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<p>PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE</p><p>DENIZE MASCARENHAS</p><p>Unidade 04</p><p>Nesta unidade, você estudará as principais</p><p>teorias de personalidade, compreenderá</p><p>melhor o funcionamento do ser humano,</p><p>entenderá o processo de formação da</p><p>personalidade sob o olhar de autores de</p><p>várias abordagens e correntes da</p><p>psicologia.</p><p>Fonte: Pixabay</p><p>Unidade 4 | Introdução</p><p>1. Abordar a Teoria Existencial de Sören Kierkegaard.</p><p>2. Identificar os aspectos discutidos por Reich e a Psicologia Corporal na construção</p><p>da personalidade.</p><p>3. Entender o conceito de personalidade discutido por Heidegger.</p><p>4. Integrar os conhecimentos estudados da psicologia da personalidade.</p><p>Unidade 4 | Competências</p><p>Ao término deste capítulo, você será capaz de</p><p>entender como os estudos da visão</p><p>existencialista pensaram no homem. Veremos</p><p>alguns filósofos importantes desta corrente</p><p>filosófica e nos deteremos nos estudos de Sören</p><p>Kierkegaard.</p><p>Fonte: Pixabay</p><p>Teoria Existencial: Sören Kierkegaard</p><p>O existencialismo foi caracterizado</p><p>como uma corrente filosófica e</p><p>movimento intelectual que surgiu em</p><p>meados do século XIX, entre as duas</p><p>Guerras Mundiais (1918-1939) na</p><p>Europa, mais especificamente, na</p><p>França.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Um rápido passeio pelo existencialismo</p><p>Para o existencialismo, o homem existe e sua existência já é suficiente para que exista</p><p>sem que outra circunstância precise provar esse fato. A existência humana é, portanto,</p><p>o principal objeto dos pensamentos e teorias.</p><p>Os filósofos existencialistas defendiam a tese de que a vida e a existência eram</p><p>fundamentais para o acúmulo gradual de conhecimento. As pessoas eram capazes de</p><p>construir seus próprios caminhos e suas concepções de vida no decorrer de suas</p><p>existências.</p><p>Sören Kierkegaard: no final do século XIX e</p><p>início do século XX, apresenta as primeiras</p><p>ideias sobre a filosofia existencialista.</p><p>Jean Paul Sartre: defendia os princípios da</p><p>liberdade de escolha como força geradora e</p><p>elemento de total responsabilidade individual.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Principais filósofos existencialistas</p><p>Simone de Beauvoir: estudou Filosofia na Universidade de Sorbonne. Associou as</p><p>ideias de liberdade de escolha pregada pelo Existencialismo ao feminismo.</p><p>Martin Heidegger: esse filósofo alemão propunha que os questionamentos filosóficos</p><p>deveriam ser centrados no próprio ser</p><p>Albert Camus: esse filósofo argelino dedicou-se ao absurdismo, um ramo do</p><p>Existencialismo que discutia os vários absurdos que envolvem a existência e que</p><p>ocorrem na vida das pessoas.</p><p>O existencialismo reúne algumas</p><p>características que podem ser</p><p>definidas como comuns entre eles:</p><p>• A existência vem sempre antes da</p><p>essência.</p><p>• A essência humana é construída a</p><p>partir das escolhas individuais.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Principais características do existencialismo</p><p>• A liberdade de escolhas é incondicional.</p><p>• O indivíduo é o único responsável por suas próprias escolhas.</p><p>• As escolhas levam, inevitavelmente, a perdas.</p><p>• As escolhas e a vida levam a um estado de desespero e angústia existencial.</p><p>Kierkegaard foi considerado o pai do</p><p>Existencialismo, uma corrente filosófica que</p><p>trazia à discussão propósitos, causas e</p><p>consequências das decisões e atitudes do</p><p>homem, dentro da sua realidade individual.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Teoria existencial de Sören Kierkegaard</p><p>Kierkegaard divide a existência humana em três</p><p>categorias ou estágios: estágio estético, estágio</p><p>ético, estágio religioso. Kierkegaard não pensava</p><p>que esses estágios fossem etapas a serem</p><p>superadas. Acreditava, na verdade, que essas eram</p><p>diferentes formas de existir.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Os três modos de vida de Kierkegaard</p><p>Ao término deste capítulo, você será capaz de</p><p>compreender como Wilhelm Reich descreveu</p><p>a psicoterapia orientada para o corpo. O seu</p><p>trabalho terapêutico enfatizava a importância</p><p>dos aspectos físicos do caráter da pessoa, em</p><p>especial, os modelos de tensão crônica.</p><p>Fonte: Pixabay</p><p>Reich e a psicologia corporal</p><p>A partir dos estudos psicanalíticos de</p><p>Freud, Reich criou uma nova abordagem</p><p>terapêutica que envolvia as intervenções</p><p>verbais, com base na fundamentação</p><p>psicanalítica, e de forma simultânea, as</p><p>intervenções corporais, isto é, os</p><p>processos orgânicos e energéticos do</p><p>corpo.</p><p>A visão psicanalista de Wilhelm Reich</p><p>Reich foi um psicanalista seguidor fiel dos</p><p>princípios de Freud, a partir dos quais</p><p>desenvolveu seus estudos e alguns conceitos</p><p>que podem ser considerados controversos se</p><p>comparados aos conceitos freudianos.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Os conceitos de Wilhelm Reich</p><p>A Psicologia Reichiana, ou Psicologia Corporal</p><p>trabalha o temperamento (energia),</p><p>personalidade (psiquê) e caráter (corpo) numa</p><p>interrelação. Reich chamava esses elementos</p><p>de tripé e descreveu personalidade de caráter</p><p>psicótico, neurótico e genital que são</p><p>desenvolvidos ao longo da vida de criança até a</p><p>adolescência.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>A personalidade na visão Reichiana</p><p>É uma abordagem terapêutica que atua no tratamento de distúrbios psicológicos</p><p>como depressão, ansiedade, fobias, dificuldade de relacionamento e também em</p><p>problemas clínicos como dores de cabeça, hipertensão. Ela utiliza as técnicas</p><p>voltadas para o trabalho verbal analítico e as técnicas corporais e vivenciais.</p><p>A psicoterapia Reichiana</p><p>Ao término deste capítulo, você será capaz de</p><p>entender como Martin Heidegger pensou o ser</p><p>humano e sua inserção no mundo. Suas</p><p>complexas teorias versaram em como o homem</p><p>se vê e vive as experiências da vida.</p><p>Fonte: Pixabay</p><p>Conceito de personalidade para Heidegger</p><p>A proposta do Existencialismo é analisar o</p><p>homem em seu todo e não apenas pelos</p><p>aspectos intrínsecos (mente, cognição e</p><p>sentimentos) ou pelos aspectos extrínsecos</p><p>(corpo, comportamento e ações).</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Mais um pouco sobre o existencialismo</p><p>Martin Heidegger foi considerado um dos maiores</p><p>filósofos representantes do Existencialismo aplicando</p><p>a fenomenologia, que considerava ser o único</p><p>método possível de interpretar o estudo ontológico</p><p>do ser.</p><p>Fonte:Freepik</p><p>Martin Heidegger e o existencialismo</p><p>O primeiro traço existencial é o ser-no-</p><p>mundo (ou Daisen). O segundo traço</p><p>existencial é a existência. O terceiro</p><p>traço existencial é a temporalidade.</p><p>Outro tópico existencial discutido por</p><p>Heidegger é a morte.</p><p>Traços existenciais</p><p>A linguagem tem um papel especial na filosofia</p><p>de Heidegger porque ele acreditava que, uma</p><p>vez sendo o homem ser-em-situação, somente</p><p>por meio da função ontológica da linguagem</p><p>seria possível a epifania do ser.</p><p>A linguagem para Heidegger</p><p>Um outro ponto de discussão trazido por</p><p>Heidegger é o que chamou de essência da</p><p>verdade. Ele não se preocupa com verdades</p><p>(várias verdades) defendidas pela filosofia,</p><p>pela religião, pela ciência ou pelas</p><p>experiências da vida, mas queria se deter</p><p>naquilo que fosse unicamente a verdade,</p><p>enquanto verdade.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>3.5 Essência da verdade</p><p>Ao término deste capítulo, você será capaz de</p><p>entender como os diversos pensadores da</p><p>Psicologia e da Filosofia entenderam a</p><p>construção da personalidade humana.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>A integração entre os conceitos da</p><p>psicologia da personalidade</p><p>Personalidade é referente a padrões</p><p>de comportamentos e atitudes</p><p>próprias de uma pessoa. São os traços</p><p>de personalidade que diferem as</p><p>pessoas umas das outras, mas são</p><p>relativamente permanentes em cada</p><p>uma delas. (REBOLLO & HARRIS, 2006</p><p>apud SILVA & NAKANO, 2011)</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Falando de personalidade</p><p>Alguns estudiosos descreveram etapas</p><p>que demonstravam o desenvolvimento</p><p>da personalidade. Freud descreve cinco</p><p>etapas ou fases, todas acontecendo do</p><p>período infantil até a adolescência: oral,</p><p>anal, fálica, latência e genital.</p><p>Fonte: Freepik</p><p>O desenvolvimento da personalidade</p><p>descrito em etapas</p><p>Skinner não descreveu etapas de desenvolvimento da personalidade, mas</p><p>defendeu conceitos importantes para o entendimento do funcionamento da</p><p>personalidade humana.</p><p>Conceitos de desenvolvimento da</p><p>personalidade</p><p>Para Beck, a personalidade pode ser entendida como um conjunto de esquemas</p><p>individuais que são determinantes para o funcionamento dos sistemas motivacionais,</p><p>cognitivos</p><p>e emocionais na relação com os contextos ambientais, sociais e biológicos.</p><p>Obrigada !</p>