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<p>9</p><p>UNIVERSIDADE PÚNGUÈ</p><p>EXTENSÃO DE TETE</p><p>Jacinta Azevedo da  Graça</p><p>Principais Ameaças a Biodiversidade</p><p>Licenciatura Em Biologia com Habilidade Química</p><p>5º Ano – Ensino à Distância</p><p>Tete, Agosto de 2024</p><p>Jacinta Azevedo da  Graça</p><p>Trabalho cientifico a ser apresentado na universidade Púnguè, Cadeira de Biologia de conservação, curso de Licenciatura em Biologia com Habilidade Química, como requisito parcial avaliativos recomendado pela Docente:</p><p>Catarina Fridone.</p><p>Principais Ameaças a Biodiversidade</p><p>Tete, Agosto de 2024</p><p>Índice</p><p>1.	Introdução	1</p><p>1.1.	Objectivos	2</p><p>1.2.	Objectivo Geral	2</p><p>1.2.1.	Objectivos Específicos	2</p><p>1.3.	Metodologia	2</p><p>2.	CONCEPTUALIZAÇÃO	3</p><p>2.1.	Principais Ameaças a biodiversidade	3</p><p>2.1.1.	Crescimento da população humana	4</p><p>2.1.2.	Sobre-exploração de espécies para uso humano	5</p><p>2.1.3.	Introdução de espécies exóticas e dispersão de doenças	5</p><p>2.1.4.	Destruição e fragmentação do habitat	6</p><p>2.1.5.	Degradação do habitat (incluindo a poluição)	7</p><p>3.	Conclusão	8</p><p>4.	Referência bibliográfica	9</p><p>1. Introdução</p><p>O presente trabalho tem como abordagem Principais Ameaças a Biodiversidade. Um meio ambiente bem conservado tem grande valor econômico, estético e social. Mantê-lo significa preservar todos os seus componentes em boas condições: ecossistemas, comunidades e espécies. O aspecto mais sério do perigo ambiental é a extinção das espécies. As comunidades podem ser degradadas e confinadas a um espaço limitado, mas na medida em que as espécies originais sobrevivam, ainda será possível reconstituir as comunidades. Da mesma forma, a variação genética das espécies será reduzida se o tamanho da população for diminuído, mas estas podem ainda recuperar o potencial de sua variação genética através de mutação, seleção natural e recombinação. Entretanto, uma vez que a espécie é extinta, a informação genética única contida em seu DNA e a combinação especial de caracteres que ela possui, estarão perdidas para sempre. Uma vez que uma espécie tenha sido extinta, sua população não pode ser recuperada, a comunidade que ela habitava torna-se empobrecida e seu valor potencial para os seres humanos jamais poderá se realizar.</p><p>1.1. Objectivos</p><p>1.2. Objectivo Geral</p><p>1.2.1. Analisar as principais ameaças à biodiversidade, destacando os impactos do crescimento populacional</p><p>1.2.2. Objectivos Específicos</p><p>· Identificar e as principais causas do crescimento populacional e suas consequências a biodiversidade.</p><p>1.3. Metodologia</p><p>O autor partiu da concepção de NÉRCI (1991) ao afirmar que método é o caminho pelo qual se pretende alcançar um certo objectivo proposto. Nesta ordem de ideia, para a elaboração deste presente trabalho foi necessário o uso do bibliográfico que consistiu na revisão bibliográfica.</p><p>1. CONCEPTUALIZAÇÃO</p><p>2.1. Principais Ameaças a biodiversidade</p><p>Conforme Primack e Rodrigues (2001), a diversidade é considerada em três tipos: diversidade de espécies, diversidade genética e diversidade de ecossistemas e comunidade. A diversidade de espécies inclui toda a variedade de organismos na Terra, entre bactérias e animais. A diversidade genética implica que os indivíduos pertencentes a uma população são geneticamente diferentes entre si por possuírem genes levemente diferentes. Essa variação ocorre tanto entre as populações geograficamente separadas quanto entre indivíduos de uma mesma espécie. Em uma diversidade de ecossistemas/comunidade, cada espécie em uma comunidade biológica usa um único conjunto de recursos que constitui um nicho, por exemplo, o nicho de uma planta pode constituir: o tipo de solo, umidade, polinização, tolerâncias à umidade e temperatura e necessidade de luz, nutrientes e água.</p><p>A biodiversidade, ou diversidade biológica, é descrita como a riqueza e a variedade de todas as formas de vida, incluindo os genes contidos em cada indivíduo e a composição dos diversos ecossistemas, onde a existência ou eliminação de uma espécie afecta directamente muitas outras (WWF, 2020).</p><p>Por constituir fonte de provisionamento de alimentos, água, medicamentos e outros serviços, a biodiversidade é a garantia da manutenção e desenvolvimento humano em todos os aspectos. Porém, a utilização não sustentável dos recursos provenientes da biodiversidade, contribui para o surgimento de diversos problemas ambientais, económicos e sociais, comprometendo a manutenção da vida na Terra e até a sobrevivência do homem.</p><p>De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), toda ameaça leva danos à propriedade afectada, perturbação económica e social ou degradação ambiental, o que não difere quando se fala da biodiversidade. A ameaça à biodiversidade consiste em toda actividade provocada por um evento natural ou antrópico, que tem o potencial de degradar a diversidade biológica local ou global.</p><p>Segundo Primack & Rodrigues (2001), as principais ameaças à biodiversidade são:</p><p>· Crescimento da população humana;</p><p>· Sobre-exploração de espécies para uso humano;</p><p>· Introdução de espécies exóticas;</p><p>· Dispersão de doenças.</p><p>· Destruição e fragmentação do habitat;</p><p>· Degradação do habitat (incluindo poluição);</p><p>2.1.1. Crescimento da população humana</p><p>O exponencial crescimento populacional humano tem levado a aceleração da destruição de habitats de muitas espécies limitadas a determinado meio e não só. Quanto maior o crescimento demográfico, maior será o consumo de energia, a ocupação de espaço, construções artificiais e maior será a exploração da natureza. Com isso, muitas espécies vão perdendo o seu espaço natural e ficam vulneráveis à extinção.</p><p>Com a redução da biodiversidade, vários serviços dos ecossistemas são reduzidos ou eliminados, e muitos organismos vão desaparecendo no decorrer dos anos. Tendo em conta que a biodiversidade é fonte de valores económicos directos e indirectos, a sua redução afecta a economia dos países, enfraquece o sistema de saúde, favorece o surgimento de catástrofes ambientais e diversos problemas que podem ser irreversíveis.</p><p>Segundo Diniz e colaboradores (2010) apontam a destruição de habitats como sendo uma das maiores ameaças à biodiversidade mundial, e uma das grandes desencadeadoras da extinção de espécies. Almeida-Neto e colaboradores (2009) ressaltam a destruição de habitats e complementam: as ameaças à biodiversidade podem ser causadas, também, pela introdução de espécies exóticas que competem com as espécies autóctones (isto é, nativas), podendo levar as últimas ao desaparecimento. As espécies exóticas podem entrar em contato com os diversos ambientes por meio de inúmeras vias de acesso, como por exemplo o trânsito de sementes, a descarga da água de lastro etc.</p><p>Segundo MENDONÇA et al., (2009), A consequência mais funesta das ameaças à biodiversidade é, sem sombra de dúvida, a extinção de uma espécie. Com a perda da espécie, perde-se o patrimônio genético e, não raramente, se afeta a dinâmica das relações tróficas entre os inúmeros seres vivos que compõem a teia alimentar em que a espécie se insere. Se a espécie extinta for uma espécie-chave (i.e., uma espécie que desempenha funções ecológicas centrais em um ecossistema), o ambiente como um todo poder ser séria e definitivamente comprometido (MILLS et al., 1993).</p><p>2.1.2. Sobre-exploração de espécies para uso humano</p><p>A exploração dos recursos da diversidade biológica de maneira insustentável, sem levar em consideração as taxas naturais de mortalidade e capacidade reprodutiva das espécies, é outro factor que pode levar à perda de biodiversidade. Como exemplo podem ser mencionadas as seguintes práticas: a caça furtiva, a pesca de arrasto, a extracção ilegal de madeira, o tráfico de animais e plantas.</p><p>2.1.3. Introdução de espécies exóticas e dispersão de doenças</p><p>Segundo Pestana et al, (2017), A introdução de espécies em locais fora de sua área de distribuição natural, pode ocorrer tanto de forma acidental como intencional, visando por exemplo o controle de pragas, produção</p><p>de novos produtos agrícolas ou gerar oportunidades recreativas. Esta prática pode levar a consequências drásticas, em locais onde não ocorrem naturalmente, espécies exóticas podem se proliferar descontroladamente, pois frequentemente não encontram predadores ou competidores, além de levar novas doenças, colocando em risco as espécies nativas e seus ecossistemas. (Pestana et al, 2017).</p><p>Um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacou que 70% das enfermidades que apareceram após a década de 1940 têm origem animal (Lusa, 2013). De acordo a FAO, a expansão agrícola e a interacção entre homens e animais fizeram com que novas doenças surgissem e se disseminassem rapidamente. Entre as doenças divulgadas no estudo estão: o HIV-1, síndrome respiratória aguda grave (SARS) e diversos vírus da gripe (como o SARS-COV-2). Os níveis de doença e de parasitas frequentemente aumentam quando os animais são confinados a uma reserva natural e não conseguem se dispersar em uma área mais ampla. Os animais mantidos em cativeiro são particularmente propensos a doenças. Estas podem levar à morte de vários grupos animais e à redução da biodiversidade.</p><p>2.1.4. Destruição e fragmentação do habitat</p><p>Segundo FAUNANEWS (2022), A destruição relacionada com a perda do habitat representa o principal factor que ameaça a biodiversidade. Pode ocorrer como consequência de diversas actividades humanas, como a deflorestação, que é feita para a extracção de madeira, substituição de florestas para a agricultura ou áreas de pastagem e urbanização. A perda de habitat e da qualidade do habitat, por mudanças climáticas, poluição sonora, hídrica e do ar, redução da oferta de alimentos, surgimento de barreiras, para os processos migratórios e de busca de parceiros reprodutivos (como as estradas por exemplo), são impactantes negativamente para a fauna e flora silvestre.</p><p>A fragmentação do habitat é o processo pelo qual uma grande e contínua área de habitat é tanto reduzida em sua área, quanto dividida em dois ou mais fragmentos.  Pode ser causada por fenómenos naturais (vulcanismo, queda de cosmos ou cometas, sismos e outros) ou pela acção do homem. Na vertente antropogénica, a fragmentação tem como consequências a destruição significativa do habitat e dispersão das populações. Logo, as grandes fragmentações levam a separação dos efectivos de uma população, possibilitando a criação de populações menores, alterando o mecanismo de polinização e a cadeia alimentar dos ecossistemas.</p><p>2.1.5. Degradação e Poluição do Habitat</p><p>Mesmo quando um habitat não está destruído ou fragmentado, as comunidades e espécies nesse habitat podem ser bastante afetadas por atividades humanas. As comunidades biológicas podem sofrer impacto e as espécies serem levadas à extinção por fatores externos que não alteram a estrutura dominante da comunidade, fazendo com que esse dano não seja imediatamente notado. O pastejo do gado em florestas, por exemplo, causa um grande impacto no estrato herbáceo da floresta, mas causa pouco efeito nas árvores. As freqüentes atividades de canoagem e metgulho em áreas de recifes de corais degradam a comunidade uma vez que as espécies frágeis são danificadas pelas nadadeiras dos mergulhadores, pelos cascos dos navios e dos barcos, e pelas âncoras. A maneira mais sutil de degradação ambiental é a poluição ambiental, sendo as causas mais comuns dessa degradação os pesticidas, os produtos químicos e o esgoto liberado por indústrias e por comunidades, emissões de fábricas e automóveis e a erosão de encostas.</p><p>A degradação da atmosfera contribui para as alterações climáticas, originando as chuvas ácidas, acelerando o aquecimento global e outras várias perturbações que dificultam a manutenção da vida. Com isso, várias espécies que não se adaptaram às alterações causadas pela poluição atmosférica vão sendo dizimadas e muitas delas chegam à extinção, principalmente aquelas que vivem nas regiões glaciais, pois estas zonas têm sido destruídas pelo degelo causado pelas elevadas temperaturas que o globo terrestre tem apresentado devido o aumento do efeito estufa.</p><p>Poluição da Água</p><p>A poluição da água tem consequências negativas para as populações humanas. Ela destrói fontes de alimento, tais como peixes e mariscos, e contamina a água potável. Também é importante o dano que a poluição da água causa em comunidades aquáticas (figura 2.18\ Moyle e Leidy, 1992). Rios, lagos e oceanos são freqüentemente usados como esgotos a céu aberto para os dejetos industriais e residenciais. Pesdcidas, herbicidas, dejetos e derramamento de óleo, metais pesados (tais como mercúrio, chumbo e zinco), detergentes e lixos industriais podem prejudicar e matar organismos que vivem em ambientes aquáticos. Em contraste com o lixo jogado no ambiente terrestre, que tem basicamente efeitos locais, os lixos tóxicos em ambientei aquáticos podem ser transportados por correntes e dispersos em uma grande área. Os produtos químicos tóxicos, mesmo em baixos níveis, podem ser concentrados em níveis letais pelos organismos aquáticos que filtram grandes volumes de água enquanto se alimentam. As espécies de pássaros e mamíferos que predam estes organismos são expostos, por sua vez, a níveis ainda mais concentrados destes tóxicos.</p><p>Poluição do Ar</p><p>A atividade humana tem alterado e contaminado a atmosfera da Terra. No passado, as pessoas acreditavam que a atmosfera era tão vasta que os materiais liberados no ar seriam amplamente dispersos e seus efeitos seriam mínimos. Porém, hoje, vários tipos de poluição estão danificando os ecossistemas.</p><p>3. Conclusão</p><p>A ação do homem tem levado muitas espécies à extinção. Desde 1600, cerca de 2.1% de todos os mamíferos do mundo e 1,3% das espécies de pássaros já se extinguiram. A taxa de extinção está se acelerando, e muitas espécies estão à beira da extinção. Mais de 99% das extinções da era moderna são atribuídas à ação humana. Muitas espécies que ocupam ilhas são especialmente vulneráveis à extinçào, porque são endêmicas a uma ou poucas ilhas. O modelo biogeográfico de ilhas tem sido usado para prever que as taxas atuais de destruição de habitat resultarão na perda de cerca de 25.000 espécies por ano, nos próximos dez anos. Muitas comunidades biológicas estão gradativamente sendo empobrecidas pelas extinções locais de espécies. A desaceleração do crescimento da população humana é parte da solução para a crise da diversidade biológica. Além disso, as atividades industriais em larga escala, o corte de madeira e a agricultura, na busca de lucros a curto prazo, têm efeitos destrutivos e desnecessários para o ambiente natural. Esforços para reduzir o alto consumo de reçursos naturais nos países ricos e industrializados e para eliminar a pobreza em países em desenvolvimento, são também parte importante da proteção da diversidade biológica. A maior ameaça à diversidade biológica é a perda de habitat. O melhor meio de proteção da diversidade biológica é a preservação de habitats. Particularmente, os habitats que se encontram ameaçados de destruição são as florestas tropicais, as áreas alagadiças, os manguezais e os recifes de corais.</p><p>4. Referência bibliográfica</p><p>RODRIGUES, E.; PRIMACK, R. Biologia da conservação. 1 ed., Londrina: E. Rodrigues, 2001. 327 p.</p><p>DINIZ, S.; PRADO, P. I.; LEWINSOHN, T. M. Species Richness in Natural and Disturbed Habitats: Asteraceae and Flower-head Insects (Tephritidae: Diptera). Neotropical Entomology (Impresso), v. 39, p. 163-171, 2010.</p><p>MENDONCA, L. B.; LOPES, E. V.; ANJOS, L. On the possible extinction of bird species in the Upper Paraná River floodplain. Brazil. Braz. J. Biol., São Carlos, v. 69, n. 2, June 2009.</p><p>image1.png</p><p>UNIVERSIDADE PÚNGUÈ</p><p>EXTENSÃO DE TETE</p><p>Jacinta Azevedo da</p><p>G</p><p>raça</p><p>Principais Ameaças</p><p>a</p><p>Biodiversidade</p><p>Licenciatura Em</p><p>Biologia com Habilidade Química</p><p>5</p><p>º Ano</p><p>–</p><p>Ensino à Distâ</p><p>ncia</p><p>Tete,</p><p>Agosto de</p><p>2024</p><p>UNIVERSIDADE PÚNGUÈ</p><p>EXTENSÃO DE TETE</p><p>Jacinta Azevedo da Graça</p><p>Principais Ameaças a Biodiversidade</p><p>Licenciatura Em Biologia com Habilidade Química</p><p>5º Ano – Ensino à Distância</p><p>Tete, Agosto de 2024</p>

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