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<p>1</p><p>FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE</p><p>SISTEMAS DE PROTEÇÃO SELETIVA, COORDENADA E</p><p>COMBINADA: UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA.</p><p>TRABALHO APRESENTADO AO COLEGIADO DO</p><p>CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA</p><p>Vitória da Conquista 16/11/20</p><p>2</p><p>SISTEMAS DE PROTEÇÃO SELETIVA, COORDENADA E</p><p>COMBINADA: UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA.</p><p>Vinicius de Souza Brito;</p><p>Tevaldo Ribeiro de Sousa Junior</p><p>(professor (a)); Selma Alves de oliveira.</p><p>Pesquisa Bibliográfica apresentada ao Curso de</p><p>Engenharia Elétrica da Faculdade Independente do</p><p>Nordeste- FAINOR, como requisito parcial de</p><p>avaliação da Disciplina Proteção de Sistemas Elétricos,</p><p>sob a orientação da Prof.ª Selma Alves de oliveira.</p><p>Vitória da Conquista</p><p>Novembro/2023</p><p>3</p><p>SISTEMAS DE PROTEÇÃO SELETIVA, COORDENADA E</p><p>COMBINADA: UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A proteção elétrica desempenha um papel crucial na preservação da integridade e</p><p>operacionalidade de sistemas elétricos, garantindo confiabilidade e segurança. Nesse</p><p>contexto, a abordagem seletiva, coordenada e combinada emerge como uma temática</p><p>fundamental. Este estudo bibliográfico visa explorar, de forma filosófica, os princípios</p><p>subjacentes aos sistemas de proteção seletiva, coordenada e combinada, destacando sua</p><p>relevância na salvaguarda de equipamentos e sistemas elétricos.</p><p>OBJETIVO DA PESQUISA</p><p>O objetivo desta pesquisa é aprofundar o conhecimento sobre os sistemas de</p><p>proteção seletiva, coordenada e combinada, considerando sua relevância e aplicação na</p><p>engenharia elétrica e eletrônica. Além disso, a pesquisa explorará a filosofia subjacente a</p><p>esses sistemas de proteção.</p><p>4</p><p>INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE PROTEÇÃO SELETIVA</p><p>COORDENADA E COMBINADA.</p><p>Falhas elétricas são inevitáveis nas instalações prediais, industriais e residenciais.</p><p>Elas podem ter várias origens e podem também causar consequências de diversos níveis.</p><p>Nos últimos anos, a sociedade brasileira aumentou seu grau de conscientização quanto ao</p><p>respeito às normas de instalações e de equipamentos, normas de segurança do ministério</p><p>do trabalho e melhores práticas de projeto e engenharia, de uma maneira geral. A despeito</p><p>disso, ainda assim, existe a possibilidade de uma falha elétrica (ou a atuação dos sistemas</p><p>de proteção) ocorrer inadvertidamente, criando constrangimentos ao lazer ou à operação de</p><p>indústrias ou atividades de serviços.</p><p>Uma falha elétrica, que interrompa o fornecimento de energia, pode causar desde um</p><p>simples descontentamento, como o impedimento de uma dona de casa assistir ao seu</p><p>programa de TV favorito, até elevadas perdas financeiras, como a indisponibilidade dos</p><p>sistemas de informação de um banco.</p><p>Desta forma, a concepção ou a instalação de sistemas de proteção que minimizem a</p><p>amplitude e o tempo de parada, causados por uma falha, é mandatória nas práticas</p><p>modernas de engenharia. Os estudos de coordenação e seletividade claramente ajudam a</p><p>aumentar a disponibilidade da energia nas instalações residenciais, prediais, industriais,</p><p>entre outras.</p><p>O CURTO-CIRCUITO, PREJÚIZOS PATRIMONIAIS E OPERACIONAIS</p><p>Do ponto de vista do fenômeno, um curto-circuito ocorre quando surge uma</p><p>resistência muito baixa ou nula entre fases, fase-neutro e fase-terra de uma fonte de</p><p>alimentação, de um dado circuito da instalação. Funciona como se ligássemos diretamente</p><p>os condutores de fase entre si ou a ligação de uma das fases ao condutor terra da instalação.</p><p>Quando isso ocorre e não há dispositivos de proteção, a corrente do circuito se eleva da</p><p>ordem de centenas ou milhares de vezes da corrente normal de operação, causando a</p><p>destruição de cabos, barramentos, isoladores e materiais isolantes que estão ligados ao</p><p>circuito. Esta destruição ocorre porque os condutores e sistemas foram dimensionados para</p><p>trabalhar com correntes de regime nominais, e não correntes de falta elevadas.</p><p>5</p><p>Fusíveis e disjuntores (os chamados dispositivos de proteção) são utilizados para</p><p>evitar essas consequências imediatas do curto-circuito. Eles são instalados a montante</p><p>(antes) das cargas e abrem ou interrompem o fluxo de corrente elétrica de falta, antes que</p><p>ocorra a destruição ou o dano permanente dos equipamentos a jusante (depois do disjuntor</p><p>ou fusível).</p><p>Estes danos, que causam prejuízos à instalação são, em geral, danos patrimoniais.</p><p>Causam prejuízos ligados ao custo de repor os materiais ou sistemas danificados. Há outro</p><p>prejuízo que também precisa ser contabilizado, quando ocorre uma falha elétrica: o custo</p><p>do tempo em que o sistema está interrompido, impedindo o pleno desempenho das</p><p>atividades de lazer ou atividades econômicas das pessoas ou empresas. Vamos,</p><p>simplificadamente, chamá-los de prejuízos ou danos operacionais. Eles estão relacionados</p><p>ao montante de dinheiro que as pessoas ou empresas deixam de ganhar devido à</p><p>interrupção. Estes danos serão tanto maiores, quanto maiores forem os tempos em que a</p><p>instalação permanecer sem energia.</p><p>DIMINUINDO OS PREJUÍZOS OPERACIONAIS COM O USO DA</p><p>COORDERNAÇÃO DAS PROTEÇÕES E SELETIVIDADE.</p><p>Os dispositivos de proteção são amplamente empregados e obrigatórios nos projetos</p><p>e nas instalações. Isso significa que eles já são utilizados para a função de proteção</p><p>patrimonial, impedindo a destruição física dos componentes do circuito. O que ainda não é</p><p>muito difundido é a correta aplicação destes dispositivos para diminuir os prejuízos</p><p>operacionais. Além de interromper as correntes de falha, o ideal seria que os dispositivos</p><p>fossem utilizados de maneira consciente para garantir a máxima disponibilidade de energia</p><p>da instalação, evitando assim os prejuízos operacionais.</p><p>A disponibilidade do sistema elétrico e, por consequência, a redução dos prejuízos</p><p>operacionais, pode ser obtida pelo uso das técnicas da coordenação e seletividade das</p><p>proteções. Em termos de dispositivos de proteção, há duas tecnologias mais amplamente</p><p>utilizadas nos estudos de proteção: os disjuntores e os fusíveis. O fusível é a tecnologia</p><p>mais simples, entretanto, considerando a flexibilidade, segurança e confiabilidade dos</p><p>ajustes conseguidos pelos disjuntores esta é a tecnologia mais empregada atualmente.</p><p>6</p><p>Os disjuntores permitem maior continuidade de operação, dado que não é necessário</p><p>trocar ou manter peças sobressalentes em estoque. Fusíveis precisam ser trocados.</p><p>Disjuntores podem ser rearmados, após a identificação do fator causador da interrupção.</p><p>Com o disjuntor não há custos com inventários e estoques. Disjuntores são mais robustos e</p><p>seguros produzidos com a mais avançada tecnologia construtiva, garantindo a integridade</p><p>das pessoas e das instalações quando da ocorrência de uma falha elétrica, que possa</p><p>eventualmente evoluir e criar um arco elétrico. Os disjuntores são concebidos, atualmente,</p><p>para eliminar rapidamente o curto-circuito, evitando a propagação do arco elétrico.</p><p>Dizemos que um disjuntor é coordenado seletivamente quando, em uma associação,</p><p>aquele que estiver antes da falta (a montante) e somente ele interrompe a falha, mantendo</p><p>os demais em funcionamento, com a máxima continuidade de serviço ou operação do</p><p>sistema. A Figura 1 mostra um circuito provido de coordenação entre os dispositivos de</p><p>proteção. Nele o ventilador número 2 sofre uma falha, um curto-circuito, por exemplo. O</p><p>disjuntor 3 abre, isolando o trecho em falta. O disjuntor 1 permanece fechado, garantindo</p><p>que o restante do sistema continue em funcionamento.</p><p>Figura 01 – Circuito seletivo.</p><p>NOTA: o disjuntor 3 é seletivo em relação ao disjuntor 1, pois na ocorrência da falha</p><p>elétrica no ventilador 2, o disjuntor 3, mais próximo da falha, atua e somente ele. Se o</p><p>disjuntor 1 tivesse atuado, a continuidade de operação seria comprometida, desligando</p><p>todo o circuito, com prejuízo para o ventilador 1.</p><p>Na Figura 2, vemos um exemplo de não seletividade dos dispositivos de proteção. O</p><p>disjuntor principal abre e desliga todo o sistema, prejudicando a o peração do ventilador 1.</p><p>7</p><p>Nesta situação, devido a não coordenação de proteção entre os disjuntores (3) e (1), a</p><p>alimentação para ventilador 1 é interrompida. Esta interrupção poderá, então, acarretar</p><p>perdas operacionais para a instalação.</p><p>Se imaginássemos que, em vez do ventilador 1, tivéssemos um processo fabril e o</p><p>ventilador fosse, em verdade, um motor da linha de montagem de uma indústria de</p><p>automóveis, o dano causado por um sistema de proteção não coordenado poderia ser a</p><p>perda de produção de vários carros.</p><p>Figura 02 – Circuito não seletivo.</p><p>NOTA: o disjuntor 3 NÃO é seletivo em relação ao disjuntor 1, pois na ocorrência</p><p>da falha do ventilador 2, o disjuntor 1 também atuou, desligando todo o circuito. Os</p><p>prejuízos de operação, nesta situação, são maiores do que quando o circuito é seletivo, pois</p><p>todo o sistema fica indisponível.</p><p>As figuras anteriores mostram o quanto é importante a adoção das práticas de</p><p>coordenação e seletividade dos sistemas de proteção. Elas permitem a redução dos danos</p><p>financeiros causados por uma falha elétrica e pela não coordenação de proteção dos</p><p>dispositivos.</p><p>8</p><p>COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE DAS PROTEÇÕES: UMA REVISÃO</p><p>DAS TÉCNICAS.</p><p>Numa instalação elétrica, em configuração radial, o objetivo da seletividade é isolar</p><p>a carga que apresenta falha do restante da rede de distribuição, garantindo a continuidade</p><p>de serviço e operação, conforme vimos nos exemplos anteriores.</p><p>Existem vários tipos de falhas elétricas em uma instalação. As principais são: I) as</p><p>sobrecargas de corrente, II) os curto-circuitos, III) as correntes de energização, IV) as</p><p>falhas a terra e V) as correntes transitórias, causadas por afundamentos momentâneos de</p><p>tensão. Para cada uma destas falhas, existe um dispositivo de proteção que pode ser</p><p>utilizado para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio. Se estes dispositivos não</p><p>estiverem coordenados, a continuidade de operação poderá ser comprometida.</p><p>Vamos nos concentrar apenas nos dois primeiros tipos de falha: as sobrecargas,</p><p>quando a corrente de falha varia acima de 1 e até 10 vezes a corrente de serviço; e as</p><p>correntes de curto-circuito, quando as correntes de falha são acima de 10 vezes da corrente</p><p>de serviço.</p><p>Se quando há a falha, apenas um dispositivo de proteção atua, sendo este o mais</p><p>próximo da falha, dizemos que há coordenação entre os dispositivos de proteção e que</p><p>houve seletividade entre eles. Se, por outro lado, quem atuar for o dispositivo de</p><p>retaguarda, aquele à montante do dispositivo mais próximo, dizemos que os dispositivos</p><p>não são seletivos (embora eles possam estar de alguma maneira, coordenados).</p><p>Figura 03 – Curvas inversas, zonas de sobrecarga e curto-circuito.</p><p>9</p><p>A Figura 3 permite uma análise simplificada de como a coordenação de disjuntores</p><p>funciona. Mais ainda: permite mostrar como a seletividade é possível e como é a sua</p><p>dinâmica de funcionamento. Geralmente as curvas de abertura dos dispositivos de proteção</p><p>são do tipo tempo-inverso, ou seja, o disjuntor permite a passagem de correntes de</p><p>sobrecarga (aproximadamente até 10 vezes a corrente de serviço) por períodos de tempo</p><p>mais longo. Entretanto, para correntes mais elevadas que isso, o tempo de atuação do</p><p>dispositivo de proteção é muito mais rápido, isolando as falhas de forma a preservar o</p><p>limite de suportabilidade das cargas, especialmente os dos cabos.</p><p>Ainda com base no exemplo da Figura 3, para que a seletividade seja assegurada o</p><p>tempo de abertura do disjuntor 2, deve ser menor que o tempo de abertura do disjuntor 1.</p><p>Esta é a chamada seletividade cronométrica.</p><p>Nas regiões de curto-circuito, a seletividade pode ser garantida ao se fazer</p><p>comparações entre as curvas dos dispositivos de proteção, à montante e à jusante dos</p><p>circuitos. Os dispositivos devem ser coordenados ou escolhidos de tal maneira que nunca</p><p>as suas curvas se cruzem quando sobrepostos num coordenograma (gráfico tempo-</p><p>corrente), tal como vemos na Figura 4. Caso isso ocorra, dizemos que não existe</p><p>seletividade total entre as proteções e que a seletividade é parcial.</p><p>Figura 04 – Curvas inversas, zonas de sobrecarga e curto-circuito – Seletividade</p><p>parcial.</p><p>10</p><p>Neste aspecto, os disjuntores se sobressaem diante dos fusíveis. Os fusíveis têm</p><p>curvas tempo-corrente fixas, enquanto os disjuntores permitem maior flexibilidade.</p><p>Disjuntores de caixa moldada e caixa aberta permitem ajustar o tempo e a corrente de</p><p>atuação da proteção, com o ajuste da corrente especificada no estudo de proteção. É</p><p>também possível a utilização de tempos de retardo entre um disjuntor e outro. Isso garante</p><p>maior facilidade para se obter a coordenação e a seletividade das proteções.</p><p>Atualmente existem várias técnicas de seletividade. Pode-se utilizá-las para aumentar</p><p>a disponibilidade de energia na instalação. São elas: I) seletividade por corrente ou</p><p>amperométrica; II) seletividade por tempo ou cronométrica; III) seletividade lógica; IV)</p><p>seletividade energética.</p><p>Não vamos neste espaço discutir todas estas técnicas. Vamos nos concentrar no tema</p><p>da seletividade energética. Para uma discussão mais aprofundada sobre as demais, o leitor</p><p>pode consultar Nereau (2001) e Serpinet e Morel (1998).</p><p>A seletividade energética é bem difundida pelos fabricantes de disjuntores e pelos</p><p>projetistas, mas pouco se fala sobre suas vantagens: i) permite a seletividade total ou</p><p>parcial nos estudos de proteção; ii) reduz os custos de compra de cabos, barras e demais</p><p>dispositivos que compõem os circuitos de saídas dos disjuntores. Vejamos como isso</p><p>acontece.</p><p>SELETIVIDADE ENERGÉTICA AJUDANDO A REDUZIR CUSTOS</p><p>A seletividade energética é baseada no domínio da técnica. Os fabricantes de</p><p>disjuntores têm desenvolvido e fabricado disjuntores de atuação rápida, com alto poder de</p><p>limitar correntes de falha, os chamados disjuntores limitadores de corrente. Diferentemente</p><p>da seletividade cronométrica e amperométrica, que são mais baseadas em curvas de tempo-</p><p>corrente, a seletividade energética se utiliza das curvas de energia-corrente, tendo como</p><p>variável de escolha o tempo de atuação da proteção, conforme se vê na Figura 5.</p><p>11</p><p>Figura 05 – Curva de energia-corrente dos disjuntores.</p><p>Serpinet e Morel (1998) explicam que os disjuntores limitadores se baseiam no conceito de</p><p>energia passante. Significa dizer que utilizam da integral Joule de energia para se encontrar</p><p>as curvas de seletividade. A expressão a seguir é utilizada para efeitos de cálculo:</p><p>𝐸𝑁𝐸𝑅𝐺𝐼𝐴 𝑃𝐴𝑆𝑆𝐴𝑁𝑇𝐸 = ∫ 𝐼2𝑑𝑡</p><p>Os autores revelam que o segredo da seletividade energética é o domínio da técnica</p><p>de fabricação – disjuntores com contatos repulsivos que abrem mais rapidamente – e o</p><p>entendimento de que correntes de curto-circuitos têm assimetrias, que duram menos de 1</p><p>ciclo de onda. Logo, os disjuntores são projetados para atuarem na metade do ciclo de onda</p><p>previsto e deixam passar menos energia para as cargas.</p><p>A Figura 6 mostra uma curva ilustrativa do comportamento de disjuntor limitador e</p><p>de um disjuntor não limitador. A parte escura mostra a energia que o disjuntor limitador</p><p>deixa passar para as cargas, baseado na integral Joule, na atuação mais rápida do</p><p>dispositivo de proteção e do seu menor tempo de atuação (que é o inverso do ciclo de onda</p><p>que mencionamos anteriormente). A curva maior, mais clara, da Figura 6, baseia-se na</p><p>mesma técnica, mas não levando em consideração a assimetria e o menor tempo de atuação</p><p>da proteção. Mais detalhes podem ser encontrados nos textos de Nereau (2001) e Serpinet</p><p>e Morel (1998).</p><p>12</p><p>Figura 06 – Curva esquemática. Disjuntor não limitador versus disjuntor limitador de</p><p>corrente.</p><p>NOTA: não confundir</p><p>a curva esquematizada aqui com ciclo senoidal de onda</p><p>inteira e meia onda, mencionada no texto.</p><p>Os benefícios desta técnica, além da seletividade total ou parcial que ela proporciona,</p><p>são a redução das secções dos condutores, com a eventual vantagem de se utilizar painéis e</p><p>outros componentes de menor correntes nos circuitos jusantes.</p><p>Para concluir: a correta seleção dos dispositivos de proteção (coordenação e</p><p>seletividade), com especial destaque para o uso de disjuntores (não ter a necessidade de</p><p>peças de reposição, como os fusíveis, flexíveis nos ajustes de proteção, etc.), garante</p><p>grandes benefícios aos usuários e donos de instalações. Além de garantir a segurança, os</p><p>dispositivos de proteção aumentam a disponibilidade de energia (continuidade de serviço),</p><p>diminuem os danos operacionais e reduzem os investimentos iniciais, quando</p><p>acompanhados de um correto estudo de proteção.</p><p>Atualmente os fabricantes de disjuntores podem disponibilizar uma série completa de</p><p>disjuntores limitadores, assim como uma farta documentação com informações que</p><p>permitam os usuários e projetistas elaborem seus estudos de coordenação e seletividade,</p><p>com o objetivo de usufruir dos benefícios mencionados neste texto. Ademais, é possível se</p><p>utilizar de softwares de cálculo de instalações, como o Ecodial, que, com uma interface</p><p>bastante amigável e intuitiva, sugere os disjuntores para garantir a seletividade para o</p><p>projeto em elaboração. O software é disponibilizado sem custos aos interessados.</p><p>13</p><p>Diante de tudo isso, é amplamente recomendável, aos usuários finais e projetistas,</p><p>que levem em consideração os estudos de proteção nos projetos elétricos de baixa tensão e</p><p>que busquem informações junto aos fabricantes. Com isso terão um sistema elétrico</p><p>altamente disponível, seguro e custo-efetivo, tanto na implantação quanto na operação.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Nesta pesquisa bibliográfica, discutimos os sistemas de proteção seletiva, coordenada</p><p>e combinada e sua importância na proteção de sistemas elétricos. Vimos que a proteção</p><p>seletiva é essencial para garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica e a</p><p>segurança dos equipamentos elétricos. Além disso, a proteção coordenada e combinada</p><p>pode ser usada para aumentar a eficiência e confiabilidade do sistema de proteção.</p><p>Também discutimos os principais componentes desses sistemas, como relés,</p><p>transformadores de corrente e fusíveis. Vimos que a seleção adequada desses componentes</p><p>é fundamental para garantir a operação adequada do sistema de proteção.</p><p>Por fim, destacamos a importância de uma abordagem filosófica na seleção e</p><p>coordenação de sistemas de proteção. É essencial considerar não apenas as características</p><p>técnicas dos componentes, mas também as necessidades específicas do sistema elétrico e</p><p>as limitações financeiras e operacionais. Uma abordagem filosófica pode ajudar a garantir</p><p>que o sistema de proteção seja eficiente, confiável e econômico.</p><p>14</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>https://www.osetoreletrico.com.br/coordenacao-e-seletividade-uma-revisao-de-</p><p>conceitos-e-os-beneficios-das-tecnicas-disponiveis/</p><p>SERPINET, Marc; MOREL, Robert. Energy-based discrimination for low-voltage</p><p>protective devices. Caderno Técnico 167. Schneider Electric. 1998. Disponível em:</p><p><http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-</p><p>publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-</p><p>voltage-minus-1kv/ect167.pdf>. Acesso em: 06 out. 2011.</p><p>NEREAU, Jean-Pierre. Discrimination with LV power circuit-breakers. Caderno Técnico</p><p>201. Schneider Electric. 2001. Disponível em: <http://www2.schneider-</p><p>electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-</p><p>engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect201.pdf>. Acesso</p><p>em: 06 out. 2011.</p><p>INDENTIFICAÇÃO DE FONTES BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Definição de Seletividade</p><p>O objetivo de um sistema de proteção e de distribuição de energia elétrica é isolar o</p><p>mais rápido possível um trecho onde ocorrer uma anomalia. (BARROS, 2015, p. 93).</p><p>O autor ainda acrescenta que, para um sistema de proteção ser eficaz, é necessário possuir</p><p>algumas características básicas, que são: seletividade, coordenação,velocidade,</p><p>sensibilidade, confiabilidade e automação.</p><p>A seletividade é uma técnica empregada no estudo de proteção e coordenação, na</p><p>qual somente o elemento de proteção mais próximo de onde ocorreu a falha acione,</p><p>desacoplando o sistema elétrico defeituoso. (MAMEDE, 2009, p. 32).</p><p>A seletividade consiste em garantir que o elemento protetor mais próximo da falha</p><p>será o primeiro e o único a atuar, evitando que as demais cargas da rede sejam</p><p>prejudicadas, e a coordenação garante que os elementos de proteção sequenciais, como</p><p>religador e a chave repetidora, atuem antes dos dispositivos de atuação permanente, como</p><p>exemplo a chave fusível. (LEDESMA, 2012).</p><p>É de extrema importância que exista a seletividade entre os dispositivos de proteção.</p><p>Sendo assim, na ocorrência de uma anomalia, o equipamento de proteção mais próximo da</p><p>falha deverá atuar, evitando que os demais circuitos que compõem o sistema elétrico de</p><p>distribuição sejam desativados. (BARROS, 2015, p. 93).</p><p>O elo fusível protetor é o fusível mais próximo da carga, e o elo fusível protegido</p><p>mais próximo da fonte. A figura 20 apresenta um diagrama representando as posições dos</p><p>elos fusíveis protetor e protegido em uma rede de distribuição. (MAMEDE, 2009, p. 411).</p><p>https://www.osetoreletrico.com.br/coordenacao-e-seletividade-uma-revisao-de-conceitos-e-os-beneficios-das-tecnicas-disponiveis/</p><p>https://www.osetoreletrico.com.br/coordenacao-e-seletividade-uma-revisao-de-conceitos-e-os-beneficios-das-tecnicas-disponiveis/</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect167.pdf</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect167.pdf</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect167.pdf</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect201.pdf</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect201.pdf</p><p>http://www2.schneider-electric.com/documents/technical-publications/en/shared/electrical-engineering/dependability-availability-safety/low-voltage-minus-1kv/ect201.pdf</p><p>15</p><p>Definição de coordenação A Seletividade está no menor número de consumidores</p><p>atingidos por um defeito. Para haver seletividade é preciso ter coordenação no sistema.</p><p>Para isso, é necessário que os dispositivos de proteção sejam adequadamente instalados no</p><p>sistema, para que haja coordenação nos seus respectivos tempos de atuação e aumento da</p><p>seletividade no circuito. Sua atuação envolve a proteção de ramais de alimentadores,</p><p>cargas e transformadores de distribuição (HOROWITZ; PHADKE, 1995).</p><p>Uma vez satisfeitos os critérios de proteção individual dos equipamentos, procede-se</p><p>a coordenação de todos os dispositivos de proteção, começando pelos dispositivos</p><p>instalados nas cargas até aqueles instalados nas fontes (geradores e subestações). A partir</p><p>disso, são definidos os intervalos de coordenação para garantir a seletividade do sistema.</p><p>(MATTOS, 2010, p.44).</p><p>Coordenação na rede de distribuição consiste nos equipamentos de proteção atuarem</p><p>em seu tempo de atuação quando houver uma falha na rede. Cada equipamento de</p><p>proteção, como chave fusível e o religador, tem o seu tempo de atuação para a ocorrência</p><p>de um curto-circuito</p><p>e esses devem atuar de forma coordenada. Proteção coordenada Uma</p><p>proteção coordenada é aquela projetada para atuar parcialmente, isto é, abrindo e religando</p><p>o circuito na ocorrência de um defeito transitório e abrindo permanentemente o 65 circuito</p><p>na ocorrência de um defeito permanente (isolando o ramal defeituoso). Uma proteção</p><p>coordenada proporciona o restabelecimento automático do sistema para defeitos</p><p>transitórios e a seletividade para defeitos sustentados. (LEDESMA, 2012, p. 62).</p><p>O autor supracitado faz ainda uma observação pertinente, que toda proteção</p><p>coordenada apresenta seletividade, mas nem toda proteção seletiva é coordenada. Tendo</p><p>como exemplo a figura 22, considerando uma falta no ramal 1 (um), ocorre a operação em</p><p>curvas rápidas do religador na tentativa de eliminar a falta, caso essa seja transitória. Se for</p><p>falta permanente, o fusível do ramal deve isolar o ramal defeituoso, evitando o bloqueio do</p><p>dispositivo de retaguarda (religador). A vantagem, nesse caso, seria o fato dos</p><p>consumidores dos demais ramais apenas sofrem interrupções momentâneas por faltas</p><p>transitórias e, caso a falta seja permanente, o fusível deve agir, isolando o problema.</p><p>FONTE : https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/15325.</p>

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