>acima. Onde há grande quantidade de manifolds, tem um sistema de dilúvio.</p><p>Transformadores</p><p>A imagem acima representa um sistema de dilúvio em transformador; nesse sistema,</p><p>como já dito, não tem intervenção humana e não há o acionamento constante de</p><p>um trabalhador. Uma vez que é feito o acionamento, o trabalhador estará isento de</p><p>36 / 43</p><p>contato com o equipamento energizado até que o incêndio seja extinto.</p><p>Geralmente, em um incêndio de grande magnitude, um dos principais procedimento</p><p>é a desenergização do sistema, ou seja, fazer o desligamento para que apenas o</p><p>material que está pegando fogo continue pegando fogo, combatendo, assim, o</p><p>incêndio e fazendo a secção da energia no sistema.</p><p>Em geral, são efetivos para um ou mais dos seguintes objetivos:</p><p>• Extinção do incêndio.</p><p>• Controle do incêndio.</p><p>• Proteção contra exposição (calor de radiação).</p><p>• Prevenção do incêndio.</p><p>Na extinção do incêndio, atua por:</p><p>• Resfriamento.</p><p>• Abafamento (formação de vapor d’água).</p><p>• Diluição.</p><p>• Combinação dos métodos acima.</p><p>Controle do incêndio: utilizado somente para manter o incêndio controlado.</p><p>37 / 43</p><p>Empregado onde os materiais combustíveis ou equipamentos não são suscetíveis à</p><p>extinção por aspersão de água ou em locais cuja extinção do incêndio não é desejada.</p><p>Proteção contra a exposição (calor de radiação)</p><p>Água aplicada diretamente sobre estruturas metálicas ou equipamentos expostos à</p><p>radiação do incêndio.</p><p>Aplicação na Petrobras</p><p>• Instalações terrestres (refinarias, terminais, etc.).</p><p>• Vasos e cilindros de GLP.</p><p>• Resfriamento de tanques de armazenamento.</p><p>• Estações de compressão.</p><p>• Refinarias (recomendações das seguradoras):</p><p>- Bombas que operam c/ HC com t > 250ºC.</p><p>- Bombas que operam c/ HC com t > temperatura de ignição.</p><p>- Bombas que operam c/ HC em locais abaixo de aircooler.</p><p>- Vasos que contêm HC nas fases líquidas ou gasosas com t > 250ºC.</p><p>Geralmente quando falamos sobre gases, referimo-nos a consequências catastróficas</p><p>que podem gerar uma reação em cadeia. Então, é importante realizar um controle</p><p>muito eficiente do seu incêndio.</p><p>Prevenção de incêndio</p><p>Água empregada para dissolver, diluir, dispersa, ou resfriar vapores, gases ou</p><p>materiais perigosos.</p><p>Exemplo: controle de vazamento de amônia.</p><p>Vantagens do sistema de dilúvio:</p><p>• Pronta resposta à emergência.</p><p>• Requer pressões mais baixas do que às requeridas para uso de hidrantes e canhões-</p><p>monitores.</p><p>38 / 43</p><p>Desvantagens</p><p>do sistema de dilúvio:</p><p>• Pode ser necessária desmontagem para a manutenção dos equipamentos.</p><p>• Cuidado com entupimento de bicos aspersores.</p><p>• Abertura indevida por impacto mecânico (bulbo-quartzo).</p><p>• Abertura indevida por falha espúria do detector (chama).</p><p>12 – SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME</p><p>É um sistema que faz parte do procedimento de proteção contra incêndio e é muito</p><p>importante, pois é o alerta inicial sobre um incêndio, que auxilia a pronta resposta e</p><p>a melhor eficiência em um combate contra o fogo.</p><p>Esse sistema pode agir por meio de sensibilidade:</p><p>Detecta fumaça, temperatura e/ou chamas, de acordo com a necessidade existente</p><p>dentro do sistema.</p><p>Dentro dos sistemas Petrobras, existem os sistemas de detecção por sensibilidade.</p><p>Como exemplo, na universidade Petrobras, é perceptível em cada sala um detector</p><p>de fumaça, temperatura ou chamas, que é um sistema combinado, que, ao detectar a</p><p>presença de um dos sinais, aciona o alarme e, dependendo do caso, liga o sistema de</p><p>sprinkler, que jogará jatos de água a fim de extinguir esse alerta.</p><p>Os tipos de detector são divididos da seguinte maneira:</p><p>39 / 43</p><p>Grupo FOGO e FUMAÇA</p><p>• Detectores de fumaça.</p><p>• Detectores de calor/temperatura.</p><p>• Detectores de chama (HC e H2).</p><p>Grupo GASES</p><p>• GASES E/OU VAPORES TÓXICOS (H2S, NH3, CL2).</p><p>• GASES E/OU VAPORES INFLAMÁVEIS (HC, H2).</p><p>12.1 – Detector de chamas</p><p>Detector de chama instalado na área de processo.</p><p>13 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR GASES</p><p>Como visto no início deste material, o CO2, sendo um agente extintor, pode ser</p><p>utilizado em uma subestação de energia. Esse agente trabalha em conjunto com o</p><p>sistema de detecção de alarme; quando esse sistema, seja de temperatura, fumaça</p><p>ou chamas, é ativado, aciona automaticamente o sistema de proteção por gases</p><p>visando – no caso do CO2 – tirar todo o oxigênio do ambiente, fazendo a extinção do</p><p>fogo por abafamento.</p><p>40 / 43</p><p>Existem outros gases que podem atuar da mesma forma, como, por exemplo, o FM200.</p><p>Alguns gases não retiram totalmente o oxigênio do ambiente, apenas abaixam a</p><p>porcentagem para extinguir o incêndio, mas deixam certa concentração no local.</p><p>No caso, esse tipo de gás é mais seguro para o trabalhador, pois ele não fica sem o</p><p>suprimento total de oxigênio.</p><p>Esses sistemas também são usados onde não existe presença humana. Como</p><p>possuem acionamento automático, são os mais indicados para esses ambientes.</p><p>Acima, a imagem que representa um sistema automático de baixa pressão, que faz a</p><p>aplicação local.</p><p>Tanque refrigerado: -18ºC.</p><p>Pressão: 2068 kPa (20 Kgf/cm²).</p><p>Aplicação local</p><p>Abaixo, a representação de uma aplicação local em um painel de comando.</p><p>41 / 43</p><p>Aplicação local em uma bomba</p><p>O sistema de proteção por gases é muito eficiente e usa sistema de baixa e de alta</p><p>pressão, que faz a inundação total. Ressalta-se que esse procedimento (inundação</p><p>total) precisa prever um sistema de alarme a fim de que os trabalhadores tenham</p><p>sinalização sonora e visual para realizarem o abandono do local.</p><p>Depois da aplicação desse sistema e da inundação total, somente é recomentada a</p><p>entrada no local após o trabalhador se equipar com cilindro de ar respirável.</p><p>42 / 43</p><p>Então, quando ocorrer a descarga de CO2, só se deve entrar no local após um intervalo</p><p>de 30 a 60 segundos e com equipamento autônomo de respiração.</p><p>14 – CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Todo o conteúdo estudado neste material é inerente ao nosso local de trabalho.</p><p>Dentro das normas e dos preceitos, as unidades, estruturas e edificações necessitam</p><p>ter um sistema de proteção contra incêndio. Esse sistema servirá para dar apoio a</p><p>um princípio ou até mesmo subsidiar um combate a incêndio. Logo, você precisa</p><p>saber a função de cada equipamento, compreender as formas de uso e zelar por eles.</p><p>Caso não seja um brigadista, nem tenha sido treinado para manejar esses materiais,</p><p>mantenha os equipamentos desobstruídos e aja sempre com segurança.</p><p>Esperamos que nunca haja necessidade de utilização desses equipamentos e que</p><p>eles sejam sempre ferramentas disponíveis para prevenção, pois a cautela em nosso</p><p>ambiente de trabalho previne focos de incêndio e consequentemente faz com que</p><p>a atuação para o combate não seja necessária. Entretanto, caso seja necessário, as</p><p>nossas estruturas estão cobertas por esses equipamentos, prontos para uso.</p><p>Esperamos então que você tenha assimilado este conteúdo para que a unidade em</p><p>que você trabalha esteja protegida</p><p>43 / 43</p>

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