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Apostila Digital MARABA-PA 2022 - PROFESSOR DE PORTUGUÊS

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<p>ESTA APOSTILA CONTÊM: EXERCÍCIO, DICAS E PROVAS ANTERIORES DA ORGANIZADORA</p><p>CONCURSO PÚBLICO</p><p>APOSTILA TOTALMENTE ATUALIZADA 2022 PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ-PA</p><p>MARABÁ-PA</p><p>IMPRESSÃO LIBERADA, SOMENTE PARA USO PESSOAL</p><p>NÍVEL SUPERIOR NÍVEL SUPERIOR NÍVEL SUPERIOR</p><p>PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ-PA</p><p>LEGISLAÇÃO MUNICIPAL</p><p>ATUALIDADES</p><p>LEGISLAÇÃO PEDAGÓGICA</p><p>CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>Prezado(a) Concurseiro (a)</p><p>você poderá atestar, trata-se de material didático com alta qualidade de conteúdo, abordando de</p><p>forma clara e precisa os assuntos requeridos para as provas desse concurso.</p><p>O mundo dos concursos públicos tem ganhado uma importância cada vez maior. É</p><p>surpreendente o número de pessoas que concorrem todos os anos às oportunidades de emprego</p><p>estável, boas condições de trabalho e salários.</p><p>A nossa equipe preocupa-se em oferecer a você um material de acordo com o edital</p><p>especialmente criado para prepará-lo e conduzi-lo ao sucesso.</p><p>Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa solução completa com foco na sua</p><p>aprovação, como: questões com gabaritos e uma vasta diversidade de cargos com simulados</p><p>online veja no link abaixo:</p><p>www.apostilasautodidata.com.br/simulados</p><p>O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta.</p><p>Acesse www.apostilasautodidata.com.br e conheça todos os nossos produtos.</p><p>ATENÇÃO</p><p>CLIENTES APOSTILAS AUTODIDATA:</p><p>Proibido compartilhar esta apostila em Grupos do ZAP e Reprodução para venda</p><p>Fixo (91) 31992526</p><p>www.apostilasautodidata.com.br</p><p>Seu uso é somente para uso exclusivo do cliente Os</p><p>infratores estarão sujeitos nas penalidades da lei</p><p>TELEFONES: ZAP: 91 – 983186353</p><p>Celular: (91) 98318-6353</p><p>Em primeiro lugar queremos lhe dar os parabéns por ter adquirido nossa apostila. Como</p><p>http://www.apostilasautodidata.com.br/simulados</p><p>http://www.apostilasautodidata.com.br/</p><p>http://www.apostilasautodidata.com.br/</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1</p><p>CONHECIMENTOS GERAIS – PREFEITURA DE MARABÁ/PA 2022</p><p>PORTUGUÊS</p><p>1. Compreensão de texto ................................................................................................................................ 2</p><p>2. Gêneros e tipos de texto ............................................................................................................................. 4</p><p>3. Recursos que estabelecem a coesão no texto .......................................................................................... 7</p><p>4. Relações semântico-discursivas ................................................................................................................ 10</p><p>(Causa, condição, concessão, conclusão, explicação, inclusão, exclusão, oposição, etc.) entre ideias no texto e</p><p>os recursos linguísticos usados em função dessas relações ............................................................................. 10</p><p>5. Níveis de linguagem .................................................................................................................................... 18</p><p>Emprego adequado de itens lexicais, considerando os diferentes níveis de linguagem .................................... 18</p><p>Sintaxe de regência nominal e verbal, de concordância nominal e verbal, de colocação pronominal, segundo a</p><p>norma culta ........................................................................................................................................................ 20</p><p>6. Semântica: .................................................................................................................................................... 22</p><p>Sinonímia, homonímia, antonímia, paronímia e ambiguidade ........................................................................... 22</p><p>Figuras de sintaxe, de pensamento e de linguagem .......................................................................................... 25</p><p>Conotação e denotação ..................................................................................................................................... 28</p><p>Ordem das palavras nas orações: mudança de sentido ocasionada pela inversão........................................... 29</p><p>Ordem das orações no enunciado: efeito de sentido (realce) ocasionado pela inversão .................................. 30</p><p>7. Discursos direto e indireto .......................................................................................................................... 31</p><p>8. Regras da escrita: ........................................................................................................................................ 33</p><p>Ortografia ........................................................................................................................................................... 33</p><p>Acentuação gráfica ............................................................................................................................................ 40</p><p>Pontuação .......................................................................................................................................................... 43</p><p>9. Estrutura e formação de palavras .............................................................................................................. 48</p><p>10. Classes de palavras, flexão e emprego ................................................................................................... 53</p><p>11. Concordância nominal e verbal ................................................................................................................ 77</p><p>12. Regência nominal e verbal ........................................................................................................................ 80</p><p>13. Colocação pronominal .............................................................................................................................. 85</p><p>14. Redação oficial: ......................................................................................................................................... 87</p><p>Estrutura e organização de documentos oficiais (requerimento, carta, certidão, atestado, declaração, ofício,</p><p>memorando, ata de reunião, relatório, etc.) ....................................................................................................... 87</p><p>Expressões de tratamento ................................................................................................................................. 97</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2</p><p>COMPREENSÃO DO TEXTO</p><p>Há duas operações diferentes no</p><p>entendimento de um texto. A primeira é a</p><p>apreensão, que é a captação das relações que</p><p>cada parte mantém com as outras no interior do</p><p>texto. No entanto, ela não é suficiente para</p><p>entender o sentido integral. Uma pessoa que</p><p>conhecesse todas as palavras do texto, mas não</p><p>conhecesse o universo dos discursos, não</p><p>entenderia o significado do mesmo. Por isso, é</p><p>preciso colocar o texto dentro do universo</p><p>discursivo a que ele pertence e no interior do qual</p><p>ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo</p><p>discursivo de “conhecimento de mundo”, mas</p><p>chamaremos essa operação de compreensão.</p><p>E assim teremos:</p><p>Apreensão + Compreensão =</p><p>Entendimento do texto</p><p>Para ler e entender um texto é preciso</p><p>atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a</p><p>informativa e a segunda à de reconhecimento. A</p><p>primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o</p><p>primeiro contato</p><p>- em que o</p><p>segundo enunciado exprime uma generalização do</p><p>fato contido no primeiro, ou uma amplificação da</p><p>ideia nele expressa:</p><p>Maria está atrasada. Aliás / Também / É</p><p>verdade que... , ela nunca chega na hora.</p><p>Tive prazer em conhecê-la. De fato /</p><p>Realmente... , estou encantado.</p><p>Pedro está de novo sem dinheiro. Bem /</p><p>Aliás / Mas ... , é o que acontece com todo</p><p>estudante que vive de mesada.</p><p>● especificação/exemplificação - em que o</p><p>segundo enunciado particulariza e/ou exemplifica</p><p>uma declaração de ordem mais geral apresentada</p><p>no primeiro:</p><p>Muitos de nossos colegas estão no exterior.</p><p>Pierre, por exemplo, está na França.</p><p>Nos países do Terceiro Mundo, como a</p><p>Bolívia e o Brasil, falta saneamento básico em</p><p>muitas regiões.</p><p>● contraste - na qual o segundo enunciado</p><p>apresenta uma declaração que contrasta com a do</p><p>primeiro, produzindo um efeito retórico:</p><p>Gosto muito de esporte. Mas luta-livre,</p><p>faça-me o favor!</p><p>Os ricos ficam cada vez mais ricos, ao</p><p>passo que os pobres tornam-se cada vez mais</p><p>pobres.</p><p>● correção/redefinição - quando, através de</p><p>um segundo enunciado, se corrige , suspende ou</p><p>redefine o conteúdo do primeiro, se atenua ou reforça</p><p>o comprometimento com a verdade do que nele foi</p><p>veiculado ou, ainda, se questiona a própria</p><p>legitimidade de sua enunciação:</p><p>Irei à sua festa. Isto é, se você me convidar.</p><p>Eu não agiria deste modo. Se você quer</p><p>saber a minha opinião.</p><p>Meus parabéns! Ou não devo cumprimentá-lo</p><p>por isso?</p><p>Pedro chega hoje. Ou melhor, acredito que</p><p>chegue, não tenho certeza.</p><p>Ele não é muito esperto. De fato (Pelo</p><p>contrário), parece-me bastante estúpido.</p><p>Prometo ir ao encontro. Isto é (Ou melhor),</p><p>vou tentar.</p><p>RELAÇÃO DE OPOSIÇÃO ADVERSATIVA</p><p>RELAÇÃO DE OPOSIÇÃO</p><p>RELAÇÃO DE ALTERNANCIA</p><p>Enunciados de conteúdos independentes</p><p>Trata de relações lógico-semânticas de</p><p>conteúdos independentes, que pertencem a atos de</p><p>fala distintos.</p><p>Principais relações lógico-semânticas:</p><p>1) adição</p><p>2)oposição adversativa</p><p>3)disjunção argumentativa ou alternância</p><p>4) explicação ou justificativa 5)conclusão</p><p>6) alternância</p><p>RELAÇÃO DE EXPLICAÇÃO OU</p><p>JUSTIFICATIVA</p><p>Respeite-o, pois se trata de uma pessoa mais</p><p>velha.</p><p>Não pude comparecer à reunião porque tinha</p><p>um compromisso inadiável.</p><p>“Não fujas, que eu te sigo...” (Menotti Del</p><p>Picchia)</p><p>RELAÇÃO DE CONCLUSÃO</p><p>RELAÇÃO DE DISJUNÇÃO</p><p>ARGUMENTATIVA OU ALTERNÂNCIA</p><p>Conectivos:</p><p>O que são?</p><p>Para que servem?</p><p>Beba mais água</p><p>e faça promessas com moderação!</p><p>relação de adição</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17</p><p>Beba mais água,</p><p>Faça promessas com moderação!</p><p>São responsáveis pela orientação</p><p>argumentativa do texto.</p><p>O conectivo empregado é responsável pelo</p><p>sentido do período.</p><p>RELAÇÃO DE ADIÇÃO</p><p>Principais articuladores:</p><p>e</p><p>nem</p><p>não só...mas também</p><p>além de</p><p>ainda</p><p>Relação de adição</p><p>Principais conectivos:</p><p>mas</p><p>porém</p><p>contudo</p><p>no entanto</p><p>Não só é inteligente, mas também educado.</p><p>Ela nem estuda nem trabalha.</p><p>Ele se esforçou bastante, contudo não</p><p>obteve bom resultado.</p><p>Tratava-se de um local muito</p><p>aconchegante, no entanto não fomos bem</p><p>recebidos.</p><p>Ou você trabalha, ou procure outro lugar</p><p>para se hospedar.</p><p>Quer você queira, quer não, iremos visitá-</p><p>lo.</p><p>Ora se mostrava calmo, ora agitado.</p><p>Principais conectivos:</p><p>ou ... ou</p><p>ora ... ora</p><p>quer ... quer</p><p>já ... já</p><p>Principais conectivos:</p><p>que</p><p>porque</p><p>porquanto</p><p>pois (quando precede o verbo)</p><p>RELAÇÃO DE EXPLICAÇÃO</p><p>Obteve bom desempenho no teste, logo</p><p>demonstrou ser capacitado.</p><p>Hoje está bastante quente, portanto iremos</p><p>ao clube.</p><p>Não valorizava a companhia de sua amada,</p><p>por isso hoje está sozinho.</p><p>Principais conectivos:</p><p>logo</p><p>portanto</p><p>por conseguinte</p><p>por isso</p><p>pois ( depois do verbo)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18</p><p>EMPREGO ADEQUADO DE ITENS</p><p>LEXICAIS, CONSIDERANDO OS</p><p>DIFERENTES NÍVEIS DE LINGUAGEM</p><p>Itens lexicais</p><p>São palavras simples ou agrupamentos de</p><p>palavras no léxico de uma determinada língua.</p><p>Exemplo do uso da palavra Itens</p><p>lexicais:</p><p>Exemplos são "gato", "farol vermelho",</p><p>"tomar conta de", "em todo caso" e "comer e coçar</p><p>é só começar".</p><p>A língua e os níveis da linguagem pertence</p><p>a todos os membros de uma comunidade e é uma</p><p>entidade viva em constante mutação. Novas</p><p>palavras são criadas ou assimiladas de outras</p><p>línguas, à medida que surgem novos hábitos,</p><p>objetos e conhecimentos. Os dicionários vão</p><p>incorporando esses novos vocábulos</p><p>(neologismos), quando consagrados pelo uso.</p><p>Atualmente, os veículos de comunicação</p><p>audiovisual, especialmente os computadores e a</p><p>internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos</p><p>— alguns necessários, porque não havia</p><p>equivalentes em Português; outros dispensáveis,</p><p>porque duplicam palavras existentes na linguagem.</p><p>O único critério para sua integração na língua é,</p><p>porém, o seu emprego constante por um número</p><p>considerável de usuários.</p><p>De fato, quem determina as</p><p>transformações linguísticas e os níveis de</p><p>linguagem é o conjunto de usuários,</p><p>independentemente de quem sejam eles, estejam</p><p>escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua</p><p>escrita quanto a oral apresentam variações</p><p>condicionadas por diversos fatores: regionais,</p><p>sociais, intelectuais etc.</p><p>“O movimento de 1922 não nos deu — nem</p><p>nos podia dar — uma ‘língua brasileira’, ele incitou</p><p>os nossos escritores a concederem primazia</p><p>absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...]</p><p>e a preferirem sempre palavras e construções vivas</p><p>do português do Brasil a outras, mortas e frias,</p><p>armazenadas nos dicionários e nos compêndios</p><p>gramaticais.” (Celso Cunha)</p><p>A vida não me chegava pelos jornais nem</p><p>pelos livros</p><p>Vinha da boca do povo na língua errada do</p><p>povo</p><p>Língua certa do povo</p><p>Porque ele é que fala gostoso o português</p><p>do Brasil</p><p>(Manuel Bandeira)</p><p>Tipo de linguagem Embora as variações</p><p>lingüísticas e níveis da linguagem sejam</p><p>condicionadas pelas circunstâncias, tanto a língua</p><p>falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que</p><p>é a comunicação. A língua escrita obedece a normas</p><p>gramaticais e será sempre diferente da língua oral,</p><p>mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada</p><p>de mímica e entonação, que preenchem importantes</p><p>papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a</p><p>linguagem empregada coloquialmente difere</p><p>substancialmente do padrão culto, o que, segundo</p><p>alguns lingüistas, criou no Brasil um abismo quase</p><p>intransponível para os usuários da língua, pois se</p><p>expressar em português com clareza e correção é</p><p>uma das maiores dificuldades dos brasileiros: “No</p><p>português do Brasil, a distância entre o nível popular</p><p>e o nível culto ficou tão marcada que, se assim</p><p>prosseguir, acabará chegando a se parecer com o</p><p>fenômeno verificado no italiano ou no alemão, por</p><p>exemplo, com a distância entre um dialeto e outro.”</p><p>(Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão?</p><p>Liberdade?)</p><p>Com base nessas considerações, não se</p><p>deve reger o ensino da língua pelas noções de certo</p><p>e errado, mas pelos conceitos de adequado e</p><p>inadequado, que são mais convenientes e exatos,</p><p>porque refletem o uso da língua nos mais diferentes</p><p>contextos. Não se espera que um adolescente,</p><p>reunido a outros em uma lanchonete, assim se</p><p>expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”,</p><p>mas aceita-se: “Vamos no shopping assistir um</p><p>filme”. Não seria adequado a um professor</p><p>universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos</p><p>que participo de palestras nesta egrégia</p><p>Universidade, nas quais sempre houveram</p><p>estudantes</p><p>interessados”.</p><p>Escrever conforme a norma culta — que não</p><p>representa uma camisa-de-força, mas um tesouro</p><p>das formas de expressão mais bem cultivadas da</p><p>língua — é um requisito para qualquer profissional de</p><p>nível universitário que se pretenda elevar acima da</p><p>vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da</p><p>língua, em seus variados registros e em suas</p><p>inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das</p><p>condições para o bom desempenho profissional e</p><p>social.</p><p>A linguagem popular ou coloquial</p><p>É aquela usada espontânea e fluentemente</p><p>pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma</p><p>gramatical e é carregada de vícios de linguagem</p><p>(solecismo - erros de regência e concordância;</p><p>barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão;</p><p>ambigüidade; cacofonia; pleonasmo), expressões</p><p>vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que</p><p>ressalta o caráter oral e popular da língua. A</p><p>linguagem popular está presente nas mais diversas</p><p>situações: conversas familiares ou entre amigos,</p><p>anedotas, irradiação de esportes, programas de TV</p><p>(sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos</p><p>estados emocionais etc.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19</p><p>A linguagem culta ou padrão</p><p>É aquela ensinada nas escolas e serve de</p><p>veículo às ciências em que se apresenta com</p><p>terminologia especial. É usada pelas pessoas</p><p>instruídas das diferentes classes sociais e</p><p>caracteriza-se pela obediência às normas</p><p>gramaticais. Mais comumente usada na linguagem</p><p>escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É</p><p>mais artificial, mais estável, menos sujeita a</p><p>variações. Está presente nas aulas, conferências,</p><p>sermões, discursos políticos, comunicações</p><p>científicas, noticiários de TV, programas culturais</p><p>etc.</p><p>Gíria</p><p>Segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo</p><p>literário e gíria são, em verdade, dois pólos da</p><p>Estilística, pois gíria não é a linguagem popular,</p><p>como pensam alguns, mas apenas um estilo que se</p><p>integra à língua popular”. Tanto que nem todas as</p><p>pessoas que se exprimem através da linguagem</p><p>popular usam gíria.</p><p>A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos</p><p>grupos sociais “que vivem à margem das classes</p><p>dominantes: os estudantes, esportistas, prostitutas,</p><p>ladrões” Eles a usam como arma de defesa contra</p><p>as classes dominantes. Esses grupos utilizam a</p><p>gíria como meio de expressão do cotidiano, para</p><p>que as mensagens sejam decodificadas apenas</p><p>pelo próprio grupo.</p><p>Assim a gíria é criada por determinados</p><p>segmentos da comunidade social que divulgam o</p><p>palavreado para outros grupos até chegar à mídia.</p><p>Os meios de comunicação de massa, como a</p><p>televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos,</p><p>às vezes, também inventam alguns. A gíria que</p><p>circula pode acabar incorporada pela língua oficial,</p><p>permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou</p><p>cair em desuso.</p><p>Caracterizada como um vocabulário</p><p>especial a gíria surge como um signo de grupo, a</p><p>princípio secreto, domínio exclusivo de uma</p><p>comunidade social restrita (seja a gíria dos</p><p>marginais ou da polícia, dos estudantes, ou de</p><p>outros grupos ou profissões).</p><p>(...) Ao vulgarizar-se, porém, para a grande</p><p>comunidade, assumindo a forma de uma gíria</p><p>comum, de uso geral e não diferenciado, (...) torna-</p><p>se difícil precisar o que é de fato vocábulo gírio ou</p><p>vocábulo popular</p><p>(...) É expressa freqüentemente sob forma</p><p>humorística (e não raro obscena, ou ambas as</p><p>coisas juntas), como ocorre, por exemplo, em</p><p>certos signos que revelam evidente agressividade,</p><p>como bicho, forma de chamamento que na década</p><p>de 1970 substituía amigo, colega, cara; coroa, para</p><p>pessoa mais idosa, madura; quadrado, em lugar de</p><p>conservador tradicional, reacionário; mina, para</p><p>namorada, forma trazida da linguagem marginal da</p><p>prostituição, onde origina lmente signca mulher</p><p>rendosa para o malandro, que vive à custa dela etc.</p><p>(Dino Pretti)</p><p>Primeiro, ela pinta como quem não quer</p><p>nada. Chega na moral, dando uma de Migué, e</p><p>acaba caindo na boca do povo. Depois desba ratina,</p><p>vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, às vêzes,</p><p>volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é</p><p>a da gíria?</p><p>(Cássio Schubsky, Superinteressante)</p><p>Linguaguem vulgar</p><p>Existe uma linguagem vulgar, segundo Dino</p><p>Preti, “ligada aos grupos extremamente incultos, aos</p><p>analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato</p><p>com centros civilizados. Na linguagem vulgar</p><p>multiplicam-se estruturas com “nóis vai, ele fica”, “eu</p><p>di um beijo nela”, “Vamo i no mercado”.</p><p>Linguaguem regional</p><p>Regionalismos ou falares locais são</p><p>variações geográficas do uso da língua padrão,</p><p>quanto às construções gramaticais, empregos de</p><p>certas palavras e expressões e do ponto de vista</p><p>fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares</p><p>amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro,</p><p>sulino.</p><p>Exemplo do falar gaúcho:</p><p>Pues, diz que o divã no consultório do</p><p>analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele</p><p>recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.</p><p>Buenas. Vá entrando e se abanque, índio</p><p>velho.</p><p>— O senhor quer que eu deite logo no divã?</p><p>— Bom, se o amigo quiser dançar uma</p><p>marcha, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o</p><p>vivente estendido e charlando que nem china da</p><p>fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.</p><p>(Luís Fernando Veríssimo, O Analista de</p><p>Bagé)</p><p>Exemplo do falar caipira:</p><p>Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada</p><p>num rapaz, num adjutório, e abriu o pé no mundo.</p><p>Nunca mais ninguém botou os olhos em riba dele,</p><p>afora o afilhado.</p><p>— Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra</p><p>mode i morá mais eu.</p><p>— Quá,flo, esse caco de gente num sai daqui</p><p>mais não.</p><p>— Bamo. Buli gente num bole, mais bicho...</p><p>O sinhô anda perrengado...</p><p>(Bernardo Élis, Pai Norato)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 20</p><p>SINTAXE DE REGÊNCIA NOMINAL E</p><p>VERBAL, DE CONCORDÂNCIA</p><p>NOMINAL E VERBAL, DE COLOCAÇÃO</p><p>PRONOMINAL, SEGUNDO A NORMA</p><p>CULTA</p><p>SINTAXE DE REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>O que é sintaxe de regência?</p><p>A sintaxe de regência ocupa-se do estudo</p><p>dos tipos de ligação existentes entre um verbo</p><p>(regência verbal) ou nome e seus complementos</p><p>(regência nominal). Dessa maneira, haverá os</p><p>termos regentes, aqueles que precisam de um</p><p>complemento, e os termos regidos, aqueles que</p><p>complementam o sentido dos termos regentes.</p><p>► Regência verbal:</p><p>A regência verbal ocupa-se do estudo da</p><p>relação estabelecida entre os verbos e os termos</p><p>que os complementam ou caracterizam. Estudá-la</p><p>nos permite aprimorar nossa capacidade</p><p>expressiva, pois a partir da análise de uma</p><p>preposição um mesmo verbo pode assumir</p><p>diferentes significados. Observe:</p><p>Os parlamentares implicaram-se em escândalos</p><p>por causa do desvio de verbas públicas. (implicar =</p><p>envolver)</p><p>e</p><p>Os alunos implicaram com o novo coordenador.</p><p>(implicar = ter implicância, aversão).</p><p>► Regência nominal:</p><p>A regência nominal estuda a relação</p><p>existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou</p><p>advérbio) e os termos por ele regidos. É a partir da</p><p>análise da preposição que essa relação será</p><p>construída. Observe os exemplos:</p><p>A nova tarifa é acessível a todos os</p><p>cidadãos.</p><p>Os atentados contra a embaixada</p><p>deixaram vários feridos.</p><p>Eles preferiram ficar longe de todos.</p><p>Na regência nominal é interessante</p><p>observar que alguns nomes apresentam o mesmo</p><p>regime dos verbos de que derivam: se você</p><p>conhece o regime de um verbo, conhecerá também</p><p>o regime dos nomes cognatos, ou seja, dos nomes</p><p>que têm a mesma raiz ou origem etimológica:</p><p>As crianças devem obedecer às</p><p>regras.(obedecer = verbo)</p><p>Eles foram obedientes às regras.</p><p>(obediente = nome cognato)</p><p>SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL</p><p>E</p><p>VERBAL</p><p>O que é sintaxe de concordância?</p><p>A sintaxe de concordância estuda a relação</p><p>gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode</p><p>ser verbal ou nominal. Observe os exemplos:</p><p>► Concordância verbal:</p><p>Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no</p><p>museu</p><p>ou</p><p>Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no</p><p>museu?</p><p>A primeira opção é aquela que estabelece</p><p>correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se</p><p>o sujeito (alunos = eles) está no plural, o verbo da</p><p>oração deverá ser flexionado na terceira pessoa</p><p>do plural: eles 'ficaram'.</p><p>► Concordância nominal:</p><p>Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola</p><p>ou</p><p>Os alunos indisciplinados foram suspensos da</p><p>escola?</p><p>O segundo exemplo obedece às regras da</p><p>concordância nominal porque nele o substantivo –</p><p>alunos – concorda com seus determinantes, que</p><p>podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A</p><p>concordância nominal é, portanto, a combinação</p><p>entre os nomes de uma oração.</p><p>SINTAXE DE COLOCAÇÃO</p><p>O que é sintaxe de colocação?</p><p>A sintaxe de colocação mostra que os</p><p>pronomes oblíquos átonos, embora possam ser</p><p>dispostos de maneira livre, possuem uma posição</p><p>adequada na oração. Quando há liberdade de</p><p>posição desses termos, o enunciado poderá assumir</p><p>diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é</p><p>bem-vindo. Existem três possíveis colocações para</p><p>os pronomes oblíquos átonos:</p><p>► Próclise: o pronome será posicionado</p><p>antes do verbo. Veja os exemplos:</p><p>Não se esqueça de comprar novos livros.</p><p>Não me fale novamente sobre esse assunto.</p><p>Aqui se vive melhor do que na cidade</p><p>grande.</p><p>Tudo me incomoda quando não estou em</p><p>casa.</p><p>Quem te chamou para a festa?</p><p>► Mesóclise: será empregada quando o</p><p>verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do</p><p>pretérito do indicativo. O pronome surge intercalado</p><p>ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 21</p><p>linguagem literária ou na língua culta e, havendo</p><p>possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe)</p><p>Convidar-me-iam para a formatura, mas</p><p>viajei para o campo. (convidariam + me)</p><p>► Ênclise: o pronome surgirá depois do</p><p>verbo, obedecendo à sequência verbo-</p><p>complemento. Observe os exemplos:</p><p>Diga-me o que você fez nas férias.</p><p>Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à</p><p>noite.</p><p>Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe</p><p>abrigo e comida.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 22</p><p>SINONÍMIA, HOMONÍMIA, ANTONÍMIA,</p><p>PARONÍMIA E AMBIGUIDADE</p><p>SINONÍMIA</p><p>A sinonímia lexical é uma relação entre dois</p><p>itens onde ocorre uma identidade de significação.</p><p>Ex.: Levar / conduzir; subir / elevar; limpar /</p><p>purificar; lento / lerdo; liso / plano; rápido / ligeiro /</p><p>ágil / lépido; medroso / temeroso; áspero / rude /</p><p>tosco / grosseiro.</p><p>Antônio Houaiss a define como sendo uma</p><p>“relação de sentido entre dois vocábulos que têm</p><p>significação muito próxima, permitindo que um seja</p><p>escolhido pelo outro em alguns contextos, sem</p><p>alterar o sentido literal da sentença como um todo”.</p><p>Mattoso Câmara acrescenta que tal relação</p><p>pode-se estabelecer entre “dois ou mais termos” e</p><p>que este “é um fato essencialmente sincrônico, pois</p><p>diz respeito à significação dos termos num estado</p><p>linguístico dado”.</p><p>Segundo ele, a significação da palavra é o</p><p>conjunto dos contextos linguísticos em que esta</p><p>pode ocorrer, logo é impossível encontrar dois</p><p>sinônimos perfeitos. Palavras consideradas</p><p>sinônimas sempre passam por algum tipo de</p><p>especificação, seja de sentido ou de uso, que irá</p><p>determinar a escolha do locutor. A escolha é uma</p><p>procura pela “palavra exata”, uma vez que duas</p><p>expressões não são igualmente adequadas a um</p><p>determinado fim.</p><p>São antigos os argumentos contra a</p><p>existência de sinônimos perfeitos, que fariam com</p><p>que existissem duas línguas em uma mesma</p><p>língua. Na maioria dos sinônimos há uma ideia</p><p>geral, que é comum a todos, e ideias especiais que</p><p>os especificam. Porém, há palavras que são</p><p>realmente equivalentes, que apenas se diferenciam</p><p>pela forma, por questões sociais ou geográficas,</p><p>conforme “tangerina / mexerica”. Logo, existem</p><p>sinônimos perfeitos.</p><p>Nos caso de sinônimos “imperfeitos” –</p><p>aqueles que contêm algum traço de diferenciador -</p><p>a escolha vocabular pode se dar a partir da</p><p>exigência de um campo semântico, especificado</p><p>pelo contexto; ou da preocupação do locutor em</p><p>respeitar determinado nível de fala; ou, ainda, para</p><p>acrescentar juízo à informação. Por exemplo,</p><p>percebe-se nos vocábulos “lento” e “lerdo” que foi</p><p>acrescido a este último um juízo pejorativo.</p><p>HOMONÍMIA</p><p>Antônio Houaiss define a homonímia como</p><p>sendo uma “relação entre formas linguísticas que,</p><p>com significados diferentes, têm a mesma forma</p><p>gráfica e fônica ou apenas fônica”.</p><p>Na definição dada por Manoel P. Ribeiro,</p><p>consta que a forma gráfica das palavras homônimas</p><p>não é necessariamente a mesma: “vocábulos que,</p><p>geralmente, se pronunciam da mesma forma, mas</p><p>cujo sentido e, às vezes, a ortografia são diferentes”.</p><p>O mesmo autor apresenta duas distinções</p><p>para os homônimos quanto às grafias: Os que</p><p>possuem pronúncia e grafia iguais, classificam-se</p><p>como homônimos perfeitos: lima (ferramenta) / lima</p><p>(fruta). Os que são iguais na pronúncia, mas</p><p>diferentes na grafia, chamam-se homônimos</p><p>homófonos: seção / cessão / sessão; apreçar (fazer o</p><p>preço) / apressar (acelerar).</p><p>Porém, Mattoso Câmara nega a existência de</p><p>homônimos homófonos, como em colher (verbo) e</p><p>colher (substantivo), apoiando-se no argumento de</p><p>que há uma diferença fonológica nesses casos. No</p><p>exemplo dado, o primeiro vocábulo apresenta vogal</p><p>fechada e, o segundo, vogal aberta.</p><p>A definição</p><p>dada por Mattoso Câmara</p><p>acrescenta às dos demais autores estudados que a</p><p>homonímia é a “propriedade de duas ou mais formas</p><p>inteiramente distintas, pela significação ou função,</p><p>terem a mesma estrutura fonológica”.</p><p>Para ele, a homonímia se diferencia da</p><p>polissemia pela maneira como os morfemas</p><p>aparecem nos vocábulos e os vocábulos nas</p><p>sentenças. Quando a distribuição for diferente, tem-</p><p>se a homonímia. Quando for igual, tem-se a</p><p>polissemia. Por exemplo, canto (substantivo) / canto</p><p>(verbo) são homônimos, uma vez que nos padrões</p><p>das sentenças se distribuem de maneira diferente:</p><p>Um canto alegre / Canto alegremente.</p><p>ANTONÍMIA</p><p>Antônio Houaiss define antonímia como</p><p>sendo uma “relação de sentido que opõe dois</p><p>termos”. Segundo ele, esta oposição pode se dar sob</p><p>a forma de uma gradação (grande / pequeno; jovem /</p><p>velho), ou numa reciprocidade (comprar / vender,</p><p>perguntar / responder), ou, ainda, numa</p><p>complementaridade (ele não é casado / ele é</p><p>solteiro).</p><p>Mattoso Câmara, recorrendo à morfologia,</p><p>opta por fazer uma abordagem da antonímia sob três</p><p>aspectos diferentes:</p><p>1. palavras de radicais diferentes;</p><p>ex.: bom / mau;</p><p>2. palavras de uma mesma raiz, numa das</p><p>quais um prefixo negativo cria oposição com a raiz da</p><p>outra, negando-lhe o semantema;</p><p>ex.: feliz / infeliz;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 23</p><p>3. palavras de mesma raiz que se opõem</p><p>pelos prefixos de significação contrária;</p><p>ex.: excluir / incluir.</p><p>Diz-se que um café está “amargo”, em</p><p>oposição a doce. Às laranjas que não estão doces,</p><p>diz-se que estão “azedas”. A água dos rios é – a</p><p>princípio – insípida, porém, em oposição à água</p><p>salgada do mar, se diz que os rios têm água “doce”.</p><p>Logo, a aplicabilidade de alguns adjetivos se dá a</p><p>partir da relação com o seu antônimo. No caso da</p><p>palavra “doce”, tem-se como antônimo “amargo” ou</p><p>“azedo” ou “salgado”, de acordo com o contexto em</p><p>que esta ocorre.</p><p>PARONÍMIA</p><p>Diante dos enunciados que seguem,</p><p>analisemos:</p><p>A pessoa que estava ao seu lado</p><p>demonstrou ser um cavalheiro.</p><p>A carreata seguiu adiante acompanhada</p><p>dos cavaleiros trajados a rigor.</p><p>Constatamos a presença de dois vocábulos</p><p>que se mostram semelhantes, tanto no som quanto</p><p>na grafia. Entretanto, quando analisadas de modo</p><p>contextual, retratam significados divergentes, haja</p><p>vista que na primeira oração o sentido se refere a</p><p>uma atitude cordial, educada. Já na segunda, o</p><p>sentido se atém a um determinado grupo que,</p><p>supostamente, saiu em cavalgada rumo a um</p><p>determinado lugar.</p><p>Mediante tal ocorrência, deparamo-nos com</p><p>uma particularidade linguística, ora caracterizada</p><p>pela paronímia – relacionada à Semântica –</p><p>estabelecendo uma estreita relação com o</p><p>significado das palavras de acordo com o contexto</p><p>em que se inserem. Não somente os casos</p><p>evidenciados acima, mas também tantos outros</p><p>representam a classe a qual denominamos de</p><p>parônimos. Vejamos a seguir uma relação destes:</p><p>AMBIGUIDADE</p><p>Ambiguidade é considerada um vício de</p><p>linguagem. É também chamada de Anfibologia.</p><p>Ocorre quando há a duplicidade de sentido em</p><p>palavras ou expressões do texto.</p><p>Muitas vezes, certas orações não são</p><p>constituídas com clareza. Acontece isto quando</p><p>alguns termos apresentam entendimento ambíguo ou</p><p>duvidoso. Isso pode acontecer quando são usadas</p><p>palavras ou expressões que não possibilitam uma</p><p>interpretação precisa. Neste caso há um</p><p>entendimento duvidoso da sentença e a Ambiguidade</p><p>se estabelece.</p><p>Apesar de ser uma alternativa linguística</p><p>admissível dentro do contexto poético e também na</p><p>linguagem literária, seu uso não é recomendado em</p><p>casos de escrita mais objetiva, em textos informativos</p><p>e em redação de cunho técnico.</p><p>Veja abaixo diferentes exemplos de</p><p>Ambiguidade.</p><p>Exemplos de Ambiguidade</p><p> A menina disse à colega que sua</p><p>mãe havia chegado.</p><p>(A oração deixa um entendimento duvidoso,</p><p>pois não se sabe ao certo quem chegou. A mãe da</p><p>menina ou a mãe da colega).</p><p> O atleta falou ao treinador caído no</p><p>chão. (Não há como saber quem está caído. Se é o</p><p>atleta ou o treinador.)</p><p> Perseguiram o porco do meu tio.</p><p>(Quem foi perseguido? o porco que é um</p><p>animal ou o tio que está sendo chamado de porco?)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 24</p><p>Orações como estas são casos de</p><p>Ambiguidade, que deixam muitas dúvidas no</p><p>entendimento.</p><p>Etimologia da palavra “Ambiguidade”</p><p>O vocábulo Ambiguidade originou-se no</p><p>termo latino “ambiguitas” que significa equívoco,</p><p>incerteza. A Anfibologia que é considerada</p><p>sinônimo de ambiguidade, também tem significado</p><p>semelhante. A palavra vem do grego “amphibolia”</p><p>que quer dizer duplicidade de sentido.</p><p>Apesar da interpretação dúbia que gera,</p><p>seu uso é permitido em vários contextos, como por</p><p>exemplo: nos poemas, na linguagem coloquial e em</p><p>obras literárias que registram ou se baseiam na</p><p>língua falada.</p><p>Ambiguidade como vício de linguagem</p><p>Para entender porque a Ambiguidade</p><p>entra na categoria dos Vícios de Linguagem,</p><p>precisamos compreender o que expressa</p><p>exatamente esta classificação. Os vícios de</p><p>linguagem são formações textuais, sentenças ou</p><p>orações, que fogem da normatização gramatical</p><p>e/ou sintática da língua.</p><p>Geralmente acontecem por</p><p>desconhecimento das normas linguísticas ou até</p><p>mesmo por falta de atenção ao se expressar.</p><p>Veja exemplos que mostram o quanto a</p><p>Ambiguidade pode levar ao mal entendimento ou à</p><p>duplicidade de interpretação da mensagem.</p><p> A cachorra da minha mulher está</p><p>na rua. (Ele se refere ao animal ou está chamando</p><p>a mulher de cachorra?)</p><p> O menino olhou o pai deitado na</p><p>cama. (Afinal quem estava deitado na cama? o</p><p>menino ou o pai?)</p><p>Vale observar o quanto é importante a</p><p>clareza e objetividade nas construções textuais.</p><p>Nos exemplos acima, percebemos que as</p><p>sentenças deixam dúvidas quanto ao personagem a</p><p>que se referem.</p><p>Exemplos de Ambiguidade em</p><p>diferentes Contextos</p><p>Um outro ponto é relevante em nosso</p><p>estudo. Trata-se da versatilidade característica</p><p>desta figura de linguagem. A ambiguidade não</p><p>ocorre sempre da mesma forma e em um mesmo</p><p>contexto.</p><p>É recurso estilístico que pode ocorrer de</p><p>várias formas diferentes. Observe abaixo de</p><p>quantas maneiras diferentes ela pode aparecer:</p><p>A ambiguidade Sintática</p><p>Esta figura de linguagem está ligada</p><p>também à sintaxe. Ela pode ocorrer quando várias</p><p>interpretações decorrem da estrutura da oração. Ou</p><p>seja, a ambiguidade acontece porque a oração não</p><p>foi bem estruturada.</p><p>Exemplos:</p><p> Ouvi falar da festa no restaurante.</p><p>(Neste caso, ele ouviu falar da festa quando</p><p>estava no restaurante ou ouviu falar da festa que</p><p>acontecia no restaurante?)</p><p>Ambiguidade lexical</p><p>Ocorre com palavras que possuem vários</p><p>sentidos.</p><p>Exemplos:</p><p> A vaca se diverte com a pata na</p><p>lama.</p><p>(A palavra pata se refere à pata animal ou à</p><p>pata que é o pé da vaca?)</p><p> Os meninos jogam futebol no campo.</p><p>(A palavra campo pode se referir à campo –</p><p>área própria para jogar futebol. Mas, também pode</p><p>estar se referindo ao campo – zona rural.)</p><p> Cortaram a rede.</p><p>(Rede possui diversos significados não</p><p>explícitos na frase. Pode ser rede de conexão à</p><p>internet; pode se referir à rede usada para dormir;</p><p>pode ser rede elétrica.</p><p> A menina estava perto do banco.</p><p>Banco pode ser o banco da praça, assim</p><p>como pode referir-se ao banco instituição financeira.</p><p>A Ambiguidade, como vemos, pode levar à</p><p>interpretação dupla ou duvidosa de uma mensagem.</p><p>Apesar disto, é permitido seu uso como recurso ou</p><p>alternativa linguística, para chamar a atenção para</p><p>um determinado contexto.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 25</p><p>FIGURAS DE SINTAXE, DE</p><p>PENSAMENTO E DE LINGUAGEM</p><p>FIGURAS DE SINTAXE</p><p>As Figuras de Sintaxe ou Figuras de</p><p>Construção correspondem a um grupo das figuras</p><p>de linguagem - ao lado das figuras de pensamento,</p><p>figuras de palavras e figuras de som.</p><p>São utilizadas para modificar um período,</p><p>ou seja, interferem na estrutura gramatical da frase,</p><p>com o intuito de oferecer maior expressividade ao</p><p>texto.</p><p>Assim, as figuras de sintaxe operam de</p><p>diversas maneiras na frase, seja na inversão,</p><p>repetição ou na omissão dos termos.</p><p>Elipse</p><p>A elipse é a omissão de um ou mais</p><p>termos, os quais não foram expressos</p><p>anteriormente no discurso, entretanto, que são</p><p>facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor).</p><p>Exemplo: Estávamos felizes com o</p><p>resultado dos exames. (Neste caso, a conjugação</p><p>do verbo “estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.)</p><p>Zeugma</p><p>A zeugma é um tipo de elipse, uma vez</p><p>que há omissão de um ou mais termos na oração,</p><p>sendo um recurso utilizado para evitar a</p><p>repetição de verbo ou substantivo.</p><p>Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi)</p><p>pera.</p><p>Hipérbato ou Inversão</p><p>O hipérbato é caraterizado pela inversão</p><p>da ordem direta dos termos da oração, segundo</p><p>a construção sintática usual da língua (sujeito +</p><p>predicado + complemento).</p><p>Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste</p><p>caso, o estado do sujeito surge antes do nome</p><p>“Manuela”, que na construção sintática usual seria:</p><p>Manuela estava triste).</p><p>Silepse</p><p>Na silepse há concordância da ideia e não</p><p>do termo utilizado. São classificadas em:</p><p>Silepse de Gênero, quando ocorre</p><p>discordância entre os gêneros (feminino e</p><p>masculino);</p><p>Silepse de Número, quando ocorre</p><p>discordância entre o singular e o plural;</p><p>Silepse de Pessoa, quando ocorre</p><p>discordância entre o sujeito, que aparece na</p><p>terceira pessoa, e o verbo, que surge na primeira</p><p>pessoa do plural.</p><p>Exemplos:</p><p>São Paulo é suja. (silepse de gênero)</p><p>Um bando (singular) de mulheres (plural)</p><p>gritavam assustadas. (silepse de número)</p><p>Todos os atletas (terceira pessoa) estamos</p><p>(primeira pessoa do plural) preparados para o jogo.</p><p>(silepse de pessoa)</p><p>Assíndeto</p><p>Síndeto corresponde a uma conjunção</p><p>coordenativa utilizada para unir termos nas orações</p><p>coordenadas. Feita essa observação, a figura de</p><p>pensamento assíndeto é caracterizada pela</p><p>ausência de conjunções.</p><p>Exemplo: Daiana comprou uvas para comer,</p><p>(e) limões para fazer suco.</p><p>Polissíndeto</p><p>Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é</p><p>caracterizado pela repetição da conjunção</p><p>coordenativa (conectivo).</p><p>Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e</p><p>falava.</p><p>Anáfora</p><p>A anáfora é a repetição de termos no</p><p>começo das frases, muito utilizada pelos escritores</p><p>na construção dos versos a fim de dar maior ênfase à</p><p>ideia.</p><p>Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se</p><p>eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a</p><p>condicionalidade que o emissor do discurso quer</p><p>propor).</p><p>Anacoluto</p><p>O anacoluto altera a sequência lógica da</p><p>estrutura da frase por meio de uma pausa no</p><p>discurso.</p><p>Exemplo: Esses políticos de hoje, não se</p><p>pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos:</p><p>“Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou Não</p><p>se pode confiar nesses políticos de hoje.)</p><p>Pleonasmo</p><p>Repetição enfática ou redundância de um</p><p>termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual</p><p>pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo</p><p>literário) como figura de linguagem, ou por</p><p>desconhecimento das normas gramaticais</p><p>(pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de</p><p>linguagem.</p><p>Exemplo: A noite escura da Amazônia. (Note</p><p>que a noite já pressupõe escuridão.)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 26</p><p>FIGURAS DE PENSAMENTO</p><p>As Figuras de Pensamento fazem parte de</p><p>um dos grupos das figuras de linguagem, ao lado</p><p>das figuras de palavras, das figuras de sintaxe e</p><p>das figuras de som.</p><p>Utilizadas para produzir maior</p><p>expressividade à comunicação, as figuras de</p><p>pensamento trabalham com a combinação de</p><p>ideias, pensamentos.</p><p>Gradação ou Clímax</p><p>Na gradação os termos da frase são fruto</p><p>de hierarquia (ordem crescente ou decrescente)</p><p>Exemplo: As pessoas chegaram à festa,</p><p>sentaram, comeram e dançaram.</p><p>Neste caso, a gradação vai ao encontro</p><p>com o clímax, ou seja, o encadeamento dos verbos</p><p>se faz na ordem crescente, e por isso trata-se de</p><p>uma gradação crescente: chegaram, sentaram,</p><p>comeram e dançaram.</p><p>Por outro lado, se a gradação é</p><p>decrescente, é denominada de “anticlímax”, por</p><p>exemplo: Estava longe, hoje perto, agora aqui.</p><p>Prosopopeia ou Personificação</p><p>Consiste na atribuição de ações,</p><p>sentimentos ou qualidades humanas a objetos,</p><p>seres irracionais ou outras coisas inanimadas.</p><p>Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta</p><p>frase sabemos que o vento é algo inanimado que</p><p>não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.)</p><p>Eufemismo</p><p>Atenua o sentido das palavras,</p><p>suavizando as expressões do discurso.</p><p>Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a</p><p>expressão “para a céu”, ameniza o discurso real:</p><p>ele morreu.)</p><p>Hipérbole ou Auxese</p><p>A hipérbole é uma figura de linguagem</p><p>baseada no exagero intencional do locutor, isto é,</p><p>expressa uma ideia de forma exagerada.</p><p>Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa</p><p>tarde. (Sabemos que a pessoa tinha o intuito de</p><p>enfatizar que ligou muitas vezes, entretanto, não</p><p>chegou a 1 milhão, num pequeno espaço de tempo,</p><p>ou seja, durante uma tarde.)</p><p>Litote</p><p>Assemelha-se ao eufemismo, uma vez que</p><p>atenua a ideia do enunciado mediante a negação</p><p>do contrário, sendo portanto, a figura de linguagem</p><p>que se opõe à hipérbole.</p><p>Exemplo: Aquela bolsa não é cara (Pela</p><p>expressão, podemos concluir que o locutor</p><p>enfatizou que a bolsa é barata, ou seja, a negação</p><p>do contrário: não é cara.)</p><p>Antítese</p><p>Corresponde à aproximação de palavras</p><p>contrárias, que têm sentidos opostos.</p><p>Exemplo: O ódio e a amor andam de mãos dadas.</p><p>(Neste caso, o termo “ódio” está utilizado ao lado de</p><p>seu termo “oposto” na frase: amor.)</p><p>Paradoxo ou Oxímoro</p><p>Diferente da antítese, que opõem palavras, o</p><p>paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias,</p><p>aparentemente absurdas.</p><p>Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste</p><p>caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza</p><p>(mata) para a pessoa.)</p><p>Ironia</p><p>Produz um efeito contrário com intenção</p><p>sarcástica, maliciosa e/ou de crítica, uma vez que as</p><p>palavras são utilizadas em sentido diverso ou oposto.</p><p>Exemplo: Ele é um santinho mesmo! (Dependendo</p><p>do discurso dos falantes fica claro que a palavra</p><p>“santinho”, foi utilizada em sentido oposto, ou seja,</p><p>não tem nada de santo, é malcriado.)</p><p>Leia sobre Sarcasmo e Ironia.</p><p>Apóstrofe</p><p>Caracterizam as expressões de</p><p>chamamento ou apelo, função que se assemelha ao</p><p>vocativo.</p><p>Exemplo: Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou?</p><p>(O chamamento utilizado antes, enfatiza a indignação</p><p>do locutor com a falta do telefonema.)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>Figuras de Linguagem são recursos</p><p>estilísticos usados para dar maior ênfase à</p><p>comunicação e torná-la mais bonita.</p><p>Elas são classificadas em</p><p>Figuras de palavras ou semânticas</p><p>Figuras de pensamento</p><p>Figuras de sintaxe ou construção</p><p>Figuras de som ou harmonia</p><p>Figuras de Palavras</p><p>Metáfora</p><p>Comparação de palavras com significados</p><p>diferentes e cujo termo comparativo fica</p><p>subentendido na frase.</p><p>Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A</p><p>vida é como uma nuvem que voa.)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 27</p><p>Comparação</p><p>Comparação explícita. Ao contrário da</p><p>metáfora, neste caso são utilizados conectivos de</p><p>comparação (como,</p><p>assim, tal qual).</p><p>Exemplo: Seus olhos são como</p><p>jabuticabas.</p><p>Metonímia</p><p>Transposição de significados considerando</p><p>parte pelo todo, autor pela obra.</p><p>Exemplo: Costumava ler Shakespeare.</p><p>(Costumava ler as obras de Shakespeare.)</p><p>Catacrese</p><p>Emprego impróprio de uma palavra por não</p><p>existir outra mais específica.</p><p>Exemplo: Embarcou há pouco no avião.</p><p>Embarcar é colocar-se a bordo de um</p><p>barco, mas como não há um termo específico para</p><p>o avião, embarcar é o utilizado.</p><p>Sinestesia</p><p>Associação de sensações por órgãos de</p><p>sentidos diferentes.</p><p>Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não</p><p>gostava mais da namorada.</p><p>A frieza está associada ao tato e não à visão.</p><p>Perífrase</p><p>Substituição de uma ou mais palavras por outra que</p><p>a identifique.</p><p>Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma</p><p>distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é</p><p>ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)</p><p>"Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo"</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 28</p><p>CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO</p><p>A linguagem é o maior instrumento de</p><p>interação entre sujeitos socialmente organizados.</p><p>Isso porque ela possibilita a troca de ideias, a</p><p>circulação de saberes e faz intermediação entre</p><p>todas as formas de relação humanas.</p><p>Quando queremos nos expressar</p><p>verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na</p><p>forma escrita, recorremos às palavras, expressões</p><p>e enunciados de uma língua, os quais atuam em</p><p>dois planos de sentido distintos: o denotativo, que</p><p>é o sentido literal da palavra, expressão ou</p><p>enunciado, e o conotativo, que é o sentido</p><p>figurado da palavra, expressão ou enunciado.</p><p>Vejamos mais detalhadamente cada um</p><p>deles:</p><p>DENOTAÇÃO</p><p>Quando a linguagem está no sentido</p><p>denotativo, significa que ela está sendo utilizada</p><p>em seu sentido literal, ou seja, o sentido que</p><p>carrega o significado básico das palavras,</p><p>expressões e enunciados de uma língua. Em outras</p><p>palavras, o sentido denotativo é o sentido real,</p><p>dicionarizado das palavras.</p><p>De maneira geral, o sentido denotativo é</p><p>utilizado na produção de textos que tenham função</p><p>referencial, cujo objetivo é transmitir informações,</p><p>argumentar, orientar a respeito de diversos</p><p>assuntos, como é o caso da reportagem, editorial,</p><p>artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata,</p><p>memorando, receita, manual de instrução, bula</p><p>de remédios, entre outros.</p><p>Nesses gêneros discursivos textuais, as</p><p>palavras são utilizadas para fazer referência a</p><p>conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.</p><p>Exemplos:</p><p>• A professora pediu aos alunos que</p><p>pegassem o caderno de Geografia.</p><p>• A polícia capturou os três detentos que</p><p>haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do</p><p>Céu.</p><p>• O hibisco é uma planta que pode ser</p><p>utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto</p><p>para a fabricação de chás terapêuticos a partir das</p><p>suas flores.</p><p>• Amor: forte afeição por outra pessoa,</p><p>nascida de laços de consanguinidade ou de</p><p>relações sociais.</p><p>CONOTAÇÃO</p><p>Quando a linguagem está no sentido</p><p>conotativo, significa que ela está sendo utilizada</p><p>em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas</p><p>palavras, expressões ou enunciados ganham um</p><p>novo significado em situações e contextos</p><p>particulares de uso. O sentido conotativo modifica o</p><p>sentido denotativo (literal) das palavras e expressões,</p><p>ressignificando-as.</p><p>De maneira geral, é possível encontrarmos o</p><p>uso da linguagem conotativa nos gêneros</p><p>discursivos textuais primários, ou seja, nos</p><p>diálogos informais do cotidiano.</p><p>Entretanto, são nos textos secundários, ou</p><p>seja, aqueles mais elaborados, como os literários e</p><p>publicitários, que a linguagem conotativa aparece</p><p>com maior expressividade.</p><p>A utilização da linguagem conotativa nos</p><p>gêneros discursivos literários e publicitários</p><p>ocorre para que se possa atribuir mais</p><p>expressividade às palavras, enunciados e</p><p>expressões, causando diferentes efeitos de sentido</p><p>nos leitores/ouvintes.</p><p>Exemplo:</p><p>Leia um trecho do poema Amor é fogo que</p><p>arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe</p><p>a maneira como o poeta define a palavra/sentimento</p><p>'amor' utilizando linguagem conotativa:</p><p>Amor é fogo que arde sem se ver</p><p>Amor é fogo que arde sem se ver;</p><p>É ferida que dói, e não se sente;</p><p>É um contentamento descontente;</p><p>É dor que desatina sem doer.</p><p>É um não querer mais que bem querer;</p><p>É um andar solitário entre a gente;</p><p>É nunca contentar-se de contente;</p><p>É um cuidar que se ganha em se perder.</p><p>É querer estar preso por vontade;</p><p>É servir a quem vence, o vencedor;</p><p>É ter com quem nos mata, lealdade.</p><p>Mas como causar pode seu favor</p><p>Nos corações humanos amizade,</p><p>Se tão contrário a si é o mesmo Amor?</p><p>(Luís Vaz de Camões, séc. XVI)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 29</p><p>ORDEM DAS PALAVRAS NAS</p><p>ORAÇÕES: MUDANÇA DE SENTIDO</p><p>OCASIONADA PELA INVERSÃO</p><p>Ordem Direta e Ordem Inversa das</p><p>palavras</p><p>Com o objetivo de compreendermos melhor</p><p>o assunto a ser discutido, analisaremos</p><p>primeiramente a oração em destaque:</p><p>Descontraídos, alegres e peraltas na sala</p><p>os garotos estão.</p><p>Houve alguma dificuldade no que se refere</p><p>à compreensão da mensagem? Ficou meio confuso</p><p>e você sentiu necessidade de pronunciar</p><p>pausadamente os termos constituintes desta</p><p>oração?</p><p>Naturalmente que sua resposta é positiva,</p><p>mas por que isso acontece?</p><p>Justamente porque o emissor da mensagem não</p><p>usou a Ordem Direta das palavras, que por sua vez,</p><p>é responsável pelo bom entendimento daquilo que</p><p>é pronunciado ou escrito no momento da</p><p>comunicação.</p><p>É importante sabermos que há certa</p><p>distinção entre oralidade e escrita, já que nesta há o</p><p>predomínio da linguagem formal, bem como o uso</p><p>correto da pontuação, da concordância e da grafia</p><p>de acordo com a gramática normativa. E naquela, a</p><p>linguagem já é mais livre de convenções e regras,</p><p>predominando, portanto, um nível mais coloquial.</p><p>E por assim dizer, o uso da ordem direta</p><p>das palavras refere-se mais precisamente à língua</p><p>escrita.</p><p>Mas qual seria a ordem direta da oração</p><p>acima?</p><p>Os garotos alegres, descontraídos e</p><p>peraltas estão na sala.</p><p>Para compreendermos melhor sobre a</p><p>mesma, basta fazermos a análise sintática:</p><p>Os garotos - Sujeito Simples</p><p>Estão na sala - Predicado Nominal</p><p>Alegres, peraltas e descontraídos -</p><p>Predicativo do sujeito.</p><p>Na sala - Adjunto adverbial de lugar.</p><p>Diante da análise feita, notamos que a</p><p>oração dispõe de todos os requisitos básicos para</p><p>que haja uma perfeita compreensão do enunciado</p><p>linguístico, ou seja, possui:</p><p>Sujeito + Predicado + Complemento - Eis a</p><p>grande questão.</p><p>Na ordem inversa, o sujeito é disposto</p><p>depois do predicado.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Arrombaram a janela com a maior</p><p>facilidade os bandidos.</p><p>Predicado Sujeito</p><p>Pediram desculpas os alunos do terceiro</p><p>ano.</p><p>Predicado Sujeito</p><p>Precisam ser pintadas essas paredes.</p><p>Predicado Sujeito</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 30</p><p>ORDEM DAS ORAÇÕES NO</p><p>ENUNCIADO: EFEITO DE SENTIDO</p><p>(REALCE) OCASIONADO PELA</p><p>INVERSÃO</p><p>Inversão da Ordem dos Termos numa</p><p>Oração</p><p>As palavras são as mesmas, só a ordem se</p><p>altera. Será que a primeira frase tem exatamente o</p><p>mesmo sentido da segunda?</p><p>De você eu gosto.</p><p>Eu gosto de você.</p><p>As palavras são as mesmas, só a ordem se</p><p>altera. Será que a primeira frase tem exatamente o</p><p>mesmo sentido da segunda? Podemos convir que o</p><p>sentido seja o mesmo, mas sabemos que ninguém</p><p>coloca as palavras numa certa ordem por acaso.</p><p>Quando alguém diz "De você eu gosto", a</p><p>ênfase recai no sintagma "de você". Essa inversão</p><p>da ordem gera mudança de foco, mudança de luz.</p><p>Note que "de você eu gosto" é diferente de "eu</p><p>gosto de você" no que diz respeito àquilo que está</p><p>sendo destacado: de você eu gosto, dela não.</p><p>No português a ordem das palavras numa</p><p>frase é relativamente flexível. A alteração da ordem</p><p>tem normalmente algum efeito estilístico.</p><p>Tomemos um exemplo, extraído da canção</p><p>"Zé Ninguém", gravada pelo Biquíni Cavadão:</p><p>... Quem foi que disse que a justiça tarda,</p><p>mas não falha?</p><p>Que, se eu não for um bom menino, Deus</p><p>vai castigar!</p><p>Os dias passam lentos</p><p>aos meses seguem os aumentos</p><p>cada dia eu levo um tiro que sai pela culatra</p><p>eu não sou ministro, eu não sou magnata</p><p>eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém</p><p>aqui embaixo, as leis são diferentes...</p><p>Você notou a frase "aos meses seguem os</p><p>aumentos" ( aos = a + os a = preposição )?</p><p>Nessa frase houve uma inversão na ordem,</p><p>e é possível rastrear a intenção que a gerou.</p><p>Observe antes, porém, que, para que não houvesse</p><p>ambiguidade, o letrista preposicionou o objeto direto</p><p>"os meses".</p><p>Do contrário, este poderia passar como</p><p>sujeito da oração (como identificaríamos claramente</p><p>o sujeito na construção "os meses seguem os</p><p>aumentos"?). O objeto direto preposicionado é um</p><p>recurso para destacar, sem margem a dúvidas, o</p><p>sujeito da oração.</p><p>Mas qual teria sido a intenção de inverter a</p><p>ordem dos termos na oração? Na ordem direta</p><p>seria "os aumentos seguem os meses", ou seja, os</p><p>meses vão correndo e, com eles, os aumentos.</p><p>Nessa sequência, não haveria rima entre os</p><p>termos "lentos" e "aumentos". Alterando a ordem das</p><p>palavras, o compositor obteve um efeito expressivo, a</p><p>rima. Trata-se de um recurso estilístico perfeitamente</p><p>possível. É a estrutura frasal se flexibilizando para</p><p>atender àquilo que efetivamente se quer dizer.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 31</p><p>O que é discurso direto?</p><p>Antes de qualquer coisa, vamos entender o</p><p>que é discurso. De acordo com a definição do</p><p>dicionário Priberam da língua portuguesa:</p><p>Fala, oratória.</p><p>Prática, sermão, oração.</p><p>Conjunto ordenado de frases, ditas em</p><p>público ou escritas.</p><p>Discurso direto é o texto, oral ou escrito, da</p><p>fala de alguém, na íntegra. É quando as palavras</p><p>de outra pessoa ou personagem são reproduzidas e</p><p>separadas das falas do narrador.</p><p>Este é o mais comum e natural entre os</p><p>tipos de discurso. É uma forma de dar vida própria</p><p>aos personagens, o que faz o leitor ficar mais</p><p>interessado e mergulhar na história.</p><p>Para fazer discurso direto são utilizados</p><p>dois pontos, aspas ou travessão de diálogo. Esses</p><p>recursos ajudam a identificar a quem pertencem as</p><p>falas.</p><p>Exemplo:</p><p>“Todos esperavam na sala de reuniões</p><p>quando André finalmente entrou. O chefe</p><p>perguntou:</p><p>“Por que você chegou atrasado à reunião?”</p><p>“O ônibus em que eu vinha quebrou”,</p><p>respondeu André.</p><p>No exemplo acima, tudo que está em</p><p>amarelo é discurso direto, ou seja, a fala dos</p><p>personagens, sem a interferência de um narrador.</p><p>Perceba que o discurso direto geralmente é</p><p>antecipado por um verbo de elocução. São verbos</p><p>que indicam o início de um discurso direto, como:</p><p>falar, responder, gritar, dizer, retrucar, questionar,</p><p>afirmar, perguntar, exclamar, e outros.</p><p>O que é discurso indireto?</p><p>O discurso indireto acontece quando o</p><p>próprio narrador diz o que outra pessoa ou</p><p>personagem disse. O narrador utiliza suas palavras</p><p>para transmitir a fala das personagens.</p><p>Esse tipo de discurso sempre é feito na 3ª</p><p>pessoa. Além disso, também são utilizados verbos</p><p>de elocução para anunciar o discurso, além de</p><p>conjunções que separam a fala do narrador das</p><p>falas dos personagens (que e se).</p><p>Lembra do exemplo anterior? Então, aquele</p><p>diálogo em discurso indireto ficaria assim:</p><p>Exemplo:</p><p>O chefe perguntou a André o motivo de ter se</p><p>atrasado para a reunião. André respondeu que o</p><p>ônibus em que vinha quebrara.</p><p>Variação: discurso indireto livre</p><p>No discurso indireto livre, além de dizer as</p><p>falas de outra pessoa ou personagem, o narrador</p><p>também toma o lugar da outra pessoa para relatar</p><p>seus sentimentos e desejos. Faz isso ao mesmo</p><p>tempo em que coloca sua própria narrativa.</p><p>Exemplo:</p><p>O chefe, completamente impaciente,</p><p>perguntou a André o motivo do atraso, ciente de que</p><p>sua postura diante do acontecido deveria servir de</p><p>exemplo para os outros funcionários.</p><p>André estava nervoso, mas não tinha o que</p><p>fazer além de dizer a verdade, acreditasse o chefe ou</p><p>não. Receoso, contou que o ônibus havia quebrado,</p><p>já imaginando que ninguém acreditaria nele.</p><p>O que está destacado são justamente</p><p>sentimentos e pensamentos dos personagens.</p><p>O discurso indireto livre também acontece</p><p>quando frases em discurso direto surgem entre uma</p><p>narração. É como uma intrusão de frases em</p><p>discurso direto, ou seja, a reprodução da fala de um</p><p>personagem, no meio da fala do narrador.</p><p>Parece complicado, mas com o exemplo</p><p>abaixo você vai entender melhor:</p><p>Exemplo:</p><p>André estava nervoso, mas não tinha o que</p><p>fazer além de dizer a verdade, acreditasse o chefe ou</p><p>não. Estava receoso, suando, de pé na sala cheia de</p><p>colegas, o ônibus em que eu vinha quebrou.</p><p>Perceba que o texto sublinhado foi inserido</p><p>sem elocução e sem demarcação de aspas, dois</p><p>pontos ou travessão. É uma mistura dos dois tipos de</p><p>discurso.</p><p>Como mudar um texto do discurso direto</p><p>para o discurso indireto?</p><p>Na hora de fazer a passagem do discurso</p><p>direto (DD) para o discurso indireto (DI) você precisa</p><p>prestar atenção em sete pontos principais.</p><p>Você deve ter notado essas mudanças ao</p><p>comparar os exemplos de cada tipo de discurso</p><p>mostrados acima. Mas agora listaremos os principais,</p><p>sempre na ordem DD > DI.</p><p>1. Pessoas e pronomes do discurso</p><p>O que estava em 1ª pessoa passa para a 3ª</p><p>pessoa. Você deve mudar a pessoa do verbo e todos</p><p>os pronomes da frase.</p><p>Eu > ele/ela</p><p>Nós > eles/elas</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 32</p><p>Meu > seu</p><p>2. Tempos verbais do indicativo</p><p>Presente > pretérito imperfeito</p><p>Pretérito imperfeito > pretérito mais-que-</p><p>perfeito</p><p>Futuro do presente > futuro do pretérito</p><p>3. Tempos verbais do subjuntivo</p><p>Presente e futuro > pretérito imperfeito</p><p>4. Tempos verbais no imperativo</p><p>Imperativo > pretérito imperfeito do</p><p>subjuntivo</p><p>5. Pontuação das frases</p><p>Frases interrogativas, exclamativas e</p><p>imperativas > frases declarativas</p><p>6. Noções temporais</p><p>Ontem > no dia anterior</p><p>Hoje > naquele dia</p><p>Amanhã > no dia seguinte</p><p>7. Noções espaciais</p><p>Aqui > ali</p><p>Aí > lá</p><p>Este > aquele</p><p>Isto > aquilo</p><p>Exemplo:</p><p>DD – “Vou procurar um apartamento na</p><p>zona norte amanhã”, disse ela.</p><p>DI – Ela disse que iria procurar um</p><p>apartamento na zona norte no dia seguinte.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 33</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>A ortografia é a parte da língua responsável</p><p>pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-</p><p>se no padrão culto da língua.</p><p>As palavras podem apresentar igualdade</p><p>total ou parcial no que se refere a sua grafia e</p><p>pronúncia, mesmo tendo significados diferentes.</p><p>Essas palavras são chamadas de homônimas</p><p>(canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim,</p><p>significa música vocal). As palavras homônimas</p><p>dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma</p><p>grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do</p><p>singular do verbo gostar) e homófonas, quando</p><p>tem o mesmo som (paço, palácio ou passo,</p><p>movimento durante o andar).</p><p>Quanto à grafia correta em língua</p><p>portuguesa, devem-se observar as seguintes</p><p>regras:</p><p>O fonema s:</p><p>Escreve-se com S e não com C/Ç:</p><p>• as palavras substantivadas derivadas de</p><p>verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.</p><p>Exemplos: pretender - pretensão / expandir</p><p>- expansão / ascender - ascensão / inverter -</p><p>inversão / aspergir aspersão / submergir -</p><p>submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo /</p><p>compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer -</p><p>recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /</p><p>consentir - consensual</p><p>Escreve-se com SS e não com C e Ç:</p><p>• os nomes derivados dos verbos cujos</p><p>radicais terminem em gred, ced, prim ou com</p><p>verbos terminados por tir ou meter</p><p>Exemplos: agredir - agressivo / imprimir -</p><p>impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /</p><p>exceder - excesso / percutir - percussão / regredir -</p><p>regressão / oprimir - opressão / comprometer -</p><p>compromisso / submeter - submissão</p><p>• quando o prefixo termina com vogal que</p><p>se junta com a palavra iniciada por s</p><p>Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re +</p><p>surgir - ressurgir</p><p>• no pretérito imperfeito simples do</p><p>subjuntivo</p><p>Exemplos: ficasse, falasse</p><p>Escreve-se com C ou Ç e não com S e</p><p>SS:</p><p>• os vocábulos de origem árabe:</p><p>Exemplos: cetim, açucena, açúcar</p><p>• os vocábulos de origem tupi, africana ou</p><p>exótica</p><p>Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça,</p><p>cacique</p><p>• os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça,</p><p>nça, uça, uçu.</p><p>Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar,</p><p>empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça,</p><p>dentuço</p><p>• nomes derivados do verbo ter.</p><p>Exemplos: abster - abstenção / deter -</p><p>detenção / ater - atenção / reter - retenção</p><p>• após ditongos</p><p>Exemplos: foice, coice, traição</p><p>• palavras derivadas de outras terminadas em</p><p>te, to(r)</p><p>Exemplos: marte - marciano / infrator -</p><p>infração / absorto - absorção</p><p>O fonema z:</p><p>Escreve-se com S e não com Z:</p><p>• os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o</p><p>radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos</p><p>nobiliárquicos.</p><p>Exemplos: freguês, freguesa, freguesia,</p><p>poetisa, baronesa, princesa, etc.</p><p>• os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.</p><p>Exemplos: catequese, metamorfose.</p><p>• as formas verbais pôr e querer.</p><p>Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.</p><p>• nomes derivados de verbos com radicais</p><p>terminados em d.</p><p>Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão /</p><p>empreender - empresa / difundir - difusão</p><p>• os diminutivos cujos radicais terminam com</p><p>s</p><p>Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha /</p><p>lápis - lapisinho</p><p>• após ditongos</p><p>Exemplos: coisa, pausa, pouso</p><p>• em verbos derivados de nomes cujo radical</p><p>termina com s.</p><p>Exemplos: anális(e) + ar - analisar /</p><p>pesquis(a) + ar - pesquisar</p><p>Escreve-se com Z e não com S:</p><p>• os sufixos ez e eza das palavras derivadas</p><p>de adjetivo</p><p>Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 34</p><p>• os sufixos izar (desde que o radical da</p><p>palavra de origem não termine com s)</p><p>Exemplos: final - finalizar / concreto -</p><p>concretizar</p><p>• como consoante de ligação se o radical</p><p>não terminar com s.</p><p>Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al -</p><p>cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho</p><p>O fonema j:</p><p>Escreve-se com G e não com J:</p><p>• as palavras de origem grega ou árabe</p><p>Exemplos: tigela, girafa, gesso.</p><p>• estrangeirismo, cuja letra G é originária.</p><p>Exemplos: sargento, gim.</p><p>• as terminações: agem, igem, ugem, ege,</p><p>oge (com poucas exceções)</p><p>Exemplos: imagem, vertigem, penugem,</p><p>bege, foge.</p><p>Observação</p><p>Exceção: pajem</p><p>• as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.</p><p>Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio,</p><p>relógio, refúgio.</p><p>• os verbos terminados em ger e gir.</p><p>Exemplos: eleger, mugir.</p><p>• depois da letra "r" com poucas exceções.</p><p>Exemplos: emergir, surgir.</p><p>• depois da letra a, desde que não seja</p><p>radical terminado com j.</p><p>Exemplos: ágil, agente.</p><p>Escreve-se com J e não com G:</p><p>• as palavras de origem latinas</p><p>Exemplos: jeito, majestade, hoje.</p><p>• as palavras de origem árabe, africana ou</p><p>exótica.</p><p>Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.</p><p>• as palavras terminada com aje.</p><p>Exemplos: laje, ultraje</p><p>O fonema ch:</p><p>Escreve-se com X e não com CH:</p><p>• as palavras de origem tupi, africana ou</p><p>exótica.</p><p>Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.</p><p>• as palavras de origem inglesa (sh) e</p><p>espanhola (J).</p><p>Exemplos: xampu, lagartixa.</p><p>• depois de ditongo.</p><p>Exemplos: frouxo, feixe.</p><p>• depois de en.</p><p>Exemplos: enxurrada, enxoval</p><p>Observação:</p><p>Exceção: quando a palavra de origem não</p><p>derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)</p><p>Escreve-se com CH e não com X:</p><p>• as palavras de origem estrangeira</p><p>Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila,</p><p>espadachim, chope, sanduíche, salsicha.</p><p>As letras e e i:</p><p>• os ditongos nasais são escritos com e: mãe,</p><p>põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.</p><p>• os verbos que apresentam infinitivo em -oar,</p><p>-uar são escritos com e: caçoe, tumultue.</p><p>Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -</p><p>oer e -uir: trai, dói, possui.</p><p>• atenção para as palavras que mudam de</p><p>sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i:</p><p>área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar),</p><p>dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir</p><p>(mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião</p><p>(brinquedo).</p><p>Apresentamos uma lista com as palavras</p><p>cujas grafias denotam dificuldade para os usuários.</p><p>Atenção, pois não sabemos quando poderemos</p><p>utilizar tais palavras.</p><p>Certo Errado</p><p>Descortino Descortínio</p><p>Cumeeira Cumieira</p><p>Crioulo</p><p>(a) Criolo(a)</p><p>Cavoucar Cavocar</p><p>Frustração Frustação</p><p>Maneirar Manerar</p><p>Propositadamente Propositalmente</p><p>Bonança Bonanza</p><p>Indigno (eu me) Indiguino (eu me)</p><p>Cear Ceiar</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 35</p><p>Paralelepípedo Paralepípedo</p><p>Sobrancelhas Sombrancelhas</p><p>Abreviaturas, Siglas e Símbolos:</p><p>Quando usar as abreviaturas?</p><p>Pessoal e internamente, podem-se usá-las</p><p>livremente, já que neste caso são de "consumo</p><p>interno".</p><p>Em correspondência oficial e empresarial</p><p>há abreviaturas consagradas que igualmente</p><p>podem ser usadas livremente. Exemplos: Exmo.,</p><p>Ilmo. Sr., Sra., V. Exa., V. Sa. (todos os pronomes</p><p>de tratamento), Ltda., S.A. ou S/A, a/c (aos</p><p>cuidados), etc.</p><p>Há circunstâncias em que o uso de</p><p>abreviaturas fica restrito a alguns casos. Em textos</p><p>técnicos ou científicos, por exemplo, são poucos os</p><p>casos. A rigidez não é absoluta, mas exige-se bom</p><p>senso. São de uso consagrado e liberado, mesmo</p><p>em textos técnico-científicos, além das</p><p>mencionadas no parágrafo acima, abreviaturas</p><p>como: nº, art., p. ou pág., cel, av., gen., a.C., entre</p><p>outras.</p><p>Como formar as abreviaturas?</p><p>Forma-se abreviatura com a primeira ou as</p><p>primeiras letras da palavra, encerrando-se em</p><p>consoante: cap. (capítulo), m. (masculino), art.</p><p>(artigo); quando se trata de encontro consonantal, a</p><p>abreviação é feita usando todo o encontro: dipl.</p><p>(diploma), constr. (construção).</p><p>A Associação Brasileira de Normas</p><p>Técnicas (ABNT) fixa algumas abreviaturas com</p><p>vogal final e outras na consoante inicial de</p><p>encontros consonantais: ago. (agosto), téc.</p><p>(técnico).</p><p>Devem ser mantidos os acentos e hífens</p><p>que figuram nas palavras usadas de forma</p><p>abreviada: séc. (século), dec.-lei (decreto-lei).</p><p>No caso de abreviaturas em que se</p><p>deveriam usar letras elevadas, devido à dificuldade</p><p>de elevá-las e também devido à consagração de</p><p>uso, admite-se colocar essas letras na mesma</p><p>altura e em igual tamanho das demais, usando-se o</p><p>ponto no final: cel. (cel - coronel), sra. (sra), dra.</p><p>(dra).</p><p>No caso de o ponto abreviativo coincidir</p><p>com o ponto final, não se deve repetir o ponto: etc.</p><p>Quando ao ponto indicativo de abreviatura seguir</p><p>outro sinal de pontuação, usam-se os dois: sra.,</p><p>sra.; sra.?</p><p>Há abreviaturas que servem para mais de</p><p>uma palavra: v. (verbo, veja, vapor, você), p. (pé,</p><p>página, palmo), gr. (grão, grátis, grau, grosa).</p><p>Há palavras e expressões contempladas com</p><p>mais de uma abreviatura: f., fl., fol. (folha); a.C., A.C.</p><p>(antes de Cristo).</p><p>No plural, em regra se acrescenta s: dras.,</p><p>sras., caps.; em alguns casos, dobram-se as letras</p><p>(maiúsculas): AA. (autores). Às vezes as letras</p><p>maiúsculas dobradas representam superlativos: DD.</p><p>(digníssimo).</p><p>O erro mais freqüente é o uso da abreviatura</p><p>sem o ponto que a encerra.</p><p>Quando e como usar as siglas?</p><p>Todas as letras da sigla deverão ser</p><p>maiúsculas quando forem usadas apenas as iniciais</p><p>das palavras que compõem o nome: PUC (Pontifícia</p><p>Universidade Católica). São as chamadas siglas</p><p>próprias ou puras.</p><p>Quando se usarem também outras letras que</p><p>não as iniciais das palavras que formam o nome,</p><p>prefere-se usar apenas inicial maiúscula: Bacen</p><p>(Banco Central), Copesul (Companhia Petroquímica</p><p>do Sul). São as chamadas siglas impróprias ou</p><p>impuras.</p><p>Quando se trata de siglas consagradas,</p><p>podem ser usadas diretamente, sem escrever o</p><p>nome das entidades por extenso. Caso contrário, na</p><p>primeira vez que aparecerem no texto devem ser</p><p>identificadas, entre parênteses ou separadas por</p><p>travessão. Em trabalhos mais extensos, pode-se</p><p>também apresentar lista de siglas no início ou no</p><p>final.</p><p>Quando e como usar os símbolos?</p><p>Os símbolos são abreviados sem o uso de</p><p>ponto: cm (centímetro), g (grama), min (minuto), kg</p><p>(quilograma).</p><p>A forma do plural é sempre igual à do</p><p>singular, sendo errado acrescentar s: m (metro e</p><p>metros), l (litro e litros), km (quilômetro e</p><p>quilômetros).</p><p>O uso dos símbolos é universal, podendo ser</p><p>usados em quaisquer circunstâncias, ao contrário das</p><p>abreviaturas.</p><p>Dicas de acentuação gráfica:</p><p>Na língua portuguesa, com exceção do til (~)</p><p>e dos casos de crase, o acento gráfico só pode</p><p>ocorrer na sílaba tônica das palavras, que são</p><p>aquelas sílabas pronunciadas de maneira destacada,</p><p>como ocorre nos exemplos a seguir: ca-FÉ, ca-fe-ZI-</p><p>nho, e-co-NÔ-mi-co, e-co-no-MI-a, se-cre-TÁ-ria, se-</p><p>cre-ta-RI-a. Portanto, a identificação da sílaba tônica</p><p>da palavra deve ser feita antes do uso das regras de</p><p>acentuação.</p><p>As regras só se aplicam às palavras da</p><p>língua portuguesa e às devidamente aportuguesadas.</p><p>Já nos grupos GUE, GUI, QUE e QUI. Esses</p><p>grupos apresentam três situações:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 36</p><p>* U não ser pronunciado; neste caso nada</p><p>se coloca sobre ele (nem trema nem acento):</p><p>quente, coqueiro, guerra, distinguir.</p><p>* U é átono, mas pronunciado: delinquente,</p><p>arguição, aguentar, delinquir.</p><p>* U não só é pronunciado, como é tônico;</p><p>argui, averigue, obliques.</p><p>Obs.: Fora dos grupos GUE, GUI, QUE e</p><p>QUI nada disso acontece, ou seja, não se aplica a</p><p>regra do trema: oblíquo, ambíguo, apaziguar.</p><p>Emprego das letras.</p><p>Palavras que se escrevem com “ESA”</p><p>burguesa, chinesa, despesa, escocesa,</p><p>francesa, inglesa, japonesa, holandesa, mesa,</p><p>pequinesa, portuguesa etc.</p><p>Se conseguirmos completar a frase “ELA</p><p>É”, a palavra será sempre com “S”. Ex. Ela é</p><p>chinesa. Ela é pequinesa.</p><p>Palavras que se escrevem com “EZA”.</p><p>alteza, avareza, beleza, crueza, fineza,</p><p>firmeza, lerdeza, proeza, pureza, singeleza, tristeza,</p><p>rijeza etc.</p><p>Palavras que se escrevem com “ÊS”</p><p>burguês, chinês, cortês, escocês, francês,</p><p>inglês, irlandês, montanhês, pedrês, português etc.</p><p>Se conseguirmos completar a frase “ELE</p><p>É”, a palavra será com “S”.</p><p>Ex: Ele é cortês. Ele é burguês. Ele é</p><p>francês.</p><p>Palavras que se escrevem com “EZ”</p><p>altivez, embriaguez, estupidez, intrepidez,</p><p>palidez, morbidez, pequenez, talvez, vez, viuvez,</p><p>sisudez, rigidez, surdez, maciez.</p><p>Palavras que se escrevem com “OSO”,</p><p>“OSA”</p><p>audacioso, brioso, cauteloso, delicioso,</p><p>formoso, gostoso, perigoso, pomposo, teimoso,</p><p>valioso etc</p><p>Palavras que se escrevem com “ISAR”</p><p>alisar, analisar, bisar, paralisar, pesquisar,</p><p>pisar etc.</p><p>Para que estes vocábulos se escrevam com</p><p>“S”, é necessário que no próprio radical já haja a</p><p>letra “S”.</p><p>Ex.: AVISAR-AVISO, ANALISAR-ANÁLISE,</p><p>BISAR-BIS, PARALISAR-PARALISIA, CATÁLISE-</p><p>CATALISADOR-CATALIZANTE, PORTUGUÊS-</p><p>PORTUGUESINHO, CASA-CASEBRE..</p><p>Palavras que se escrevem com “IZAR”</p><p>(formador de verbos) “IZAÇÃO” (formador de</p><p>substantivos).</p><p>amenizar, avalizar, catequizar, desmobilizar,</p><p>despersonalizar, esterilizar, estigmatizar, finalizar,</p><p>generalizar, harmonizar, poetizar, profetizar,</p><p>racionalizar, sensacionalizar, civilizar, civilização;</p><p>humanizar, humanização; colonizar, colonização;</p><p>realizar, realização.</p><p>Obs. Não confunda com os casos em que se</p><p>acrescenta o sufixo -ar a palavras que já apresentam</p><p>S: analisar, pequisar, avisar.</p><p>Apesar de CATEQUIZAR se derivar de</p><p>CATEQUESE, aquele termo se escreve com Z e</p><p>este, com S.</p><p>As palavras POETIZAR e PROFETIZAR não</p><p>se derivam de POETISA e PROFETISA, mas sim de</p><p>POETA e PROFETA. Por isso as primeiras se</p><p>escrevem com Z e as últimas, com S.</p><p>Palavras que se escrevem com “S”</p><p>A letra S representa o fonema /z/ quando é</p><p>intervolálica: asa, mesa, riso.</p><p>Usa-se a letra S:</p><p>a) nas palavras que derivam de outra em que</p><p>já existe S. (bizu 1.7)</p><p>b) nos sufixos:</p><p>-ês, -esa (para indicação de nacionalidade,</p><p>título, origem)</p><p>-ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos)</p><p>-isa (indicador de ocupação feminina):</p><p>poetisa,</p><p>profetisa, papisa</p><p>c) após ditongos: lousa, coisa, Neusa,</p><p>ausência, naúsea.</p><p>d) nas formas dos verbos pôr (e derivados) e</p><p>querer: pus, pusera, pusesse; repus, repusera,</p><p>repusesse; quis, quiséra. quisesse.</p><p>Algumas palavras</p><p>anis, atrás, brasa, compreensão, conversível,</p><p>coser(costurar), esôfago, esotérico, esoterismo,</p><p>espectador, esplêndido, esterco, estéril, estorvo,</p><p>extravasar, fusível, gás, gasolina, guisado, heresia,</p><p>hesitar, hipnose, hipocrisia, imersão, misto, revés,</p><p>sesta, asilo, isolar, isquemia, oscular, querosene,</p><p>quis, quiser, puser, siso, poetisa, profetisa,</p><p>sacerdotisa, submerso, usina, usufruir, usura,</p><p>usurpar, versátivel, inserto (inserido),</p><p>consertar(reparar), servo (servente), serração (ato de</p><p>serrar), intensão (intensidade), colisão, impulso,</p><p>imersão, inversão, maisena, pretensão, expansão,</p><p>pretensioso, obsessão (mas obcecado), lilás, revisão,</p><p>vaso, através, Isabel, ourivesaria.</p><p>Palavras que se escrevem com “Z”</p><p>azar, azenha, azeitona, azeite, azinhavre,</p><p>balizar, bizantino, bizarro, buzina, cozer (cozinhar),</p><p>dezena, dizimar, fuzil, aprazível, deslize, falaz, fezes,</p><p>fugaz, gazeta, giz, gozar, hipnotizar, tez, algazarra,</p><p>foz, prazerosamente, ojeriza, perspicaz, proeza,</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 37</p><p>desprezar, vazar, revezar, xadrez, azia, aziago,</p><p>talvez, cuscuz, coalizão, assaz, bissetriz.</p><p>Palavras que se escrevem com “X”</p><p>bexiga, coxo, engraxar, sintaxe, caxumba,</p><p>faxina, maxixe, muxoxo, paxá, praxe, xale, xícara,</p><p>excitante, xavante, xereta, baixo, trouxe, enxada,</p><p>enxaguar, enxame, enxaqueca, enxerto, enxortar,</p><p>enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, seixo, faixa,</p><p>exacerbar, exotérmico, exorcismo, expletivo,</p><p>expirar, expelir, expectativa, expor, explicar,</p><p>extasiar, exterminar, extensão, extenso, extorsivo,</p><p>exuberante, exalar, exaltar, exame, exarar,</p><p>exaustão, exéquias, exílio, exímio, êxito, êxodo,</p><p>exonerar, exótico, exumação, broxa(pincel), buxo</p><p>(arbusto ornamental), xá (título de soberano do</p><p>Oriente), xeque (incidente no xadrez), xampu,</p><p>xangai, expiar, baixeza, graxa, exsurgir, extirpar,</p><p>extorsão, roxo, xavante.</p><p>Palavras que se escrevem com “CH”</p><p>enchova, encharcar, encher, enchiqueirar,</p><p>enchoçar, enchente, enchouriçar, chave, chuchu,</p><p>chicote, chifre, chispar, chimpanzé, choupana,</p><p>chorumela, chulo, chumaço, chusma, chavão,</p><p>charuto, champanha, chacina, chantagem,</p><p>chaminé, chicana, chibata, chiar, bricha (prego),</p><p>bucho (estômago de animais), chá (arbusto),</p><p>cheque (ordem de pagamento), cocha (gamela),</p><p>tacha (prego), debochar, fachada, fantoche, linchar,</p><p>arrocho, brecha, pechincha, pichar, salsicha,</p><p>chicória, cachimbo, broche, bochecha, flecha,</p><p>mochila, chute, chope, apetrecho, comichão.</p><p>Palavras que se escrevem com “Ç” ou “C”</p><p>à beça, almoço, terçol, ressurreição,</p><p>exceção, cessação, açucena, joça, camurça,</p><p>mormaço, presunção, torção, trança, soçobrar,</p><p>troço, joça, pança, maçarico, maciço, ruço</p><p>(grisalho), aguçar, caçula, seção(departamento),</p><p>retenção, abstenção, disfarçar, cerração (nevoeiro),</p><p>cervo (veado), decertar (lutar), empoçar (formar</p><p>poça), intenção (propósito), oaço (palácio), sucinto,</p><p>silêncio.</p><p>Palavras que se escrevem com “SS”</p><p>admissão, demissionário, transmissão,</p><p>emissor, expressão, expresso, impressionismo,</p><p>compressor, assado, passar, ingressar, progresso,</p><p>sucesso, discussão, repercussão, promessa,</p><p>remessa, agressivo, transgressão, antiqüíssimo,</p><p>tenacíssimo, excesso, dissensão, sossego,</p><p>pêssego, massagem, secessão, necessário,</p><p>escasso, escassez, sessão (reunião), cessão</p><p>(ceder), sessar (peneirar), russo (natural da</p><p>Rússia), passo (passada), empossar (dar posse),</p><p>cassar (anular) dissertar (discorrer).</p><p>Palavras que se escrevem com “SC”</p><p>abscissa, abscesso, adolescente,</p><p>ascensão, acrescentar, acréscimo, ascese,</p><p>ascetismo, ascensorista, consciência, cônscio,</p><p>descendente, descensão, descentralizar, descente</p><p>(vazante), discente, disciplina, discípulo, fascículo,</p><p>fascínio, fascinante, isósceles, nascer, obsceno,</p><p>oscilação, piscina, piscicultura, imprescindível,</p><p>intumescer, irascível, miscigenação, seiscentos,</p><p>transcender, rescindir, rescisão, ressuscitar, suscitar.</p><p>Palavras que se escrevem com “G”</p><p>a) nos substantivos terminados em agem,</p><p>igem, ugem: aragem, barragem, contagem, coragem,</p><p>malandragem, miragem, fuligem, origem, vertigem,</p><p>ferrugem, lanugem, rabugem. Cuidado com as</p><p>exceções pajem e lambujem.</p><p>b) nas palavras terminadas em ágio, égio,</p><p>ígio, ógio, úgio: adágio, contágio, estágio, pedágio;</p><p>colégio, egrégio; litígio, prestígio; necrológico, relógio;</p><p>refúgio, subterfúgio.</p><p>Outras</p><p>angelical, aborígine, agilidade, algema, agir,</p><p>agiota, apogeu, argila, bege, cogitar, drágea, faringe,</p><p>fugir, geada, gengibre, gíria, tigela, rigidez, monge,</p><p>ogiva, herege, genuíno, algemas, gergelim, gesso,</p><p>egípcio, gironda, infrigir, bugiganga, viagem</p><p>(substantivo), vagem, estiagem, folhagem,</p><p>geringonça, ginete, gengiva, sargento, coragem,</p><p>ferrugem, tragédia, gesto.</p><p>Palavras que se escrevem com “J”</p><p>a) nas formas dos verbos terminados em -jar:</p><p>arranjar (arranjo, arrajem, por exemplo); enferrujar</p><p>(enferruje, enferrujem), viajar (verbo -> viajo, viaje,</p><p>viajem);</p><p>b) nas palavras oriundas do Tupi, africana e</p><p>árabe ou de origem exótica: Jibóia, pajé, jirau,</p><p>alfanje, alforje, canjica, jerico, manjericão, Moji.</p><p>OUTRAS igrejinha, laje, lajeado, varejista,</p><p>sarjeta, gorjeta, anjinho, canjica, viajem (verbo),</p><p>encorajem (verbo), enferrujem (verbo), cafajeste,</p><p>cerejeira, injeção, enrijecer, berinjela, jejuar, jérsei,</p><p>interjeição, jesuíta, jibóia, lambujem, majestade, jirau,</p><p>ultraje, traje, ojeriza, jenipano, pajé, pajem, jeito,</p><p>granja, projétil (ou projetil), rejeição, sarjeta, traje,</p><p>jerimum.</p><p>A letra “H”</p><p>hálito, hangar, harmonia, harpa, haste,</p><p>hediondo, hélice, hemisfério, hemorragia, herbívoro</p><p>(mas ervas), hérnia, herói, hesitar, hífen, hipismo,</p><p>hipocondria, hilaridade, hipocrisia, hipótese, histeria,</p><p>homenagem, horror, horta, hostil, humor, húmus.</p><p>Em “Bahia”, o H sobrevive por tradição</p><p>histórica. Observe que nos derivados ele não é</p><p>usado: baiano, baianismo.</p><p>ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS</p><p>Por que / por quê / porque / porquê</p><p>POR QUE (separado e sem acento)</p><p>É usado:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 38</p><p>que</p><p>equivale a qual motivo.</p><p>Por que regressamos?</p><p>(Por qual motivo regressamos ?)</p><p>Por que não vieram os computadores ?</p><p>(Por qual motivo não vieram ?)</p><p>que</p><p>equivale a qual razão ou qual motivo.</p><p>Perguntei-lhe por que faltara à aula.</p><p>(por qual motivo).</p><p>Não sabemos por que ele faleceu.</p><p>(por qual razão).</p><p>pelo qual / pela</p><p>qual / pelos quais / pelas quais.</p><p>Ignoro o motivo por que ele se demitiu.</p><p>(pelo qual).</p><p>Eis as causas por que não venceremos.</p><p>(pelas quais).</p><p>Estranhei a forma por que o estudante</p><p>reagiu.</p><p>(pela qual).</p><p>motivo pelo</p><p>qual ou razão pela qual.</p><p>Não há por que chorar.</p><p>(motivo pelo qual).</p><p>Viajamos sem roteiro: eis por que nos</p><p>atrasamos.</p><p>(a razão pela qual).</p><p>PORQUE</p><p>É usado introduzindo:</p><p>- Explicação.</p><p>Ex.: Não reclames, porque é pior.</p><p>- Causa.</p><p>Ex.: Faltou à aula porque estava doente.</p><p>POR QUÊ</p><p>É usado ao final da frase interrogativa ou</p><p>quando estiver sozinho.</p><p>Ex.: Você fez isso, por quê?</p><p>Por quê?</p><p>PORQUÊ</p><p>É usado como substantivo; é sinônimo de</p><p>motivo, razão.</p><p>Ex.: Não sei o porquê disso.</p><p>ONDE E AONDE</p><p>A tendência no português atual é considerar</p><p>a seguinte distinção: aonde indica a ideia de</p><p>movimento ou aproximação (com verbos que exigem</p><p>a preposição “A”), opondo-se a donde que exprime</p><p>afastamento</p><p>com o texto, extraindo-se</p><p>informações e se preparando para a leitura</p><p>interpretativa. Durante a interpretação grife</p><p>palavras-chave, passagens importantes;</p><p>tente ligar uma palavra à ideia central de</p><p>cada parágrafo.</p><p>A última fase de interpretação</p><p>concentra-se nas perguntas e opções de respostas.</p><p>Marque palavras como não, exceto,</p><p>respectivamente, etc., pois fazem diferença na</p><p>escolha adequada.</p><p>Retorne ao texto mesmo que pareça ser</p><p>perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior</p><p>para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.</p><p>Um texto para ser compreendido deve</p><p>apresentar ideias seletas e organizadas, através</p><p>dos parágrafos que é composto pela ideia central,</p><p>argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão</p><p>do texto.</p><p>A alusão histórica serve para dividir o</p><p>texto em pontos menores, tendo em vista os</p><p>diversos enfoques.</p><p>Convencionalmente, o parágrafo é</p><p>indicado através da mudança de linha e um</p><p>espaçamento da margem esquerda.</p><p>Uma das partes bem distintas do</p><p>parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central</p><p>extraída de maneira clara e resumida.</p><p>Atentando-se para a ideia principal de</p><p>cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos</p><p>levará à compreensão do texto.</p><p>Produzir um texto é semelhante à arte de</p><p>produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com</p><p>muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por</p><p>isso se faz necessária a compressão da coesão e</p><p>coerência.</p><p>Coesão</p><p>É a amarração entre as várias partes do</p><p>texto. Os principais elementos de coesão são os</p><p>conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem</p><p>conexão entre palavras ou partes de uma frase. O</p><p>texto deve ser organizado por nexos adequados, com</p><p>sequência de ideias encadeadas logicamente,</p><p>evitando frases e períodos desconexos.</p><p>Para perceber a falta de coesão, a melhor</p><p>atitude é ler atentamente o seu texto, procurando</p><p>estabelecer as possíveis relações entre palavras que</p><p>formam a oração e as orações que formam o período</p><p>e,</p><p>finalmente, entre os vários períodos que</p><p>formam o texto.</p><p>Um texto bem trabalhado sintática e</p><p>semanticamente resulta num</p><p>texto coeso.</p><p>Coerência</p><p>A coerência está diretamente ligada à</p><p>possibilidade de estabelecer um sentido para o texto,</p><p>ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido</p><p>para quem lê. Na avaliação da coerência será levado</p><p>em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo,</p><p>será avaliada a capacidade de relacionar os</p><p>argumentos e de organizá-los de forma a extrair</p><p>deles conclusões apropriadas; num texto narrativo,</p><p>será avaliada sua capacidade de construir</p><p>personagens e de relacionar ações e motivações.</p><p>Tipos de Composição:</p><p>Narrar é contar uma história. A Narração</p><p>é uma sequência de ações que se desenrolam na</p><p>linha do tempo, umas após outras. Toda ação</p><p>pressupõe a existência de um personagem ou</p><p>actante que a prática em determinado momento e em</p><p>determinado lugar, por isso temos quatro dos seis</p><p>componentes fundamentais de que um emissor ou</p><p>narrador se serve para criar um ato narrativo:</p><p>personagem, ação, espaço e tempo em</p><p>desenvolvimento. Os outros dois componentes da</p><p>narrativa são: narrador e enredo ou trama.</p><p>Descrever é pintar um quadro, retratar</p><p>um objeto, um personagem, um ambiente. O ato</p><p>descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por</p><p>não se preocupar com a sequência das ações, com a</p><p>sucessão dos momentos, com o desenrolar do</p><p>tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um</p><p>ou vários personagens, uma ou várias ações, em um</p><p>determinado momento, em um mesmo instante e em</p><p>uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de</p><p>um instante.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3</p><p>A descrição pode ser estática ou</p><p>dinâmica.</p><p>A descrição estática não envolve ação.</p><p>Exemplos: "Uma velha gorda e suja."</p><p>"Árvore seca de galhos grossos e</p><p>retorcidos."</p><p>A descrição dinâmica apresenta um</p><p>conjunto de ações concomitantes, isto é, um</p><p>conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo</p><p>tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir</p><p>do momento em que o operador para as máquinas</p><p>projetoras, todas as ações que se veem na tela</p><p>estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão</p><p>compondo uma descrição dinâmica. Descrição</p><p>porque todas as ações acontecem ao mesmo</p><p>tempo, dinâmica porque inclui ações.</p><p>Dissertar diz respeito ao</p><p>desenvolvimento de ideias, de juízos, de</p><p>pensamentos.</p><p>Exemplos:</p><p>"As circunstâncias externas determinam</p><p>rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o</p><p>homem..."</p><p>"Nem a vontade, nem a razão podem</p><p>agir independentemente de seu condicionamento</p><p>passado."</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4</p><p>Tipo textual</p><p>Forma como um determinado enunciado de</p><p>um texto é apresentado.</p><p>Os tipos textuais básicos são:</p><p>a narração,</p><p>a descrição,</p><p>a dissertação,</p><p>a exposição,</p><p>a injunção</p><p>e a informação.</p><p>Estes tipos são definidos pela natureza</p><p>linguística da sua composição (relações lógicas,</p><p>aspectos lexicais, etc) permitindo assim criar</p><p>modelos teóricos definidos pelas suas propriedades</p><p>linguísticas. Esta divisão, no entanto, é frágil pois é</p><p>comum a utilização de diversos tipos textuais</p><p>combinados, gerando textos que não podem ser</p><p>facilmente enquadrados em nenhum dos tipos</p><p>anteriormente citados.</p><p>Tipo Textual é diferente de Gênero</p><p>Textual, que é a realização concreta (oral ou</p><p>escrita) de um tipo textual. Exemplos de gêneros</p><p>podem incluir: crônica, conto, telefonema, bilhete,</p><p>resenha, anúncios, cartazes, histórias, instruções</p><p>de uso, etc.</p><p>Tipos textuais são um grupo limitado de</p><p>formas que são definidos pelas suas propriedades</p><p>linguísticas. Gêneros Textuais podem combinar um</p><p>ou mais tipos para atender uma necessidade</p><p>específica. Desta forma, um conjunto de gêneros</p><p>pode ser baseado em um mesmo</p><p>(com verbos eu exigem a preposição</p><p>“DE”). Costuma referir-se a verbos de movimento.</p><p>Aonde você vai?</p><p>Aonde querem chegar com essas atitudes?</p><p>Aonde devo dirigir-me para obter</p><p>esclarecimentos?</p><p>Não sei aonde ir.</p><p>Donde você veio?</p><p>Onde indica o lugar em que se está ou em</p><p>que se passa algum fato. Normalmente refere-se a</p><p>verbos que exprimem estado ou permanência, ou</p><p>seja, verbos que exigem a preposição “EM”.</p><p>Onde você está?</p><p>Onde você vai ficar nas próximas férias?</p><p>Não sei onde começar a procurar.</p><p>MAIS e MAS</p><p>Mas é uma conjunção adversativa,</p><p>equivalendo a porém, contudo, entretanto.</p><p>Não conseguiu, mas tentou.</p><p>Mais é pronome ou advérbio de intensidade,</p><p>opondo-se normalmente a menos.</p><p>Ele foi quem mais tentou, ainda assim não</p><p>conseguiu.</p><p>É um dos países mais miseráveis do planeta.</p><p>NA MEDIDA EM QUE E À MEDIDA QUE</p><p>Na medida em que exprime relação de</p><p>causa e equivale a “porque”, “já que”, “uma vez que”.</p><p>Na medida em que os projetos foram</p><p>abandonados, a população carente ficou entregue à</p><p>própria sorte.</p><p>À medida que indica proporção,</p><p>desenvolvimento simultâneo e gradual. Equivale a “à</p><p>proporção que”.</p><p>A ansiedade aumentava à medida que o</p><p>prazo ia chegando ao fim.</p><p>MAL E MAU</p><p>Mal pode ser advérbio ou substantivo. Como</p><p>advérbio significa “irregularmente”, “erradamente”,</p><p>“de forma inconveniente ou desagradável”. Opõe-se</p><p>a bem.</p><p>Era previsível que ele se comportaria mal.</p><p>Era evidente que ele estava mal-intencionado porque</p><p>suas opiniões haviam repercutido mal na reunião</p><p>anterior.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 39</p><p>Como substantivo, mal pode significar</p><p>“doença”, “moléstia”, em alguns casos significa</p><p>“aquilo que é prejudicial ou nocivo”.</p><p>A febre amarela é um mal que atormenta</p><p>as populações pobres.</p><p>O mal é que não se toma nenhuma atitude</p><p>definitiva.</p><p>O substantivo mal também pode designar</p><p>um conceito moral, ligado à ideia de maldade,</p><p>nesse sentido a palavra também opõe-se a bem.</p><p>Há uma frase de que a visão da realidade</p><p>nos faz muitas vezes duvidar: “O mal não</p><p>compensa”</p><p>Mau é adjetivo. Significa “ruim”, “de má</p><p>índole”, “de má qualidade”. Opõe-se a bom e</p><p>apresenta a forma feminina má.</p><p>Não é mau sujeito.</p><p>Trata-se de um mau administrador.</p><p>Tem um coração mau.</p><p>A PAR e AO PAR</p><p>A par tem o sentido de “bem-informado”,</p><p>“ciente”.</p><p>Mantenha-me a par de tudo o que</p><p>acontecer.</p><p>É importante manter-se a par das decisões</p><p>parlamentares.</p><p>Ao par é uma expressão usada para indicar</p><p>relação de equivalência ou igualdade entre valores</p><p>financeiros (geralmente em operações cambiais):</p><p>As moedas fortes mantém o câmbio</p><p>praticamente ao par.</p><p>AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A</p><p>Ao encontro de indica “ser favorável a”,</p><p>aproximar-se de”.</p><p>Ainda bem que sua posição vai ao</p><p>encontro da minha.</p><p>Quando a viu foi ao seu encontro e</p><p>abraçou-a.</p><p>De encontro a indica oposição, choque,</p><p>colisão. Veja.</p><p>Suas opiniões sempre vieram de encontro</p><p>às minhas, pertencemos a mundos diferentes.</p><p>O caminhão foi de encontro ao muro,</p><p>derrubando-o.</p><p>A E HÁ NA EXPRESSÃO DE TEMPO</p><p>O verbo haver é usado em expressões que</p><p>indicam tempo já transcorrido:</p><p>Tais fatos aconteceram há dez anos.</p><p>Nesse sentido, equivale ao verbo fazer:</p><p>Tudo aconteceu faz dez anos.</p><p>A preposição a surge em expressões em que</p><p>a substituição pelo verbo fazer é impossível:</p><p>O lançamento do satélite ocorrerá daqui a</p><p>duas semanas.</p><p>Eles partirão daqui a duas horas.</p><p>ACERCA DE E HÁ CERCA DE</p><p>Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”:</p><p>Haverá uma palestra acerca das</p><p>consequências das queimadas.</p><p>Há cerca de indica um período aproximado</p><p>de tempo já transcorrido ou equivale ao verbo existir</p><p>+ aproximadamente:</p><p>Os primeiros colonizadores surgiram há</p><p>cerca de quinhentos anos.</p><p>Há cerca de dez pessoas te procurando</p><p>AFIM E A FIM</p><p>Afim é um adjetivo que significa “igual”,</p><p>“semelhante”. Relaciona-se com a ideia de</p><p>afinidade:</p><p>Tiveram ideias afins durante o trabalho.</p><p>São espíritos afins.</p><p>A fim surge na locução a fim de, que</p><p>significa “para” e indica ideia de finalidade:</p><p>Trouxe algumas flores a fim de nos agradar.</p><p>DEMAIS E DE MAIS</p><p>Demais pode ser advérbio de intensidade,</p><p>com o sentido de “muito”, aparece intensificando</p><p>verbos, adjetivos ou outros advérbios:</p><p>Aborreceram-nos demais: isso nos deixou</p><p>indignados demais.</p><p>Estou até bem demais.</p><p>Demais também pode ser pronome</p><p>indefinido, equivalendo a “outros”, “restantes”:</p><p>Não coma todo o pudim. Deixe um pouco</p><p>para os demais.</p><p>De mais opõe-se a de menos. Refere-se</p><p>sempre a um substantivo ou pronome:</p><p>Não vejo nada de mais em sua atitude.</p><p>O concurso foi suspenso porque surgiram</p><p>candidatos de mais.</p><p>SENÃO E SE NÃO</p><p>Senão equivale a “caso contrário” ou “a não</p><p>ser”:</p><p>É bom que colabore, senão não haverá</p><p>como ajuda-lo.</p><p>Se não surge em orações condicionais.</p><p>Equivale a “caso não”:</p><p>Se não houver aula, iremos ao cinema.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 40</p><p>ACENTUAÇÃO GRÁFICA</p><p>REGRAS DE ACENTUAÇÃO.</p><p>As palavras podem conter uma ou mais</p><p>sílabas. E ao pronunciá-las, temos a tendência em</p><p>proferi-las intensificando uma sílaba frente as</p><p>outras. Por exemplo, quando alguém fala a palavra</p><p>“casa”, pronunciará com mais força uma das</p><p>sílabas, no caso [ka]. Por que fazemos isso?</p><p>Simplesmente porque a oralidade não é um sistema</p><p>de uma única entonação. Tal como a música,</p><p>precisamos destacar partes de sons para manter a</p><p>atenção do ouvinte. Imagine se falássemos todas</p><p>as palavras utilizando uma única modulação?.</p><p>Esta sílaba que entoamos com maior</p><p>ênfase a chamamos de sílaba tônica, já que é nela</p><p>que recai a tonicidade, o som que mais se destaca</p><p>ao pronunciar uma palavra. A gramática também</p><p>nomeia esse acento tônico como pro-sódico, pois</p><p>está ligado à emissão dos sons na fala. Todas as</p><p>palavras com mais de uma sílaba possuem uma e</p><p>somente uma sílaba tônica, como podemos verificar</p><p>nesses exemplos: úmido, ideia, cadeira, jacaré.</p><p>Importante destacar que o acento tônico é</p><p>um fenômeno fonético, pois referente à fala.</p><p>Entretanto, quando passamos a linguagem para</p><p>outro registro, o da escrita, muitas vezes há a</p><p>necessidade de enfatizar tal acento na própria</p><p>grafia, já que pode surgir erro de tonicidade. Na</p><p>origem da grafia, muitas palavras que não eram do</p><p>uso comum dos falantes passaram a receber o</p><p>acento gráfico a fim de reforçar textualmente o</p><p>modo de pronunciá-las. Assim sendo, há palavras</p><p>que não recebem acento gráfico, como porta,</p><p>cortina, urubu, e outras que sim, como tônico,</p><p>amável, paralelepípedo.</p><p>Se em uma palavra há uma sílaba mais</p><p>forte, como chamamos as pronunciadas com</p><p>menos intensidade? A gramática denomina sílabas</p><p>átonas as mais fracas, que podem ser pretônicas</p><p>ou postônicas dependendo de sua posição frente a</p><p>sílaba tônica.</p><p>Em uma palavra com mais de uma sílaba,</p><p>portanto, haverá sempre uma com maior destaque</p><p>fonético, a sílaba tônica. Entretanto, a ênfase em</p><p>uma sílaba possui também regras impostas pela</p><p>própria fala.</p><p>Por maior que seja um vocábulo, há apenas</p><p>três modos de emitir tonicidade: ênfase na última</p><p>sílaba (oxítona), penúltima (paroxítona) ou</p><p>antepenúltima (proparoxítona):</p><p>- OXÍTONAS: palavras que</p><p>apresentam a última sílaba tônica, tais como</p><p>jacaré, também, amor, rapaz.</p><p>- PAROXÍTONAS: Paroxítona</p><p>significa literalmente, “ao lado da oxítona”, e são</p><p>as palavras que possuem a penúltima sílaba</p><p>tônica, como táxi, caráter, heroico, porta. Vale</p><p>destacar que a língua portuguesa é basicamente</p><p>paroxítona, devido à maior quantidade de palavras</p><p>com essa carac- terística.</p><p>-PROPAROXÍTONAS: fenômeno menos</p><p>comum, são as palavras que apresentam a</p><p>antepenúltima sílaba tôni- ca. Alguns exemplos de</p><p>proparoxítonas: exército, pêndulo, quilômetro.</p><p>A Língua Portuguesa também apresenta</p><p>palavras com uma única sílaba, as quais chamamos</p><p>de monossílabos. Estes são pronunciados com</p><p>menor ou maior ênfase e, por isso, podem ser átonos</p><p>ou tônicos:</p><p>- Monossílabos átonos: sãos os</p><p>enunciados com me- nor intensidade e, por serem</p><p>constituídos por uma única sílaba, são dependentes</p><p>foneticamente da palavra a qual se apoiam,</p><p>tornando-se praticamente uma sílaba da mesma.</p><p>As preposições, conjunções, artigos e pronomes</p><p>oblíquos átonos integram esse grupo. Vejamos as</p><p>palavras “amá-lo”. O pronome oblíquo “lo” é átono e</p><p>é acoplado foneticamente á palavra amar.</p><p>- Monossílabos tônicos: proferidos</p><p>com maior ênfase, possuem independência</p><p>fonética: má, mim, eu, tu, mar, céu.</p><p>1) OXÍTONAS:</p><p>Acentuam-se todas as oxítonas terminadas</p><p>em a, e, o – seguidos ou não de “s”: sofás,</p><p>crachás, jacarés, filé, purê, dominó, cipós, metrô….</p><p>- ditongo nasal -ém, -éns: mantém,</p><p>ninguém, parabéns, amém…</p><p>- ditongos abertos -ói, -éu, -éi,</p><p>seguindo ou não de “s”: herói, troféu, fiéis.</p><p>2) PAROXÍTONAS:</p><p>Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:</p><p>- r: ímpar, cadáver</p><p>- l : réptil, têxtil</p><p>- n: éden, hífen</p><p>- x – xérox, tórax</p><p>- ps – bíceps, fórceps</p><p>- ã, ãs, ão, ãos – órgão, órfã, órgãos</p><p>- um, uns, om, ons – álbum, fóruns,</p><p>prótons</p><p>- us – vírus, bônus</p><p>- i, is, júri, tênis</p><p>- ei, eis – jóquei, jóquei</p><p>As paroxítonas e os erros de prosódia</p><p>Algumas palavras são acentuadas ou</p><p>pronunciadas de maneira equivocada, não</p><p>respeitando sua tonicidade. É o que chamamos de</p><p>erros de entonação ou de prosódia, e que geralmente</p><p>transformam paroxítonas em proparoxítonas:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 41</p><p>Correto Errado</p><p>rubrica rúbrica</p><p>recorde récorde</p><p>libido líbido</p><p>pudico púdico</p><p>filantropo filântropo</p><p>3) PROPAROXÍTONAS</p><p>Por se tratar de um fenômeno mais raro de</p><p>entonação das palavras, temos a tendência de</p><p>pronunciar erroneamente as palavras com a</p><p>antepenúltima sílaba tônica. Por isso mesmo todas</p><p>as proparoxítonas devem ser acentuadas para</p><p>evitar esse equívoco.</p><p>Exemplos:</p><p>xícara, úmido, colocávamos, término,</p><p>lógico.</p><p>Obs. Caso a vogal tônica for fechada ou</p><p>nasal usa-se o acento circunflexo:</p><p>côncavo, estômago, sonâmbulo.</p><p>ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS:</p><p>Acentuam-se os monossílabos terminados</p><p>em:</p><p>a) a, as: má, já, lá, cá, pás</p><p>b) e, es: crê, vês, pé</p><p>c) o, os: nós, nós, dó, pô-lo</p><p>ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS E A</p><p>NOVA ORTOGRAFIA</p><p>Segundo o Novo Acordo Ortográfico do</p><p>Português, não são mais acentuados ditongos</p><p>abertos em palavras paroxítonas:</p><p>Como era Como é agora</p><p>heróico heroico</p><p>idéia ideia</p><p>jibóia jiboia</p><p>apóia apoia</p><p>paranóico paranoico</p><p>ACENTUAÇÃO DOS HIATOS</p><p>Chamamos de hiato o encontro de duas</p><p>vogais em uma palavra que, no entanto, não fazem</p><p>parte da mesma sílaba. A maior parte dos hiatos</p><p>não são acentuados, mas alguns levam acento para</p><p>evitar erros de pronúncia.</p><p>Acentuam-se as vogais “i” e “u” que formam</p><p>hiato com a sílaba anterior:</p><p>cafeína balaústre saúde saída saúva</p><p>No entanto, há uma exceção. Não são</p><p>acentuados os hiatos seguidos por dígrafo “nh”, tal</p><p>como rainha, moinho, ruim, amendoim, ainda.</p><p>Também evitamos acentuação em hiatos que não</p><p>formam sílaba com letra diferente de “s”, como em</p><p>juiz, cair, sair, contribuiu.</p><p>Segundo o Novo Acordo Ortográfico do</p><p>Português, não são mais acentuados os hiatos que</p><p>vêm após ditongos: baiuca, feiura, bocaiuva.</p><p>Também os “ôos” e “êes” não levam mais acento:</p><p>enjoo, voo, creem, veem.</p><p>EMPREGO do TIL</p><p>O til [~] é um sinal e não um acento. No</p><p>Português o til aparece sobre as vogais “a” e “o” para</p><p>indicar nasalização, som que sai pela boca e nariz.</p><p>Tal sinal não se sobrepõe em sílabas tônicas</p><p>somente, podendo também estar em sílabas</p><p>pretônicas ou átonas: Exemplos: órgão, órfã,</p><p>balõezinhos…</p><p>O ACENTO DIFERENCIAL</p><p>Como o próprio nome diz, o acento</p><p>diferencial tem como função marcar uma diferença.</p><p>Há muitas palavras no português que são</p><p>homógrafas, ou seja, que possuem a mesma grafia e,</p><p>por isso, é necessário um sinal distintivo para que</p><p>não surjam equívocos. Vejamos:</p><p>a) Pôde – Pretérito perfeito do indicativo</p><p>b) Pode – Presente do indicativo</p><p>c) Pôr – Verbo</p><p>Por – preposição</p><p>É facultativo o uso do acento diferencial para</p><p>distinguir as palavras forma e fôrma. Imagine a frase:</p><p>qual a forma da fôrma de torta que você comprou?</p><p>O Novo Acordo Ortográfico do Português</p><p>aboliu alguns acentos diferenciais, tais como em pelo</p><p>(preposição) e pêlo (substantivo), pára (verbos) e</p><p>para (preposição):</p><p>O pelo do gato está crescendo muito. Vá pelo</p><p>caminho mais curto.</p><p>Ele para para pensar.</p><p>TREMA</p><p>O trema, sinal de dois pontos usado sobre a</p><p>letra “u”, era utilizado para marcar a pronúncia da</p><p>vogal em palavras marcadas pelo encontro vocálico,</p><p>tais como “lingüiça” e “freqüentar”. Entretanto,</p><p>segundo a Nova Ortografia, não se deve mais usar</p><p>essa marcação. A partir de agora as pala- vras são</p><p>assim grafadas:</p><p>Frequentar, linguiça, linguística, bilíngue,</p><p>cinquenta, aguentar.</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>1. (EPCAR) Assinale a série em que todos</p><p>os vocábulos devem receber acento gráfico:</p><p>a) Troia, item, Venus</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 42</p><p>b) hifen, estrategia, albuns</p><p>c) apoio (subst.), reune, faisca</p><p>d) nivel, orgão, tupi</p><p>e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu</p><p>2. (BB) Opção correta:</p><p>a) eclípse</p><p>b) juíz</p><p>c) agôsto</p><p>d) saída</p><p>e) intúito</p><p>3. (BB) “Alem do trem, voces tem</p><p>onibus, taxis e aviões”.</p><p>a) 5 acentos</p><p>b) 4 acentos</p><p>c) 3 acentos</p><p>d) 2 acentos</p><p>e) 1 acento</p><p>4. (BB) Monossílabo tônico:</p><p>a) o</p><p>b) lhe</p><p>c) e</p><p>d) luz</p><p>e) com</p><p>5. (BB) Leva acento:</p><p>a) pêso</p><p>b) pôde</p><p>c) êste</p><p>d) tôda</p><p>e) cêdo</p><p>6. (BB) Não leva acento:</p><p>a) atrai-la</p><p>b) supo-la</p><p>c) conduzi-la</p><p>d) vende-la</p><p>e) revista-la</p><p>7. (UF-PR) Assinale a alternativa em que</p><p>todos os vocábulos são acentuados por serem</p><p>oxítonos:</p><p>a) paletó, avô, pajé, café, jiló</p><p>b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis</p><p>c) você, capilé, Paraná, lápis, régua</p><p>d) amém, amável, filó, porém, além</p><p>e) caí, aí, ímã, ipê, abricó</p><p>GABARITO</p><p>1 – b</p><p>2 – d</p><p>3 – a</p><p>4 – d</p><p>5 – b</p><p>6 – c</p><p>7 - a</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 43</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>Para que servem os sinais de</p><p>pontuação? No geral, para representar pausas na</p><p>fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula;</p><p>ou entonações, nos casos do ponto de exclamação</p><p>e de interrogação, por exemplo.</p><p>Além de pausa na fala e entonação da voz,</p><p>os sinais de pontuação reproduzem, na escrita,</p><p>nossas emoções, intenções e anseios.</p><p>Vejamos aqui alguns empregos:</p><p>1. Vírgula (,)</p><p>É usada para:</p><p>a) separar termos que possuem mesma</p><p>função sintática na oração:</p><p>O menino berrou, chorou, esperneou e,</p><p>enfim, dormiu.</p><p>Nessa oração, a vírgula separa os verbos.</p><p>b) isolar o vocativo:</p><p>Então, minha cara, não há mais o que se</p><p>dizer!</p><p>c) isolar o aposto:</p><p>O João, ex-integrante da comissão, veio</p><p>assistir à reunião.</p><p>d) isolar termos antecipados, como</p><p>complemento ou adjunto:</p><p>1. Uma vontade indescritível de beber água,</p><p>eu senti quando olhei para aquele copo suado!</p><p>(antecipação de</p><p>complemento verbal)</p><p>2. Nada se fez, naquele momento, para que</p><p>pudéssemos sair! (antecipação de adjunto</p><p>adverbial)</p><p>e) separar expressões explicativas,</p><p>conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por</p><p>exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto,</p><p>assim, etc.</p><p>f) separar os nomes dos locais de datas:</p><p>Brasília, 30 de janeiro de 2009.</p><p>g) isolar orações adjetivas explicativas: O</p><p>filme, que você indicou para mim, é muito mais do</p><p>que esperava.</p><p>A vírgula entre orações</p><p>É utilizada nas seguintes situações:</p><p>a) separar as orações subordinadas</p><p>adjetivas explicativas.</p><p>Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas</p><p>lembranças, mora no Rio de Janeiro.</p><p>b) separar as orações coordenadas</p><p>sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela</p><p>conjunção e ).</p><p>Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e</p><p>saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi</p><p>aprovado no exame.</p><p>Há três casos em que se usa a vírgula antes</p><p>da conjunção:</p><p>1) quando as orações coordenadas tiverem</p><p>sujeitos diferentes.</p><p>Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os</p><p>pobres, cada vez mais pobres.</p><p>2) quando a conjunção e vier repetida com a</p><p>finalidade de dar ênfase (polissíndeto).</p><p>Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.</p><p>3) quando a conjunção e assumir valores</p><p>distintos que não seja da adição (adversidade,</p><p>consequência, por exemplo)</p><p>Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim</p><p>não foi aprovada.</p><p>c) separar orações subordinadas adverbiais</p><p>(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se</p><p>estiverem antepostas à oração principal.</p><p>Ex.: "No momento em que o tigre se lançava,</p><p>curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo</p><p>apresentou o gancho."(O selvagem - José de</p><p>Alencar)</p><p>d) separar as orações intercaladas.</p><p>Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes</p><p>contentamentos em a estar plantando..."</p><p>Essas orações poderão ter suas vírgulas</p><p>substituídas por duplo travessão.</p><p>Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes</p><p>contentamentos em a estar plantando..."</p><p>e) separar as orações substantivas</p><p>antepostas à principal.</p><p>Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.</p><p>2. Pontos</p><p>2.1 - Ponto-final (.)</p><p>É usado ao final de frases para indicar uma</p><p>pausa total:</p><p>a) Não quero dizer nada.</p><p>b) Eu amo minha família.</p><p>E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num.,</p><p>adj., obs.</p><p>2.2 - Ponto de Interrogação (?)</p><p>O ponto de interrogação é usado para:</p><p>a) Formular perguntas diretas:</p><p>Você quer ir conosco ao cinema?</p><p>Desejam participar da festa de</p><p>confraternização?</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/sinais-pontuacao.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/sinais-pontuacao.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/os-pontos.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/os-pontos.htm</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 44</p><p>b) Para indicar surpresa, expressar</p><p>indignação ou atitude de expectativa diante de uma</p><p>determinada situação:</p><p>O quê? não acredito que você tenha feito</p><p>isso! (atitude de indignação)</p><p>Não esperava que fosse receber tantos</p><p>elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)</p><p>Qual será a minha colocação no resultado</p><p>do concurso? Será a mesma que imagino?</p><p>(expectativa)</p><p>2. 3 – Ponto de Exclamação (!)</p><p>Esse sinal de pontuação é utilizado nas</p><p>seguintes circunstâncias:</p><p>a) Depois de frases que expressem</p><p>sentimentos distintos, tais como: entusiasmo,</p><p>surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:</p><p>Iremos viajar! (entusiasmo)</p><p>Foi ele o vencedor! (surpresa)</p><p>Por favor, não me deixe aqui! (súplica)</p><p>Que horror! Não esperava tal atitude.</p><p>(espanto)</p><p>Seja rápido! (ordem)</p><p>b) Depois de vocativos e algumas</p><p>interjeições:</p><p>Ui! que susto você me deu. (interjeição)</p><p>Foi você mesmo, garoto! (vocativo)</p><p>c) Nas frases que exprimem desejo:</p><p>Oh, Deus, ajude-me!</p><p>Observações dignas de nota:</p><p>* Quando a intenção comunicativa</p><p>expressar, ao mesmo tempo, questionamento e</p><p>admiração, o uso dos pontos de interrogação e</p><p>exclamação é permitido. Observe:</p><p>Que que eu posso fazer agora?!</p><p>* Quando se deseja intensificar ainda mais</p><p>a admiração ou qualquer outro sentimento, não há</p><p>problema algum em repetir o ponto de exclamação</p><p>ou interrogação. Note:</p><p>Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o</p><p>filho em perigo.</p><p>3. Ponto e vírgula (;)</p><p>É usado para:</p><p>a) separar itens enumerados:</p><p>A Matemática se divide em:</p><p>- geometria;</p><p>- álgebra;</p><p>- trigonometria;</p><p>- financeira.</p><p>b) separar um período que já se encontra</p><p>dividido por vírgulas:</p><p>Ele não disse nada, apenas olhou ao longe,</p><p>sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com</p><p>seu cão.</p><p>4. Dois-pontos (:)</p><p>É usado quando:</p><p>a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma</p><p>fala:</p><p>Ele respondeu: não, muito obrigado!</p><p>b) se quer indicar uma enumeração:</p><p>Quero lhe dizer algumas coisas: não</p><p>converse com pessoas estranhas, não brigue com</p><p>seus colegas e não responda à professora.</p><p>5. Aspas (“”)</p><p>São usadas para indicar:</p><p>a) citação de alguém: “A ordem para fechar a</p><p>prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda</p><p>na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2</p><p>bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta</p><p>Capital on-line, 30/01/09)</p><p>b) expressões estrangeiras, neologismos,</p><p>gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.</p><p>6. Reticências (...)</p><p>São usadas para indicar supressão de um</p><p>trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao</p><p>que se estava falando:</p><p>a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,</p><p>O bem que neste mundo mais invejo?</p><p>O brando ninho aonde o nosso beijo</p><p>Será mais puro e doce que uma asa? (...)</p><p>b) E então, veio um sentimento de alegria,</p><p>paz, felicidade...</p><p>c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...</p><p>7. Parênteses ( )</p><p>São usados quando se quer explicar melhor</p><p>algo que foi dito ou para fazer simples indicações.</p><p>Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois</p><p>saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o</p><p>predomínio de vírgulas).</p><p>8. Travessão (–)</p><p>O travessão é indicado para:</p><p>a) Indicar a mudança de interlocutor em um</p><p>diálogo:</p><p>- Quais ideias você tem para revelar?</p><p>- Não sei se serão bem-vindas.</p><p>- Não importa, o fato é que assim você estará</p><p>contribuindo para a elaboração deste projeto.</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/os-pontos.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/pontoevirgula.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/doispontos.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/aspas.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/reticencias.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/parenteses.htm</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/travessao.htm</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 45</p><p>b) Separar orações intercaladas,</p><p>desempenhando as funções da vírgula e dos</p><p>parênteses:</p><p>Precisamos acreditar sempre – disse o</p><p>aluno confiante – que tudo irá dar certo.</p><p>Não aja dessa forma – falou a mãe irritada</p><p>– pois pode ser arriscado.</p><p>c) Colocar em evidência uma frase,</p><p>expressão ou palavra:</p><p>O prêmio foi destinado ao melhor aluno da</p><p>classe – uma pessoa bastante esforçada.</p><p>Gostaria de parabenizar a pessoa que está</p><p>discursando – meu melhor amigo.</p><p>EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO</p><p>01. Assinale a opção que substitui</p><p>corretamente os números por vírgulas.</p><p>Para concluir (1) já que estamos falando em</p><p>futuro (2) importa ressaltar que (3) o futuro não</p><p>acontece espontaneamente (4) nem é mero fruto da</p><p>tecnologia.</p><p>a) 1 – 2 – 3 - 4</p><p>b) 1 – 2 – 3</p><p>c) 1 – 2 – 4</p><p>d) 2 – 4</p><p>e) 3 – 4</p><p>02. O segmento do texto que mostra um</p><p>equívoco do editor do texto no emprego da vírgula</p><p>é:</p><p>a) “... a realidade do Judiciário e a</p><p>necessidade de sua reforma foram, nos últimos</p><p>meses, deformados...”;</p><p>b) “...distribuição de Justiça em nosso</p><p>Estado e vê-la reconhecida, senão</p><p>por todos, ao</p><p>menos pela maioria...”;</p><p>c) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que</p><p>55% da população mal conhece o Judiciário.”;</p><p>d) “De resto, temos à disposição diversos</p><p>mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”;</p><p>e) “...o pior de todos, com exceção dos</p><p>outros...”.</p><p>03. “Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não</p><p>cessava de atormentá-lo...”; as vírgulas que</p><p>envolvem o segmento sublinhado:</p><p>a) marcam um adjunto adverbial deslocado;</p><p>b) indicam a presença de uma oração</p><p>intercalada;</p><p>c) mostram que há uma quebra da ordem</p><p>direta da frase;</p><p>d) estão usadas erradamente porque</p><p>separam o sujeito do verbo;</p><p>e) assinalam a presença de um aposto.</p><p>04. “Vamos, por um momento que seja, cair</p><p>na real...”; a regra abaixo que justifica o emprego das</p><p>vírgulas nesse segmento do texto é:</p><p>a) separar elementos que exercem a mesma</p><p>função sintática;</p><p>b) isolar o aposto;</p><p>c) isolar o adjunto adnominal antecipado;</p><p>d) indicar a supressão de uma palavra;</p><p>e) marcar a intercalação de elementos.</p><p>05. Ele não costuma esquentar a vitrine por</p><p>muito tempo.</p><p>Alterando a ordem do trecho destacado, a</p><p>pontuação correta fica:</p><p>a) Ele não costuma, por muito tempo,</p><p>esquentar a vitrine.</p><p>b) Ele não costuma, por muito tempo</p><p>esquentar a vitrine.</p><p>c) Ele não costuma por muito tempo,</p><p>esquentar a vitrine.</p><p>d) Ele não costuma por, muito tempo,</p><p>esquentar a vitrine.</p><p>e) Ele não costuma por muito tempo</p><p>esquentar a vitrine.</p><p>06. Na frase – O apresentador disse: tem</p><p>certeza de que a resposta é essa? – os dois pontos</p><p>foram usados para:</p><p>a) introduzir a fala do interlocutor.</p><p>b) apresentar um ponto de vista.</p><p>c) expressar uma opinião.</p><p>d) suscitar uma afirmação.</p><p>e) provocar uma intimidação.</p><p>07. O segmento “A cada início de ano, é</p><p>costume renovar esperanças e fortalecer confianças</p><p>em relação ao futuro. Tempo de limpar gavetas, fazer</p><p>faxinas e vestir cores que – acreditam muitos –</p><p>ajudem a realizar antigos desejos e aspirações.”</p><p>aparece entre travessões porque:</p><p>a) marca urna opinião do autor do texto sobre</p><p>o conteúdo veiculado;</p><p>b) indica uma explicação de algum segmento</p><p>anterior;</p><p>c) assinala a necessidade de completar um</p><p>pensamento suspenso;</p><p>d) mostra a presença de um termo</p><p>intercalado;</p><p>e) dá destaque a uma expressão usada em</p><p>sentido diverso do usual.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 46</p><p>08. “O recurso à palavra pomposa, o</p><p>palavrão bonito da moda, é sintomático da velha</p><p>doença brasileira da retórica”..</p><p>As vírgulas foram usadas no fragmento</p><p>para:</p><p>a) desfazer possível má interpretação.</p><p>b) indicar a elipse de um verbo.</p><p>c) intercalar o vocativo.</p><p>d) separar o aposto do termo fundamental.</p><p>e) assinalar o deslocamento de um termo.</p><p>09. “Depois de muita briga, o tema era</p><p>‘democraticamente imposto’.”</p><p>No período acima, as aspas têm por</p><p>função:</p><p>a) indicar que a expressão foge ao nível de</p><p>linguagem em que o texto foi elaborado.</p><p>b) evidenciar a intransigência típica de</p><p>algumas pessoas.</p><p>c) destacar a relação irônica estabelecida</p><p>entre termos semanticamente opostos.</p><p>d) sugerir que, mesmo na democracia,</p><p>ocorre autoritarismo.</p><p>10. No período “Era fascinante, e ela sentia</p><p>nojo”. O uso da vírgula:</p><p>I. enfatiza semanticamente cada oração.</p><p>II. decorre de uma relação de alternância</p><p>entre as duas orações.</p><p>III. justifica-se por separar orações</p><p>coordenadas com sujeitos diferentes.</p><p>A análise das assertivas nos permite</p><p>afirmar corretamente que:</p><p>a) apenas I é verdadeira.</p><p>b) apenas II é verdadeira.</p><p>c) I e II são verdadeiras.</p><p>d) II e III são verdadeiras.</p><p>e) I e III são verdadeiras.</p><p>11. Considere os períodos I, II e III,</p><p>pontuados de duas maneiras diferentes.</p><p>I. Ouvi dizer de certa cantora que era um</p><p>elefante que engolira um rouxinol / Ouvi dizer de</p><p>certa cantora, que era um elefante, que engolira um</p><p>rouxinol.</p><p>II. A versão apresentada à imprensa é</p><p>evidentemente falsa / A versão apresentada à</p><p>imprensa é, evidentemente, falsa.</p><p>III. Os freios do Buick guincham nas rodas e</p><p>os pneumáticos deslizam rente à calçada / Os freios</p><p>do Buick guincham nas rodas, e os pneumáticos</p><p>deslizam rente à calçada.</p><p>Com pontuação diferente ocorre alteração de</p><p>sentido somente em:</p><p>a) I.</p><p>b) II.</p><p>c) III.</p><p>d) I e II.</p><p>e) II e III.</p><p>12. "Diz um conhecido provérbio nos países</p><p>orientais que para se caminhar mil milhas é preciso</p><p>dar o primeiro passo." O texto está corretamente</p><p>pontuado em:</p><p>a) Diz um conhecido provérbio, nos países</p><p>orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso</p><p>dar o primeiro passo.</p><p>b) Diz um conhecido provérbio nos países</p><p>orientais, que, para se caminhar mil milhas é preciso,</p><p>dar o primeiro passo.</p><p>c) Diz um conhecido provérbio nos países</p><p>orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso</p><p>dar o primeiro passo.</p><p>d) Diz um conhecido provérbio, nos países</p><p>orientais, que, para se caminhar mil milhas, é preciso</p><p>dar o primeiro passo.</p><p>e) Diz, um conhecido provérbio nos países</p><p>orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso</p><p>dar o primeiro passo.</p><p>13. Assinalar a alternativa cujo período</p><p>dispensa o uso de vírgula:</p><p>a) Nesse trabalho ficou patente a</p><p>competência dos jovens frente à nova situação.</p><p>b) O autor busca um meio capaz de gerar um</p><p>conjunto potencialmente infinito de formas com suas</p><p>propriedades típicas.</p><p>c) Apreensivo ora se voltava para a janela</p><p>ora examinava o documento.</p><p>d) Suas palavras embora gentis continham</p><p>um fundo de ironia.</p><p>e) Tudo isto é muito válido mas tem seus</p><p>inconvenientes.</p><p>14. Assinale O PAR de frases que apresenta</p><p>falha(s), na pontuação.</p><p>a) 1. As mulheres, dizem as feministas,</p><p>aperfeiçoam os homens. 2. A voz de Gilka, está cheia</p><p>de acentos nunca dantes escutados.</p><p>b) 1. Nada, nos másculos versos de</p><p>Francisca Júlia denuncia, a mulher. 2. Em TRÊS</p><p>MARIAS, o esmagamento do personagem é mais</p><p>contundente.</p><p>c) 1. Em 1980, a autora, sai de cena,</p><p>discretamente, como sempre viveu. 2. Agora, na</p><p>residência deles, falou da viagem das irmãs.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 47</p><p>d) 1. A garota, sentia-se como única</p><p>responsável pela caçula. 2. O olhar, iluminava sua</p><p>face, com um sorriso doce.</p><p>e) 1. Menina, venha cá. Vamos nadar? 2.</p><p>Durante 10 anos, o governo holandês ocupou a</p><p>ilha.</p><p>15. Identifique a alternativa em que se</p><p>corrige a má estruturação do texto a seguir:</p><p>"Ele chegou cansado do trabalho.</p><p>Parecendo mesmo desanimado. Assistindo à</p><p>televisão a família não o notou."</p><p>a) Uma vez chegado do trabalho, cansado,</p><p>parecia até mesmo desanimado. A família não o</p><p>notou enquanto assistia à televisão.</p><p>b) Tendo chegado do trabalho cansado,</p><p>parecia mesmo desanimado. A família assistia à</p><p>televisão. Não o notaram.</p><p>c) Desde que chegou cansado do trabalho,</p><p>parecia mesmo desanimado. Como assistisse à</p><p>televisão, a família não o notou.</p><p>d) Chegou cansado do trabalho, parecendo</p><p>mesmo desanimado. A família, que assistia à</p><p>televisão, nem o notou.</p><p>e) Parecia mesmo desanimado, porque</p><p>chegava do trabalho cansado. Enquanto que a</p><p>família nem o notara, assistindo à televisão.</p><p>16. Em "ACORDEI PENSANDO EM RIOS –</p><p>QUE DÃO SEMPRE UM TOQUE FEMININO A</p><p>QUALQUER CIDADE – E ME DIZENDO QUE O</p><p>ÚNICO POSSÍVEL DEFEITO DO RIO DE JANEIRO</p><p>É NÃO TER UM RIO." o autor usou o travessão</p><p>para:</p><p>a) ligar grupos de palavras.</p><p>b) iniciar diálogo.</p><p>c) substituir parênteses.</p><p>d) destacar um aposto.</p><p>e) destacar um adjunto adnominal</p><p>explicativo.</p><p>17. Considere os períodos I, II e III,</p><p>pontuados de duas maneiras diferentes.</p><p>I. Pedro, o gerente do banco ligou e deixou</p><p>um recado.</p><p>Pedro, o gerente do banco, ligou e deixou</p><p>um recado.</p><p>II. De repente</p><p>perceberam que estavam</p><p>brigando à toa.</p><p>De repente, perceberam que estavam</p><p>brigando à toa.</p><p>III. Os doces visivelmente deteriorados</p><p>foram postos na lixeira.</p><p>Os doces, visivelmente deteriorados, foram</p><p>postos na lixeira.</p><p>Com a alteração da pontuação, houve</p><p>mudança de sentido SOMENTE em</p><p>a) I.</p><p>b) II.</p><p>c) I e II.</p><p>d) I e III.</p><p>e) II e III.</p><p>GABARITO</p><p>1. C 2. C 3. E 4. E 5. A</p><p>6. D 7. D 8. D 9. C 10. E</p><p>11. D 12. D 13. B 14. D 15. D</p><p>16. E 17. D</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 48</p><p>Estudar a estrutura das palavras é estudar</p><p>os elementos que formam a palavra, denominados</p><p>de morfemas. São os seguintes os morfemas da</p><p>Língua Portuguesa.</p><p>Radical</p><p>O que contém o sentido básico do</p><p>vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a</p><p>palavra for modificada.</p><p>Ex. falar, comer, dormir, casa, carro.</p><p>Obs: Em se tratando de verbos, descobre-</p><p>se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou</p><p>IR.</p><p>Vogal Temática</p><p>Nos verbos, são as vogais A, E e I,</p><p>presentes à terminação verbal. Elas indicam a que</p><p>conjugação o</p><p>verbo pertence:</p><p>• 1ª conjugação = Verbos terminados em</p><p>AR.</p><p>• 2ª conjugação = Verbos terminados em</p><p>ER.</p><p>• 3ª conjugação = Verbos terminados em</p><p>IR.</p><p>Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª</p><p>conjugação, já que proveio do antigo verbo poer.</p><p>Nos substantivos e adjetivos, são as vogais</p><p>A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela</p><p>termine em consoante. Por exemplo, nas palavras</p><p>meia, pente, táxi, couro, urubu.</p><p>* Cuidado para não confundir vogal</p><p>temática de substantivo e adjetivo com desinência</p><p>nominal de gênero, que estudaremos mais à frente.</p><p>Tema</p><p>É a junção do radical com a vogal</p><p>temática. Se não existir a vogal temática, o tema e</p><p>o radical serão o mesmo elemento; o mesmo</p><p>acontecerá, quando o radical for terminado em</p><p>vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o</p><p>tema sempre será a soma do radical com a vogal</p><p>temática - estuda, come, parti; em se tratando de</p><p>substantivos e adjetivos, nem sempre isso</p><p>acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No</p><p>substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal</p><p>temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o</p><p>radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois</p><p>não há vogal temática; e na palavra tatu também,</p><p>mas agora, porque o radical é terminado pela vogal</p><p>temática.</p><p>Desinências</p><p>É a terminação das palavras, flexionadas ou</p><p>variáveis, posposta ao radical, com o intuito de</p><p>modificá-las.</p><p>Modificamos os verbos, conjugando-os;</p><p>modificamos os substantivos e os adjetivos em</p><p>gênero e número.</p><p>Existem dois tipos de desinências:</p><p>Desinências verbais</p><p>Modo-temporais = indicam o tempo e o</p><p>modo. São quatro as desinências modo-temporais:</p><p>-va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do</p><p>Indicativo = estudava, vendia, partia.</p><p>-ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do</p><p>Indicativo = estudara, vendera, partira.</p><p>-ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo</p><p>= estudaria, venderia, partiria.</p><p>-sse-, para o Pretérito Imperfeito do</p><p>Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse.</p><p>Número-pessoais = indicam a pessoa e o</p><p>número. São três os grupos das desinências</p><p>númeropessoais.</p><p>Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o</p><p>Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu</p><p>cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós</p><p>cantastes, eles cantaram.</p><p>Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o</p><p>Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era</p><p>para eu</p><p>cantar, tu cantares, ele cantar, nós</p><p>cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando</p><p>eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos,</p><p>vós puserdes, eles puserem.</p><p>Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os</p><p>outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós</p><p>cantamos, vós cantais, eles cantam.</p><p>Desinências nominais</p><p>de gênero = indica o gênero da palavra. A</p><p>palavra terá desinência nominal de gênero, quando</p><p>houver a oposição masculino - feminino. Por</p><p>exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A vogal a será</p><p>desinência nominal de gênero sempre que indicar o</p><p>feminino de uma palavra, mesmo que o masculino</p><p>não seja terminado em o. Por exemplo: crua, ela,</p><p>traidora.</p><p>de número = indica o plural da palavra. É a</p><p>letra s, somente quando indicar o plural da palavra.</p><p>Por exemplo: cadeiras, pedras, águas.</p><p>Afixos: São elementos que se juntam a</p><p>radicais para formar novas palavras. São eles:</p><p>Prefixo: É o afixo que aparece antes do</p><p>radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 49</p><p>Sufixo: É o afixo que aparece depois do</p><p>radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo</p><p>pensamento, acusação, felizmente.</p><p>Vogais e consoantes de ligação: São</p><p>vogais e consoantes que surgem entre dois</p><p>morfemas, para tornar mais fácil e agradável a</p><p>pronúncia de certas palavras. Por exemplo flores,</p><p>bambuzal, gasômetro, canais.</p><p>Formação das palavras</p><p>Para analisar a formação de uma palavra,</p><p>deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada</p><p>por apenas um radical, diremos que foi formada por</p><p>derivação; por dois ou mais radicais, composição.</p><p>São os seguintes os processos de formação de</p><p>palavras:</p><p>Derivação: Formação de novas palavras a</p><p>partir de apenas um radical.</p><p>Derivação Prefixal</p><p>Acréscimo de um prefixo à palavra</p><p>primitiva; também chamado de prefixação. Por</p><p>exemplo: antepasto, reescrever, infeliz.</p><p>Derivação Sufixal</p><p>Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva;</p><p>também chamado de sufixação. Por exemplo:</p><p>felizmente, igualdade, florescer.</p><p>Derivação Prefixal e Sufixal</p><p>Acréscimo de um prefixo e de um sufixo,</p><p>em tempos diferentes; também chamado de</p><p>prefixação e sufixação. Por exemplo:</p><p>infelizmente, desigualdade, reflorescer.</p><p>Derivação Parassintética</p><p>Acréscimo de um prefixo e de um sufixo,</p><p>simultaneamente; também chamado de</p><p>parassíntese. Por exemplo: envernizar, enrijecer,</p><p>anoitecer.</p><p>Obs.: A maneira mais fácil de se</p><p>estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e</p><p>Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte:</p><p>retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir,</p><p>será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se,</p><p>agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir,</p><p>será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der.</p><p>Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de</p><p>envernizar: não existe a palavra vernizar; agora,</p><p>retire o sufixo: também não existe a palavra</p><p>enverniz. Portanto, a palavra foi formada por</p><p>Parassíntese.</p><p>Derivação Regressiva</p><p>É a retirada da parte final da palavra</p><p>primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra</p><p>derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se</p><p>a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo</p><p>debate.</p><p>Derivação Imprópria</p><p>É a formação de uma nova palavra pela</p><p>mudança de classe gramatical. Por exemplo: a</p><p>palavra gelo é um substantivo, mas pode ser</p><p>transformada em um adjetivo: camisa gelo.</p><p>Composição</p><p>Formação de novas palavras a partir de dois</p><p>ou mais radicais.</p><p>Composição por justaposição</p><p>Na união, os radicais não sofrem qualquer</p><p>alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se</p><p>unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra</p><p>pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva,</p><p>passatempo, guarda-pó.</p><p>Composição por aglutinação</p><p>Na união, pelo menos um dos radicais sofre</p><p>alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se</p><p>unirem os radicais água e ardente, obtém-se a</p><p>palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O</p><p>mesmo acontece com embora (em boa hora),</p><p>planalto (plano alto).</p><p>Hibridismo</p><p>É a formação de novas palavras a partir da</p><p>união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo:</p><p>automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.</p><p>Onomatopéia</p><p>Consiste em criar palavras, tentando imitar</p><p>sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri,</p><p>tiquetaque, pingue-pongue.</p><p>Abreviação Vocabular</p><p>Consiste na eliminação de um segmento da</p><p>palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por</p><p>exemplo: de extraordinário forma-se extra; de</p><p>telefone, fone; de fotografia, foto; de</p><p>cinematografia, cinema ou cine.</p><p>Siglas</p><p>As siglas são formadas pela combinação das</p><p>letras iniciais de uma seqüência de palavras que</p><p>constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto</p><p>Predial, Territorial e Urbano).</p><p>Neologismo semântico</p><p>Forma-se uma palavra por neologismo</p><p>semântico, quando se dá um novo significado,</p><p>somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra</p><p>legal significa dentro da lei; a esse significado</p><p>somamos outro: pessoa boa, pessoa legal.</p><p>Empréstimo linguístico</p><p>É o aportuguesamento de palavras</p><p>estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica,</p><p>ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo:</p><p>estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu,</p><p>"shopping center".</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 50</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>Estrutura e Formação de Palavras</p><p>1- Os elementos mórficos sublinhados</p><p>estão corretamente classificados nos parênteses,</p><p>exceto em:</p><p>a) aluna (desinência de gênero);</p><p>b) estudássemos (desinência modo-</p><p>temporal);</p><p>c) reanimava (desinência número-pessoal);</p><p>d) deslealdade (sufixo);</p><p>e) agitar (vogal temática).</p><p>2- Tendo em vista o processo de formação</p><p>de palavras, não é exemplo de hibridismo:</p><p>a) automóvel;</p><p>b) sociologia;</p><p>c) alcoômetro;</p><p>d) burocracia;</p><p>e) biblioteca.</p><p>3-(AL) Tendo em vista a estrutura das</p><p>palavras, o elemento sublinhado está</p><p>incorretamente classificado</p><p>nos parênteses em:</p><p>a) velha (desinência de gênero);</p><p>b) legalidade (vogal de ligação);</p><p>c) perdeu (tema);</p><p>d) organizara (desinência modo-temporal);</p><p>e) testemunhei (desinência número-</p><p>pessoal).</p><p>4- O processo de formação da palavra</p><p>sublinhada está incorretamente indicado nos</p><p>parênteses em:</p><p>a) Só não foi necessário o ataque porque a</p><p>vitória estava garantida. (derivação parassintética);</p><p>b) O castigo veio tão logo se receberam as</p><p>notícias. (derivação regressiva);</p><p>c) Foram muito infelizes as observações</p><p>feitas durante o comício. (derivação prefixal);</p><p>d) Diziam que o vendedor seria capaz de</p><p>fugir. (derivação sufixal);</p><p>e) O homem ficou boquiaberto com as</p><p>nossas respostas. (composição por aglutinação).</p><p>Polícia Rodoviária Federal</p><p>Apostila de Português para Concursos 42</p><p>5- Tendo em vista o processo de formação</p><p>de palavra, todos os vocábulos abaixo são</p><p>parassintéticos,</p><p>exceto:</p><p>a) entardecer;</p><p>b) despedaçar;</p><p>c) emudecer;</p><p>d) esfarelar;</p><p>e) negociar.</p><p>6- É exemplo de palavra formada por</p><p>derivação parassintética:</p><p>a) pernalta;</p><p>b) passatempo;</p><p>c) pontiagudo;</p><p>d) vidraceiro;</p><p>e) anoitecer.</p><p>7- Todas as palavras abaixo são formadas</p><p>por derivação, exceto:</p><p>a) esburacar;</p><p>b) pontiagudo;</p><p>c) rouparia;</p><p>d) ilegível;</p><p>e) dissílabo.</p><p>8- "Achava natural que as gentilezas da</p><p>esposa chegassem a cativar um homem". Os</p><p>elementos</p><p>constitutivos da forma verbal grifada estão</p><p>analisados corretamente, exceto:</p><p>a) CHEG - radical;</p><p>b) A - vogal temática;</p><p>c) CHEGA - tema;</p><p>d) SSE - sufixo formador de verbo;</p><p>e) M - desinência número-pessoal.</p><p>9- O elemento mórfico sublinhado não é</p><p>desinência de gênero, que marca o feminino, em:</p><p>a) tristonha;</p><p>b) mestra;</p><p>c) telefonema;</p><p>d) perdedoras;</p><p>e) loba.</p><p>10- A afirmativa a respeito do processo de</p><p>formação de palavras não está correta em:</p><p>a) Choro e castigo originaram-se de chorar e</p><p>castigar, através de derivação regressiva;</p><p>b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal</p><p>com sufixo verbal freqüentativo;</p><p>c) O amanhã não pode ver ninguém bem. - a</p><p>palavra sublinhada surgiu por derivação imprópria;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 51</p><p>d) Petróleo e hidrelétrico são formadas</p><p>através de composição por aglutinação;</p><p>e) Pólio, extra e moto são obtidas por</p><p>redução.</p><p>11- O processo de formação de palavras é</p><p>o mesmo em:</p><p>a) desfazer, remexer, a desocupação;</p><p>b) dureza, carpinteiro, o trabalho;</p><p>c) enterrado, desalmado, entortada;</p><p>d) machado, arredondado, estragado;</p><p>e) estragar, o olho, o sustento.</p><p>12- O processo de formação da palavra</p><p>amaciar está corretamente indicado em:</p><p>a) parassíntese;</p><p>b) sufixação;</p><p>c) prefixação;</p><p>d) aglutinação;</p><p>e) justaposição.</p><p>13- O processo de formação das palavras</p><p>grifadas não está corretamente indicado em:</p><p>a) As grandes decisões saem do Planalto.</p><p>(composição por justaposição);</p><p>b) Sinto saudades do meu bisavô.</p><p>(derivação prefixal);</p><p>c) A pesca da baleia deveria ser proibida.</p><p>(derivação regressiva);</p><p>d) Procuremos regularmente o dentista.</p><p>(derivação sufixal);</p><p>e) As dificuldades de hoje tornam o homem</p><p>desalmado. (derivação parassintética).</p><p>14- O processo de formação de palavras</p><p>está indicado corretamente em:</p><p>a) Barbeado: derivação prefixal e sufixal;</p><p>Polícia Rodoviária Federal</p><p>Apostila de Português para Concursos 43</p><p>b) Desconexo: derivação prefixal;</p><p>c) Enrijecer: derivação sufixal;</p><p>d) Passatempo: composição por</p><p>aglutinação;</p><p>e) Pernilongo: composição por</p><p>justaposição.</p><p>15- Apenas um dos itens abaixo contém</p><p>palavra que não é formada por prefixação.</p><p>Assinale-o:</p><p>a) anômalo e analfabeto;</p><p>b) átono e acéfalo;</p><p>c) ateu e anarquia;</p><p>d) anônimo e anêmico;</p><p>e) anidro e alma.</p><p>16- Em que alternativa a palavra grifada</p><p>resulta em derivação imprópria?</p><p>a) "De repente, do riso fez-se o pranto /</p><p>Silencioso e branco como a bruma / E das bocas fez-</p><p>se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o</p><p>espanto." (Vinícius de Moraes);</p><p>b) "Agora, o cheiro áspero das flores / leva-</p><p>me os olhos por dentro de suas pétalas."(Cecília</p><p>Meireles);</p><p>c) "Um gosto de amora / Comida com sal. A</p><p>vida / Chamava-se "Agora"." (Guilherme de Almeida);</p><p>d) "A saudade abraçou-me, tão sincera, /</p><p>soluçando no adeus de nunca mais. / A ambição de</p><p>olhar verde, junto ao cais, / me disse: vai que eu fico</p><p>à tua espera." (Cassiano Ricardo).</p><p>17- Marque a opção em que todas as</p><p>palavras possuem um mesmo radical:</p><p>a) batista - batismo - batistério - batisfera -</p><p>batiscafo;</p><p>b) triforme - triângulo - tricologia - tricípite -</p><p>triglota;</p><p>c) poligamia - poliglota - polígono - política -</p><p>polinésio;</p><p>d) operário - opereta - opúsculo - obra -</p><p>operação;</p><p>e) gineceu - ginecologia - ginecofobia -</p><p>ginostênio - gimnosperma.</p><p>18- Com relação ao seguinte poema, é</p><p>CORRETO afirmar que:</p><p>Neologismo</p><p>"Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento</p><p>palavras / Que traduzem a ternura mais funda / E</p><p>mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo</p><p>teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora." (Manuel</p><p>Bandeira)</p><p>a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio</p><p>"Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o</p><p>mesmo radical;</p><p>b) as classes das palavras que compõem a</p><p>estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e</p><p>verbo;</p><p>c) o verbo "teadorar", por se tratar de um</p><p>neologismo, não possui morfemas;</p><p>d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo",</p><p>"invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o".</p><p>19- Está INCORRETO afirmar que:</p><p>a) malcheiroso é formada por prefixação e</p><p>sufixação;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 52</p><p>b) televisão é formada por prefixação que</p><p>significa ao longe;</p><p>c) folhagem é formada por derivação</p><p>sufixal</p><p>que significa noção coletiva;</p><p>d) em amado e malcheiroso, ambos os</p><p>sufixos significam provido ou cheio de.</p><p>20- Farejando apresenta em sua estrutura:</p><p>a) radical farej - vogal temática a - tema</p><p>fareja - desinência ndo;</p><p>b) radical far - tema farej - vogal temática e</p><p>- desinência ndo;</p><p>c) radical fareja - vogal temática a - sufixo</p><p>ndo;</p><p>d) tema farej - radical fareja - sufixo ndo.</p><p>Respostas</p><p>1- C 2- E</p><p>3- C 4- A</p><p>5- E 6- E</p><p>7- B 8- D</p><p>9- C 10- B</p><p>11- C 12-A</p><p>13- A 14- B</p><p>15- E 16- D</p><p>17- D 18-B</p><p>19- B 20- A</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 53</p><p>As classes das palavras variáveis e</p><p>invariáveis e seus conceitos, classificação,</p><p>flexão e emprego;</p><p>Consultando a gramática, descobrimos que</p><p>dentre as partes que a constituem há uma que, por</p><p>excelência, permite-nos tornar conhecedores da</p><p>forma como se estruturam as palavras, levando em</p><p>conta aspectos específicos, como é caso das</p><p>flexões, por exemplo. Estamos fazendo referência</p><p>à morfologia, obviamente, aquela responsável por</p><p>nos apresentar acerca das dez classes gramaticais.</p><p>Em se tratando delas, das classes</p><p>gramaticais, um dos aspectos que lhes são</p><p>inerentes diz respeito à flexão e não flexão das</p><p>palavras, que, por sua vez, traduz os nossos</p><p>objetivos ao travar essa importante discussão, por</p><p>isso, iremos falar um pouco mais acerca das</p><p>palavras variáveis e das palavras invariáveis.</p><p>Cabe, portanto, ressaltar que as palavras variáveis</p><p>são aquelas que sofrem variações em sua forma, o</p><p>que resulta nas chamadas desinências nominais de</p><p>gênero e de número, bem como nas desinências</p><p>verbais, de modo, tempo, número e pessoa.</p><p>Assim, ao revelarmos acerca das</p><p>desinências nominais, já que estamos fazendo</p><p>referência à morfologia, equivale afirmar que elas</p><p>se aplicam às classes gramaticais representadas</p><p>pelo substantivo, artigo, adjetivo, pronome e</p><p>numeral, haja vista que se classificam,</p><p>gramaticalmente dizendo, como nomes. Dessa</p><p>forma, nada melhor que analisarmos alguns</p><p>exemplos, tornando nosso aprendizado ainda mais</p><p>efetivo:</p><p>Ele é um menino esperto – gênero</p><p>masculino, o que nos permite concluir que há a</p><p>ausência de desinência.</p><p>Ela é uma garota esperta – Constatamos</p><p>agora o gênero feminino e a desinência “a”.</p><p>Mário é um rapaz educado – Em se</p><p>tratando do número, afirmamos ser tal elemento</p><p>demarcado no singular, bem como constatamos a</p><p>ausência de desinência.</p><p>Eles são uns rapazes educados –</p><p>constatamos se tratar de um número plural</p><p>associado à presença da desinência “s”.</p><p>Agora, referindo-nos às desinências</p><p>verbais, constata-se que elas são representadas</p><p>pelas desinências de modo e tempo (DMT) e pelas</p><p>desinências de número e pessoa (DNP).</p><p>Observemos então o exemplo que segue:</p><p>Estávamos com muita saudade de todos</p><p>vocês.</p><p>Assim, infere-se que:</p><p>- va – DMT - desinência modo-temporal</p><p>indicando o pretérito imperfeito do modo indicativo.</p><p>- mos – DNP – desinência número-pessoal</p><p>indicando a primeira pessoa do plural (nós).</p><p>Diante de tais elucidações, afirmamos que</p><p>elas se aplicam às chamadas palavras variáveis.</p><p>Para completar nossos estudos acerca do</p><p>caso em questão cumpre afirmar que palavras</p><p>invariáveis, como nos revela o próprio nome, são</p><p>aquelas que não sofrem flexão nenhuma,</p><p>demarcadas pelos advérbios, preposições,</p><p>conjunções e interjeições.</p><p>CLASSES DE PALAVRAS</p><p>CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO:</p><p>As palavras são classificadas de acordo com</p><p>as funções exercidas nas orações.</p><p>Na língua portuguesa podemos classificar as</p><p>palavras em:</p><p> Substantivo</p><p> Adjetivo</p><p> Pronome</p><p> Verbo</p><p> Artigo</p><p> Numeral</p><p> Advérbio</p><p> Preposição</p><p> Interjeição</p><p> Conjunção</p><p>SUBSTANTIVO:</p><p>É a palavra variável que denomina</p><p>qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados</p><p>e seres em geral.</p><p>Quanto a sua formação, o substantivo pode</p><p>ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples</p><p>(alface) ou composto (guarda-chuva).</p><p>Já quanto a sua classificação, ele pode ser</p><p>comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto</p><p>(mesa) ou abstrato (felicidade).</p><p>Os substantivos concretos designam seres</p><p>de existência real ou que a imaginação apresenta</p><p>como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos</p><p>abstratos designam qualidade, sentimento, ação e</p><p>estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga.</p><p>Os substantivos próprios são sempre</p><p>concretos e devem ser grafados com iniciais</p><p>maiúsculas.</p><p>Certos substantivos próprios podem tornar-se</p><p>comuns, pelo processo de derivação imprópria (um</p><p>judas = traidor / um panamá = chapéu).</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 54</p><p>Os substantivos abstratos têm existência</p><p>independente e podem ser reais ou não, materiais</p><p>ou não. Quando esses substantivos abstratos são</p><p>de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza</p><p>X riquezas).</p><p>Muitos substantivos podem ser</p><p>variavelmente abstratos ou concretos, conforme o</p><p>sentido em que se empregam (a redação das leis</p><p>requer clareza / na redação do aluno, assinalei</p><p>vários erros).</p><p>Já no tocante ao gênero (masculino X</p><p>feminino) os substantivos podem ser:</p><p> biformes: quando apresentam uma</p><p>forma para o masculino e outra para o feminino.</p><p>(rato, rata ou conde X condessa).</p><p> uniformes: quando apresentam</p><p>uma única forma para ambos os gêneros. Nesse</p><p>caso, eles estão divididos em:</p><p> epicenos: usados para animais de</p><p>ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz,</p><p>badejo, besouro, codorniz;</p><p> comum de dois gêneros: aqueles</p><p>que designam pessoas, fazendo a distinção dos</p><p>sexos por palavras determinantes - aborígine,</p><p>camarada, herege, manequim, mártir, médium,</p><p>silvícola;</p><p> sobrecomuns - apresentam um só</p><p>gênero gramatical para designar pessoas de ambos</p><p>os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia,</p><p>testemunha,</p><p>verdugo;</p><p>Alguns substantivos, quando mudam de</p><p>gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o</p><p>corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X</p><p>a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua</p><p>X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a</p><p>maria-fumaça / o voga X a voga).</p><p>Os nomes terminados em -ão fazem</p><p>feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa,</p><p>valentona).</p><p>Os nomes terminados em -e mudam-no</p><p>para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X</p><p>monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a</p><p>estudante).</p><p>Quanto ao número (singular X plural), os</p><p>substantivos simples formam o plural em função do</p><p>final da palavra.</p><p> vogal ou ditongo (exceto -ÃO):</p><p>acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus);</p><p> ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS,</p><p>variando em cada palavra (pagãos, cidadãos,</p><p>cortesãos, escrivães, sacristães, capitães,</p><p>capelães, tabeliães, deães, faisães, guardiães).</p><p>Os substantivos paroxítonos terminados em</p><p>-ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos).</p><p>Alguns gramáticos registram artesão (artífice) -</p><p>artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões.</p><p> -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -</p><p>NS (jardim X jardins);</p><p> -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X</p><p>raízes);</p><p>-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES</p><p>(país X países). Os não-oxítonos terminados em -S</p><p>são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os</p><p>atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são</p><p>invariáveis;</p><p>-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum</p><p>(hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones;</p><p>-X: invariável, usando o artigo para o plural</p><p>(tórax X os tórax);</p><p>-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X</p><p>animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul</p><p>por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou</p><p>meles;</p><p>IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não</p><p>oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X</p><p>mísseis). Observação: réptil / reptil por répteis /</p><p>reptis, projétil / projetil por projéteis / projetis;</p><p>sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A):</p><p>colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e</p><p>acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos,</p><p>coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: palavras</p><p>com esses sufixos não recebem acento gráfico.</p><p>metafonia: -o tônico fechado no singular</p><p>muda para o timbre aberto no plural, também</p><p>variando em função da palavra. (ovo X ovos, mas</p><p>bolo X bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô</p><p>materno), avós (avó + avó ou avô + avó).</p><p>Os substantivos podem apresentar diferentes</p><p>graus, porém grau não é uma flexão nominal. São</p><p>três graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem</p><p>ser formados através de dois processos:</p><p>analítico: associando os adjetivos (grande ou</p><p>pequeno, ou similar) ao substantivo;</p><p>sintético: anexando-se ao substantivo sufixos</p><p>indicadores de grau (meninão X menininho).</p><p>Certos substantivos, apesar da forma, não</p><p>expressam a noção aumentativa ou diminutiva.</p><p>(cartão, cartilha).</p><p>alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola,</p><p>-az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão;</p><p>alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -</p><p>ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é</p><p>obrigatório quando o substantivo terminar em vogal</p><p>tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);</p><p>O aumentativo pode exprimir desprezo</p><p>(sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade</p><p>(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar carinho</p><p>(filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre).</p><p>Algumas curiosidades sobre os substantivos:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 55</p><p>Palavras masculinas:</p><p>ágape (refeição dos primitivos cristãos);</p><p>anátema (excomungação);</p><p>axioma (premissa verdadeira);</p><p>caudal (cachoeira);</p><p>carcinoma (tumor maligno);</p><p>champanha, clã, clarinete, contralto, coma,</p><p>diabete/diabetes (FeM classificam como gênero</p><p>vacilante);</p><p>diadema, estratagema, fibroma (tumor</p><p>benigno);</p><p>herpes, hosana (hino);</p><p>jângal (floresta da Índia);</p><p>lhama, praça (soldado raso);</p><p>praça (soldado raso);</p><p>proclama, sabiá, soprano (FeM classificam</p><p>como gênero vacilante);</p><p>suéter, tapa (FeM classificam como gênero</p><p>vacilante);</p><p>teiró (parte de arma de fogo ou arado);</p><p>telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).</p><p>Palavras femininas:</p><p>abusão (engano);</p><p>alcíone (ave doa antigos);</p><p>aluvião, araquã (ave);</p><p>áspide (reptil peçonhento);</p><p>baitaca (ave);</p><p>cataplasma, cal, clâmide (manto grego);</p><p>cólera (doença);</p><p>derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);</p><p>filoxera (inseto e doença);</p><p>gênese, guriatã (ave);</p><p>hélice (FeM classificam como gênero</p><p>vacilante);</p><p>jaçanã (ave);</p><p>juriti (tipo de aves);</p><p>libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana</p><p>(felino);</p><p>sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);</p><p>usucapião (FeM classificam como gênero</p><p>vacilante);</p><p>xerox (cópia).</p><p>Gênero vacilante:</p><p>acauã (falcão);</p><p>inambu (ave);</p><p>laringe, personagem (Ceg. fala que é usada</p><p>indistintamente nos dois gêneros, mas que há</p><p>preferência de autores pelo masculino);</p><p>víspora.</p><p>Alguns femininos:</p><p>abade - abadessa;</p><p>abegão (feitor) - abegoa;</p><p>alcaide (antigo governador) - alcaidessa,</p><p>alcaidina;</p><p>aldeão - aldeã;</p><p>anfitrião - anfitrioa, anfitriã;</p><p>beirão (natural da Beira) - beiroa;</p><p>besuntão (porcalhão) - besuntona;</p><p>bonachão - bonachona;</p><p>bretão - bretoa, bretã;</p><p>cantador - cantadeira;</p><p>cantor - cantora, cantadora, cantarina,</p><p>cantatriz;</p><p>castelão (dono do castelo) - castelã;</p><p>catalão - catalã;</p><p>cavaleiro - cavaleira, amazona;</p><p>charlatão - charlatã;</p><p>coimbrão - coimbrã;</p><p>cônsul - consulesa;</p><p>comarcão - comarcã;</p><p>cônego - canonisa;</p><p>czar - czarina;</p><p>deus - deusa, déia;</p><p>diácono (clérigo) - diaconisa;</p><p>doge (antigo magistrado) - dogesa;</p><p>druida - druidesa;</p><p>elefante - elefanta e aliá (Ceilão);</p><p>embaixador - embaixadora e embaixatriz;</p><p>ermitão - ermitoa, ermitã;</p><p>faisão - faisoa (Cegalla), faisã;</p><p>hortelão (trata da horta) - horteloa;</p><p>javali - javalina;</p><p>ladrão - ladra, ladroa, ladrona;</p><p>felá (camponês) - felaína;</p><p>flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;</p><p>frade - freira;</p><p>frei - sóror;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 56</p><p>gigante - giganta;</p><p>grou - grua;</p><p>lebrão - lebre;</p><p>maestro - maestrina;</p><p>maganão (malicioso) - magana;</p><p>melro - mélroa;</p><p>mocetão - mocetona;</p><p>oficial - oficiala;</p><p>padre - madre;</p><p>papa - papisa;</p><p>pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;</p><p>parvo - párvoa;</p><p>peão - peã, peona;</p><p>perdigão - perdiz;</p><p>prior - prioresa, priora;</p><p>mu ou mulo - mula;</p><p>rajá - rani;</p><p>rapaz - rapariga;</p><p>rascão (desleixado) - rascoa;</p><p>sandeu - sandia;</p><p>sintrão - sintrã;</p><p>sultão - sultana;</p><p>tabaréu - tabaroa;</p><p>varão - matrona, mulher;</p><p>veado - veada;</p><p>vilão - viloa, vilã.</p><p>Substantivos em -ÃO e seus plurais:</p><p>alão - alões, alãos, alães;</p><p>aldeão - aldeãos, aldeões;</p><p>capelão - capelães;</p><p>castelão - castelãos, castelões;</p><p>cidadão - cidadãos;</p><p>cortesão - cortesãos;</p><p>ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;</p><p>escrivão - escrivães;</p><p>folião - foliões;</p><p>hortelão - hortelões, hortelãos;</p><p>pagão - pagãos;</p><p>sacristão - sacristães;</p><p>tabelião - tabeliães;</p><p>tecelão - tecelões;</p><p>verão - verãos, verões;</p><p>vilão - vilões, vilãos;</p><p>vulcão - vulcões, vulcãos.</p><p>Alguns substantivos que sofrem</p><p>metafonia no plural:</p><p>abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro,</p><p>despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno,</p><p>forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto,</p><p>reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.</p><p>Substantivos só usados no plural:</p><p>anais, antolhos, arredores, arras (bens,</p><p>penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs</p><p>(cabelos brancos), cócegas, condolências, damas</p><p>(jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais</p><p>(contrato de casamento</p><p>ou noivado), esposórios</p><p>(presente de núpcias), exéquias (cerimônias</p><p>fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes</p><p>(almas), matinas (breviário de orações matutinas),</p><p>núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos,</p><p>prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos</p><p>nomes de naipes.</p><p>Coletivos:</p><p>alavão - ovelhas leiteiras;</p><p>armento - gado grande (búfalos, elefantes);</p><p>assembléia (parlamentares, membros de</p><p>associações);</p><p>atilho - espigas;</p><p>baixela - utensílios de mesa;</p><p>banca - de examinadores, advogados;</p><p>bandeira - garimpeiros, exploradores de</p><p>minérios;</p><p>bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;</p><p>boana - peixes miúdos;</p><p>cabido - cônegos (conselheiros de bispo);</p><p>cáfila - camelos;</p><p>cainçalha - cães;</p><p>cambada - caranguejos, malvados, chaves;</p><p>cancioneiro - poesias, canções;</p><p>caterva - desordeiros, vadios;</p><p>choldra, joldra - assassinos, malfeitores;</p><p>chusma - populares, criados;</p><p>conselho - vereadores, diretores, juízes</p><p>militares;</p><p>conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;</p><p>concílio - bispos;</p><p>canzoada - cães;</p><p>conclave - cardeais;</p><p>congregação - professores, religiosos;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 57</p><p>consistório - cardeais;</p><p>fato - cabras;</p><p>feixe - capim, lenha;</p><p>junta - bois, médicos, credores,</p><p>examinadores;</p><p>girândola - foguetes, fogos de artifício;</p><p>grei - gado miúdo, políticos;</p><p>hemeroteca - jornais, revistas;</p><p>legião - anjos, soldados, demônios;</p><p>malta - desordeiros;</p><p>matula - desordeiros, vagabundos;</p><p>miríade - estrelas, insetos;</p><p>nuvem - gafanhotos, pó;</p><p>panapaná - borboletas migratórias;</p><p>penca - bananas, chaves;</p><p>récua - cavalgaduras (bestas de carga);</p><p>renque - árvores, pessoas ou coisas</p><p>enfileiradas;</p><p>réstia - alho, cebola;</p><p>ror - grande quantidade de coisas;</p><p>súcia - pessoas desonestas, patifes;</p><p>talha -lenha;</p><p>tertúlia - amigos, intelectuais;</p><p>tropilha - cavalos;</p><p>vara - porcos.</p><p>Substantivos compostos:</p><p>Os substantivos compostos formam o plural</p><p>da seguinte maneira:</p><p>sem hífen formam o plural como os simples</p><p>(pontapé/pontapés);</p><p>caso não haja caso específico, verifica-se a</p><p>variabilidade das palavras que compõem o</p><p>substantivo para pluralizá-los. São palavras</p><p>variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes,</p><p>particípio. São palavras invariáveis: verbo,</p><p>preposição, advérbio, prefixo;</p><p>em elementos repetidos, muito parecidos</p><p>ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural</p><p>(tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-</p><p>pongues);</p><p>com elementos ligados por preposição,</p><p>apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque);</p><p>são invariáveis os elementos grão, grã e bel</p><p>(grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres);</p><p>só variará o primeiro elemento nos</p><p>compostos formados por dois substantivos, onde o</p><p>segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo,</p><p>semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo,</p><p>bananas-maçã)</p><p>nenhum dos elementos vai para o plural se</p><p>formado por verbos de sentidos opostos e frases</p><p>substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-</p><p>mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os</p><p>ganha-pouco, os diz-que-me-diz);</p><p>compostos cujo segundo elemento já está no</p><p>plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas,</p><p>os espirra-canivetes);</p><p>palavra guarda, se fizer referência a pessoa</p><p>varia por ser substantivo. Caso represente o verbo</p><p>guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-</p><p>chuvas).</p><p>ADJETIVO:</p><p>É a palavra variável que restringe a</p><p>significação do substantivo, indicando qualidades e</p><p>características deste. Mantém com o substantivo que</p><p>determina relação de concordância de gênero e</p><p>número.</p><p>adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade</p><p>ou a origem geográfica, normalmente são formados</p><p>pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que</p><p>se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser</p><p>simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais</p><p>nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos</p><p>assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção</p><p>do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).</p><p>locuções adjetivas: expressões formadas</p><p>por preposição e substantivo e com significado</p><p>equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo</p><p>/ andar de cima = andar superior / estar com fome =</p><p>estar faminto).</p><p>São adjetivos eruditos:</p><p>açúcar - sacarino;</p><p>águia - aquilino;</p><p>anel - anular;</p><p>astro - sideral;</p><p>bexiga - vesical;</p><p>bispo - episcopal;</p><p>cabeça - cefálico;</p><p>chumbo - plúmbeo;</p><p>chuva - pluvial;</p><p>cinza - cinéreo;</p><p>cobra - colubrino, ofídico;</p><p>dinheiro - pecuniário;</p><p>estômago - gástrico;</p><p>fábrica - fabril;</p><p>fígado - hepático;</p><p>fogo - ígneo;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 58</p><p>guerra - bélico;</p><p>homem - viril;</p><p>inverno - hibernal;</p><p>lago - lacustre;</p><p>lebre - leporino;</p><p>lobo - lupino;</p><p>marfim - ebúrneo, ebóreo;</p><p>memória - mnemônico;</p><p>moeda - monetário, numismático;</p><p>neve - níveo;</p><p>pedra - pétreo;</p><p>prata - argênteo, argentino, argírico;</p><p>raposa - vulpino;</p><p>rio - fluvial, potâmico;</p><p>rocha - rupestre;</p><p>sonho - onírico;</p><p>sul - meridional, austral;</p><p>tarde - vespertino;</p><p>velho, velhice - senil;</p><p>vidro - vítreo, hialino.</p><p>Quanto à variação dos adjetivos, eles</p><p>apresentam as seguintes características:</p><p>O gênero é uniforme ou biforme (inteligente</p><p>X honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que</p><p>um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem</p><p>terminação masculina ou feminina.</p><p>No tocante a número, os adjetivos simples</p><p>formam o plural segundo os mesmos princípios dos</p><p>substantivos simples, em função de sua terminação</p><p>(agradável X agradáveis). Já os substantivos</p><p>utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas</p><p>cinza).</p><p>Os adjetivos terminados em -OSO, além do</p><p>acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do</p><p>primeiro -o, num processo de metafonia.</p><p>Quanto ao grau, os adjetivos apresentam</p><p>duas formas: comparativo e superlativo.</p><p>O grau comparativo refere-se a uma</p><p>mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou</p><p>mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de</p><p>igualdade: tão alto quanto (como / quão); de</p><p>superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior</p><p>(do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto</p><p>(do) que.</p><p>O grau superlativo exprime qualidade em</p><p>grau muito elevado ou intenso.</p><p>O superlativo pode ser classificado como</p><p>absoluto, quando a qualidade não se refere à de</p><p>outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo de</p><p>advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, -</p><p>érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo)</p><p>O superlativo pode ser também relativo,</p><p>qualidade relacionada, favorável ou</p><p>desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser</p><p>de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), de</p><p>superioridade sintético (o maior de/dentre) ou de</p><p>inferioridade (o menos alto de/dentre).</p><p>São superlativos absolutos sintéticos</p><p>eruditos da língua portuguesa:</p><p>acre - acérrimo;</p><p>alto - supremo, sumo;</p><p>amável - amabilíssimo;</p><p>amigo - amicíssimo;</p><p>baixo - ínfimo;</p><p>cruel - crudelíssimo;</p><p>doce - dulcíssimo;</p><p>dócil - docílimo;</p><p>fiel - fidelíssimo;</p><p>frio - frigidíssimo;</p><p>humilde - humílimo;</p><p>livre - libérrimo;</p><p>magro - macérrimo;</p><p>mísero - misérrimo;</p><p>negro - nigérrimo;</p><p>pobre - paupérrimo;</p><p>sábio - sapientíssimo;</p><p>sagrado - sacratíssimo;</p><p>são - saníssimo;</p><p>veloz - velocíssimo.</p><p>Os adjetivos compostos formam o plural</p><p>da seguinte forma:</p><p>têm como regra geral, flexionar o último</p><p>elemento em gênero e número (lentes côncavo-</p><p>convexas, problemas sócio-econômicos); são</p><p>invariáveis cores em que o segundo elemento é um</p><p>substantivo (blusas azul-turquesa, bolsas branco-</p><p>gelo); não variam as locuções adjetivas formadas</p><p>pela expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa);</p><p>as cores: azul-celeste e azul-marinho</p><p>são</p><p>invariáveis;</p><p>em surdo-mudo flexionam-se os dois</p><p>elementos.</p><p>PRONOME:</p><p>É palavra variável em gênero, número e</p><p>pessoa que substitui ou acompanha um substantivo,</p><p>indicando-o como pessoa do discurso.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 59</p><p>A diferença entre pronome substantivo e</p><p>pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo</p><p>de pronome, podendo variar em função do contexto</p><p>frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele que</p><p>substitui um substantivo, representando-o. (Ele</p><p>prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele</p><p>que acompanha um substantivo, determinando-o.</p><p>(Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são</p><p>sempre substantivos.</p><p>Quanto às pessoas do discurso, a língua</p><p>portuguesa apresenta três pessoas:</p><p>1ª pessoa - aquele que fala, emissor;</p><p>2ª pessoa - aquele com quem se fala,</p><p>receptor;</p><p>3ª pessoa - aquele de que ou de quem se</p><p>fala, referente.</p><p>Pronome pessoal:</p><p>Indicam uma das três pessoas do discurso,</p><p>substituindo um substantivo. Podem também</p><p>representar, quando na 3ª pessoa, uma forma</p><p>nominal anteriormente expressa (A moça era a</p><p>melhor secretária, ela mesma agendava os</p><p>compromissos do chefe).</p><p>A seguir um quadro com todas as formas</p><p>do pronome pessoal:</p><p>Pronomes pessoais</p><p>Número Pessoa</p><p>Pronomes</p><p>retos</p><p>Pronomes</p><p>oblíquos</p><p>Átonos Tônicos</p><p>singular</p><p>primeira</p><p>segunda</p><p>terceira</p><p>eu</p><p>tu</p><p>ele, ela</p><p>me</p><p>te</p><p>o, a,</p><p>lhe, se</p><p>mim,</p><p>comigo</p><p>ti,</p><p>contigo</p><p>ele, ela,</p><p>si,</p><p>consigo</p><p>plural</p><p>primeira</p><p>segunda</p><p>terceira</p><p>nós</p><p>vós</p><p>eles, elas</p><p>nos</p><p>vos</p><p>os, as,</p><p>lhes,</p><p>se</p><p>nós,</p><p>conosco</p><p>vós,</p><p>convosco</p><p>eles,</p><p>elas, si,</p><p>consigo</p><p>Os pronomes pessoais apresentam</p><p>variações de forma dependendo da função sintática</p><p>que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos</p><p>desempenham, normalmente, função de sujeito;</p><p>enquanto os oblíquos, geralmente, de</p><p>complemento.</p><p>Os pronomes oblíquos tônicos devem vir</p><p>regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco</p><p>e convosco, a preposição com já é parte integrante</p><p>do pronome.</p><p>Os pronomes de tratamento estão</p><p>enquadrados nos pronomes pessoais. São</p><p>empregados como referência à pessoa com quem se</p><p>fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é feita</p><p>com a 3ª pessoa. Também são considerados</p><p>pronomes de tratamento as formas você, vocês</p><p>(provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor,</p><p>Senhora e Senhorita.</p><p>Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a,</p><p>os, as completam verbos que não vêm regidos de</p><p>preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos</p><p>das preposições a ou para (não expressas).</p><p>Apesar de serem usadas pouco, as formas</p><p>mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão</p><p>de dois objetos, representados por pronomes</p><p>oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a</p><p>mim).</p><p>Os pronomes átonos o, a, os e as viram</p><p>lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r,</p><p>s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em</p><p>ditongo nasal.</p><p>Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos</p><p>desempenham função se sujeitos de infinitivo ou</p><p>verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar,</p><p>mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair /</p><p>Deixei-as chorando).</p><p>A forma você, atualmente, é usada no lugar</p><p>da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no</p><p>plural, levando o verbo para a 3ª pessoa.</p><p>Já as formas de tratamento serão precedidas</p><p>de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à</p><p>pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela.</p><p>Troca-se na abreviatura o V. pelo S.</p><p>Quando precedidos de preposição, os</p><p>pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar</p><p>como oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de</p><p>preposição, exceto se funcionarem como sujeito de</p><p>um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para</p><p>mim fazer).</p><p>Os pronomes acompanhados de só ou todos,</p><p>ou seguido de numeral, assumem forma reta e</p><p>podem funcionar como objeto direto (Estava só ele</p><p>no banco / Encontramos todos eles).</p><p>Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter</p><p>valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter</p><p>valor reflexivo e recíproco.</p><p>As formas si e consigo têm valor</p><p>exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa.</p><p>Já conosco e convosco devem aparecer na sua</p><p>forma analítica (com nós e com vós) quando vierem</p><p>com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios,</p><p>numeral ou oração adjetiva).</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 60</p><p>Os pronomes pessoais retos podem</p><p>desempenhar função de sujeito, predicativo do</p><p>sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós</p><p>temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu,</p><p>Senhor Jesus).</p><p>Quanto ao uso das preposições junto aos</p><p>pronomes, deve-se saber que não se pode contrair</p><p>as preposições de e em com pronomes que sejam</p><p>sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as</p><p>bolsas dele bem aqui).</p><p>Os pronomes átonos podem assumir valor</p><p>possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe</p><p>os olhos), enquanto alguns átonos são partes</p><p>integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se,</p><p>condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.</p><p>Já os pronomes oblíquos podem ser</p><p>usados como expressão expletiva (Não me venha</p><p>com essa).</p><p>Pronome possessivo:</p><p>Fazem referência às pessoas do discurso,</p><p>apresentando-as como possuidoras de algo.</p><p>Concordam em gênero e número com a coisa</p><p>possuída.</p><p>São pronomes possessivos da língua</p><p>portuguesa as formas:</p><p>1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);</p><p>2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);</p><p>3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).</p><p>Quanto ao emprego, normalmente, vem</p><p>antes do nome a que se refere; podendo, também,</p><p>vir depois do substantivo que determina. Neste</p><p>último caso, pode até alterar o sentido da frase.</p><p>O uso do possessivo seu (a/s) pode causar</p><p>ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o</p><p>uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava</p><p>trancada em sua casa - casa de quem?); pode</p><p>também indicar aproximação numérica (ele tem lá</p><p>seus 40 anos).</p><p>Já nas expressões do tipo "Seu João", seu</p><p>não tem valor de posse por ser uma alteração</p><p>fonética de Senhor.</p><p>Pronome demonstrativo:</p><p>Indicam posição de algo em relação às</p><p>pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no</p><p>espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso,</p><p>aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são</p><p>invariáveis e se empregam exclusivamente como</p><p>substitutos de substantivos.</p><p>As formas mesmo, próprio, semelhante, tal</p><p>(s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome</p><p>demonstrativo.</p><p>Quanto ao emprego, os pronomes</p><p>demonstrativos apresentam-se da seguinte</p><p>maneira:</p><p>uso dêitico, indicando localização no espaço -</p><p>este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);</p><p>uso dêitico, indicando localização temporal -</p><p>este (presente), esse (passado próximo) e aquele</p><p>(passado remoto ou bastante vago);</p><p>uso anafórico, em referência ao que já foi ou</p><p>será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma</p><p>informação);</p><p>o, a, os, as são demonstrativos quando</p><p>equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe</p><p>pertence);</p><p>tal é demonstrativo se puder ser substituído</p><p>por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante,</p><p>quando anteposto ao substantivo a que se refere e</p><p>equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda</p><p>não foi resolvido, tal demora atrapalhou as</p><p>negociações / Não brigue por semelhante causa);</p><p>mesmo e próprio são demonstrativos, se</p><p>precedidos de artigo, quando significarem "idêntico",</p><p>"igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se</p><p>referem (Separaram crianças de mesmas séries);</p><p>como referência a termos já citados, os</p><p>pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para</p><p>primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em</p><p>apostos distributivos (O médico e a enfermeira</p><p>estavam calados: aquele amedrontado e esta</p><p>tipo textual.</p><p>Tipos Textuais</p><p>Texto Descritivo</p><p>Baseia-se na percepção e descrição de</p><p>elementos de um determinado ambiente, em geral,</p><p>descrevendo pessoas ou lugares. Em geral é</p><p>utilizado em textos para descrever uma</p><p>personagem, local, objeto ou ambiente. O tipo de</p><p>linguagem utilizado, em geral, utiliza adjetivos e</p><p>advérbios. Um texto descritivo pode ser feito de</p><p>duas formas:</p><p>Descrição objetiva: busca descrever a</p><p>personagem, local, objeto ou ambiente como</p><p>realmente é. Por exemplo: “João é brasileiro, possui</p><p>1,90 m, 85 kgs e gosta de jogar futebol“.</p><p>Descrição subjetiva: quando aquele que</p><p>descreve faz juízo de valor sobre aquilo que é</p><p>descrito. Por exemplo: “Cova fria e úmida, teu</p><p>refúgio / Habitação solitária e limitada“.</p><p>Texto Narrativo</p><p>Baseia-se na descrição de ações utilizando</p><p>uma combinação de lugar e tempo. A narração</p><p>baseia-se em um conjunto de eventos, reais ou não,</p><p>apresentados em uma ordem cronológica vividos por</p><p>personagens. O autor (narrador) pode participar</p><p>diretamente da história ou apenas descrever os</p><p>eventos (observador). Há diversas formas de</p><p>escrever um texto narrativo. Na maioria dos casos, a</p><p>estrutura das histórias ficcionais possui (1) uma</p><p>situação inicial – em que o cenário e as</p><p>personagens são apresentados, (2) estabelecimento</p><p>de um evento – que modifica a situação inicial e</p><p>solicita uma solução por parte das personagens,</p><p>(3) clímax – após um contínuo progresso em busca</p><p>de solução por parte das personagens, há um evento</p><p>máximo do qual depende o resultado final do texto e</p><p>(4) epílogo- que é o final do texto.</p><p>Desta forma, é possível visualizar que a</p><p>maior parte dos contos, novelas, filmes, histórias em</p><p>quadrinhos e afins segue este modelo.</p><p>Texto Expositivo</p><p>Este tipo de texto tem o objetivo de descrever</p><p>de forma analítica um determinado evento ou tema.</p><p>No texto expositivo não busca-se fazer juízo de valor,</p><p>mas apenas descrever de forma lógica um</p><p>determinado assunto. Assim, há dois métodos de</p><p>construção:</p><p>Exposição sintética que utiliza um</p><p>processo de composição: isto é, o objeto é descrito</p><p>de forma encadeada, demonstrando seu</p><p>relacionamento com um elemento maior. Exemplo:</p><p>“”Faz Parte Do Meu Show” é uma faixa que faz parte</p><p>do terceiro álbum solo, Ideologia de 1988, do cantor</p><p>de rock brasileiro Cazuza.“</p><p>Exposição analítica que utiliza um</p><p>processo de decomposição: isto é, descreve-se o</p><p>objeto através dos elementos que o constituem. Em</p><p>geral possui um sujeito, um verbo ter, compreender,</p><p>consiste ou contém e um complemento. Por</p><p>exemplo: O cérebro humano contém cerca de 100</p><p>bilhões de neurônios ligados por mais de 10.000</p><p>conexões sinápticas cada.</p><p>Texto Dissertativo</p><p>Consiste na análise de um determinado</p><p>assunto através do uso de uma metodologia e de</p><p>uma posterior conclusão subjetiva sobre o assunto</p><p>estudado, baseado no método utilizado para a</p><p>análise. Em geral, é o formato exigido para trabalhos</p><p>acadêmicos e redações de provas/ concursos</p><p>públicos, porém pode também ser um enunciado</p><p>simples com juízo de qualidade. Neste tipo de texto</p><p>recomenda-se a utilização da terceira pessoa do</p><p>singular nas construções textuais e que não haja</p><p>juízos de valor que não estejam amparados pelo</p><p>método utilizado.</p><p>A sua estrutura básica, na maioria dos casos,</p><p>obedece ao seguinte padrão (o tamanho do texto irá</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5</p><p>variar conforme o propósito do texto):</p><p>(1) introdução ao tema– apresenta o assunto que</p><p>será tratado, o problema que será respondido pelo</p><p>seu texto e, se possível, o que já foi feito por outras</p><p>pessoas para solucionar o problema proposto;</p><p>(2) desenvolvimento e argumentação- de forma</p><p>estruturada, busca-se desenvolver o tema a partir</p><p>da introdução utilizando-se uma metodologia lógica</p><p>para responder ao problema inicialmente proposto.</p><p>Desta forma, evitam-se argumentos sem base ou</p><p>apenas de caráter opinativo; (3) Conclusão ou</p><p>Considerações Finais: resumo do que foi dito no</p><p>texto e análise das vantagens/desvantagens da</p><p>solução proposta para o problema inicial.</p><p>Texto Injuntivo</p><p>Consiste na indicação de como realizar</p><p>uma ação ou em descrever um determinado</p><p>comportamento. Por exemplo: manuais técnicos,</p><p>contratos, leis, normas, receitas, placas</p><p>informativas, etc. Possui uma linguagem mais</p><p>simples e objetiva. Em geral, pode ser dividido em</p><p>dois grupos:</p><p>Texto injuntivo: textos de caráter não-</p><p>coercitivos, sendo utilizado como instrução ao</p><p>usuário. Por exemplo: “Seja feliz.”</p><p>Texto prescritivo: possui um caráter</p><p>coercitivo. Por exemplo: “Aquele que não possuir</p><p>uniforme adequado não poderá assistir à aula“.</p><p>Texto Informativo</p><p>Consiste em texto que tem como objetivo</p><p>apresentar, esclarecer e explicar um determinado</p><p>assunto. É geralmente apresentado sob forma de</p><p>prosa e é de uso comum em textos didáticos,</p><p>jornais, revistas e outras mídias.</p><p>Gênero Textual</p><p>Tipo de classificação de um texto de acordo</p><p>com seu objetivo, natureza e em como é utilizado</p><p>pela sociedade. Gêneros textuais são diversos,</p><p>podem ser formais e informais e se modificam de</p><p>acordo com a região, a época e seu uso pelas</p><p>pessoas. No entanto, em geral, possuem uma</p><p>estrutura básica que orienta sua utilização em um</p><p>determinado grupo social.</p><p>Alguns tipos de gêneros textuais</p><p>Artigo acadêmico: matéria escrita em</p><p>revista especializada na qual um ou mais</p><p>pesquisadores relatam os resultados de suas</p><p>pesquisas para outros pesquisadores. Cada revista</p><p>especializada possui seu próprio formato sobre</p><p>como o artigo deverá ser escrito.</p><p>Artigos científicos: são um tipo</p><p>especializado de artigos acadêmicos escritos por</p><p>pesquisadores nas áreas da Ciência e da</p><p>Engenharia. São caracterizados pela escrita</p><p>sucinta, imparcial e na terceira pessoa. A estrutura</p><p>básica destes textos pode ser sistematizada nos</p><p>seguintes tópicos: Introdução, Problema de</p><p>Pesquisa, Metodologia de Pesquisa, Revisão</p><p>Bibliográfica, Resultados e Conclusão.</p><p>Artigo de opinião: texto argumentativo</p><p>direcionado a público geral publicado em revista ou</p><p>jornal. Sua proposta é apresentar o ponto de vista do</p><p>autor sobre um determinado tema. Pode adotar tom</p><p>formal ou informal conforme o tipo de público.</p><p>Biografia: se caracteriza pela descrição da</p><p>vida de uma pessoa de interesse. Esta descrição</p><p>pode ser imparcial (isto é, o autor busca apenas</p><p>narrar os eventos sem juízo de valor) ou parcial</p><p>(quando o autor narra os eventos sob uma</p><p>determinada ótica crítica). Uma biografia pode ser</p><p>escrita de forma descritiva, narrativa, expositiva ou</p><p>dissertativa.</p><p>Carta: se caracteriza por um tipo de</p><p>comunicação entre um remetente e um (ou mais)</p><p>destinatários. A estrutura básica inclui data,</p><p>saudação, o corpo da carta e a despedida. A carta</p><p>pode ser pessoal ou institucional. Em geral, os</p><p>principais estilos utilizados para sua composição</p><p>incluem a dissertação, a narração e a descrição.</p><p>Dissertação: texto argumentativo orientado</p><p>para público geral. Trata-se de texto impessoal que</p><p>busca convencer o leitor sobre o ponto de vista do</p><p>autor sobre um determinado tema. Em geral deve ser</p><p>escrito em linguagem objetiva e padrão culto. A</p><p>estrutura básica envolve Introdução ao Tema,</p><p>Argumento a ser defendido, Prós e Contras do</p><p>Argumento e Conclusão.</p><p>Crônica: narração curta, produzida</p><p>essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja</p><p>nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um</p><p>jornal ou mesmo na rádio.</p><p>Conto: obra de ficção curta. São mais</p><p>sucintos e concisos do que romances e novelas,</p><p>sendo normalmente centrados em um evento único,</p><p>sem grande complexidade. Exemplo: contos de fada.</p><p>Curriculum Vitae: texto que se caracteriza</p><p>pela descrição das competências de um indivíduo em</p><p>uma determinada área do conhecimento, em geral,</p><p>profissional. O objetivo é fornecer a uma pessoa de</p><p>interesse</p><p>calma /</p><p>ou: esta calma e aquele amedrontado);</p><p>pode ocorrer a contração das preposições a,</p><p>de, em com os pronomes demonstrativos (Não</p><p>acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de</p><p>montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de</p><p>branco);</p><p>podem apresentar valor intensificador ou</p><p>depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele</p><p>estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de</p><p>enfeite);</p><p>nisso e nisto (em + pronome) podem ser</p><p>usados com valor de "então" ou "nesse momento"</p><p>(Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio).</p><p>Pronome relativo:</p><p>Retoma um termo expresso anteriormente</p><p>(antecedente) e introduz uma oração dependente,</p><p>adjetiva.</p><p>Os pronome nomes demonstrativos</p><p>apresentam-se da seguinte maneira: mento,</p><p>armamentomes relativos são: que, quem e onde -</p><p>invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto</p><p>(a/s).</p><p>Os relativos são chamados relativos</p><p>indefinidos quando são empregados sem</p><p>antecedente expresso (Quem espera sempre alcança</p><p>/ Fez quanto pôde).</p><p>Quanto ao emprego, observa-se que os</p><p>relativos são usados quando:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 61</p><p>o antecedente do relativo pode ser</p><p>demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os</p><p>que lêem ou não);</p><p>como relativo, quanto refere-se ao</p><p>antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me</p><p>interessava)</p><p>quem será precedido de preposição se</p><p>estiver relacionado a pessoas ou seres</p><p>personificados expressos;</p><p>quem = relativo indefinido quando é</p><p>empregado sem antecedente claro, não vindo</p><p>precedido de preposição;</p><p>cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de</p><p>posse e não concorda com o antecedente e sim</p><p>com seu conseqüente. Ele tem sempre valor</p><p>adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.</p><p>Pronome indefinido:</p><p>Referem-se à 3ª pessoa do discurso</p><p>quando considerada de modo vago, impreciso ou</p><p>genérico, representando pessoas, coisas e lugares.</p><p>Alguns também podem dar idéia de conjunto ou</p><p>quantidade indeterminada. Em função da</p><p>quantidade de pronomes indefinidos, merece</p><p>atenção sua identificação.</p><p>São pronomes indefinidos de:</p><p>pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem;</p><p>lugares: onde, algures, alhures, nenhures;</p><p>pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais,</p><p>algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a),</p><p>nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s),</p><p>pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s),</p><p>cada.</p><p>Sobre o emprego dos indefinidos devemos</p><p>atentar para:</p><p>algum, após o substantivo a que se refere,</p><p>assume valor negativo (= nenhum) (Computador</p><p>algum resolverá o problema);</p><p>cada deve ser sempre seguido de um</p><p>substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas</p><p>cada uma);</p><p>alguns pronomes indefinidos, se vierem</p><p>depois do nome a que estiverem se referindo,</p><p>passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam</p><p>ter seus lugares certos / Comprei várias balas de</p><p>sabores vários)</p><p>bastante pode vir como adjetivo também, se</p><p>estiver determinando algum substantivo, unindo-se</p><p>a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para</p><p>mim);</p><p>o pronome outrem equivale a "qualquer</p><p>pessoa";</p><p>o pronome nada, colocado junto a verbos</p><p>ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não</p><p>está nada contente hoje);</p><p>o pronome nada, colocado junto a verbos ou</p><p>adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está</p><p>nada contente hoje);</p><p>existem algumas locuções pronominais</p><p>indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem</p><p>for, cada um etc.</p><p>todo com valor indefinido antecede o</p><p>substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver</p><p>a banda ≠ Toda a cidade parou para ver a banda).</p><p>Pronome interrogativo:</p><p>São os pronomes indefinidos que, quem,</p><p>qual, quanto usados na formulação de uma pergunta</p><p>direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do</p><p>discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem</p><p>lhe contou).</p><p>Alguns interrogativos podem ser adverbiais</p><p>(Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi</p><p>tudo?).</p><p>Verbo:</p><p>É a palavra variável que exprime um</p><p>acontecimento representado no tempo, seja ação,</p><p>estado ou fenômeno da natureza.</p><p>Os verbos apresentam três conjugações. Em</p><p>função da vogal temática, podem-se criar três</p><p>paradigmas verbais. De acordo com a relação dos</p><p>verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte</p><p>classificação:</p><p>regulares: seguem o paradigma verbal de</p><p>sua conjugação;</p><p>irregulares: não seguem o paradigma verbal</p><p>da conjugação a que pertencem. As irregularidades</p><p>podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir</p><p>- ouço/ouve, estar - estou/estão);</p><p>Entre os verbos irregulares, destacam-se os</p><p>anômalos que apresentam profundas irregularidades.</p><p>São classificados como anômalos em todas as</p><p>gramáticas os verbos ser e ir.</p><p>defectivos: não são conjugados em</p><p>determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no</p><p>presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª</p><p>pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em</p><p>três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou</p><p>ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas)</p><p>por eufonia ou possibilidade de confusão com outros</p><p>verbos;</p><p>abundantes - apresentam mais de uma forma</p><p>para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio,</p><p>devendo-se usar o particípio regular com ter e haver;</p><p>já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado,</p><p>acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);</p><p>auxiliares: juntam-se ao verbo principal</p><p>ampliando sua significação. Presentes nos tempos</p><p>compostos e locuções verbais;</p><p>certos verbos possuem pronomes pessoais</p><p>átonos que se tornam partes integrantes deles.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 62</p><p>Nesses casos, o pronome não tem função sintática</p><p>(suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);</p><p>formas rizotônicas (tonicidade no radical -</p><p>eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do</p><p>radical - nós cantaríamos).</p><p>Quanto à flexão verbal, temos:</p><p>número: singular ou plural;</p><p>pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;</p><p>tempo: referência ao momento em que se</p><p>fala (pretérito, presente ou futuro). O modo</p><p>imperativo só tem um tempo, o presente;</p><p>voz: ativa, passiva e reflexiva;</p><p>modo: indicativo (certeza de um fato ou</p><p>estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de</p><p>realização de um fato ou incerteza do estado) e</p><p>imperativo (expressa ordem, advertência ou</p><p>pedido).</p><p>As três formas nominais do verbo (infinitivo,</p><p>gerúndio e particípio) não possuem função</p><p>exclusivamente verbal. Infinitivo é antes</p><p>substantivo, o particípio tem valor e forma de</p><p>adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao</p><p>adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que</p><p>exprime.</p><p>Quanto ao tempo verbal, eles apresentam</p><p>os seguintes valores:</p><p>presente do indicativo: indica um fato real</p><p>situado no momento ou época em que se fala;</p><p>presente do subjuntivo: indica um fato</p><p>provável, duvidoso ou hipotético situado no</p><p>momento ou época em que se fala;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: indica um</p><p>fato real cuja ação foi iniciada e concluída no</p><p>passado;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: indica</p><p>um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas</p><p>não foi concluída ou era uma ação costumeira no</p><p>passado;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: indica</p><p>um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação</p><p>foi iniciada mas não concluída no passado;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação</p><p>já passada;</p><p>futuro do presente do indicativo: indica</p><p>um fato real situado em momento ou época</p><p>vindoura;</p><p>futuro do pretérito do indicativo: indica</p><p>um fato possível, hipotético, situado num momento</p><p>futuro, mas ligado a um momento passado;</p><p>futuro do subjuntivo: indica um fato</p><p>provável, duvidoso, hipotético, situado num</p><p>momento ou época futura;</p><p>Quanto à formação</p><p>dos tempos, os</p><p>chamados tempos simples podem ser primitivos</p><p>(presente e pretérito perfeito do indicativo e o</p><p>infinitivo impessoal) e derivados:</p><p>São derivados do presente do indicativo:</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: TEMA</p><p>do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) +</p><p>Desinência número pessoal (DNP);</p><p>presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa</p><p>singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.)</p><p>+ DNP;</p><p>Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de</p><p>"ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas</p><p>passeemos).</p><p>imperativo negativo (todo derivado do</p><p>presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª</p><p>pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as</p><p>demais também vêm do presente do subjuntivo).</p><p>São derivados do pretérito perfeito do</p><p>indicativo:</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>TEMA do perfeito + RA + DNP;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do</p><p>perfeito + SSE + DNP;</p><p>futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R +</p><p>DNP.</p><p>São derivados do infinitivo impessoal:</p><p>futuro do presente do indicativo: TEMA do</p><p>infinitivo + RA + DNP;</p><p>futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA</p><p>+ DNP;</p><p>infinitivo pessoal: infinitivo impessoal +</p><p>DNP (-ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM)</p><p>gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO;</p><p>particípio regular: infinitivo impessoal sem</p><p>vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou</p><p>IDO (2ª e 3ª conjugação).</p><p>Quanto à formação, os tempos compostos da</p><p>voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou</p><p>HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar,</p><p>dito principal.</p><p>No modo Indicativo, os tempos</p><p>compostos são formados da seguinte maneira:</p><p>pretérito perfeito: presente do indicativo do</p><p>auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho</p><p>falado];</p><p>pretérito mais-que-perfeito: pretérito</p><p>imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP</p><p>(Tinha falado);</p><p>futuro do presente: futuro do presente do</p><p>indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado);</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 63</p><p>futuro do pretérito: futuro do pretérito</p><p>indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria</p><p>falado).</p><p>No modo Subjuntivo a formação se dá</p><p>da seguinte maneira:</p><p>pretérito perfeito: presente do subjuntivo</p><p>do auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);</p><p>pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do</p><p>subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse</p><p>falado);</p><p>futuro composto: futuro do subjuntivo do</p><p>auxiliar + particípio do VP (Tiver falado).</p><p>Quanto às formas nominais, elas são</p><p>formadas da seguinte maneira:</p><p>infinitivo composto: infinitivo pessoal ou</p><p>impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado</p><p>/ Teres falado);</p><p>gerúndio composto: gerúndio do auxiliar +</p><p>particípio do VP (Tendo falado).</p><p>O modo subjuntivo apresenta três</p><p>pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o</p><p>perfeito e o mais-que-perfeito nas formas</p><p>compostas. Não há presente composto nem</p><p>pretérito imperfeito composto</p><p>Quanto às vozes, os verbos apresentam</p><p>a voz:</p><p>ativa: sujeito é agente da ação verbal;</p><p>passiva: sujeito é paciente da ação verbal;</p><p>A voz passiva pode ser analítica ou</p><p>sintética:</p><p>analítica: - verbo auxiliar + particípio do</p><p>verbo principal;</p><p>sintética: na 3ª pessoa do singular ou</p><p>plural + SE (partícula apassivadora);</p><p>reflexiva: sujeito é agente e paciente da</p><p>ação verbal. Também pode ser recíproca ao</p><p>mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome</p><p>reflexivo, variável em função da pessoa do verbo);</p><p>Na transformação da voz ativa na passiva,</p><p>a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na</p><p>maioria das vezes), como notamos nos exemplos a</p><p>seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por</p><p>ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O</p><p>vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo</p><p>levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo</p><p>principal).</p><p>Alguns verbos da língua portuguesa</p><p>apresentam problemas de conjugação. A seguir</p><p>temos uma lista, seguida de comentários sobre</p><p>essas dificuldades de conjugação.</p><p>Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa</p><p>do singular do presente do indicativo, por isso não</p><p>possui presente do subjuntivo e o imperativo</p><p>negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir,</p><p>descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir,</p><p>retorquir, urgir)</p><p>Acudir (alternância vocálica o/u) - presente</p><p>do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do</p><p>indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir,</p><p>fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª</p><p>pessoa do plural no presente do indicativo</p><p>Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do</p><p>indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir,</p><p>diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)</p><p>Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do</p><p>indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir,</p><p>espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)</p><p>Agredir (alternância vocálica e/i) - presente</p><p>do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos,</p><p>agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir,</p><p>transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo -</p><p>águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo -</p><p>agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram</p><p>(= desaguar, enxaguar, minguar)</p><p>Aprazer (irregular) - presente do indicativo -</p><p>aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do</p><p>indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve,</p><p>aprouvemos, aprouvestes, aprouveram</p><p>Argüir (irregular com alternância vocálica</p><p>o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi,</p><p>argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi,</p><p>argüiste... (com trema)</p><p>Atrair (irregular) - presente do indicativo -</p><p>atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (=</p><p>abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)</p><p>Atribuir (irregular) - presente do indicativo -</p><p>atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem</p><p>- pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (=</p><p>afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir,</p><p>usufruir)</p><p>Averiguar (alternância vocálica o/u) -</p><p>presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú),</p><p>averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú)</p><p>- pretérito perfeito - averigüei, averiguaste... -</p><p>presente do subjuntivo - averigúe, averigúes,</p><p>averigúe... (= apaziguar)</p><p>Cear (irregular) - presente do indicativo -</p><p>ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito</p><p>perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos,</p><p>ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear:</p><p>falsear, passear... - alguns apresentam pronúncia</p><p>aberta: estréio, estréia...)</p><p>Coar (irregular) - presente do indicativo - côo,</p><p>côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito -</p><p>coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) /</p><p>Comerciar (regular) - presente do indicativo -</p><p>comercio, comercias... - pretérito perfeito -</p><p>comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes</p><p>verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 64</p><p>Compelir (alternância vocálica e/i) -</p><p>presente do indicativo - compilo, compeles... -</p><p>pretérito perfeito indicativo - compeli, compeliste...</p><p>Compilar (regular) - presente do indicativo -</p><p>compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito</p><p>indicativo - compilei, compilaste...</p><p>Construir (irregular e abundante) -</p><p>presente do indicativo - construo, constróis (ou</p><p>construis), constrói (ou construi), construímos,</p><p>construís, constroem (ou construem) - pretérito</p><p>perfeito indicativo - construí, construíste...</p><p>Crer (irregular) - presente do indicativo -</p><p>creio, crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito</p><p>perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos,</p><p>crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, crias,</p><p>cria, críamos, críeis, criam</p><p>Falir (defectivo) - presente do indicativo -</p><p>falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali,</p><p>faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir,</p><p>renhir)</p><p>Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância</p><p>vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges,</p><p>frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito</p><p>indicativo - frigi, frigiste...</p><p>Ir (irregular) - presente do indicativo - vou,</p><p>vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito</p><p>indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - vá,</p><p>vás, vá, vamos, vades, vão</p><p>Jazer (irregular) - presente do indicativo -</p><p>jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi,</p><p>jazeste, jazeu...</p><p>Mobiliar (irregular) - presente do indicativo</p><p>- mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais,</p><p>mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei,</p><p>mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do</p><p>indicativo - obsto, obstas... - pretérito perfeito</p><p>indicativo - obstei, obstaste...</p><p>Pedir (irregular) - presente do indicativo -</p><p>peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem -</p><p>pretérito perfeito indicativo - pedi, pediste... (=</p><p>despedir, expedir, medir) / Polir (alternância</p><p>vocálica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules,</p><p>pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito</p><p>indicativo - poli, poliste...</p><p>Precaver-se (defectivo e pronominal) -</p><p>presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-</p><p>vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me,</p><p>precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do</p><p>indicativo - provejo, provês, provê, provemos,</p><p>provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo -</p><p>provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) -</p><p>presente do indicativo - reavemos, reaveis -</p><p>pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste,</p><p>reouve... (verbo derivado do haver, mas só é</p><p>conjugado nas formas verbais com a letra v)</p><p>Remir (defectivo) - presente do indicativo -</p><p>remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi,</p><p>remiste...</p><p>Requerer (irregular) - presente do indicativo -</p><p>requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo -</p><p>requeri, requereste, requereu... (derivado do querer,</p><p>diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente</p><p>do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e</p><p>derivados, sendo regular)</p><p>Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir,</p><p>ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri,</p><p>riste... (= sorrir)</p><p>Saudar (alternância vocálica) - presente do</p><p>indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito</p><p>indicativo - saudei, saudaste...</p><p>Suar (regular) - presente do indicativo - suo,</p><p>suas, sua... - pretérito perfeito indicativo - suei,</p><p>suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar,</p><p>recuar, situar)</p><p>Valer (irregular) - presente do indicativo -</p><p>valho, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali,</p><p>valeste, valeu...</p><p>Também merecem atenção os seguintes</p><p>verbos irregulares:</p><p>Pronominais: Apiedar-se, dignar-se,</p><p>persignar-se, precaver-se</p><p>Caber</p><p>presente do indicativo: caibo, cabes, cabe,</p><p>cabemos, cabeis, cabem;</p><p>presente do subjuntivo: caiba, caibas,</p><p>caiba, caibamos, caibais, caibam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: coube,</p><p>coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis,</p><p>couberam;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos,</p><p>coubésseis, coubessem;</p><p>futuro do subjuntivo: couber, couberes,</p><p>couber, coubermos, couberdes, couberem.</p><p>Dar</p><p>presente do indicativo: dou, dás, dá,</p><p>damos, dais, dão;</p><p>presente do subjuntivo: dê, dês, dê,</p><p>demos, deis, dêem;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: dei, deste,</p><p>deu, demos, destes, deram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>dera, deras, dera, déramos, déreis, deram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: desse,</p><p>desses, desse, déssemos, désseis, dessem;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 65</p><p>futuro do subjuntivo: der, deres, der,</p><p>dermos, derdes, derem.</p><p>Dizer</p><p>presente do indicativo: digo, dizes, diz,</p><p>dizemos, dizeis, dizem;</p><p>presente do subjuntivo: diga, digas, diga,</p><p>digamos, digais, digam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: disse,</p><p>disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,</p><p>disseram;</p><p>futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.;</p><p>futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos,</p><p>dissésseis, dissessem;</p><p>futuro do subjuntivo: disser, disseres,</p><p>disser, dissermos, disserdes, disserem;</p><p>Seguem esse modelo os derivados</p><p>bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer,</p><p>predizer.</p><p>Os particípios desse verbo e seus</p><p>derivados são irregulares: dito, bendito, contradito,</p><p>etc.</p><p>Estar</p><p>presente do indicativo: estou, estás, está,</p><p>estamos, estais, estão;</p><p>presente do subjuntivo: esteja, estejas,</p><p>esteja, estejamos, estejais, estejam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: estive,</p><p>estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis,</p><p>estiveram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>estivesse, estivesses, estivesse, estivéssemos,</p><p>estivésseis, estivessem;</p><p>futuro do subjuntivo: estiver, estiveres,</p><p>estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;</p><p>Fazer</p><p>presente do indicativo: faço, fazes, faz,</p><p>fazemos, fazeis, fazem;</p><p>presente do subjuntivo: faça, faças, faça,</p><p>façamos, façais, façam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: fiz,</p><p>fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse,</p><p>fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem;</p><p>futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer,</p><p>fizermos, fizerdes, fizerem.</p><p>Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e</p><p>satisfazer.</p><p>Os particípios desse verbo e seus derivados</p><p>são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito,</p><p>etc.</p><p>Haver</p><p>presente do indicativo: hei, hás, há,</p><p>havemos, haveis, hão;</p><p>presente do subjuntivo: haja, hajas, haja,</p><p>hajamos, hajais, hajam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: houve,</p><p>houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis,</p><p>houveram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos,</p><p>houvésseis, houvessem;</p><p>futuro do subjuntivo: houver, houveres,</p><p>houver, houvermos, houverdes, houverem.</p><p>Ir</p><p>presente do indicativo: vou, vais, vai,</p><p>vamos, ides, vão;</p><p>presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos,</p><p>vades, vão;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias,</p><p>ia, íamos, íeis, iam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: fui, foste,</p><p>foi, fomos, fostes, foram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse,</p><p>fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;</p><p>futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos,</p><p>fordes, forem.</p><p>Poder</p><p>presente do indicativo: posso, podes, pode,</p><p>podemos, podeis, podem;</p><p>presente do subjuntivo: possa, possas,</p><p>possa, possamos, possais, possam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: pude,</p><p>pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,</p><p>puderam;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 66</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos,</p><p>pudésseis,</p><p>pudessem;</p><p>futuro do subjuntivo: puder, puderes,</p><p>puder, pudermos, puderdes, puderem.</p><p>Pôr</p><p>presente do indicativo: ponho, pões, põe,</p><p>pomos, pondes, põem;</p><p>presente do subjuntivo: ponha, ponhas,</p><p>ponha, ponhamos, ponhais, ponham;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: punha,</p><p>punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: pus,</p><p>puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis,</p><p>puseram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos,</p><p>pusésseis, pusessem;</p><p>futuro do subjuntivo: puser, puseres,</p><p>puser, pusermos, puserdes, puserem.</p><p>Todos os derivados do verbo pôr seguem</p><p>exatamente esse modelo: antepor, compor,</p><p>contrapor, decompor, depor, descompor, dispor,</p><p>expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor,</p><p>predispor, pressupor, propor, recompor, repor,</p><p>sobrepor, supor, transpor são alguns deles.</p><p>Querer</p><p>presente do indicativo: quero, queres,</p><p>quer, queremos, quereis, querem;</p><p>presente do subjuntivo: queira, queiras,</p><p>queira, queiramos, queirais, queiram;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: quis,</p><p>quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,</p><p>quiseram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos,</p><p>quisésseis, quisessem;</p><p>futuro do subjuntivo: quiser, quiseres,</p><p>quiser, quisermos, quiserdes, quiserem;</p><p>Saber</p><p>presente do indicativo: sei, sabes, sabe,</p><p>sabemos, sabeis, sabem;</p><p>presente do subjuntivo: saiba, saibas,</p><p>saiba, saibamos, saibais, saibam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: soube,</p><p>soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis,</p><p>souberam;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos,</p><p>soubésseis, soubessem;</p><p>futuro do subjuntivo: souber, souberes,</p><p>souber, soubermos, souberdes, souberem.</p><p>Ser</p><p>presente do indicativo: sou, és, é, somos,</p><p>sois, são;</p><p>presente do subjuntivo: seja, sejas, seja,</p><p>sejamos, sejais, sejam;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: era,</p><p>eras, era, éramos, éreis, eram;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: fui, foste,</p><p>foi, fomos, fostes, foram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse,</p><p>fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;</p><p>futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos,</p><p>fordes, forem.</p><p>As segundas pessoas do imperativo</p><p>afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).</p><p>Ter</p><p>presente do indicativo: tenho, tens, tem,</p><p>temos, tendes, têm;</p><p>presente do subjuntivo: tenha, tenhas,</p><p>tenha, tenhamos, tenhais, tenham;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: tinha,</p><p>tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste,</p><p>teve, tivemos, tivestes, tiveram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse,</p><p>tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;</p><p>futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver,</p><p>tivermos, tiverdes, tiverem.</p><p>Seguem esse modelo os verbos ater, conter,</p><p>deter, entreter, manter, reter.</p><p>Trazer</p><p>presente do indicativo: trago, trazes, traz,</p><p>trazemos, trazeis, trazem;</p><p>presente do subjuntivo: traga, tragas, traga,</p><p>tragamos, tragais, tragam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: trouxe,</p><p>trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram;</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 67</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,</p><p>trouxéreis, trouxeram;</p><p>futuro do presente: trarei, trarás, trará,</p><p>etc.;</p><p>futuro do pretérito: traria, trarias, traria,</p><p>etc.;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos,</p><p>trouxésseis, trouxessem;</p><p>futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres,</p><p>trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.</p><p>Ver</p><p>presente do indicativo: vejo, vês, vê,</p><p>vemos, vedes, vêem;</p><p>presente do subjuntivo: veja, vejas, veja,</p><p>vejamos, vejais, vejam;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: vi, viste,</p><p>viu, vimos, vistes, viram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo: visse,</p><p>visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;</p><p>futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos,</p><p>virdes, virem.</p><p>Seguem esse modelo os derivados antever,</p><p>entrever, prever, rever. Prover segue o modelo</p><p>acima apenas no presente do indicativo e seus</p><p>tempos derivados; nos demais tempos, comporta-</p><p>se como um verbo regular da segunda conjugação.</p><p>Vir</p><p>presente do indicativo: venho, vens, vem,</p><p>vimos, vindes, vêm;</p><p>presente do subjuntivo: venha, venhas,</p><p>venha, venhamos, venhais, venham;</p><p>pretérito imperfeito do indicativo: vinha,</p><p>vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;</p><p>pretérito perfeito do indicativo: vim,</p><p>vieste, veio, viemos, viestes, vieram;</p><p>pretérito mais-que-perfeito do indicativo:</p><p>viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo:</p><p>viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,</p><p>viessem;</p><p>futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier,</p><p>viermos, vierdes, vierem;</p><p>particípio e gerúndio: vindo.</p><p>Seguem esse modelo os verbos advir,</p><p>convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.</p><p>O emprego do infinitivo não obedece a</p><p>regras bem definidas.</p><p>O impessoal é usado em sentido genérico ou</p><p>indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o</p><p>pessoal refere-se às pessoas do discurso,</p><p>dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o</p><p>uso da forma pessoal se for necessário dar à frase</p><p>maior clareza e ênfase.</p><p>Usa-se o impessoal:</p><p>sem referência a nenhum sujeito: É proibido</p><p>fumar na sala;</p><p>nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua</p><p>situação;</p><p>quando o infinitivo exerce função de</p><p>complemento de adjetivos: É um problema fácil de</p><p>solucionar;</p><p>quando o infinitivo possui valor de imperativo</p><p>- Ele respondeu: "Marchar!"</p><p>Usa-se o pessoal:</p><p>quando o sujeito do infinitivo é diferente do</p><p>sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres</p><p>daqui;</p><p>quando, por meio de flexão, se quer realçar</p><p>ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro</p><p>responderes dessa maneira;</p><p>quando queremos determinar o sujeito (usa-</p><p>se a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta.</p><p>Exercícios</p><p>1. A forma correta do verbo submeter-se, na</p><p>1a. pessoa do plural do imperativo afirmativo é:</p><p>a) submetamo-nos</p><p>b) submeta-se</p><p>c) submete-te</p><p>d) submetei-vos</p><p>2. __________ mesmo que és capaz de</p><p>vencer; __________ e não __________ .</p><p>a) Mostra a ti – decide-te – desanime</p><p>b) Mostre a ti – decida-te – desanimes</p><p>c) Mostra a ti – decida-te – desanimes</p><p>d) Mostra a ti – decide-te – desanimes</p><p>3. Depois que o sol se __________, haverão</p><p>de __________ as atividades.</p><p>a) pôr – suspender</p><p>b) por – suspenderem</p><p>c) puser – suspender</p><p>d) puser – suspenderem</p><p>4. Não se deixe dominar pela solidão.</p><p>__________ a vida que há nas formas da natureza,</p><p>__________ atenção à transbordante linguagem das</p><p>coisas e __________ o mundo pelo qual transita</p><p>distraído.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 68</p><p>a) Descobre – presta – vê</p><p>b) Descubra – presta – vê</p><p>c) Descubra – preste – veja</p><p>d) Descubra – presta – veja</p><p>5. Se __________ a interferência do</p><p>Ministro nos programas de televisão e se ele</p><p>__________, não ocorreriam certos abusos.</p><p>a) requerêssemos – interviesse</p><p>b) requiséssemos – interviesse</p><p>c) requerêssemos – intervisse</p><p>d) requizéssemos – interviesse</p><p>6. Se __________ o livro, não __________</p><p>com ele; __________ onde combinamos.</p><p>a) reouveres – fiques – põe-no</p><p>b) reouveres – fiques – põe-lo</p><p>c) reaveres – fica – ponha-o</p><p>d) reaveres fique – ponha-o</p><p>7. Se eles __________ suas razões e</p><p>__________ suas teses, não os __________ .</p><p>a) expuserem – mantiverem – censura</p><p>b) expuserem – mantiverem – censures</p><p>c) exporem – manterem – censures</p><p>d) exporem – manterem – censura</p><p>8. Se o __________ por perto,</p><p>__________; ele __________ o esforço construtivo</p><p>de qualquer pessoa.</p><p>a) veres – precavenha-se – obstrue</p><p>b) vires – precavém-te – obstrui</p><p>c) veres – acautela-te – obstrui</p><p>d) vires – acautela-te – obstrui</p><p>9. Se ele se __________ em sua</p><p>exposição, __________ bem. Não te __________.</p><p>a) deter – ouça-lhe – precipites</p><p>b) deter – ouve-lhe – precipita</p><p>c) detiver – ouve-o precipita</p><p>d) detiver – ouve-o -precipites</p><p>10. Os habitantes da ilha acreditam que,</p><p>quando Jesus __________ e __________ todos em</p><p>paz, haverá de abençoá-los.</p><p>a) vier – os ver</p><p>b) vir – os ver</p><p>c) vier – os vir</p><p>d) vier – lhes vir</p><p>11. Os pais ainda __________ certos</p><p>princípios, mas os filhos já não __________ neles e</p><p>__________ de sua orientação.</p><p>a) mantém – crêem – divergem</p><p>b) mantêem – crêem – divergem</p><p>c) mantêm – crêem – divergem</p><p>d) mantém – crêem – divirgem</p><p>12. Se todas as pessoas __________ boas</p><p>relações e __________ as amizades, viveriam mais</p><p>felizes.</p><p>a) mantivessem – refizessem</p><p>b) mantivessem – refazessem</p><p>c) mantiverem – refizerem</p><p>d) mantessem – refizessem</p><p>13. __________ graves problemas que o</p><p>__________, durante vários anos, no porto, e</p><p>impediram que __________ , em tempo devido, sua</p><p>promoção.</p><p>a) sobreviram – deteram – requeresse</p><p>b) sobreviram – detiveram – requisesse</p><p>c) sobrevieram – detiveram – requisesse</p><p>d) sobrevieram – detiveram – requeresse</p><p>14. Eu não __________ a desobediência,</p><p>embora ela me _________, portanto, não</p><p>__________ comigo.</p><p>a) premio – favoreça – contes</p><p>b) premio – favorece – conta</p><p>c) premio – favoreça – conta</p><p>d) premeio – favoreça – contas</p><p>15. Se ao menos ele __________ a confusão</p><p>que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se</p><p>__________, e __________ na briga que não era</p><p>sua.</p><p>a) prevesse – continha – interveio</p><p>b) previsse – conteve – interveio</p><p>c) prevesse – continha – interviu</p><p>d) previsse – conteve – interviu</p><p>16. A locução verbal que constitui voz</p><p>passiva analítica é:</p><p>a) Vais fazer essa operação?</p><p>b) Você teria realizado tal cirurgia?</p><p>c) Realizou-se logo a intervenção.</p><p>d) A operação foi realizada logo.</p><p>17. O seguinte período apresenta uma forma</p><p>verbal na voz passiva: “as pessoas comprometidas</p><p>com a corrupção deveriam ser punidas de forma mais</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 69</p><p>rigorosa”. Qual a alternativa que apresenta a forma</p><p>verbal ativa correspondente?</p><p>a) deveria punir</p><p>b) puniria</p><p>c) puniriam</p><p>d) deveriam punir</p><p>18. A oração “o alarma tinha sido disparado</p><p>pelo guarda” está na voz passiva. Assinale a</p><p>alternativa que apresenta a forma verbal ativa</p><p>correspondente.</p><p>a) disparara</p><p>b) fora disparado</p><p>c) tinham disparado</p><p>d) tinha disparado</p><p>19. A oração “o engenheiro podia controlar</p><p>todos os empregados da estação ferroviária” está</p><p>na voz ativa. Assinale a forma verbal passiva</p><p>correspondente.</p><p>a) podiam ser controlados</p><p>b) seriam controlados</p><p>c) podia ser controlado</p><p>d) controlavam-se</p><p>20. Assinale a oração que não tem</p><p>condições de ser transformada em passiva.</p><p>a) As novelas substituíram os folhetins do</p><p>passado</p><p>b) O diretor reuniu para esta novela um</p><p>elenco especial</p><p>c) Alguns episódios estão mexendo com as</p><p>emoções do público</p><p>d) O autor extrai alguns detalhes do</p><p>personagem de pessoas conhecidas</p><p>* Instruções para as questões</p><p>subsequentes: Passe a frase dada, se for ativa,</p><p>para a voz passiva, e vice-versa. Assinale a</p><p>alternativa que, feita a transformação, substitui</p><p>corretamente a forma verbal grifada, sem que</p><p>haja mudança de tempo e modo verbais.</p><p>21. Não se faz mais nada como</p><p>antigamente.</p><p>a) é feito</p><p>b) têm feito</p><p>c) foi feito</p><p>d) fazem</p><p>22. Saí de lá com a certeza de que os livros</p><p>me seriam enviados por ele, sem falta, na data</p><p>marcada.</p><p>a) iria enviar</p><p>b) foram enviados</p><p>c) enviará</p><p>d) enviaria</p><p>23. Em meio àquele tumulto, ele ia</p><p>terminando o complicado trabalho.</p><p>a) foi terminando</p><p>b) foi sendo terminado</p><p>c) foi terminado</p><p>d) ia sendo terminado</p><p>24. Seria bom que o projeto fosse submetido</p><p>à apreciação da equipe, para que se retificassem</p><p>possíveis falhas.</p><p>a) submeteram – retifiquem</p><p>b) submeter – retificar</p><p>c) submetessem – retificassem</p><p>d) se submetesse – retifiquem</p><p>25. Se fôssemos ouvidos, muitos</p><p>aborrecimentos seriam evitados.</p><p>a) ouvíssemos – estaríamos</p><p>b) formos ouvidos – serão evitados</p><p>c) nos ouvissem – se evitariam</p><p>d) nos ouvissem – evitariam</p><p>GABARITO:</p><p>1 A / 2 D / 3 C / 4 C / 5 A / 6 A / 7 B / 8 D / 9</p><p>D / 10 C / 11 C / 12 A / 13 D / 14 A / 15 B / 16 D / 17</p><p>D / 18 D / 19 A / 20 C / 21 D / 22 D / 23 D / 24 C / 25</p><p>D</p><p>ARTIGO</p><p>Precede o substantivo para determiná-lo,</p><p>mantendo com ele relação de concordância. Assim,</p><p>qualquer expressão ou frase fica substantivada se for</p><p>determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é</p><p>conselho sábio). Em certos casos, serve para</p><p>assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).</p><p>Os artigos podem ser classificado em:</p><p>definido - o, a, os, as - um ser claramente</p><p>determinado entre outros da mesma espécie;</p><p>indefinido - um, uma, uns, umas - um ser</p><p>qualquer entre outros de mesma espécie;</p><p>Podem aparecer combinados com</p><p>preposições (numa, do, à, entre outros).</p><p>Quanto ao emprego do artigo:</p><p>não é obrigatório seu uso diante da maioria</p><p>dos substantivos, podendo ser substituído por outra</p><p>palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este</p><p>rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais</p><p>gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o</p><p>uso do artigo em provérbios e máximas para manter</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 70</p><p>o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico</p><p>esse poema a homem ou a mulher?);</p><p>não se deve usar artigo depois de cujo e</p><p>suas flexões;</p><p>outro, em sentido determinado, é precedido</p><p>de artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois</p><p>aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos;</p><p>outros conversavam);</p><p>não se usa artigo diante de expressões de</p><p>tratamento iniciadas por possessivos, além das</p><p>formas abreviadas frei, dom, são, expressões de</p><p>origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou</p><p>sóror;</p><p>é obrigatório o uso do artigo definido entre o</p><p>numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a</p><p>que se refere (ambos os cônjuges);</p><p>diante do possessivo (função de adjetivo) o</p><p>uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo,</p><p>torna-se obrigatório (os [seus] planos foram</p><p>descobertos, mas os meus ainda estão em</p><p>segredo);</p><p>omite-se o artigo definido antes de nomes</p><p>de parentesco precedidos de possessivo (A moça</p><p>deixou a casa a sua tia);</p><p>antes de nomes próprios personativos, não</p><p>se deve utilizar artigo. O seu uso denota</p><p>familiaridade, por isso é geralmente usado antes de</p><p>apelidos. Os antropônimos são determinados pelo</p><p>artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros);</p><p>geralmente dispensado depois de cheirar a,</p><p>saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim</p><p>/ isto sabe a vinho);</p><p>não se usa artigo diante das palavras casa</p><p>(= lar, moradia), terra (= chão firme) e palácio a</p><p>menos que essas palavras sejam especificadas</p><p>(venho de casa / venho da casa paterna);</p><p>na expressão uma</p><p>hora, significando a</p><p>primeira hora, o emprego é facultativo (era perto de</p><p>/ da uma hora). Se for indicar hora exata, à uma</p><p>hora (como qualquer expressão adverbial feminina);</p><p>diante de alguns nomes de cidade não se</p><p>usa artigo, a não ser que venham modificados por</p><p>adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva</p><p>(Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas);</p><p>usa-se artigo definido antes dos nomes de</p><p>estados brasileiros. Como não se usa artigo nas</p><p>denominações geográficas formadas por nomes ou</p><p>adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC,</p><p>SP e SE;</p><p>expressões com palavras repetidas repelem</p><p>artigo (gota a gota / face a face);</p><p>não se combina com preposição o artigo</p><p>que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras</p><p>literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li</p><p>em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber</p><p>água);</p><p>depois de todo, emprega-se o artigo para</p><p>conferir idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá</p><p>participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos"</p><p>exige artigo a não ser que seja substituído por outro</p><p>determinante (todos os familiares / todos estes</p><p>familiares);</p><p>repete-se artigo: a) nas oposições entre</p><p>pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na</p><p>qualificação antonímica do mesmo substantivo (o</p><p>bom e o mau ladrão) / c) na distinção de gênero e</p><p>número (o patrão e os operários / o genro e a nora);</p><p>não se repete artigo: a) quando há sinonímia</p><p>indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) /</p><p>b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo</p><p>(a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos</p><p>nos abalou).</p><p>NUMERAL:</p><p>Numeral é a palavra que indica quantidade,</p><p>número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se</p><p>como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo,</p><p>terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo),</p><p>fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda</p><p>há os numerais coletivos (dúzia, par).</p><p>Quanto ao valor, os numerais podem</p><p>apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se</p><p>estiverem acompanhando e modificando um</p><p>substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem</p><p>substituindo um substantivo e designando seres,</p><p>terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a</p><p>chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta</p><p>vez. (valor substantivo)].</p><p>Quanto ao emprego:</p><p>os ordinais como último, penúltimo,</p><p>antepenúltimo, respectivos... não possuem cardinais</p><p>correspondentes.</p><p>os fracionários têm como forma própria meio,</p><p>metade e terço, todas as outras representações de</p><p>divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais</p><p>seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo,</p><p>quinze avos);</p><p>designando séculos, reis, papas e capítulos,</p><p>utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí</p><p>usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa</p><p>Paulo II - segundo);</p><p>Se o numeral vier antes do substantivo, será</p><p>obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV</p><p>Semana de Cultura - quarta);</p><p>zero e ambos(as) também são numerais</p><p>cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso</p><p>catorze e quatorze;</p><p>a forma milhar é masculina, portanto não</p><p>existe "algumas milhares de pessoas" e sim alguns</p><p>milhares de pessoas;</p><p>alguns numerais coletivos: grosa (doze</p><p>dúzias), lustro (período de cinco anos),</p><p>sesquicentenário (150 anos);</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 71</p><p>um: numeral ou artigo? Nestes casos, a</p><p>distinção é feita pelo contexto.</p><p>Numeral indicando quantidade e artigo</p><p>quando se opõe ao substantivo indicando-o de</p><p>forma indefinida.</p><p>Quanto à flexão, varia em gênero e</p><p>número:</p><p>variam em gênero:</p><p>Cardinais: um, dois e os duzentos a</p><p>novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e</p><p>fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva</p><p>em relação ao substantivo.</p><p>variam em número:</p><p>Cardinais terminados em -ão; todos os</p><p>ordinais; os multiplicativos, quando têm função</p><p>adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal</p><p>que os antecede.</p><p>Os cardinais, quando substantivos, vão</p><p>para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei</p><p>dois dez e três quatros).</p><p>ADVÉRBIO:</p><p>É a palavra que modifica o sentido do verbo</p><p>(maioria), do adjetivo e do próprio advérbio</p><p>(intensidade para essas duas classes). Denota em</p><p>si mesma uma circunstância que determina sua</p><p>classificação:</p><p>lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás,</p><p>alhures;</p><p>tempo: breve, cedo, já, agora, outrora,</p><p>imediatamente, ainda;</p><p>modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a</p><p>maioria dos adv. com sufixo -mente;</p><p>negação: não, qual nada, tampouco,</p><p>absolutamente;</p><p>dúvida: quiçá, talvez, provavelmente,</p><p>porventura, possivelmente;</p><p>intensidade: muito, pouco, bastante, mais,</p><p>meio, quão, demais, tão;</p><p>afirmação: sim, certamente, deveras, com</p><p>efeito, realmente, efetivamente.</p><p>As palavras onde (de lugar), como (de</p><p>modo), porque (de causa), quanto (classificação</p><p>variável) e quando (de tempo), usadas em frases</p><p>interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas</p><p>como advérbios interrogativos (queria saber onde</p><p>todos dormirão / quando se realizou o concurso).</p><p>Onde, quando, como, se empregados com</p><p>antecedente em orações adjetivas são advérbios</p><p>relativos (estava naquela rua onde passavam os</p><p>ônibus / ele chegou na hora quando ela ia falar /</p><p>não sei o modo como ele foi tratado aqui).</p><p>As locuções adverbiais são geralmente</p><p>constituídas de preposição + substantivo - à direita,</p><p>à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente</p><p>a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente,</p><p>de vez em quando, em breve, em mão (em vez de</p><p>"em mãos") etc. São classificadas, também, em</p><p>função da circunstância que expressam.</p><p>Quanto ao grau, apesar de pertencer à</p><p>categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode</p><p>apresentar variações de grau comparativo ou</p><p>superlativo.</p><p>Comparativo:</p><p>igualdade - tão + advérbio + quanto</p><p>superioridade - mais + advérbio + (do) que</p><p>inferioridade - menos + advérbio + (do) que</p><p>Superlativo:</p><p>sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)</p><p>analítico - muito + advérbio.</p><p>Bem e mal admitem grau comparativo de</p><p>superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais</p><p>bem e mais mal são usadas diante de particípios</p><p>adjetivados. (Ele está mais bem informado do que</p><p>eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem /</p><p>mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).</p><p>Quanto ao emprego:</p><p>três advérbios pronominais indefinidos de</p><p>lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e</p><p>nenhures, substituídos por em algum, em outro e em</p><p>nenhum lugar;</p><p>na linguagem coloquial, o advérbio recebe</p><p>sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume</p><p>valor superlativo absoluto sintético (cedinho /</p><p>pertinho). A repetição de um mesmo advérbio</p><p>também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);</p><p>quando os advérbios terminados em -mente</p><p>estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só</p><p>no último (Falou rápida e pausadamente);</p><p>muito e bastante podem aparecer como</p><p>advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável -</p><p>determina substantivo);</p><p>otimamente e pessimamente são superlativos</p><p>absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;</p><p>adjetivos adverbializados mantêm-se</p><p>invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou</p><p>claro).</p><p>As palavras denotativas são séries de</p><p>palavras que se assemelham ao advérbio. A Norma</p><p>Gramatical Brasileira considera-as apenas como</p><p>palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma</p><p>das 10 classes gramaticais. Classificam-se em</p><p>função da idéia que expressam:</p><p>adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e</p><p>ainda queria mais);</p><p>afastamento: embora (Foi embora daqui);</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 72</p><p>afetividade: ainda bem, felizmente,</p><p>infelizmente (Ainda bem que passei de ano);</p><p>aproximação:</p><p>quase, lá por, bem, uns,</p><p>cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé);</p><p>designação: eis (Eis nosso carro novo);</p><p>exclusão: apesar, somente, só, salvo,</p><p>unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer,</p><p>apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me</p><p>descontou sequer um real);</p><p>explicação: isto é, por exemplo, a saber</p><p>etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos);</p><p>inclusão: até, ainda, além disso, também,</p><p>inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até</p><p>água);</p><p>limitação: só, somente, unicamente,</p><p>apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele</p><p>veio à festa);</p><p>realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque</p><p>etc. (E você lá sabe essa questão?);</p><p>retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou</p><p>antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro);</p><p>situação: então, mas, se, agora, afinal etc.</p><p>(Afinal, quem perguntaria a ele?).</p><p>PREPOSIÇÃO:</p><p>É a palavra invariável que liga dois termos</p><p>entre si, estabelecendo relação de subordinação</p><p>entre o termo regente e o regido. São antepostos</p><p>aos dependentes (objeto indireto, complemento</p><p>nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-</p><p>se em:</p><p>essenciais (maioria das vezes são</p><p>preposições): a, ante, após, até, com, contra, de,</p><p>desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,</p><p>sobre, trás;</p><p>acidentais (palavras de outras classes que</p><p>podem exercer função de preposição): afora,</p><p>conforme (= de acordo com), consoante, durante,</p><p>exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (=</p><p>devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme</p><p>a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio</p><p>aquela taça / Mediante meios escusos, ele</p><p>conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).</p><p>As preposições essenciais regem pronomes</p><p>oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais</p><p>regem as formas retas dos pronomes pessoais.</p><p>(Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram).</p><p>As locuções prepositivas, em geral, são</p><p>formadas de advérbio (ou locução adverbial) +</p><p>preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além</p><p>de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de,</p><p>de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a,</p><p>a par de, devido a.</p><p>Observa-se que a última palavra da locução</p><p>prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a</p><p>última palavra de uma locução adverbial nunca é</p><p>preposição.</p><p>Quanto ao emprego, as preposições</p><p>podem ser usadas em:</p><p>combinação: preposição + outra palavra sem</p><p>perda fonética (ao/aos);</p><p>contração: preposição + outra palavra com</p><p>perda fonética (na/àquela);</p><p>não se deve contrair de se o termo seguinte</p><p>for sujeito (Está na hora de ele falar);</p><p>a preposição após, pode funcionar como</p><p>advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram logo</p><p>após.);</p><p>trás, atualmente, só se usa em locuções</p><p>adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás</p><p>de).</p><p>Quanto à diferença entre pronome pessoal</p><p>oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a</p><p>preposição liga dois termos, sendo invariável,</p><p>enquanto o pronome oblíquo substitui um</p><p>substantivo. Já o artigo antecede o substantivo,</p><p>determinando-o.</p><p>As preposições podem estabelecer as</p><p>seguintes relações: isoladamente, as preposições</p><p>são palavras vazias de sentido, se bem que algumas</p><p>contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas</p><p>frases, exprimem diversas relações:</p><p>autoria - música de Caetano</p><p>lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa</p><p>tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em</p><p>uma hora, viajei durante as férias</p><p>modo ou conformidade - chegar aos gritos,</p><p>votar em branco</p><p>causa - tremer de frio, preso por vadiagem</p><p>assunto - falar sobre política</p><p>fim ou finalidade - vir em socorro, vir para</p><p>ficar</p><p>instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a</p><p>faca</p><p>companhia - sair com amigos / meio - voltar</p><p>a cavalo, viajar de ônibus</p><p>matéria - anel de prata, pão com farinha</p><p>posse - carro de João</p><p>oposição - Flamengo contra Fluminense</p><p>conteúdo - copo de (com) vinho</p><p>preço - vender a (por) R$ 300, 00</p><p>origem - descender de família humilde</p><p>especialidade - formou-se em Medicina</p><p>destino ou direção - ir a Roma, olhe para</p><p>frente.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 73</p><p>INTERJEIÇÃO:</p><p>São palavras que expressam estados</p><p>emocionais do falante, variando de acordo com o</p><p>contexto emocional. Podem expressar:</p><p>alegria - ah!, oh!, oba!</p><p>advertência - cuidado!, atenção</p><p>afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!</p><p>alívio - ufa!, arre!</p><p>animação - coragem!, avante!, eia!</p><p>aplauso - bravo!, bis!, mais um!</p><p>chamamento - alô!, olá!, psit!</p><p>desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!</p><p>espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!</p><p>impaciência - hum!, hem!</p><p>silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!</p><p>São locuções interjetivas: puxa vida!, não</p><p>diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz</p><p>credo!</p><p>CONJUNÇÃO:</p><p>É a palavra que liga orações basicamente,</p><p>estabelecendo entre elas alguma relação</p><p>(subordinação ou coordenação). As conjunções</p><p>classificam-se em:</p><p>Coordenativas, aquelas que ligam duas</p><p>orações independentes (coordenadas), ou dois</p><p>termos que exercem a mesma função sintática</p><p>dentro da oração. Apresentam cinco tipos:</p><p>aditivas (adição): e, nem, mas também,</p><p>como também, bem como, mas ainda;</p><p>adversativas (adversidade, oposição):</p><p>mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo</p><p>contrário), não obstante, apesar disso;</p><p>alternativas (alternância, exclusão,</p><p>escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;</p><p>conclusivas (conclusão): logo, portanto,</p><p>pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;</p><p>explicativas (justificação): - pois (antes do</p><p>verbo), porque, que, porquanto.</p><p>Subordinativas - ligam duas orações</p><p>dependentes, subordinando uma à outra.</p><p>Apresentam dez tipos:</p><p>causais: porque, visto que, já que, uma vez</p><p>que, como, desde que;</p><p>Palavra que liga orações basicamente,</p><p>estabelecendo entre elas alguma relação</p><p>(subordinação ou coordenação). As conjunções</p><p>classificam-se em:</p><p>comparativas: como, (tal) qual, assim</p><p>como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;</p><p>condicionais: se, caso, contanto que, desde</p><p>que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;</p><p>consecutivas (conseqüência, resultado,</p><p>efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. -</p><p>indicadores de intensidade), de modo que, de</p><p>maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;</p><p>conformativas (conformidade, adequação):</p><p>conforme, segundo, consoante, como;</p><p>concessiva: embora, conquanto, posto que,</p><p>por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;</p><p>temporais: quando, enquanto, logo que,</p><p>desde que, assim que, mal (= logo que), até que;</p><p>finais - a fim de que, para que, que;</p><p>proporcionais: à medida que, à proporção</p><p>que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);</p><p>integrantes - que, se.</p><p>As conjunções integrantes introduzem as</p><p>orações subordinadas substantivas, enquanto as</p><p>demais iniciam orações subordinadas adverbiais.</p><p>Muitas vezes a função de interligar orações é</p><p>desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios</p><p>ou pronomes.</p><p>Exercícios</p><p>1. A alternativa que apresenta classes de</p><p>palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo</p><p>advérbio são:</p><p>a) adjetivo – advérbio – verbo.</p><p>b) verbo – interjeição – conjunção.</p><p>c) conjunção – numeral – adjetivo.</p><p>d) adjetivo – verbo – interjeição.</p><p>e) interjeição – advérbio – verbo.</p><p>2. Das palavras abaixo, faz plural como</p><p>“assombrações”</p><p>a) perdão.</p><p>b) bênção.</p><p>c) alemão.</p><p>d) cristão.</p><p>e) capitão.</p><p>3. Na oração “Ninguém está perdido se der</p><p>amor…”, a palavra grifada pode ser classificada</p><p>como:</p><p>a) advérbio de modo.</p><p>b) conjunção adversativa.</p><p>c) advérbio de condição.</p><p>d) conjunção condicional.</p><p>e) preposição essencial.</p><p>4. Marque a frase em que o termo destacado</p><p>expressa circunstância de causa:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br</p><p>Página 74</p><p>a) Quase morri de vergonha.</p><p>b) Agi com calma.</p><p>c) Os mudos falam com as mãos.</p><p>d) Apesar do fracasso, ele insistiu.</p><p>e) Aquela rua é demasiado estreita.</p><p>5. “Enquanto punha o motor em</p><p>movimento.” O verbo destacado encontra-se no:</p><p>a) Presente do subjuntivo.</p><p>b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.</p><p>c) Presente do indicativo.</p><p>d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.</p><p>e) Pretérito imperfeito do indicativo.</p><p>6. Aponte a opção em que muito é pronome</p><p>indefinido:</p><p>a) O soldado amarelo falava muito bem.</p><p>b) Havia muito bichinho ruim.</p><p>c) Fabiano era muito desconfiado.</p><p>d) Fabiano vacilava muito para tomar</p><p>decisão.</p><p>e) Muito eficiente era o soldado amarelo.</p><p>7 . A flexão do número incorreta é:</p><p>a) tabelião – tabeliães.</p><p>b) melão – melões</p><p>c) ermitão – ermitões.</p><p>d) chão – chãos.</p><p>e) catalão – catalões.</p><p>8. Dos verbos abaixo apenas um é regular,</p><p>identifique-o:</p><p>a) pôr.</p><p>b) adequar.</p><p>c) copiar.</p><p>d) reaver.</p><p>e) brigar.</p><p>9. A alternativa que não apresenta erro de</p><p>flexão verbal no presente do indicativo é:</p><p>a) reavejo (reaver).</p><p>b) precavo (precaver).</p><p>c) coloro (colorir).</p><p>d) frijo (frigir).</p><p>e) fedo (feder).</p><p>10. A classe de palavras que é empregada</p><p>para exprimir estados emotivos:</p><p>a) adjetivo.</p><p>b) interjeição.</p><p>c) preposição.</p><p>d) conjunção.</p><p>e) advérbio.</p><p>11. Todas as formas abaixo expressam um</p><p>tamanho menor que o normal, exceto:</p><p>a) saquitel.</p><p>b) grânulo.</p><p>c) radícula.</p><p>d) marmita.</p><p>e) óvulo.</p><p>12. Em “Tem bocas que murmuram</p><p>preces…”, a seqüência morfológica é:</p><p>a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-</p><p>substantivo.</p><p>b) verbo-substantivo-conjunção integrante-</p><p>verbo-substantivo.</p><p>c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-</p><p>verbo-adjetivo.</p><p>d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-</p><p>substantivo.</p><p>e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-</p><p>substantivo.</p><p>13. A alternativa que possui todos os</p><p>substantivos corretamente colocados no plural é:</p><p>a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-</p><p>vidas.</p><p>b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.</p><p>c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-</p><p>roupas.</p><p>d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.</p><p>e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.</p><p>14. “…os cipós que se emaranhavam…” . A</p><p>palavra sublinhada é:</p><p>a) conjunção explicativa.</p><p>b) conjunção integrante.</p><p>c) pronome relativo.</p><p>d) advérbio interrogativo.</p><p>e) preposição acidental.</p><p>15. Indique a frase em que o verbo se</p><p>encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo</p><p>afirmativo:</p><p>a) Faça o trabalho.</p><p>b) Acabe a lição.</p><p>c) Mande a carta.</p><p>d) Dize a verdade.</p><p>e) Beba água filtrada.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 75</p><p>16. Em “Escrever é alguma coisa</p><p>extremamente forte, mas que pode me trair e me</p><p>abandonar.”, as palavras grifadas podem ser</p><p>classificadas como, respectivamente:</p><p>a) pronome adjetivo – conjunção aditiva.</p><p>b) pronome interrogativo – conjunção</p><p>aditiva.</p><p>c) pronome substantivo – conjunção</p><p>alternativa.</p><p>d) pronome adjetivo – conjunção</p><p>adversativa.</p><p>e) pronome interrogativo – conjunção</p><p>alternativa.</p><p>17. Marque o item em que a análise</p><p>morfológica da palavra sublinhada não está correta:</p><p>a) Ele dirige perigosamente – (advérbio).</p><p>b) Nada foi feito para resolver a questão –</p><p>(pronome indefinido).</p><p>c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs</p><p>– (verbo).</p><p>d) A metade da classe já chegou –</p><p>(numeral).</p><p>e) Os jovens gostam de cantar música</p><p>moderna – (verbo).</p><p>18. Quanto à flexão de grau, o substantivo</p><p>que difere dos demais é:</p><p>a) viela.</p><p>b) vilarejo.</p><p>c) ratazana.</p><p>d) ruela.</p><p>e) sineta.</p><p>19. Está errada a flexão verbal em:</p><p>a) Eu intervim no caso.</p><p>b) Requeri a pensão alimentícia.</p><p>c) Quando eu ver a nova casa, aviso você</p><p>d) Anseio por sua felicidade.</p><p>e) Não pudeste falar.</p><p>20. Das classes de palavra abaixo, as</p><p>invariáveis são:</p><p>a) interjeição – advérbio – pronome</p><p>possessivo.</p><p>b) numeral – substantivo – conjunção.</p><p>c) artigo – pronome demonstrativo –</p><p>substantivo.</p><p>d) adjetivo – preposição – advérbio.</p><p>e) conjunção – interjeição – preposição.</p><p>21. Todos os verbos abaixo são defectivos,</p><p>exceto:</p><p>a) abolir.</p><p>b) colorir.</p><p>c) extorquir.</p><p>d) falir.</p><p>e) exprimir.</p><p>22. O substantivo composto que está</p><p>indevidamente escrito no plural é:</p><p>a) mulas-sem-cabeça.</p><p>b) cavalos-vapor.</p><p>c) abaixos-assinados.</p><p>d) quebra-mares.</p><p>e) pães-de-ló.</p><p>23. A alternativa que apresenta um</p><p>substantivo invariável e um variável,</p><p>respectivamente, é:</p><p>a) vírus – revés.</p><p>b) fênix – ourives.</p><p>c) ananás – gás.</p><p>d) oásis – alferes.</p><p>e) faquir – álcool.</p><p>24. “Paula mirou-se no espelho das águas”:</p><p>Esta oração contém um verbo na voz:</p><p>a) ativa.</p><p>b) passiva analítica.</p><p>c) passiva pronominal.</p><p>d) reflexiva recíproca.</p><p>e) reflexiva.</p><p>25. O único substantivo que não é</p><p>sobrecomum é:</p><p>a) verdugo.</p><p>b) manequim.</p><p>c) pianista.</p><p>d) criança.</p><p>e) indivíduo.</p><p>26. A alternativa que apresenta um verbo</p><p>indevidamente flexionado no presente do subjuntivo</p><p>é:</p><p>a) vade.</p><p>b) valham.</p><p>c) meçais.</p><p>d) pulais.</p><p>e) caibamos.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 76</p><p>27. A alternativa que apresenta uma flexão</p><p>incorreta do verbo no imperativo é:</p><p>a) dize.</p><p>b) faz.</p><p>c) crede.</p><p>d) traze.</p><p>e) acudi.</p><p>28. A única forma que não corresponde a</p><p>um particípio é:</p><p>a) roto.</p><p>b) nato.</p><p>c) incluso.</p><p>d) sepulto.</p><p>e) impoluto.</p><p>29. Na frase: “Apieda-te qualquer sandeu”,</p><p>a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:</p><p>a) comum, concreto e sobrecomum</p><p>b) concreto, simples e comum de dois</p><p>gêneros.</p><p>c) simples, abstrato e feminino.</p><p>d) comum, simples e masculino</p><p>e) simples, abstrato e masculino.</p><p>30. A alternativa em que não há erro de</p><p>flexão do verbo é:</p><p>a) Nós hemos de vencer.</p><p>b) Deixa que eu coloro este desenho.</p><p>c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu</p><p>carro.</p><p>d) Eu reavi o meu caderno que estava</p><p>perdido.</p><p>e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito</p><p>tempo!</p><p>31. Em “Imaginou-o, assim caído…” a</p><p>palavra destacada, morfologicamente e</p><p>sintaticamente, é:</p><p>a) artigo e adjunto adnominal.</p><p>b) artigo e objeto direto.</p><p>c) pronome oblíquo e objeto direto.</p><p>d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.</p><p>e) pronome oblíquo e objeto indireto.</p><p>32. O item em que temos um adjetivo em</p><p>grau superlativo absoluto é:</p><p>a) Está chovendo bastante.</p><p>b) Ele é um bom funcionário.</p><p>c) João Brandão é mais dedicado que o</p><p>vigia.</p><p>d) Sou o funcionário mais dedicado da</p><p>repartição.</p><p>e) João Brandão foi tremendamente inocente.</p><p>33. A alternativa em que o verbo abolir está</p><p>incorretamente flexionado é:</p><p>a) Tu abolirás.</p><p>b) Nós aboliremos.</p><p>c) Aboli vós.</p><p>d) Eu abolo.</p><p>e) Eles aboliram.</p><p>34. A alternativa em que o verbo “precaver”</p><p>está corretamente flexionado é:</p><p>a) Eu precavejo.</p><p>b) Precavê tu.</p><p>c) Que ele precavenha.</p><p>d) Eles precavêm.</p><p>e) Ela precaveu.</p><p>35. A única alternativa em que as palavras</p><p>são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo</p><p>biforme e preposição acidental é:</p><p>a) beijo-alegre-durante</p><p>b) remédio-inteligente-perante</p><p>c) feiúra-lúdico-segundo</p><p>d) ar-parco-por</p><p>e) dor-veloz-consoante</p><p>GABARITO</p><p>1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D</p><p>/ 10 B / 11 D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16 D / 17 C /</p><p>18 C / 19 C / 20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C /</p><p>26 D / 27 B / 28 D / 29 D / 30 E / 31 C / 32 E / 33 D /</p><p>34 E / 35 C</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 77</p><p>CONCORDÂNCIA</p><p>NOMINAL</p><p>Concordância nominal é que o ajuste que</p><p>fazemos aos demais termos da oração para que</p><p>concordem em gênero e número com o substantivo.</p><p>Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o</p><p>numeral e o pronome. Além disso, temos também o</p><p>verbo, que se flexionará à sua maneira.</p><p>Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral</p><p>e o pronome concordam em gênero e número com</p><p>o substantivo.</p><p>- A pequena criança é uma gracinha.</p><p>- O garoto que encontrei era muito gentil e</p><p>simpático.</p><p>Casos especiais: Veremos alguns casos</p><p>que fogem à regra geral mostrada acima.</p><p>a) Um adjetivo após vários substantivos</p><p>1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo</p><p>vai para o plural ou concorda com o substantivo</p><p>mais próximo.</p><p>- Irmão e primo recém-chegado estiveram</p><p>aqui.</p><p>- Irmão e primo recém-chegados estiveram</p><p>aqui.</p><p>2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai</p><p>para o plural masculino ou concorda com o</p><p>substantivo mais próximo.</p><p>- Ela tem pai e mãe louros.</p><p>- Ela tem pai e mãe loura.</p><p>3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai</p><p>obrigatoriamente para o plural.</p><p>- O homem e o menino estavam perdidos.</p><p>- O homem e sua esposa estiveram</p><p>hospedados aqui.</p><p>b) Um adjetivo anteposto a vários</p><p>substantivos</p><p>1 - Adjetivo anteposto normalmente</p><p>concorda com o mais próximo.</p><p>Comi delicioso almoço e sobremesa.</p><p>Provei deliciosa fruta e suco.</p><p>2 - Adjetivo anteposto funcionando como</p><p>predicativo: concorda com o mais próximo ou vai</p><p>para o plural.</p><p>Estavam feridos o pai e os filhos.</p><p>Estava ferido o pai e os filhos.</p><p>c) Um substantivo e mais de um adjetivo</p><p>1- antecede todos os adjetivos com um</p><p>artigo. Falava fluentemente a língua inglesa e a</p><p>espanhola.</p><p>2- coloca o substantivo no plural.</p><p>Falava fluentemente as línguas inglesa e</p><p>espanhola.</p><p>d) Pronomes de tratamento</p><p>- sempre concordam com a 3ª pessoa.</p><p>Vossa Santidade esteve no Brasil.</p><p>e) Anexo, incluso, próprio, obrigado</p><p>- Concordam com o substantivo a que se</p><p>referem.</p><p>As cartas estão anexas.</p><p>A bebida está inclusa. Precisamos de nomes</p><p>róprios. Obrigado, disse o rapaz.</p><p>f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)</p><p>- Após essas expressões o substantivo fica</p><p>sempre no singular e o adjetivo no plural.</p><p>Renato advogou um e outro caso fáceis.</p><p>Pusemos numa e noutra bandeja rasas o</p><p>peixe.</p><p>g) É bom, é necessário, é proibido</p><p>- Essas expressões não variam se o sujeito</p><p>não vier precedido de artigo ou outro determinante.</p><p>Canja é bom. / A canja é boa.</p><p>É necessário sua presença. / É necessária a</p><p>sua presença.</p><p>É proibido entrada de pessoas não</p><p>autorizadas. / A entrada é proibida.</p><p>h) Muito, pouco, caro</p><p>1- Como adjetivos: seguem a regra geral.</p><p>Comi muitas frutas durante a viagem.</p><p>Pouco arroz é suficiente para mim.</p><p>Os sapatos estavam caros.</p><p>2- Como advérbios: são invariáveis. Comi</p><p>muito durante a viagem.</p><p>Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei</p><p>caro os sapatos.</p><p>i) Mesmo, bastante</p><p>1- Como advérbios: invariáveis</p><p>Preciso mesmo da sua ajuda.</p><p>Fiquei bastante contente com a proposta de</p><p>emprego.</p><p>2- Como pronomes: seguem a regra geral.</p><p>Seus argumentos foram bastantes para me</p><p>convencer.</p><p>Os mesmos argumentos que eu usei, você</p><p>copiou.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 78</p><p>j) Menos, alerta</p><p>- Em todas as ocasiões são invariáveis.</p><p>Preciso de menos comida para perder peso.</p><p>Estamos alerta para com suas chamadas.</p><p>k) Tal Qual</p><p>- “Tal” concorda com o antecedente, “qual”</p><p>concorda com o consequente.</p><p>As garotas são vaidosas tais qual a tia.</p><p>Os pais vieram fantasiados tais quais os</p><p>filhos.</p><p>l) Possível</p><p>1- Quando vem acompanhado de “mais”,</p><p>“menos”, “melhor”</p><p>ou “pior”, acompanha o artigo que precede</p><p>as expressões.</p><p>A mais possível das alternativas é a que</p><p>você expôs.</p><p>Os melhores cargos possíveis estão neste</p><p>setor da empresa.</p><p>As piores situações possíveis são</p><p>encontradas nas favelas da cidade.</p><p>m) Meio</p><p>1- Como advérbio: invariável. Estou meio</p><p>(um pouco) insegura.</p><p>2- Como numeral: segue a regra geral.</p><p>Comi meia (metade) laranja pela manhã.</p><p>n) Só</p><p>1- apenas, somente (advérbio): invariável.</p><p>Só consegui comprar uma passagem.</p><p>2- sozinho (adjetivo): variável. Estiveram</p><p>sós durante horas.</p><p>CONCORDÂNCIA VERBAL</p><p>Ao falarmos sobre a concordância</p><p>verbal, estamos nos referindo à relação de</p><p>dependência estabelecida entre um termo e outro</p><p>mediante um contexto oracional. Desta feita, os</p><p>agentes principais desse processo são</p><p>representados pelo sujeito, que no caso funciona</p><p>como subordinante; e o verbo, o qual desempenha</p><p>a função de subordinado.</p><p>Dessa forma, temos que a concordância</p><p>verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo,</p><p>tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em</p><p>relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno</p><p>chegou atrasado.</p><p>Temos que o verbo apresenta-se na terceira</p><p>pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito,</p><p>assim também expresso (ele). Como poderíamos</p><p>também dizer: os alunos chegaram atrasados.</p><p>Temos aí o que podemos chamar de princípio</p><p>básico. Con- tudo, a intenção a que se presta o artigo</p><p>em evidência é eleger as principais ocorrências</p><p>voltadas para os casos de sujeito simples e para os</p><p>de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:</p><p>Casos referentes a sujeito simples</p><p>1) Em caso de sujeito simples, o verbo</p><p>concorda com o núcleo em número e pessoa: O aluno</p><p>chegou atrasado.</p><p>2) Nos casos referentes a sujeito</p><p>representado por substantivo coletivo, o verbo</p><p>permanece na terceira pessoa do singular: A</p><p>multidão, apavorada, saiu aos gritos.</p><p>Observação:</p><p>- No caso de o coletivo aparecer seguido de</p><p>adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no</p><p>singular ou poderá ir para o plural:</p><p>Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.</p><p>Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.</p><p>3) Quando o sujeito é representado por</p><p>expressões partitivas, representadas por “a maioria</p><p>de, a maior parte de, a metade de, uma porção de,</p><p>entre outras”, o verbo tanto pode concordar com o</p><p>núcleo dessas expressões quanto com o substantivo</p><p>que a segue:</p><p>A maioria dos alunos resolveu ficar.</p><p>A maioria dos alunos resolveram ficar.</p><p>4) No caso de o sujeito ser representado por</p><p>expressões aproximativas, representadas por “cerca</p><p>de, perto de”, o verbo concor- da com o substantivo</p><p>determinado por elas: Cerca de vinte candidatos se</p><p>inscreveram no concurso de piadas.</p><p>5) Em casos em que o sujeito é representado</p><p>pela expressão “mais de um”, o verbo permanece no</p><p>singular: Mais de um candidato se inscreveu no</p><p>concurso de piadas.</p><p>Observação:</p><p>- No caso da referida expressão aparecer</p><p>repetida ou associada a um verbo que exprime</p><p>reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá</p><p>permanecer no plural: Mais de um aluno, mais de um</p><p>professor contribuíram na campanha de doação de</p><p>alimentos.</p><p>Mais de um formando se abraçaram</p><p>durante as solenidades de formatura.</p><p>6) Quando o sujeito for composto da</p><p>expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no</p><p>plural: Esse jogador foi um dos que atuaram na Copa</p><p>América.</p><p>7) Em casos relativos à concordância com</p><p>locuções pronominais, representadas por “algum de</p><p>nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós”, entre</p><p>outras, faz-se necessário nos atermos a duas</p><p>questões básicas:</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 79</p><p>- No caso de o primeiro pronome estar</p><p>expresso no plural, o verbo poderá com ele</p><p>concordar, como poderá também concordar com o</p><p>pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. /</p><p>Alguns de nós o receberão.</p><p>- Quando o primeiro pronome da locução</p><p>estiver expresso no singular, o verbo permanecerá,</p><p>também, no singular: Algum de nós o receberá.</p><p>8) No</p><p>caso de o sujeito aparecer</p><p>representado pelo pronome “quem”, o verbo</p><p>permanecerá na terceira pessoa do singular ou</p><p>poderá concordar com o antecedente desse</p><p>pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade</p><p>para ela. / Fomos nós quem contamos toda a</p><p>verdade para ela.</p><p>9) Em casos nos quais o sujeito aparece</p><p>realçado pela palavra “que”, o verbo deverá</p><p>concordar com o termo que antecede essa palavra:</p><p>Nesta empresa somos nós que tomamos as</p><p>decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.</p><p>10) No caso de o sujeito aparecer</p><p>representado por expressões que indicam</p><p>porcentagens, o verbo concordará com o numeral</p><p>ou com o substantivo a que se refere essa</p><p>porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a</p><p>decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a</p><p>decisão.</p><p>Observações:</p><p>- Caso o verbo aparecer anteposto à</p><p>expressão de porcentagem, esse deverá concordar</p><p>com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria</p><p>50% dos funcionários.</p><p>- Em casos relativos a 1%, o verbo</p><p>permanecerá no singular: 1% dos funcionários não</p><p>aprovou a decisão da diretoria.</p><p>- Em casos em que o numeral estiver</p><p>acompanhado de determinantes no plural, o verbo</p><p>permanecerá no plural: Os 50% dos funcionários</p><p>apoiaram a decisão da diretoria.</p><p>11) Nos casos em que o sujeito estiver</p><p>representado por pronomes de tratamento, o verbo</p><p>deverá ser empregado na terceira pessoa do</p><p>singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram</p><p>das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o</p><p>convite.</p><p>12) Casos relativos a sujeito representado</p><p>por substantivo próprio no plural se encontram</p><p>relacionados a alguns aspectos que os determinam:</p><p>- Diante de nomes de obras no plural,</p><p>seguidos do verbo ser, este permanece no singular,</p><p>contanto que o predicativo também esteja no</p><p>singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma</p><p>criação de Machado de Assis.</p><p>- Nos casos de artigo expresso no plural, o</p><p>verbo também permanece no plural:</p><p>Os Estados Unidos são uma potência</p><p>mundial.</p><p>- Casos em que o artigo figura no singular ou</p><p>em que ele nem aparece, o verbo permanece no</p><p>singular: Estados Unidos é uma potência mundial.</p><p>Casos referentes a sujeito composto</p><p>1) Nos casos relativos a sujeito composto de</p><p>pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para</p><p>o plural, estando relacionado a dois pressupostos</p><p>básicos:</p><p>- Quando houver a 1ª pessoa, esta</p><p>prevalecerá sobre as demais: Eu, tu e ele faremos</p><p>um lindo passeio.</p><p>- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá</p><p>flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.</p><p>Tu e ele são primos.</p><p>2) Nos casos em que o sujeito composto</p><p>aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no</p><p>plural: O pai e seus dois filhos compa- receram ao</p><p>evento.</p><p>3) No caso em que o sujeito aparecer</p><p>posposto ao verbo, este poderá concordar com o</p><p>núcleo mais próximo ou permanecer no plural:</p><p>Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos.</p><p>Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.</p><p>4) Nos casos relacionados a sujeito simples,</p><p>porém com mais de um núcleo, o verbo deverá</p><p>permanecer no singular: Meu esposo e grande</p><p>companheiro merece toda a felicidade do mundo.</p><p>5) Casos relativos a sujeito composto de</p><p>palavras sinônimas ou ordenado por elementos em</p><p>gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou</p><p>ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha</p><p>premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória,</p><p>minha conquista, minha premiação é fruto de meu</p><p>esforço.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 80</p><p>REGÊNCIA NOMINAL</p><p>Substantivos, adjetivos e advérbios podem,</p><p>por regência nominal, exigir complementação para</p><p>seu sentido precedida de preposição.</p><p>Segue uma lista de palavras e as</p><p>preposições exigidas. Merecem atenção especial as</p><p>palavras que exigirem preposição A, por serem</p><p>passíveis de emprego de crase.</p><p>• acostumado a, com;</p><p>• afável com, para;</p><p>• afeiçoado a, por;</p><p>• aflito com, por;</p><p>• alheio a, de;</p><p>• ambicioso de;</p><p>• amizade a, por, com;</p><p>• amor a, por;</p><p>• ansioso de, para, por;</p><p>• apaixonado de, por;</p><p>• apto a, para;</p><p>• atencioso com, para;</p><p>• aversão a, por;</p><p>• ávido de, por;</p><p>• conforme a;</p><p>• constante de, em;</p><p>• constituído com, de, por;</p><p>• contemporâneo a, de;</p><p>• contente com, de, em, por;</p><p>• cruel com, para;</p><p>• curioso de;</p><p>• desgostoso com, de;</p><p>• desprezo a, de, por;</p><p>• devoção a, por, para, com;</p><p>• devoto a, de;</p><p>• dúvida em, sobre, acerca de;</p><p>• empenho de, em, por;</p><p>• falta a, com, para;</p><p>• imbuído de, em;</p><p>• imune a, de;</p><p>• inclinação a, para, por;</p><p>• incompatível com;</p><p>• junto a, de;</p><p>• preferível a;</p><p>• propenso a, para;</p><p>• próximo a, de;</p><p>• respeito a, com, de, por, para;</p><p>• situado a, em, entre;</p><p>• último a, de, em;</p><p>• único a, em, entre, sobre.</p><p>REGÊNCIA VERBAL</p><p>Dá-se quando o termo regente é um verbo e</p><p>este se liga a seu complemento por uma preposição</p><p>ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da</p><p>transitividade verbal.</p><p>A preposição, quando exigida, nem sempre</p><p>aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser</p><p>empregada antes do verbo, bastando para isso</p><p>inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos</p><p>Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela</p><p>deve ser empregada antes do verbo, o que acontece</p><p>nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O</p><p>ideal a que aspira é nobre).</p><p> alguns verbos e seu comportamento:</p><p>ACONSELHAR (TD e I)</p><p>Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.</p><p>Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.</p><p>AGRADAR</p><p>* no sentido de acariciar ou contentar (pede</p><p>objeto direto - não tem preposição).</p><p>Agrado minhas filhas o dia inteiro.</p><p>Para agradar o pai, ficou em casa naquele</p><p>dia.</p><p>* no sentido de ser agradável, satisfazer</p><p>(pede objeto indireto - tem preposição "a").</p><p>As medidas econômicas do Presidente nunca</p><p>agradam ao povo.</p><p>AGRADECER</p><p>* TD e I, com a preposição A. O objeto direto</p><p>sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.</p><p>Agradecer-lhe-ei os presentes.</p><p>Agradeceu o presente ao seu namorado.</p><p>AGUARDAR (TD ou TI)</p><p>Eles aguardavam o espetáculo.</p><p>Eles aguardavam pelo espetáculo.</p><p>ASPIRAR</p><p>* No sentido sorver, absorver (pede objeto</p><p>direto - não tem preposição).</p><p>Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 81</p><p>* No sentido de almejar, objetivar (pede</p><p>objeto indireto - tem preposição "a").</p><p>Ele aspira à carreira de jogador de futebol.</p><p>Não admite a utilização do complemento</p><p>lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas.</p><p>Também observa-se a obrigatoriedade do uso de</p><p>crase, quando for TI seguido de substantivo</p><p>feminino (que exija o artigo)</p><p>ASSISTIR</p><p>* No sentido de ver ou ter direito (TI -</p><p>preposição A).</p><p>Assistimos a um bom filme.</p><p>Assiste ao trabalhador o descanso semanal</p><p>remunerado.</p><p>* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD</p><p>ou TI - com a preposição A)</p><p>Minha família sempre assistiu o Lar dos</p><p>Velhinhos.</p><p>Minha família sempre assistiu ao Lar dos</p><p>Velhinhos.</p><p>* No sentido de morar é intransitivo, mas</p><p>exige preposição EM.</p><p>Aspirando a um cargo público, ele vai</p><p>assistir em Brasília.</p><p>Não admite a utilização do complemento</p><p>lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele,</p><p>a ela, a eles, a elas. Também observa-se a</p><p>obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI</p><p>seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)</p><p>ATENDER</p><p>* Atender pode ser TD ou TI, com a</p><p>preposição a.</p><p>Atenderam o meu pedido prontamente.</p><p>Atenderam ao meu pedido prontamente.</p><p>No sentido de deferir ou receber (em algum</p><p>lugar) pede objeto direto</p><p>No sentido de tomar em consideração,</p><p>prestar atenção pede objeto indireto com a</p><p>preposição a.</p><p>Se o complemento for um pronomes</p><p>(possível empregador, por exemplo)</p><p>elementos para julgar se a pessoa é adequada ou</p><p>não para uma determinada função.</p><p>Diário: agenda, geralmente de caráter</p><p>íntimo, onde se fazem anotações que contém uma</p><p>narrativa diária de experiências pessoais. Estas</p><p>experiências são organizadas pela data de entrada</p><p>das informações.</p><p>Editorial: texto argumentativo direcionado</p><p>para o leitor de uma publicação. Seu objetivo é</p><p>expressar a opinião de uma publicação de forma</p><p>coletiva.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6</p><p>E-mail: tipo de comunicação eletrônica</p><p>moderna. Possui o formato semelhante à carta,</p><p>porém como é um tipo de comunicação mais</p><p>rápido, não raro opta-se por abreviar ou eliminar</p><p>algumas partes da mensagem.</p><p>Notícia: formato de divulgação de um</p><p>acontecimento por meios jornalísticos (jornal,</p><p>revista, telejornal, etc.).</p><p>Palestra: apresentação oral que pretende</p><p>apresentar informação ou ensinar pessoas a</p><p>respeito de um assunto.</p><p>Piada (Anedota): breve história, de final</p><p>engraçado ou surpreendente, cujo objetivo é</p><p>provocar risos a quem a ouve ou lê.</p><p>Poema: gênero textual em que o texto</p><p>dividido em estrofes e versos (em geral, em</p><p>oposição aos textos mais longos em prosa). Podem</p><p>ser empregados recursos de métrica e rimas. São</p><p>elementos comuns a utilização de recursos visuais,</p><p>sonoros, musicalidade, musicalidade e linguagem</p><p>metafórica.</p><p>Propaganda: se caracteriza pelo apelo</p><p>(divulgação) de um produto, serviço ou ideia às</p><p>pessoas de interesse. Este apelo pode ser verbal</p><p>ou visual e, apesar de permitir a utilização de</p><p>diversos tipos textuais, em geral, o tipo textual mais</p><p>utilizado para este fim é o injuntivo.</p><p>Receita: se caracteriza pela prescrição dos</p><p>passos para executar alguma coisa (ex. receita</p><p>culinária, receita médica). A estrutura envolve</p><p>descrever os elementos a serem utilizados (p.ex.</p><p>ingredientes de uma refeição e suas quantidades) e</p><p>o modo de preparo. O tipo textual mais utilizado</p><p>para este fim é o prescritivo.</p><p>Resenha crítica: texto argumentativo</p><p>direcionado ao leitor de uma publicação ou público-</p><p>alvo de uma área de interesse. Uma resenha tem o</p><p>objetivo de resumir um livro, peça teatral, filme,</p><p>música ou outro tipo de obra, apresentando a</p><p>opinião do autor da resenha sobre esta obra.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7</p><p>O QUE É COESÃO TEXTUAL?</p><p>Quando falamos de COESÃO textual,</p><p>falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que</p><p>permitem uma sequência lógico-semântica entre as</p><p>partes de um texto, sejam elas palavras, frases,</p><p>parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a</p><p>coesão de um texto, temos:</p><p>As referências e as reiterações: Este tipo de</p><p>coesão acontece quando um termo faz referência a</p><p>outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi</p><p>dito antes ou quando uma palavra é substituída por</p><p>outra que possui com ela alguma relação</p><p>semântica. Alguns destes termos só podem ser</p><p>compreendidos mediante estas relações com outros</p><p>termos do texto, como é o caso da anáfora e da</p><p>catáfora.</p><p>As substituições lexicais (elementos que</p><p>fazem a coesão lexical): este tipo de coesão</p><p>acontece quando um termo é substituído por outro</p><p>dentro do texto, estabelecendo com ele uma</p><p>relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou</p><p>hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da</p><p>mesma unidade lexical (mesma palavra).</p><p>Os conectores (elementos que fazem a</p><p>coesão interfrásica): Estes elementos coesivos</p><p>estabelecem as relações de dependência e ligação</p><p>entre os termos, ou seja, são conjunções,</p><p>preposições e advérbios conectivos.</p><p>A correlação dos verbos (coesão temporal e</p><p>aspectual): consiste na correta utilização dos</p><p>tempos verbais, ordenando assim os</p><p>acontecimentos de uma forma lógica e linear, que</p><p>irá permitir a compreensão da sequência dos</p><p>mesmos.</p><p>São os elementos coesivos de um texto que</p><p>permitem as articulações e ligações entre suas</p><p>diferentes partes, bem como a sequenciação das</p><p>ideias.</p><p>Recursos da coesão</p><p>Palavras como preposições, conjunções e</p><p>pronomes possuem a função de criar um sistema</p><p>de relações, referências e retomadas no interior de</p><p>um texto; garantindo unidade entre as diversas</p><p>partes que o compõe. Essa relação, esse</p><p>entrelaçamento de elementos no texto recebe o</p><p>nome de Coesão Textual.</p><p>Há, portanto, coesão, quando seus vários</p><p>elementos estão articulados entre si, estabelecendo</p><p>unidade em cada uma das partes, ou seja, entre os</p><p>períodos e entre os parágrafos.</p><p>Tal unidade se dá pelo emprego de</p><p>conectivos ou elementos coesivos, cuja função é</p><p>evidenciar as várias relações de sentido entre os</p><p>enunciados. Veja um exemplo de um texto coeso:</p><p>“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse</p><p>neste domingo que o Brasil não vai atender ao</p><p>governo interino de Honduras, que deu prazo de dez</p><p>dias para uma definição sobre a situação do</p><p>presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado na</p><p>embaixada brasileira desde que retornou a</p><p>Tegucigalpa, há uma semana. Caso contrário, o</p><p>governo de Micheletti ameaça retirar a imunidade</p><p>diplomática da embaixada brasileira no país, segundo</p><p>informou comunicado da chancelaria hondurenha</p><p>divulgado na noite de sábado, em Tegucigalpa”.</p><p>(Jornal O Globo – 27/09/2009)</p><p>Quando um conectivo não é usado</p><p>corretamente, há prejuízo na coesão. Observe:</p><p>A escola possui um excelente time de futebol,</p><p>portanto até hoje não conseguiu vencer o</p><p>campeonato. O conectivo “portanto” confere ao</p><p>período valor de conclusão, porém não há verdadeira</p><p>relação de sentido entre as duas frases: a conclusão</p><p>de não vencer não é possuir um excelente time de</p><p>futebol.</p><p>Analisaremos, a seguir, o problema na</p><p>coesão:</p><p>É óbvio que existem duas ideias que se</p><p>opõem, são elas: possuir um time de futebol x não</p><p>vencer o campeonato.</p><p>Logo, só podemos empregar</p><p>pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma</p><p>objetiva direta (O diretor atendeu os interessados</p><p>ou aos interessados / O diretor atendeu-os)</p><p>CERTIFICAR (TD e I)</p><p>Admite duas construções: Quem certifica,</p><p>certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica</p><p>alguém de algo.</p><p>Observa-se a obrigatoriedade do uso de</p><p>crase, quando o OI for um substantivo feminino</p><p>(que exija o artigo)</p><p>Certifico-o de sua posse.</p><p>Certifico-lhe que seria empossado.</p><p>Certificamo-nos de seu êxito no concurso.</p><p>Certificou o escrivão do desaparecimento dos</p><p>autos.</p><p>CHAMAR</p><p>* TD, quando significar convocar.</p><p>Chamei todos os sócios, para participarem da</p><p>reunião.</p><p>* TI, com a preposição POR, quando</p><p>significar invocar.</p><p>Chamei por você insistentemente, mas não</p><p>me ouviu.</p><p>* TD e I, com a preposição A, quando</p><p>significar repreender.</p><p>Chamei o menino à atenção, pois estava</p><p>conversando durante a aula.</p><p>Chamei-o à atenção.</p><p>A expressão "chamar a atenção de alguém"</p><p>não significa repreender, e sim fazer se notado (O</p><p>cartaz chamava a atenção de todos que por ali</p><p>passavam)</p><p>* Pode ser TD ou TI, com a preposição A,</p><p>quando significar dar qualidade. A qualidade</p><p>(predicativo do objeto) pode vir precedida da</p><p>preposição DE, ou não.</p><p>Chamaram-no irresponsável.</p><p>Chamaram-no de irresponsável.</p><p>Chamaram-lhe irresponsável.</p><p>Chamaram-lhe de irresponsável.</p><p>CHEGAR, IR (Intransitivo)</p><p>Aparentemente eles têm complemento, pois</p><p>quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de.</p><p>Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto</p><p>adverbial de lugar), e não complementação.</p><p>Esses verbos exigem a preposição A, na</p><p>indicação de destino, e DE, na indicação de</p><p>procedência.</p><p>Quando houver a necessidade da preposição</p><p>A, seguida de um substantivo feminino (que exija o</p><p>artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)</p><p>* no emprego mais freqüente, usam a</p><p>preposição A e não EM.</p><p>Cheguei tarde à escola.</p><p>Foi ao escritório de mau humor.</p><p>* se houver idéia de permanência, o verbo ir</p><p>segue-se da preposição PARA.</p><p>Se for eleito, ele irá para Brasília.</p><p>* quando indicam meio de transporte no qual</p><p>se chega ou se vai, então exigem EM.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 82</p><p>Cheguei no ônibus da empresa.</p><p>A delegação irá no vôo 300.</p><p>COGITAR</p><p>* Pode ser TD ou TI, com a preposição EM,</p><p>ou com a preposição DE.</p><p>Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.</p><p>Hei de cogitar no caso.</p><p>O diretor cogitou de demitir-se.</p><p>COMPARECER (Intransitivo)</p><p>Compareceram na sessão de cinema.</p><p>Compareceram à sessão de cinema.</p><p>COMUNICAR (TD e I)</p><p>* Admite duas construções alternando algo</p><p>e alguém entre OD e OI.</p><p>Comunico-lhe meu sucesso.</p><p>Comunico meu sucesso a todos.</p><p>CUSTAR</p><p>* No sentido de ser difícil será TI, com a</p><p>preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo</p><p>que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto</p><p>indireto.</p><p>Custou-me acreditar em Hipocárpio.</p><p>Custa a algumas pessoas permanecer em</p><p>silêncio.</p><p>* no sentido de causar transtorno, dar</p><p>trabalho será intransitivo, com a preposição A.</p><p>Sua irresponsabilidade custou sofrimento a</p><p>toda a família.</p><p>* no sentido de ter preço será transitivo</p><p>direto.</p><p>Estes sapatos custaram R$ 50,00.</p><p>DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)</p><p>Desfrutei os bens de meu pai.</p><p>Pagam o preço do progresso aqueles que</p><p>menos o desfrutam.</p><p>ENSINAR - TD e I</p><p>Ensinei-o a falar português.</p><p>Ensinei-lhe o idioma inglês.</p><p>ESQUECER, LEMBRAR</p><p>* quando acompanhados de pronomes, são</p><p>TI e constroem-se com DE.</p><p>Ela se lembrou do namorado distante. Você</p><p>se esqueceu da caneta no bolso do paletó.</p><p>* constroem-se sem preposição (TD), se</p><p>desacompanhados de pronome.</p><p>Você esqueceu a caneta no bolso do paletó.</p><p>Ela lembrou o namorado distante.</p><p>FALTAR, RESTAR E BASTAR</p><p>* Podem ser intransitivos ou TI, com a</p><p>preposição A.</p><p>Muitos alunos faltaram hoje.</p><p>Três homens faltaram ao trabalho hoje.</p><p>Resta aos vestibulandos estudar bastante.</p><p>IMPLICAR</p><p>* TD e I com a preposição EM, quando</p><p>significar envolver alguém.</p><p>Implicaram o advogado em negócios ilícitos.</p><p>* TD, quando significar fazer supor, dar a</p><p>entender; produzir como conseqüência, acarretar.</p><p>Os precedentes daquele juiz implicam grande</p><p>honestidade.</p><p>Suas palavras implicam denúncia contra o</p><p>deputado.</p><p>* TI com a preposição COM, quando</p><p>significar antipatizar.</p><p>Não sei por que o professor implica comigo.</p><p>Emprega-se preferentemente sem a</p><p>preposição EM (Magistério implica sacrifícios)</p><p>INFORMAR (TD e I)</p><p>Admite duas construções: Quem informa,</p><p>informa algo a alguém ou Quem informa, informa</p><p>alguém de algo.</p><p>Informei-o de que suas férias terminou.</p><p>Informei-lhe que suas férias terminou.</p><p>MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)</p><p>* Seguidos da preposição EM e não com a</p><p>preposição A, como muitas vezes acontece.</p><p>Moro em Londrina.</p><p>Resido no Jardim Petrópolis.</p><p>Minha casa situa-se na rua Cassiano.</p><p>NAMORAR (TD)</p><p>Ela namorava o filho do delegado.</p><p>O mendigo namorava a torta que estava</p><p>sobre a mesa.</p><p>OBEDECER, DESOBEDECER (TI)</p><p>Devemos obedecer às normas. / Por que não</p><p>obedeces aos teus pais?</p><p> Verbos TI que admitem formação de</p><p>voz passiva:</p><p>PAGAR, PERDOAR</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 83</p><p>São TD e I, com a preposição A. O objeto</p><p>direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a</p><p>pessoa.</p><p>Paguei a conta ao Banco.</p><p>Perdôo os erros ao amigo.</p><p>As construções de voz passiva com esses</p><p>verbos são comuns na fala, mas agramaticais</p><p>PEDIR (TD e I)</p><p>* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto</p><p>é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.</p><p>Pediram-lhe perdão.</p><p>Pediu perdão a Deus.</p><p>PRECISAR</p><p>* No sentido de tornar preciso (pede objeto</p><p>direto).</p><p>O mecânico precisou o motor do carro.</p><p>* No sentido de ter necessidade (pede a</p><p>preposição de).</p><p>Preciso de bom digitador.</p><p>PREFERIR (TD e I)</p><p>* Não se deve usar mais, muito mais, antes,</p><p>mil vezes, nem que ou do que.</p><p>Preferia um bom vinho a uma cerveja.</p><p>PROCEDER</p><p>* TI, com a preposição A, quando significar</p><p>dar início ou realizar.</p><p>Os fiscais procederam à prova com atraso.</p><p>Procedemos à feitura das provas.</p><p>* TI, com a preposição DE, quando</p><p>significar derivar-se, originar-se ou provir.</p><p>O mau-humor de Pedro procede da</p><p>educação que recebeu.</p><p>Esta madeira procede do Paraná.</p><p>* Intransitivo, quando significar conduzir-se</p><p>ou ter fundamento.</p><p>Suas palavras não procedem!</p><p>Aquele funcionário procedeu honestamente.</p><p>QUERER</p><p>* No sentido de desejar, ter a intenção ou</p><p>vontade de, tencionar (TD).</p><p>Quero meu livro de volta.</p><p>Sempre quis seu bem.</p><p>* No sentido de querer bem, estimar (TI -</p><p>preposição A).</p><p>Maria quer demais a seu namorado.</p><p>Queria-lhe mais do que à própria vida.</p><p>RENUNCIAR</p><p>* Pode ser TD ou TI, com a preposição A.</p><p>Ele renunciou o encargo.</p><p>Ele renunciou ao encargo.</p><p>RESPONDER</p><p>* TI, com a preposição A, quando possuir</p><p>apenas um complemento.</p><p>Respondi ao bilhete imediatamente.</p><p>Respondeu ao professor com desdém.</p><p>Nesse caso, não aceita construção de voz</p><p>passiva.</p><p>* TD com OD para expressar a resposta</p><p>(respondeu o quê?)</p><p>Ele apenas respondeu isso e saiu.</p><p>REVIDAR (TI)</p><p>Ele revidou ao ataque instintivamente.</p><p>SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)</p><p>* Com a preposição COM. Não são</p><p>pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem</p><p>antipatizar-se.</p><p>Sempre simpatizei com Eleodora, mas</p><p>antipatizo com o irmão dela.</p><p>SOBRESSAIR (TI)</p><p>* Com a preposição EM. Não é pronominal,</p><p>portanto não existe sobressair-se.</p><p>Quando estava no colegial, sobressaía em</p><p>todas as matérias.</p><p>VISAR</p><p>* no sentido de ter em vista, objetivar (TI -</p><p>preposição A)</p><p>Não visamos a qualquer lucro.</p><p>A educação visa ao progresso do povo.</p><p>* No sentido de apontar arma ou dar visto</p><p>(TD)</p><p>Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.</p><p>Ele visava os contratos um a um.</p><p>Se TI não admite a utilização do</p><p>complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)</p><p>São estes os principais verbos que, quando</p><p>TI, não aceitam LHE/LHES como complemento,</p><p>estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,</p><p>assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.</p><p>Avisar, advertir, certificar, cientificar,</p><p>comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar,</p><p>prevenir são TD e I, admitindo duas construções:</p><p>Quem informa, informa algo a alguém ou Quem</p><p>informa, informa alguém de algo.</p><p>Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa</p><p>do singular, acompanhados do pronome se, não</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 84</p><p>admitem plural. É que, neste caso, o se indica</p><p>sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na</p><p>terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas</p><p>esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)</p><p>* Verbos que podem ser usados como TD</p><p>ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de),</p><p>acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder</p><p>(a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em),</p><p>consentir (em), deparar (com), desdenhar (de),</p><p>gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar</p><p>(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar</p><p>(sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.</p><p> as variáveis na conjugação de</p><p>alguns verbos:</p><p>Existem algumas variáveis na conjugação</p><p>de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios</p><p>de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos</p><p>como erros.</p><p>verbo ver e derivados.</p><p>Forma popular: se eu ver, se eu rever, se</p><p>eu revesse.</p><p>Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu</p><p>revisse.</p><p>verbo vir e derivados.</p><p>Forma popular: se eu vir, seu eu intervir,</p><p>eu intervi, ele interviu, eles proviram.</p><p>Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier,</p><p>eu intervim, ele interveio, eles provieram.</p><p>ter e seus derivados.</p><p>Forma popular: quando eu obter, se eu</p><p>mantesse, ele deteu.</p><p>Forma padrão: quando eu obtiver, se eu</p><p>mantivesse, ele deteve.</p><p>pôr e seus derivados.</p><p>Forma popular: quando eu compor, se eu</p><p>disposse, eles disporam.</p><p>Forma padrão: quando eu compuser, se</p><p>eu dispusesse, eles dispuseram.</p><p>reaver.</p><p>Forma popular: eu reavi, eles reaveram,</p><p>ela reavê.</p><p>Forma padrão: eu reouve, eles reouveram,</p><p>ela reouve.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 85</p><p>É a parte da gramática que trata da correta</p><p>colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.</p><p>Embora na linguagem falada a colocação</p><p>dos pronomes não seja rigorosamente seguida,</p><p>algumas normas devem ser observadas, sobretudo,</p><p>na linguagem escrita.</p><p>Dicas:</p><p>Existe uma ordem de prioridade na colocação</p><p>pronominal: 1º tente fazer próclise, depois</p><p>mesóclise e em último caso, ênclise.</p><p>Próclise</p><p>É a colocação pronominal antes do verbo. A</p><p>próclise é usada:</p><p>1) Quando o verbo estiver precedido de</p><p>palavras que atraem o pronome para antes do</p><p>verbo.</p><p>São elas:</p><p>a) Palavras de sentido negativo: não,</p><p>nunca, ninguém, jamais, etc.</p><p>Ex.: Não se esqueça de mim.</p><p>b) Advérbios.</p><p>Ex.: Agora se negam a depor.</p><p>c) Conjunções subordinativas.</p><p>Ex.: Soube que me negariam.</p><p>d) Pronomes relativos.</p><p>Ex.: Identificaram duas pessoas que se</p><p>encontravam desaparecidas.</p><p>e) Pronomes indefinidos.</p><p>Ex.: Poucos te deram a oportunidade.</p><p>f) Pronomes demonstrativos.</p><p>Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.</p><p>2) Orações iniciadas por palavras</p><p>interrogativas.</p><p>Ex.: Quem te fez a encomenda?</p><p>3) Orações iniciadas por palavras</p><p>exclamativas.</p><p>Ex.: Quanto se ofendem por nada!</p><p>4) Orações que exprimem desejo</p><p>(orações optativas).</p><p>Ex.: Que Deus o ajude.</p><p>Mesóclise</p><p>É a colocação pronominal no meio do</p><p>verbo. A mesóclise é usada:</p><p>1) Quando o verbo estiver no futuro do</p><p>presente ou futuro do pretérito, contanto que</p><p>esses verbos não estejam precedidos de palavras</p><p>que exijam a próclise.</p><p>Exemplos:</p><p>Realizar-se-á, na próxima semana, um</p><p>grande evento em prol da paz no mundo.</p><p>Não fosse os meus compromissos,</p><p>acompanhar-te-ia nessa viagem.</p><p>Ênclise</p><p>É a colocação pronominal depois do verbo. A</p><p>ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não</p><p>forem possíveis:</p><p>1) Quando o verbo estiver no imperativo</p><p>afirmativo.</p><p>Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.</p><p>2) Quando o verbo estiver no infinitivo</p><p>impessoal.</p><p>Ex.: Não era minha intenção machucar-te.</p><p>3) Quando o verbo iniciar a oração.</p><p>Ex.: Vou-me embora agora mesmo.</p><p>4) Quando houver pausa antes do verbo.</p><p>Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje</p><p>mesmo.</p><p>5- Quando o verbo estiver no gerúndio.</p><p>Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de</p><p>desentendida.</p><p>Dicas:</p><p>O pronome poderá vir proclítico quando o</p><p>infinitivo estiver precedido de preposição ou</p><p>palavra atrativa.</p><p>Exemplos:</p><p>É preciso encontrar um meio de não o</p><p>magoar.</p><p>É preciso encontrar um meio de não magoá-</p><p>lo.</p><p>Colocação pronominal nas locuções</p><p>verbais</p><p>1) Quando o verbo principal for</p><p>constituído por um particípio</p><p>a) O pronome oblíquo virá depois do</p><p>verbo auxiliar.</p><p>Ex.: Haviam-me convidado para a festa.</p><p>b) Se antes da locução verbal houver</p><p>palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes</p><p>do verbo auxiliar.</p><p>Ex.: Não me haviam convidado para a festa.</p><p>Dicas:</p><p>Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente</p><p>ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise,</p><p>desde que não haja palavra atrativa antes dele.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 86</p><p>Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.</p><p>2) Quando o verbo principal for</p><p>constituído por um</p><p>infinitivo ou um gerúndio:</p><p>a) Se não houver palavra atrativa, o</p><p>pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar</p><p>ou depois do verbo principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe</p><p>esclarecer o ocorrido.</p><p>Estavam chamando-me pelo alto-falante./</p><p>Estavam-me chamando pelo alto-falante.</p><p>b) Se houver palavra atrativa, o pronome</p><p>poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou</p><p>depois do verbo principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não</p><p>lhe posso esclarecer o ocorrido.</p><p>Não estavam chamando-me./ Não me</p><p>estavam chamando.</p><p>Observações importantes:</p><p>Emprego de o, a, os, as</p><p>1) Em verbos terminados em vogal ou</p><p>ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se</p><p>alteram.</p><p>Exemplos:</p><p>Chame-o agora.</p><p>Deixei-a mais tranquila.</p><p>2) Em verbos terminados em r, s ou z,</p><p>estas consoantes finais alteram-se para lo, la,</p><p>los, las.</p><p>Exemplos:</p><p>(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior</p><p>sonho.</p><p>(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.</p><p>3) Em verbos terminados em ditongos</p><p>nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a,</p><p>os, as alteram-se para no, na, nos, nas.</p><p>Exemplos:</p><p>Chamem-no agora.</p><p>Põe-na sobre a mesa.</p><p>4) As formas combinadas dos pronomes</p><p>oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em</p><p>desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou</p><p>mesóclise.</p><p>Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 87</p><p>ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DE</p><p>DOCUMENTOS OFICIAIS</p><p>(REQUERIMENTO, CARTA, CERTIDÃO,</p><p>ATESTADO, DECLARAÇÃO, OFÍCIO,</p><p>MEMORANDO, ATA DE REUNIÃO,</p><p>RELATÓRIO, ETC.)</p><p>ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DE</p><p>DOCUMENTOS OFICIAIS (REQUERIMENTO,</p><p>CARTA, CERTIDÃO, ATESTADO,</p><p>DECLARAÇÃO, OFÍCIO, MEMORANDO, ATA DE</p><p>REUNIÃO, RELATÓRIO, ETC.); EXPRESSÕES</p><p>DE TRATAMENTO.</p><p>Estrutura e organização de documentos</p><p>oficiais:</p><p>- Requerimento,</p><p>- Carta,</p><p>- Certidão,</p><p>- Atestado,</p><p>- Declaração,</p><p>- Ofício,</p><p>- Memorando,</p><p>- Ata de reunião,</p><p>- Relatório,</p><p>- Expressões de tratamento.</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>1. O que é Redação Oficial</p><p>Em uma frase, pode-se dizer que redação</p><p>oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige</p><p>atos normativos e comunicações. Interessa-nos</p><p>tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.</p><p>A redação oficial deve caracterizar-se pela</p><p>impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,</p><p>clareza, concisão, formalidade e uniformidade.</p><p>Fundamentalmente esses atributos decorrem da</p><p>Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A</p><p>administração pública direta, indireta ou</p><p>fundacional, de qualquer dos Poderes da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>obedecerá aos princípios de legalidade,</p><p>impessoalidade, moralidade, publicidade e</p><p>eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a</p><p>impessoalidade princípios fundamentais de toda</p><p>administração pública, claro está que devem</p><p>igualmente nortear a elaboração dos atos e</p><p>comunicações oficiais.</p><p>Não se concebe que um ato normativo de</p><p>qualquer natureza seja redigido de forma obscura,</p><p>que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A</p><p>transparência do sentido dos atos normativos, bem</p><p>como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio</p><p>Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal</p><p>não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade</p><p>implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.</p><p>Além de atender à disposição constitucional,</p><p>a forma dos atos normativos obedece a certa</p><p>tradição. Há normas para sua elaboração que</p><p>remontam ao período de nossa história imperial,</p><p>como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida</p><p>por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de</p><p>que se aponha, ao final desses atos, o número de</p><p>anos transcorridos desde a Independência. Essa</p><p>prática foi mantida no período republicano.</p><p>Esses mesmos princípios (impessoalidade,</p><p>clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem</p><p>formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas</p><p>devem sempre permitir uma única interpretação e ser</p><p>estritamente impessoais e uniformes, o que exige o</p><p>uso de certo nível de linguagem.</p><p>Nesse quadro, fica claro também que as</p><p>comunicações oficiais são necessariamente</p><p>uniformes, pois há sempre um único comunicador (o</p><p>Serviço Público) e o receptor dessas comunicações</p><p>ou é o próprio Serviço Público (no caso de</p><p>expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o</p><p>conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de</p><p>forma homogênea (o público).</p><p>Outros procedimentos rotineiros na redação</p><p>de comunicações oficiais foram incorporados ao</p><p>longo do tempo, como as formas de tratamento e de</p><p>cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos</p><p>expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a</p><p>fixação dos fechos para comunicações oficiais,</p><p>regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da</p><p>Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de</p><p>meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto</p><p>que aprovou a primeira edição deste Manual.</p><p>Acrescente-se, por fim, que a identificação</p><p>que se buscou fazer das características específicas</p><p>da forma oficial de redigir não deve ensejar o</p><p>entendimento de que se proponha a criação – ou se</p><p>aceite a existência – de uma forma específica de</p><p>linguagem administrativa, o que coloquialmente e</p><p>pejorativamente se chama burocratês. Este é antes</p><p>uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se</p><p>caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do</p><p>jargão burocrático e de formas arcaicas de</p><p>construção de frases.</p><p>A redação oficial não é, portanto,</p><p>necessariamente árida e infensa à evolução da</p><p>língua. É que sua finalidade básica – comunicar com</p><p>impessoalidade e máxima clareza – impõe certos</p><p>parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira</p><p>diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da</p><p>correspondência particular, etc.</p><p>Apresentadas essas características</p><p>fundamentais da redação oficial, passemos à análise</p><p>pormenorizada de cada uma delas.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central</p><p>de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 88</p><p>1.1. A Impessoalidade</p><p>A finalidade da língua é comunicar, quer</p><p>pela fala, quer pela escrita. Para que haja</p><p>comunicação, são necessários: a) alguém que</p><p>comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém</p><p>que receba essa comunicação. No caso da redação</p><p>oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público</p><p>(este ou aquele Ministério, Secretaria,</p><p>Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se</p><p>comunica é sempre algum assunto relativo às</p><p>atribuições do órgão que comunica; o destinatário</p><p>dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos</p><p>cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou</p><p>dos outros Poderes da União.</p><p>Percebe-se, assim, que o tratamento</p><p>impessoal que deve ser dado aos assuntos que</p><p>constam das comunicações oficiais decorre:</p><p>a) da ausência de impressões individuais</p><p>de quem comunica: embora se trate, por exemplo,</p><p>de um expediente assinado por Chefe de</p><p>determinada Seção, é sempre em nome do Serviço</p><p>Público que é feita a comunicação. Obtém-se,</p><p>assim, uma desejável padronização, que permite</p><p>que comunicações elaboradas em diferentes</p><p>setores da Administração guardem entre si certa</p><p>uniformidade;</p><p>b) da impessoalidade de quem recebe a</p><p>comunicação, com duas possibilidades: ela pode</p><p>ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como</p><p>público, ou a outro órgão público. Nos dois casos,</p><p>temos um destinatário concebido de forma</p><p>homogênea e impessoal;</p><p>c) do caráter impessoal do próprio assunto</p><p>tratado: se o universo temático das comunicações</p><p>oficiais se restringe a questões que dizem respeito</p><p>ao interesse público, é natural que não cabe</p><p>qualquer tom particular ou pessoal.</p><p>Desta forma, não há lugar na redação</p><p>oficial para impressões pessoais, como as que, por</p><p>exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de</p><p>um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um</p><p>texto literário. A redação oficial deve ser isenta da</p><p>interferência da individualidade que a elabora.</p><p>A concisão, a clareza, a objetividade e a</p><p>formalidade de que nos valemos para elaborar os</p><p>expedientes oficiais contribuem, ainda, para que</p><p>seja alcançada a necessária impessoalidade.</p><p>1.2. A Linguagem dos Atos e</p><p>Comunicações Oficiais</p><p>A necessidade de empregar determinado</p><p>nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais</p><p>decorre, de um lado, do próprio caráter público</p><p>desses atos e comunicações; de outro, de sua</p><p>finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como</p><p>atos de caráter normativo, ou estabelecem regras</p><p>para a conduta dos cidadãos, ou regulam o</p><p>funcionamento dos órgãos públicos, o que só é</p><p>alcançado se em sua elaboração for empregada a</p><p>linguagem adequada. O mesmo se dá com os</p><p>expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de</p><p>informar com clareza e objetividade.</p><p>As comunicações que partem dos órgãos</p><p>públicos federais devem ser compreendidas por todo</p><p>e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse</p><p>objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem</p><p>restrita a determinados grupos. Não há dúvida que</p><p>um texto marcado por expressões de circulação</p><p>restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares</p><p>ou o jargão técnico, tem sua compreensão</p><p>dificultada.</p><p>Ressalte-se que há necessariamente uma</p><p>distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é</p><p>extremamente dinâmica, reflete de forma imediata</p><p>qualquer alteração de costumes, e pode</p><p>eventualmente contar com outros elementos que</p><p>auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a</p><p>entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos</p><p>fatores responsáveis por essa distância. Já a língua</p><p>escrita incorpora mais lentamente as transformações,</p><p>tem maior vocação para a permanência, e vale-se</p><p>apenas de si mesma para comunicar.</p><p>A língua escrita, como a falada, compreende</p><p>diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se</p><p>faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,</p><p>podemos nos valer de determinado padrão de</p><p>linguagem que incorpore expressões extremamente</p><p>pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não</p><p>se há de estranhar a presença do vocabulário técnico</p><p>correspondente. Nos dois casos, há um padrão de</p><p>linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a</p><p>finalidade com que a empregamos.</p><p>O mesmo ocorre com os textos oficiais: por</p><p>seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar</p><p>com o máximo de clareza e concisão, eles requerem</p><p>o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que</p><p>o padrão culto é aquele em que a) se observam as</p><p>regras da gramática formal, e b) se emprega um</p><p>vocabulário comum ao conjunto dos usuários do</p><p>idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade</p><p>do uso do padrão culto na redação oficial decorre do</p><p>fato de que ele está acima das diferenças lexicais,</p><p>morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos</p><p>vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas,</p><p>permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida</p><p>compreensão por todos os cidadãos.</p><p>Lembre-se que o padrão culto nada tem</p><p>contra a simplicidade de expressão, desde que não</p><p>seja confundida com pobreza de expressão. De</p><p>nenhuma forma o uso do padrão culto implica</p><p>emprego de linguagem rebuscada, nem dos</p><p>contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem</p><p>próprios da língua literária.</p><p>Pode-se concluir, então, que não existe</p><p>propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que</p><p>há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações</p><p>oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de</p><p>determinadas expressões, ou será obedecida certa</p><p>tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 89</p><p>não implica, necessariamente, que se consagre a</p><p>utilização de uma forma de linguagem burocrática.</p><p>O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser</p><p>evitado, pois terá sempre sua compreensão</p><p>limitada.</p><p>A linguagem técnica deve ser empregada</p><p>apenas em situações que a exijam, sendo de evitar</p><p>o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos</p><p>acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a</p><p>determinada área, são de difícil entendimento por</p><p>quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se</p><p>ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em</p><p>comunicações encaminhadas a outros órgãos da</p><p>administração e em expedientes dirigidos aos</p><p>cidadãos.</p><p>Outras questões sobre a linguagem, como</p><p>o emprego de neologismo e estrangeirismo, são</p><p>tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.</p><p>1.3. Formalidade e Padronização</p><p>As comunicações oficiais devem ser</p><p>sempre formais, isto é, obedecem a certas regras</p><p>de forma: além das já mencionadas exigências de</p><p>impessoalidade e uso do padrão culto de</p><p>linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade</p><p>de tratamento. Não se trata somente da eterna</p><p>dúvida quanto ao correto emprego deste ou</p><p>daquele pronome de tratamento para uma</p><p>autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3.</p><p>Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do</p><p>que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à</p><p>civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do</p><p>qual cuida a comunicação.</p><p>A formalidade de tratamento vincula-se,</p><p>também, à necessária uniformidade das</p><p>comunicações. Ora, se a administração federal é</p><p>una, é natural que as comunicações que expede</p><p>sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse</p><p>padrão, uma das metas deste Manual, exige que se</p><p>atente para todas as características da redação</p><p>oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos</p><p>textos.</p><p>A clareza datilográfica, o uso de papéis</p><p>uniformes para o texto definitivo e a correta</p><p>diagramação do texto são indispensáveis para a</p><p>padronização. Consulte o Capítulo II, As</p><p>Comunicações Oficiais, a respeito de normas</p><p>específicas para cada tipo de expediente.</p><p>1.4. Concisão e Clareza</p><p>A concisão é antes uma qualidade do que</p><p>uma característica do texto oficial. Conciso é o texto</p><p>que consegue transmitir um máximo de</p><p>informações com um mínimo de palavras. Para que</p><p>se redija com essa</p><p>qualidade, é fundamental que se</p><p>tenha, além de conhecimento do assunto sobre o</p><p>qual se escreve, o necessário tempo para revisar o</p><p>texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas</p><p>vezes se percebem eventuais redundâncias ou</p><p>repetições desnecessárias de idéias.</p><p>O esforço de sermos concisos atende,</p><p>basicamente ao princípio de economia lingüística, à</p><p>mencionada fórmula de empregar o mínimo de</p><p>palavras para informar o máximo. Não se deve de</p><p>forma alguma entendê-la como economia de</p><p>pensamento, isto é, não se devem eliminar</p><p>passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo</p><p>em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar</p><p>palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada</p><p>acrescentem ao que já foi dito.</p><p>Procure perceber certa hierarquia de idéias</p><p>que existe em todo texto de alguma complexidade:</p><p>idéias fundamentais e idéias secundárias. Estas</p><p>últimas podem esclarecer o sentido daquelas,</p><p>detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também</p><p>idéias secundárias que não acrescentam informação</p><p>alguma ao texto, nem têm maior relação com as</p><p>fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.</p><p>A clareza deve ser a qualidade básica de</p><p>todo texto oficial, conforme já sublinhado na</p><p>introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro</p><p>aquele texto que possibilita imediata compreensão</p><p>pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se</p><p>atinja por si só: ela depende estritamente das demais</p><p>características da redação oficial. Para ela</p><p>concorrem:</p><p>a) a impessoalidade, que evita a duplicidade</p><p>de interpretações que poderia decorrer de um</p><p>tratamento personalista dado ao texto;</p><p>b) o uso do padrão culto de linguagem, em</p><p>princípio, de entendimento geral e por definição</p><p>avesso a vocábulos de circulação restrita, como a</p><p>gíria e o jargão;</p><p>c) a formalidade e a padronização, que</p><p>possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;</p><p>d) a concisão, que faz desaparecer do texto</p><p>os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam.</p><p>É pela correta observação dessas</p><p>características que se redige com clareza.</p><p>Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo</p><p>texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de</p><p>trechos obscuros e de erros gramaticais provém</p><p>principalmente da falta da releitura que torna possível</p><p>sua correção.</p><p>Na revisão de um expediente, deve-se</p><p>avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por</p><p>seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser</p><p>desconhecido por terceiros. O domínio que</p><p>adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de</p><p>nossa experiência profissional muitas vezes faz com</p><p>que os tomemos como de conhecimento geral, o que</p><p>nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva,</p><p>esclareça, precise os termos técnicos, o significado</p><p>das siglas e abreviações e os conceitos específicos</p><p>que não possam ser dispensados.</p><p>A revisão atenta exige, necessariamente,</p><p>tempo. A pressa com que são elaboradas certas</p><p>comunicações quase sempre compromete sua</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 90</p><p>clareza. Não se deve proceder à redação de um</p><p>texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há</p><p>assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a</p><p>máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua</p><p>indesejável repercussão no redigir.</p><p>REQUERIMENTO</p><p>I - CONCEITO</p><p>É a correspondência através da qual um</p><p>particular requer a uma autoridade pública algo a</p><p>que tem ou julga ter direito.</p><p>Portanto, não utiliza papel oficial e não</p><p>tolera bajulação.</p><p>1 - Margens</p><p>As mesmas do ofício.</p><p>2 – Vocativo</p><p>Coloca-se ao alto da folha, a partir da</p><p>margem esquerda, não podendo ultrapassar os 2/3</p><p>da linha, caso em que deve ser harmoniosamente</p><p>dividido. A localidade só deve constar, se a</p><p>autoridade destinatária não estiver na da origem.</p><p>Jamais se põe o nome da autoridade.</p><p>Exemplo:</p><p>Ilustríssimo Senhor Superintendente</p><p>Regional do Departamento de Policia Federal</p><p>PORTO ALEGRE (RS).</p><p>3 - Texto</p><p>Inicia com o nome completo do requerente</p><p>(sem o pronome "eu"), a 2,5cm da margem, em</p><p>destaque.</p><p>Quanto aos demais dados de identificação,</p><p>que se põem em continuação ao nome, tais como</p><p>nacionalidade, estado civil, filiação, lotação,</p><p>endereço, números de documentos etc. , somente</p><p>cabem aqueles que sejam estritamente necessários</p><p>ao processamento do pedido.</p><p>Dependendo da circunstancia, e importante</p><p>enumerar os motivos, dar a fundamentação legal</p><p>e/ou prestar esclarecimentos oportunos. Redige-se</p><p>na terceira pessoa.</p><p>4 - Fecho</p><p>Põe-se abaixo do texto, no alinhamento do</p><p>parágrafo.</p><p>Consiste numa destas expressões:</p><p>Nestes termos,</p><p>pede deferimento.</p><p>...............</p><p>Pede deferimento.</p><p>..............</p><p>Espera deferimento.</p><p>................</p><p>Aguarda deferimento.</p><p>................</p><p>Termos em que pede deferimento.</p><p>Qualquer uma pode ser abreviada com as</p><p>iniciais maiúsculas, seguidas de ponto: P. D., A. D.</p><p>etc.</p><p>5 - Local e data</p><p>Também no alinhamento do parágrafo. (Ver</p><p>observações no ofício.)</p><p>6 - Assinatura</p><p>A direita da folha, sem traço e sem nome, se</p><p>este for o mesmo do inicio.</p><p>III - MODELOS (Extraídos do livro</p><p>"Redação Oficial", de Adalberto J. Kaspary)</p><p>Senhor Diretor do Colégio Estadual Machado</p><p>de Assis:</p><p>FULANO DE TAL, aluno deste colégio,</p><p>cursando a primeira série do segundo grau, turma D,</p><p>turno da manhã, requer a Vossa Senhoria o</p><p>cancelamento de sua matrícula, visto que fará um</p><p>estágio profissional de três meses no Estado de São</p><p>Paulo, a partir do dia 22 do corrente.</p><p>Termos em que pede deferimento.</p><p>Porto Alegre, 12 de maio de 1974.</p><p>Fulano de Tal</p><p>Senhor Diretor de Pessoal da</p><p>Superintendência dos Transportes do Estado do RS:</p><p>FULANO DE TAL, funcionário público</p><p>estadual, ocupante do cargo de Auxiliar de</p><p>Administração, lotado e em exercício no Gabinete de</p><p>.Orçamento e Finanças, da Secretaria da Fazenda,</p><p>matricula nº 110.287, no Tesouro do Estado, requer a</p><p>Vossa Senhoria que lhe seja expedida certidão de</p><p>seu tempo de serviço nessa Superintendência, a fim</p><p>de anexá-la ao seu processo de Iicença-prêmio, já</p><p>em andamento na Secretaria da Administração.</p><p>Espera deferimento.</p><p>Porto Alegre, 14 de março de 1975.</p><p>Fulano de Tal</p><p>Excelentíssimo Senhor Secretario da</p><p>Administração do Governo do Estado do Rio Grande</p><p>do Sul:</p><p>FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, com 26</p><p>anos, filho de.................... e de................ natural, de</p><p>Gramado, neste Estado, residente e domiciliado</p><p>nesta Capital, na Avenida João Pessoa, 582 - ap.</p><p>209, requera Vossa Excelência inscrição no</p><p>Concurso Público para o Cargo de Oficial</p><p>Administrativo a ser realizado por essa Secretaria,</p><p>conforme edita] divulgado no Diário Oficial de 14 do</p><p>corrente, para o que anexa os documentos exigidos</p><p>na citada publicação.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 91</p><p>Nestes termos,</p><p>pede deferimento.</p><p>Porto Alegre, 24 de maio de 1974.</p><p>Fulano de Tal</p><p>CARTA</p><p>Forma de comunicação externa dirigida a</p><p>pessoa (física ou jurídica) estranha à administração</p><p>pública, utilizada para fazer solicitações, convites,</p><p>externar agradecimentos, ou transmitir informações.</p><p>Suas partes componentes são:</p><p>1. Local e data, por extenso, à esquerda da</p><p>página.</p><p>2. Endereçamento (alinhado à esquerda):</p><p>nome do destinatário, precedido da forma de</p><p>tratamento, e o endereço.</p><p>3. Vocativo: a palavra Senhor (a), seguida</p><p>do cargo do destinatário, e de vírgula.</p><p>4. Texto paragrafado, com a exposição</p><p>do(s) assunto(s) e o objetivo da carta.</p><p>5. Fecho de cortesia, seguido de advérbio</p><p>adequado: Cordialmente, Atenciosamente, ou</p><p>Respeitosamente.</p><p>6. Assinatura, nome e cargo do emitente da</p><p>carta.</p><p>EXEMPLO</p><p>Rio de Janeiro, 28 de abril de 1999</p><p>Ilm.º Sr.</p><p>Professor Evanildo</p><p>Bechara</p><p>Rua da Ajuda n.º 0 / apto 208</p><p>Centro - Rio de Janeiro - RJ</p><p>20000-000</p><p>Senhor Professor,</p><p>A Secretaria de Estado de Administração e</p><p>Reestruturação vem desenvolvendo ações no</p><p>sentido de uniformizar e racionalizar os</p><p>procedimentos administrativos do Governo do</p><p>Estado do Rio de Janeiro, visando à transparência</p><p>dos atos governamentais, à melhoria dos serviços</p><p>prestados e ao controle, por parte do cidadão, das</p><p>políticas públicas implementadas.</p><p>Para atender aos objetivos propostos, estão</p><p>sendo desenvolvidos diversos projetos que</p><p>alcançam diferentes setores da administração,</p><p>dentre eles, o Manual de Redação Oficial do Estado</p><p>do Rio de Janeiro.</p><p>Os trabalhos de seleção dos atos,</p><p>conceituação e elaboração de modelos foram</p><p>realizados por grupo de especialistas das áreas de</p><p>direito, letras, administração, documentação e</p><p>comunicação e já se encontram em fase final. No</p><p>entanto, ainda se faz necessária uma revisão por</p><p>profissional de reconhecida experiência, para garantir</p><p>a excelência da publicação.</p><p>Para este fim, conforme entendimentos</p><p>anteriores havidos com a Professora Helenice Valias</p><p>de Moraes, venho solicitar sua colaboração.</p><p>Na expectativa de pronunciamento favorável,</p><p>agradecemos antecipadamente a gentileza.</p><p>Atenciosamente</p><p>HUGO LEAL MELO DA SILVA</p><p>Secretário de Estado de Administração e</p><p>Reestruturação</p><p>CERTIDÃO</p><p>Certidão é o ato pelo qual se procede a</p><p>publicidade de algo relativo à atividade Cartorária, a</p><p>fim de que, sobre isso, não pairem mais dúvidas.</p><p>Possui formato padrão próprio, termos essenciais</p><p>que lhe dão suas características. Exige linguagem</p><p>formal, objetiva e concisa.</p><p>TERMOS ESSENCIAIS DA CERTIDÃO:</p><p>- Afirmação: CERTIFICO E DOU FÉ QUE,</p><p>- Identificação do motivo de sua expedição: A</p><p>PEDIDO DA PARTE INTERESSADA,</p><p>- Ato a que se refere: REVENDO OS</p><p>ASSENTAMENTOS CONSTANTES DESTE</p><p>CARTÓRIO, NÃO LOGREI ENCONTRAR AÇÃO</p><p>MOVIDA CONTRA EVANDRO MEIRELES, RG</p><p>4025386950, NO PERÍODO DE 01/01/1990 ATÉ A</p><p>PRESENTE DATA</p><p>- Data de sua expedição: EM 20/06/1999.</p><p>- Assinatura: O ESCRIVÃO:</p><p>Ex.</p><p>C E R T I D Ã O</p><p>CERTIFICO E DOU FÉ QUE, usando a</p><p>faculdade que me confere a lei, e por assim me haver</p><p>sido determinado, revendo os assentamentos</p><p>constantes deste Cartório, em especial o processo</p><p>00100225654, constatei, a folhas 250 dos autos,</p><p>CUSTAS PROCESSUAIS PENDENTES DE</p><p>PAGAMENTO, em valor total de R$1.535,98,</p><p>conforme cálculo realizado em 14/05/1997, as quais</p><p>deverão ser pagas por JOAQUIM JOSÉ DA SILVA</p><p>XAVIER, devidamente intimado para tanto em</p><p>22/07/2009, sem qualquer manifestação, de acordo</p><p>com o despacho exarado a folhas 320, a fim de</p><p>lançamento como Dívida Ativa.</p><p>Em 22/07/1997.</p><p>O Escrivão</p><p>ATESTADO</p><p>CONCEITO</p><p>Atestado é o documento mediante o qual a</p><p>autoridade comprova um fato ou situação de que</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 92</p><p>tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa</p><p>ou da função que exerce.</p><p>"Atestados administrativos" são atos pelos</p><p>quais a Administração comprova um fato ou uma</p><p>situação de que tenha conhecimento por seus</p><p>órgãos competentes. (Hely Lopes Meirelles - Direito</p><p>Administrativo Brasileiro)</p><p>GENERALIDADES</p><p>O atestado comprova fatos ou situações</p><p>não necessariamente constantes em livr os, papéis</p><p>ou documentos em poder da Administração.</p><p>Destina-se, basicamente, à comprovação de fatos</p><p>ou situações transeuntes, passíveis de</p><p>modificações freqüentes. Tratando-se de fatos ou</p><p>situações permanentes e que constam nos arquivos</p><p>da Administração, o documento apropriado para</p><p>comprovar sua existência é a certidão. O atestado é</p><p>mera declaração, ao passo que a certidão é uma</p><p>transcrição. Ato administrativo enunciativo, o</p><p>atestado é, em síntese, afirmação oficial de fatos.</p><p>PARTES</p><p>a) Título - denominação do ato (atestado).</p><p>b) Texto - exposição do objeto da</p><p>atestação. Pode-se declarar, embora não seja</p><p>obrigatório, a pedido de quem e com que finalidade</p><p>o documento é emitido.</p><p>Como bem lembram Marques Leite e Ulhoa</p><p>Cintra, no seu Novo Manual de Estilo e Redação,</p><p>"se se tratar de dotes, habilidades, ou qualidades</p><p>de alguma pessoa, o atestante deverá cuidar de</p><p>especificar com grande clareza os dados pessoais</p><p>do indivíduo em questão (nome completo,</p><p>naturalidade, estado civil, domicílio)".</p><p>A recomendação é muito oportuna, pois</p><p>tais atestados impõem responsabilidade</p><p>particularmente grande a quem os fornece.</p><p>São perfeitamente dispensáveis, no texto</p><p>do atestado, expressões como "nada sabendo em</p><p>desabono de sua conduta", "é pessoa de meu</p><p>conhecimento", etc., já que só pode atestar quem</p><p>conhece a pessoa e acredita na inexistência de</p><p>algo que a desabone.</p><p>c) Local e data - cidade, dia, mês e ano da</p><p>emissão do ato, podendo-se, também, citar,</p><p>preferentemente sob forma de sigla, o nome do</p><p>órgão onde a autoridade signatária do atestado</p><p>exerce suas funções.</p><p>Assinatura - nome e cargo ou função da</p><p>autoridade que atesta.</p><p>MODELOS:</p><p>ATESTADO</p><p>Atesto que FULANO DE TAL é aluno deste</p><p>Instituto, estando matriculado e frequentando, no</p><p>corrente ano letivo, a primeira série do Curso de</p><p>Diretor de Teatro. Seção de Ensino do Instituto de</p><p>Artes da UFRGS, em Porto Alegre, aos 2 de julho de</p><p>1971.</p><p>ATESTADO</p><p>Chefe da Seção de Ensino</p><p>Atesto, para fins de direito, atendendo a</p><p>pedido verbal da parte interessada, que FULANO DE</p><p>TAL é ex-servidor docente desta Universidade,</p><p>aposentado, conforme Portaria nº 89, de 7-2-1964,</p><p>publicada no DO de 21-1,-1965, de acordo com o</p><p>artigo 176, inciso III, da Lei nº 1.711, de 28-10-1952,</p><p>combinado com o artigo 178, inciso III, da mesma</p><p>Lei, no cargo de Professor de Ensino Superior, do</p><p>Quadro de Pessoal, matrícula nº 1-218.683, lotado na</p><p>Faculdade de Medicina.</p><p>Porto Alegre, 10 de outubro de 1972.</p><p>Sérgio Ornar Fernandes, Diretor do</p><p>Departamento de Pessoal.</p><p>DECLARAÇÃO</p><p>Como vimos em um dos exemplos de</p><p>requerimento, Amanda L. Gomes anexou-lhe uma</p><p>declaração de conclusão do Curso de Administração</p><p>de Empresas. Tal declaração, além de servir-lhe</p><p>como documento provisório, também facilitará o</p><p>andamento do processo para expedição de seu</p><p>diploma. Você alguma vez precisou apresentar uma</p><p>declaração? Conhece esse documento?</p><p>Inúmeras são as situações em que nos é</p><p>solicitado ou recomendado que apresentemos uma</p><p>declaração.</p><p>Por vezes, em lugar de declaração usa-se a</p><p>palavra atestado, que tem o mesmo valor. São</p><p>declarações de boa conduta, prestação de serviços,</p><p>conclusão de curso, etc.</p><p>A declaração (atestado) deve ser fornecida</p><p>por pessoa credenciada ou idónea que nele assume</p><p>a responsabilidade sobre uma situação ou a</p><p>ocorrência de um fato. Portanto, é uma comprovação</p><p>escrita com caráter de documento.</p><p>A declaração pode ser manuscrita em papel</p><p>almaço simples (tamanho ofício) ou</p><p>digitada/datilografada.</p><p>Quanto ao aspecto formal, divide-se nas</p><p>seguintes partes:</p><p>Timbre - impresso como cabeçalho,</p><p>contendo o nome do órgão ou empresa. Atualmente</p><p>a maioria das empresas possui um impresso com</p><p>logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel</p><p>sem timbre.</p><p>Título - deve-se colocá-lo no centro da folha,</p><p>em caixa alta.</p><p>Texto - deve-se iniciá-lo a cerca de quatro</p><p>linhas do título. Dele deve constar:</p><p>- Identificação do emissor. Se houver vários</p><p>emissores, é aconselhável escrever, para facilitar: os</p><p>abaixo assinados.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 93</p><p>- O verbo atestar ldeciarar deve aparecer</p><p>no presente do indicativo, terceira pessoa do</p><p>singular ou do plural.</p><p>- Finalidade do documento - em geral</p><p>costuma-se usar o termo "para os devidos fins",</p><p>mas também pode-se especificar: "para fins</p><p>de</p><p>trabalho", "para fins escolares", etc.</p><p>- Nome e dados de identificação do</p><p>interessado. Esse nome pode vir em caixa-alta,</p><p>para facilitar a visualização.</p><p>- Citação do fato a ser atestado.</p><p>Local e data - deve-se escrevê-los a cerca</p><p>de três linhas do texto.</p><p>Assinatura - assina-se a cerca de três</p><p>linhas abaixo do local e data.</p><p>Observe o trecho que encerra essa</p><p>declaração:</p><p>"... quando se efetivou a sua cessão para o</p><p>Setor de Almoxarifado. "</p><p>Você sentiria dificuldade para escrever a</p><p>palavra cessão? Ficaria na dúvida entre: sessão,</p><p>seção ou cessão? Isso é comum. Trata-se, no caso,</p><p>do que chamamos homônimos. São palavras de</p><p>pronúncia idêntica, mas com grafias e significados</p><p>diferentes. Vejamos as diferenças:</p><p>cessão - doação; ato de ceder.</p><p>sessão - reunião; espetáculo de teatro,</p><p>cinema, etc. apresentado várias vezes.</p><p>seção - corte; divisão; parte de um todo;</p><p>segmento; numa publicação, local reservado a</p><p>determinado assunto: seção literária, seção de</p><p>esportes.</p><p>MODELO DA DECLARAÇÃO</p><p>(timbre da empresa ou instituição com</p><p>nome e endereço)</p><p>D E C L A R A Ç Ã O</p><p>Declaramos para fins de comprovação</p><p>perante a UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,</p><p>Diretoria de Registros Acadêmicos, que</p><p>________________________</p><p>_______________________ estagiou nesta</p><p>empresa,_____________(Departamento/Seção),</p><p>cumprindo ___________horas, com o objetivo</p><p>específico de efetuar o trabalho sob o título</p><p>_________________necessário para a obtenção do</p><p>diploma de Bacharel em Administração.</p><p>A seguir, uma breve descrição das</p><p>atividades exercidas pelo aluno no período de</p><p>estágio:</p><p></p><p></p><p></p><p>(Data)</p><p>______________________</p><p>nome e assinatura</p><p>(carimbo da empresa)</p><p>- OFÍCIO</p><p>I – CONCEITO</p><p>"Ofícios são comunicações escritas que as</p><p>autoridades fazem entre si, entre subalternos e</p><p>superiores, e entre a Administração e particulares,</p><p>em caráter oficial." (Meirelles, Hely Lopes - apud</p><p>"Redação Oficial", de</p><p>Adalberto Kaspary).</p><p>A luz desse conceito, deduzimos que:</p><p>1) Somente autoridades (de órgãos oficiais)</p><p>produzem ofícios, e isso para tratar de assuntos</p><p>oficiais.</p><p>2) O ofício pode ser dirigido a:</p><p>a - outras autoridades;</p><p>b - particulares em geral (pessoas, firmas ou</p><p>outro tipo de entidade).</p><p>3) Entidades particulares (clubes,</p><p>associações, partidos, congregações, etc.) não</p><p>devem usar esse tipo de correspondência.</p><p>4) No universo administrativo, o ofício tem</p><p>sentido horizontal e ver tical ascendente, isto é, vai</p><p>de um órgão publico a outro, de uma autoridade a</p><p>outra, mas, dentro de um mesmo órgão, não deve ser</p><p>usado pelo escalão superior para se comunicar com</p><p>o escalão inferior (sentido vertical descendente).</p><p>5) O papel utilizado é específico e da melhor</p><p>qualidade.</p><p>6) O ofício esta submetido a certas normas</p><p>estruturais, que são de consenso geral.</p><p>1 - Margens</p><p>a) Da esquerda - a 2,5 cm a partir da</p><p>extremidade esquerda do papel.</p><p>b) Da direita - a 1,5 cm da extremidade direita</p><p>do papel.</p><p>Nada pode ultrapassá-la, nem a data, nem o</p><p>nome do remetente.</p><p>Para ser perfeitamente alinhada, não e</p><p>permitido:</p><p>* Usar grafismo (tapa-margem);</p><p>* afastar sinal de pontuação da palavra;</p><p>* deixar espaço de mais de dois toques entre</p><p>a última e a penúltima palavra;</p><p>* espaçar as letras de uma palavra.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 94</p><p>2 - Timbre</p><p>Brasão (da Republica, estado ou</p><p>município), em geral centralizado, a 1 cm da</p><p>extremidade superior da folha, seguido da</p><p>designação do órgão.</p><p>3 - Numeração</p><p>A dois espaços-padrão da designação do</p><p>órgão.</p><p>O espaço-padrão interlinear do oficio e de</p><p>1,5 ou 2, conforme a marca da maquina.</p><p>Consiste em: Of. Nº ..., ou Of. Circ. Nº ....</p><p>seguido do numero e, se for conveniente, sigla(s)</p><p>do órgão expedidor.</p><p>No caso dos ofícios-circulares que não</p><p>tenham uma numeração especifica, a palavra</p><p>"circular" deve ser posta entre parênteses depois do</p><p>número.</p><p>4 - localidade e Data</p><p>Coloca-se na mesma linha do número,</p><p>desde que haja espaço suficiente, procurando fazer</p><p>coincidir o seu fim com a margem da direita.</p><p>Cuidados especiais com a data:</p><p>Não se devem abreviar partes do nome da</p><p>localidade que também não deve ser seguida da</p><p>sigla do estado.</p><p>* O nome do mês não se grafa com letra</p><p>maiúscula.</p><p>* Entre o milhar e a centena do ano não vai</p><p>ponto nem espaço.</p><p>* Põe-se o ponto após o ano.</p><p>ERRADO - P.Alegre/RS, 18 de Junho de</p><p>1.985</p><p>CERTO - Porto Alegre, 18 de junho de</p><p>1985.</p><p>5 - Vocativo</p><p>Inicia a três espaços-padrão abaixo da data</p><p>e a 2,5cm da margem esquerda.</p><p>Consiste simplesmente da expressão</p><p>"Senhor(es)" seguido de cargo ou função do</p><p>destinatario: Senhor</p><p>Governador, Senhores Deputados, Senhor</p><p>Gerente, Senhor Diretor-Geral, Senhor Chefe, etc.</p><p>Não ha unanimidade quanto à pontuação</p><p>do vocativo; pode-se usar virgula, ponto ou dois</p><p>pontos.</p><p>6 - Introdução</p><p>Praticamente inexiste. Vai-se direto ao que</p><p>interessa: "Comunicamos...", "Solicitamos...",</p><p>"Encaminhamos..." etc.</p><p>7 - Texto</p><p>Consiste na exposição, de forma objetiva e</p><p>polida, do assunto, fazendo-se os parágrafos</p><p>necessários. Estes podem ser numerados a partir do</p><p>segundo.</p><p>8 - Fecho</p><p>Modernamente, usam-se apenas</p><p>"Atenciosamente" ou "Respeitosamente", seguidos</p><p>de vírgula. O alinhamento e o do parágrafo, ou</p><p>coloca-se acima da assinatura. Não se numera.</p><p>9 - Signatário</p><p>Nome e cargo do remetente, encimados pela</p><p>assinatura, sem traço, a direita do papel.</p><p>10 - Destinatário</p><p>Ocupando 2, 3 ou 4 linhas, seu final deve</p><p>coincidir com a extremidade inferior do papel.</p><p>Ex.: A Sua Excelência o Senhor</p><p>Dr. Fulano de Tal,</p><p>DD. Governador do Estado do Rio Grande do</p><p>Sul PORTO ALEGRE (RS) Nos ofícios corriqueiros,</p><p>dispensa-se o nome do destinatário.</p><p>Ex.: Ao Senhor Diretor do Colégio X PORTO</p><p>ALEGRE (RS)</p><p>Importante: Caso o ofício ocupe mais de uma</p><p>folha, o que acontece quando, em media, não cabe</p><p>em 17 linhas, o destinatário permanece na primeira</p><p>folha, indo para a ultima apenas o signatário.</p><p>Observação: Podem ainda constar no oficio o</p><p>numero de anexos e as iniciais do redator e</p><p>datilógrafo. (Veja se o esquema.)</p><p>- MEMORANDO</p><p>Memorando</p><p>Pergunta Prova:</p><p>Qual diferença entre Oficio e Memorando?</p><p>Ofício: entre órgãos (de um órgão para</p><p>outro), no final tem endereço completo do</p><p>destinatário.</p><p>Memorando: Interno (dentro do órgão), aqui</p><p>não precisa endereço pois é interno.</p><p>Conceito</p><p>Comunicação interna utilizada pelas chefias</p><p>ou servidores autorizados, na qual se expõe qualquer</p><p>assunto referente à atividade administrativa. Pelas</p><p>suas características de certa informalidade, o</p><p>memorando deve ser elaborado com simplicidade e</p><p>concisão.</p><p>Forma e estrutura</p><p>1. MEMORANDO (caixa alta, por extenso),</p><p>seguido de numeração (seqüencial crescente e anual</p><p>).</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 95</p><p>2. Emissor: sigla do setor emitente e</p><p>respectivas vinculações hierárquicas, precedidas</p><p>por barras, precedido de Do/Da .</p><p>3. Data: deverá figurar na mesma linha do</p><p>número e identificação.</p><p>4. Destinatário: menciona-se o cargo</p><p>ocupado, precedido de À/Ao.</p><p>5. Assunto: teor da comunicação. (aceita</p><p>ementa)</p><p>6. Texto: conteúdo do documento, com</p><p>parágrafos numerados na margem esquerda do</p><p>texto, com exceção do primeiro e o fecho.</p><p>7. Fecho: fórmula de cortesia.</p><p>Respeitosamente, para autoridades superiores e</p><p>Atenciosamente, para autoridades de mesma</p><p>hierarquia ou hierarquia inferior.</p><p>8. Nome e cargo do emitente: assinatura do</p><p>servidor que emitiu o memorando, sobreposta a seu</p><p>nome, o cargo e função, apostos a carimbo.</p><p>Validade do documento</p><p> Definida pelo conteúdo.</p><p>Publicação</p><p> Não se publica.</p><p>Observações</p><p>1. O memorando deverá ser emitido em 02</p><p>(duas) vias, que serão encaminhadas ao setor de</p><p>destino, o qual reterá o original e devolverá a cópia</p><p>ao emitente, para seu arquivo, fazendo as</p><p>observações relativas ao recebimento, na cópia.</p><p>2. A assinatura não poderá ficar em página</p><p>isolada.</p><p>3. Visto do chefe imediato/superior.</p><p>4. Não incluir despacho ou informação no</p><p>verso do documento.</p><p>5. Evitar o uso de rubrica; quando ocorrer,</p><p>apor carimbo para dar conhecimento de quem</p><p>emitiu o documento.</p><p>6. Consultar sempre que necessário, a</p><p>listagem: Organização Hierárquica dos Órgãos da</p><p>Instituição, para a correta utilização das siglas dos</p><p>órgãos.</p><p>7. No texto do memorando poderá se</p><p>empregada, a 1ª pessoa do singular ou a 1ª pessoa</p><p>do plural.</p><p>Definição e Finalidade</p><p>O memorando é a modalidade de</p><p>comunicação entre unidades administrativas de um</p><p>mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente</p><p>em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se,</p><p>portanto, de uma forma de comunicação</p><p>eminentemente interna.</p><p>Pode ter caráter meramente administrativo,</p><p>ou ser empregado para a exposição de projetos,</p><p>idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por</p><p>determinado setor do serviço público.</p><p>Sua característica principal é a agilidade. A</p><p>tramitação do memorando em qualquer órgão deve</p><p>pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de</p><p>procedimentos burocráticos. Para evitar</p><p>desnecessário aumento do número de</p><p>comunicações, os despachos ao memorando devem</p><p>ser dados no próprio documento e, no caso de falta</p><p>de espaço, em folha de continuação. Esse</p><p>procedimento permite formar uma espécie de</p><p>processo simplificado, assegurando maior</p><p>transparência à tomada de decisões, e permitindo</p><p>que se historie o andamento da matéria tratada no</p><p>memorando.</p><p>Forma e Estrutura</p><p>Quanto a sua forma, o memorando segue o</p><p>modelo do padrão ofício, com a diferença de que o</p><p>seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que</p><p>ocupa.</p><p>Exemplos:</p><p>Ao Sr. Chefe do Departamento de</p><p>Administração</p><p>Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos</p><p>- ATA DE REUNIÃO</p><p>Você certamente já participou de alguma</p><p>reunião em seu trabalho ou mesmo de uma</p><p>assembléia do condomínio onde reside. Deve ter</p><p>notado que inicialmente é designado um secretário</p><p>que deverá lavrara atado encontro. Você sabe o que</p><p>é e para que serve uma ata?</p><p>A ata é um documento em que deve constar</p><p>um resumo por escrito, detalhando os fatos e as</p><p>resoluções a que chegaram as pessoas convocadas</p><p>a participar de uma assembléia, sessão ou reunião. A</p><p>expressão correta para a redação de uma ata é lavrar</p><p>uma ata.</p><p>Uma das funções principais da ata é historiar,</p><p>traçar um painel cronológico da vida de uma</p><p>empresa, associação, instituição. Serve como</p><p>documento para consulta posterior, tendo em alguns</p><p>casos caráter obrigatório.</p><p>Por tratar-se de um documento, a ata deve</p><p>seguir algumas normas específicas. Analisemos</p><p>algumas delas.</p><p>- Deve ser escrito à mão, em livro especial,</p><p>com as páginas numeradas e rubricadas. Esse livro</p><p>deve conter termo de abertura e encerramento.</p><p>- A pessoa que numerar e rubricar as páginas</p><p>do livro deverá também redigir o termo de abertura.</p><p>Termo de Abertura - é a indicação da</p><p>finalidade do livro. Este livro contém 120 páginas por</p><p>mim numeradas e rubricadas e se destina ao registro</p><p>de atas da Escola Camilo Gama.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 96</p><p>Termo de Encerramento - é redigido ao</p><p>final do livro, datado e assinado por pessoa</p><p>autorizada.</p><p>Eu, Norberto Tompsom, diretor do Colégio</p><p>Camilo Gama, declaro encerrado este livro de atas.</p><p>Parnaíba, 21 de junho de 1996 Norberto Tompsom</p><p>- Na ato não deve haver parágrafo, mesmo</p><p>se tratando de assuntos diferentes, a fim de se</p><p>evitar espaços em branco que possam ser</p><p>adulterados.</p><p>- Não são admitidas rasuras. Havendo</p><p>engano, usam-se expressões, tais como: aliás,</p><p>digo, a seguir escreve-se o termo correto. Se a</p><p>incorreção for notada ao final, usa-se a expressão</p><p>em tempo, escrevendo-se em seguida "onde se lê</p><p>... leia-se ... ".</p><p>A ata obedece a uma estrutura fixa e</p><p>padronizada. Observe:</p><p>Introdução - Deve conter o número e a</p><p>natureza da reunião, o horário e a data (completa)</p><p>escritos por extenso, o local, o nome do presidente</p><p>da reunião e dos demais participantes.</p><p>Desenvolvimento - Também chamado</p><p>contexto. Nele deverão estar contidos</p><p>ordenadamente os fatos e decisões da reunião, de</p><p>forma sintética, precisa e clara.</p><p>Encerramento - É o fecho, a conclusão.</p><p>Deverá constar a informação de que o responsável,</p><p>após a leitura da ata, deu por encerrada a reunião e</p><p>que o redator a lavrou em tal horário e data. Deverá</p><p>informar também que se seguem as assinaturas.</p><p>Já está sendo aceita atualmente a ata</p><p>datilografada depois de encerrada a reunião.</p><p>Porém, as anotações são feitas à mão, durante a</p><p>reunião.</p><p>Ao digitar, todas as linhas da ata devem ser</p><p>numeradas e o espaço que sobra à margem direita,</p><p>deve ser preenchido com pontilhado.</p><p>Modernamente, por se necessitar de maior</p><p>praticidade e rapidez, as empresas vêm</p><p>substituindo a ata por um determinado tipo de ficha.</p><p>É uma ficha prática, fácil de preencher e manusear,</p><p>embora não possua o mesmo valor jurídico de uma</p><p>ata.</p><p>MODELO DE ATA</p><p>a) Modelos de introdução (partes</p><p>iniciais)</p><p>CONSELHO PENITENCIÁRIO FEDERAL</p><p>Ata da 791º Reunião Ordinária</p><p>Aos dezesseis dias do mês de dezembro do</p><p>ano de mil, novecentos e setenta, no quarto andar</p><p>do Bloco "0" da Avenida L-2, do Setor de</p><p>Autarquias Sul, na Sala de Despachos do</p><p>Procurador-Geral da justiça, sob a presidência do</p><p>Doutor José Júlio Guimarães Lima, reuniu-se o</p><p>Conselho Penitenciário Federal. Estiveram presentes</p><p>os Conselheiros Hélio Pinheiro da Silva, Elísio</p><p>Rodrigues de Araújo, Abelardo da Silva Comes,</p><p>Nestor Estácio Azambuja Cavalcanti, Miguel Jorge</p><p>Sobrinho, Otto Mohn e o Membro Informante Tenente</p><p>Pedro Arruda da Silva. Aberta a sessão, foi lida e, em</p><p>votação, aprovada a ata da reunião anterior. Na fase</p><p>de comunicações, o Tenente Pedro Arruda da Silva</p><p>comunicou que, por força constitucional, voltará para</p><p>a Polícia Militar do Distrito Federal, deixando, assim,</p><p>a direção do Núcleo de Custódia de Brasília.</p><p>(DOU de 31-3-1971, p. 2.510)</p><p>- RELATÓRIO</p><p>Senhor Diretor Geral</p><p>Encaminhamos a esta Diretoria Geral o</p><p>presente relatório das averiguações efetuadas em</p><p>nosso departamento com a finalidade de verificar</p><p>irregularidades ocorridas no período de 01 de janeiro</p><p>à 31 de dezembro de 2000.</p><p>Comunicamos a Vossa Senhoria que após as</p><p>averiguações efetuadas constatamos o seguinte:</p><p>1) As compras efetuadas através de terceiros</p><p>não apresentavam valores a maior;</p><p>2) As notas recebidas de fornecedores não</p><p>conferem com as faturas pagas;</p><p>3) As mercadorias constantes nas notas</p><p>foram entregues regularmente ;</p><p>4) Os pagamentos foram efetuados de</p><p>acordo com as faturas apresentadas;</p><p>5) Após comparação entre as notas e as</p><p>faturas verificou-se uma diferença de R$ 5.000,00;</p><p>6) Questionamos junto ao fornecedor para</p><p>repor mercadorias referente a diferença apresentada.</p><p>Junto a este relatório encaminhamos a Vossa</p><p>Senhoria cópia de toda a documentação necessária a</p><p>sua apreciação.</p><p>Sem mais no momento.</p><p>Aguardamos seu despacho.</p><p>Fulano de Tal,</p><p>Chefe de Serviço.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 97</p><p>EXPRESSÕES DE TRATAMENTO</p><p>Quando nos dirigimos às pessoas do nosso</p><p>convívio diário utilizamos uma linguagem mais</p><p>informal, mais íntima. Ao passo que, se formos nos</p><p>dirigir a alguém que possui um prestígio social mais</p><p>alto ou um grau hierárquico mais elevado,</p><p>necessariamente temos que utilizar uma linguagem</p><p>mais formal. Lembrando que isto prevalece tanto</p><p>para a escrita quanto para a fala.</p><p>Para isto, podemos usufruir de um completo</p><p>aparato no que se refere às normas gramaticais e à</p><p>maneira correta de como e onde utilizá-las. E</p><p>fazendo parte deste aparato, estão os pronomes, os</p><p>quais pertencem às dez classes gramaticais e</p><p>possuem a função de acompanhar ou substituir o</p><p>nome, ou seja, o próprio substantivo, relacionando-</p><p>o à pessoa do discurso.</p><p>De acordo com a classificação, os mesmos</p><p>classificam-se em: pronomes pessoais,</p><p>possessivos, demonstrativos, indefinidos,</p><p>interrogativos e relativos.</p><p>Em se tratando dos pronomes pessoais,</p><p>eles se subdividem em: retos, oblíquos e de</p><p>tratamento.</p><p>Especificamente, iremos conhecer um</p><p>pouco mais sobre os pronomes de tratamento. É</p><p>importante lembrarmos que eles representam a</p><p>forma pela qual nos atribuímos às pessoas, como já</p><p>foi dito anteriormente. São eles:</p><p>Pronomes de</p><p>tratamento</p><p>Abreviatura</p><p>Singular</p><p>Abreviatura</p><p>Plural</p><p>Usados para:</p><p>Você V. VV.</p><p>Pessoas familiares,</p><p>íntimas</p><p>Senhor,</p><p>Senhora</p><p>Sr, Srª Srs; Srªs.</p><p>Pessoas com as quais</p><p>mantemos um certo</p><p>distanciamento mais</p><p>respeitoso</p><p>Vossa Senhoria</p><p>Vossa</p><p>Senhoria</p><p>V. Sªs</p><p>Pessoas com um grau</p><p>de prestígio maior.</p><p>Usualmente, os</p><p>empregamos em textos</p><p>escritos, como:</p><p>correspondências,</p><p>ofícios, requerimentos,</p><p>etc.</p><p>Vossa</p><p>Excelência</p><p>V. Exª V. Exªs</p><p>Usados para pessoas</p><p>com alta autoridade,</p><p>como: Presidente da</p><p>República, Senadores,</p><p>Deputados,</p><p>Embaixadores, etc.</p><p>Vossa</p><p>Eminência</p><p>V. Emª V. Emªs Usados para Cardeais.</p><p>Vossa Alteza V. A. V. V. A. A. Príncipes e duques.</p><p>Vossa</p><p>Santidade</p><p>V.S. - Para o Papa.</p><p>Vossa</p><p>Reverendíssima</p><p>V. Rev.mª V. Rev.mªs</p><p>Sacerdotes e Religiosos</p><p>em geral.</p><p>Vossa</p><p>Paternidade</p><p>V. P. V.V. P.P.</p><p>Superiores de Ordens</p><p>Religiosas.</p><p>Vossa</p><p>Magnificência</p><p>V. Mag.ª V. Mag.ªs</p><p>Reitores de</p><p>Universidades</p><p>Vossa</p><p>Majestade</p><p>V. M. V. V. M. M. Reis e Rainhas.</p><p>Observação importante:</p><p># O pronome de tratamento concorda com o</p><p>verbo na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Senhoria</p><p>está feliz.</p><p>#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome</p><p>de tratamento é precedido de sua:</p><p>Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje</p><p>ao Brasil.</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/pronomes-tratamento.htm##</p><p>http://www.brasilescola.com/gramatica/pronomes-tratamento.htm##</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1</p><p>CONHECIMENTOS GERAIS – PREFEITURA DE MARABÁ/PA 2022</p><p>ATUALIDADES</p><p>1. Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como....................................................................... 2</p><p>Política ............................................................................................................................................................... 2</p><p>Economia ........................................................................................................................................................... 4</p><p>Sociedade .......................................................................................................................................................... 6</p><p>Educação ........................................................................................................................................................... 6</p><p>Segurança.......................................................................................................................................................... 8</p><p>Tecnologia ......................................................................................................................................................... 9</p><p>Energia............................................................................................................................................................... 11</p><p>Relações internacionais ..................................................................................................................................... 12</p><p>Desenvolvimento sustentável, responsabilidade socioambiental e ecologia, e suas vinculações históricas ..... 14</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2</p><p>POLÍTICA</p><p>‘APARTIDÁRIO’, ATO DE LEITURA DE ‘CARTA</p><p>PELA DEMOCRACIA’ TEM MANIFESTAÇÕES</p><p>PRÓ-LULA</p><p>Com tom político, manifesto em São Paulo</p><p>reuniu representantes da sociedade civil e</p><p>movimentos sindicais</p><p>Bruno Freitas</p><p>Cristyan Costa</p><p>11 ago 2022 - 11:58</p><p>Divulgado como um evento apartidário, o</p><p>ato de leitura da “carta pela democracia” na</p><p>Faculdade de Direito da Universidade de São</p><p>Paulo registrou atos políticos pró-Lula nesta quinta-</p><p>feira, 11. O evento registrou a presença de</p><p>sindicatos, coletivos de minorias, professores e</p><p>membros do Prerrogativas.</p><p>Apesar de não mencionar o presidente Jair</p><p>Bolsonaro (PL), a papelada defende as urnas</p><p>eletrônicas, fala em “risco às instituições” e tece</p><p>elogios aos ministros do Supremo Tribunal Federal</p><p>(STF). O documento foi assinado por petistas,</p><p>tucanos, banqueiros, juristas e integrantes da</p><p>classe artística.</p><p>Em frente à universidade, militantes do</p><p>Movimento dos Trabalhadores Sem Teto gritavam</p><p>palavras de ordem contra o governo federal.</p><p>Carregando um mega fone, uma das lideranças</p><p>disse que Bolsonaro é contra as “pessoas pobres”.</p><p>Nas dependências da faculdade, alguns</p><p>manifestantes foram vistos exibindo mensagens</p><p>contra Bolsonaro e outros com material de apoio a</p><p>Lula. Algumas paredes da Faculdade de Direito</p><p>tinham adesivos “contra o racismo e a fome”.</p><p>Em faixas no átrio dos arcos, os estudantes</p><p>puseram cartazes com os dizeres: “Ditadura nunca</p><p>mais” e “Democracia sem fome”.</p><p>Discurso de “carta pela democracia”</p><p>apresentou tom político</p><p>Durante os discursos, Celso Campilongo,</p><p>diretor da Faculdade de Direito da USP, disse que</p><p>“o vencedor das eleições é o povo brasileiro”. Reitor</p><p>da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, também</p><p>falou aos presentes.</p><p>O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias</p><p>leu a primeira carta, chamada “Em defesa da</p><p>democracia e da justiça”, que tem como signatárias</p><p>107 entidades, entre associações empresariais,</p><p>universidades, ONGs e centrais sindicais. O</p><p>manifesto foi liderado pela Federação das Indústrias</p><p>do Estado de São Paulo (Fiesp).</p><p>“A estabilidade democrática, o respeito ao</p><p>Estado de Direito e o desenvolvimento são condições</p><p>indispensáveis para o Brasil superar os seus</p><p>principais desafios. Esse é o sentido maior do 7 de</p><p>Setembro neste ano”, afirmou Dias em trecho da</p><p>leitura.</p><p>Na sequência, juristas vão ler a “Carta às</p><p>brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado</p><p>democrático de Direito”, organizada por ex-alunos da</p><p>Faculdade de Direito da USP, com mais de 930 mil</p><p>signatários.</p><p>A data do ato foi escolhida por marcar o</p><p>aniversário da criação dos cursos de Direito no país e</p><p>por coincidir com a leitura de um manifesto no</p><p>mesmo local, em 1977, contra a ditadura militar.</p><p>Do lado de fora da faculdade, no centro de</p><p>São Paulo, um grupo de pessoas se reuniu, com</p><p>bandeiras de movimentos sindicais dominando as</p><p>manifestações.</p><p>MINISTÉRIO DA DEFESA PEDE QUE TSE INCLUA</p><p>MAIS NOVE MILITARES EM GRUPO DE</p><p>FISCALIZAÇÃO DAS URNAS</p><p>Pedido ocorre três dias após o presidente da</p><p>Corte, Edson Fachin, excluir do processo um coronel</p><p>que usou as redes sociais para divulgar fake news</p><p>11/08/2022 - 13h55min Atualizada em 11/08/2022 -</p><p>14h00min</p><p>Samantha Klein RBS Brasília</p><p>Em ofício assinado pelo titular da pasta,</p><p>Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o Ministério da</p><p>Defesa solicitou</p><p>que o Tribunal Superior Eleitoral</p><p>(TSE) inclua mais nove integrantes das Forças</p><p>Armadas no grupo de avaliação do código-fonte das</p><p>urnas eletrônicas.</p><p>A indicação ocorre três dias após o</p><p>presidente da Corte, Edson Fachin, excluir do</p><p>processo de fiscalização o coronel Ricardo</p><p>Sant'Anna, que usou redes sociais para divulgar</p><p>informações falsas sobre o processo de votação</p><p>do país.</p><p>Além da indicação de militares com</p><p>conhecimentos em programação para atuar em apoio</p><p>à Equipe das Forças Armadas de Fiscalização e</p><p>Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação, o</p><p>Ministério da Defesa ainda pede que seja estendido o</p><p>prazo de análise do código-fonte, que terminaria</p><p>nesta sexta-feira (12).</p><p>Na quarta (10), o Exército reclamou</p><p>oficialmente da expulsão do coronel Sant'Ana dos</p><p>trabalhos de fiscalização e desistiu de indicar um</p><p>substituto. Por meio de nota interna, o Exército</p><p>queixou-se da forma como o TSE conduziu o caso,</p><p>excluindo o oficial sem consultar o Comando-Geral</p><p>ou a pasta da Defesa.</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3</p><p>No ofício entregue ao TSE, Paulo Sérgio</p><p>Nogueira de Oliveira escreve que aproveita "a</p><p>oportunidade para renovar a permanente</p><p>interlocução deste Ministério com essa Corte</p><p>Eleitoral, tendo como maior propósito contribuir</p><p>para fortalecer o processo eleitoral brasileiro".</p><p>O código-fonte é um conjunto de 17 milhões</p><p>de linhas de programação de um software que traz</p><p>instruções para que o sistema eleitoral funcione.</p><p>Em ofício classificado como "urgentíssimo" e</p><p>enviado ao TSE no começo do mês, o ministro da</p><p>Defesa pediu para as Forças Armadas terem</p><p>acesso aos códigos-fonte das urnas eletrônicas —</p><p>o que já está disponível desde outubro do ano</p><p>passado.</p><p>FACHIN DIVULGA CARTA SOBRE MANIFESTOS</p><p>E COBRA 'REJEIÇÃO CATEGÓRICA AO</p><p>RETROCESSO'</p><p>11/08/2022 - 13h16min</p><p>Estadão Conteúdo Weslley Galzo</p><p>A três dias de passar o comando Tribunal</p><p>Superior Eleitoral (TSE) para o ministro Alexandre</p><p>de Moraes, o presidente Edson Fachin divulgou</p><p>uma carta sobre os manifestos em defesa da</p><p>democracia que serão lidos nesta quinta-feira, 11,</p><p>nas arcadas da Faculdade de Direito da</p><p>Universidade de São Paulo. Em tom contundente, o</p><p>ministro escreveu que a defesa da ordem</p><p>democrática e da dignidade humana "impõe a</p><p>rejeição categórica do flertar com o retrocesso".</p><p>Num recado ao presidente Jair Bolsonaro</p><p>(PL), que tem encampado discursos anti-urnas e</p><p>atentatórios ao regime democrático, Fachin</p><p>escreveu, sem citar o nome do chefe do Executivo,</p><p>que a sociedade não pode adiar "a coibição de</p><p>práticas desinformativas que pretendem, com</p><p>perfumaria retórica e pretextos inventados, justificar</p><p>a injustificável rejeição do julgamento popular". A</p><p>manifestação do ministro no documento ecoa</p><p>discursos recentes, nos quais argumentou que</p><p>políticos que colocam em xeque a confiança do</p><p>sistema eleitoral, na verdade, temem a derrota nas</p><p>urnas.</p><p>"Cumpre, nesse passo, reavivar a cidadania</p><p>e reafirmar o compromisso democrático,</p><p>evidenciando, com energia, os prejuízos sociais</p><p>ocasionados por narrativas falsas que poluem o</p><p>espaço cívico e semeiam o conflito, drenando a</p><p>tolerância, espargindo insegurança e, desse modo,</p><p>minando a estabilidade política e o clima de</p><p>normalidade das eleições nacionais", escreveu o</p><p>presidente do TSE.</p><p>A carta de Fachin em apoio aos</p><p>movimentos pró-democracia que ocorrem nesta</p><p>quinta surge num contexto de escalada da crise</p><p>com o Ministério da Defesa e o alto comando</p><p>militar. Na última quarta-feira, 10, o ministro Paulo</p><p>Sérgio Nogueira, que comanda a pasta da Defesa,</p><p>informou ao TSE que não enviaria um substituto</p><p>para o cargo do coronel Roberto Sant´Anna - expulso</p><p>por Fachin e Alexandre de Moraes do grupo de</p><p>trabalho militar que inspeciona os códigos-fontes das</p><p>urnas eletrônicas na sede do tribunal. O oficial havia</p><p>feito publicações contra o sistema eleitoral e em</p><p>defesa de Bolsonaro nas redes sociais.</p><p>Diante da decisão de Fachin, a Defesa</p><p>dobrou a retórica e enviou ao TSE um pedido para</p><p>que autorizasse a indicação de mais nove oficiais</p><p>militares para fazer a inspeção das urnas. É nessa</p><p>conjuntura de crise prolongada com o Executivo que</p><p>Fachin escreveu na carta ser fundamental reafirmar</p><p>"o compromisso democrático, evidenciando, com</p><p>energia, os prejuízos sociais ocasionados por</p><p>narrativas falsas que poluem o espaço cívico e</p><p>semeiam o conflito".</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4</p><p>ECONOMIA</p><p>PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS E DAS CONTAS</p><p>DE LUZ CAEM E PUXAM A MAIOR DEFLAÇÃO</p><p>DA HISTÓRIA</p><p>Variação de -0,68% do IPCA em julho é a</p><p>primeira negativa desde maio de 2020, mas</p><p>mantém o índice acima do dobro do teto da meta no</p><p>acumulado dos últimos 12 meses</p><p>Economia | Do R7</p><p>09/08/2022 - 09h01 (Atualizado em 09/08/2022 -</p><p>16h57)</p><p>Edu Garcia/R7 - 6.7.2022</p><p>As reduções dos preços dos</p><p>combustíveis (-14,15%) e das tarifas de energia</p><p>elétrica (-5,78%) aliviaram o bolso dos brasileiros e</p><p>contribuíram para a primeira deflação brasileira</p><p>desde maio de 2020. Em julho, a inflação oficial</p><p>caiu 0,68%, o menor resultado da série histórica do</p><p>índice, iniciada em janeiro de 1980, de acordo com</p><p>dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE</p><p>(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).</p><p>Mesmo com a variação negativa, o IPCA</p><p>(índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)</p><p>registra alta de 10,07% no acumulado dos últimos</p><p>12 meses, resultado ainda acima do dobro do teto</p><p>da meta estabelecida pelo governo para o período,</p><p>de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto</p><p>(de 2% a 5%). No ano, o índice tem alta de 4,77%.</p><p>Crise muda hábitos e puxa inflação de alimentos</p><p>pobres em nutrientes</p><p>A deflação do mês é justificada pela</p><p>redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e</p><p>energia elétrica nos estados e pelo corte do</p><p>PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim</p><p>de 2022. Na avaliação das instituições financeiras,</p><p>o alívio deve ser sentido pelas famílias até o fim</p><p>deste ano.</p><p>Para Pedro Kislanov, gerente responsável</p><p>pela pesquisa, as movimentações tiveram efeito</p><p>sobre os grupos de transportes (-4,51%) e de</p><p>habitação (-1,05%). “Foram esses dois grupos, os</p><p>únicos com variação negativa do índice, que</p><p>puxaram o resultado para baixo”, afirma ele.</p><p>No mês, os preços da gasolina caíram</p><p>15,48% e os do etanol, 11,38%. A gasolina,</p><p>individualmente, contribuiu com o impacto negativo</p><p>mais intenso entre os 377 subitens que compõem o</p><p>IPCA. Além disso, foi registrada queda no preço do</p><p>gás veicular (-5,67%).</p><p>Kislanov destaca que, além da redução da</p><p>alíquota de ICMS cobrada sobre os serviços de</p><p>energia elétrica, outro fator que influenciou o recuo</p><p>do grupo habitação foi a aprovação das Revisões</p><p>Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras</p><p>espalhadas pelo país, o que acarretou redução nas</p><p>tarifas a partir de 13 de julho.</p><p>Alimentação</p><p>Na contramão do resultado do índice, os</p><p>itens do segmento de alimentação e bebidas</p><p>ganharam ritmo e tiveram a maior variação do IPCA</p><p>em julho, de 1,3%. O resultado foi puxado pelo leite</p><p>longa vida, que subiu mais de 25%, e por derivados</p><p>do leite como queijo (5,28%) e manteiga (5,75%).</p><p>"Essa alta do produto [leite] se deve,</p><p>principalmente, a dois fatores: primeiro porque</p><p>estamos no período de entressafra, que vai mais ou</p><p>menos de março até setembro, outubro, ou seja, um</p><p>período em que as pastagens estão mais secas e</p><p>isso reduz a oferta de leite no mercado, e o fato de os</p><p>custos da produção estarem muito altos”, explica</p><p>Kislanov.</p><p>A alta do leite contribuiu</p><p>um conector</p><p>que expresse ideia adversativa, são eles: mas,</p><p>porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não</p><p>obstante.O período reescrito de forma adequada, fica</p><p>assim:A escola possui um excelente time de futebol,</p><p>mas até hoje não conseguiu vencer o</p><p>campeonato….,porém até hoje não conseguiu vencer</p><p>o campeonato.</p><p>…,contudo até hoje não conseguiu vencer o</p><p>campeonato.</p><p>…,todavia até hoje não conseguiu vencer o</p><p>campeonato.</p><p>…,entretanto até hoje não conseguiu vencer</p><p>o campeonato.</p><p>…, no entanto até hoje não conseguiu vencer</p><p>o campeonato.</p><p>…, não obstante até hoje não conseguiu</p><p>vencer o campeonato.</p><p>A palavra texto provém do latim”textum”, que</p><p>significa tecido, entrelaçamento. Expondo de forma</p><p>prática, podemos dizer que texto é um</p><p>entrelaçamento de enunciados oracionais e não</p><p>oracionais organizados de acordo com a lógica do</p><p>autor.</p><p>Há de se convir que um texto também deve</p><p>ser claro, estando essa qualidade relacionada</p><p>diretamente aos elementos coesivos (ligação entre as</p><p>partes).</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8</p><p>Falar em coesão é necessariamente falar</p><p>em endófora e exófora. Aquela se impõe no</p><p>emprego de pronomes e expressões que se</p><p>referem a elementos nominais presentes na</p><p>superfície textual; esta faz remissão a um elemento</p><p>fora dos limites do texto.</p><p>A referenciação ocorre, basicamente, por</p><p>meio de dois movimentos, chamados de</p><p>movimentos retrospectivo e progressivo,</p><p>respectivamente anáfora e catáfora. Tomando</p><p>como objeto de análise o mesmo exemplo, vamos</p><p>observar agora as anáforas e catáforas.</p><p>Vejamos as principais características de</p><p>cada uma delas:</p><p>Endófora é dividida em: anáfora e</p><p>catáfora.</p><p>a) Anáfora: expressão que retoma uma</p><p>ideia anteriormente expressa.</p><p>“Secretária de Educação escreve pichação</p><p>com “x”. Ela justifica a gafe pela pressa”.</p><p>Observe que o pronome “Ela” retoma uma</p><p>expressão já citada anteriormente – Secretária de</p><p>Educação – , portanto trata-se de uma retomada</p><p>por anáfora.Dica: vale lembrar que a expressão</p><p>retomada (no exemplo acima representada pela</p><p>porção Secretária de Educação) é, também,</p><p>chamada, em provas de Concurso, de referente</p><p>ideológico.</p><p>b) Catáfora: pronome ou expressão</p><p>nominal que antecipa uma expressão presente em</p><p>porção posterior do texto. Observe:</p><p>Só queremos isto: a aprovação!</p><p>No exemplo, o pronome “isto” só pode ser</p><p>recuperado se identificarmos o termo aprovação,</p><p>que aparece na porção posterior à estrutura. É,</p><p>portanto, um exemplo clássico de catáfora.</p><p>Vejamos outros:</p><p>Eu quero ajuda de alguém: pode ser de</p><p>você.</p><p>(catáfora ou remissão catafórica) Não viu</p><p>seu amigo na festa.</p><p>(catáfora ou remissão catafórica)</p><p>“A manicure Vanessa foi baleada na Tijuca.</p><p>Ela levou um tiro no abdome”.</p><p>(anáfora ou remissão anafórica)</p><p>Três homens e uma mulher tentaram roubar</p><p>um Xsara Picasso na Tijuca: deram 10 tiros no</p><p>carro, mas não conseguiram levá-lo. (anáfora ou</p><p>remissão anafórica)</p><p>Exófora: a remissão é feita a algum</p><p>elemento da situação comunicativa, ou seja, o</p><p>referente está fora da superfície textual.</p><p>Mecanismos de coesão: é meio pelo qual</p><p>ocorre a coesão em um texto. Os principais são:</p><p>1) Coesão por substituição: consiste na</p><p>colocação de um item em lugar de outro(s)</p><p>elemento(s) do texto, ou até mesmo de uma oração</p><p>inteira.</p><p>Ele comprou um carro. Eu também quero</p><p>comprar um.</p><p>Ele comprou um carro novo e eu também.</p><p>Observe que ocorre uma redefinição, ou seja,</p><p>não há identidade entre o item de referência e o item</p><p>pressuposto. O que existe, na verdade, é uma nova</p><p>definição nos termos: um, também. Comparemos</p><p>com outro exemplo:</p><p>Comprei um carro vermelho, mas Pedro</p><p>preferiu um verde.</p><p>O termo “vermelho” é o adjunto adnominal de</p><p>carro. Ele é, então, o modificador do substantivo.</p><p>Todavia, esse termo é silenciado e, em seu</p><p>lugar, faz-se presente a porção especificativa “verde”.</p><p>Logo, trata-se de uma redefinição do referente.</p><p>2) Coesão por elipse: ocorre quando</p><p>elemento do texto é omitido em algum dos contextos</p><p>em que deveria ocorrer.</p><p>-Pedro vai comprar o carro?</p><p>– Vai!</p><p>Houve a omissão dos termos Paulo (sujeito)</p><p>e comprar o carro (predicado verbal), todavia essa</p><p>não prejudicou nem a correção gramatical nem a</p><p>clareza do texto. Exemplo clássico de coesão por</p><p>elipse.</p><p>3) Coesão por Conjunção: estabelece</p><p>relações significativas entre os elementos ou orações</p><p>do texto, através do uso de marcadores formais – as</p><p>conjunções. Essas podem exprimir valor semântico</p><p>de adição, adversidade, causa, tempo…</p><p>Perdeu as forças e caiu. (adição)</p><p>Perdeu as forças, mas permaneceu firme.</p><p>(adversidade)</p><p>Perdeu as forças, porque não se alimentou.</p><p>(causa)</p><p>Perdeu as forças, quando soube a verdade.</p><p>(tempo)</p><p>Observe que todas as relações de sentido</p><p>estabelecidas entre as duas porções textuais são</p><p>feitas por meio dos conectores: e, mas, porque,</p><p>quando.</p><p>4) Coesão Lexical: é obtida pela seleção</p><p>vocabular. Tal mecanismo é garantido por dois tipos</p><p>de procedimentos:</p><p>a) Reiteração (repetição): ocorre por</p><p>repetição do mesmo item lexical ou através de</p><p>hiperônimos, sinônimos ou nomes genéricos.</p><p>O aluno estava nervoso. O aluno havia sido</p><p>assaltado. (repetição do mesmo item lexical)Uma</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9</p><p>menina desapareceu. A garota estava envolvida</p><p>com drogas.</p><p>(coesão resultante do uso de</p><p>sinônimo)Havia muitas ferramentas espalhadas,</p><p>mas só precisava achar o martelo.</p><p>(coesão por hiperônimo: ferramentas é o</p><p>gênero de que martelo é a espécie)</p><p>Todos ouviram um barulho atrás da porta.</p><p>Abriram-na e viram uma coisa em cima da mesa.</p><p>(coesão resultante de um nome genérico)</p><p>Observação: nos exemplos acima,</p><p>observamos que retomar um referente por meio de</p><p>uma expressão genérica ou por hiperônimo é um</p><p>recurso natural de um texto.</p><p>Muitos estudantes de concursos ou</p><p>vestibulares perguntam se é errado repetir palavras</p><p>em suas redações. A resposta é simples: se</p><p>houver, na repetição, finalidade enfática você não</p><p>será penalizado.</p><p>Todavia, a escolha dos recursos coesivos</p><p>mais adequados deve ser feita, levando-se em</p><p>consideração a articulação geral do texto e,</p><p>eventualmente, os efeitos estilísticos que se deseja</p><p>obter.</p><p>b) Coesão por colocação ou</p><p>contiguidade: consiste no uso de termos</p><p>pertencentes a um mesmo campo semântico.</p><p>Houve um grande evento nas areias de</p><p>Copacabana, no último dia 02.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>especialmente para</p><p>o resultado da alimentação no domicílio, que</p><p>acelerou de 0,63%, em junho, para 1,47%, em julho.</p><p>Outro destaque foram as frutas, com alta de</p><p>4,4%. Entre as quedas, os maiores recuos de preços</p><p>vieram do tomate (-23,68%), da batata-inglesa (-</p><p>16,62%) e da cenoura (-15,34%).</p><p>Vestuário e saúde</p><p>Outros grupos que contribuíram para o</p><p>resultado negativo da inflação foram vestuário, com</p><p>uma desaceleração de 1,67% para 0,58%, após</p><p>apresentar a maior variação positiva entre os grupos</p><p>pesquisados nos meses de maio e junho, e saúde e</p><p>cuidados pessoais (0,49%).</p><p>Segundo Kislanov, o efeito no setor têxtil foi</p><p>puxado pela forte queda no preço do algodão, que é</p><p>uma das principais matérias-primas do setor. As</p><p>roupas masculinas passaram de 2,19%, em junho,</p><p>para 0,65%, em julho, enquanto as roupas femininas</p><p>foram de 2,00% para 0,41%. Os calçados e</p><p>acessórios (1,05%), por sua vez, tiveram variação um</p><p>pouco abaixo da verificada no mês anterior, quando</p><p>registraram 1,21%.</p><p>Entre os itens que compõem o grupo de</p><p>saúde e cuidados pessoais, a deflação ocorreu com</p><p>uma desaceleração dos preços dos planos de saúde</p><p>(+1,13%), na comparação com o mês de junho</p><p>(+2,99%), e com queda de 0,23% dos itens de</p><p>higiene pessoal, ante alta de 0,55% em junho.</p><p>PETROBRAS DIVULGA NOVA REDUÇÃO NO</p><p>PREÇO DO DIESEL</p><p>Petrobras anuncia nova redução de R$ 0,22</p><p>no litro do diesel vendido às distribuidoras</p><p>De Ricardo Junior em 11 ago 2022 14:39</p><p>Nesta quinta-feira (11) a Petrobras anunciou</p><p>uma nova redução no preço do óleo diesel cobrado</p><p>nas refinarias. A nova baixa será de R$ 0,22, onde o</p><p>preço médio reduzirá de R$ 5,41 para R$ 5,19. A</p><p>redução entrará em vigor nesta sexta-feira (12).</p><p>É importante lembrar que o preço da</p><p>gasolina, etanol e demais combustíveis seguem sem</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5</p><p>qualquer alteração nos seus respectivos valores. A</p><p>redução é exclusiva no valor praticado do diesel.</p><p>Segunda redução em agosto</p><p>A nova redução no valor do diesel já é a</p><p>segunda somente no mês de agosto, quando no</p><p>último dia 5, o valor praticado nas refinarias foi</p><p>reduzido em R$ 0,20 por litro.</p><p>No anúncio da nova redução, a Petrobras</p><p>manteve o argumento utilizado na semana</p><p>passada, onde a redução acompanha a evolução</p><p>dos preços de referência junto ao mercado global.</p><p>Vale lembrar que antes das recentes</p><p>reduções praticadas pela Petrobras no mês de</p><p>agosto, o preço do diesel vinha em uma alta</p><p>constante desde julho do ano passado.</p><p>No início das altas em julho de 2021, o</p><p>valor do litro do diesel praticado nas refinarias era</p><p>de R$ 2,71 e chegou ao seu patamar mais alto em</p><p>junho quando bateu os R$ 5,61.</p><p>Diesel acima do preço praticado no</p><p>mercado internacional</p><p>Dados da Associação Brasileira dos</p><p>Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgados</p><p>no início da semana, apontam que com o petróleo</p><p>em queda e o dólar mais fraco, o preço do diesel no</p><p>mercado brasileiro se encontrava 14% acima do</p><p>praticado no mercado internacional.</p><p>Para atingir a paridade no preço do diesel</p><p>seria possível uma redução de R$ 0,64 por litro,</p><p>conforme divulgado pela entidade.</p><p>Dessa forma, com a nova redução em R$</p><p>0,22 no preço do combustível que entrará em vigor</p><p>nesta sexta-feira, ainda haverá uma diferença de</p><p>R$ 0,42 no preço do litro do óleo diesel.</p><p>Vale destacar que mercado de petróleo tem</p><p>mostrado grande volatilidade, com altas e quedas</p><p>seguidas, mas mantendo o preço da commodity</p><p>abaixo dos US$ 100 o barril nos últimos dias. Nesta</p><p>quinta-feira, por exemplo, o petróleo do tipo Brent</p><p>sobe com força e beira US$ 100.</p><p>GUEDES AFIRMA QUE DESEMPREGO</p><p>CHEGARÁ A 8% ATÉ O FINAL DO ANO</p><p>Ministro se mostra otimista quanto ao</p><p>crescimento do país e redução do desemprego;</p><p>confira os detalhes</p><p>Autor Djamilla Ribeiro Martins Em 11/08/2022 13:45</p><p>Na última terça-feira (10), o ministro da</p><p>Economia, Paulo Guedes afirmou que a taxa de</p><p>desemprego do Brasil irá cair a 8% antes do final</p><p>deste ano e que a alta do Produto Interno Bruto</p><p>(PIB) irá superar as projeções de analistas.</p><p>Crescimento</p><p>Em Brasília, ao abrir o Congresso da</p><p>Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel),</p><p>Guedes repetiu a avaliação de que o país está no</p><p>início de um longo processo de crescimento,</p><p>contrastando com as economias avançadas que já</p><p>falam em recessão, e com outros países da América</p><p>do Sul, como Argentina, Bolívia e Equador, que estão</p><p>“desmanchando”.</p><p>“Nós só temos que ter juízo, só temos que</p><p>votar direitinho, fazer a coisa certa e seguir o</p><p>caminho da prosperidade, está tudo arrumado”,</p><p>afirmou Guedes.</p><p>Desemprego</p><p>No segundo trimestre deste ano, a taxa de</p><p>desemprego do país ficou em 9,3%, menor índice</p><p>para o período desde 2015.</p><p>“Antes de o ano acabar nós estamos</p><p>descendo para 8%…vamos terminar o ano com a</p><p>menor taxa de desemprego que nós já vimos nesses</p><p>últimos 10,15 anos”, destacou Guedes.</p><p>Ademais, o ministro disse, sem dar detalhes,</p><p>que o país deve avançar no programa de transação</p><p>tributária que concede descontos para que empresas</p><p>regularizem suas dívidas. Assim, assegurando o</p><p>acesso às mesmas possibilidades aos setores de</p><p>eventos, comércio e serviços.</p><p>Acumulado do ano</p><p>De acordo com o Caged, no primeiro</p><p>semestre deste ano foram registradas 1.334.791</p><p>vagas criadas, resultado menor ao do mesmo</p><p>período do ano passado. Pois, de janeiro a junho de</p><p>2021 foram criados 1.478.997 empregos com carteira</p><p>assinada.</p><p>O setor de serviços foi o que mais contribuiu</p><p>para a criação de empregos, com a criação de 788,5</p><p>mil vagas. Isso acontece, pois a recuperação</p><p>econômica desse setor está forte neste ano,</p><p>promovida pela reabertura da economia depois da</p><p>pandemia da Covid-19.</p><p>O segundo setor a criar mais vagas foi o</p><p>industrial, com 215,8 mil vagas. Seguido pela</p><p>construção, que abriu mais de 184,7 mil vagas, a</p><p>agropecuária com 84 mil, e o comércio com 61,7 mil</p><p>vagas de emprego no período.</p><p>ATUALIDADES</p><p>Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6</p><p>SOCIEDADE</p><p>SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE</p><p>RECUA EM 21 ESTADOS E NO DF</p><p>Redação 11/08/2022 - 15:36</p><p>Por Agência Brasil</p><p>Os casos de Síndrome Respiratória Aguda</p><p>Grave (SRAG) apresentam tendência de queda em</p><p>22 unidades da federação, segundo o boletim</p><p>InfoGripe divulgado hoje (11) pela Fundação</p><p>Oswaldo Cruz (Fiocruz). As exceções são Roraima,</p><p>onde há tendência de alta, e Amazonas, Amapá,</p><p>Maranhão e Piauí, cujas incidências se mantiveram</p><p>estáveis.</p><p>A análise considera as últimas seis</p><p>semanas epidemiológicas, período encerrado em 6</p><p>de agosto. Em todo o Sul e Sudeste e em boa parte</p><p>do Nordeste e Centro-Oeste, a probabilidade de</p><p>queda nos casos de SRAG é maior que 95%.</p><p>O monitoramento dos casos de SRAG</p><p>ganhou destaque durante a pandemia de covid-19,</p><p>porque as hospitalizações causadas pelo SARS-</p><p>CoV-2 passaram a dominar os casos virais dessa</p><p>síndrome. Segundo a Fiocruz, nas últimas quatro</p><p>semanas, 79,1% dos casos de SRAG viral foram</p><p>causados pelo novo coronavírus.</p><p>Apesar de apenas o estado Roraima</p><p>apresentar tendência de alta na análise das últimas</p><p>seis semanas, quando os pesquisadores se</p><p>debruçam sobre as capitais, há avanço na</p><p>incidência da SRAG em Belém, Boa Vista e no</p><p>Recife.</p><p>PROPOSTA PUNE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA</p><p>COM ATÉ DOIS ANOS DE DETENÇÃO</p><p>Redação 11/08/2022 - 15:06</p><p>Por Agência Senado</p><p>Projeto que tramita no Senado torna crime</p><p>a violência obstétrica e estabelece procedimentos</p><p>para a prevenção da prática no Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS). O PL 2.082/2022, prevê pena de</p><p>detenção que pode variar de três meses a um ano.</p><p>Mas caso a vítima tenha</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>__________________________________________</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10</p><p>(CAUSA, CONDIÇÃO, CONCESSÃO,</p><p>CONCLUSÃO, EXPLICAÇÃO,</p><p>INCLUSÃO, EXCLUSÃO, OPOSIÇÃO,</p><p>ETC.) ENTRE IDEIAS NO TEXTO E OS</p><p>RECURSOS LINGUÍSTICOS USADOS</p><p>EM FUNÇÃO DESSAS RELAÇÕES</p><p>RELAÇÕES DISCURSIVO ARGUMENTATIVAS</p><p>Causalidade</p><p>A causalidade é aquela que representa o</p><p>motivo, a causa, pela qual uma ação aconteceu. A</p><p>principal conjunção utilizada é o ‘porque’,</p><p>entretanto, no próprio texto pode não haver uma</p><p>conjunção e aí será necessário compreender o</p><p>sentido de causa e efeito por si só, conforme o</p><p>contexto. Exemplo: "Porque/como/visto que estava</p><p>doente, fui na farmácia".</p><p>Consequência</p><p>A consequência é o efeito que é declarado</p><p>na oração principal. Geralmente, utiliza-se apenas a</p><p>conjunção ‘que’ para exprimir essa relação, como</p><p>em: "Estava com tanta sede que bebi muitos litros</p><p>de água".</p><p>Condição</p><p>As relações condicionais são aquelas que</p><p>expressam uma imposição para que algo aconteça.</p><p>É necessário impor para que seja realizado ou não.</p><p>A conjunção mais conhecida da condição é a</p><p>partícula ‘se’, que já indica a probabilidade.</p><p>Exemplo: "Se todo mundo concordar, libero a</p><p>festa".</p><p>Concessão</p><p>Para o concurseiro não esquecer jamais o</p><p>que indica concessão, tenha em mente a palavra</p><p>contraste, porque é esse tipo de simbologia que</p><p>essa relação lógica-discursiva oferece. É na</p><p>concessão que acontece contradição, por exemplo,</p><p>nesta frase: "Eu irei, mesmo que ela não vá".</p><p>Comparação</p><p>Para essa relação, utiliza-se muito a</p><p>conjunção ‘como’, para estabelecer uma</p><p>comparação entre os elementos e pelas ações que</p><p>serão proferidas na oração principal. Olhe um</p><p>exemplo: "Ele come como um leão". Mesmo que</p><p>haja uma metáfora inserida, a comparação ainda</p><p>existe metaforicamente, indicando o quanto a</p><p>pessoa se alimenta bem, por exemplo.</p><p>Conformidade</p><p>A conformidade é aquela relação em que só</p><p>poderá realizar um fato se seguir uma regra, uma</p><p>norma, conforme como se pede. Pode-se utilizar</p><p>“Segundo”, “De acordo”, “Conforme”. Exemplo:</p><p>"Conforme foi dito, realizei a tarefa".</p><p>Temporalidade</p><p>É no tempo que conseguimos exprimir as</p><p>noções de posterioridade e anterioridade, além de</p><p>simultaneidade. É o fato que pode expressar essa</p><p>causa de tempo, que geralmente está acompanhado</p><p>pela expressão ‘quando’. Por exemplo: "Sempre que</p><p>acontece isso, você fica assim" (expressa a condição</p><p>do tempo, do que aconteceu).</p><p>Finalidade</p><p>A finalidade é aquilo que você responde: qual</p><p>o objetivo da ação? A onde você quer chegar?</p><p>Através da construção ‘a fim de que’, ‘para que’, você</p><p>consegue exprimir essa relação lógica-discursiva,</p><p>como acontece no período a seguir: "Fui viajar, para</p><p>que pudesse esquecer de você".</p><p>Abordagem dos operadores discursivo-</p><p>argumentativos na perspectiva da Linguística</p><p>Textual</p><p>Nas décadas de 60/70, a Linguística Textual</p><p>– corrente teórica recém-surgida e que começava a</p><p>ser propalada em todo o continente europeu –,</p><p>embora já afirmasse o texto – e não as frases</p><p>isoladas – como o verdadeiro fundamento para os</p><p>estudos linguísticos, sua perspectiva ainda era</p><p>limitada, ocupando-se basicamente com o exame dos</p><p>mecanismos de análise das frases. Nesse período,</p><p>de acordo com Isenberg (1971 apud KOCH, 2009, p.</p><p>10), o texto era concebido como uma “sequência</p><p>coerente de significados”.</p><p>Nessa época, Dressller (apud KOCH, 2009)</p><p>apresentou a possibilidade de estabelecer limites</p><p>rígidos entre sintaxe e semântica, postulando que</p><p>esta última deveria constituir o ponto de partida para</p><p>a representação da estrutura dos significados do</p><p>texto e que as relações de sentido excediam as</p><p>acepções das frases tomadas avulsamente.</p><p>Numa segunda fase, graças, sobretudo, à</p><p>influência dos estudos de Teun Van Dijk (1972 apud</p><p>KOCH, 2009), a vertente linguística em questão</p><p>ampliou seus horizontes, passando a conceber o</p><p>texto como fenômeno discursivo. É dessa época que</p><p>advêm as “gramaticas textuais”.</p><p>Por fim, numa terceira fase, os estudiosos</p><p>dessa linha de pesquisa sentiram a necessidade de ir</p><p>além da abordagem sintático-semântica, procurando</p><p>estabelecer uma relação entre a teoria e a prática.</p><p>Bunzen e Mendonça (2006), discorrendo sobre esse</p><p>período, relata que, a partir de então, começaram a</p><p>ganhar destaque questões do tipo: “Para quê ensinar</p><p>a Gramática”? “O que ensinar como ensinar e o que</p><p>avaliar?”. Com efeito, compreendeu-se que a</p><p>investigação de um texto envolve processos de</p><p>ordem cognitiva, o que implica saberes acumulados,</p><p>experiências e conhecimentos de mundo. Portanto,</p><p>somente uma abordagem global das manifestações</p><p>textuais, que apreendesse toda a conjuntura a elas</p><p>imanente, poderia esquadrinhar de modo cabal os</p><p>fenômenos linguísticos.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11</p><p>De tais reflexões, plasmou-se a Análise</p><p>Linguística, segmento teórico que ultrapassou o</p><p>estudo tradicional das formas gramaticais, inserindo</p><p>novos paradigmas para o ensino de língua materna.</p><p>A Análise Linguística trouxe novas</p><p>abordagens para temas historicamente tratados</p><p>pela Gramática Tradicional. Um exemplo disso</p><p>ocorre com os operadores discursivo-</p><p>argumentativos – tema deste trabalho – que, em</p><p>épocas anteriores, eram enquadrados – e de forma</p><p>muito limitada – ao conceito de conjunção.</p><p>Com efeito, os operadores discursivo-</p><p>argumentativos integram, juntamente com os</p><p>lógico-semânticos, o tema da coesão sequencial, o</p><p>qual, segundo Koch,</p><p>[...] diz respeito aos procedimentos</p><p>linguísticos por meio dos quais se estabelecem,</p><p>entre os segmentos do texto (enunciados, partes de</p><p>enunciados, parágrafos e sequências textuais),</p><p>diversos tipos de relações semânticas e/ou</p><p>pragmáticas, à medida que se faz o texto progredir</p><p>(KOCH, 2004, p. 53).</p><p>Conforme Fávero (2006), os mecanismos</p><p>da coesão sequencial são os que têm por função a</p><p>progressão temática. Entre tais mecanismos,</p><p>encontram-se os operadores discursivo-</p><p>argumentativos, os quais recebem esse nome por</p><p>terem a função de estruturar enunciados por meio</p><p>de encadeamentos sucessivos, orientando-os</p><p>argumentativamente (KOCH, 2004). Neste trabalho,</p><p>nos interessa a coesão sequencial, que está</p><p>relacionada aos mecanismos empregados no texto</p><p>para que ele possa progredir.</p><p>Segundo Koch (2004), os operadores do</p><p>tipo discursivo ou argumentativo têm a função de</p><p>estabelecer relações pragmáticas, retóricas ou</p><p>argumentativas entre orações de um mesmo</p><p>período, entre dois ou mais períodos e entre</p><p>parágrafos de um texto. São responsáveis pela</p><p>estruturação de enunciados em textos, por isso</p><p>também são chamados de operadores ou</p><p>encadeadores do discurso, de acordo com a autora.</p><p>Ainda de acordo com Koch (2003), as</p><p>relações discursivo-argumentativas encadeiam atos</p><p>de fala distintos, como oposição, contraste,</p><p>concessão, justificativa, explicação, generalização,</p><p>especificação, comprovação. Esses operadores são</p><p>responsáveis pela estruturação dos enunciados em</p><p>textos, visando a justificar, explicar, atenuar,</p><p>contraditar, enfim, possuem suma importância</p><p>para</p><p>melhor compreensão do funcionamento textual e</p><p>das intenções do produtor do texto.</p><p>Os articuladores discursivo-argumentativos</p><p>colaboram, então, para a argumentatividade do</p><p>texto. Segundo Koch (2004), são elementos que</p><p>determinam o valor argumentativo dos enunciados,</p><p>constituindo-se em marcas linguísticas</p><p>imprescindíveis para a enunciação.</p><p>Nesse contexto, ressalta-se a importância da</p><p>investigação acerca do uso desses operadores em</p><p>artigos de opinião e produções textuais, já que um</p><p>desvio em seu uso pode implicar em efeito de</p><p>sentido(s) diferente(s) daquele(s) pretendido(s) pelo</p><p>autor.</p><p>Os articuladores discursivo-argumentativos</p><p>são classificados de acordo com as funções</p><p>(relações semânticas) que desempenham. A seguir,</p><p>colocam-se alguns exemplos com base nos estudos</p><p>desenvolvidos por Koch (2004, p. 72-77):</p><p>Conjunção: Ligam enunciados que</p><p>constituem argumentos para uma mesma conclusão.</p><p>Ex.: e, também, mas também, tanto... como,</p><p>além de , além disso, ainda, nem...</p><p>Disjunção argumentativa: São orientações</p><p>discursivas diferentes e resultam de dois atos de</p><p>falas distintos, em que, por meio do segundo,</p><p>procura-se provocar o leitor ouvinte para levá-lo a</p><p>modificar sua opinião ou, simplesmente, aceitar a</p><p>opinião expressa no primeiro. Normalmente, essa</p><p>relação é representada pela conjunção ou.</p><p>Contrajunção: Através da qual se contrapõem</p><p>enunciados de orientações argumentativas</p><p>diferentes, devendo prevalecer a do enunciado</p><p>introduzido pelo operador em questão. Ex.: mas,</p><p>porém, contudo, todavia...</p><p>Explicação ou justificativa: quando se</p><p>encadeia, sobre um primeiro ato de fala, outro ato</p><p>que justifica ou explica o anterior.</p><p>Ex.: pois, porque, que, já que...</p><p>Comprovação: São aqueles que, através de</p><p>um novo ato de fala, acrescenta-se uma possível</p><p>comprovação da asserção apresentada no primeiro.</p><p>Ex.: (tanto, tal)... como (quanto), mais... (do),</p><p>que, menos... (do) que...</p><p>Conclusão: Introduz um enunciado de valor</p><p>conclusivo em relação a dois (ou mais) atos de falas</p><p>anteriores.</p><p>Ex.: portanto, logo, por conseguinte, pois...</p><p>Comparação: Estabelece uma relação de</p><p>inferioridade, superioridade ou igualdade entre um</p><p>termo comparante e outro comparado.</p><p>Ex.: como (quanto), mais, (do) que, menos...</p><p>Generalização/extensão: É quando o</p><p>segundo enunciado exprime uma generalização do</p><p>fato contido no primeiro ou uma amplificação da ideia</p><p>nele expressa.</p><p>Ex.: aliás, também, é verdade que, de fato,</p><p>bem, mas, realmente...</p><p>Especificação/exemplificação: Ocorre quando</p><p>o segundo enunciado particulariza ou exemplifica</p><p>uma declaração de ordem mais geral apresentada no</p><p>primeiro.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12</p><p>Ex.: por exemplo, a saber, como...</p><p>Correção/definição: É quando, através de</p><p>um segundo enunciado, se corrige, suspende ou</p><p>redefine o conteúdo do primeiro.</p><p>Ex.: na verdade, pelo contrário, isto é, ou</p><p>melhor, de fato, ao contrário, ou seja...</p><p>Os articuladores discursivo-argumentativos</p><p>presentes no ato de argumentar são marcas</p><p>linguísticas, cuja função é de orientar a sequência</p><p>discursiva de um enunciado, o que é indispensável</p><p>ao desencadeamento de efeitos, de conclusões</p><p>propiciadas pelo contexto. Ou seja, tais marcas</p><p>instigam e direcionam argumentativamente a</p><p>produção de sentido(s) para os textos.</p><p>Os operadores discursivo-</p><p>argumentativos no Artigo de Opinião</p><p>Com o reconhecimento alcançado pela</p><p>Linguística Textual no âmbito do ensino de Língua</p><p>Portuguesa, houve, consequentemente, uma</p><p>valorização dos gêneros textuais. Isso porque, para</p><p>essa corrente de estudos, o texto é o lugar por</p><p>excelência de onde o professor deve extrair</p><p>as devidas reflexões, bem como delinear as</p><p>atividades a serem desenvolvidas com os alunos.</p><p>Em nosso caso, como pretendíamos</p><p>trabalhar os operadores discursivo- argumentativos,</p><p>era imprescindível que lançássemos mão de um</p><p>gênero que calhasse com tal proposta.</p><p>Examinando, então, o quadro de gêneros</p><p>discursivos disposto pelas DCEs paranaenses – o</p><p>qual está dividido em nove “esferas de circulação” –</p><p>, chamou nossa atenção um grupo muito</p><p>diversificado ligado à esfera “imprensa”. Entre os</p><p>gêneros constantes nesse segmento, vislumbramos</p><p>que o “Artigo de Opinião” se enquadrava</p><p>perfeitamente ao nosso intento final, que era o de</p><p>fomentar nos estudantes o poder da</p><p>argumentatividade.</p><p>Com efeito, o Artigo de Opinião é um</p><p>gênero fundamentalmente argumentativo, “pois está</p><p>voltado ao domínio social da discussão de assuntos</p><p>sociais controversos, objetivando um</p><p>posicionamento frente a eles, exigindo para tal,</p><p>sustentação e tomadas de posição” (OHUSCHI;</p><p>BARBOSA, 2011, p. 305).</p><p>Ademais, a opção por essa modalidade</p><p>textual teve como vantagem o fato de, em razão de</p><p>o jornal Hoje, de Cascavel, conter seções</p><p>direcionadas para tal gênero, poderíamos discutir</p><p>com os alunos temas locais, partindo da opinião de</p><p>um jornalista desta região. Assim, os estudantes</p><p>tiveram por objeto de estudo algo próximo ao seu</p><p>cotidiano, o que facilitou o bom andamento das</p><p>atividades.</p><p>Com efeito, segundo Koch (2004), quando</p><p>interagimos por meio da linguagem, temos sempre</p><p>objetivos, fins a serem atingidos; há relações que</p><p>desejamos estabelecer, efeitos que pretendemos</p><p>causar, comportamentos que queremos ver</p><p>desencadeados, isto é, pretendemos atuar sobre o(s)</p><p>outro(s) de determinada maneira, obter dele(s)</p><p>determinadas reações (verbais ou não verbais). É por</p><p>isso que se pode afirmar que o uso da linguagem é</p><p>essencialmente argumentativo, pois pretendemos</p><p>orientar os enunciados que produzimos no sentido de</p><p>determinadas conclusões (com exclusão outras),</p><p>conforme pontua a autora. “Em outras palavras,</p><p>procuramos dotar em nossos enunciados</p><p>determinada força argumentativa” (KOCH, 2004, p.</p><p>29).</p><p>A argumentação e a persuasão fazem parte</p><p>do cotidiano, estando presentes em editoriais,</p><p>discursos políticos, jurídicos, publicitários e até em</p><p>alguns textos que se pretendem neutros, mas não</p><p>resistem a uma análise que desmascare as ideias ali</p><p>defendidas.</p><p>Como ser dotado de razão e vontade, o</p><p>homem, constantemente, avalia, julga, critica, isto é,</p><p>forma juízos e valor. Por outro lado, por meio do</p><p>discurso – ação verbal dotada de intencionalidade –</p><p>tenta influir sobre o comportamento do outro ou fazer</p><p>com que compartilhe determinadas de suas opiniões.</p><p>Conforme Koch (2002),</p><p>[...] É por essa razão que se pode afirmar que</p><p>a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na</p><p>acepção mais ampla do termo. A neutralidade é</p><p>apenas um mito: o discurso que se pretende “neutro”,</p><p>ingênuo, contém também uma ideologia – a da sua</p><p>própria objetividade (KOCH, 2002, p.17).</p><p>Qualquer uso de linguagem implica</p><p>argumentação, como afirma Koch (2004), porém há</p><p>textos em que a argumentação fica explícita, como é</p><p>o caso do Artigo de Opinião. Neste e em outros</p><p>textos opinativos, para convencer alguém, os</p><p>argumentos são essenciais e precisam estar postos</p><p>de forma clara, explícita. No diálogo propiciado por</p><p>meio de textos opinativos, a argumentação leva a</p><p>conhecer novas formas de pensar e oportunidades</p><p>de reelaborar conceitos e atitudes, portanto, é uma</p><p>estratégia de aprendizagem e amadurecimento</p><p>(DEPUBEL; SOARES, 2010).</p><p>Em face do exposto, o modelo de análise de</p><p>artigos de opinião proposto neste trabalho deve levar</p><p>em consideração o texto como um todo. Sendo</p><p>assim, ao analisarmos os operadores</p><p>argumentativos, não olharemos frases isoladas de</p><p>um contexto, pois assim estaríamos separando</p><p>elementos de um conjunto, e num texto</p><p>absolutamente nada é separável totalmente</p><p>(ANTUNES, 2010). Dessa forma, mesmo que se olhe</p><p>atentamente para um aspecto particular, o que</p><p>pretendemos compreender é de que forma os</p><p>elementos linguísticos focalizados podem afetar a</p><p>dimensão global da produção.</p><p>Em suma, o entendimento do uso dos</p><p>operadores discursivo-argumentativos pelos alunos é</p><p>essencial para estes desenvolvam a capacidade de</p><p>argumentação. Para tanto, o gênero Artigo de</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13</p><p>Opinião, como ser verá, configura um terreno fértil</p><p>para tal abordagem.</p><p>Exercícios de Análise Linguística com</p><p>foco nos operadores discursivo-argumentativos</p><p>Conforme Bezerra e Reinaldo (2013), a</p><p>prática de Análise Linguística propicia aos alunos,</p><p>entre outras coisas, a comparação entre textos,</p><p>bem como a reflexão sobre a adequação e sobre</p><p>efeitos de sentidos presentes. Procura-se, assim,</p><p>levar o aluno a compreender e a se apropriar das</p><p>alternativas que a língua lhes oferece para sua</p><p>comunicação.</p><p>Todavia, a ascensão da Análise Linguística</p><p>no currículo de língua portuguesa nacional é uma</p><p>conquista relativamente recente. De acordo com</p><p>Souza e Cavalcante (2012), a partir das décadas de</p><p>1980 e 1990, passou-se a viver uma redefinição</p><p>bastante marcante quanto aos objetivos do ensino</p><p>da Língua Portuguesa, até então marcado pela</p><p>Gramática Normativa.</p><p>Com efeito, em meados dos anos 80, além</p><p>das contribuições advindas dos estudos da</p><p>Linguística e da Linguística Aplicada, os estudos</p><p>construtivistas começaram a ser disseminados no</p><p>Brasil. Por conseguinte, o ensino pautado na</p><p>memorização e na fixação dos conteúdos da</p><p>gramática, bem como a reprodução de atividades</p><p>de escrita propostas pela escola até então</p><p>começaram a ser motivo de questionamentos entre</p><p>estudiosos da língua e professores. Outrossim, no</p><p>processo de ensino e aprendizagem, passou-se a</p><p>considerar o conhecimentos prévio dos alunos e o</p><p>papel do professor como mediador entre a reflexão</p><p>acerca desses conhecimentos e aqueles que à</p><p>escola cabia ensinar (MENDONÇA; BUZEN, 2006).</p><p>Nesse sentido, a análise linguística se</p><p>diferencia, em diversos aspectos, do ensino</p><p>tradicional de gramática, conforme o quadro abaixo,</p><p>elaborado por Mendonça (2006):</p><p>Linguística</p><p>Ensino de Gramática Prática de Análise</p><p>Linguística (AL)</p><p>Concepção de língua como sistema,</p><p>estrutura inflexível e invariável. Concepção de</p><p>língua como ação interlocutiva situada, sujeita às</p><p>interferências dos falantes.</p><p>Fragmentação entre os eixos de ensino: as</p><p>aulas de gramática não se relacionam</p><p>necessariamente com as de leitura e de produção</p><p>textual. Integração entre os eixos de ensino: a AL é</p><p>ferramenta para a leitura e a produção de textos.</p><p>Metodologia transmissiva, baseada na</p><p>exposição dedutiva (do geral para o particular, isto</p><p>é, das regras para o exemplo) + treinamento.</p><p>Metodologia reflexiva, baseada na indução</p><p>(observação dos casos particulares para conclusão</p><p>das regularidades/regras).</p><p>Privilégio das habilidades metalinguísticas.</p><p>Trabalho paralelo com habilidades</p><p>metalinguísticas e epilinguísticas.</p><p>Ênfase nos conteúdos gramaticais como</p><p>objetos de ensino, abordados isoladamente e em</p><p>sequência mais ou menos fixa. Ênfase nos usos</p><p>como objetos de ensino (habilidades de leitura e</p><p>escrita), que remetem a vários outros objetos de</p><p>ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos),</p><p>apresentados e retomados sempre que necessário.</p><p>Centralidade na norma-padrão.</p><p>Centralidade nos efeitos de sentido.</p><p>Ausência de relação com as especificidades</p><p>dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho</p><p>estrutural e, quando normativa, desconsidera o</p><p>Fusão do trabalho com os gêneros, na</p><p>medida em que contempla justamente a intersecção</p><p>das condições de produção dos textos e as escolhas</p><p>linguísticas.</p><p>Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o</p><p>período. Unidade privilegiada: o texto.</p><p>Preferência pelos exercícios estruturais, de</p><p>identificação e classificação de unidades/funções</p><p>morfossintáticas e correção. Preferência por</p><p>questões abertas e atividades de pesquisa, que</p><p>exigem comparação e reflexão sobre adequação e</p><p>efeitos de sentido.</p><p>Fonte: Mendonça (2006, p. 207)</p><p>Ainda na década de 1980, a Análise</p><p>Linguística teve um grande impulso com os trabalhos</p><p>de João Wanderley Geraldi. Aliás, foi esse autor</p><p>quem primeiro utilizou o termo “Análise Linguística”</p><p>(TEIXEIRA, 2011).</p><p>Muitos associam Geraldi à ideia de um</p><p>pensador que postulou a supressão absoluta da</p><p>Gramática Tradicional nas aulas de português. Essa</p><p>fama se deve, sobretudo, à perspectiva</p><p>aparentemente iconoclasta de sua obra O texto em</p><p>sala de aula, publicada em 1984. Todavia, conforme</p><p>vemos no livro Portos de Passagem, de</p><p>1991, Geraldi, em vez de simplesmente</p><p>contestar o ensino gramatical, parece querer alçar o</p><p>conceito de Análise Linguística a um patamar mais</p><p>elevado, que englobaria tanto as atividades</p><p>“metalinguísticas” quanto as “epilinguísticas”.</p><p>Portanto, ele refuta a ideia que entre essas esferas</p><p>haveria uma dicotomia.</p><p>Com a expressão “Análise Linguística”</p><p>pretendo referir precisamente este conjunto de</p><p>atividades que tomam uma das características da</p><p>linguagem como seu objeto: o fato de ela poder</p><p>remeter a si própria, ou seja, com a linguagem não só</p><p>falamos sobre o mundo ou sobre nossa relação com</p><p>as coisas, mas também falamos sobre como falamos.</p><p>Como já vimos, a estas atividades têm sido</p><p>reservadas as expressões 'atividades epilinguísticas'</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14</p><p>ou 'atividades metalinguísticas' (GERALDI, 2002, p.</p><p>191).</p><p>Com o termo “atividades metalinguísticas”,</p><p>Geraldi está se referindo a uma abordagem que</p><p>apreende a linguagem em si – como o faz a</p><p>Gramática. Já pelo</p><p>termo “atividades epilinguísticas” o autor se</p><p>reporta a um estudo que investiga pragmaticamente</p><p>o fenômeno linguístico, relacionando este a todo o</p><p>contexto (histórico, social, ideológico etc.) que o</p><p>subjaz.</p><p>Embora afirme que “as gramáticas</p><p>existentes, enquanto resultado de uma certa</p><p>reflexão sobre a linguagem, são insuficientes para</p><p>dar conta das muitas reflexões que podemos fazer”</p><p>(GERALDI, 2002, p. 192), o linguista em questão</p><p>observa:</p><p>Note-se, pois, que não estou banindo das</p><p>salas de aulas as gramáticas (tradicionais ou não),</p><p>mas considerando-as fonte de procura de outras</p><p>reflexões sobre as questões que nos ocupam nas</p><p>atividades epilinguísticas (GERALDI, 2002, p. 192,</p><p>grifo do autor).</p><p>Em suma, Geraldi não contesta a</p><p>abordagem dos tópicos gramaticais em sala de</p><p>aula, mas sim que essa abordagem se dê mediante</p><p>o exame de frases isoladas. Então, o linguista</p><p>postula que o professor deve partir de atividades de</p><p>leitura e de produção de textos – “pois é no interior</p><p>destas e a partir destas que a Análise Linguística se</p><p>dá” (GERALDI, 2002, p. 189) – e, daí por diante,</p><p>desenvolver os conteúdos conforme a dinâmica que</p><p>o texto propicia.</p><p>Assim, estas atividades produzem uma</p><p>linguagem (a metalinguagem) mais ou menos</p><p>coerente que permite falar sobre a linguagem, seu</p><p>funcionamento, as configurações textuais e, no</p><p>interior destas, o léxico, as estruturas</p><p>morfossintáticas e entonacionais (GERALDI, 2002,</p><p>p. 191).</p><p>As propostas de Geraldi, como também a</p><p>de outros linguistas que, semelhantemente,</p><p>propunham a substituição do modelo gramatical</p><p>normativo pelo da Análise Linguística no ensino do</p><p>português, foram se consolidando nas décadas</p><p>seguintes. No Paraná, em 2008, com a publicação</p><p>das Diretrizes Curriculares da Educação Básica</p><p>(DCEs), a corrente de estudos em pauta foi</p><p>abonada.</p><p>O estudo da língua que se ancora no texto</p><p>extrapola o tradicional horizonte da palavra e da</p><p>frase. Busca-se, na análise linguística, verificar</p><p>como os elementos verbais (os recursos</p><p>disponíveis da língua), e os elementos extras</p><p>verbais (as condições e situação de produção)</p><p>atuam na</p><p>construção de sentido do texto (PARANÁ,</p><p>2008, p. 60).</p><p>Segundo Travaglia,</p><p>Quando se trabalha com o ensino teórico,</p><p>sugerimos que ele deve ter objetivos, tais como:</p><p>facilitar, no ensino, a referência a elementos da</p><p>língua,</p><p>mas não deve ser cobrado dos alunos,</p><p>sobretudo no Ensino Fundamental e em especial em</p><p>suas séries iniciais (1ª a 4ª); portanto, ser um</p><p>instrumento de mediação e não um fim em si; b) ser</p><p>objeto de uma cultura científica necessária na vida</p><p>moderna; c) ser usado como um instrumento para</p><p>ensinar a pensar (objetivo geral da educação e não</p><p>um objetivo de ensino de língua) (TRAVAGLIA apud</p><p>TEIXEIRA, p. 2011, p. 165).</p><p>RELAÇÕES LÓGICO-SEMÂNTICAS</p><p>Relação de condicionalidade (se p então q) -</p><p>expressa-se pela conexão de duas orações, uma</p><p>introduzida pelo conector se ou similar (oração</p><p>antecedente) e outra por então, que geralmente vem</p><p>implícita (oração consequente). O que se afirma</p><p>nesse tipo de relação é que, sendo o antecedente</p><p>verdadeiro, o consequente também o será. Vejam-se</p><p>os exemplos:</p><p>Se aquecermos o ferro, (então) ele se</p><p>derreterá.</p><p>Caso faça sol, (então) iremos à praia.</p><p>● relação de causalidade (p porque q) -</p><p>expressa-se pela conexão de duas orações, uma das</p><p>quais encerra a causa que acarreta a consequência</p><p>contida na outra. Tal relação pode ser veiculada sob</p><p>diversas formas estruturais, como:</p><p>O torcedor ficou rouco porque gritou demais.</p><p>consequência causa</p><p>O torcedor gritou tanto que ficou rouco.</p><p>causa consequência</p><p>O torcedor gritou demais; então (por isso)</p><p>ficou rouco.</p><p>Como tivesse gritado demais , o torcedor</p><p>ficou rouco.</p><p>Por ter gritado demais</p><p>Causa</p><p>● relação de mediação - que se exprime por</p><p>intermédio de duas orações, numa das quais se</p><p>explicitam o(s) meio(s) para atingir um fim expresso</p><p>em outra:</p><p>O jovem envidou todos os esforços para</p><p>conquistar / o amor da garota dos seus sonhos.</p><p>meio fim</p><p>Embora, do ponto de vista lógico, a relação</p><p>de condicionalidade (implicação) englobe as de</p><p>causalidade e de mediação, são apresentadas</p><p>separadamente por razões didáticas.</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15</p><p>● relação de disjunção - se expressa</p><p>através do conectivo ou. Esse conector, porém, é</p><p>ambíguo, correspondendo ora à forma latina aut,</p><p>com valor exclusivo (isto é, um ou outro, mas não</p><p>ambos), ora à forma vel com valor inclusivo (ou</p><p>seja, um ou outro, possivelmente ambos).</p><p>Você vai passar o fim de semana em São</p><p>Paulo ou vai descer para o litoral? (exclusivo)</p><p>Todos os congressistas deveriam usar</p><p>crachás ou trajar camisas vermelhas. (inclusivo:</p><p>e/ou).</p><p>● relação de temporalidade - por meio da</p><p>qual, através da conexão de duas orações,</p><p>localizam-se no tempo, relacionando-os uns aos</p><p>outros, ações, eventos, estados de coisas do</p><p>"mundo real" ou a ordem em que se teve percepção</p><p>ou conhecimento deles. O relacionamento temporal</p><p>pode ser de vários tipos:</p><p>a. tempo simultâneo (exato, pontual):</p><p>Quando /Mal / Nem bem / Assim que / Logo</p><p>que / No momento em que ...... o filme começou,</p><p>ouviu-se um grito na plateia.</p><p>b. tempo anterior/posterior:</p><p>Antes que o inimigo conseguisse puxar a</p><p>arma, o soldado desferiu-lhe uma saraivada de</p><p>tiros.</p><p>Depois que Maria enviuvou, ele preferiu</p><p>viver na fazenda de seus pais.</p><p>c. tempo contínuo ou progressivo:</p><p>Enquanto os alunos faziam os exercícios, o</p><p>professor corrigia as provas da outra turma.</p><p>À medida que os recursos iam minguando,</p><p>aumentava o desespero da população do vilarejo</p><p>isolado pelas inundações.</p><p>● relação de conformidade - expressa-se</p><p>pela conexão de duas orações em que se mostra a</p><p>conformidade do conteúdo de uma com algo</p><p>asseverado na outra:</p><p>O réu agiu conforme o advogado lhe havia</p><p>determinado.</p><p>● relação de modo - por meio da qual se</p><p>expressa, numa das orações, o modo como se</p><p>realizou a ação ou evento contido na outra.</p><p>Exemplo:</p><p>Sem levantar a cabeça, a criança ouvia as</p><p>reprimendas da mãe.</p><p>Como se fosse um raio, o cavaleiro</p><p>disparou pela campina afora.</p><p>Relações discursivas ou argumentativas</p><p>● conjunção - efetuada por meio de</p><p>operadores como é, também, não só...mas</p><p>também, tanto...como, além de, além disso, ainda,</p><p>nem (=e não), quando ligam enunciados que</p><p>constituem argumentos para uma mesma conclusão.</p><p>Exemplo:</p><p>João é, sem dúvida, o melhor candidato. Tem</p><p>boa formação eapresenta um consistente programa</p><p>administrativo.</p><p>Além disso, revela pleno conhecimento dos</p><p>problemas da população. Ressalte-se, ainda, que</p><p>não faz promessas demagógicas.</p><p>A reunião foi um fracasso. Não se chegou a</p><p>nenhuma conclusão importante, nem (= e não) se</p><p>discutiu o problema central.</p><p>● disjunção argumentativa - trata-se aqui da</p><p>disjunção de enunciados que possuem orientações</p><p>discursivas diferentes e resultam de dois atos de fala</p><p>distintos, em que o segundo procura provocar o</p><p>leitor/ouvinte para levá-lo a modificar sua opinião ou,</p><p>simplesmente, aceitar a opinião expressa pelo</p><p>primeiro:</p><p>Todo voto é útil. Ou não foi útil o voto dado</p><p>ao rinoceronte "Cacareco" nas eleições municipais,</p><p>há alguns anos atrás?</p><p>● contrajunção - através da qual se</p><p>contrapõem enunciados de orientações</p><p>argumentativas diferentes, devendo prevalecer a do</p><p>enunciado introduzido pelo operador mas (porém,</p><p>contudo, todavia etc.).</p><p>Tinha todos os requisitos para ser um homem</p><p>feliz. Mas vivia só e deprimido.</p><p>Quando se utiliza o operador embora (ainda</p><p>que, apesar de (que) etc.), prevalece a orientação</p><p>argumentativa do enunciado não introduzido pelo</p><p>operador:</p><p>Embora desconfiasse do amigo, nada</p><p>deixava transparecer.</p><p>O calor continuava insuportável, apesar da</p><p>chuva que caiu o dia todo.</p><p>● explicação ou justificativa - quando se</p><p>encadeia, sobre um primeiro ato de fala, outro ato</p><p>que justifica ou explica o anterior:</p><p>Não vá ainda, que tenho uma coisa</p><p>importante para lhe dizer. (Justificativa)</p><p>Deve ter faltado energia por muito tempo,</p><p>pois a geladeira está totalmente descongelada.</p><p>(Explicação)</p><p>● comprovação - em que, através de um</p><p>novo ato de fala, acrescenta-se uma possível</p><p>comprovação da asserção apresentada no primeiro:</p><p>Encontrei seu namorado na festa, tanto que</p><p>ele estava de tênis Adidas.</p><p>● conclusão - em que, por meio de</p><p>operadores como portanto, logo, por conseguinte,</p><p>pois etc., introduz-se um enunciado de valor</p><p>conclusivo em relação a dois (ou mais) atos de fala</p><p>anteriores que contêm as premissas, uma das quais,</p><p>geralmente, permanece implícita, por tratar-se de</p><p>PORTUGUÊS</p><p>Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16</p><p>algo que é voz geral, de consenso em dada cultura,</p><p>ou, então, verdade universalmente aceita.</p><p>Toda a equipe jogou desentrosada.</p><p>Portanto (logo) o novo atacante não poderia mesmo</p><p>ter mostrado o seu bom futebol.</p><p>João é um indivíduo perigoso. Portanto,</p><p>fique longe dele.</p><p>● comparação - expressa-se por meio dos</p><p>operadores (tanto, tal) ...como (quanto), mais... (do)</p><p>que, menos... (do) que, estabelecendo entre um</p><p>termo comparante e um termo comparado, uma</p><p>relação de inferioridade, superioridade ou</p><p>igualdade. A relação comparativa possui um caráter</p><p>eminentemente argumentativo: a comparação se</p><p>faz tendo em vista dada conclusão a favor ou contra</p><p>a qual se pretende argumentar. Assim, se a uma</p><p>pergunta como: "Devemos chamar Pedro para tirar</p><p>a mala de cima do armário?", se obtivesse como</p><p>resposta:</p><p>"João é tão alto quanto Pedro"</p><p>a resposta seria desfavorável a Pedro</p><p>(embora não negando a sua altura) e favorável a</p><p>João. Se, por outro lado, a resposta fosse:</p><p>"Pedro é tão alto como João."</p><p>Haveria inversão da orientação</p><p>argumentativa, agora favorável a Pedro.</p><p>● generalização/extensão</p>

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